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Fís.

Professor: Leo Gomes


Monitor: Leonardo Veras

Fís.
21/23
Transmissão de movimento
mai

RESUMO
Os motores, geralmente, têm uma frequência de rotação fixa. Entretanto, as máquinas acionadas por eles
têm, quase sempre. Sistemas girantes que precisam de diferentes frequências de rotação. Muitas vezes essas
frequências são fornecidas por um único motor. Por isso, o eixo desse motor é acoplado a polias de
diferentes tamanhos por meio de correias ou engrenagens.
Duas polias podem ser acopladas das seguintes formas:
Acoplamento (associação) - mesmo eixo:

Nesta associação quando uma polia completa uma volta, a outra completa uma volta, logo ambas possuem
a mesma velocidade angular.
ωA = ωB

Acoplamento (associação) por correia - eixos distintos:

Nesta associação, quando a polia maior completa uma volta, a outra menor completa um número maior de
voltas. Contudo, por estarem presas por uma correia, elas possuem a mesma velocidade linear nos pontos

Fís.
de contato com a correia.
VA = VB
Assim, ωARA = ωBRB. ARA BRB e fARA = fBRB, onde f é a frequência de rotação.

EXERCÍCIOS
1. Para serrar ossos e carnes congeladas, um açougueiro utiliza uma serra de fita que possui três polias e
um motor. O equipamento pode ser montado de duas formas diferentes, P e Q. Por questão de
segurança, é necessário que a serra possua menor velocidade linear.
Por qual montagem o açougueiro deve optar e qual a justificativa desta opção?
a) Q, pois as polias 1 e 3 giram com velocidades lineares iguais em pontos periféricos e a que tiver
maior raio terá menor frequência.
b) Q, pois as polias 1 e 3 giram com frequências iguais e a que tiver maior raio terá menor velocidade
linear em um ponto periférico.
c) P, pois as polias 2 e 3 giram com frequências diferentes e a que tiver maior raio terá menor
velocidade linear em um ponto periférico.
d) P, pois as polias 1 e 2 giram com diferentes velocidades lineares em pontos periféricos e a que tiver
menor raio terá maior frequência.
e) Q, pois as polias 2 e 3 giram com diferentes velocidades lineares em pontos periféricos e a que
tiver maior raio terá menor frequência.

2. O acoplamento de engrenagens por correia C, como o que é encontrado nas bicicletas, pode ser
esquematicamente representado por:

Considerando-se que a correia em movimento não deslize em relação às rodas A e B, enquanto elas
giram, é correto afirmar que
a) a velocidade angular das duas rodas é a mesma.
b) o módulo da aceleração centrípeta dos pontos periféricos de ambas as rodas tem o mesmo valor.
c) a frequência do movimento de cada polia é inversamente proporcional ao seu raio.
d) as duas rodas executam o mesmo número de voltas no mesmo intervalo de tempo.
e) o módulo da velocidade dos pontos periféricos das rodas é diferente do módulo da velocidade da
correia.

3. Na figura abaixo, temos duas polias de raios R1 e R2 , que giram no sentido horário, acopladas a uma
correia que não desliza sobre as polias.

Fís.

Com base no enunciado acima e na ilustração, é correto afirmar que:


a) a velocidade angular da polia 1 é numericamente igual à velocidade angular da polia 2.
b) a frequência da polia 1 é numericamente igual à frequência da polia 2.
c) o módulo da velocidade na borda da polia 1 é numericamente igual ao módulo da velocidade na
borda da polia 2.
d) o período da polia 1 é numericamente igual ao período da polia 2.
e) a velocidade da correia é diferente da velocidade da polia 1.
4. Em uma obra de construção civil, uma carga de tijolos é elevada com uso de uma corda que passa com
velocidade constante de 13,5 m s e sem deslizar por duas polias de raios 27 cm e 54 cm. A razão
entre a velocidade angular da polia grande e da polia menor é
a) 3.
b) 2.
c) 2 3.
d) 1 2.

5. A figura a seguir ilustra três polias A, B e C executando um movimento circular uniforme. A polia B está
fixada à polia C e estas ligadas à polia A por meio de uma correia que faz o sistema girar sem deslizar.
Sobre o assunto, assinale o que for correto.

(01) A velocidade escalar do ponto 1 é maior que a do ponto 2.


(02) A velocidade angular da polia B é igual a da polia C.
(04) A velocidade escalar do ponto 3 é maior que a velocidade escalar do ponto 1.
(08) A velocidade angular da polia C é maior do que a velocidade angular da polia A.
SOMA: ( )

6. Considere uma polia girando em torno de seu eixo central, conforme figura abaixo. A velocidade dos
pontos A e B são, respectivamente, 60 cm s e 0,3 m s.

Fís.
A distância AB vale 10 cm. O diâmetro e a velocidade angular da polia, respectivamente, valem:
a) 10 cm e 1,0 rad s
b) 20 cm e 1,5 rad s
c) 40 cm e 3,0 rad s
d) 50 cm e 0,5 rad s
e) 60 cm e 2,0 rad s

7. A figura apresenta esquematicamente o sistema de transmissão de uma bicicleta convencional.


Na bicicleta, a coroa A conecta-se à catraca B através da correia P. Por sua vez, B é ligada à roda traseira
R, girando com ela quando o ciclista está pedalando.

Nesta situação, supondo que a bicicleta se move sem deslizar, as magnitudes das velocidades
angulares, ωA , ωB e ωR , são tais que
a) ωA  ωB = ωR .
b) ωA = ωB  ωR .
c) ωA = ωB = ωR .
d) ωA  ωB  ωR .
e) ωA  ωB = ωR .

8. A invenção e o acoplamento entre engrenagens revolucionaram a ciência na época e propiciaram a


invenção de várias tecnologias, como os relógios. Ao construir um pequeno cronômetro, um relojoeiro
usa o sistema de engrenagens mostrado. De acordo com a figura, um motor é ligado ao eixo e
movimenta as engrenagens fazendo o ponteiro girar. A frequência do motor é de 18 rpm, e o número
de dentes das engrenagens está apresentado no quadro.

Engrenagem Dentes
A 24
B 72
C 36

D 108

Fís.
A frequência de giro do ponteiro, em rpm, é
a) 1.
b) 2.
c) 4.
d) 81.
e) 162.

9. A figura a seguir ilustra duas catracas fixas, cujos dentes têm o mesmo passo, da roda traseira de uma
bicicleta de marchas que se desloca com velocidade constante, pela ação do ciclista.
Os dentes P e Q estão sempre alinhados e localizados a distâncias RP e RQ (RP > RQ) em relação ao eixo
da roda.
As grandezas , , , e a, representam, respectivamente, a velocidade angular, a velocidade
tangencial, a aceleração angular e a aceleração centrípeta. As duas grandezas físicas que variam
linearmente com o raio e a razão de cada uma delas entre as posições Q e P são:

a) ,  e 0,7
b) a,  e 1,4
c) ,  e 1,4
d) , a e 0,7
e) ,  e 1,4

10. Em uma bicicleta, a transmissão do movimento das pedaladas se faz através de uma corrente,
acoplando um disco dentado dianteiro (coroa) a um disco dentado traseiro (catraca), sem que haja
deslizamento entre a corrente e os discos. A catraca, por sua vez, é acoplada à roda traseira de modo
que as velocidades angulares da catraca e da roda sejam as mesmas (ver a seguir figura representativa
de uma bicicleta).

Fís.
Em uma corrida de bicicleta, o ciclista desloca-se com velocidade escalar constante, mantendo um
ritmo estável de pedaladas, capaz de imprimir no disco dianteiro uma velocidade angular de 4 rad/s,
para uma configuração em que o raio da coroa é 4R, o raio da catraca é R e o raio da roda é 0,5 m.
Com base no exposto, conclui-se que a velocidade escalar do ciclista é:
a) 2 m/s
b) 4 m/s
c) 8 m/s
d) 12 m/s
e) 16 m/s
11. Duas polias estão acopladas por uma correia que não desliza. Sabendo-se que o raio da polia menor é
de 20 cm e sua frequência de rotação f1 é de 3.600 rpm, qual é a frequência de rotação f2 da polia
maior, em rpm, cujo raio vale 50 cm?
a) 9.000
b) 7.200
c) 1.440
d) 720

12. Uma bicicleta de marchas tem três engrenagens na coroa, que giram com o pedal, e seis engrenagens
no pinhão, que giram com a roda traseira. Observe a bicicleta a seguir e as tabelas que apresentam os
números de dentes de cada engrenagem, todos de igual tamanho.

engrenagens da
nº de dentes
coroa
1ª 49
2ª 39
3ª 27

engrenagens do
nº de dentes
pinhão
1ª 14
2ª 16
3ª 18
4ª 20
5ª 22
6ª 24 Fís.
Cada marcha é uma ligação, feita pela corrente, entre uma engrenagem da coroa e uma do pinhão.
Suponha que uma das marchas foi selecionada para a bicicleta atingir a maior velocidade possível.
Nessa marcha, a velocidade angular da roda traseira é WR e a da coroa é WC .
WR
A razão equivale a:
WC
7
a)
2
9
b)
8
27
c)
14
49
d)
24
QUESTÃO CONTEXTO
Achar modalidades mais criativas é uma preocupação constante na vida de quem está acostumado a malhar
e precisa se manter motivado. Em algum momento, a atividade escolhida perde a graça, sendo preciso
encontrar algo diferente. A mais recente inovação nessa área é o CrossFit, uma ginástica elaborada com base
nos treinamentos do Exército e da Marinha dos Estados Unidos e de atletas olímpicos. No Brasil, o número
de adeptos cresce, e surgem academias especializadas na modalidade.
Fonte: http://istoe.com.br/188465_TREINAMENTO+ANTIMONOTONIA/, acessado em 14 de julho de 2016.

Em uma sessão de treino CrossFit, um atleta de Rugby segura uma pequena bola e puxa uma polia que está
presa a uma parede e a um bloco por um fio ideal, com uma força de módulo F horizontal, conforme mostra
a figura a seguir.

Supondo que a polia tenha massa desprezível e que o atrito entre o bloco e a superfície horizontal seja
desprezível, assinale a alternativa CORRETA.
a) A aceleração do bloco é o dobro da aceleração da polia.
b) A aceleração da polia é o dobro da aceleração do bloco.
c) A aceleração do bloco tem intensidade igual a F (4M).
d) Se a polia for movida por uma distância horizontal d, para a direita, o bloco se move d 2 também para a
direita.
e) A variação de energia cinética do bloco, quando a polia se move por uma distância horizontal d, para a
direita, é igual a Fd.

Fís.
GABARITO

Exercícios

1. a
A velocidade linear da serra é igual à velocidade linear (v) de um ponto periférico da polia à qual ela está
acoplada.
Lembremos que no acoplamento tangencial, os pontos periféricos das polias têm mesma velocidade
linear; já no acoplamento coaxial (mesmo eixo) são iguais as velocidades angulares (ω), frequências (f)
e períodos (T) de todos os pontos das duas polias. Nesse caso a velocidade linear é diretamente
proporcional ao raio (v = ω R).

Na montagem P:
Velocidade da polia do motor: v1.
Velocidade linear da serra: v3P.

v 3P = ω3P R3

ω2P = ω3P
 v 2P
 v 2P  v 3P = ω2P R3  v 3P = R3 
ω2P = R2
 R2
v = v
 2P 1

v1 R3
(I )
Fís.
v 3P = .
R2

Na montagem Q:
Velocidade da polia do motor: v1.
Velocidade linear da serra: v2Q.
v 2Q = ω2Q R2

ω2Q = ω3Q
 v 3Q
 v 3Q  v 2Q = ω3Q R2  v 2Q = R2 
ω3Q = R3
 R3
v
 3Q = v1

v1 R2
v 2Q = . (II)
R3

Dividindo (II) por (I):


2
v 2Q v1 R2 R2 v 2Q R 
=   = 2 .
v 3P R3 v1 R3 v 3P  R3 

Como R2  R3  v 2Q  v3P .

Quanto às frequências, na montagem Q:


f R
v 3Q = v1  f3Q R3 = f1 R1  3Q = 1 .
f1 R3

Como R1  R3  f3Q  F1.

2. c
Nesse tipo de acoplamento (tangencial) as polias e a correia têm a mesma velocidade linear (v).
Lembrando que v = R e que  = 2f, temos:
vA = vB  ARA = BRB  (2fA) RA = (2fB) RB fARA = fBRB. Grandezas que apresentam produto constante
são inversamente proporcionais, ou seja: quanto menor o raio da polia maior será a sua frequência de
rotação.

3. c
Como não há deslizamento, as velocidades lineares ou tangenciais dos pontos periféricos das polias são
iguais em módulo, iguais à velocidade linear da correia.

v1 = v 2 = vcorreia .

Fís.
4. d
A velocidade linear é a mesma para as duas polias.
ωG RM 27 ωG 1
v G = vM  ω G R G = ω M R M  = =  = .
ωM RG 54 ωM 2

5. 02 + 04 + 08 = 14

As polias A e B apresentam acoplamento tangencial (por correia): v 1 = v2 e B > A.


As polias C e D estão acopladas coaxialmente (mesmo eixo): B = C > A e v3 > v2.= v1.

6. c
Dados: v A = 60cm s; vB = 0,3m s = 30cm s; AB = 10cm.

Da figura dada:
RA = RB + AB  RB = RA − 10.
Os dois pontos têm mesma velocidade angular.
v v 60 30
ωA = ωB  A = B  =  2 (RA − 10 ) = RA  RA = 20 cm.
RA RB RA RA − 10

O diâmetro da polia é igual ao dobro do raio do ponto A.

D = 2 RA  D = 40 cm.

A velocidade angular da polia é igual à do ponto A.


vA 60
ω = ωA = =  ω = 3 rad s.
RA 20

7. a
Como a catraca B gira juntamente com a roda R, ou seja, ambas completam uma volta no mesmo
intervalo de tempo, elas possuem a mesma velocidade angular: ωB = ωR .

Como a coroa A conecta-se à catraca B através de uma correia, os pontos de suas periferias possuem a
mesma velocidade escalar, ou seja: VA = VB .

Lembrando que V = ω.r : VA = VB → ωA .rA = ωB .rB .

Como: rA  rB  ωA  ωB .

8. b
No acoplamento coaxial as frequências são iguais. No acoplamento tangencial as frequências (f) são
inversamente proporcionais aos números (N) de dentes;

Assim:
fA = fmotor = 18 rpm.

fB NB = fA NA  fB  72 = 18  24  fB = 6 rpm.

fC = fB = 6 rpm.
f N = f N  f  108 = 6  36  f = 2 rpm.
D D C C D D

A frequência do ponteiro é igual à da engrenagem D, ou seja:

f = 2 rpm.

Fís.
9. d
Os dentes das duas engrenagens têm o mesmo passo (ou o mesmo comprimento) (p). O número de
dentes (N) de uma engrenagem é dado pela razão entre o comprimento da circunferência e o passo dos
dentes. Ou seja:
2 R
N= .
p

As engrenagens maior e menor têm 20 dentes 14 dentes, respectivamente. Então:


2RQ 2 R P
NQ = e NP = .
p p
Fazendo a razão entre essas expressões:
NQ 2RQ p 14 RQ RQ
=   =  = 0,7.
NP p 2RP 20 RP RP
Como as engrenagens estão acopladas coaxialmente (mesmo eixo) as duas têm mesma velocidade
angular ().
Q = P.
Como o movimento é uniforme, a aceleração angular () é nula.
Q = P = 0

A velocidade tangencial (v) é diretamente proporcional ao raio: v =  R.


A aceleração centrípeta (a) é diretamente proporcional ao raio: a = 2 R.
Assim, fazendo as razões pedidas:
vQ  RQ RQ
= = = 0,7.
vP  RP RP
aQ 2 RQ RQ
= = = 0,7.
aP  RP
2
RP

10. c
Dados: ωcor = 4 rad/s; Rcor = 4 R; Rcat = R; Rroda = 0,5 m.

A velocidade tangencial (v) da catraca é igual à da coroa:


v cat = v cor  ωcat Rcat = ωcor Rcor  ωcat R = 4 ( 4 R )  ωcat = 16 rad / s.

A velocidade angular ( ω ) da roda é igual à da catraca:

vroda vroda
ωroda = ωcat  = ωcat  = 16  v roda = 8 m / s 
Rroda 0,5
vbic = vroda = 8 m / s.

11. c
Nesse tipo de acoplamento, as duas polias têm mesma velocidade linear:

 v1 = 2  π  R1  f1
  v1 = v 2  2  π  R1  f1 = 2  π  R 2  f2  R1  f1 = R 2  f2 
 v 2 = 2  π  R 2  f2
R f 20  3.600
f2 = 1 1  f2 =  f2 = 1.440 rpm.
R2 50

12. a Fís.
Sendo n o numero de dentes e f a frequência do movimento:

𝑓𝑟 𝑛𝑟 = 𝑓𝑐 𝑛𝑐

Pela tabela, podemos perceber que quanto menor o numero de dentes do pinhão e maior o numero de
dentes da coroa, maior será a velocidade da bicicleta. Logo:

𝑓𝑐 49
𝑓𝑟 14 = 𝑓𝑐 49 → 𝑓𝑟 =
14

A velocidade angular pode ser descrita da seguinte maneira:

𝑓𝑐 49
𝜔𝑟 = 2𝜋𝑓𝑟 = 2𝜋
14
𝜔𝑐 = 2𝜋𝑓𝑐
Com isso, já é possível determinar a razão:

𝜔𝑟 49 7
= =
𝜔𝑐 14 2

Questão Contexto

AeE

A polia desloca exatamente a metade do deslocamento do bloco, pois a corda faz a volta na polia, sendo
assim, um deslocamento d na polia significa um deslocamento 2d no bloco.
Δsbloco = 2 Δspolia

Usando a equação do movimento uniformemente variado para o deslocamento em função da aceleração,


para o caso de velocidade inicial nula:
a  t2
Δs = ,
2

então:
abloco  t 2 apolia  t 2
= 2  abloco = 2  apolia
2 2

Mas, observando o diagrama de forças abaixo, temos:

O trabalho realizado para mover o bloco pode ser relacionado com o trabalho realizado para mover a polia:

Na polia, para um deslocamento d :


τpolia = F  d

Fís.
No bloco para um deslocamento 2d :
F
τbloco =  2 d  τbloco = F  d
2

Com isso,
τpolia = τbloco = F  d

Caso você procure, essa questão foi anulada por apresentar mais de uma resposta correta.

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