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CURSO DE BIOMEDICINA
NOME 1
NOME 2
FORTALEZA
2021
NOMES
TÍTULO
FORTALEZA
2021
NOMES
TITULO
Aprovada em ____/_____/_____
BANCA EXAMINADORA
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Prof. Dr..xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
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Prof. Dr..xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
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Prof. Dr..xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
1. INTRODUÇÃO
O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é o causador da AIDS, que ataca o
sistema imunológico, pertence ao gênero Lentivirus e ao subgênero dos Lentivírus dos
Primatas.
A demência associada ao HIV é um efeito do próprio vírus em conjunto com a
resposta do organismo infectado. Os pacientes com a doença já avançada apresentam-se
com déficits em vários domínios cognitivos, enquanto os que estão infectados pelo
vírus, assintomáticos, podem ter déficts sutis e limitados a poucos domínios cognitivos.
A demência pode ser manifestação inicial da Aids em 5% dos casos, mas geralmente
aparece nos estágios avançados da infecção.
O HIV atravessa a barreira hemato-encefálica usando macrófagos infectados. No
cérebro, o vírus infecta células da glia que, em última instância, secretam neurotoxinas
que levam ao dano e morte neuronal. A extensão deste dano é ligada ao nível do déficit
neurológico clínico. Exames de necropsia de pacientes HIV positivos mostraram a
presença de vírus em estruturas corticais e subcorticais, como lobos frontais, substância
branca subcortical e núcleos da base. Mecanismos que levam ao dano cognitivo ainda
não são totalmente conhecidos, mas neurotoxinas liberadas pela micróglia e macrófagos
periventriculares causam liberação de citocinas e quimiocinas, que levam à modificação
da arquitetura sináptica do córtex. A apoptose ou morte celular programada é o
mecanismo mais comum que leva à perda celular.
O HIV entra no Sistema Nervoso, invade suas células e produz lesões em todo
tecido neural, derivando certos comprometimentos cognitivos. É descrito perda
neuronal sobre todo córtex frontal, atrofia cerebral e desmielinização,
fundamentalmente nas zonas periventriculares, corpo caloso, cápsula interna, comissura
anterior e tracto óptico.
O HIV pode permanecer latente no SNC por muitos anos e sua mera presença
pode levar a déficits sutis no funcionamento cognitivo, entretanto estes déficits não são
achados em todos os pacientes, fato que levou alguns autores a proporem que ativadores
periféricos possam estar envolvidos na fisiopatologia dos déficits. Pesquisas ainda são
necessárias para determinar quais indivíduos ou subgrupos de pacientes são mais
vulneráveis a complicações neurológicas.
Os sintomas iniciais podem ser súbitos e confundidos com depressão. Os
pacientes frequentemente relatam dificuldade com a memória, lentificação do
pensamento e problemas de concentração. As atividades mentais complexas tornam-se
mais demoradas e difíceis de serem executadas. Em seguida, surge a perda de interesse
nas atividades sociais e profissionais, e a apatia e o embotamento social podem ser
confundidos com depressão. Apesar dos sintomas cognitivos e comportamentais serem
predominantes na maioria dos pacientes, alguns se apresentam, principalmente, com
disfunção motora, como diminuição da coordenação, alteração da escrita, perda do
balanço e instabilidade da marcha.
Com a progressão da doença, ocorre prejuízo da orientação, memória e cognição.
A despeito da extensão do envolvimento cerebral, não ocorre afasia, apraxia ou outros
sinais de disfunção cortical e, por isso, essa síndrome é considerada uma demência
subcortical. Além disso, o Distúrbio Neurocognitivo Associado ao HIV (HAND) pode
causar pobre adesão aos cuidados relacionados ao HIV, perda do emprego, diminuição
da capacidade de dirigir e menor adesão à terapia antirretroviral, com consequente
aumento da morbi-mortalidade.
A demência associada ao HIV é tratada com medicamentos antirretrovirais. Sem o
tratamento, a demência associada ao HIV pode ser fatal. No entanto, quando a infecção
pelo HIV é tratada com terapia antirretroviral (TAR), a função mental por vezes
melhora drasticamente. A TAR consiste de combinações de fármacos utilizados para
tratar a infecção por HIV. No entanto, devido ao fato de a infecção não estar curada, a
demência pode voltar. O tratamento também inclui medidas gerais para proporcionar
apoio, assim como para as outras demências.
A incidência anual, antes da terapia anti-retroviral de elevada eficácia (HAART),
era de 7% a 14% após o diagnóstico de Aids, sendo o risco cumulativo de desenvolver
demência durante a vida de 5% a 20%.
A demência associada ao HIV não tratada pode causar danos pessoais e sociais
irreparáveis, com diminuição da capacidade de adesão ao tratamento. Quanto mais
rápido o diagnóstico for estabelecido, melhor prognóstico de perda cognitiva pois o
tratamento precoce pode prolongar a vida.
Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde)
o coquetel antiaids para todos que necessitam do tratamento. Estão disponíveis 19
medicamentos antirretrovirais, divididos em 6 classes terapêuticas e em 34
apresentações farmacêuticas diferentes.
O tratamento também inclui medidas gerais para proporcionar apoio, assim como
para as outras demências. Além disso, deve ser abordada por diversas frentes. A
avaliação periódica para evitar uma progressão rápida é um dos melhores preventivos.
Nenhum tratamento específico está disponível para o declínio cognitivo na AIDS,
porém sintomas específicos, como depressão e distúrbios comportamentais, às vezes são
aliviados pela terapia medicamentosa. Os medicamentos psicofármacos podem
melhorar os sintomas da depressão e os medicamentos antipsicóticos podem ajudar a
melhorar a agitação, agressões graves, alucinações ou delírios.
2. OBJETIVOS
5. ORÇAMENTO
Esse projeto consta com suporte financeiro próprio dos elaboradores desse projeto e não
causará ônus para esta instituição.
Dentre os custos do projeto, foram citados com suas respectivas descrições na tabela:
REFERÊNCIAS