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ANÁLISE MOVIMENTACIONAL DE UMA LINHA PRODUTIVA: UM ESTUDO DE CASO

SOBRE A MOVIMENTAÇÃO DE PEÇAS EM UMA FORJARIA.

Camila Santos de Almeida Couto 1

Railton Cintra 2
Yuri Peixoto Rocha das Neves 3

Clairton Quintela Soares 4

RESUMO
O presente artigo visa apresentar dois equipamentos (a tenaz e a garra) amplamente
utilizados para movimentação de peças de uma forjaria sob a perspectiva ergonômica de
trabalho aplicando-se o método de NIOSH para determinação do limite de peso carregado
por um operador avaliando o risco de lesão a partir do índice de levantamento de carga
proposto na fórmula. Para execução do trabalho, foi necessário um levantamento dos
equipamentos de movimentação da Forjaria, com dados fotográficos e informações sobre
o manuseio fornecidas pelo operador. Ao fim, pretende-se demostrar o quanto é
fundamental o uso de equipamentos de movimentação ergonomicamente projetados para
melhores condições de trabalho no setor.

Palavras-Chave: Ergonomia Movimentacional, Forjaria, Movimentação Manual de Cargas,


Equação de Niosh.

1 Autor. Graduando em Engenharia de Produção pela Faculdade de Ciência e Tecnologia Área 1.


2 Autor. Graduando em Engenharia de Produção pela Faculdade de Ciência e Tecnologia Área 1.
3 Autor. Graduado em Logística pala Faculdade SENAI CIMATEC, graduando em Engenharia de Produção
pela Faculdade de Ciência e Tecnologia Área 1.
4 Orientador. Graduado em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Bahia, com Especialização em
Administração pelo Centro Universitário São Camilo e Estudos Avançados em Administração na Universid
Completense de Madrid (Espanha).
1. INTRODUÇÃO

Na linha de produção de uma fábrica, o transporte, deslocamento e o levantamento de


cargas manuais tem papel fundamental na atividade produtiva. No que tange as questões
ergonômicas, a identificação antecipada dos processos que empregam força física e
posições desconfortáveis reduz de modo significante o grande número de funcionários
afastados por problemas de saúde relacionados a dor lombar (lombalgias). Segundo a
Norma NR 17 (2002) a movimentação manual de cargas pode ser definida como todo e
qualquer transporte, compreendendo o levantamento e disposição de cargas, que é
suportado pelo trabalhador, de modo que não deverá ser exigida, de maneira contínua ou
descontínua, carregar cargas manuais cujo peso esteja suscetível a comprometer a saúde
e a segurança do funcionário em seu posto de trabalho.

Com o objetivo de avaliar a manipulação de cargas no ambiente de trabalho da Forjaria, a


partir da indicação de um limite de peso apropriado, para que o operador em sua
atividade rotineira diminuísse o risco de lesões (traumatismos agudos, como cortes ou
fraturas) e o desenvolvimento de distúrbios osteomusculares associados a carga física, foi
utilizada a equação de NIOSH (criada nos Estados Unidos pelo National Institute for
Occupational Safety and Health – Instituto Nacional para Segurança e Saúde
Ocupacional), ferramenta amplamente discutida na literatura especializada, que
determina a carga máxima para operação manual em condições desfavoráveis.

O uso de equipamentos para manuseio e transporte de cargas possibilita a adoção de


melhores práticas ergonômicas no trabalho, proporcionando aos operadores do chão de
fábrica, maior conforto, segurança e eficiência nas operações produtivas, neste aspecto,
assemelha-se ao objetivo da ergonomia, que de acordo com IIDA (2007) é a satisfação, a
segurança e o bem estar dos trabalhadores no seu relacionamento com os sistemas
produtivos priorizando o bem estar dos trabalhadores e tendo como resultado a eficiência,
livre de sacrifícios e sofrimentos.

Fazendo jus a necessidade percebia, de modo a estudar ergonomicamente dois dos


equipamentos mais utilizados para manuseio de peças dentro de uma Forjaria, o estudo
de caso em questão tem como propósito demonstrar através do cálculo de NIOSH, se o
uso da tenaz e da garra, estão de acordo com a capacidade individual de peso que pode
ser carregada pelo operador verificando se o equipamento proporciona o mínimo de
esforço físico possível ao trabalhador. O estudo, neste sentido, demostrará o quanto é
fundamental o uso de equipamentos de movimentação para melhores condições de
trabalho do operador, fazendo com que ao longo do tempo haja redução dos índices de
afastamentos e das doenças ocupacionais relacionadas ao transporte e levantamento
manual de cargas.

2. METODOLOGIA

A metodologia abordada neste artigo será o estudo de caso que propõe uma abordagem
quali-quantitativa, pois é através de dados quantitativos que haverá como avaliar os
resultados do tema proposto. Sendo assim, a coleta de informações do próprio
pesquisador aliada a participação voluntária dos funcionários será imprescindível para
realização de um trabalho fidedigno baseado na realidade do dia-a-dia do chão fabril da
organização estudada. Na primeira parte do trabalho, será exposta fundamentação teórica
sobre temas que se relacionam com a pesquisa através da revisão bibliográfica, em um
segundo momento, será apresentada a execução do trabalho de acordo com a
sistemática proposta por Moraes (2000), em que primeiramente há uma apresentação da
organização, depois realizada a apreciação ergonômica, que fará uma avaliação homem-
tarefa-equipamento, verificando o procedimento para uso das ferramentas, logo após será
feito um diagnóstico ergonômico que demostrará por meio de dados fotográficos a
situação ergonômica em que o operador está submetido no manuseio das peças,
aplicando-se aqui a equação de NIOSH para definição do cálculo, que é o objeto de
estudo do artigo. Ao fim, em resultados e discussão, será demostrado se o peso
transportado pelo operador coincidi com o limite de peso exposto na fórmula e nas
literaturas especializadas no assunto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

IIDA, Itiro. Ergonomia, Projeto e Produção – Revisão e Atualizada. São Paulo, Edgar
Blücher, 2007.

NORMA NR 17. Ministério do Trabalho e Emprego. Manual de aplicação da norma


regulamentadora NR. 17. 2.ed. Brasília: MTE, 2002. Acesso em: 22 de set. 2013. Online.
Disponível em: <http://www.mte.gov.br/seg_sau/pub_cne_manual_nr17.pdf>.

MORAES, Anamaria; MONT ALVÃO, Claudia. Ergonomia, Conceitos e Aplicações. 2™


Edição, Rio de Janeiro: 2AB; Serie Oficina, 2000.

RIBEIRO, Ivan Augusto Vall; TERESO, Mauro José Andrade; ABRAHÃO, Roberto
Funes.Análise Ergonomia do Trabalho Em Unidades De Beneficiamento De Tomates De
Mesa: Movimentação Manual De Cargas. Ciência Rural. Santa Maria, 2009. Vol. 39.

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