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APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS

DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVACÃO!

Olá, Concurseiro(a) de Plantão!!

Sou Érica Oliveira, Professora, Enfermeira, Mestre em Enfermagem pela


Universidade Federal do Ceará, Doutoranda em Enfermagem pela Universidade
Federal do Ceará e Especialista em Concursos na área da Saúde.
Gostaria de desejar bons estudos com a leitura da apostila do CURSO
PREPARATÓRIO PARA O CONCURSO DO IJF e afirmar com toda certeza que
você terá acesso a um material diferenciado, de qualidade e direcionado para o
objetivo da sua APROVAÇÃO!
Todos sabemos que o caminho para o sucesso é árduo, porém, todo o esforço e
dedicação valem muito a pena.
Conte comigo para auxiliá-lo na trilha do caminho de seu SUCESSO!!!
Minha missão é DIRECIONAR você para conquistar a sua APROVAÇÃO!!
E lembre-se: Agora, o seu sonho não é mais seu, ele é NOSSO!!
Estamos juntos nessa caminhada rumo à aprovação!
VAMOS COM FOCO TOTAL!!
DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO!!

SUMÁRIO
📚 📌 LEGISLAÇÃO DE ENFERMAGEM 02
📚 📌 PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA EM
24
SAÚDE
📚 📌 CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO – CME 47
📚 📌 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERÍODO PRÉ, TRANS E PÓS-OPERATÓRIO 58
📚 📌 TRANSFUSÃO SANGUÍNEA E HEMODERIVADOS 73
📚 📌 SEGURANÇA DO PACIENTE
89
ADMNISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
📚 📌 REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
104
SUPORTE BÁSICO DE VIDA E SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
📚 📌 CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PACIENTES VÍTIMAS DE QUEIMADURAS 120
📚 📌 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM TOXICOLOGIA 125
📚 📌 ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS 128
📚 📌 PACIENTE CRÍTICO 141
📚 📌 CUIDADO DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE FERIDAS 155
📚 📌 POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO DO SUS 166
📚 📌 SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS E NOTIFICAÇÃO (SINAN) 172

ATENÇÃO! Este material é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998, que altera, atualiza e
consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos,
violam a lei e prejudica o professor que elabora o material pensando na sua APROVAÇÃO! Valorize o trabalho de
nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Aperfeiçoar Saúde ou com a professora Érica
Oliveira.

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MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA – ESPECIALISTA EM CONCURSOS
Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998.
APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS
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LEGISLAÇÃO DE ENFERMAGEM
“O segredo é um só: acreditar que tudo vai dar certo! Porque vai!!”

A enfermagem possui uma legislação própria para BENEFICÊNCIA


regulamentar as ações da profissão. Beneficência é fazer o bem
Um dos grandes entraves para a profissão é o • Estabelece que devemos fazer o bem aos outros,
enfermeiro/técnico/auxiliar/parteira desconhecer sua independentemente de desejá-lo ou não
legislação, fazendo com que esses profissionais possam • não causar o mal
incorrer em imperícia, negligência ou imprudência, ou até • maximizar os benefícios possíveis e
executar atividades que possam estar além de suas • minimizar os danos possíveis.
competências, exercendo ilegalmente outra profissão. • Benevolência = desejar o bem;
O conhecimento e a compreensão das resoluções, • Benemerência = merecer o bem
leis e código que regem a enfermagem é fundamental para o
profissional de enfermagem. AUTONOMIA
Tomada de decisão individual “Sobre si mesmo, sobre seu
BIOÉTICA corpo e sua mente, o indivíduo é soberano” John Stuart Mill
A Bioética pode ser compreendida como “o estudo “Todo ser humano de idade adulta e com plena consciência,
sistemático de caráter multidisciplinar, da conduta humana tem o direito de decidir o que pode ser feito no seu próprio
na área das ciências da vida e da saúde, na medida em que corpo” Juiz Benjamim Cardozo
esta conduta é examinada à luz dos valores e princípios • Ação livre
morais”. O comportamento ético em atividades de saúde não • Responsabilidade pelo respeito à pessoa individualmente.
se limita ao indivíduo, devendo ter também, um enfoque de
responsabilidade social e ampliação dos direitos da JUSTIÇA
cidadania, uma vez que sem cidadania não há saúde. Sentido distributivo
• Entende-se justiça distributiva como sendo a distribuição
justa, equitativa e apropriada na sociedade, de acordo com
normas que estruturam os termos da cooperação social.
• Distribuição justa
• Equitativa e universal
• Distribuição dos direitos e responsabilidades da sociedade

📌ATENÇÃO! DESPENCA EM PROVAS!!


Imperícia: falta de conhecimento teórico e prático para
exercer uma função. Um profissional de enfermagem é
imperito quando faz um procedimento que não é de sua
competência. Caracteriza-se principalmente pela inabilidade
A Bioética se sustenta em quatro princípios. Estes e incompetência profissional, o que a distingue da
princípios devem nortear as discussões, decisões, imprudência e da negligência. É a ignorância,
procedimentos e ações na esfera dos cuidados da saúde. desconhecimento de coisas que se faz necessário saber.
São eles: beneficência, não-maleficência, autonomia e Imprudência: profissional que expõe sua clientela a riscos
justiça ou equidade desnecessários ou sequer se esforça para tentar minimizá-
PRINCÍPIOS DA ÉTICA los. Distingue-se da imperícia por ser uma ação que poderia
ter sido prevista e evitada. Está presente quando se sabe a
NÃO MALEFICÊNCIA forma correta de proceder e, mesmo assim, procede-se de
Propõe a obrigação de não inflingir dano intencional. O forma errada.
Juramento Hipocrático insere obrigações de Não- Negligência: ato omissivo, ou seja, deixa=se de fazer algo
Maleficência e Beneficência: "Usarei meu poder para ajudar que se faz necessário à assistência ao cliente. Possui
os doentes com o melhor de minha habilidade e julgamento; conhecimentos para a realização de determinada ações, e,
abster-me-ei de causar danos ou de enganar a qualquer no entanto deixa de realiza-lo podendo acarretar danos.
homem com ele.“
• Dano: não restrito aos aspectos físicos, como a dor,
incapacidades e morte. Inclui os âmbitos psíquico, social e
moral:
• Não matar
• Não causar sofrimento
• Não incapacitar
• Não ofender
• Não privar os outros dos bens da vida.

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ATENÇÃO! Art. 3º O planejamento e a programação das instituições e


serviços de saúde incluem planejamento e programação de
enfermagem.
Art. 4º A programação de enfermagem inclui a prescrição da
assistência de enfermagem.
Planejamento é a determinação de uma sequência de ações
que tem por objetivo alcançar um resultado desejado;
determina aquilo que deve ser feito. O planejamento é o
ponto de partida em qualquer nível de organização. Para se
programar é necessário se planejar!

Veja a imagem a seguir.

LEI No 7.498, DE 25 DE JUNHO DE 1986.


Dispõe sobre a regulamentação do exercício da
enfermagem, e dá outras providências

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o


Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1º É livre o exercício da enfermagem em todo o território


nacional, observadas as disposições desta lei.

Isso significa dizer que a enfermagem pode ser exercida em


todo o Brasil, ou seja, se o título for do Brasil, a profissão
pode ser exercida em todas as cidades brasileiras. Ele só
tem valor legal no país. Caso a pessoa vá para outro país,
ela precisa validar o título conforme as exigências do local
que se pretende ir.
Art. 5º (VETADO).
Art. 2º A enfermagem e suas atividades auxiliares somente § 1º (VETADO).
podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e § 2º (VETADO).
inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com
jurisdição na área onde ocorre o exercício. Art. 6º São enfermeiros:
I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição
de ensino, nos termos da lei;
Pessoa legalmente habilitada é sinônimo de estar
II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de
capacitado para exercer as atividades de enfermagem. Esta
Enfermeira Obstétrica, conferido nos termos da lei;
habilidade é comprovada por meio do título. Além disso, é
III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a
necessário que o profissional seja inscrito no conselho
titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obstétrica ou
regional da região em que será exercida a profissão.
de Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola
estrangeira segundo as leis do país, registrado em virtude
Parágrafo único. A enfermagem é exercida privativamente
de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil
pelo Enfermeiro, pelo Técnico de Enfermagem, pelo Auxiliar
como diploma de Enfermeiro, de Enfermeira Obstétrica ou
de Enfermagem e pela Parteira, respeitados os respectivos
de Obstetriz;
graus de habilitação.
IV - aqueles que, não abrangidos pelos incisos anteriores,
obtiverem título de Enfermeiro conforme o disposto
na alínea d do art. 3º do Decreto nº 50.387, de 28 de março
de 1961.
Art. 7º São Técnicos de Enfermagem:
I - o titular do diploma ou do certificado de Técnico de
Enfermagem, expedido de acordo com a legislação e
registrado pelo órgão competente;
II - o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido
por escola ou curso estrangeiro, registrado em virtude de
acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como
diploma de Técnico de Enfermagem.
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Art. 8º São Auxiliares de Enfermagem: a) participação no planejamento, execução e avaliação da


I - o titular de certificado de Auxiliar de Enfermagem programação de saúde;
conferido por instituição de ensino, nos termos da lei e b) participação na elaboração, execução e avaliação dos
registrado no órgão competente; planos assistenciais de saúde;
II - o titular de diploma a que se refere a Lei nº 2.822, de 14 c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas
de junho de 1956; de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de
III - o titular do diploma ou certificado a que se refere o inciso saúde;
III do art. 2º da Lei nº 2.604, de 17 de setembro de 1955, d) participação em projetos de construção ou reforma de
expedido até a publicação da Lei nº 4.024, de 20 de unidades de internação;
dezembro de 1961; e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar e
IV - o titular de certificado de Enfermeiro Prático ou Prático de doenças transmissíveis em geral;
de Enfermagem, expedido até 1964 pelo Serviço Nacional f) prevenção e controle sistemático de danos que possam
de Fiscalização da Medicina e Farmácia, do Ministério da ser causados à clientela durante a assistência de
Saúde, ou por órgão congênere da Secretaria de Saúde nas enfermagem;
Unidades da Federação, nos termos do Decreto-lei nº g) assistência de enfermagem à gestante, parturiente e
23.774, de 22 de janeiro de 1934, do Decreto-lei nº 8.778, puérpera;
de 22 de janeiro de 1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;
outubro de 1959; i) execução do parto sem distocia;
V - o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem, j) educação visando à melhoria de saúde da população.
nos termos do Decreto-lei nº 299, de 28 de fevereiro de Parágrafo único. As profissionais referidas no inciso II do
1967; art. 6º desta lei incumbe, ainda:
VI - o titular do diploma ou certificado conferido por escola a) assistência à parturiente e ao parto normal;
ou curso estrangeiro, segundo as leis do país, registrado em b) identificação das distocias obstétricas e tomada de
virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no providências até a chegada do médico;
Brasil como certificado de Auxiliar de Enfermagem. c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de
Art. 9º São Parteiras: anestesia local, quando necessária.
I - a titular do certificado previsto no art. 1º do Decreto-lei nº Art. 12. O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível
8.778, de 22 de janeiro de 1946, observado o disposto médio, envolvendo orientação e acompanhamento do
na Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959; trabalho de enfermagem em grau auxiliar, e participação no
II - a titular do diploma ou certificado de Parteira, ou planejamento da assistência de enfermagem, cabendo-lhe
equivalente, conferido por escola ou curso estrangeiro, especialmente:
segundo as leis do país, registrado em virtude de a) participar da programação da assistência de enfermagem;
intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil, até 2 (dois) b) executar ações assistenciais de enfermagem, exceto as
anos após a publicação desta lei, como certificado de privativas do Enfermeiro, observado o disposto no parágrafo
Parteira. único do art. 11 desta lei;
Art. 10. (VETADO). c) participar da orientação e supervisão do trabalho de
Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem em grau auxiliar;
enfermagem, cabendo-lhe: d) participar da equipe de saúde.
I - privativamente: Art. 13. O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura nível médio, de natureza repetitiva, envolvendo serviços
básica da instituição de saúde, pública e privada, e chefia de auxiliares de enfermagem sob supervisão, bem como a
serviço e de unidade de enfermagem; participação em nível de execução simples, em processos
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de de tratamento, cabendo-lhe especialmente:
suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas a) observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas;
prestadoras desses serviços; b) executar ações de tratamento simples;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e c) prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;
avaliação dos serviços da assistência de enfermagem; d) participar da equipe de saúde.
d) (VETADO); Art. 14. (VETADO).
e) (VETADO); Art. 15. As atividades referidas nos arts. 12 e 13 desta lei,
f) (VETADO); quando exercidas em instituições de saúde, públicas e
g) (VETADO); privadas, e em programas de saúde, somente podem ser
h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria desempenhadas sob orientação e supervisão de Enfermeiro.
de enfermagem; Art. 16. (VETADO).
i) consulta de enfermagem; Art. 17. (VETADO).
j) prescrição da assistência de enfermagem; Art. 18. (VETADO).
l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com Parágrafo único. (VETADO).
risco de vida; Art. 19. (VETADO).
m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica Art. 20. Os órgãos de pessoal da administração pública
e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade direta e indireta, federal, estadual, municipal, do Distrito
de tomar decisões imediatas; Federal e dos Territórios observarão, no provimento de
II - como integrante da equipe de saúde:
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cargos e funções e na contratação de pessoal de I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por


enfermagem, de todos os graus, os preceitos desta lei. instituição de ensino, nos termos da lei;
Parágrafo único. Os órgãos a que se refere este artigo II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou
promoverão as medidas necessárias à harmonização das de Enfermeira Obstétrica, conferido nos termos da lei;
situações já existentes com as disposições desta lei, III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e
respeitados os direitos adquiridos quanto a vencimentos e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obstétrica
salários. ou de Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola
Art. 21. (VETADO). estrangeira segundo as respectivas leis, registrado em
Art. 22. (VETADO). virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no
Art. 23. O pessoal que se encontra executando tarefas de Brasil como diploma de Enfermeiro, de Enfermeira
enfermagem, em virtude de carência de recursos humanos Obstétrica ou de Obstetriz;
de nível médio nessa área, sem possuir formação específica IV - aqueles que, não abrangidos pelos itens
regulada em lei, será autorizado, pelo Conselho Federal de anteriores, obtiveram título de Enfermeiro conforme o
Enfermagem, a exercer atividades elementares de disposto na letra d do art. 3º do Decreto nº 50.387, de 28 de
enfermagem, observado o disposto no art. 15 desta lei. março de 1961.
Parágrafo único. A autorização referida neste artigo, que Art. 5º São Técnicos de Enfermagem:
obedecerá aos critérios baixados pelo Conselho Federal de I - o titular do diploma ou do certificado de Técnico de
Enfermagem, somente poderá ser concedida durante o Enfermagem, expedido de acordo com a legislação e
prazo de 10 (dez) anos, a contar da promulgação desta lei. registrado no órgão competente;
Parágrafo único. É assegurado aos atendentes de II - o titular do diploma ou do certificado legalmente
enfermagem, admitidos antes da vigência desta lei, o conferido por escola ou curso estrangeiro, registrado em
exercício das atividades elementares da enfermagem, virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no
observado o disposto em seu artigo 15. (Redação dada Brasil como diploma de Técnico de Enfermagem.
pela Lei nº 8.967, de 1994) Art. 6º São auxiliares de Enfermagem:
Art. 24. (VETADO). I - o titular de certificado de Auxiliar de Enfermagem
Parágrafo único. (VETADO). conferido por instituição de ensino, nos termos da lei, e
Art. 25. O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo registrado no órgão competente;
de 120 (cento e vinte) dias a contar da data de sua II - o titular do diploma a que se refere a Lei nº 2.822,
publicação. de 14 de junho de 1956;
Art. 26. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. III - o titular do diploma ou certificado a que se refere
Art. 27. Revogam-se (VETADO) as demais disposições em o item III do art. 2º da Lei nº 2.604, de 17 de setembro de
contrário. 1955, expedido até a publicação da Lei nº 4.024, de 20 de
Brasília, 25 de junho de 1986; 165º da Independência dezembro de 1961;
e 98º da República. IV - o titular do certificado de Enfermeiro Prático ou
JOSÉ SARNEY Prático de Enfermagem, expedido até 1964 pelo Serviço
Almir Pazzianotto Pinto Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, do
Ministério da Saúde, ou por órgão congênere da Secretaria
DECRETO No 94.406, DE 8 DE JUNHO DE 1987 de Saúde nas Unidades da Federação, nos termos
Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que do Decreto nº 23.774, de 22 de janeiro de 1934, do Decreto-
dispõe sobre o exercício da enfermagem, e dá outras lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, e da Lei nº 3.640, de
providências. 10 de outubro de 1959;
V - o pessoal enquadrado como Auxiliar de
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando das atribuições Enfermagem, nos termos do Decreto-lei nº 299, de 28 de
que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição, e tendo fevereiro de 1967;
em vista o disposto no artigo 25 da Lei nº 7.498, de 25 de VI - o titular do diploma ou certificado conferido por
junho de 1986, escola ou curso estrangeiro, segundo as leis do país,
DECRETA: registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou
Art. 1º O exercício da atividade de enfermagem, observadas revalidado no Brasil como certificado de Auxiliar de
as disposições da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e Enfermagem.
respeitados os graus de habilitação, é privativo de Art. 7º São Parteiros:
Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Auxiliar de I - o titular do certificado previsto no art. 1º do Decreto-lei nº
Enfermagem e Parteiro e só será permitido ao profissional 8.778, de 22 de janeiro de 1946, observado o disposto
inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva na Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;
Região. II - o titular do diploma ou certificado de Parteiro, ou
Art. 2º As instituições e serviços de saúde incluirão a equivalente, conferido por escola ou curso estrangeiro,
atividade de enfermagem no seu planejamento e segundo as respectivas leis, registrado em virtude de
programação. intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil até 26 de junho
Art. 3º A prescrição da assistência de enfermagem é parte de 1988, como certificado de Parteiro.
integrante do programa de enfermagem.
Art. 4º São Enfermeiros:

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Art. 8º Ao Enfermeiro incumbe: r) participação em bancas examinadoras, em matérias


I - privativamente: específicas de enfermagem, nos concursos para provimento
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura de cargo ou contratação de Enfermeiro ou pessoal técnico e
básica da instituição de saúde, pública ou privada, e chefia Auxiliar de Enfermagem.
de serviço e de unidade de enfermagem; Art. 9º Às profissionais titulares de diploma ou certificados
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica, além das
suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas atividades de que trata o artigo precedente, incumbe:
prestadoras desses serviços; I - prestação de assistência à parturiente e ao parto normal;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e II - identificação das distocias obstétricas e tomada de
avaliação dos serviços da assistência de enfermagem; providência até a chegada do médico;
d) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria III - realização de episiotomia e episiorrafia, com aplicação
de enfermagem; de anestesia local, quando necessária.
e) consulta de enfermagem; Art. 10. O Técnico de Enfermagem exerce as atividades
f) prescrição da assistência de enfermagem; auxiliares, de nível médio técnico, atribuídas à equipe de
g) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com enfermagem, cabendo-lhe:
risco de vida; I - assistir ao Enfermeiro:
h) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica a) no planejamento, programação, orientação e supervisão
e que exijam conhecimentos científicos adequados e das atividades de assistência de enfermagem;
capacidade de tomar decisões imediatas; b) na prestação de cuidados diretos de enfermagem a
II - como integrante de equipe de saúde: pacientes em estado grave;
a) participação no planejamento, execução e avaliação da c) na prevenção e controle das doenças transmissíveis em
programação de saúde; geral em programas de vigilância epidemiológica;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos d) na prevenção e no controle sistemático da infecção
planos assistenciais de saúde; hospitalar;
c) prescrição de medicamentos previamente estabelecidos e) na prevenção e controle sistemático de danos físicos que
em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela possam ser causados a pacientes durante a assistência de
instituição de saúde; saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de f) na execução dos programas referidos nas letras i e o do
unidades de internação; item II do art. 8º;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar, II - executar atividades de assistência de
inclusive como membro das respectivas comissões; enfermagem, excetuadas as privativas do enfermeiro e as
f) participação na elaboração de medidas de prevenção e referidas no art. 9º deste Decreto;
controle sistemático de danos que possam ser causados aos III - integrar a equipe de saúde.
pacientes durante a assistência de enfermagem; Art. 11. O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades
g) participação na prevenção e controle das doenças auxiliares, de nível médio, atribuídas à equipe de
transmissíveis em geral e nos programas de vigilância enfermagem, cabendo-lhe:
epidemiológica; I - preparar o paciente para consultas, exames e
h) prestação de assistência de enfermagem à gestante, tratamentos;
parturiente, puérpera e ao recém-nascido; II - observar, reconhecer e descrever sinais e
i) participação nos programas e nas atividades de sintomas, ao nível de sua qualificação;
assistência integral à saúde individual e de grupos III - executar tratamentos especificamente prescritos,
específicos, particularmente daqueles prioritários e de alto ou de rotina, além de outras atividades de enfermagem, tais
risco; como:
j) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto; a) ministrar medicamentos por via oral e parenteral;
l) execução e assistência obstétrica em situação de b) realizar controle hídrico;
emergência e execução do parto sem distocia; c) fazer curativos;
m) participação em programas e atividades de educação d) aplicar oxigenoterapia, nebulização, enteroclisma, enema
sanitária, visando à melhoria de saúde do indivíduo, da e calor ou frio;
família e da população em geral; e) executar tarefas referentes à conservação e aplicação de
n) participação nos programas de treinamento e vacinas;
aprimoramento de pessoal de saúde, particularmente nos f) efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em
programas de educação continuada; doenças transmissíveis;
o) participação nos programas de higiene e segurança do g) realizar testes e proceder à sua leitura, para subsídio de
trabalho e de prevenção de acidentes e de doenças diagnóstico;
profissionais e do trabalho; h) colher material para exames laboratoriais;
p) participação na elaboração e na operacionalização do i) prestar cuidados de enfermagem pré e pós-operatórios;
sistema de referência e contra-referência do paciente nos j) circular em sala de cirurgia e, se necessário, instrumentar;
diferentes níveis de atenção à saúde; l) executar atividades de desinfecção e esterilização;
q) participação no desenvolvimento de tecnologia apropriada IV - prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e
à assistência de saúde; zelar por sua segurança, inclusive:
a) alimentá-lo ou auxiliá-lo a alimentar-se;
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b) zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos LEI N 8.967, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1994
e de dependências de unidades de saúde; Altera a redação do parágrafo único do art. 23 da Lei nº
V - integrar a equipe de saúde; 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a
VI - participar de atividades de educação em saúde, regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras
inclusive: providências.
a) orientar os pacientes na pós-consulta, quanto ao
cumprimento das prescrições de enfermagem e médicas; Altera a redação do parágrafo único do art. 23 da Lei nº
b) auxiliar o Enfermeiro e o Técnico de Enfermagem 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a
na execução dos programas de educação para a saúde; regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras
VII - executar os trabalhos de rotina vinculados à alta de providências.
pacientes; O Presidente da República
VIII - participar dos procedimentos pós-morte. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
Art. 12. Ao Parteiro incumbe: sanciono a seguinte Lei:
I - prestar cuidados à gestante e à parturiente; Art. 1º – O Parágrafo único do Art. 23 da Lei nº 7.498 de 25
II - assistir ao parto normal, inclusive em domicílio; e de junho de 1986, passa a vigorar com a seguinte redação:
III - cuidar da puérpera e do recém-nascido.
Parágrafo único. As atividades de que trata este Parágrafo único – É assegurado aos Atendentes de
artigo são exercidas sob supervisão de Enfermeiro Obstetra, Enfermagem, admitidos antes da vigência desta Lei, o
quando realizadas em instituições de saúde, e, sempre que exercício das atividades elementares da Enfermagem,
possível, sob controle e supervisão de unidade de saúde, observado o disposto em seu artigo 15.
quando realizadas em domicílio ou onde se fizerem Art. 2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
necessárias. Art. 3º – Revogam-se as disposições em contrário.
Art. 13. As atividades relacionadas nos arts. 10 e 11
somente poderão ser exercidas sob supervisão, orientação e Brasília, 28 de dezembro de 1994; 175o da Independência e
direção de Enfermeiro. 106o da República
Art. 14. Incumbe a todo o pessoal de enfermagem: Itamar Franco
I - cumprir e fazer cumprir o Código de Deontologia Marcelo Pimentel
da Enfermagem;
II - quando for o caso, anotar no prontuário do
paciente as atividades da assistência de enfermagem, para
fins estatísticos.
Art. 15. Na administração pública direta e indireta, federal,
estadual, municipal, do Distrito Federal e dos Territórios será
exigida como condição essencial para provimento de cargos
e funções e contratação de pessoal de enfermagem, de
todos os graus, a prova de inscrição no Conselho Regional
de Enfermagem da respectiva região.
Parágrafo único. Os órgãos e entidades compreendidos
neste artigo promoverão, em articulação com o Conselho
Federal de Enfermagem, as medidas necessárias à
adaptação das situações já existentes com as disposições
deste Decreto, respeitados os direitos adquiridos quanto a
vencimentos e salários.
Art. 16. Este Decreto entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 17. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 8 de junho de 1987; 166º da Independência


e 99º da República.
JOSÉ SARNEY
Eros Antonio de Almeida

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📌SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Vamos iniciar um dos tópicos que é de extrema importância não somente para concursos, mas também para fortalecer a nossa
profissão!
Aproveitem a leitura e tenham certeza que uma questão de qualquer concurso que você faça...lá estará uma questão sobre esse
assunto!!
A essência da enfermagem é o cuidar e a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é a metodologia usada para
planejar, executar e avaliar o cuidado, constituindo ferramenta fundamental ao trabalho do enfermeiro.
Várias são as nomenclaturas utilizadas para denominar a metodologia da assistência de enfermagem e a diversidade de
paradigmas da profissão é uma das principais causas dessa variedade. A assistência prestada de acordo com o processo de
enfermagem, a metodologia da assistência, consulta de enfermagem entre outros, segue o método científico para sua
implementação e, dessa forma, conduz à Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) (CHAVES; SOLAI, 2013).
O processo de enfermagem é um método científico, sistemático e dinâmico de prestação de cuidados humanizados e orientado
para a obtenção dos melhores resultados.
O método científico é uma abordagem que permite verificar se um conjunto de fatos corresponde à realidade e suas etapas
envolvem: identificar o problema a ser investigado, coletar dados, formular uma hipótese, testar as hipóteses, avaliar os resultados
para determinar se a hipótese foi provada.

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

ASPECTOS LEGAIS
Para contextualização desse tópico, a RESOLUÇÃO COFEN nº 358/2009 é a mais indicada. Vamos conhecê-la?

Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em


ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências.
O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), no uso de suas atribuições legais que lhe são conferidas pela Lei nº 5.905, de 12
de julho de 1973, e pelo Regimento da Autarquia, aprovado pela Resolução COFEN nº 242, de 31 de agosto de 2000;
CONSIDERANDO o art. 5º, Inciso XIII, e o art. 196 da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 05 de
outubro de 1988;
CONSIDERANDO a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e o Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, que a regulamenta;
CONSIDERANDO os princípios fundamentais e as normas do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, aprovado pela
Resolução COFEN nº 311, de 08 de fevereiro de 2007;
CONSIDERANDO a evolução dos conceitos de Consulta de Enfermagem e de Sistematização da Assistência de Enfermagem;
CONSIDERANDO que a Sistematização da Assistência de Enfermagem organiza o trabalho profissional quanto ao método,
pessoal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do processo de Enfermagem;
CONSIDERANDO que o processo de Enfermagem é um instrumento metodológico que orienta o cuidado profissional de
Enfermagem e a documentação da prática profissional;
CONSIDERANDO que a operacionalização e documentação do Processo de Enfermagem evidencia a contribuição da
Enfermagem na atenção à saúde da população, aumentando a visibilidade e o reconhecimento profissional;
CONSIDERANDO resultados de trabalho conjunto havido entre representantes do COFEN e da Subcomissão da Sistematização
da Prática de Enfermagem e Diretoria da Associação Brasileira de Enfermagem, Gestão 2007-2010; e CONSIDERANDO tudo o
mais que consta nos autos do Processo nº 134/2009;

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RESOLVE:

Art. 1º O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou
privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem.
ATENÇÃO!!
Portanto, cuidado se na sua prova ele restringe os locais de aplicação do Processo de enfermagem. Veja que são tanto
em ambiente públicos quanto privados. Mas o requisito é: Ter cuidado profissional. Ou seja, aonde tem a enfermagem e
o cuidado profissional, então deve ser realizado o Processo de enfermagem. E “deve” de forma imperativa mesmo. É
uma regra! Há muita dúvida nesse sentido: Quando devo aplicar a SAE e o Processo de enfermagem professora? E a lei
é clara nessa explicação: Sempre quando houver o CUIDADO profissional, em outras palavras ASSISTÊNCIA de
enfermagem!
§ 1º – os ambientes de que trata o caput deste artigo referem-se a instituições prestadoras de serviços de internação hospitalar,
instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, fábricas, entre outros.
§ 2º – quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações
comunitárias, entre outros, o Processo de Saúde de Enfermagem corresponde ao usualmente denominado nesses ambientes
como Consulta de Enfermagem.

ATENÇÃO!!
Verifique que no § 1º a Resolução ainda detalha alguns ambientes. O importante é que você saiba que se nesse
ambiente tem cuidado da enfermagem, então deve ter o Processo de enfermagem. É citado escolas, fabricas, dentre
outros, mas claro, se tiver o cuidado da enfermagem nesses locais.
No § 2º a Resolução trata da Consulta de enfermagem. Durante a consulta se aplica as 5 etapas do processo de
enfermagem, a diferença é que a consulta ocorre em ambientes específicos, ou seja, em ambiente em que não há
regime de internação e sim atendimentos pontuais. De forma deliberada é de forma decidida! A enfermagem em cada
instituição analisa as suas características institucionais de deliberar a implementação da cada etapa. E sistemática,
porque deve ser organizada, metódica, em etapas!
Art. 2º O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes:
I Coleta de dados de Processo deliberado, sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e técnicas
Enfermagem (ou variadas, que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou
Histórico de coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e
Enfermagem) doença.

II Diagnóstico de Processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados na primeira etapa, que
Enfermagem culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que
representam, com mais exatidão, as respostas da pessoa, família ou coletividade humana em
um dado momento do processo saúde e doença; e que constituem a base para a seleção das
ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados.
III Planejamento de Determinação dos resultados que se espera alcançar; e das ações ou intervenções de
Enfermagem enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou coletividade
humana em um dado momento do processo saúde e doença, identificadas na etapa de
Diagnóstico de Enfermagem.

IV Implementação Realização das ações ou intervenções determinadas na etapa de Planejamento de


Enfermagem.

V Avaliação de Processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da


Enfermagem pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença,
para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado
esperado; e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do
Processo de Enfermagem.
Art. 3º O Processo de Enfermagem deve estar baseado num suporte teórico que oriente a coleta de dados, o estabelecimento
de diagnósticos de enfermagem e o planejamento das ações ou intervenções de enfermagem; e que forneça a base para a
avaliação dos resultados de enfermagem alcançados.

Conforme a figura acima: as teorias devem ser, então, aplicadas em todas as fases sendo para estas um suporte!

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Art. 4º Ao enfermeiro, observadas as disposições da Lei nº Eixo 7: categoria do diagnóstico (com foco no problema, de
7.498, de 25 de junho de 1986 e do Decreto nº 94.406, de risco, de promoção da saúde)
08 de junho de 1987, que a regulamenta, incumbe a
liderança na execução e avaliação do Processo de A Taxonomia da NANDA-I oferece uma maneira de
Enfermagem, de modo a alcançar os resultados de classificar e categorizar áreas de preocupação de um
enfermagem esperados, cabendo-lhe, privativamente, o enfermeiro (i.e., os focos dos diagnósticos). Ela possui 244
diagnóstico de enfermagem acerca das respostas da diagnósticos de enfermagem, agrupados em 13 domínios e
pessoa, família ou coletividade humana em um dado 47 classes.
momento do processo saúde e doença, bem como a Na Taxonomia dos diagnósticos de enfermagem da NANDA-
prescrição das ações ou intervenções de enfermagem a I, usamos um gráfico hierárquico para mostrar nossos
serem realizadas, face a essas respostas. domínios e classes (► Figura). Os diagnósticos em si não
Art. 5º O Técnico de Enfermagem e o Auxiliar de estão descritos nesse gráfico, embora pudessem estar. A
Enfermagem, em conformidade com o disposto na Lei nº razão principal da não inclusão é a existência de 244
7.498, de 25 de junho de 1986, e do Decreto 94.406, de 08 diagnósticos, o que deixaria o gráfico bastante grande – e de
de junho de 1987, que a regulamenta, participam da difícil leitura!
execução do Processo de Enfermagem, naquilo que lhes ► Figura – Domínios e classes da Taxonomia II da
couber, sob a supervisão e orientação do Enfermeiro. NANDA-I (2018-2020).
Art. 6º A execução do Processo de Enfermagem deve ser DOMÍNIOS CLASSES
registrada formalmente, envolvendo: Promoção da Saúde Percepção da Saúde
a)um resumo dos dados coletados sobre a pessoa, Controle da Saúde
família ou coletividade humana em um dado momento Nutrição Ingestão
do processo saúde e doença; Digestão
b)os diagnósticos de enfermagem acerca das respostas Absorção
da pessoa, família ou coletividade humana em um dado Metabolismo
momento do processo saúde e doença; Hidratação
c)as ações ou intervenções de enfermagem realizadas Eliminação e troca Função Urinária
face aos diagnósticos de enfermagem identificados; Função Gastrintestinal
d)os resultados alcançados como consequência das Função Tegumentar
ações ou intervenções de enfermagem realizadas. Função Respiratória
Art. 7º Compete ao Conselho Federal de Enfermagem e aos Atividade/repouso Sono/repouso
Conselhos Regionais de Enfermagem, no ato que lhes Atividade/exercício
couber, promover as condições, entre as quais, firmar Equilíbrio de energia
convênios ou estabelecer parcerias, para o cumprimento Respostas
desta Resolução. cardiovasculares/pulmonares
Art. 8º Esta Resolução entra em vigor na data de sua Autocuidado
publicação, revogando-se as disposições contrárias, em Percepção/cognição Atenção
especial, a Resolução COFEN nº 272/2002. Orientação
Sensação/percepção
CLASSIFICAÇÃO NA ENFERMAGEM Cognição
Comunicação
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Autopercepção Autoconceito
Um diagnóstico de enfermagem é um julgamento clínico Autoestima
sobre uma resposta humana a condições de Imagem corporal
saúde/processos da vida, ou uma vulnerabilidade a tal Papéis e relacionamentos Papéis do cuidador
resposta, de um indivíduo, uma família, um grupo ou uma Relações familiares
comunidade (NANDA-I, 2013). Desempenho de papéis
Os diagnósticos da NANDA-I são conceitos construídos por Sexualidade Identidade sexual
meio de um sistema multiaxial. Um eixo na Taxonomia II da
Função sexual
NANDA-I é definido operacionalmente como uma dimensão
Reprodução
da resposta humana considerada no processo diagnóstico.
Enfrentamento/tolerância ao Respostas pós-trauma
Existem sete eixos. O modelo de diagnóstico de
estresse Respostas de enfrentamento
Estresse
enfermagem da NANDA-I mostra esses eixos e suas
neurocomportamental
relações mútuas.
Princípios da vida Valores
Eixo 1: foco do diagnóstico
Crenças
Eixo 2: sujeito do diagnóstico (indivíduo, família, grupo,
Coerência entre
cuidador, comunidade, etc.)
valores/crenças/atos
Eixo 3: julgamento (prejudicado, ineficaz, etc.)
Segurança/proteção Infecção
Eixo 4: localização (oral, periférico, cerebral, etc.)
Lesão física
Eixo 5: idade (neonato, lactente, criança, adulto, etc.)
Violência
Eixo 6: tempo (crônico, agudo, intermitente)
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Riscos Ambientais Condição Diagnósticos médicos, lesões,


Processos defensivos associada procedimentos, dispositivos médicos
Termorregulação ou agentes farmacêuticos. Essas
Conforto Conforto físico condições não são
Conforto ambiental independentemente modificáveis pelo
Conforto social enfermeiro.
Crescimento/desenvolvimento Crescimento
Desenvolvimento TAXONOMIA NIC

Os enfermeiros lidam com respostas a problemas de Para se ter uma diretriz sobre o que deve ser prescrito
saúde/processos da vida entre indivíduos, famílias, grupos e
a fim de que os resultados esperados sejam alcançados,
comunidades. Essas respostas são a preocupação central
o enfermeiro pode consultar a Nursing Intervention
dos cuidados de enfermagem e ocupam o círculo atribuído à
Classification (NIC), uma taxonomia de intervenções de
profissão. Um diagnóstico de enfermagem pode ser focado
enfermagem.
em um problema, um estado de promoção da saúde ou um
Todas as intervenções NIC têm um título, uma
risco potencial.
definição, e para cada uma delas são descritas atividades
que os enfermeiros realizam para solucionar os
Diagnóstico com foco no problema – um julgamento problemas apresentados pelos pacientes.
clínico a respeito de uma resposta humana indesejável a Cabe ressaltar que nem todas as atividades listadas
uma condição de saúde/processo da vida que existe em um encontram-se na forma prescritiva, cabendo ao enfermeiro
indivíduo, família, grupo ou comunidade. – após a checagem das ações a serem relacionadas com
Diagnóstico de risco – um julgamento clínico a respeito da o paciente em questão – prescrever corretamente o
suscetibilidade de um indivíduo, família, grupo ou cuidado a ser prestado. NIC ainda traz intervenções
comunidade para o desenvolvimento de uma resposta prioritárias, sugeridas e optativas.
humana indesejável a uma condição de saúde/processo da
vida. Intervenções prioritárias: São as mais prováveis
Diagnóstico de promoção da saúde – um julgamento para a solução do diagnóstico. Essas intervenções estão
clínico a respeito da motivação e do desejo de aumentar o listadas em negrito. Foram selecionadas por se
bem-estar e alcançar o potencial humano de saúde. Essas encaixarem bem na etiologia do diagnóstico e/ou
características definidoras, apresentarem mais atividades
respostas são expressas por uma disposição para melhorar
visando à solução do problema, poder ser utilizadas em
comportamentos de saúde específicos, podendo ser usadas uma quantidade maior de locais e serem bem conhecidas
em qualquer estado de saúde. Em pessoas incapazes de a partir de pesquisas e uso clínico para se solucionar o
expressar sua própria disposição para melhorar diagnóstico.
comportamentos de saúde, o enfermeiro pode determinar a Intervenções Sugeridas: aquelas com probabilidade
existência de uma condição para promoção da saúde e agir de remeter ao diagnóstico, mas não tão prováveis quanto
em benefício do indivíduo. As respostas de promoção da às intervenções prioritárias. São às vezes mencionadas
saúde podem manifestar-se em um indivíduo, família, grupo na literatura como remetentes ao diagnóstico, embora
ou comunidade. não sejam citadas com freqüência, podendo também ter
Embora em número limitado na Taxonomia da NANDA-I, relação apenas com a etiologia ou com a característica
uma síndrome pode estar presente. Uma síndrome é um definidora dos diagnósticos de enfermagem.
julgamento clínico relativo a um determinado agrupamento Intervenções adicionais optativas: são aquelas que
de diagnósticos de enfermagem que ocorrem juntos, sendo se aplica a apenas alguns pacientes com o diagnóstico.
mais bem tratado por meio de intervenções similares. Permitem ao enfermeiro personalizar ainda mais as
prescrições de cada paciente.
RESUMOS DE TERMO-CHAVE
Termo Descrição Breve
TAXONOMIA NOC
Diagnóstico de Problema, potencialidade ou risco
enfermagem identificado em indivíduo, família, A Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC
grupo ou comunidade
– Nursing Outcomes Classification) é uma taxonomia
Característica Sinal ou sintoma (indicadores
complementar às taxonomias de NANDA e da NIC. Nela
definidora objetivos ou subjetivos)
constam listagens de resultados de enfermagem para
Fator relacionado Causas ou fatores contribuintes
cada diagnóstico NANDA.
(fatores etiológicos)
A taxonomia NOC determina a condição de saúde de
Fator de risco Determinante (aumenta o risco) um paciente, do cuidador, da família, ou de uma
População em Grupos de pessoas que partilham comunidade, com o propósito de verificar as mudanças
risco alguma característica que faz cada apresentadas por eles após as intervenções de
membro ser suscetível a determinada enfermagem.
A classificação atual NOC é uma lista de 330
resposta humana. Essas
resultados, cada qual constituído de um nome
características não são modificáveis
pelo enfermeiro. identificador, uma definição, uma lista de indicadores para

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se determinar a condição de saúde do indivíduo, da célula é um todo esse todo não é mera soma das partes
família ou da comunidade em relação ao resultado constituintes de cada ser.
avaliado, uma escala de cinco pontos e uma lista com
referências. PIRÂMIDE DE MASLOW

TEORIAS DE ENFERMAGEM

As teorias podem ser definidas como um conjunto de


afirmações sistemáticas, relacionadas com questões
importantes de uma disciplina, que são comunicadas de
modo coerente. São compostas por conceitos que se
relacionam entre si. Nelas estão contidos aspectos da
realidade que são comunicadas com a finalidade de
descrever fenômenos, explicar as relações entre os
fenômenos, prever as consequências e prescrever cuidados
de enfermagem. Teoria das necessidades humanas básicas – N.H.B.
As teorias de enfermagem representam um dos elementos (Wanda Horta – 1970)
que compõem a linguagem específica, objetivando Etapas/Fases do Processo de Enfermagem
consolidar a Enfermagem como ciência e arte na área da • Histórico de Enfermagem: dados que tornam possível a
saúde. identificação dos problemas
• Diagnóstico de Enfermagem: identificação das
Formalmente, as teorias de enfermagem (essas formas necessidades do ser humano e a determinação do grau de
sistemáticas de enxergar alguns fatos) surgiram a partir da dependência
década de 1950, nos Estados Unidos da América e vêm • Plano Assistencial: determinação global da assistência de
contribuindo para a consolidação da ciência da enfermagem enfermagem
porque elas mostram as formas de ver a enfermagem e ver • Plano de cuidados/prescrição de enfermagem: que
os fenômenos relacionados ao nosso processo de trabalho. consiste na implementação do plano
• Evolução de enfermagem: que consiste no relato diário
#FICA DE OLHO! das mudanças sucessivas que ocorrem no ser humano
“A teoria de enfermagem é um marco conceitual que • Prognóstico de enfermagem: estimativa da capacidade
fundamenta a prática assistencial que o serviço almeja do ser humano em atender suas NHB alteradas após a
alcançar” implementação do plano assistencial
“As teorias devem direcionar as ações dos enfermeiros,
de modo a eliminar o caráter empírico da intervenção e
que se possa responsabilizá-los pelos cuidados a serem
prestados aos pacientes” (Tannure; Pinheiro, 2015)

A teoria funciona como o alicerce estrutural para a


implantação da Sistematização da Assistência de
Enfermagem (SAE). O art. 3º da Resolução n. 358/2009
afirma que o processo de enfermagem deve basear-se em
um suporte teórico. Nesse sentido, a teoria é a estrutura
para construir o processo de enfermagem.

WANDA DE AGUIAR HORTA - TEORIA DAS


NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS
- Foco do trabalho: É levar o ser humano ao estado de
Esta teoria desenvolvida por WANDA DE AGUIAR HORTA, equilíbrio (saúde) pelo atendimento de suas N.B., que são
tem como espelho a teoria da motivação humana de os problemas de enfermagem.
MASLOW, que fundamenta nas necessidades humanas - Sujeito de ação: Enfermeiro
básicas.
A teoria se apoia e engloba leis gerais que regem os
fenômenos universais tais como: A lei do equilíbrio
(homeostase ou homeodinâmica): todo o universo se
mantém por processos de equilíbrio dinâmico entre os seres
vivos. A lei da adaptação: todos os seres do universo
interagem com o seu meio externo buscando sempre formas
de ajustamento para se manterem em equilíbrio; A lei do
holismo: o universo é um todo, o ser humano é um todo a

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RESOLUÇÃO COFEN Nº 564/2017 CONSIDERANDO a Lei nº. 10.741, de 01 de outubro de


Aprova o novo Código de Ética dos Profissionais de 2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso;
Enfermagem. CONSIDERANDO a Lei nº. 10.216, de 06 de abril de 2001,
que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas
portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo
assistencial em saúde mental;
CONSIDERANDO a Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990,
que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento
dos serviços correspondentes;
CONSIDERANDO as sugestões apresentadas na
Assembleia Extraordinária de Presidentes dos Conselhos
Regionais de Enfermagem, ocorrida na sede do Cofen, em
Brasília, Distrito Federal, no dia 18 de julho de 2017, e
CONSIDERANDO a deliberação do Plenário do Conselho
O Conselho Federal de Enfermagem – Cofen, no uso das Federal de Enfermagem em sua 491ª Reunião Ordinária,
atribuições que lhe são conferidas pela Lei n° 5.905, de 12 RESOLVE:
de julho de 1973, e pelo Regimento da Autarquia, aprovado
pela Resolução Cofen n° 421, de 15 de fevereiro de 2012, e Art. 1º Aprovar o novo Código de Ética dos Profissionais
CONSIDERANDO que nos termos do inciso III do artigo 8º de Enfermagem, conforme o anexo desta Resolução, para
da Lei 5.905, de 12 de julho de 1973, compete ao Cofen observância e respeito dos profissionais de Enfermagem,
elaborar o Código de Deontologia de Enfermagem e alterá- que poderá ser consultado através do sítio de internet do
lo, quando necessário, ouvidos os Conselhos Regionais; Cofen (www.cofen.gov.br).
CONSIDERANDO que o Código de Deontologia de Art. 2º Este Código aplica-se aos Enfermeiros, Técnicos de
Enfermagem deve submeter-se aos dispositivos Enfermagem, Auxiliares de Enfermagem, Obstetrizes e
constitucionais vigentes; Parteiras, bem como aos atendentes de Enfermagem.
CONSIDERANDO a Declaração Universal dos Direitos Art. 3º Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho
Humanos, promulgada pela Assembleia Geral das Nações Federal de Enfermagem.
Unidas (1948) e adotada pela Convenção de Genebra Art. 4º Este Código poderá ser alterado pelo Conselho
(1949), cujos postulados estão contidos no Código de Ética Federal de Enfermagem, por proposta de 2/3 dos
do Conselho Internacional de Enfermeiras (1953, revisado Conselheiros Efetivos do Conselho Federal ou mediante
em 2012); proposta de 2/3 dos Conselhos Regionais.
CONSIDERANDO a Declaração Universal sobre Bioética e Parágrafo Único. A alteração referida deve ser precedida
Direitos Humanos (2005); de ampla discussão com a categoria, coordenada pelos
CONSIDERANDO o Código de Deontologia de Enfermagem Conselhos Regionais, sob a coordenação geral do Conselho
do Conselho Federal de Enfermagem (1976), o Código de Federal de Enfermagem, em formato de Conferência
Ética dos Profissionais de Enfermagem (1993, reformulado Nacional, precedida de Conferências Regionais.
em 2000 e 2007), as normas nacionais de pesquisa Art. 5º A presente Resolução entrará em vigor 120 (cento e
(Resolução do Conselho Nacional de Saúde – CNS nº vinte) dias a partir da data de sua publicação no Diário
196/1996), revisadas pela Resolução nº 466/2012, e as Oficial da União, revogando-se as disposições em
normas internacionais sobre pesquisa envolvendo seres contrário, em especial a Resolução Cofen nº 311/2007,
humanos; de 08 de fevereiro de 2007.
CONSIDERANDO a proposta de Reformulação do Código Brasília, 6 de novembro de 2017.
de Ética dos Profissionais de Enfermagem, consolidada na MANOEL CARLOS N. DA SILVA
1ª Conferência Nacional de Ética na Enfermagem – 1ª COREN-RO Nº 63592
CONEENF, ocorrida no período de 07 a 09 de junho de Presidente
2017, em Brasília – DF, realizada pelo Conselho Federal de
Enfermagem e Coordenada pela Comissão Nacional de PREÂMBULO
Reformulação do Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem, instituída pela Portaria Cofen nº 1.351/2016; O Conselho Federal de Enfermagem, ao revisar o
CONSIDERANDO a Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006 Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem – CEPE,
(Lei Maria da Penha) que cria mecanismos para coibir a norteou-se por princípios fundamentais, que representam
violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos imperativos para a conduta profissional e consideram que a
do § 8º do art. 226 da Constituição Federal e a Lei nº Enfermagem é uma ciência, arte e uma prática social,
10.778, de 24 de novembro de 2003, que estabelece a indispensável à organização e ao funcionamento dos
notificação compulsória, no território nacional, nos casos de serviços de saúde; tem como responsabilidades a promoção
violência contra a mulher que for atendida em serviços de e a restauração da saúde, a prevenção de agravos e
saúde públicos e privados; doenças e o alívio do sofrimento; proporciona cuidados à
CONSIDERANDO a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, pessoa, à família e à coletividade; organiza suas ações e
que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente; intervenções de modo autônomo, ou em colaboração com
outros profissionais da área; tem direito a remuneração justa
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e a condições adequadas de trabalho, que possibilitem um liberdade, observando os preceitos éticos e legais da
cuidado profissional seguro e livre de danos. profissão.
Sobretudo, esses princípios fundamentais Art. 5º Associar-se, exercer cargos e participar de
reafirmam que o respeito aos direitos humanos é inerente ao Organizações da Categoria e Órgãos de Fiscalização do
exercício da profissão, o que inclui os direitos da pessoa à Exercício Profissional, atendidos os requisitos legais.
vida, à saúde, à liberdade, à igualdade, à segurança Art. 6º Aprimorar seus conhecimentos técnico-científicos,
pessoal, à livre escolha, à dignidade e a ser tratada sem ético-políticos, socioeducativos, históricos e culturais que
distinção de classe social, geração, etnia, cor, crença dão sustentação à prática profissional.
religiosa, cultura, incapacidade, deficiência, doença, Art. 7º Ter acesso às informações relacionadas à pessoa,
identidade de gênero, orientação sexual, nacionalidade, família e coletividade, necessárias ao exercício profissional.
convicção política, raça ou condição social. Art. 8º Requerer ao Conselho Regional de Enfermagem, de
forma fundamentada, medidas cabíveis para obtenção de
desagravo público em decorrência de ofensa sofrida no
exercício profissional ou que atinja a profissão.
Inspirado nesse conjunto de princípios é que o
Art. 9º Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem, de
Conselho Federal de Enfermagem, no uso das atribuições
forma fundamentada, quando impedido de cumprir o
que lhe são conferidas pelo Art. 8º, inciso III, da Lei nº 5.905,
presente Código, a Legislação do Exercício Profissional e as
de 12 de julho de 1973, aprova e edita esta nova revisão do
Resoluções, Decisões e Pareceres Normativos emanados
CEPE, exortando os profissionais de Enfermagem à sua fiel
pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.
observância e cumprimento.
Art. 10 Ter acesso, pelos meios de informação disponíveis,
às diretrizes políticas, normativas e protocolos institucionais,
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
bem como participar de sua elaboração.
A Enfermagem é comprometida com a produção e
Art. 11 Formar e participar da Comissão de Ética de
gestão do cuidado prestado nos diferentes contextos
Enfermagem, bem como de comissões interdisciplinares da
socioambientais e culturais em resposta às necessidades da
instituição em que trabalha.
pessoa, família e coletividade.
Art. 12 Abster-se de revelar informações confidenciais de
O profissional de Enfermagem atua com autonomia
que tenha conhecimento em razão de seu exercício
e em consonância com os preceitos éticos e legais, técnico-
profissional.
científico e teórico-filosófico; exerce suas atividades com
Art. 13 Suspender as atividades, individuais ou coletivas,
competência para promoção do ser humano na sua
quando o local de trabalho não oferecer condições seguras
integralidade, de acordo com os Princípios da Ética e da
para o exercício profissional e/ou desrespeitar a legislação
Bioética, e participa como integrante da equipe de
vigente, ressalvadas as situações de urgência e emergência,
Enfermagem e de saúde na defesa das Políticas Públicas,
devendo formalizar imediatamente sua decisão por escrito
com ênfase nas políticas de saúde que garantam a
e/ou por meio de correio eletrônico à instituição e ao
universalidade de acesso, integralidade da assistência,
Conselho Regional de Enfermagem.
resolutividade, preservação da autonomia das pessoas,
Art. 14 Aplicar o processo de Enfermagem como
participação da comunidade, hierarquização e
instrumento metodológico para planejar, implementar,
descentralização político-administrativa dos serviços de
avaliar e documentar o cuidado à pessoa, família e
saúde.
coletividade.
O cuidado da Enfermagem se fundamenta no
Art. 15 Exercer cargos de direção, gestão e coordenação,
conhecimento próprio da profissão e nas ciências humanas,
no âmbito da saúde ou de qualquer área direta ou
sociais e aplicadas e é executado pelos profissionais na
indiretamente relacionada ao exercício profissional da
prática social e cotidiana de assistir, gerenciar, ensinar,
Enfermagem.
educar e pesquisar.
Art. 16 Conhecer as atividades de ensino, pesquisa e
extensão que envolvam pessoas e/ou local de trabalho sob
CAPÍTULO I – DOS DIREITOS
sua responsabilidade profissional.
Art. 1º Exercer a Enfermagem com liberdade, segurança
Art. 17 Realizar e participar de atividades de ensino,
técnica, científica e ambiental, autonomia, e ser tratado sem
pesquisa e extensão, respeitando a legislação vigente.
discriminação de qualquer natureza, segundo os princípios e
Art. 18 Ter reconhecida sua autoria ou participação em
pressupostos legais, éticos e dos direitos humanos.
pesquisa, extensão e produção técnico-científica.
Art. 2º Exercer atividades em locais de trabalho livre de
Art. 19 Utilizar-se de veículos de comunicação, mídias
riscos e danos e violências física e psicológica à saúde do
sociais e meios eletrônicos para conceder entrevistas,
trabalhador, em respeito à dignidade humana e à proteção
ministrar cursos, palestras, conferências, sobre assuntos de
dos direitos dos profissionais de enfermagem.
sua competência e/ou divulgar eventos com finalidade
Art. 3º Apoiar e/ou participar de movimentos de defesa da
educativa e de interesse social.
dignidade profissional, do exercício da cidadania e das
Art. 20 Anunciar a prestação de serviços para os quais
reivindicações por melhores condições de assistência,
detenha habilidades e competências técnico-científicas e
trabalho e remuneração, observados os parâmetros e limites
legais.
da legislação vigente.
Art. 21 Negar-se a ser filmado, fotografado e exposto em
Art. 4º Participar da prática multiprofissional, interdisciplinar
mídias sociais durante o desempenho de suas atividades
e transdisciplinar com responsabilidade, autonomia e
profissionais.
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Art. 22 Recusar-se a executar atividades que não sejam de Art. 38 Prestar informações escritas e/ou verbais, completas
sua competência técnica, científica, ética e legal ou que não e fidedignas, necessárias à continuidade da assistência e
ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à segurança do paciente.
coletividade. Art. 39 Esclarecer à pessoa, família e coletividade, a
Art. 23 Requerer junto ao gestor a quebra de vínculo da respeito dos direitos, riscos, benefícios e intercorrências
relação profissional/usuários quando houver risco à sua acerca da assistência de Enfermagem.
integridade física e moral, comunicando ao Coren e Art. 40 Orientar à pessoa e família sobre preparo,
assegurando a continuidade da assistência de Enfermagem. benefícios, riscos e consequências decorrentes de exames e
de outros procedimentos, respeitando o direito de recusa da
CAPÍTULO II – DOS DEVERES pessoa ou de seu representante legal.
Art. 24 Exercer a profissão com justiça, compromisso, Art. 41 Prestar assistência de Enfermagem sem
equidade, resolutividade, dignidade, competência, discriminação de qualquer natureza.
responsabilidade, honestidade e lealdade. Art. 42 Respeitar o direito do exercício da autonomia da
Art. 25 Fundamentar suas relações no direito, na prudência, pessoa ou de seu representante legal na tomada de
no respeito, na solidariedade e na diversidade de opinião e decisão, livre e esclarecida, sobre sua saúde, segurança,
posição ideológica. tratamento, conforto, bem-estar, realizando ações
Art. 26 Conhecer, cumprir e fazer cumprir o Código de Ética necessárias, de acordo com os princípios éticos e legais.
dos Profissionais de Enfermagem e demais normativos do Parágrafo único. Respeitar as diretivas antecipadas da
Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem. pessoa no que concerne às decisões sobre cuidados e
Art. 27 Incentivar e apoiar a participação dos profissionais tratamentos que deseja ou não receber no momento em que
de Enfermagem no desempenho de atividades em estiver incapacitado de expressar, livre e autonomamente,
organizações da categoria. suas vontades.
Art. 28 Comunicar formalmente ao Conselho Regional de Art. 43 Respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade da
Enfermagem e aos órgãos competentes fatos que infrinjam pessoa, em todo seu ciclo vital e nas situações de morte e
dispositivos éticos-legais e que possam prejudicar o pós-morte.
exercício profissional e a segurança à saúde da pessoa, Art. 44 Prestar assistência de Enfermagem em condições
família e coletividade. que ofereçam segurança, mesmo em caso de suspensão
Art. 29 Comunicar formalmente, ao Conselho Regional de das atividades profissionais decorrentes de movimentos
Enfermagem, fatos que envolvam recusa e/ou demissão de reivindicatórios da categoria.
cargo, função ou emprego, motivado pela necessidade do Parágrafo único. Será respeitado o direito de greve e, nos
profissional em cumprir o presente Código e a legislação do casos de movimentos reivindicatórios da categoria, deverão
exercício profissional. ser prestados os cuidados mínimos que garantam uma
Art. 30 Cumprir, no prazo estabelecido, determinações, assistência segura, conforme a complexidade do paciente.
notificações, citações, convocações e intimações do Sistema Art. 45 Prestar assistência de Enfermagem livre de danos
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem. decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.
Art. 31 Colaborar com o processo de fiscalização do Art. 46 Recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e
exercício profissional e prestar informações fidedignas, Médica na qual não constem assinatura e número de
permitindo o acesso a documentos e a área física registro do profissional prescritor, exceto em situação de
institucional. urgência e emergência.
Art. 32 Manter inscrição no Conselho Regional de § 1º O profissional de Enfermagem deverá recusar-se a
Enfermagem, com jurisdição na área onde ocorrer o executar prescrição de Enfermagem e Médica em caso de
exercício profissional. identificação de erro e/ou ilegibilidade da mesma, devendo
Art. 33 Manter os dados cadastrais atualizados junto ao esclarecer com o prescritor ou outro profissional, registrando
Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição. no prontuário.
Art. 34 Manter regularizadas as obrigações financeiras junto § 2º É vedado ao profissional de Enfermagem o
ao Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição. cumprimento de prescrição à distância, exceto em casos de
Art. 35 Apor nome completo e/ou nome social, ambos urgência e emergência e regulação, conforme Resolução
legíveis, número e categoria de inscrição no Conselho vigente.
Regional de Enfermagem, assinatura ou rubrica nos Art. 47 Posicionar-se contra, e denunciar aos órgãos
documentos, quando no exercício profissional. competentes, ações e procedimentos de membros da
§ 1º É facultado o uso do carimbo, com nome completo, equipe de saúde, quando houver risco de danos decorrentes
número e categoria de inscrição no Coren, devendo constar de imperícia, negligência e imprudência ao paciente, visando
a assinatura ou rubrica do profissional. a proteção da pessoa, família e coletividade.
§ 2º Quando se tratar de prontuário eletrônico, a assinatura Art. 48 Prestar assistência de Enfermagem promovendo a
deverá ser certificada, conforme legislação vigente. qualidade de vida à pessoa e família no processo do nascer,
Art. 36 Registrar no prontuário e em outros documentos as viver, morrer e luto.
informações inerentes e indispensáveis ao processo de Parágrafo único. Nos casos de doenças graves incuráveis
cuidar de forma clara, objetiva, cronológica, legível, e terminais com risco iminente de morte, em consonância
completa e sem rasuras. com a equipe multiprofissional, oferecer todos os cuidados
Art. 37 Documentar formalmente as etapas do processo de paliativos disponíveis para assegurar o conforto físico,
Enfermagem, em consonância com sua competência legal.
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psíquico, social e espiritual, respeitada a vontade da pessoa extensão, devidamente aprovados nas instâncias
ou de seu representante legal. deliberativas.
Art. 49 Disponibilizar assistência de Enfermagem à Art. 57 Cumprir a legislação vigente para a pesquisa
coletividade em casos de emergência, epidemia, catástrofe envolvendo seres humanos.
e desastre, sem pleitear vantagens pessoais, quando Art. 58 Respeitar os princípios éticos e os direitos autorais
convocado. no processo de pesquisa, em todas as etapas.
Art. 50 Assegurar a prática profissional mediante Art. 59 Somente aceitar encargos ou atribuições quando se
consentimento prévio do paciente, representante ou julgar técnica, científica e legalmente apto para o
responsável legal, ou decisão judicial. desempenho seguro para si e para outrem.
Parágrafo único. Ficam resguardados os casos em que não Art. 60 Respeitar, no exercício da profissão, a legislação
haja capacidade de decisão por parte da pessoa, ou na vigente relativa à preservação do meio ambiente no
ausência do representante ou responsável legal. gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
Art. 51 Responsabilizar-se por falta cometida em suas
atividades profissionais, independentemente de ter sido CAPÍTULO III – DAS PROIBIÇÕES
praticada individual ou em equipe, por imperícia, Art. 61 Executar e/ou determinar atos contrários ao Código
imprudência ou negligência, desde que tenha participação de Ética e à legislação que disciplina o exercício da
e/ou conhecimento prévio do fato. Enfermagem.
Parágrafo único. Quando a falta for praticada em equipe, a Art. 62 Executar atividades que não sejam de sua
responsabilidade será atribuída na medida do(s) ato(s) competência técnica, científica, ética e legal ou que não
praticado(s) individualmente. ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à
Art. 52 Manter sigilo sobre fato de que tenha conhecimento coletividade.
em razão da atividade profissional, exceto nos casos Art. 63 Colaborar ou acumpliciar-se com pessoas físicas ou
previstos na legislação ou por determinação judicial, ou com jurídicas que desrespeitem a legislação e princípios que
o consentimento escrito da pessoa envolvida ou de seu disciplinam o exercício profissional de Enfermagem.
representante ou responsável legal. Art. 64 Provocar, cooperar, ser conivente ou omisso diante
§ 1º Permanece o dever mesmo quando o fato seja de de qualquer forma ou tipo de violência contra a pessoa,
conhecimento público e em caso de falecimento da pessoa família e coletividade, quando no exercício da profissão.
envolvida. Art. 65 Aceitar cargo, função ou emprego vago em
§ 2º O fato sigiloso deverá ser revelado em situações de decorrência de fatos que envolvam recusa ou demissão
ameaça à vida e à dignidade, na defesa própria ou em motivada pela necessidade do profissional em cumprir o
atividade multiprofissional, quando necessário à prestação presente código e a legislação do exercício profissional; bem
da assistência. como pleitear cargo, função ou emprego ocupado por
§ 3º O profissional de Enfermagem intimado como colega, utilizando-se de concorrência desleal.
testemunha deverá comparecer perante a autoridade e, se Art. 66 Permitir que seu nome conste no quadro de pessoal
for o caso, declarar suas razões éticas para manutenção do de qualquer instituição ou estabelecimento congênere,
sigilo profissional. quando, nestas, não exercer funções de enfermagem
§ 4º É obrigatória a comunicação externa, para os órgãos de estabelecidas na legislação.
responsabilização criminal, independentemente de Art. 67 Receber vantagens de instituição, empresa, pessoa,
autorização, de casos de violência contra: crianças e família e coletividade, além do que lhe é devido, como forma
adolescentes; idosos; e pessoas incapacitadas ou sem de garantir assistência de Enfermagem diferenciada ou
condições de firmar consentimento. benefícios de qualquer natureza para si ou para outrem.
§ 5º A comunicação externa para os órgãos de Art. 68 Valer-se, quando no exercício da profissão, de
responsabilização criminal em casos de violência doméstica mecanismos de coação, omissão ou suborno, com pessoas
e familiar contra mulher adulta e capaz será devida, físicas ou jurídicas, para conseguir qualquer tipo de
independentemente de autorização, em caso de risco à vantagem.
comunidade ou à vítima, a juízo do profissional e com Art. 69 Utilizar o poder que lhe confere a posição ou cargo,
conhecimento prévio da vítima ou do seu responsável. para impor ou induzir ordens, opiniões, ideologias políticas
Art. 53 Resguardar os preceitos éticos e legais da profissão ou qualquer tipo de conceito ou preconceito que atentem
quanto ao conteúdo e imagem veiculados nos diferentes contra a dignidade da pessoa humana, bem como dificultar o
meios de comunicação e publicidade. exercício profissional.
Art. 54 Estimular e apoiar a qualificação e o Art. 70 Utilizar dos conhecimentos de enfermagem para
aperfeiçoamento técnico-científico, ético-político, praticar atos tipificados como crime ou contravenção penal,
socioeducativo e cultural dos profissionais de Enfermagem tanto em ambientes onde exerça a profissão, quanto
sob sua supervisão e coordenação. naqueles em que não a exerça, ou qualquer ato que infrinja
Art. 55 Aprimorar os conhecimentos técnico-científicos, os postulados éticos e legais.
ético-políticos, socioeducativos e culturais, em benefício da Art. 71 Promover ou ser conivente com injúria, calúnia e
pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da difamação de pessoa e família, membros das equipes de
profissão. Enfermagem e de saúde, organizações da Enfermagem,
Art. 56 Estimular, apoiar, colaborar e promover o trabalhadores de outras áreas e instituições em que exerce
desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e sua atividade profissional.

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Art. 72 Praticar ou ser conivente com crime, contravenção desde que não ofereça risco a integridade física do
penal ou qualquer outro ato que infrinja postulados éticos e profissional.
legais, no exercício profissional. Art. 77 Executar procedimentos ou participar da assistência
Art. 73 Provocar aborto, ou cooperar em prática destinada a à saúde sem o consentimento formal da pessoa ou de seu
interromper a gestação, exceto nos casos permitidos pela representante ou responsável legal, exceto em iminente
legislação vigente. risco de morte.
Parágrafo único. Nos casos permitidos pela legislação, o Art. 78 Administrar medicamentos sem conhecer indicação,
profissional deverá decidir de acordo com a sua consciência ação da droga, via de administração e potenciais riscos,
sobre sua participação, desde que seja garantida a respeitados os graus de formação do profissional.
continuidade da assistência. Art. 79 Prescrever medicamentos que não estejam
estabelecidos em programas de saúde pública e/ou em
rotina aprovada em instituição de saúde, exceto em
situações de emergência.
Art. 80 Executar prescrições e procedimentos de qualquer
natureza que comprometam a segurança da pessoa.
Art. 81 Prestar serviços que, por sua natureza, competem a
outro profissional, exceto em caso de emergência, ou que
estiverem expressamente autorizados na legislação vigente.
Art. 82 Colaborar, direta ou indiretamente, com outros
profissionais de saúde ou áreas vinculadas, no
ATENÇÃO!!
descumprimento da legislação referente aos transplantes de
Quando não há outro meio de salvar a vida da mulher:
órgãos, tecidos, esterilização humana, reprodução assistida
Dois médicos devem assinar um laudo sobre o risco de
ou manipulação genética.
morte para a mulher. Recomenda-se um obstetra e um
Art. 83 Praticar, individual ou coletivamente, quando no
especialista na complicação que ela tem.
exercício profissional, assédio moral, sexual ou de qualquer
Quando a gravidez resulta de estupro/violência sexual:
natureza, contra pessoa, família, coletividade ou qualquer
Não há necessidade de registro policial, mas os profissionais
membro da equipe de saúde, seja por meio de atos ou
de saúde devem verificar se há alguma contradição na
expressões que tenham por consequência atingir a
história antes de autorizar o procedimento. Eles devem
dignidade ou criar condições humilhantes e
realizar uma ecografia para confirmar se o tempo de
constrangedoras.
gestação está de acordo com o relato da vítima. Um
Art. 84 Anunciar formação profissional, qualificação e título
conjunto de documentos deve ser preenchido e assinado:
que não possa comprovar.
Termo de relato circunstanciado – A mulher declara que
Art. 85 Realizar ou facilitar ações que causem prejuízo ao
sofreu um abuso e o descreve. Dois profissionais de saúde
patrimônio das organizações da categoria.
assinam como testemunhas.
Art. 86 Produzir, inserir ou divulgar informação inverídica ou
Parecer técnico – O médico afirma que há compatibilidade
de conteúdo duvidoso sobre assunto de sua área
entre a idade gestacional e a data da violência.
profissional.
Termo de aprovação de procedimento de interrupção da
Parágrafo único. Fazer referência a casos, situações ou
gravidez – Três integrantes da equipe multidisciplinar
fatos, e inserir imagens que possam identificar pessoas ou
atestam que o pedido de aborto por estupro está em
instituições sem prévia autorização, em qualquer meio de
conformidade com a legislação, aprovando sua realização.
comunicação.
Termo de responsabilidade – A paciente assume a
Art. 87 Registrar informações incompletas, imprecisas ou
responsabilidade penal pelos crimes de falsidade ideológica
inverídicas sobre a assistência de Enfermagem prestada à
e aborto, caso tenha faltado com a verdade.
pessoa, família ou coletividade.
Termo de consentimento livre e esclarecido – A paciente
Art. 88 Registrar e assinar as ações de Enfermagem que
declara ter sido esclarecida sobre o procedimento e ter
não executou, bem como permitir que suas ações sejam
decidido interromper a gestação.
assinadas por outro profissional.
Art. 89 Disponibilizar o acesso a informações e documentos
Atenção! Em 2012, o STF considerou que não é crime a a terceiros que não estão diretamente envolvidos na
interrupção de gravidez quando o feto não desenvolve prestação da assistência de saúde ao paciente, exceto
cérebro e cerebelo. Para a realização, são necessárias duas quando autorizado pelo paciente, representante legal ou
ecografias que comprovem a anencefalia. responsável legal, por determinação judicial.
Art. 90 Negar, omitir informações ou emitir falsas
Art. 74 Promover ou participar de prática destinada a declarações sobre o exercício profissional quando solicitado
antecipar a morte da pessoa. pelo Conselho Regional de Enfermagem e/ou Comissão de
Art. 75 Praticar ato cirúrgico, exceto nas situações de Ética de Enfermagem.
emergência ou naquelas expressamente autorizadas na Art. 91 Delegar atividades privativas do(a) Enfermeiro(a) a
legislação, desde que possua competência técnica-científica outro membro da equipe de Enfermagem, exceto nos casos
necessária. de emergência.
Art. 76 Negar assistência de enfermagem em situações de Parágrafo único. Fica proibido delegar atividades privativas
urgência, emergência, epidemia, desastre e catástrofe, a outros membros da equipe de saúde.
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Art. 92 Delegar atribuições dos(as) profissionais de Art. 108 As penalidades a serem impostas pelo Sistema
enfermagem, previstas na legislação, para acompanhantes Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, conforme o
e/ou responsáveis pelo paciente. que determina o art. 18, da Lei n° 5.905, de 12 de julho de
Parágrafo único. O dispositivo no caput não se aplica nos 1973, são as seguintes:
casos da atenção domiciliar para o autocuidado apoiado. I – Advertência verbal;
Art. 93 Eximir-se da responsabilidade legal da assistência II – Multa;
prestada aos pacientes sob seus cuidados realizados por III – Censura;
alunos e/ou estagiários sob sua supervisão e/ou orientação. IV – Suspensão do Exercício Profissional;
Art. 94 Apropriar-se de dinheiro, valor, bem móvel ou V – Cassação do direito ao Exercício Profissional.
imóvel, público ou particular, que esteja sob sua § 1º A advertência verbal consiste na admoestação ao
responsabilidade em razão do cargo ou do exercício infrator, de forma reservada, que será registrada no
profissional, bem como desviá-lo em proveito próprio ou de prontuário do mesmo, na presença de duas testemunhas.
outrem. § 2º A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento de
Art. 95 Realizar ou participar de atividades de ensino, 01 (um) a 10 (dez) vezes o valor da anuidade da categoria
pesquisa e extensão, em que os direitos inalienáveis da profissional à qual pertence o infrator, em vigor no ato do
pessoa, família e coletividade sejam desrespeitados ou pagamento.
ofereçam quaisquer tipos de riscos ou danos previsíveis aos § 3º A censura consiste em repreensão que será divulgada
envolvidos. nas publicações oficiais do Sistema Cofen/Conselhos
Art. 96 Sobrepor o interesse da ciência ao interesse e Regionais de Enfermagem e em jornais de grande
segurança da pessoa, família e coletividade. circulação.
Art. 97 Falsificar ou manipular resultados de pesquisa, bem § 4º A suspensão consiste na proibição do exercício
como usá-los para fins diferentes dos objetivos previamente profissional da Enfermagem por um período de até 90
estabelecidos. (noventa) dias e será divulgada nas publicações oficiais do
Art. 98 Publicar resultados de pesquisas que identifiquem o Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem,
participante do estudo e/ou instituição envolvida, sem a jornais de grande circulação e comunicada aos órgãos
autorização prévia. empregadores.
Art. 99 Divulgar ou publicar, em seu nome, produção § 5º A cassação consiste na perda do direito ao exercício da
técnico-científica ou instrumento de organização formal do Enfermagem por um período de até 30 anos e será
qual não tenha participado ou omitir nomes de coautores e divulgada nas publicações do Sistema Cofen/Conselhos
colaboradores. Regionais de Enfermagem e em jornais de grande
Art. 100 Utilizar dados, informações, ou opiniões ainda não circulação.
publicadas, sem referência do autor ou sem a sua § 6º As penalidades aplicadas deverão ser registradas no
autorização. prontuário do infrator.
Art. 101 Apropriar-se ou utilizar produções técnico- § 7º Nas penalidades de suspensão e cassação, o
científicas, das quais tenha ou não participado como autor, profissional terá sua carteira retida no ato da notificação, em
sem concordância ou concessão dos demais partícipes. todas as categorias em que for inscrito, sendo devolvida
Art. 102 Aproveitar-se de posição hierárquica para fazer após o cumprimento da pena e, no caso da cassação, após
constar seu nome como autor ou coautor em obra técnico- o processo de reabilitação.
científica. Art. 109 As penalidades, referentes à advertência verbal,
CAPÍTULO IV – DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES multa, censura e suspensão do exercício profissional, são da
Art. 103 A caracterização das infrações éticas e responsabilidade do Conselho Regional de Enfermagem,
disciplinares, bem como a aplicação das respectivas serão registradas no prontuário do profissional de
penalidades regem-se por este Código, sem prejuízo das Enfermagem; a pena de cassação do direito ao exercício
sanções previstas em outros dispositivos legais. profissional é de competência do Conselho Federal de
Art. 104 Considera-se infração ética e disciplinar a ação, Enfermagem, conforme o disposto no art. 18, parágrafo
omissão ou conivência que implique em desobediência e/ou primeiro, da Lei n° 5.905/73.
inobservância às disposições do Código de Ética dos Parágrafo único. Na situação em que o processo tiver
Profissionais de Enfermagem, bem como a inobservância origem no Conselho Federal de Enfermagem e nos casos de
das normas do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de cassação do exercício profissional, terá como instância
Enfermagem. superior a Assembleia de Presidentes dos Conselhos de
Art. 105 O(a) Profissional de Enfermagem responde pela Enfermagem.
infração ética e/ou disciplinar, que cometer ou contribuir para Art. 110 Para a graduação da penalidade e respectiva
sua prática, e, quando cometida(s) por outrem, dela(s) imposição consideram-se:
obtiver benefício. I – A gravidade da infração;
Art. 106 A gravidade da infração é caracterizada por meio II – As circunstâncias agravantes e atenuantes da infração;
da análise do(s) fato(s), do(s) ato(s) praticado(s) ou ato(s) III – O dano causado e o resultado;
omissivo(s), e do(s) resultado(s). IV – Os antecedentes do infrator.
Art. 107 A infração é apurada em processo instaurado e Art. 111 As infrações serão consideradas leves, moderadas,
conduzido nos termos do Código de Processo Ético- graves ou gravíssimas, segundo a natureza do ato e a
Disciplinar vigente, aprovado pelo Conselho Federal de circunstância de cada caso.
Enfermagem.
18
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§ 1º São consideradas infrações leves as que ofendam a Art. 117 A pena de Censura é aplicável nos casos de
integridade física, mental ou moral de qualquer pessoa, sem infrações ao que está estabelecido nos artigos: 31, 41, 42,
causar debilidade ou aquelas que venham a difamar 43, 44, 45, 50, 51, 52, 57, 58, 59, 61, 62, 63, 64, 65, 66,
organizações da categoria ou instituições ou ainda que 67,68, 69, 70, 71, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83,
causem danos patrimoniais ou financeiros. 84, 85, 86, 88, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 97, 99, 100, 101 e 102.
§ 2º São consideradas infrações moderadas as que Art. 118 A pena de Suspensão do Exercício Profissional é
provoquem debilidade temporária de membro, sentido ou aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido
função na pessoa ou ainda as que causem danos mentais, nos artigos: 32, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 59, 61, 62, 63,
morais, patrimoniais ou financeiros. 64, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78,79, 80, 81, 82,
§ 3º São consideradas infrações graves as que provoquem 83, 85, 87, 89, 90, 91, 92, 93, 94 e 95.
perigo de morte, debilidade permanente de membro, sentido Art. 119 A pena de Cassação do Direito ao Exercício
ou função, dano moral irremediável na pessoa ou ainda as Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que está
que causem danos mentais, morais, patrimoniais ou estabelecido nos artigos: 45, 64, 70, 72, 73, 74, 80, 82, 83,
financeiros. 94, 96 e 97.
§ 4º São consideradas infrações gravíssimas as que QUESTÕES
provoquem a morte, debilidade permanente de membro, 01.De acordo com a Lei do Exercício Profissional (Lei nº
sentido ou função, dano moral irremediável na pessoa. 7.498/86, de 25 de junho de 1986), analise as assertivas
Art. 112 São consideradas circunstâncias atenuantes: abaixo e marque com V as afirmativas que forem
Verdadeiras e com F as que forem Falsas.
I – Ter o infrator procurado, logo após a infração, por sua
( ) I. A Enfermagem e suas atividades auxiliares somente
espontânea vontade e com eficiência, evitar ou minorar as podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e
consequências do seu ato; inscritas no Conselho Federal de Enfermagem com
II – Ter bons antecedentes profissionais; jurisdição na área nacional.
III – Realizar atos sob coação e/ou intimidação ou grave ( ) II. É privativa da equipe de Enfermagem a realização de
ameaça; planejamento, organização, coordenação, execução e
IV – Realizar atos sob emprego real de força física; avaliação dos serviços da assistência de enfermagem.
( ) III. Todas as atividades de Enfermagem realizadas em
V – Ter confessado espontaneamente a autoria da infração;
instituições públicas e privadas e em programas de saúde,
VI – Ter colaborado espontaneamente com a elucidação dos somente podem ser desempenhadas sob a orientação e a
fatos. supervisão de enfermeiro.
Art. 113 São consideradas circunstâncias agravantes: ( ) IV. Como integrante da equipe de saúde, o enfermeiro
I – Ser reincidente; poderá atuar na prevenção e controle sistemático da
II – Causar danos irreparáveis; infecção hospitalar e de doenças transmissíveis em geral.
III – Cometer infração dolosamente; Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.
A) V, V, F, V.
IV – Cometer a infração por motivo fútil ou torpe;
B) V, F, V, F.
V – Facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a C) F, V, V, V.
impunidade ou a vantagem de outra infração; D) F, F, V, V.
VI – Aproveitar-se da fragilidade da vítima; 02.O enfermeiro, por realizar supervisão direta do
VII – Cometer a infração com abuso de autoridade ou profissional técnico de enfermagem, verificou em seu
violação do dever inerente ao cargo ou função ou exercício plantão no Hospital Mental Bons Ventos, que o técnico
executou atividade que não era de sua competência,
profissional;
“ferindo” os pressupostos da Resolução COFEN nº
VIII – Ter maus antecedentes profissionais; 7498/86. Analise os casos a seguir e marque a
IX – Alterar ou falsificar prova, ou concorrer para a alternativa que aponta uma ação do técnico fora das
desconstrução de fato que se relacione com o apurado na determinações legais:
denúncia durante a condução do processo ético. A) fez prescrição da assistência de enfermagem.
B) participou da orientação e da supervisão do trabalho de
CAPÍTULO V – DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES Enfermagem em grau auxiliar.
C) participou da programação da assistência de
Art. 114 As penalidades previstas neste Código somente
Enfermagem realizada pela equipe de enfermagem durante
poderão ser aplicadas, cumulativamente, quando houver o mês.
infração a mais de um artigo. D) participou do planejamento da assistência de
Art. 115 A pena de Advertência verbal é aplicável nos casos enfermagem, como membro da equipe de saúde.
de infrações ao que está estabelecido nos artigos:, 26, 28, 03.O Enfermeiro da Unidade de Centro de Material e
29, 30, 31, 32, 33, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 46, 48, Esterilização (CME), no final do plantão, estava
47, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57,58, 59, 60, 61, 62, 65, checando os materiais esterilizados para deixar para o
próximo turno. A Enfermeira do Centro-Cirúrgico
66, 67, 69, 76, 77, 78, 79, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89,
solicitou uma caixa extra de instrumental esterilizado
90, 91, 92, 93, 94, 95, 98, 99, 100, 101 e 102. para a cirurgia que estava em andamento. O Enfermeiro
Art. 116 A pena de Multa é aplicável nos casos de infrações da CME, na pressa, não tomou os devidos cuidados e
ao que está estabelecido nos artigos: 28, 29, 30, 31, 32, 35, forneceu a caixa de instrumental que não estava
36, 38, 39, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 57, 58, 59, 61, 62, esterilizada. Neste caso, considerando os aspectos
63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, éticos, o profissional cometeu
___________________________. Assinale a alternativa
79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94,
que completa corretamente a lacuna.
95, 96, 97, 98, 99, 100, 101 e 102. A) Imperícia

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B) Negligência D) A primeira asserção é uma proposição falsa e a segunda


C) Indulgência é uma proposição verdadeira.
D) Imprudência 08.No que se refere aos aspectos legais e práticos do
E) Falha leve, que não caracteriza infração ética cuidar, é atividade exclusiva do enfermeiro:
04.“É o processo de interpretação e agrupamento dos A) realizar cuidado de pacientes hipertensos, bem como
dados coletados na primeira etapa, que culmina com a realizar ações educação de saúde.
tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de B) aplicar nebulização, enteroclisma, enema, executar os
enfermagem que representam, com mais exatidão, as trabalhos de rotina vinculados à alta de pacientes e
respostas da pessoa, família ou coletividade humana em participar dos procedimentos pós-morte.
um dado momento do processo saúde e doença”. A qual C) promover cuidados diretos de enfermagem a pacientes
etapa do processo de enfermagem a citação se refere? graves com risco de morte.
A) Coleta de dados. D) realizar procedimentos invasivos e anotação no
B) Diagnóstico de enfermagem. prontuário durante a realização de procedimentos.
C) Implementação. 09.De acordo com o Conselho Federal de Enfermagem
D) Avaliação de enfermagem. (COFEN), a Sistematização da Assistência de
05.De acordo com a Resolução COFEN 359/2009, Enfermagem (SAE) é o modelo assistencial a ser
assinale a alternativa correta. aplicado em todas as áreas de atuação do enfermeiro. O
A) A sistematização da assistência de enfermagem, sendo conjunto de medidas decididas pelo enfermeiro, que
consequência do processo de enfermagem, organiza o direciona e coordena a assistência de Enfermagem ao
trabalho profissional quanto ao método, pessoal e paciente de forma individualizada e contínua,
instrumentos. objetivando a prevenção, promoção, proteção,
B) O processo de enfermagem deve ser realizado de modo recuperação e manutenção da saúde, denomina-se:
deliberado e sistemático, não havendo relação entre as A) evolução de enfermagem.
etapas, variando de acordo com os ambientes, públicos ou B) histórico de enfermagem.
privados, em que ocorre o cuidado profissional de C) diagnóstico de enfermagem.
enfermagem. D) prescrição de enfermagem.
C) O diagnóstico é a fase que antecede a implementação, 10.A consulta de Enfermagem é atividade privativa do
pois é nesta que o enfermeiro elenca os diagnósticos de enfermeiro, a qual pode ser realizada nos diversos
enfermagem e determina as ações e/ou intervenções que níveis de atenção à saúde. Sobre a consulta de
devem ser realizadas, para, em seguida, serem Enfermagem, é correto afirmar que:
implementadas. A) deve ser realizada de modo deliberado e sistemático, não
D) A avaliação de enfermagem, última fase, é caracterizada havendo relação entre as etapas, variando de acordo com o
por um processo contínuo de verificação de mudanças nas ambiente de realização.
respostas da pessoa, família ou coletividade humana, em B) utiliza o raciocínio científico para identificar situações de
um dado momento do processo saúde-doença. saúde ou doença e para prescrever e implementar medidas
06.A anotação de enfermagem é fundamental para o de Enfermagem de âmbito individual, não cabendo, durante
desenvolvimento e efetivação da Sistematização da a realização da consulta, intervenções generalizadas em
Assistência de Enfermagem (SAE) conforme a nível familiar ou coletivo.
Resolução COFEN nº 358/2009, pois é fonte de C) é norteada pelas fases de histórico de Enfermagem,
informações para assegurar a continuidade da exame físico, diagnóstico de Enfermagem, prescrição e
assistência. De acordo com as regras para a elaboração implementação da assistência, podendo dispensar a
das anotações de enfermagem, marque o item correto. evolução de Enfermagem ou realizá-la em outro momento
A) Anotar, preferencialmente, antes da realização do oportuno.
cuidado prestado ao paciente. D) é fundamentada nos princípios de universalidade,
B) Anotar como o paciente chegou, sua higiene pessoal, equidade, resolutividade e integralidade das ações de saúde
coloração da pele, estado nutricional, incluindo os dados 11.Sobre a Resolução COFEN nº 358/2009, que dispõe
informados pela família. sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e
C) Anotar os dados do exame físico, cuidados realizados, a implementação do Processo de Enfermagem,
orientações sobre jejum, coleta de sangue, evitando-se correlacione as colunas e, a seguir, assinale a opção
enumerar as intercorrências. que corresponde à sequência correta:
D) Anotar as principais questões interrogadas pelo paciente, 1ª Coluna
como, por exemplo, dados dos sinais vitais, nível de humor, I) Avaliação.
atitude e suas queixas. II) Coleta de dados ou Histórico de Enfermagem.
07.Com base na Resolução COFEN nº 358/2009, que III) Implementação.
dispõe sobre a Sistematização da Assistência de IV) Diagnóstico de Enfermagem.
Enfermagem, dentre outros aspectos, avalie as V) Planejamento de Enfermagem.
asserções a seguir. “O Técnico de Enfermagem 2ª Coluna
participa da execução do Processo de Enfermagem, ( ) Processo de agrupamento dos dados que constituem a
naquilo que lhe couber, sob supervisão do enfermeiro.” base para a seleção das ações ou das intervenções com as
Porque: “A realização das etapas de coleta de dados, quais se objetiva alcançar os resultados esperados.
diagnósticos de enfermagem, planejamento de ( ) Realização das ações de enfermagem.
enfermagem e avaliação em enfermagem são exclusivas ( ) Determinação dos resultados que se espera alcançar.
do enfermeiro.” Analisando a relação proposta entre as ( ) Obtenção de informações sobre a pessoa, a família ou a
duas asserções acima, assinale a opção correta. coletividade humana e sobre suas respostas em um dado
A) As duas asserções são proposições verdadeiras e a momento do processo saúde-doença.
segunda é uma justificativa correta da primeira. ( ) Processo deliberado, sistemático e contínuo de
B) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a verificação de mudanças nas respostas da pessoa, da
segunda não é uma justificativa correta da primeira. família ou da coletividade humana em um dado momento do
C) A primeira asserção é uma proposição verdadeira e a processo saúde-doença.
segunda é uma proposição falsa.
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Assinale o item que corresponde a sequência correta, de atividade na área dessa jurisdição, e para o exercício
cima para baixo, da 2ª coluna: eventual em qualquer parte do Território Nacional.
A) V, III, IV, II, I. 16.Uma das etapas da Sistematização da Assistência de
B) IV, III, V, II, I. Enfermagem é a Implementação. Sobre esta é
C) V, II, IV, I, III. INCORRETO afirmar:
D) IV, III, I, II, V. A) A implementação refere-se às ações iniciadas para a
12.Ao devolver o processo de enfermagem, o enfermeiro obtenção das metas e objetivos definidos.
se utiliza da “Classificação dos Resultados de B) É a prestação dos cuidados de enfermagem.
Enfermagem (NOC)” na etapa de C) É colocar em ação o plano de cuidados previamente
A) planejamento de enfermagem. definido e prescrito.
B) coleta de dados. D) A fase de implementação engloba todas as ações de
C) implementação. enfermagem dirigidas à resolução dos problemas e as
D) avaliação. necessidades de assistência de saúde do cliente/paciente.
E) diagnóstico de enfermagem. E) As ações de enfermagem só podem ser realizadas pela
13.O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem enfermeira que desenvolveu o planejamento, e em casos de
estabelece que, nos casos previstos em Lei, o urgência ou troca de plantão, por outras enfermeiras, ou por
profissional de enfermagem deve decidir, de acordo auxiliares e técnicos de enfermagem.
com a sua consciência, sobre a sua participação ou não 17.A Resolução COFEN-358/2009 dispõe sobre
A) em prática destinada a antecipar a morte de pessoa em aSistematização da Assistência de Enfermagem e
estado terminal, quando há autorização formal do paciente aimplementação do Processo de Enfermagem. Entre as
para tal. suas etapas está Implementação que significa:
B) no ato abortivo. A) Processo de interpretação e agrupamento dos dados
C) na prestação de primeiros socorros a vítimas graves de coletados.
acidentes de trânsito. B) Verificação da necessidade de mudanças ou adaptações
D) na eutanásia. nas etapas do Processo deEnfermagem.
E) na participação, como assistente do cirurgião, em cirurgia C) Realização das ações ou intervenções determinadas na
previamente agendada. etapa de Planejamento deEnfermagem.
14.O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem D) Um resumo dos dados coletados sobre a pessoa, família
é um documento vital e de grande importância para as ou coletividade humana emum dado momento do processo
práticas profissionais, assim, o enfermeiro deverá saúde e doença.
informar para toda sua equipe que ele contém E) Determinação dos resultados que se espera alcançar.
A) responsabilidades da equipe que visam à fiscalização do 18. Com base na Sistematização da Assistência de
exercício profissional. Enfermagem − SAE, as informações de que o
B) critérios que permitem controlar cada profissional em trabalhador é portador de colostomia e que recusou-se a
relação a sua vontade. receber orientações sobre o autocuidado na troca da
C) mecanismos de controle dos profissionais para evitar bolsa coletora estão descritas, respectivamente, em
que, caso cometam erros, não sofram sansões. A) anotação de enfermagem e exame físico.
D) novos conceitos que possam garantir um diferencial B) prescrição de enfermagem e evolução médica.
profissional que atenda o mercado. C) evolução médica e exame físico.
E) condutas, atitudes e comportamentos pertinentes aos D) prescrição médica e histórico de enfermagem.
profissionais de Enfermagem, considerando seus direitos e E) histórico de enfermagem e anotação de enfermagem.
deveres. 19.Considerando que o Processo de Enfermagem é um
15.De acordo com a lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986 instrumento metodológico que orienta o cuidado
dispõe sobre a regulamentação do exercício da profissional de Enfermagem e a documentação da
enfermagem e dá outras providências. Art. 1º É livre o prática profissional, pode-se afirmar:
exercício da Enfermagem em todo o território nacional, I. O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo
observadas as disposições desta lei. A Constituição deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos
Federal em seu art. 5º, ao tratar dos direitos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de
fundamentais, insere a liberdade de exercício Enfermagem.
profissional, assim definida. Assinale a alternativa II. Ao técnico e ao auxiliar de enfermagem, em conformidade
CORRETA sobre a liberdade do exercício profissional da com a legislação trabalhista, não compete a participação no
Enfermagem de acordo com a lei acima citada. Processo de Enfermagem, tendo em vista ser uma atividade
A) A lei traz, a seguir, em seus arts. 2º, 6º, 7º e 8º, a privativa do enfermeiro.
explanação das exigências legais que permitem o exercício III. O Processo de Enfermagem deve estar baseado numa
da Enfermagem em seus diversos graus de habilitação, metodologia empírica que oriente a coleta de dados
conforme garantido pela Constituição Federal. subjetivos, o estabelecimento de diagnósticos de
B) Art. 3º A Enfermagem e suas atividades auxiliares enfermagem e o planejamento das ações ou intervenções
somente podem ser exercidas por pessoas legalmente de enfermagem.
habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem IV. A execução do Processo de Enfermagem deve ser
com jurisdição na área onde ocorre o exercício. registrada formalmente.
C) As bases curriculares consideradas para o curso de Está correto o que consta APENAS em
Auxiliar e de Técnico de Enfermagem são definidas na A) III e IV.
Resolução do Conselho Nacional de Educação nº 04, de 7 B) I, II e III.
de outubro de 1990, que institui as Diretrizes Curriculares C) II e III.
Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico. D) I e IV.
D) A inscrição no COFEN tem como Inscrição Secundária E) II e IV.
aquela concedida pelo Conselho Regional de Enfermagem
que jurisdiciona o domicílio profissional do interessado e que
confere habilitação legal para o exercício permanente da

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20.Em relação à sistematização da assistência de 24. Conforme o Código de Ética de Enfermagem


enfermagem, a Resolução Cofen 358/2009 considera (Resolução COFEN 564/2017), analise os itens:
ético I. Apoiar e/ou participar de movimentos de defesa da
A) a sistematização da assistência de enfermagem ser dignidade profissional, do exercício da cidadania e das
realizada pelo técnico de enfermagem na ausência do reivindicações por melhores condições de assistência,
enfermeiro. trabalho e remuneração, observados os parâmetros e limites
B) o planejamento das ações de enfermagem ser realizado da legislação vigente.
pelo profissional auxiliar de enfermagem na ausência do II. Abster-se de revelar informações confidenciais de que
enfermeiro. tenha conhecimento em razão de seu exercício profissional.
C) o diagnóstico de enfermagem ser elaborado por técnico III. Exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade,
de enfermagem capacitado e sob supervisão do enfermeiro. resolutividade, dignidade, competência, responsabilidade,
D) a liderança e a avaliação do processo de enfermagem ser honestidade e lealdade.
incumbência do enfermeiro. IV. Receber vantagens de instituição, empresa, pessoa,
E) o atendimento de enfermagem ser realizado por auxiliar família e coletividade, além do que lhe é devido, como forma
de enfermagem e parteiro no suporte avançado de vida. de garantir assistência de Enfermagem diferenciada ou
21.A implementação do Processo de Enfermagem benefícios de qualquer natureza para si ou para outrem.
demanda habilidades e capacidades cognitivas, A) DIREITO, DIREITO, DEVER, PROIBIÇÃO.
psicomotoras e afetivas, que ajudam a determinar o B) DIREITO, DIREITO, DIREITO, PROIBIÇÃO.
fenômeno observado e o seu significado. Esses C) DEVER, DEVER, PROIBIÇÃO, DIREITO.
aspectos dizem respeito aos elementos da prática D) DEVER, DEVER, DEVER, PROIBIÇÃO.
profissional considerados, por natureza, 25. Conforme o Código de Ética de Enfermagem
inseparavelmente ligados ao Processo de Enfermagem, (Resolução COFEN 564/2017), analise os itens:
tendo como base o julgamento sobre necessidades I. Executar atividades que não sejam de sua competência
humanas específicas, definidos como: técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam
A) Intervenções de Enfermagem. segurança ao profissional, à pessoa, à família e à
B) Planejamento de Enfermagem. coletividade.
C) Diagnóstico de Enfermagem. II. Aceitar cargo, função ou emprego vago em decorrência
D) Resultados de Enfermagem. de fatos que envolvam recusa ou demissão motivada pela
22. (OLIVEIRA-2018) Conforme a Resolução COFEN necessidade do profissional em cumprir o presente código e
564/2017, na situação em que o processo tiver origem a legislação do exercício profissional; bem como pleitear
no Conselho Federal de Enfermagem e nos casos de cargo, função ou emprego ocupado por colega, utilizando-se
cassação do exercício profissional, terá como instância de concorrência desleal.
superior a III. Promover ou ser conivente com injúria, calúnia e
A)Assembleia dos Delegados Regionais difamação de pessoa e família, membros das equipes de
B) Conselho Regional de Enfermagem Enfermagem e de saúde, organizações da Enfermagem,
C) Sindicato dos trabalhadores de enfermagem trabalhadores de outras áreas e instituições em que exerce
D) Assembleia de Presidentes dos Conselhos de sua atividade profissional.
Enfermagem IV. Provocar aborto, ou cooperar em prática destinada a
23. (OLIVEIRA-2018) Sobre o capítulo de infrações e interromper a gestação, exceto nos casos permitidos pela
penalidades, avalie os itens a seguir: legislação vigente.
I. Para a graduação da penalidade e respectiva imposição A) DIREITO, DEVER, PROIBIÇÃO, DEVER.
consideram-se: a gravidade da infração; as circunstâncias B) DEVER, DIREITO, DEVER, PROIBIÇÃO.
agravantes e atenuantes da infração; o dano causado e o C) DIREITO, PROIBIÇÃO, PROIBIÇÃO, PROIBIÇÃO.
resultado; os antecedentes do infrator. D) PROIBIÇÃO, PROIBIÇÃO, PROIBIÇÃO, PROIBIÇÃO.
II. As infrações (serão consideradas leves, moderadas, 26. Conforme o Código de Ética de Enfermagem
graves, gravíssimas e seríssimas, segundo a natureza do (Resolução COFEN 564/2017), analise os itens:
ato e a circunstância de cada caso. I. Orientar à pessoa e família sobre preparo, benefícios,
III. São consideradas infrações leves as que ofendam a riscos e consequências decorrentes de exames e de outros
integridade física, mental ou moral de qualquer pessoa, sem procedimentos, respeitando o direito de recusa da pessoa
causar debilidade ou aquelas que venham a difamar ou de seu representante legal.
organizações da categoria ou instituições ou ainda que II. Prestar assistência de Enfermagem em condições que
causem danos patrimoniais ou financeiros. ofereçam segurança, mesmo em caso de suspensão das
IV. São consideradas infrações moderadas as que atividades profissionais decorrentes de movimentos
provoquem debilidade temporária de membro, sentido ou reivindicatórios da categoria.
função na pessoa ou ainda as que causem danos mentais, III. Recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e
morais, patrimoniais ou financeiros. Médica na qual não constem assinatura e número de
V. São consideradas infrações graves as que provoquem registro do profissional prescritor, exceto em situação de
perigo de morte, debilidade permanente de membro, sentido urgência e emergência.
ou função, dano moral irremediável na pessoa ou ainda as IV. Posicionar-se contra, e denunciar aos órgãos
que causem danos mentais, morais, patrimoniais ou competentes, ações e procedimentos de membros da
financeiros. equipe de saúde, quando houver risco de danos decorrentes
VI. São consideradas infrações gravíssimas as que de imperícia, negligência e imprudência ao paciente, visando
provoquem a morte, debilidade permanente de membro, a proteção da pessoa, família e coletividade.
sentido ou função, dano moral irremediável na pessoa. V. Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua
Quantos itens estão incorretos? competência técnica, científica, ética e legal ou que não
A)1 ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à
B)2 coletividade.
C)5 A) DEVER, DIREITO, DIREITO, DIREITO, DEVER.
D)6 B) DEVER, DEVER, DEVER, DEVER, DIREITO.
C) DEVER, DIREITO, DEVER, DIREITO, DEVER.
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D) DEVER, DEVER, DEVER, DEVER, DEVER. A) PROIBIÇÃO, DIREITO, PROIBIÇÃO.


27. Conforme o Código de Ética de Enfermagem B) DEVER, DIREITO, DIREITO.
(Resolução COFEN 564/2017), analise os itens: C) PROIBIÇÃO, DEVER, DEVER.
I. Registrar no prontuário e em outros documentos as D) DIREITO, DEVER, DEVER.
informações inerentes e indispensáveis ao processo de
cuidar de forma clara, objetiva, cronológica, legível,
completa e sem rasuras.
II. Disponibilizar o acesso a informações e documentos a
terceiros que não estão diretamente envolvidos na prestação
da assistência de saúde ao paciente, exceto quando
autorizado pelo paciente, representante legal ou responsável
legal, por determinação judicial.
III. Aprimorar os conhecimentos técnico-científicos, ético-
políticos, socioeducativos e culturais, em benefício da
pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da
profissão.
IV. Registrar informações incompletas, imprecisas ou
inverídicas sobre a assistência de Enfermagem prestada à
pessoa, família ou coletividade.
A) DIREITO, DIREITO, DIREITO, PROIBIÇÃO.
B) DIREITO, PROIBIÇÃO, DIREITO, PROIBIÇÃO.
C) DEVER, DIREITO, PROIBIÇÃO, DEVER.
D) DEVER, PROIBIÇÃO, DEVER, PROIBIÇÃO.
28. Conforme o Código de Ética de Enfermagem
(Resolução COFEN 564/2017), analise os itens:
I. Aplicar o processo de Enfermagem como instrumento
metodológico para planejar, implementar, avaliar e
documentar o cuidado à pessoa, família e coletividade.
II. Documentar formalmente as etapas do processo de
Enfermagem, em consonância com sua competência legal.
III. Incentivar e apoiar a participação dos profissionais de
Enfermagem no desempenho de atividades em
organizações da categoria.
A) DEVER, DEVER, DEVER.
B) DIREITO, DEVER, DEVER.
C) DIREITO, DIREITO, DIREITO.
D) DEVER, DIREITO, DIREITO.
29. Conforme o Código de Ética de Enfermagem
(Resolução COFEN 564/2017), analise os itens:
I. Associar-se, exercer cargos e participar de Organizações
da Categoria e Órgãos de Fiscalização do Exercício
Profissional, atendidos os requisitos legais.
II. Respeitar, no exercício da profissão, a legislação vigente
relativa à preservação do meio ambiente no gerenciamento
de resíduos de serviços de saúde.
III. Negar-se a ser filmado, fotografado e exposto em mídias
sociais durante o desempenho de suas atividades
profissionais.
A) DIREITO, DEVER, DIREITO.
B) DEVER, DIREITO, DEVER.
C) DIREITO, DEVER, PROIBIÇÃO.
D) PROIBIÇÃO, DIREITO, DIREITO.
30. Conforme o Código de Ética de Enfermagem
(Resolução COFEN 564/2017), analise os itens:
I. Suspender as atividades, individuais ou coletivas, quando
o local de trabalho não oferecer condições seguras para o
exercício profissional e/ou desrespeitar a legislação vigente, GABARITO
ressalvadas as situações de urgência e emergência,
devendo formalizar imediatamente sua decisão por escrito 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
e/ou por meio de correio eletrônico à instituição e ao D A D B D B C C D D
Conselho Regional de Enfermagem.
II. Fundamentar suas relações no direito, na prudência, no 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
respeito, na solidariedade e na diversidade de opinião e B A B E A E C E D D
posição ideológica. 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
III. Somente aceitar encargos ou atribuições quando se
julgar técnica, científica e legalmente apto para o C D A A D B D B A D
desempenho seguro para si e para outrem.

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PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA EM SAÚDE


“Todo sonho tem uma boa dose de sacrifício!”

A Lei Federal 9.431 de 1997 → institui a obrigatoriedade da >>Avaliar, periódica e sistematicamente, as informações
existência da CCIH e de um Programa de Controle de providas pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica das
Infecções Hospitalares. infecções hospitalares e aprovar as medidas de controle
propostas pelos membros executores da CCIH;
Portaria n° 2.616 de 12 de Maio de 1998 >>Realizar investigação epidemiológica de casos e surtos,
sempre que indicado, e implantar medidas imediatas de
O Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) é controle;
um conjunto de ações desenvolvidas deliberada e >>Elaborar e divulgar, regularmente, relatórios e comunicar,
sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da periodicamente, à autoridade máxima de instituição e às
incidência e da gravidade das infecções hospitalares. chefias de todos os setores do hospital a situação do
>>Para a adequada execução do PCIH os hospitais deverão controle das infecções hospitalares, promovendo seu amplo
constituir Comissão de Controle de Infecção Hospitalar debate na comunidade hospitalar,
(CCIH), órgão de assessoria à autoridade máxima da >>Elaborar, implementar e supervisionar a aplicação de
instituição e de execução das ações de controle de infecção normas e rotinas técnico-operacionais, visando limitar a
hospitalar. disseminação de agentes presentes nas infecções em curso
>>A CCIH deverá ser composta por profissionais da área de no hospital, por meio de medidas de precaução e de
saúde, de nível superior, formalmente designados. isolamento;
>>Adequar, implementar e supervisionar a aplicação de
Os membros da CCIH serão de dois tipos: consultores e normas e rotinas técnico-operacionais, visando à prevenção
executores. e ao tratamento das infecções hospitalares;
O presidente ou coordenador da CCIH será qualquer um dos >>Definir, em cooperação com a Comissão de Farmácia e
membros da mesma, indicado pela direção do hospital. Terapêutica, política de utilização de antimicrobianos,
Os membros consultores serão representantes, dos germicidas e materiais médico-hospitalares para a
seguintes serviços: instituição;
- serviço médico; >>Cooperar com o setor de treinamento ou responsabilizar-
- serviço de enfermagem; se pelo treinamento, com vistas a obter capacitação
- serviço de farmácia; adequada do quadro de funcionários e profissionais, no que
- laboratório de microbiologia; diz respeito ao controle das infecções hospitalares;
- administração. >>Elaborar regimento interno para a Comissão de Controle
de Infecção Hospitalar;
CONSIDERAM-SE -Pacientes de terapia intensiva (adulto, >>Cooperar com a ação do órgão de gestão do SUS, bem
PACIENTES pediátrico e neonatal) como fornecer, prontamente, as informações
CRÍTICOS -Pacientes de berçário de alto risco epidemiológicas solicitadas pelas autoridades competentes;
-Pacientes queimados >>Notificar, na ausência de um núcleo de epidemiologia, ao
-Pacientes submetidos a transplantes organismo de gestão do SUS, os casos diagnosticados ou
de órgãos suspeitos de outras doenças sob Vigilância epidemiológica
-Pacientes hemato-oncológicos (notificação compulsória), atendidos em qualquer dos
-Pacientes com Síndrome da serviços ou unidades do hospital, e atuar cooperativamente
Imunodeficiência Adquirida com os serviços de saúde coletiva;
>>Notificar ao Serviço de Vigilância Epidemiológica e
SÃO COMPETÊNCIAS DA CCIH DO HOSPITAL: Sanitária do organismo de gestão do SUS, os casos e surtos
>>Elaborar, implementar, manter e avaliar programa de diagnosticados ou suspeitos de infecções associadas à
controle de infecção hospitalar, adequado às características utilização de insumos e/ou produtos industrializados.
e necessidades da instituição, contemplando, no mínimo,
ações relativas a: CONCEITOS
>>Implantação de um Sistema de Vigjlância Epidemiológica 1.Infecção comunitária (IC): é aquela constatada ou em
das Infecções Hospitalares; incubação no ato de admissão do paciente, desde que não
>>Adequação, implementação e supervisão das normas e relacionada com internação anterior no mesmo hospital.
rotinas técnico-operacionais, visando à prevenção e controle São também comunitárias:
das infecções hospitalares; -a infecção que está associada com complicação ou
>>Capacitação do quadro de funcionários e profissionais da extensão da infecção já presente na admissão, a menos que
instituição, no que diz respeito à prevenção e controle das haja troca de microrganismos com sinais ou sintomas
infecções hospitalares; fortemente sugestivos da aquisição de nova infecção;
>>Uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais -a infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via
médico-hospitalares; transplacentária é conhecida ou foi comprovada e que
tornou-se evidente logo após o nascimento (exemplo:

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herpes simples, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, seguido do agravamento das condições clínicas do paciente,
sífilis e AIDS); o caso deverá ser considerado como infecção hospitalar;
-As infecções de recém-nascidos associadas com bolsa rota -quando se desconhecer o período de incubação do
superior a 24 (vinte e quatro) horas. microrganismo e não houver evidência clínica e/ou dado
laboratorial de infecção no momento da internação,
2.Infecção hospitalar: (IRAS) convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação
é aquela adquirida após a admissão do paciente e que se clínica de infecção que se apresentar a partir de 72 (setenta
manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder e duas) horas após a admissão;
ser relacionada com a internação ou procedimentos -são também convencionadas infecções hospitalares
hospitalares. aquelas manifestadas antes de 72 (setenta e duas) horas da
internação, quando associadas a procedimentos
Princípios: diagnósticos e/ou terapêuticos, realizados durante este
-o diagnóstico das infecções hospitalares deverá valorizar período;
informações oriundas de: -as infecções no recém-nascido são hospitalares, com
-evidência clínica, derivada da observação direta do exceção das transmitidas de forma transplacentária e
paciente ou da análise de seu prontuário; aquelas associadas a bolsa rota superior a 24 (vinte e
-resultados de exames de laboratório, ressaltando-se os quatro) horas;
exames microbiológicos, a pesquisa de antígenos, -os pacientes provenientes de outro hospital que se internam
anticorpos e métodos de visualização realizados. com infecção, são considerados portadores de infecção
-evidências de estudos com métodos de imagem; hospitalar do hospital de origem infecção hospitalar. Nestes
-endoscopia; casos, a Coordenação Estadual/Distrital/Municipal e/ou o
-biópsia e outros. hospital de origem deverão ser informados para computar o
Critérios gerais: episódio como infecção hospitalar naquele hospital.
-quando, na mesma topografia em que foi diagnosticada
infecção comunitária, for isolado um germe diferente,

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CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS POR POTENCIAL DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS


CONTAMINAÇÃO DA INCISÃO CIRÚRGICA.
1. as infecções pós-cirúrgicas devem ser analisadas É a medida individual mais simples e menos dispendiosa
conforme o potencial de contaminação da ferida cirúrgica, para prevenir a propagação das infecções relacionadas à
entendido como o número de microrganismos presentes no assistência à saúde.
tecido a ser operado; As mãos constituem a principal via de transmissão de
2. a classificação das cirurgias deverá ser feita no final do microrganismos durante a assistência prestada aos
ato cirúrgico, pelo cirurgião, de acordo com as seguintes pacientes, pois a pele é um possível reservatório de diversos
indicações: microrganismos, que podem se transferir de uma superfície
-Cirurgias Limpas - são aquelas realizadas em tecidos para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou
estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de indireto, através do contato com objetos e superfícies
processo infeccioso e inflamatório local ou falhas técnicas contaminados.
grosseiras, cirurgias eletivas com cicatrização de primeira A pele das mãos alberga, principalmente, duas populações
intenção e sem drenagem aberta. Cirurgias em que não de microrganismos: os pertencentes à microbiota residente e
ocorrem penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou à microbiota transitória. A microbiota residente é constituída
urinário; por microrganismos de baixa virulência, como estafilococos,
-Cirurgias Potencialmente Contaminadas - são aquelas corinebactérias e micrococos, pouco associados às
realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana infecções veiculadas pelas mãos. É mais difícil de ser
pouco numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação, removida pela higienização das mãos com água e sabão,
na ausência de processo infeccioso e inflamatório e com uma vez que coloniza as camadas mais internas da pele.
falhas técnicas discretas no transoperatório. Cirurgias com A microbiota transitória coloniza a camada mais superficial
drenagem aberta enquadram-se nesta categoria. Ocorre da pele, o que permite sua remoção mecânica pela
penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem higienização das mãos com água e sabão, sendo eliminada
contaminação significativa. com mais facilidade quando se utiliza uma solução anti-
-Cirurgias Contaminadas - são aquelas realizadas em séptica. É representada, tipicamente, pelas bactérias Gram-
tecidos recentemente traumatizados e abertos, colonizados negativas, como enterobactérias (Ex: Escherichia coli),
por flora bacteriana abundante, cuja descontaminação seja bactérias não fermentadoras (Ex: Pseudomonas
difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que aeruginosa), além de fungos e vírus.
tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência de
supuração local. Na presença de inflamação aguda na A higienização das mãos apresenta as seguintes
incisão e cicatrização de segunda intenção, ou grande finalidades:
contaminação a partir do tubo digestivo. Obstrução biliar ou • Remoção de sujidade, suor, oleosidade, pêlos, células
urinária também se incluem nesta categoria. descamativas e da microbiota da pele, interrompendo a
-Cirurgias Infectadas - são todas as intervenções cirúrgicas transmissão de infecções veiculadas ao contato;
realizadas em qualquer tecido ou órgão, em presença de • Prevenção e redução das infecções causadas pelas
processo infeccioso (supuração local) e/ou tecido necrótico. transmissões cruzadas.
O termo engloba a higienização simples, a higienização anti-
séptica, a fricção anti-séptica e a anti-sepsia cirúrgica das
mãos (degermação).

Higienização Finalidade Duração


Higienização Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da 40 a 60 segundos
simples das pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a
mãos sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos.
Higienização Promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga 40 a 60 segundos
anti-séptica das microbiana das mãos, com auxílio de um anti-séptico.
mãos
Fricção anti- Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A 20 a 30 segundos
séptica com utilização de gel alcoólico a 70% ou de solução alcoólica a 70% com 1-3%
preparação de glicerina pode substituir a higienização com água e sabão quando as
alcoólica mãos não estiverem visivelmente sujas.
Degermação Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, 3 a 5 minutos para a
além de proporcionar efeito residual na pele do profissional. primeira cirurgia e de 2
As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser de cerdas a 3 minutos para as
macias e descartáveis, impregnadas ou não com anti-séptico e de uso cirurgias subsequentes
exclusivo em leito ungueal e subungueal.

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ATENÇÃO! SEMPRE EM PROVAS OS 5 MOMENTOS PARA A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO do trato gastrintestinal. Estas aspirações são, mais


RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE comumente, microaspirações silenciosas, raramente há
macroaspirações, que quando acontecem trazem um quadro
As infecções relacionadas à assistência em saúde de insuficiência respiratória grave e rapidamente
(IRAS) são aquelas adquiridas durante a prestação dos progressiva. Raramente a pneumonia é ocasionada pela
cuidados de saúde e representam um dos mais importantes disseminação hematogênica a partir de um foco infeccioso à
problemas de saúde pública no mundo. Em média, de 5% a distância.
15% de todos os pacientes internados desenvolvem IRAS. Os pacientes internados e, especialmente, os
O desafio para prevenir danos aos usuários dos pacientes em ventilação mecânica são um grupo de risco
serviços de saúde e prejuízos associados aos cuidados aumentado para pneumonia. Este risco maior deve-se
decorrentes de processos ou das estruturas da assistência é essencialmente a três fatores:
cada vez maior e, portanto, é necessário a atualização de 1 - diminuição das defesas do paciente;
protocolos específicos de critérios diagnósticos e medidas 2 - risco elevado de ter as vias aéreas inoculadas com
de prevenção para a redução das Infecções Relacionadas à grande quantidade de material contaminado;
Assistência à Saúde - IRAS. 3 - presença de microrganismos mais agressivos e
As IRAS consistem em eventos adversos - EA resistentes aos antimicrobianos no ambiente, superfícies
ainda persistentes nos serviços de saúde. Sabe-se que as próximas, materiais dessa forma colozinando o próprio
infecções elevam consideravelmente os custos no cuidado paciente.
do paciente, além de aumentar o tempo de internação, a A diminuição da defesa pulmonar pode estar
morbidade e a mortalidade nos serviços de saúde. relacionada a várias causas e estas podem ocorrer
isoladamente ou em associação. Dentre estas causas
Pneumonia Relacionada à Infecção do Trato Urinário destacam-se: a presença de doença de base, tais como:
Assistência à Saúde neoplasias, doença pulmonares agudas ou crônicas,
Infecção da Corrente Infecção Cirúrgica doenças autoimunes, o uso de drogas imunossupressoras
Sanguínea (corticoesteróides, quimioterapia) e o uso de próteses
traqueais.
Medidas de Prevenção de Pneumonia Relacionada à O risco elevado de ter as vias aéreas inoculadas
Assistência à Saúde com grande quantidade de material contaminado exerce um
papel central na fisiopatologia da pneumonia relacionada à
A pneumonia relacionada à assistência à saúde é assistência à saúde. Este risco aumentado pode também
principalmente de origem aspirativa. A principal fonte são as estar associado a inúmeros motivos, que podem acontecer
secreções das vias aéreas superiores, seguida pela isoladamente ou, mais frequentemente, associados. Podem
inoculação exógena de material contaminado ou pelo refluxo ser citados como exemplos o rebaixamento do nível de
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consciência, causado por drogas ou pela doença de base, Medidas específicas recomendadas para prevenção de
que pode predispor a aspiração e a retenção de secreção pneumonia
das vias aéreas superiores, na região acima do balonete do A pneumonia relacionada a assistência à saúde
tubo traqueal. Esta retenção de material oriundo das vias pode trazer grave repercussão para o paciente, é uma grave
aéreas superiores e coletado acima do balonete, penetra infecção que apresenta múltiplas causas e tem grande
pela traqueia quando o balonete é desinflado ou impacto nas taxas de morbimortalidade, tempo de
atravessando o espaço entre o balonete e a parede da internação hospitalar e aumento dos custos assistenciais.
traqueia. Pode também ocorrer a inoculação de material Diante disso, é fundamental a aplicação das várias medidas
contaminado pela traqueia por meio de nebulizações, de prevenção a fim de se prevenir a ocorrência deste
inalações ou aspirações traqueais realizadas com material evento, principalmente a PAV, que é uma das mais
contaminado. frequentes infecções relacionadas à assistência à saúde
Em pacientes em ventilação mecânica e dentro das UTIs brasileiras.
umidificação com água aquecida pode haver acúmulo de
água condensada no circuito do ventilador e esta água 1. Manter decúbito elevado (30- 45°)
acumulada e contaminada pelo contato com o circuito do 2. Adequar diariamente o nível de sedação e o teste de
ventilador, pode, por meio da manipulação descuidada, respiração espontânea
penetrar na traqueia do paciente. Cabe também ressaltar 3. Aspirar a secreção subglótica rotineiramente
que em pacientes idosos, com doenças neurológicas ou 4. Fazer a higiene oral com antissépticos
musculares, há alteração do padrão normal de deglutição, o 5. Fazer uso criterioso de bloqueadores neuromusculares
que predispõe a aspiração. 6. Dar preferência por utilizar ventilação mecânica não-
Como a principal razão da pneumonia relacionada invasiva
à assistência à saúde é a aspiração e como estes pacientes, 7. Cuidados com o circuito do ventilador
habitualmente encontram-se restritos ao leito, as 8. Indicação e cuidados com os umidificadores
pneumonias hospitalares desenvolvem-se nos lobos 9. Indicação e cuidados com o sistema de aspiração
inferiores e nos segmentos posteriores destes. Após a 10. Evitar extubação não programada (acidental) e
aspiração, o material contaminado impacta em brônquios de reintubação
pequeno calibre e expande-se para o espaço alveolar ao 11. Monitoramento da pressão de cuff
redor, causando histopatologicamente uma 12. Dar preferência a intubação orotraqueal
broncopneumonia. Como podem acontecer aspirações em 13. Cuidados com inaladores e nebulizadores
momentos diferentes, um paciente pode ter mais de um foco 14. Sonda enteral na posição gástrica ou pos-pilorica
de pneumonia e até mesmo com microrganismos diferentes. 15. Processamento de produto de assistência respiratória
16. Outros dispositivos
Fatores de risco para pneumonia relacionada à
assistência à saúde Medidas de Prevenção de Infecção do Trato Urinário

Os fatores de risco para pneumonia relacionada à A infecção do trato urinário - ITU é uma das causas
assistência à saúde podem ser agrupados em quatro prevalentes de IRAS de grande potencial preventivo, visto
categorias: que a maioria está relacionada à cateterização vesical. As
1. Fatores que aumentam a colonização da orofaringe e ITUs são responsáveis por 35-45% das IRAS em pacientes
estômago por microrganismos (administração de agentes adultos, com densidade de incidência de 3,1-7,4/1000
antimicrobianos, admissão em UTI ou presença de doença cateteres/dia. Aproximadamente 16-25% dos pacientes de
pulmonar crônica de base); um hospital serão submetidos a cateterismo vesical, de
2. Condições que favorecem aspiração do trato respiratório alívio ou de demora, em algum momento de sua
ou refluxo do trato gastrintestinal (intubação endotraqueal ou hospitalização, muitas vezes sob indicação clínica
intubações subsequentes; utilização de sonda nasogástrica; equivocada ou inexistente e até mesmo sem conhecimento
posição supina; coma; procedimentos cirúrgicos envolvendo médico.
cabeça, pescoço, tórax e abdome superior; imobilização A problemática continua quando muitos pacientes
devido a trauma ou outra doença); permanecem com o dispositivo além do necessário, apesar
3. Condições que requerem uso prolongado de ventilação das complicações infecciosas (locais e sistêmicas) e não
mecânica com exposição potencial a dispositivos infecciosas (desconforto para o paciente, restrição da
respiratórios e contato com mãos contaminadas ou mobilidade, traumas uretrais por tração), inclusive custos
colonizadas, principalmente de profissionais da área da hospitalares e prejuízos ao sistema de saúde público e
saúde; privado.
4. Fatores do hospedeiro como: extremos de idade, Entende-se que o tempo de permanência da
desnutrição, condições de base graves, incluindo cateterização vesical é o fator crucial para colonização e
imunossupressão. infecção (bacteriana e fúngica). A contaminação poderá ser
intraluminal ou extraluminal (biofilme), sendo esta última a
Estas categorias, especialmente as três primeiras, incluem mais comum. O fenômeno essencial para determinar a
os fatores de risco considerados modificáveis, que virulência bacteriana é a adesão ao epitélio urinário,
constituem o alvo das medidas preventivas. colonização intestinal, perineal e cateter.

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O crescimento bacteriano inicia-se após a mostram menor tendência a apresentar incrustações.


instalação do cateter, numa proporção de 5-10% ao dia, e Cateteres hidrofílicos trazem mais conforto e qualidade de
estará presente em todos os pacientes ao final de quatro vida ao paciente, porém o uso não há evidências de redução
semanas. de infecção.
Os agentes etiológicos responsáveis por essas ITU
costumam, inicialmente, pertencer à microbiota do paciente. Atenção: O teste do balonete pode ser realizado em um dos
E, posteriormente, devido ao uso de antimicrobianos, seguintes momentos: 1) antes de dispor o material no
seleção bacteriana, colonização local, fungos e aos campo estéril: aspira-se a água destilada e testa-se o
cuidados do cateter, pode ocorrer a modificação da balonete, segurando a sonda dentro do pacote, expondo
microbiota. As bactérias Gram negativas (enterobactérias e apenas o local de preenchimento do balonete; 2) dentro do
não fermentadores) são as mais frequentes, mas Gram campo estéril: colocando a seringa e a sonda no campo
positivos são de importância epidemiológica, especialmente estéril, a água destilada na cuba rim. Aspira-se a água
do gênero Enterococcus. destilada e testa-se a integridade do balonete.

Técnica de inserção do cateter urinário Quadro 2: Indicação do uso de cateter urinário


Não use cateter urinário, exceto nas seguintes situações:
• Reunir o material para higiene íntima, luva de 1. Pacientes com impossibilidade de micção espontânea;
procedimento e luva estéril, campo estéril, sonda vesical de 2. Paciente instável hemodinamicamente com necessidade
calibre adequado, gel lubrificante, antisséptico de monitorização de débito urinário;
preferencialmente em solução aquosa, bolsa coletora de 3. Pós - operatório, pelo menor tempo possível, com tempo
urina, seringa, agulha e água destilada; máximo recomendável de até 24 horas, exceto para
• Higienizar as mãos com água e sabonete líquido ou cirurgias urológicas específicas;
preparação alcoólica para as mãos; 4. Tratamento de pacientes do sexo feminino com úlcera por
• Realizar a higiene íntima do paciente com água e sabonete pressão grau IV com cicatrização comprometida pelo
líquido (comum ou com antisséptico); contato pela urina
• Retirar luvas de procedimento, realizar higiene das mãos
com água e sabão; Sempre dar preferência ao cateterismo intermitente ou
• Montar campo estéril fenestrado com abertura; drenagem suprapúbica e uso de drenagem externa para o
• Organizar material estéril no campo (seringa, agulha, sexo masculino.
sonda, coletor urinário, gaze estéril) e abrir o material tendo
o cuidado de não contaminá-lo; Recomendações para prevenção de ITU
• Calçar luva estéril;
• Conectar sonda ao coletor de urina (atividade), testando o Manuseio correto do cateter
balonete (sistema fechado com sistema de drenagem com
válvula anti-refluxo); I. Após a inserção, fixar o cateter de modo seguro e que não
• Realizar a antissepsia da região perineal com solução permita tração ou movimentação (A-III);
padronizada, partindo da uretra para a periferia (região II. Manter o sistema de drenagem fechado e estéril (A-I);
distal); III. Não desconectar o cateter ou tubo de drenagem, exceto
• Introduzir gel lubrificante na uretra em homens; se a irrigação for necessária (A-I);
• Lubrificar a ponta da sonda com gel lubrificante em IV. Trocar todo o sistema quando ocorrer desconexão,
mulheres; quebra da técnica asséptica ou vazamento (B-III);
• Seguir técnica asséptica de inserção; V. Para exame de urina, coletar pequena amostra através de
• Observar drenagem de urina pelo cateter e/ou sistema aspiração de urina com agulha estéril após desinfecção do
coletor antes de insuflar o balão para evitar lesão uretral, dispositivo de coleta (A-III); levar a amostra imediatamente
que deverá ficar abaixo do nível da bexiga, sem contato com ao laboratório para cultura.
o chão; observar para manter o fluxo desobstruído; VI. Manter o fluxo de urina desobstruído (A-II);
• Fixar corretamente o cateter no hipogástrio no sexo VII. Esvaziar a bolsa coletora regularmente, utilizando
masculino e na raiz da coxa em mulheres (evitando recipiente coletor individual e evitar contato do tubo de
traumas); drenagem com o recipiente coletor (A-II);
• Assegurar o registro em prontuário e no dispositivo para VIII. Manter sempre a bolsa coletora abaixo do nível da
monitoramento de tempo de permanência e complicações; bexiga (A-III);
• Gel lubrificante estéril, de uso único, com ou sem IX. Não há recomendação para uso de antissépticos tópicos
anestésico (dar preferência ao uso de anestésico em ou antibióticos aplicados ao cateter, uretra ou meato uretral
paciente com sensibilidade uretral); (A-I);
• Uso para cateter permanente; X. Realizar a higiene rotineira do meato e sempre que
• Utilizar cateter de menor calibre possível para evitar trauma necessário (A-I).
uretral. (B-III). XI . Não é necessário fechar previamente o cateter antes da
sua remoção (II).
Atenção: Não há evidências que o uso de sondas
impregnadas com prata ou antibiótico diminui o risco de
infecção (grau de recomendação B). Cateteres de silicone
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Estratégias que NÃO devem ser utilizadas para Seleção do cateter e sítio de inserção
prevenção
A. Não utilizar rotineiramente cateter impregnado com prata 1. Selecionar o cateter periférico com base no objetivo
ou outro antimicrobiano (A-I); pretendido, na duração da terapia, na viscosidade do fluido,
B. Não monitorar rotineiramente bacteriúria assintomática nos componentes do fluido e nas condições de acesso
em pacientes com cateter (A-II); venoso.
C. Não tratar bacteriúria assintomáticaa , exceto antes de 2. Não use cateteres periféricos para infusão contínua de
procedimento urológico invasivo (A-I); produtos vesicantes, para nutrição parenteral com mais de
D. Evitar irrigação do cateter (A-I): 10% de dextrose ou outros aditivos que resultem em
I. Não realizar irrigação vesical contínua com antimicrobiano; osmolaridade final acima de 900 mOsm/L, ou para qualquer
II. Não utilizar instilação rotineira de soluções antisséptica ou solução com osmolaridade acima de 900 mOsm/L.
antimicrobiana em sacos de drenagem urinária (II); 3. Para atender à necessidade da terapia intravenosa devem
III. Quando houver obstrução do cateter por muco, coágulos ser selecionados cateteres de menor calibre e comprimento
ou outras causas, proceder a irrigação com sistema fechado; de cânula.
E. Não utilizar rotineiramente antimicrobianos sistêmicos • Cateteres com menor calibre causam menos flebite
profiláticos (A-II); mecânica (irritação da parede da veia pela cânula) e menor
F. Não trocar cateteres rotineiramente (A-III); obstrução do fluxo sanguíneo dentro do vaso. Um bom fluxo
a A bacteriúria assintomática não necessita tratamento, sanguíneo, por sua vez, ajuda na distribuição dos
porém pacientes grávidas, transplantados de rim, crianças medicamentos administrados e reduz o risco de flebite
com refluxo vesicoureteral, pacientes com cálculos química (irritação da parede da veia por produtos químicos).
infectados e pacientes submetidos a cirurgias urológicas, 4. Agulha de aço só deve ser utilizada para coleta de
deverão ser avaliados para possível tratamento. amostra sanguínea e administração de medicamento em
dose única, sem manter o dispositivo no sítio.
Medidas de Prevenção de Infecção da Corrente 5. Em adultos, as veias de escolha para canulação periférica
Sanguínea são as das superfícies dorsal e ventral dos antebraços. As
O material utilizado na fabricação dos cateteres e veias de membros inferiores não devem ser utilizadas a
seus componentes influenciam diretamente na ocorrência de menos que seja absolutamente necessário, em virtude do
complicações. Dada a especificidade de cada material, as risco de embolias e tromboflebites.
técnicas utilizadas para a inserção devem seguir as 6. Para pacientes pediátricos, selecione o vaso com maior
recomendações técnicas do fabricante. A reinserção da probabilidade de duração de toda a terapia prescrita,
agulha enquanto a cânula estiver no vaso é contraindicada considerando as veias da mão, do antebraço e braço (região
devido a riscos de corte da cânula e de embolismo. abaixo da axila). Evite a área anticubital.
Os cateteres flexíveis, como o de poliuretano, estão 7. Para crianças menores de 03 (três anos) também podem
associados a menores complicações infecciosas do que ser consideradas as veias da cabeça. Caso a criança não
cateteres confeccionados com cloreto de polivinil ou caminhe, considere as veias do pé.
polietileno e ainda contribuem significativamente para a 8. Considerar a preferência do paciente para a seleção do
redução de flebites em punções venosas periféricas. Não membro para inserção do cateter, incluindo a recomendação
devem permanecer no interior de incubadoras, berços de utilizar sítios no membro não dominante.
aquecidos durante o processo da escolha da veia e 9. Evitar região de flexão, membros comprometidos por
antissepsia da pele, pois a exposição à temperatura desses lesões como feridas abertas, infecções nas extremidades,
ambientes poderá deixá-los mais flexíveis e dificultar a veias já comprometidas (infiltração, flebite, necrose), áreas
punção. com infiltração e/ou extravasamento prévios, áreas com
outros procedimentos planejados.
Recomendações para cateteres periféricos 10. Usar metodologia de visualização para instalação de
Higiene das mãos cateteres em adultos e crianças com rede venoso difícil e/ou
Higienizar as mãos antes e após a inserção de cateteres e após tentativas de punção sem sucesso.
para qualquer tipo de manipulação dos dispositivos.
• Higienizar as mãos com água e sabonete líquido quando Preparo da pele
estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue 1. Um novo cateter periférico deve ser utilizado a cada
e outros fluidos corporais; tentativa de punção no mesmo paciente.
• Usar preparação alcoólica para as mãos (60 a 80%) 2. Em caso de sujidade visível no local da futura punção,
quando as mesmas não estiverem visivelmente sujas; removê-la com água e sabão antes da aplicação do
• O uso de luvas não substitui a necessidade de higiene das antisséptico.
mãos. No cuidado específico com cateteres intravasculares, 3. O sítio de inserção do cateter intravascular não deverá ser
a higiene das mãos deverá ser realizada antes e após tocar tocado após a aplicação do antisséptico (técnica do no
o sítio de inserção do cateter, bem como antes e após a touch). Em situações onde se previr necessidade de
inserção, remoção, manipulação ou troca de curativo. palpação do sítio calçar luvas estéreis.
4. Realizar fricção da pele com solução a base de álcool:
gliconato de clorexidina > 0,5%, iodopovidona – PVP-I
alcoólico 10% ou álcool 70%.

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• Tempo de aplicação da clorexidina é de 30 segundos suja ou com a integridade comprometida. Manter técnica
enquanto o do PVPI é de 1,5 a 2,0 minutos. Indica-se que a asséptica durante a troca.
aplicação da clorexidina deva ser realizada por meio de 5. Proteger o sítio de inserção e conexões com plástico
movimentos de vai e vem e do PVPI com movimentos durante o banho.
circulares (dentro para fora).
Aguarde a secagem espontânea do antisséptico antes de Flushing e manutenção do cateter periférico
proceder à punção. 1. Realizar o flushing e aspiração para verificar o retorno de
5. A remoção dos pelos, quando necessária, deverá ser sangue antes de cada infusão para garantir o funcionamento
realizada com tricotomizador elétrico ou tesouras. Não utilize do cateter e prevenir complicações.
laminas de barbear, pois essas aumentam o risco de 2. Realizar o flushing antes de cada administração para
infecção. prevenir a mistura de medicamentos incompatíveis.
6. Limitar no máximo a duas tentativas de punção periférica 3. Utilizar frascos de dose única ou seringas preenchidas
por profissional e, no máximo, quatro no total. comercialmente disponíveis para a prática de flushing e lock
• Múltiplas tentativas de punções causam dor, atrasam o do cateter.
início do tratamento, comprometem o vaso, aumentam • Seringas preenchidas podem reduzir o risco de ICSRC e
custos e os riscos de complicações. Pacientes com otimizam o tempo da equipe assistencial.
dificuldade de acesso requerem avaliação minuciosa • Não utilizar soluções em grandes volumes (como, por
multidisciplinar para discussão das opções apropriadas. exemplo, bags e frascos de soro) como fonte para obter
soluções para flushing.
Estabilização 4. Utilizar solução de cloreto de sódio 0,9% isenta de
1. Estabilizar o cateter significa preservar a integridade do conservantes para flushing e lock dos cateteres periféricos,
acesso, prevenir o deslocamento do dispositivo e sua perda. • Usar o volume mínimo equivalente a duas vezes o lúmen
2. A estabilização dos cateteres não deve interferir na interno do cateter mais a extensão para flushing. Volumes
avaliação e monitoramento do sítio de inserção ou maiores (como 5 ml para periféricos e 10 ml para cateteres
dificultar/impedir a infusão da terapia. centrais) podem reduzir depósitos de fibrina, drogas
3. A estabilização do cateter deve ser realizada utilizando precipitadas e outros debris do lúmen. No entanto, alguns
técnica asséptica. Não utilize fitas adesivas e suturas para fatores devem ser considerados na escolha do volume,
estabilizar cateteres periféricos. como tipo e tamanho do cateter, idade do paciente, restrição
• É importante ressaltar que fitas adesivas não estéreis hídrica e tipo de terapia infusional. Infusões de
(esparadrapo comum e fitas do tipo microporosa não hemoderivados, nutrição parenteral, contrastes e outras
estéreis, como micropore) não devem ser utilizadas para soluções viscosas podem requerer volumes maiores.
estabilização ou coberturas de cateteres. • Não utilizar água estéril para realização do flushing e lock
• Rolos de fitas adesivas não estéreis podem ser facilmente dos cateteres.
contaminados com microrganismos patogênicos. 5. Avaliar a permeabilidade e funcionalidade do cateter
• Suturas estão associadas a acidentes percutâneos, utilizando seringas de diâmetro de 10 ml para gerar baixa
favorecem a formação de biofilme e aumentam o risco de pressão no lúmen do cateter e registrar qualquer tipo de
IPCS. 4. Considerar dois tipos de estabilização dos resistência.
cateteres periféricos: um cateter com mecanismo de • Não forçar o flushing utilizando qualquer tamanho de
estabilização integrado, combinado com um curativo de seringa. Em caso de resistência, avaliar possíveis fatores
poliuretano com bordas reforçadas ou um cateter periférico (como, por exemplo, clamps fechados ou extensores e
tradicional combinado a um dispositivo adesivo específico linhas de infusão dobrados).
para estabilização. • Não utilizar seringas preenchidas para diluição de
medicamentos.
Coberturas 6. Utilizar a técnica da pressão positiva para minimizar o
1. Os propósitos das coberturas são os de proteger o sítio retorno de sangue para o lúmen do cateter.
de punção e minimizar a possibilidade de infecção, por meio • O refluxo de sangue que ocorre durante a desconexão da
da interface entre a superfície do cateter e a pele, e de fixar seringa é reduzido com a sequência flushing, fechar o clamp
o dispositivo no local para prevenir a movimentação do e desconectar a seringa. Solicitar orientações do fabricante
dispositivo com dano ao vaso. de acordo com o tipo de conector valvulado utilizado.
2. Qualquer cobertura para cateter periférico deve ser estéril, • Considerar o uso da técnica do flushing pulsátil (push
podendo ser semioclusiva (gaze e fita adesiva estéril) ou pause). Estudos in vitro demonstraram que a técnica do
membrana transparente semipermeável. flushing com breves pausas, por gerar fluxo turbilhonado,
• Utilizar gaze e fita adesiva estéril apenas quando a pode ser mais efetivo na remoção de depósitos sólidos
previsão de acesso for menor que 48h. Caso a necessidade (fibrina, drogas precipitadas) quando comparado a técnica
de manter o cateter seja maior que 48h não utilizar a gaze de flushing contínuo, que gera fluxo laminar.
para cobertura devido ao risco de perda do acesso durante 7. Realizar o flushing e lock de cateteres periféricos
sua troca. imediatamente após cada uso.
3. A cobertura não deve ser trocada em intervalos pré-
estabelecidos.
4. A cobertura deve ser trocada imediatamente se houver
suspeita de contaminação e sempre quando úmida, solta,
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Cuidados com o sítio de inserção As Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC) são infecções
1. Avaliar o sítio de inserção do cateter periférico e áreas relacionadas a procedimentos cirúrgicos, com ou sem
adjacentes quanto à presença de rubor, edema e drenagem colocação de implantes, em pacientes internados e
de secreções por inspeção visual e palpação sobre o ambulatoriais, sendo classificadas conforme os planos
curativo intacto e valorizar as queixas do paciente em acometidos ilustrados na figura 01 e definidas de acordo
relação a qualquer sinal de desconforto, como dor e com os critérios dos Quadros dispostos a seguir.
parestesia. A frequência ideal de avaliação do sítio de
inserção é a cada quatro horas ou conforme a criticidade do Figura 01 – Classificação da Infecção do Sítio Cirúrgico
paciente.
• Pacientes de qualquer idade em terapia intensiva, sedados
ou com déficit cognitivo: avaliar a cada 1 – 2 horas.
• Pacientes pediátricos: avaliar no mínimo duas vezes por
turno.
• Pacientes em unidades de internação: avaliar uma vez por
turno.
Remoção do cateter
1. A avaliação de necessidade de permanência do cateter
deve ser diária.
2. Remover o cateter periférico tão logo não haja
medicamentos endovenosos prescritos e caso o mesmo não
tenha sido utilizado nas últimas 24 horas.
3. O cateter periférico instalado em situação de emergência
com comprometimento da técnica asséptica deve ser
trocado tão logo quanto possível.
4. Remover o cateter periférico na suspeita de Quadro - Classificação e critérios definidores de infecção
contaminação, complicações ou mau funcionamento. cirúrgica em pacientes internados e ambulatoriais
5. Rotineiramente o cateter periférico não deve ser trocado Critério:
em um período inferior a 96 h. A decisão de estender a Ocorre nos primeiros 30 dias após o
frequência de troca para prazos superiores ou quando procedimento cirúrgico (sendo o 1ºdia a
clinicamente indicado dependerá da adesão da instituição às data do procedimento), envolve apenas
boas práticas recomendadas nesse documento, tais como: pele e tecido subcutâneo e apresenta
avaliação rotineira e frequente das condições do paciente, pelo menos UM dos seguintes critérios:
sítio de inserção, integridade da pele e do vaso, duração e • Drenagem purulenta da incisão
tipo de terapia prescrita, local de atendimento, integridade e ISC superficial;
permeabilidade do dispositivo, integridade da cobertura INCISIONAL • Cultura positiva de secreção ou tecido
estéril e estabilização estéril. SUPERFICIAL da incisão superficial, obtido
6. Para pacientes neonatais e pediátricos, não trocar o – IS assepticamente*;
cateter rotineiramente. Porém, é imprescindível que os • A incisão superficial é deliberadamente
serviços garantam as boas práticas recomendadas neste aberta pelo cirurgião na vigência de pelo
documento, tais como: avaliação rotineira e frequente das menos um dos seguintes sinais ou
condições do paciente, sítio de inserção, integridade da pele sintomas: dor, aumento da sensibilidade,
e do vaso, duração e tipo de terapia prescrita, local de edema local, hiperemia ou calor,
atendimento, integridade e permeabilidade do dispositivo, EXCETO se a cultura for negativa;
integridade da cobertura estéril e estabilização estéril. • Diagnóstico de infecção superficial pelo
cirurgião ou outro médico assistente.
Medidas de Prevenção de Infecção Cirúrgica Critério:
Ocorre nos primeiros 30 dias após a
As Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC) são as cirurgia (sendo o 1º dia a data do
complicações mais comuns decorrentes do ato cirúrgico, procedimento) ou até 90 dias, se houver
que ocorrem no pós-operatório em cerca de 3 a 20% dos colocação de implantes, envolve tecidos
procedimentos realizados, tendo um impacto significativo na moles profundos à incisão (ex.: fáscia
morbidade e mortalidade do paciente. e/ou músculos) e apresenta pelo menos
As ISC são consideradas eventos adversos UM dos seguintes critérios:
frequentes, decorrente da assistência à saúde dos pacientes • Drenagem purulenta da incisão
que pode resultar em dano físico, social e/ou psicológico do ISC profunda, mas não originada de
indivíduo, sendo uma ameaça à segurança do paciente. No INCISIONAL órgão/espaço;
Brasil, apesar de não haver dados sistematizados, elas são PROFUNDA - • Deiscência espontânea profunda ou
apontadas em terceiro lugar entre o conjunto das IRAS, IP incisão aberta pelo cirurgião e cultura
sendo encontradas em, aproximadamente, 14% a 16% dos positiva ou não realizada, quando o
pacientes hospitalizados. paciente apresentar pelo menos 1 dos

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sinais e sintomas: febre (temperatura


axilar ≥37,8 oC), dor ou tumefação
localizada;
• Abscesso ou outra evidencia de
infecção envolvendo tecidos profundos,
detectado durante exame clínico,
anatomopatológico ou de imagem;
• Diagnostico de infecção incisional
profunda feito pelo cirurgião ou outro
médico assistente.
Critério:
Ocorre nos primeiros 30 dias após a
cirurgia ou até 90 dias, se houver
colocação de implantes, envolve
qualquer órgão ou cavidade que tenha
sido aberta ou manipulada durante a
cirurgia e apresenta pelo menos UM dos
ISC ÓRGÃO / seguintes critérios:
CAVIDADE – • Cultura positiva de secreção ou tecido
OC do órgão/cavidade obtido
assepticamente*;
• Presença de abscesso ou outra
evidência que a infecção envolve os
planos profundos da ferida identificada
em reoperação, exame clínico,
anatomopatológico ou de imagem;
• Diagnóstico de infecção de
órgão/cavidade pelo médico assistente.
• Atende pelo menos um dos critérios
definidores de infecção em um sítio
específico de ISC/OC.
*não serão considerados os resultados de culturas positivas
quando coletadas através de swabs (hastes com ponta de
algodão).

Recomendações básicas para todos os serviços de


saúde

Antibioticoprofilaxia:
•Administrar dose efetiva em até 60 minutos antes da incisão
cirúrgica:
Tricotomia:
• Realizar somente quando necessário;
• Não utilizar lâminas.
Controle de glicemia no pré-operatório e no pós-operatório
imediato: níveis glicêmicos < 180 mg/dL
Manutenção da normotermia em todo perioperatório
• Objetivo: ≥ 35,5°C.
Otimizar a oxigenação tecidual no peri e pós-operatório
Utilizar preparações que contenham álcool no preparo da
pele: Altamente bactericida, ação rápida e persistente
(preparações alcoólicas com clorexedina ou iodo).
Utilizar a Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica
(LVSC) da OMS para reduzir a ocorrência de danos ao
paciente.

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Biossegurança: Conjunto de medidas voltadas para 2. Risco ergonômico: Qualquer fator que possa interferir
prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes nas características psicofisiológicas do trabalhador
as atividades de pesquisa, produção, ensino, causando desconforto ou afetando sua saúde. Exemplo: o
desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que levantamento e transporte manual de peso, o ritmo
podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do excessivo de trabalho, a monotonia, a repetitividade, a
meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. responsabilidade excessiva, a postura inadequada de
trabalho, o trabalho em turnos, etc.

Tipos de riscos:
1. Risco de acidentes: Considera-se risco de acidente
qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de
perigo e possa afetar sua integridade, bem estar físico e
moral. Exemplos: as máquinas e equipamentos sem
proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo
físico inadequado, armazenamento inadequado, etc.

3. Risco físico: Formas de energia a que possam estar


expostos os trabalhadores. Exemplo: ruído, vibrações,
pressões anormais, temperaturas extremas, radiações
ionizantes, radiações não ionizantes, ultra-som, materiais
cortantes e pontiagudos, etc.

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5. Risco biológico: Consideram-se agentes de risco


biológico as bactérias, fungos, vírus

4. Risco químico: Substâncias, compostos ou produtos que


possam penetrar no organismo ser absorvido pelo mesmo
ou por ingestão. Exemplo: poeiras, fumos, névoas, neblinas,
gases, vapores, etc.

TERMOS E CONCEITOS UTILIZADOS EM


BIOSSEGURANÇA
01) COLONIZAÇÃO Aumento numérico de
microorganismos, sem causar reação fisiológica.
02) INCUBAÇÃO Intervalo de tempo entre o início da
infecção e o aparecimento do primeiro sintoma ou sinal da
doença.
03) INFECÇÃO Penetração, alojamento, multiplicação e
desenvolvimento de microorganismos patogênicos no corpo
de um hospedeiro, provocando reações orgânicas
patológicas.

-Tipos de infecção:
Infecção cruzada: é a infecção ocasionada pela
transmissão de um microrganismo de um paciente para
outro, geralmente pelo pessoal, ambiente ou um instrumento
contaminado.
Infecção endógena: decorrente da ação de microrganismos
já existentes, naquela região ou tecido, de um paciente.
Infecção exógena: causada por microrganismos estranhos
a paciente.
Infecção hospitalar: É aquela adquirida após a internação,
ou mesmo após a alta, quando for possível relacioná-las
com a internação ou procedimentos hospitalares. Também
são consideradas aquelas que se manifestam 72 horas após
internação, estando relacionadas a procedimentos
diagnósticos e/ou terapêuticos.

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Obs: As infecções dos recém-nascidos são hospitalares 07) DEGERMAÇÃO É a remoção de detritos, impurezas,
com exceção das de transmissão transplacentárias. Ex.: TV sujeira e microrganismos da flora transitória e alguns da flora
(transmissão vertical): mãe filho: HIV, Sífilis, toxoplasmose, residente depositados sobre a pele do paciente ou das mãos
citomegalovirus, hepatites, etc. da equipe odontológica através da ação mecânica de
detergente, sabão ou pela utilização de substâncias
Termos e conceitos utilizados em Biossegurança - químicas (anti-sépticos).
PROCEDIMENTOS 08) DESINFESTAÇÃO Exterminação ou destruição de
01) LIMPEZA Processo que remove fisicamente insetos, roedores e outros seres, que possam transmitir
microoganismos e material orgânico. Reduz a carga infecções ao homem.
bacteriana natural dos artigos e remove sujidade assim
como contaminantes orgânicos e inorgânicos. CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS:
02) DESINFECÇÃO É a eliminação de microrganismos Não crítica: não ocupadas por pacientes, ambiente aberto.
patogênicos na forma vegetativa de consultório e demais Semi crítica: ocupadas por pacientes portadores de
ambientes da clínica, geralmente é feita por meio químicos doenças não infecciosas ou de baixa transmissão.
(desinfetantes). Crítica: locais com pacientes com baixa imunidade, pós
TIPOS: cirúrgicos ou ainda com maior possibilidade de contato com
-Alto nível: destrói todas as bactérias vegetativas e alguns microorganismos.
esporos. (Gluteraldeído e ácido peracético). -Critérios que norteiam as definições de área crítica:
-Nível intermediário: age em vírus e bactérias na forma Imunodeficiência de paciente. Risco aumentando de
vegetativa mas não age sobre os esporos. Age sobre os transmissão de infecção.
bacilos da tuberculose. (cloro, iodofóros,fenólicos e os OBS: Área contaminada é aquela em contato com matéria
álcoois). orgânica.
Baixo nível: ação relativa sobre fungos, age sobre bactérias
vegetativas, porém não sobre vírus não lipídico. (quaternário SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS NOS PROCEDIMENTOS DE
de amônia) HIGIENE E PROFILAXIA
03) ESTERILIZAÇÃO É a destruição dos microrganismos Desinfetantes (na desinfecção – área crítica)
nas formas vegetativas e esporuladas. A esterilização pode Detergentes (na limpeza – todas as áreas)
ser por meio físico (calor) ou químico (soluções Anti-sépticos (no tecido vivo – após degermação)
esterilizantes). Esterilizantes (artigos críticos)
04) DESCONTAMINAÇÃO Processo realizado em OBS: As salas de cirurgia chamamos de meio asséptico
instrumentos e superfícies para remoção de material e não estéril.
contaminante (corrompido por material orgânico).
05) ASSEPSIA Método empregado para impedir que um NORMAS UNIVERSAIS DE BIOSSEGURANÇA
determinado meio seja contaminado. Quando este meio for Princípio Básico: TODOS os profissionais de saúde devem
isento de bactérias chamamos de meio asséptico. adotar normas antiinfecciosas quando houver possibilidade
06) ANTISSEPSIA É a eliminação das formas vegetativas de contato com sangue, outras substâncias corporais,
de bactérias patogênica e grande parte da flora residente da mucosa e pele não íntegra de QUALQUER paciente.
pele ou mucosa, através da ação de substâncias químicas As normas se baseiam em 03 fundamentos (conhecido
(anti-sépticos). como o TRIPÉ da Biossegurança):
Anti-séptico: substância ou produto capaz de deter ou inibir -Lavagem das mãos;
a proliferação de microrganismos patogênicos, à -Uso de EPI;
temperatura ambiente, em tecidos vivos. -Evitar acidentes (na saúde com pérfuro-cortantes).

Precaução Padrão:
Devem ser seguidas para TODOS OS PACIENTES, independente da suspeita ou não de infecções.
Medidas adotadas por todos profissionais no contato com pacientes e manuseio de artigos contaminados, independente
da presença de doença transmissível comprovada.
Objetivo: Evitar exposição a transmissão por sangue, hemoderivados e outros fluidos, contato com mucosas ou pele não-
íntegra.
Higienização das mãos: lave com água e sabão ou friccione as mãos com álcool a 70% (se as mãos não estiverem
visivelmente sujas) antes e após o contato com qualquer paciente, após a remoção das luvas e após o contato com
sangue ou secreções.
Use luvas apenas quando houver risco de contato com sangue, secreções ou membranas mucosas. Calce-as
imediatamente antes do contato com o paciente e retire-as logo após o uso, higienizando as mãos em seguida.
Use óculos, máscara e/ou avental quando houver risco de contato de sangue ou secreções, para proteção da mucosa de
olhos, boca, nariz, roupa e superfícies corporais.
Descarte, em recipientes apropriados, seringas e agulhas, sem desconectá-las ou reencapá-las.

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PRECAUÇÃO BASEADA NA TRANSMISSÃO POR:


Contato:
Indicações: infecção ou colonização por microrganismo multirresistente, varicela, infecções de pele e tecidos moles com
secreções não contidas no curativo, impetigo, herpes zoster disseminado ou em imunossuprimido, etc.
Use luvas e avental durante toda manipulação do paciente, de cateteres e sondas, do circuito e do equipamento
ventilatório e de outras superfícies próximas ao leito. Coloque-os imediatamente antes do contato com o paciente ou as
superfícies e retire-os logo após o uso, higienizando as mãos em seguida.
Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, a distância mínima entre dois leitos deve ser de um metro.
Equipamentos como termômetro, esfignomanômetro e estetoscópio devem ser de uso exclusivo do paciente.

Gotículas
Indicações: meningites bacterianas, coqueluche, difteria, caxumba, influenza, rubéola, etc.
Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser internado com outros infectados pelo mesmo
microrganismo. A distância mínima entre dois leitos deve ser de um metro.
O transporte do paciente deve ser evitado, mas, quando necessário, ele deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua
permanência fora do quarto.

Aerossóis
Precaução padrão: higienize as mãos antes e após o contato com o paciente, use óculos, máscara cirúrgica e/ou avental
quando houver risco de contato de sangue ou secreções, descarte adequadamente os pérfuro-cortantes.
Mantenha a porta do quarto SEMPRE fechada e coloque a máscara antes de entrar no quarto.
Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser internado com outros pacientes com infecção
pelo mesmo microrganismo. Pacientes com suspeita de tuberculose resistente ao tratamento não podem dividir o mesmo
quarto com outros pacientes com tuberculose.
O transporte do paciente deve ser evitado, mas quando necessário o paciente deverá usar máscara cirúrgica durante toda
sua permanência fora do quarto.

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PRECAUÇÃO REVERSA: Este isolamento é estabelecido ATENÇÃO! DESPENCA EM PROVAS!


para proteger das infecções um indivíduo Ordem A (avental)
imunocomprometidos. Será instituído principalmente em de M (máscara)
pacientes imunodeprimidos, a fim de garantir a proteção do COLOCAÇÃO O (óculos)
paciente contra infecções. dos EPIs L (luvas)
BARREIRAS – EPIs: São empregados para proteger o Ordem de L (luvas)
pessoal da área de saúde do contato com agentes RETIRADA O (óculos)
infecciosos, tóxicos ou corrosivos, calor excessivo, fogo e dos EPIs A (avental)
outros perigos. M (máscara)
LUVAS:
Não substitui a lavagem das mãos;
Lavar instrumentos, roupas, superfícies de trabalho sempre RESÍDUOS DO SERVIÇO DE SAÚDE
usando luvas;
Usadas no momento do procedimento; De acordo com a RDC ANVISA no 306/04 e a Resolução
JALECO: CONAMA no 358/2005, são definidos como geradores de
Uso constante nos laboratórios; RSS todos os serviços relacionados com o atendimento à
Devem ser de manga longa em algodão ou fibra sintética; saúde humana ou animal, inclusive os serviços de
Os descartáveis devem ser resistentes e impermeáveis; assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios
NUNCA usar fora da área de trabalho; analíticos de produtos para a saúde; necrotérios, funerárias
Devem ser descontaminados antes de serem lavados; e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento,
OUTROS EQUIPAMENTOS: Óculos de proteção e protetor serviços de medicina legal, drogarias e farmácias inclusive
facial; Máscara; Avental Impermeável; Uniforme de algodão as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa
(calça e blusa) Luvas de borracha; Dispositivos de na área da saúde, centro de controle de zoonoses;
pipetagem; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores,
BARREIRAS – EPCs: Cabines de segurança; Fluxo laminar distribuidores produtores de materiais e controles para
de ar; Capela química; Chuveiro de emergência; Lava olhos; diagnóstico in vitro, unidades móveis de atendimento à
Manta ou cobertor; Vaso de areia; Extintor de incêncio; saúde; serviços de acupuntura, serviços de tatuagem, dentre
outros similares.

SIMBOLOGIA DOS TIPOS DE RESÍDUOS

Objetivos: Reconhecer os tipos de resíduos contidos nos sacos e recipientes fornecendo informações para seu correto manejo.
Justificativa: Os recipientes de coleta interna e externa, assim como os locais de armazenamento onde são colocados os RSS,
devem ser identificados em: - local de fácil visualização; - de forma indelével; - utilizando símbolos, cores e frases; - outras
exigências relacionadas à identificação de conteúdo e aos riscos específicos de cada grupo de resíduos.

GRUPO A Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
características, podem apresentar risco de infecção.
É proibido o esvaziamento ou reaproveitamento dos sacos.
Conforme a RDC 222/2018, Os sacos para acondicionamento de RSS do grupo A
devem ser substituídos ao atingirem o limite de 2/3 (dois terços) de sua
capacidade ou então a cada 48 (quarenta e oito) horas, independentemente do
volume, visando o conforto ambiental e a segurança dos usuários e profissionais.
Os sacos contendo RSS do grupo A de fácil putrefação devem ser substituídos no
máximo a cada 24 (vinte e quatro) horas, independentemente do volume.

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O grupo A é identificado, no mínimo, pelo símbolo de risco biológico, com rótulo


de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da expressão RESÍDUO
INFECTANTE.
Grupo B Resíduos contendo produtos químicos que apresentam periculosidade à saúde
pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, carcinogenicidade,
teratogenicidade, mutagenicidade e quantidade.
São identificados através do símbolo de risco associado e com discriminação de
substância química e frases de risco.
Grupo C Qualquer material que contenha radionuclídeo em quantidade superior aos níveis
de dispensa especificados em norma da CNEN e para os quais a reutilização é
imprópria ou não prevista. - Enquadra-se neste grupo o rejeito radioativo,
proveniente de laboratório de pesquisa e ensino na área da saúde, laboratório de
análise clínica, serviço de medicina nuclear e radioterapia, segundo Resolução da
CNEN e Plano de Proteção Radiológica aprovado para a instalação radiativa.
O grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação
ionizante (trifólio de cor magenta ou púrpura) em rótulo de fundo amarelo,
acrescido da expressão MATERIAL RADIOATIVO, REJEITO RADIOATIVO ou
RADIOATIVO.
Grupo D Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou
ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
Podem ser destinados à reciclagem ou à reutilização. Quando adotada a
reciclagem, sua identificação deve ser feita nos recipientes e nos abrigos de
guarda de recipientes, usando códigos de cores e suas correspondentes Vidro →verde
nomeações, baeada na Resolução CONAMA N 275/01, e símbolos de tipo de Plástico → vermelho
material reciclável. Papel → azul
Para os demais resíduos do Grupo D deve ser utilizada a cor cinza ou preta nos Metal → amarelo
recipientes. Orgânico → marrom
O grupo D deve ser identificado conforme definido pelo órgão de limpeza urbana.
Grupo E Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear,
agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas
diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; ponteiras de
micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro
quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e
outros similares
Conforme a RDC 222/2018, Os recipientes de acondicionamento dos RSS do
Grupo E devem ser substituídos de acordo com a demanda ou quando o nível de
preenchimento atingir ¾ (três quartos) da capacidade ou de acordo com as
instruções do fabricante, sendo proibidos seu esvaziamento manual e seu
reaproveitamento.
O grupo E é identificado pelo símbolo de risco biológico, com rótulo de fundo
branco, desenho e contorno preto, acrescido da inscrição de RESÍDUO
PERFUROCORTANTE.

#DESPENCA EM PROVAS! certeza de contaminação biológica por agentes classe de


GRUPO A risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos risco de disseminação ou causador de doença emergente
que, por suas características, podem apresentar risco de que se torne epidemiologicamente importante ou cujo
infecção. mecanismo de transmissão seja desconhecido.

Subgrupo A1 - Bolsas transfusionais contendo sangue ou


- Culturas e estoques de micro-organismos; resíduos de hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má
fabricação de produtos biológicos, exceto os medicamentos conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas
hemoderivados; descarte de vacinas de microrganismos oriundas de coleta incompleta.
vivos, atenuados ou inativados; meios de cultura e
- Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou
instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou
líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do
mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação
processo de assistência à saúde, contendo sangue ou
genética.
líquidos corpóreos na forma livre.
- Resíduos resultantes da atividade de ensino e pesquisa ou
atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou
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Subgrupo A2 tiveram contato com órgãos, tecidos e fluidos de alta


- Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos infectividade para príons.
provenientes de animais submetidos a processos de
experimentação com inoculação de microrganismos, bem - Tecidos de alta infectividade para príons são aqueles
como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos assim definidos em documentos oficiais pelos órgãos
de serem portadores de microrganismos de relevância sanitários competentes.
epidemiológica e com risco de disseminação, que foram
MANEJO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
submetidos ou não a estudo anatomopatológico ou
confirmação diagnóstica. Segregação: Consiste na separação dos resíduos no
momento e local de sua geração, de acordo com as
Subgrupo A3 características físicas, químicas, biológicas, o seu estado
- Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de físico e os riscos envolvidos.
fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 Acondicionamento: Consiste no ato de embalar os
gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade
resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem
gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor
científico ou legal e não tenha havido requisição pelo vazamento e resistam às ações de punctura e ruptura. A
paciente ou seus familiares. capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser
compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo.
Subgrupo A4 Identificação: Consiste no conjunto de medidas que permite
- Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e
quando descartados. recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos
- Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; RSS. A identificação atende aos parâmetros referenciados
membrana filtrante de equipamento médico-hospitalar e de na norma NBR 7.500 da ABNT.
pesquisa, entre outros similares. Transporte interno de resíduos de serviços de saúde:
Consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração
- Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes
até local destinado ao armazenamento temporário ou
contendo fezes, urina e secreções, provenientes de
pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de armazenamento externo com a finalidade de apresentação
conter agentes classe de risco 4, e nem apresentem para a coleta.
relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou Armazenamento temporário de resíduos de serviços de
microrganismo causador de doença emergente que se torne saúde: Consiste na guarda temporária dos recipientes
epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo
transmissão seja desconhecido ou com suspeita de
aos pontos de geração, destinados à apresentação para a
contaminação com príons.
coleta externa. Não poderá ser feito armazenamento
- Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso,
lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes
gere este tipo de resíduo. de acondicionamento.
- Recipientes e materiais resultantes do processo de
assistência à saúde, que não contenha sangue ou líquidos TRATAMENTODE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE:
corpóreos na forma livre. Consiste na aplicação de método, técnica ou processo que
modifique as características dos riscos inerentes aos
- Peças anatômicas (órgãos e tecidos), incluindo a placenta,
resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação
e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos
ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente.
diagnóstica. Pode ser aplicado no próprio estabelecimento gerador ou
em outro estabelecimento. Os sistemas para o tratamento
- Cadáveres, carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros de resíduos de serviços de saúde devem ser objeto de
resíduos provenientes de animais não submetidos a
licenciamento ambiental, de acordo com a Resolução
processos de experimentação com inoculação de
microrganismos. CONAMA 237/97.
- Incineração - Autoclave - Microondas - Aterro Sanitário
- Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual (vala séptica) - Radiação Ionizante ou Irradiação
póstransfusão. Armazenamento externo de resíduos de serviços de
Subgrupo A5 saúde: Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até
a realização da etapa de coleta, em ambiente exclusivo com
Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos de alta infectividade para acesso facilitado para os veículos coletores. No
príons, de casos suspeitos ou confirmados, bem como armazenamento externo não é permitida a manutenção dos
quaisquer materiais resultantes da atenção à saúde de
sacos de resíduos fora dos recipientes ali estacionados.
indivíduos ou animais, suspeitos ou confirmados, e que

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Disposição final de resíduos de serviços de saúde: Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para
recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a Resolução
CONAMA 237/97.

ACIDENTES DE TRABALHO COM MATERIAL Classificam-se os materiais em:


BIOLÓGICO E PERFURO-CORTANTES Materiais biológicos com risco de transmissão do HIV:
As exposições que podem trazer riscos de transmissão • Sangue e outros materiais contendo sangue;
ocupacional do HIV e dos vírus das hepatites B (HBV) e C • Sêmen;
(HCV) são definidas como: • Fluidos vaginais;
• Exposições percutâneas – lesões provocadas por • Líquidos de serosas (peritoneal, pleural, pericárdico),
instrumentos perfurantes e cortantes (p.ex. agulhas, bisturi, líquido amniótico, líquor e líquido articular.
vidrarias);
• Exposições em mucosas – p.ex. quando há respingos na Materiais biológicos sem risco de transmissão do HIV:
face envolvendo olho, nariz, boca ou genitália; • Suor;
• Exposições cutâneas (pele não-íntegra) – p.ex. contato • Lágrima;
com pele com dermatite ou feridas abertas; • Fezes;
• Mordeduras humanas – consideradas como exposição de • Urina;
risco quando envolverem a presença de sangue, devendo • Vômitos;
ser avaliadas tanto para o indivíduo que provocou a lesão • Secreções nasais;
quanto àquele que tenha sido exposto. • Saliva (exceto em ambientes odontológicos).

No atendimento inicial após a exposição ao HIV, faz-se PREVENÇÃO DA EXPOSIÇÃO A MATERIAIS


necessário que o profissional avalie como e quando ocorreu BIOLÓGICOS
a exposição, além de investigar a condição sorológica da
pessoa exposta e da pessoa fonte da infecção. Assim, a A prevenção da exposição ao sangue ou a outros materiais
partir da avaliação desses critérios objetivos será possível biológicos é a principal medida para que não ocorra
definir se há ou não indicação de início da profilaxia pós- contaminação por patógenos de transmissão sanguínea nos
exposição. serviços de saúde. Precauções básicas ou precauções
padrão são normatizações que visam reduzir a exposição
A indicação de PEP requer a avaliação do risco da aos materiais biológicos. Essas medidas devem ser
exposição, o que inclui: utilizadas na manipulação de artigos médico-hospitalares e
1. O tipo de material biológico envolvido; na assistência a todos os pacientes, independente do
2. O tipo de exposição; diagnóstico definido ou presumido de doença infecciosa
3. O tempo transcorrido entre a exposição e o atendimento; (HIV/aids, hepatites B e C).
4. A condição sorológica para HIV da pessoa exposta e da Recomenda-se o uso rotineiro de barreiras de proteção
pessoa fonte (luvas, capotes, óculos de proteção ou protetores faciais)
quando o contato mucocutâneo com sangue ou outros
Tipo de material biológico materiais biológicos puder ser previsto. Incluem-se ainda as
Existem materiais biológicos sabidamente infectantes e precauções necessárias na manipulação de agulhas ou
envolvidos na transmissão do HIV. Assim, a exposição a outros materiais cortantes, para prevenir exposições
esses materiais constitui situações nas quais a PEP está percutâneas; e os cuidados necessários de desinfecção e
recomendada.

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esterilização na reutilização de instrumentos usados em • Somente a zidovudina (AZT) demonstrou benefício em


procedimentos invasivos. estudos humanos;
• Não há evidência de efeito benéfico adicional com a
ATENÇÃO! Entre as recomendações específicas que utilização da combinação de anti-retrovirais, mas a sua
devem ser seguidas, durante a realização de procedimentos recomendação baseia-se na possibilidade de maior potência
que envolvam a manipulação de material perfurocortante, anti-retroviral e cobertura contra vírus resistentes;
destacam-se a importância de: • A eficácia da profilaxia não é de 100%. Existem casos
documentados de transmissão mesmo com uso adequado
• Ter a máxima atenção durante a realização dos da profilaxia e pacientes-fonte sabidamente infectados pelo
procedimentos; HIV com carga viral indetectável.
• Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a • O conhecimento sobre a ocorrência de toxicidade de anti-
realização de procedimentos que envolvam materiais retrovirais em pessoas não infectadas pelo HIV ainda é
perfurocortantes; limitado; os efeitos adversos são mais conhecidos para o
• As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, AZT comparando-se aos outros inibidores da transcriptase
quebradas ou retiradas da seringa com as mãos; reversa análogos de nucleosídeos (ITRN); e
• Não utilizar agulhas para fixar papéis; • É direito do profissional se recusar a realizar a
• Todo material perfurocortante (agulhas, scalp, lâminas de quimioprofilaxia ou outros procedimentos necessários pós-
bisturi, vidrarias, entre outros), mesmo que estéril, deve ser exposição (como p.ex. coleta de exames sorológicos e
desprezado em recipientes resistentes à perfuração e com laboratoriais). Nestes casos, porém, deverá assinar um
tampa; • Os coletores específicos para descarte de material documento (p ex: prontuário) onde esteja claramente
perfurocortante não devem ser preenchidos acima do limite explicitado que todas as informações foram fornecidas no
de 2/3 de sua capacidade total e devem ser colocados seu atendimento sobre os riscos da exposição e os riscos e
sempre próximos do local onde é realizado o procedimento. benefícios da conduta indicada.
• Resíduos de serviços de saúde –Seguir a Resolução RDC
nº 33 de 25 de fevereiro de 2003 publicado no DOU de ATENÇÃO! PROVA!! Quando indicada, a PEP deverá ser
05/03/2003 – ANVISA/ MS; iniciada o mais rápido possível, idealmente, nas primeiras
DUAS horas após o acidente. Recomenda-se que o prazo
PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS NOS CASOS DE máximo, para início de PEP, seja de até 72h após o
EXPOSIÇÃO AOS MATERIAIS BIOLÓGICOS acidente. A duração da quimioprofilaxia é de 28 dias.

-CUIDADOS IMEDIATOS COM A ÁREA DE EXPOSIÇÃO Esquema preferencial


O seguinte esquema antirretroviral está indicado para
Recomenda-se como primeira conduta, após a exposição a realização da profilaxia pós-exposição, independentemente
material biológico, os cuidados imediatos com a área do tipo de exposição e material biológico envolvido:
atingida. Essas medidas incluem a lavagem exaustiva do
local exposto com água e sabão nos casos de exposições Esquema preferencial para PEP
percutâneas ou cutâneas. Apesar de não haver nenhum Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Atazanavir/ritonavir
estudo que demonstre o benefício adicional ao uso do sabão (ATV/r)
neutro nesses casos, a utilização de soluções anti-sépticas A duração da PEP é de 28 dias.
degermantes é uma opção. Não há nenhum estudo que
justifique a realização de expressão do local exposto como QUIMIOPROFILAXIA PARA O HBV
forma de facilitar o sangramento espontâneo. Nas
exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com A vacinação pré-exposição contra a hepatite B é a principal
água ou com solução salina fisiológica. Procedimentos que medida de prevenção de hepatite B ocupacional entre
aumentam a área exposta (cortes, injeções locais) e a profissionais de saúde. Idealmente a vacinação deverá ser
utilização de soluções irritantes como éter, hipoclorito ou feita antes da admissão do profissional (ou estudante,
glutaraldeído são contra-indicados. estagiário) nos serviços de saúde. Está indicada para todos
aqueles que podem estar expostos aos materiais biológicos
-QUIMIOPROFILAXIA PARA O HIV durante suas atividades, inclusive os que não trabalham
A quimioprofilaxia pós-exposição ao HIV é complexa, por diretamente na assistência ao paciente como, por exemplo,
englobar tanto a falta de dados mais precisos sobre o risco as equipes de higienização e de apoio. Para todos estes
relativo de diferentes tipos de exposição (p.ex. risco de profissionais, a vacina está disponível nas unidades básicas
lesões superficiais x profundas, agulhas com lúmen x de saúde.
agulhas de sutura, exposição a sangue x outro material O esquema vacinal é composto por uma série de três doses
biológico), quanto o risco de toxicidade dos medicamentos da vacina com intervalos de zero, um e seis meses. Um a
anti-retrovirais. dois meses após a última dose (com intervalo máximo de 6
meses), o teste sorológico anti-HBs pode ser realizado para
O profissional de saúde acidentado deverá ser informado confirmação da resposta vacinal (presença de anticorpos
que: protetores com títulos acima de 10 mUI/ml). A imunidade é
prolongada não sendo recomendadas doses de reforço após
• O conhecimento sobre a eficácia da PEP é limitado; o esquema vacinal completo em profissionais

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imunocompetentes. Observamos ainda que outras vacinas QUESTÕES


podem ser aplicadas simultaneamente sem o risco de 01. No que se refere às normas de precaução padrão e
interferência na produção de anticorpos para as outras isolamento para pacientes com diagnóstico de MRSA
vacinas. (Stafilococus Áureos multiresistentes) recomenda-se a
adoção de:
A) precauções de contato;
Quando o esquema vacinal for interrompido não há B) precauções respiratórias para aerossóis;
necessidade de recomeçá-lo. Profissionais que tenham C) precauções com sangue e líquidos corpóreos;
parado o esquema vacinal após a 1ª dose deverão realizar a D) isolamento respiratório para gotículas;
2ª dose logo que possível e a 3ª dose está indicada com um E) precauções empíricas.
intervalo de pelo menos 2 meses da dose anterior. 02. Os preceitos de biosegurança são aplicados pelo
Profissionais de saúde, que tenham interrompido o esquema socorrista a partir do atendimento à vítima e local da
ocorrência, durante o transporte e nos estabelecimentos
vacinal após a 2ª dose, deverão realizar a 3ª dose da vacina
assistenciais de saúde. São aspectos fundamentais para
tão logo seja possível. O aumento de intervalo entre a 2ª e a prática segura desses atendimentos, EXCETO,
3ª doses aumenta o título final de anticorpos. Nos esquemas A) controle dos riscos biológicos.
incompletos de vacinação recomenda-se a comprovação da B) vacinação.
resposta vacinal através da solicitação do antiHBs um a dois C) adoção de precauções-padrão.
meses após a última dose (com intervalo máximo de 6 D) cuidados com os materiais utilizados no atendimento às
meses). emergências e com o ambiente.
E) controle dos riscos radiológicos.
03. Para compreender os objetivos da limpeza/lavagem
Caso ocorra uma exposição a materiais biológicos com risco das mãos, é necessário o conhecimento da flora normal
conhecido, ou provável, de infecção pelo HBV, o não da pele e sua fisiologia. Assim sendo, assinale a
respondedor deve utilizar a imunoglobulina hiperimune afirmação verdadeira.
contra hepatite B. A imunoglobulina hiperimune contra A) A pele humana normal, em especial a das mãos, é
hepatite B (IGHAHB) também deve ser aplicada por via IM. colonizada por uma flora de bactérias que são
dividas em três categorias: transitórias, semirresidentes e
Ela fornece imunidade provisória por um período de 3 a 6
residentes.
meses após a administração. É constituída por mais de B) A flora transitória coloniza as camadas superficiais da
100.000 UI de anti-HBs; sendo produzida a partir de plasma pele, dificilmente removidas pela lavagem rotineira das
de indivíduos que desenvolvem altos títulos de anti-HBs mãos.
quando são submetidos à imunização ativa contra a hepatite C) A flora transitória coloniza as camadas superficiais da
B. A gravidez e a lactação não são contra-indicações para a pele, é facilmente removida pela lavagem rotineira das
utilização da IGHAHB. Existe maior eficácia na profilaxia mãos.
D) A flora residente é a que se liga às camadas mais
pós-exposição quando a imunoglobulina é utilizada dentro
profundas da pele, é mais resistente à remoção, está muito
das primeiras 24 a 48 horas após o acidente. Não existe associada a infecções relacionadas à assistência à saúde.
benefício comprovado após uma semana da exposição. 04. A contaminação dos ambientes dos serviços de
saúde deve ser evitada cotidianamente. Entre os fatores
MEDIDAS RELACIONADAS AO HCV que favorecem essa contaminação, destaca-se:
Não existe nenhuma medida específica eficaz para redução A) Uso de equipamentos de proteção coletiva.
do risco de transmissão do vírus da hepatite C após B) Mãos de profissionais de saúde em contato com as
superfícies.
exposição ocupacional
C) Limpeza terminal feita diariamente.
D) Manutenção das superfícies secas.
E) Uso de equipamento de proteção individual para
procedimentos invasivos.
05.A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) de risco à infecção
pelo HIV está indicada:
A) Se o teste rápido para HIV da pessoa exposta for não-
reagente.
B) Somente se o status sorológico da pessoa fonte for
conhecido.
C) Se a pessoa for exposta à vômitos e fezes de paciente
portador de HIV.
D) Nos casos em que o atendimento ocorrer após 72 horas
da exposição.
06. As precauções universais, atualmente denominadas
precauções básicas, são medidas de prevenção que
devem ser utilizadas na assistência a todos os
pacientes, independentemente do diagnóstico definido
ou presumido de doença infecciosa.
A) CERTO
B) ERRADO
07. Biossegurança é o conjunto de medidas que visa
minimizar os riscos inerentes a uma determinada
atividade. Conforme o Departamento de Segurança do
Paciente da Organização Mundial de Saúde, há cinco

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momentos para a higiene das mãos: antes do contato B) ERRADO


com o paciente, antes da realização de procedimento 14.As medidas de prevenção de contato são indicadas
limpo/asséptico, após risco de exposição a fluídos para pacientes com infecção ou colonização por
corporais, após contato com paciente e após contato microorganismos com importância epidemiológica e
com áreas próximas ao paciente. que são transmitido por contato direto ou indireto.
A) CERTO Equipamentos como termômetros, esfigmomanômetro e
B) ERRADO estetoscópio não devem ser de uso exclusivo do
08. Soluções alcoólicas com concentrações entre 50 a paciente, até porque os hospitais não tem materiais
90% são mais efetivas e as de concentrações mais altas suficientes para tal.
são menos potentes, pois as proteínas não se A) CERTO
desnaturam com facilidade na ausência de água. B) ERRADO
A) CERTO 15. O acidente de trabalho com exposição a material
B) ERRADO biológico deve ser notificado às autoridades de saúde
09.A higienização das mãos é a medida individual mais no prazo máximo de 24 h da ocorrência do agravo.
simples e menos dispendiosa para prevenir a A) CERTO
propagação das infecções relacionadas à assistência à B) ERRADO
saúde. Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi 16. No transporte de pacientes em isolamento por
substituído por “higienização das mãos”, devido à maior gotículas, é indicado o uso da máscara tipo PFF2 - N 95
abrangência desse procedimento. O termo engloba a durante toda a sua permanência fora do quarto.
higienização simples, a higienização antisséptica, a A) CERTO
fricção antisséptica e a antissepsia cirúrgica das B) ERRADO
mãos. Com relação à higienização das mãos, identifique 17. As precauções e isolamentos são medidas que
as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas abrangem a prevenção da transmissão de doenças. Com
(F): base nisso, relacione o tipo de precaução recomendado
( ) A fricção antisséptica com preparações alcoólicas tem o às doenças listadas a seguir.
objetivo de reduzir a carga microbiana das mãos, porém não 1. Precaução de contato
há remoção de sujidades. 2. Precaução de gotículas
( ) No processo de higienização antisséptica das mãos, o 3. Precaução de contato + aerossóis
enxágue deverá ser realizado com água corrente no sentido 4. Precaução de padrão
das mãos para cotovelos, retirando todo o resíduo do ( ) Varicela
produto. ( ) Meningite viral
( ) O uso regular de luvas dispensa a higienização das mãos ( ) Impetigo
antes e após contatos que envolvam mucosas, sangue ou ( ) Rubéola
outros fluidos corpóreos, secreções ou excreções. Assinale a opção que indica a sequência correta, de cima
Assinale a alternativa que apresenta a sequência para baixo.
correta, de cima para baixo. A) 1 – 2 – 3 – 4
A) V – V – F B) 3 – 4 – 1 – 2
B) V – F – V C) 4 – 3 – 2 – 1
C) F – V – V D) 2 – 1 – 4 – 3
D) F – V – F. E) 1 – 4 – 3 – 2
E) V – F – F 18.(AOCP-2015)Paciente de 40 anos foi submetido à
10. Analise as afirmativas a seguir: cirurgia para correção de uma hérnia inguinal e
Afirmativa 1: Soluções a base de clorexidina apresentam apresentou deiscência da incisão cirúrgica com
modificação da atividade antimicrobiana na presença de exsudato purulento no 24º dia após a alta hospitalar, não
matéria orgânica e têm efeito residual nulo. sendo constatada a presença de abcesso ao ultrassom
Afirmativa 2: A clorexidina confere efeito residual de até abdominal. Com base nos critérios para a classificação
duas horas quando utilizada para higienização das mãos de infecções, contidos na Portaria GM/MS nº 2616 de 12
nos serviços de saúde. de maio de 1998, e os Critérios Nacionais de Infecções
A) As duas afirmativas estão corretas. relacionadas à assistência à saúde, referentes ao sítio
B) Apenas a afirmativa 1 está correta. cirúrgico (ANVISA, 2009), é correto afirmar que o caso
C) Apenas a afirmativa 2 está correta. trata-se de
D) As duas afirmativas estão incorretas. A) infecção comunitária.
11. O uso de luvas dispensa a higiene das mãos antes e B) dermatite purulenta.
após contato que envolva mucosas, sangue e outros C) infecção hospitalar incisional superficial.
fluidos corpóreos, secreções ou excreções. D) infecção hospitalar incisional de órgão/cavidade.
A) CERTO E) infecção hospitalar incisional profunda
B) ERRADO 19.(PRÓ-MUNICÍPIO-2015) As diretrizes básicas para a
12. A técnica de fricção antisséptica das mãos com implementação de medidas de proteção à segurança e à
preparações alcoólicas é indicada na remoção de saúde dos trabalhadores (NR32) devem ser atendidas
sujidades e na redução da carga microbiana das mãos. pelos gestores dos estabelecimentos de saúde. De
A) CERTO acordo com essas diretrizes:
B) ERRADO A) Em casos de contaminação visível por fluidos corporais,
13. As medidas de prevenção de contato são indicadas inclusive por sangue, será indicado o uso de preparação
para pacientes com infecção ou colonização por alcoólica para higienização das mãos;
microorganismos com importância epidemiológica e B) Em casos de indisponibilidade de lavatório exclusivo para
que são transmitidos por contato direito ou indireto. a lavagem das mãos, o uso de luvas substituirá este
Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, processo;
a distância mínima entre dois leitos deve ser de quatro C) Desde que sejam avaliados pelo médico e obtenham
metros. documento de liberação para o trabalho, os trabalhadores
A) CERTO
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com feridas ou lesões nos membros superiores podem 24. (FCC TRT 20ª REGIÃO 2016) De acordo com a
iniciar suas atividades laborais; ANVISA, em atendimento de pacientes que apresentam
D)Nos casos em que os equipamentos de proteção doenças transmissíveis, o tipo de precaução baseado
individual estejam aparentemente limpos, é permitido aos no modo de transmissão e os equipamentos a serem
trabalhadores deixar o local de trabalho utilizando tais utilizados pelo profissional de saúde, estão,
equipamentos. respectivamente, descritos em:
20. (CESPE/2012- TJ / RO– Enfermeiro)- A respeito de A)Doença transmissível = caxumba Precaução = aerossóis
risco biológico e medidas de precauções básicas para a Equipamento de proteção individual = máscara N95
segurança individual e coletiva no serviço de B) Doença transmissível = rubéola Precaução = gotículas
assistência à saúde, assinale a opção correta. Equipamento de proteção individual = máscara cirúrgica
A) Como medida de precaução padrão, é recomendado o C) doença transmissível = zika Precaução = contato
uso de luvas em todos os procedimentos realizados junto ao Equipamento de proteção individual = avental
paciente. D) Doença transmissível = tuberculose Precaução = padrão
B) Em caso de precaução de contato, é obrigatório o uso de Equipamento de proteção individual = máscara cirúrgica
luvas e avental durante todo o atendimento ao paciente, E) Doença transmissível = febre amarela Precaução =
sendo indispensável abrigá-lo em quarto privativo. contato Equipamento de proteção individual = avental
C) No caso de precaução por gotículas, situação de 25. (FCC TRF 2ª 2012) Ao esvaziar o coletor de urina de
pacientes portadores de meningite bacteriana, difteria e sistema fechado, o técnico de enfermagem percebeu
rubéola, a internação pode ser feita na mesma enfermaria que a luva de procedimento estava furada, ocasionando
com outros pacientes, desde que seja mantida a distância contato direto com a pele íntegra da mão e a urina do
mínima de um metro entre dois leitos consecutivos. paciente, com diagnóstico de hipertensão arterial. Após
D) O transporte de pacientes em precaução por aerossóis a retirada das luvas, essa situação requer, como
deve ser realizado seguindo-se as medidas de precaução procedimento mínimo,
padrão e com uso de máscara profissional N-95 para a A) fricção antisséptica das mãos com gel alcoólico.
equipe e para o paciente. B) degermação da pele das mãos com iodo povidine.
E) As medidas de precaução padrão devem ser seguidas C) lavagem das mãos com clorexidine degermante.
para todos os pacientes, independentemente de estarem ou D) higienização das mãos com água e sabão.
não com alguma infecção. E) degermação da pele das mãos com gel alcoólico.
21. No preparo da pele, para prevenção de infecção 26.Na assistência ao cliente portador de meningite
relacionada à assistência à saúde com o uso de cateter bacteriana detectada há 4 horas, recomenda-se:
vascular periférico, deve-se realizar fricção da pele com A) o uso da máscara com PFF2 (N95) pelo profissional da
solução à base de álcool. Desse modo, é correto afirmar saúde e máscara comum para o paciente no transporte
que B) a utilização de avental esterilizado na manipulação de
A)para álcool 70%, aguarde pelo menos 1,5 a 2 minutos secreções e de materiais orgânicos, pois esse agravo
antes da punção. necessita de precauções por contato.
B) para gluconato de clorexidina 0,5%, aguarde pelo menos C) a higienização das mãos antes e após contato com o
1,5 a 2 minutos antes da punção. cliente e a utilização de máscara cirúrgica.
C) para gluconato de clorexidina 2%, aguarde pelo menos D) a utilização de máscara PFF2 (N95) nos procedimentos,
1,5 a 2 minutos antes da punção. devido ao risco de transmissão por aerodispersoides.
D) para PVPI, aguarde pelo menos 1,5 a 2 minutos antes da E) a utilização de luvas de procedimento durante o cuidado
punção. ao cliente e manejo dos equipamentos, pois esse agravo
E) para álcool, gluconato de clorexidina ou PVPI, aguarde a necessita de precauções hemáticas.
secagem espontânea antes da punção. 27. Conforme a RDC 222 de 2018, ao orientar um
22. Os objetivos de um sistema de precauções e membro da equipe sobre o descarte adequado de
isolamento é a prevenção da transmissão de um material perfurocortante, o enfermeiro explicou que os
microrganismo de um paciente, portador são ou doente, recipientes que acondicionam esse tipo de resíduo
para outro, bem como a prevenção da transmissão de devem ser descartados quando o preenchimento atingir:
microrganismos para o profissional de saúde. O A) 1/2 de sua capacidade;
conjunto de medidas aplicadas no atendimento de todos B) 1/3 de sua capacidade;
os pacientes hospitalizados e na manipulação de C) 1/4 de sua capacidade;
equipamentos e artigos contaminados ou sob suspeita D) 2/3 de sua capacidade;
de contaminação denomina-se E) 3/4 de sua capacidade.
A) Precauções de Gotículas. 28.Para a antissepsia cirúrgica das mãos e antebraços,
B) Precauções de Contato. recomenda-se o uso de um antisséptico degermante. O
C) Técnicas de Aerossóis. procedimento, no caso da primeira cirurgia, deve durar:
D) Precauções Padrão. A) de 3 a 5 minutos.
23. A máscara tipo 95 ou PFF2 é um Equipamento de B) de 3 a 7 minutos.
Proteção Individual (EPI) obrigatório em algumas C) de 4 a 10 minutos.
ocasiões. Sobre esta máscara, assinale a alternativa D) de 5 a 7 minutos.
correta. E) de 5 a 10 minutos.
A) É considerada descartável. 29. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
B) Possui capacidade de filtrar partículas de todos os propôs, em 2017, medidas de prevenção de infecção
tamanhos. relacionada à Assistência à Saúde, com a finalidade de
C) O profissional deve colocá-la imediatamente após a reduzir a incidência de infecções em Serviços de Saúde,
entrada no quarto do paciente em isolamento. a partir da disponibilização de medidas preventivas
D) É um Equipamento de Proteção Individual indicado para práticas adequadas à realidade brasileira.As alternativas
prestar assistência a pacientes com confirmação de varicela. estão corretas com relação às medidas de prevenção de
infecção, EXCETO:
A) As medidas para prevenção de pneumonia incluem
manter decúbito elevado, fazer higiene oral com
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antissépticos, dar preferência por utilizar ventilação


mecânica não-invasiva.
B) As medidas para prevenção de infecção em cateteres
periféricos incluem não manter agulha de aço no sítio e
utilizar um novo cateter periférico a cada duas tentativas de
punção no mesmo paciente.
C) As medidas para prevenção de infecção do trato urinário
incluem fixar o cateter de modo seguro e que não permita
tração ou movimentação, manter o sistema de drenagem
fechado e estéril, trocar todo o sistema quando ocorrer
desconexão.
D) As medidas para prevenção de infecção cirúrgica incluem
não realizar tricotomia de rotina. Se pelos tiverem que ser
removidos, deve-se retirá-los imediatamente antes da
cirurgia, utilizando tricotomizadores elétricos e deve-se
manter a incisão descoberta até a remoção da sutura
quando não houver exsudato.
30.De acordo com a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (2013), o termo infecção hospitalar tem sido
substituído por Infecção relacionada à Assistência à
Saúde (IRAS), pois reflete melhor a causa de
desenvolvimento desse tipo de evento adverso,
especialmente por não limitar a sua ocorrência ao
ambiente dos hospitais. Sobre as IRAS, é correto
afirmar:
A) Quando for isolado um micro-organismo diferente, na
mesma topografia em que foi diagnosticada uma infecção
comunitária, seguido do agravamento das condições clínicas
do paciente, o caso não deverá ser considerado como IRAS.
B) As infecções manifestadas antes de 72 horas da
assistência (com ou sem internação), quando associadas
aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos realizados
durante este período, não são caracterizadas como IRAS.
C) Quando os pacientes são provenientes de outro hospital
e se internam com infecção, não são considerados
portadores de IRAS.
D) As infecções em recém-nascido estão relacionadas à
assistência, com exceção daquelas transmitidas de forma
transplacentária ou associadas à bolsa rota superior a 24
horas.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
A E C B A A A B A D
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
B B B B B B B C C E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
D D D B D C E A B D

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CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO – CME


“Se você quer chegar onde a maioria não chega, faça o que a maioria não faz!”

Legislação: RDC nº 307, de 14 de novembro de 2002. A RDC nº 15 de 2012 que dispõe sobre requisitos de boas
Conceito: Unidade de apoio técnico que tem como práticas para o processamento de produtos para a saúde
finalidade o fornecimento de produtos para a saúde traz uma classificação de CME que é a seguinte:
adequadamente processados, proporcionando, assim, Classe I – realiza o processamento de produtos para a
condições para o atendimento direto e a assistência à saúde saúde não-críticos, semicríticos e críticos e de conformação
dos indivíduos enfermos e sadios. não complexas, passíveis de processamento.
Classe II – realiza o processamento de produtos para a
Trata-se de uma unidade de apoio técnico que integra o saúde, não críticos, semicríticos e críticos de conformação
estabelecimento de saúde. Sua finalidade é receber um complexa e não-complexa, passíveis de processamento.
material inviável para uso em saúde (contaminado), realizar
processos para tornar esse material viável para uso, e ela ESTRUTURA FÍSICA
faz isso através de alguns processos importantes como: A estrutura física do CME visa atender a dinâmica do setor
limpeza, desinfecção, descontaminação e esterilização. com a finalidade de manter a integridade de todos os
processos, desta forma, a estrutura física é
Conceito da RDC nº 15/2012 unidade funcional destinada ao departamentalizada em:
processamento de produtos para saúde dos serviços de 1. Área para recepção, desinfecção e separação de
saúde. materiais: local destinado a receber, desinfetar e separar os
materiais provenientes dos diferentes setores do hospital.
-FLUXO UNIDIRECIONAL COM BARREIRAS FÍSICAS 2. Área para lavagem de materiais: área onde são lavados
ENTRE AS ÁREAS. os materiais manualmente ou por meio de máquinas
ESTRUTURA FÍSICA DA CENTRAL DE MATERIAL lavadoras especiais.
ESTERILIZADO 3. Sala para lavagem e preparo de luvas (entalcamento):
A Central de Material Esterilizado – CME trata-se de um sala destinada exclusivamente à lavagem, secagem, teste,
conjunto de elementos destinados à recepção, expurgo, entalcamento, preparo e empacotamento das luvas
preparo, esterilização, guarda e distribuição do material para cirúrgicas. Esta área deve ser construída em um ambiente
as unidades do estabelecimento de saúde. O planejamento separado dos demais e provida de máquinas próprias para o
desta Unidade é de extrema importância considerando as reprocessamento das luvas. Embora este local ainda seja
diferentes etapas do processamento de materiais até sua utilizado em algumas unidades de saúde, vem caindo em
distribuição às Unidades do hospital. Por esta razão, o desuso haja vista a facilidade de fornecimento deste material
planejamento deve ser executado por uma equipe por parte de empresas especializadas em materiais
multiprofissional e ter atenção voltada para a dinâmica do descartáveis e esterilizados o que também proporciona a
funcionamento do setor. redução de custos em saúde.
A dinâmica da Central de Material pode ser descrita em três 4. Área para recepção de roupas limpas: local destinado a
tipos: receber roupas limpas provenientes da lavanderia, para
• Descentralizada - cada unidade ou conjunto de unidades posterior empacotamento e esterilização.
do hospital é responsável por preparar e esterilizar os 5. Área de preparo de materiais e roupas: área destinada
materiais que utiliza; ao preparo e empacotamento ou acondicionamento dos
• Semicentralizada – cada unidade prepara os seus diferentes tipos de materiais e roupas para serem
materiais, mas os encaminha a central de material para esterilizadas.
serem esterilizados; 6. Área para esterilização: área destinada à esterilização
• Centralizada - os materiais de uso em todas as unidades de materiais e roupas através dos métodos de:
do hospital são totalmente processados na central de • calor úmido, calor seco e ionização;
material. • esterilização química líquida;
• esterilização química gasosa.
A área de esterilização deve ser provida de antecâmara,
sala de esterilização, depósito de armazenamento de
cilindros e sala de aeração com a finalidade de permitir a
aeração dos materiais esterilizados pelo óxido de etileno.
7. Sala para armazenagem e distribuição de materiais e
roupas esterilizadas: área destinada ao armazenamento
de materiais e roupas esterilizadas que serão distribuídos às
unidades do hospital. Para armazenamento são utilizados
armários, prateleiras e cestos de aço inoxidável do tipo
"gaiola".

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8. Área para armazenagem e distribuição de materiais • Sala para lavagem e preparo de luvas: 7,0 m2
descartáveis: Esta área destina-se a armazenar e distribuir • Área para recepção de roupa limpa: 4,0 m2
os materiais descartáveis. • Área para preparo de materiais e roupas limpas: 0,25 m2
Além dos ambientes anteriores, são necessários ambientes por leito (área mínima de 12,0 m2).
de apoio, como: • Área de esterilização física: varia conforme o tipo de
1. Sala administrativa: área destinada ao controle equipamento usado. Recomenda-se manter uma distância
administrativo da Central de Material. mínima de 0,60m entre as autoclaves.
2. Sanitários com vestiário para funcionários • Área para esterilização química líquida: 4,0 m2
3. Depósito de material de limpeza
• Área para esterilização química gasosa, onde: -
4. Almoxarifado: trata-se do estoque de materiais para uso
antecâmara - 2,0 m2 - sala de esterilização - 5,0 m2 -
na Central de Material e demais setores do hospital.
depósito - 0,5 m2 - sala de aeração - 6,0 m2
Ainda no planejamento desta Unidade, algumas
• Sala de armazenagem e distribuição de material e roupa
considerações devem ser feitas em relação a:
esterilizada: 0,2 m2 por leito (mínimo de 10,0 m2).
a) Forma
• Área de armazenagem de material descartável: 25,0% da
A forma de construção da CME deve permitir o fluxo
área de armazenagem de material esterilizado.
progressivo do material, em linha reta, desde a área de
c) Paredes e Piso
recepção até a de distribuição, no sentido de evitar
Devem ter cor clara, de fácil limpeza e de preferência de
cruzamento do material limpo com o contaminado. A CME
material vinílico.
tem por objetivo permitir maior produção com menor gasto
d) Janelas
de energia, tempo e movimento, além disso, a forma deve
Devem ser amplas e fechadas caso a ventilação seja feita
ser pensada de maneira que facilite ao enfermeiro a visão
pelo sistema de ar condicionado. A temperatura adequada
da unidade e a supervisão do pessoal.
deve ser mantida entre 18 e 25°C.
b) Tamanho ou dimensão
e) Iluminação
O tamanho ou área mínima (em m2) da Central de Material
Tem o objetivo de facilitar o trabalho, assim, além da luz
Esterilizado é calculada com base no número de leitos do
natural, a artificial deve proporcionar luminosidade mais
hospital.
próxima da natural possível. Além disso, é indicado o uso de
De acordo com o Ministério da Saúde as áreas da Central
lâmpadas fluorescentes.
de Material devem ter as seguintes dimensões:
• Área para recepção, desinfecção e separação de
materiais: 0,8 m2 por leito (área mínima - 8,0 m2).

LOCALIZAÇÃO
A CME deve estar localizada preferencialmente próxima das unidades fornecedoras como lavanderia, almoxarifado e farmácia.
Deve ainda ter acesso facilitado aos setores consumidores, principalmente o centro cirúrgico, centro obstétrico, pronto-socorro e
unidades de terapia intensiva. Se a CME for localizada em andar superior ou inferior ao Centro Cirúrgico, o transporte de materiais
pode ser feito por monta-cargas.
FLUXOGRAMA UNIDIRECIONAL COM BARREIRA FÍSICAS ENTRE AS ÁREAS

Expurgo Preparo de material e carga da Retirada de material da autoclave e


ÁREA SUJA autoclave guarda do material estéril
ÁREA LIMPA ÁREA ESTÉRIL

EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DA CENTRAL DE Auxiliar de Enfermagem: profissional responsável pelo


MATERIAL ESTERILIZADO processo de esterilização dos artigos médico-hospitalares e
Recursos Humanos no CME: Enfermeiro; • Técnico de roupas.
enfermagem; • Auxiliar de enfermagem; • Pessoal Auxiliar administrativo: profissional responsável pelo
Administrativo e da limpeza. serviço administrativo como, por exemplo, realização de
Do ponto de vista da organização, a equipe de enfermagem pedidos de almoxarifado. Serve como um elo entre o
desta Unidade deve ser composta por enfermeiro, técnico e ambiente interno e externo da Central.
auxiliares de enfermagem. Auxiliar de Limpeza: profissional responsável pela
A função de cada um se define da seguinte forma: higienização da estrutura física da CME
Enfermeiro: responsável pelo estabelecimento de rotinas do
setor e pelo gerenciamento de toda a unidade. É da Atribuições do Enfermeiro no CME
competência do enfermeiro a responsabilidade pela chefia. Coordenador: -Prever os produtos necessários p/ as
Técnico de Enfermagem: profissional responsável por unidades consumidoras;
desempenhar atividades com um nível de complexidade - Relatório mensal estatístico;
intermediária. - Elaborar e atualizar o manual de normas, rotinas e
procedimentos do CME;

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- Pesquisa e trab. científico para boas práticas de -Preparar os carros cirúrgicos e repor caixas cirúrgicas;
Enfermagem; -Receber e preparar roupas limpas;
- Atualizar-se quanto a infecção hospitalar; -Participar de cursos de treinamento e educação continuada;
- Realizar programa de treinamento e educação continuada; -Monitorar continua/e cada carga nos processos de
- Gerenciar o serviço de Enfermagem do CME. esterilização;
Assistencial -Revisar a lista de caixa de instrumental cgico, bem como a
-Planejar, coordenar e desenvolver rotinas p/ os processos reposição;
de limpeza, esterilização, armazenagem e distribuição; -Realizar cuidados com artigos endoscópicos e motores
- Rotinas para manutenção preventiva e limpeza dos (elétricos, pneumáticos);
equipamentos;
- Avaliar novas tecnologias dos insumos utilizados no CME; LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO
- Controlar o recebimento, o uso e a devolução dos Os materiais hospitalares, também chamados de artigos,
produtos; podem ser reutilizáveis ou descartáveis, desta forma, os
- Elaborar e acompanhar indicadores definidos no CME; materiais reutilizáveis passam por processos que permitam
- Participar da compra de produtos e instrumental cirúrgico. a eliminação de microorganismos potencialmente capazes
Atribuições dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem de transmitir doenças. Esses processos têm como finalidade
no CME: a redução da carga microbiana do artigo evitando a
-Realizar limpeza, preparo, esterilização, guarda e contaminação cruzada entre pacientes.
distribuição de artigos; Os artigos médico-hospitalares são classificados conforme
-Receber, conferir e preparar os materiais; seu risco de contaminação nas categorias que veremos a
-Leitura dos indicadores biológicos de acordo com rotinas; seguir.

CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS PELO RISCO DE CONTAMINAÇÃO


Os diferentes artigos existentes nas instituições de saúde podem ser classificados segundo Spaulding em:
CLASSIFICAÇÃO DE SPAULDING (1968)
Artigos São artigos ou produtos utilizados em procedimentos invasivos com penetração em pele e LIMPEZA
críticos mucosas adjacentes, tecidos epiteliais e sistema vascular, incluindo também todos os artigos e +
produtos conectados a estes sistemas. A esterilização é o processo obrigatório para o uso de ESTERILIZAÇÃO
tais materiais. Ex: Agulhas, catéteres intravenosos, implantes, instrumental cirúrgico, campos,
gazes.
Artigos São artigos ou produtos que entram em contato com a pele não íntegra, restritos às suas LIMPEZA
semi- camadas ou aqueles que entram em contato com mucosas íntegras. Requerem desinfecção de +
críticos alto nível ou esterilização para ter garantida a qualidade do seu uso. Ex: sonda nasogástrica, DESINFECÇÃO
equipamentos respiratórios, endoscópios, espéculo vaginal, circuitos respiratórios. DE
ALTO NÍVEL
Artigos São artigos ou produtos destinados ao contato com a pele íntegra e também aqueles que não LIMPEZA
não entram em contato direto com o paciente. Requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou médio +
críticos nível, dependendo do uso a que se destinam ou do último uso realizado. Exemplos: DESINFECÇÃO
termômetros, comadres, sensor do oxímetro de pulso, manguito do esfigmomanômetro; DE BAIXO NÍVEL

MÉTODOS DE TRATAMENTO DOS ARTIGOS 2) Nível Intermediário: tem poder viruscida, bactericida para
formas vegetativas, inclusive contra o bacilo da tuberculose,
LIMPEZA: trata-se da operação para a remoção física de mas não destrói esporos.
sujidades. Tem como finalidade a manutenção da limpeza 3) Baixo Nível: é capaz de eliminar todas as bactérias na
dos artigos, já que a presença de matéria orgânica dificulta a forma vegetativa, mas não possui ação contra esporos, vírus
ação dos produtos químicos nos processos de desinfecção e não-lipídicos nem bacilo da Tuberculose. Possui ação
esterilização. O método mais comum de limpeza de artigos é relativa contra os fungos.
a lavagem com água e detergente comum, ou detergente
desencrostante ou detergente enzimático. O ideal, porém, é
que a limpeza seja realizada através de métodos mecânicos
– máquina ultra-sônica ou máquina lavadora desinfetora.

DESINFECÇÃO: É o processo pelo qual são destruídos os


microorganismos em sua forma vegetativa, utilizado no
tratamento de artigos semicríticos e de artigos
contaminados. Pode ser:
1) Alto Nível: destrói todas as bactérias vegetativas,
micobactérias, fungos, vírus e alguns (parte) dos esporos.

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ESTERILIZAÇÃO • Elimina o microrganismo por oxidação e dissecação


A esterilização trata-se de um processo pelo qual são celular;
destruídos os microorganismos em sua forma tanto • Evitar superposição de materiais;
vegetativa quanto esporulada. • Utilizar até 80% da carga;
A esterilização é empregada no tratamento dos artigos • Marcar o tempo de exposição a partir do momento que o
críticos e os métodos empregados podem ser tanto físicos, termômetro atingir a temperatura desejada; Não abrir a
químicos ou físico-químico. estufa durante a esterilização, se acontecer, o processo
Os agentes físicos mais utilizados são o vapor saturado sob deve ser reiniciado;
pressão e o calor seco. Entre os agentes químicos temos o Não colocar materiais quentes sobre superfície fria, porque
glutaraldeído, o formaldeído e o método físico-químico se houver condensação, o material ficará úmido e
temos o exemplo do óxido de etileno. O processo de contaminado por capilaridade;
esterilização que oferece maior segurança é o vapor 121º - 12 horas;
saturado sob pressão em autoclave. A escolha do processo 140º - 180 min;
depende da natureza do artigo a ser esterilizado. Alguns 150º - 150 min;
artigos não possuem material capaz de resistir a altas 160º - 120 min;
temperaturas ou pressão. 170º - 60 min;

MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO ESTERILIZAÇÃO PELO VAPOR SATURADO SOB


Físicos: PRESSÃO
•Vapor saturado sob pressão (autoclave) A esterilização pelo vapor saturado sob pressão é
• Calor seco (estufa) processada na autoclave, cuja fabricação pode apresentar
• Radiação (raios gama - cobalto 60). forma e tamanho diferentes, mas o princípio de
Químicos: funcionamento é o mesmo.
• Grupo dos aldeídos (glutaraldeído e formaldeído) A temperatura para esterilização deve estar entre 121 e
• Ácido peracético. 135°C. O vapor saturado sob pressão constitui um método
Físicos-químicos: eficiente de esterilização, porque destrói todas as formas de
•Óxido de etileno (ETO) microorganismos, inclusive príons. Em estado de saturação,
•Plasma de peróxido de hidrogênio (PPH) o vapor tem volume constante. O vapor saturado sob
• Paraformaldeído (pastilhas) pressão é um método de esterilização eficaz pelo seu alto
• Vapor de baixa temperatura e Formaldeído gasoso (VBTF). poder de penetração, levando consigo o calor.
A esterilização por vapor saturado é eficiente, pois, resulta
ESTERILIZAÇÃO POR CALOR SECO na desaturação da membrana da bactéria através da
• ESTUFA – ABANDONAR USO! termocoagulação das proteínas bacterianas.
A esterilização através do calor seco deve ser feita através
das estufas que promovem a destruição de vida bacteriana Na esterilização por vapor saturado, alguns critérios
através da oxidação celular. Para que esse processo seja devem ser observados:
concluído com sucesso, faz-se necessário que o material a • Temperatura: varia de 121º a 135º;
ser esterilizado seja submetido a um tempo de exposição • Pressão: varia entre 1 a 1,80 atmosferas
maior e a temperatura mais elevada do que o método do • Tempo de exposição: varia conforme o tipo de material e
vapor saturado. O aquecimento da câmara da estufa se faz sua densidade.
por convecção, que é a transferência do calor pela • Prazo de validade do processo: varia conforme o material
circulação do ar consequente ao aumento da temperatura. O processado e o tempo de ação do processo. No trato e
aquecimento do material se dá por condução, que é a manuseios das autoclaves, alguns cuidados básicos devem
transferência direta do calor da parte mais aquecida para a ser observados para que o processo de esterilização seja
menos aquecida de um corpo ou de um para outro corpo. O considerado válido.
material a ser esterilizado por calor seco deve ser No que diz respeito aos materiais, devem ser
acondicionado em caixas metálicas de paredes finas e em observados:
recipientes de vidro refratário. Após ligar o aparelho, deve-se
• O carregamento da autoclave deve ser feito sempre com o
controlar a temperatura e marcar o tempo de exposição, a
mesmo tipo de material, dispondo-os de modo a facilitar a
partir do momento em que o termômetro atingir a
penetração e circulação do vapor, e a eliminação do ar.
temperatura adequada ao tipo de material a ser esterilizado.
• Recomenda-se a utilização de no máximo 80% da
É importante observar que os pós (acondicionados em
capacidade total do aparelho. Essa medida visa a facilitação
recipiente contendo 100 gramas) e substâncias oleosas
da circulação do vapor no interior da câmara.
devem ser esterilizados numa temperatura de 160ºC,
• Orienta-se que os materiais mais pesados sejam alocados
durante a 120 minutos.
nas prateleiras inferiores às câmaras.
• Após o processo, não se deve colocar os pacotes, ainda
Portanto:
quentes, sobre superfície fria uma vez que a formação de
• O calor seco tem baixo poder de penetração, é irregular e
gotas pela condensação pode contaminar o artigo que
vagaroso;
acaba de ser esterilizado.
• Recomendado APENAS para óleos e pós;

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• O datamento dos pacotes é obrigatório e assim como o • O glutaraldeído não é mais esterilizante químico, só
encaminhamento dos mesmos à sala de armazenamento. desinfetante de alto nível - seu uso está restrito para
Após a última esterilização do dia, deve ocorrer a limpeza da endoscopia, conforme a RESOLUÇÃO - RDC Nº 15, DE 15
câmara interna da autoclave com o auxílio de um pano DE MARÇO DE 2012 , artigo 13.
umedecido em água. Tão logo esse procedimento seja • Mecanismo de ação: tem atividade bactericida, fungicida,
executado, deve-se enxugar toda a superfície. Também é esporicida e virucida. Destrói o microorganismo alterando o
importante lembrar que antes de cada primeiro processo do RNA, DNA e a síntese protética.
dia, deve ser feito o teste de validação do equipamento com • Toxicidade: pode causar irritação na garganta, olhos e
a finalidade de manter os padrões de segurança e nariz, sintomas que podem ser minimizados com ambiente
confiabilidade sempre ajustados. ventilado e com EPI.
→A esterilização por vapor saturado sob pressão está • Parâmetros do processo: temperatura ambiente; tempo
indicada para todos os artigos críticos e semicríticos de exposição de 8 a 10 horas de imersão do artigo na
termorresistentes, e de líquido, sendo que, para estes, deve- solução ou conforme orientação do fabricante.
se interromper a fase de secagem. É impróprio para a • Testes: com indicadores químicos, devem ser realizados a
esterilização de óleos, pós e graxas. cada uso da solução.
Portanto: • Validação da solução: após a ativação tem validade de
• Calor saturado sob pressão – AUTOCLAVE - é o processo 14 e/ou 21 dias.
de esterilização mais utilizado;
• O vapor saturado é o vapor contendo somente água no OUTROS MÉTODOS QUÍMICOS
estado gasoso, agregando tanta água quanto possível para • FORMALDEÍDO: Usados em materiais termossensíveis e
sua temperatura e pressão; imersíveis; encontrado a 4% em temperatura ambiente e o
• Tipos de autoclaves: gravitacional e pré-vácuo; tempo de exposição no mínimo 24h, após deve ser
• Vapor – destrói bactérias, porém os esporos bacterianos submetido à lavagem com soro fisiológico e realizado teste
necessitam do calor e pressão; para detectar se existem resíduos do formol antes do uso;
• Temperatura – 121°a 135°C; • ÁCIDO PERACÉTICO: É um componente de uma
• Pressão: 1 a 1,80 atm; equilibrada mistura entre ácido acético, peróxido de
• Tempo de exposição: 3 minutos à 30 minutos; hidrogênio e água. Mecanismo de ação: similar ao peróxido
CUIDADOS NA AUTOCLAVE de hidrogênio (age por interação com a membrana celular
• Não apertar muitos os pacotes, para facilitar a penetração do microorganismo, desestruturando-a);
do vapor;
• Não encostar os pacotes nas laterais da máquina; PROCESSO FÍSICO-QUÍMICO
• Montar a carga da autoclave com materiais que tenham o Óxido de etileno (ETO)
mesmo tempo de esterilização; • É utilizado o gás óxido de etileno, sendo realizado em
• Pacotes maiores na parte de baixo da autoclave e menores autoclaves à temperatura entre 50 a 60° C. Associam o gás,
em cima; temperatura, umidade e pressão. Mecanismo de ação: inibe
• Utilizar somente 80 % da capacidade do aparelho; a síntese protéica da célula do microorganismo. Indicação
• Nunca colocar os pacotes sobre superfícies frias, estes de uso: materiais termo sensíveis Embalagens: papel grau
devem estar frios para a manipulação; cirúrgico e não tecido. Toxicidade: alta. É carcinogênico
(serviço geralmente terceirizado). Conforme Manual da
ESTERILIZAÇÃO POR RADIAÇÃO (COBALTO 60) SOBECC (2017), as condições de aeração estabelecidas
Este método destina-se especialmente à esterilização como seguras são de 8 a 12 horas, à temperatura de 60 a
industrial de materiais descartáveis produzidos em larga 50°, respectivamente.
escala. O agente físico utilizado é o raio gama cobalto 60,
cuja ação destruidora dos microorganismos se dá por CONCEITOS E DEFINIÇÕES
alteração na composição molecular das células, as quais Anti-sepsia: é a eliminação das formas vegetativas de
sofrem perda ou adição de cargas elétricas (ionização), bactérias patogênicas e grande parte da flora residente da
ficando carregadas positiva ou negativamente. pele ou mucosa, pela ação de substâncias químicas
• Raios Gama – ondas eletromagnéticas de alta energia e (antisépticos).
grande penetração, devido a ausência de matéria – age Anti-séptico: substância ou produto capaz de deter ou inibir
produzindo radicais livres em partículas biológicas dos a proliferação de microrganismos patogênicos, à
microorganismos – RISCO OCUPACIONAL; temperatura ambiente, em tecidos vivos.
Assepsia: conjunto de práticas e técnicas através das quais
GLUTARALDEIDO A 2% se evita a penetração de germes em locais ou objetos
• Deve ser utilizado na desinfecção de alto nível para artigos isentos dos mesmos.
termo sensíveis, ou seja, que não possam ser esterilizados Biofilme: organização bacteriana onde a bactéria se adere
pelos métodos físicos tradicionais ou físico-químicos. Os rapidamente às superfícies úmidas e formam colônias
artigos reprocessados em glutaraldeído não podem ser organizadas de células envoltas por uma matriz que facilitam
armazenados, mesmo em recipiente estéril, pois possui o a adesão à superfície e a tornam impermeáveis.
risco de recontaminação (uso imediato). Bacteriostático: substância utilizada para neutralizar o
desenvolvimento das bactérias.
Bactericida: Substância utilizada para matar as bactérias.
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Carga Microbiana (bioburden): quantidade e tipo de Recomendação: Deve preceder obrigatoriamente a


microorganismos presentes no artigo, antes da esterilização. desinfecção e a esterilização. A presença de matéria
Desinfecção: processo físico ou químico para reduzir o nº orgânica (bioburden) protege os microrganismos, tornando
de microrganismos viáveis para um nível menos prejudicial. as etapas subsequentes ineficientes por impedir que o
Este processo pode não destruir esporos. agente esterilizante ou desinfetante entre em contato com o
Desinfecção de alto nível: destrói todas as bactérias instrumental.
vegetativas, Mycobacteriun tuberculosis, enterovírus, Interferências: Bioburden, tipo de matéria (orgânica ou
fungos, vírus e parte dos esporos. O enxágue deverá ser inorgânica), diversidade e tipo de material (borracha,
feito preferencialmente com água estéril e manipulação plástico, alumínio, aço), e qualidade da água.
asséptica;
Desinfecção de nível intermediário: viruscida, bactericida. Tipos de Limpeza
Neutraliza formas vegetativas, micobactérias. Não destrói Manual: Remoção de sujidades por meio de fricção aplicada
esporos. sobre uma superfície utilizando detergente, escova e água.
Desinfecção de baixo nível: elimina todas as bactérias na Automatizada: Remoção de sujidades por meio de ação
forma vegetativa, não tem ação contra esporos, vírus não física (jato d’água) e química (detergente).
lipídicos nem contra o bacilo da tuberculose. Tem ação
relativa contra fungos. EFICÁCIA DA LIMPEZA
Desinfetante: substância ou produto capaz de deter ou CONTROLE MICROBIOLÓGICO:
inibir a proliferação de microrganismos patogênicos em Colocação de bioindicadores em pontos estratégicos e
ambientes e superfícies, à temperatura ambiente. expostos ao processo de lavagem e desinfecção térmica.
Degermação: remoção de impurezas, sujeira e Após a exposição são retirados, semeados em meio de
microrganismos da flora transitória e alguns da flora cultura e incubados a 36ºC, por 7 dias. Espera-se que não
residente depositados sobre a pele do pacte ou nas mãos da haja crescimento de microrganismos.
equipe pela ação mecânica de detergente, sabão ou COTROLE QUÍMICO:
utilização de substâncias químicas (antisépticos) a) Analisar por meio de produto químico a permanência de
Detergente: substância ou preparação química que produz resíduos de sangue nos instrumentais;
limpeza; possui uma ou mais propriedades: tensoatividade, b) Uso de tiras plásticas com reativo químico que simula o
solubilização, dispersão, emulsificação e umectação sangue, colocadas em 4 pontos da lavadora;
Esporos: forma mais resistente dos microrganismos, sendo c) Indicador químico para termolavadoras que altera a cor.
mais difícil de serem eliminados. CONTROLE VISUAL:
Esterilização: processo físico ou químico que destrói todos Após a limpeza, inspecionar todos os artigos. O controle
os tipos de microrganismos, inclusive esporos. pode ser feito a olho nu ou com o uso de lupas, observando:
Infecção endógena: processo infeccioso decorrente da cremalheiras, ranhuras, articulações, encaixes de dentes e
ação de microrganismos já existentes no sítio cirúrgico ou sistema de trava das peças.
sistêmico. Conforme a RDC 15/2012: Art. 76 A limpeza dos produtos
Infecção exógena: causada por microrganismos estranhos para saúde, seja manual ou automatizada, deve ser avaliada
ao paciente. Importante que barreiras sejam colocadas para por meio da inspeção visual, com o auxílio de lentes
impedir que instrumentos estéreis sejam contaminados. intensificadoras de imagem, de no mínimo oito vezes de
Significa um rompimento da cadeia asséptica, sendo muito aumento, complementada, quando indicado, por testes
grave podendo ser fatal. Ex: AIDS, Hepatite B e C. químicos disponíveis no mercado.
Matéria Orgânica: soro, sangue, pus, fezes ou lubrificantes.
Sua presença no material pode interferir na ação do PREPARO E EMPACOTAMENTO DE PRODUTO
desinfetante, agir como barreira física protegendo os Definição: Preparação e acondicionamento dos produtos de
microrganismos contra o ataque do agente esterilizante ou acordo com o processamento escolhido em invólucro
desinfetante e pode proteger os esporos durante o processo compatível com o processo e com o próprio material.
de calor. Objetivo: Manter a esterilidade do produto no que se refere
Reprocessamento: processo aplicado em artigos médico- ao uso pretendido, à vida útil, às condições de
hospitalares já usados à fim de permitir sua reutilização. funcionalidade, à proteção apropriada para transporte e
Inclui limpeza, desinfecção, preparo, embalagem, rotulagem, armazenagem até a sua utilização e favorecer a
esterilização, testes biológicos e químicos. transferência asséptica, sem risco de contaminação.
Reesterilização: é o processo de esterilização de artigos já
esterilizados, mas não utilizados, em razão de eventos CARACTERÍSTICAS DAS EMBALAGENS:
ocorridos dentro do prazo de validade do produto ou da Possibilitar a identificação e a abertura asséptica pelo
própria esterilização. Ex. rompimento da embalagem. usuário;
Funciona como barreira microbiológica;
LIMPEZA DE PRODUTOS Ser atóxica, flexível e resistente a tração e ao rasgo e
Definição: Remoção de sujidade visível orgânica e proteger o conteúdo do pacote de danos físicos;
inorgânica de um artigo e, por conseguinte, a retirada de sua Permitir termosselagem para garantir o fechamento
carga microbiana. Etapa indispensável para o hermético;
processamento de todos os artigos críticos, semi-críticos e
não críticos.
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Possibilitar que o agente esterilizante entre em contato com SISTEMAS DE BARREIRA ESTÉRIL INDICADOS PARA CADA MÉTODO
DE ESTERILIZAÇÃO
o produto, permitir secagem do conteúdo e permitir
adequada remoção do ar; Embalagem Vapor Óxido Plasma e Vapor a baixa
Ter relação custo-benefício positiva e ser de fácil obtenção sob de vapor de temperatura de
no mercado; pressão Etileno peróxido de formaldeído
hidrogênio
Permitir identificação do produto esterilizado e possuir data
de validade do produto. Tecido de Sim Não Não Não
algodão

SISTEMA DE EMBALAGEM INCLUEM: algodão, papel Papel grau Sim Sim Não Sim
grau cirúrgico e filme laminado, papel crepado, papel kraft, cirúrgico
filme transparente, tyvek, caixas metálicas e sistema de
Papel Sim Sim Não Sim
containers, vidros refratários, não-tecido. crepado
Algodão cru: Indicado para vapor úmido. A textura
recomendada é de aproximadamente 40 fios por cm². Deve Tyvek® Não Sim Sim Sim

ser confeccionado com tecido 100% algodão. Nãotecido Sim Sim Sim Sim
Desvantagens: baixa vida útil, baixo grau de eficiência como (SMS)
barreira microbiana, ausência de resistência a umidade,
Contêiner Sim Sim Sim Sim
sobrecarga de trabalho na costuraria e na lavanderia. rígido
Papel Kraft: Não recomendado por conter amido,
microfuros, corantes e produtos tóxicos. Não resiste a Caixas Sim Sim Sim Sim
metálicas
umidade e é frágil na resistência física e vulnerável como
perfuradas
barreira microbiana após a esterilização.
Papel crepado: É a principal alternativa ao tecido de Fonte: Manual SOBECC (2017).
algodão. Composto de celulose tratada. Eficiente à
esterilização pelo vapor úmido; barreira efetiva contra a TESTES BACTERIOLÓGICOS
penetração de microorganismos (prazo de validade de Os testes bacteriológicos são essenciais para a segurança
esterilização em torno de 60 dias); atóxico, flexível; indicado do paciente uma vez que estes determinam a validação dos
também para confecção de aventais cirúrgicos. processos de esterilização. O funcionamento adequado dos
Não Tecido 100% de polipropileno: Ótima barreira aparelhos é fundamental para a eficiência do processo de
microbiana. É esterilizável em autoclave a vapor úmido, esterilização, por isso, devem ser feitas as revisões
óxido de etileno e plasma de peróxido de hidrogênio; alta preventivas semanais e a corretiva, sempre que necessária,
resistência mecânica a tração. por técnicos especializados.
Sistema de Conteineres: Caixa de metal termorresistente,
plástico termorresistente ou recipiente de alumínio. A tampa Validação dos processos de esterilização
contém filtro microbiano de alta eficiência, permeável ao A validação dos processos de esterilização pode ser feita
agente esterilizante. Indicado para esterilização por vapor através de:
saturado sob pressão, autoclaves com bomba de vácuo. • Testes Físicos: testes que apontam a condição interna do
Vidros refratários: Devem ser resistentes a altas equipamento. São realizados através da aferição de
temperaturas. São indicados para esterilização de líquidos temperatura, pressão e radiação.
em estufas e autoclave de vapor úmido. • Testes biológicos: realizados no mínimo uma vez por
Caixas metálicas: Liga de alumínio ou aço inox. Indicado semana, de preferência na primeira carga do dia e após as
para calor seco (estufa). manutenções preventivas e corretivas. A validação do
Tyvek: Suporta altas temperaturas e alta resistência à processo é feita com o uso de "Bacillus Stearothermophilus",
tração e perfuração. Longa duração e excelente barreira para a autoclave a vapor; e com "Bacillus Subtillis", para a
microbiana. Compatível com óxido de etileno, plasma de estufa ou Forno de Pasteur, autoclave a óxido de etileno e
peróxido de hidrogênio e radiação gama. plasma de peróxido de hidrogênio. Os indicadores biológicos
TIPOS DE EMBALAGEM REUTILIZÁVEIS: TECIDO DE são colocados nos pacotes, em diferentes locais da câmara
ALGODÃO, ESTOJO METÁLICO, VIDRO REFRATÁRIO, interna dos aparelhos com a finalidade de checagem em
CONTAINER RÍGIDO. diferentes pontos da máquina.
TIPOS DE EMBALAGEM DESCARTÁVEIS: PAPEL GRAU • Reagentes químicos: são testes em que se utiliza
CIRÚRGICO, PAPEL CREPADO, NÃO TECIDO 100% DE diferentes substâncias que sofrem alteração na cor quando
POLIPROPILENO, TYVEK® submetidas ao processo de esterilização. A fita adesiva
termosensível (zebrada), utilizada para identificação visual
do pacote, comprova que o pacote passou pelo calor, por
esse motivo, a fita deve ser colocada em todos os tipos de
pacote. Este indicador não comprova a eficiência do
processo de esterilização.
A validade da solução ativada de glutaraldeído deve ser feita
por meio de fitas-testes, "kit" líquido ou similar, utilizando-se
um teste específico para cada formulação. Para o

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formaldeído, não existe no mercado teste biológico ou • Trabalhar em ambiente limpo, calmo, seco e sem corrente
químico. de ar;
• Manter certa distancia entre o corpo e o material a ser
IMPORTANTE! O monitoramento do processo de manipulado;
esterilização com indicadores físicos deve ser ARMAZENAMENTO
registrado a cada ciclo de esterilização. Em cestos aramados, sem empilhamento, de forma a
facilitar a identificação dos itens, protegidos ao máximo da
Quanto ao tempo de validade de esterilização dos pacotes deposição de poeira;
dependem do tipo de invólucro utilizado, o local de guarda Não armazenar pacotes quentes (exceção: quando em
do material e as condições ambientais da sala de cestos aramados);
armazenagem. Os materiais que são embalados em papel O suporte dos cestos ou as prateleiras devem apresentar
grau-cirúrgico e selados mecanicamente mantêm validade distância de no mínimo 20 cm do piso, 5 cm das paredes, e
de esterilização de aproximadamente duas ou três semanas, 45 cm do teto.
se os invólucros permanecerem íntegros. O mesmo se
aplica para os materiais embalados em campos de algodão. QUESTÕES
01. Para cumprimento da Resolução n. 15, de 15 de
INDICADORES/ MONITORAMENTO DOS PROCESSOS março de 2012, do Ministério da Saúde, o Centro de
DE ESTERILIZAÇÃO Material e Esterilização (CME) passa a ser classificado
Classe 1: Tiras impregnadas com tinta termo-química que em classes. O CME _______ é aquele que realiza o
muda de coloração quando exposto a temperatura. processamento de produtos para a saúde não-críticos,
Classe 2: teste de BOWIE & DICK - testa a eficácia do semi-críticos e críticos de conformação não complexa,
sistema de vácuo da autoclave pré-vácuo. Uso diário no 1º passíveis de processamento. Assinale a alternativa que
ciclo, sem carga, a 134°C por 3,5 a 4 minutos sem secagem. completa corretamente a lacuna.
Espera-se mudança uniforme da cor do papel, em toda sua A) Classe I
extensão Caso não haja homogeneidade na revelação, B) Classe II
efetuar revisão imediata do equipamento. C) Classe III
FINALIDADE: monitoramento diário e obrigatório do D) Classe IV
sistema de pré-vácuo em autoclaves a vapor com bomba E) Classe V
de vácuo. Identifica a presença de ar no interior dos 02.De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada,
pacotes, causado por falhas durante o processo de RDC nº 15, de 15 de março de 2012, da Agência Nacional
remoção de ar ou na penetração eficaz do vapor, indicado de Vigilância Sanitária, que regulamenta os requisitos
de boas práticas para o processamento de produtos
pela mudança de cor do indicador químico existente no
para a saúde, são adotadas as seguintes definições,
pacote (de azul para rosa). Conforme orientações dos EXCETO
fabricantes, o ciclo de Bowie & Dick deve ser feito em A) O Centro de Material e Esterilização é definido
temperaturas de 132 a 134° C por 3,5 a 4 minutos e em comouma unidade funcional destinada ao processamento
ciclos de 121°C por 15 minutos. de produtos para o serviço de saúde dos serviços desaúde.
Classe 3: controla um único parâmetro - a temperatura pré- B) Controle de qualidade do processamento dos produtos
para saúde: avaliação sistemática e documentada da
estabelecida. Utilizados no centro dos pacotes.
estrutura e do processo de trabalho e avaliação dos
Classe 4: Indicador multiparamétrico controla a temperatura resultados de todas as etapas do processamento de
e o tempo necessários para o processo. produtos para a saúde.
Classe 5: Integrador - controla temperatura, tempo e C) Centro de material e esterilização de funcionamento
qualidade do vapor. centralizado: responsabiliza-se somente pela esterilização
Classe 6: Simulador de confiança - Intervalo de confiança de produtos para a saúde; a limpeza, o preparo e o
maior que classe 5. Responde a todos os parâmetros acondicionamento desses produtos são feitos pela equipe
de enfermagem das unidades de internação do hospital.
críticos de um ciclo específico
D) Data limite de uso do produto esterilizado: prazo
estabelecido em cada instituição, baseado em um plano de
MANUSEIO DE MATERIAL ESTERILIZADO avaliação da integridade das embalagens, fundamentado na
• Ao manusear o material esterilizado com técnica asséptica, resistência das embalagens, eventos relacionados aoseu
deve-se obedecer a algumas normas a fim de mantê-lo manuseio (estocagem em gavetas, empilhamento de
estéril: é fundamental lavar as mãos com água e sabão pacotes, dobras das embalagens), condições de umidade e
antes de manusear o material esterilizado; temperatura, segurança da selagem e rotatividade do
estoque armazenado.
• Utilizar material com embalagem integra, seca, sem
E) barreira técnica: conjunto de medidas comportamentais
manchas, com identificação (tipo de material e data da dos profissionais de saúde visando à prevenção de
esterilização); contaminação cruzada entre o ambiente sujo e o ambiente
• Trabalhar de frente para o material; limpo, na ausência de barreiras físicas.
• Manipular o material ao nível da cintura para cima; evitar 03.O uso de EPI no Centro de Material e Esterilização é
tossir, espirrar, falar sobre o material exposto; definido pela RDC nº 15, de 15 de março de 2012,
de acordo com a sala ou área onde as atividades são
• Não fazer movimentos sobre a área esterilizada;
realizadas. Sobre o assunto é correto afirmar que
• Certificar-se da validade e adequação da embalagem;

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A) para a descarga de secadoras e termodesinfetadoras e D) F – F – V – V.


carga e descarga de autoclaves, é obrigatória a utilização de E) V − V − F – V.
luvas de proteção térmica impermeável. 06.São vantagens dos Métodos Físicos Automatizados
B) para o funcionário da sala de recepção e limpeza, não é de Desinfecção de produtos para a saúde, EXCETO
necessário o uso de protetor facial ou o uso demáscara e A) realizar desinfecção de alto nível, ou seja, inativa
óculos. bactérias vegetativas, vírus, fungos e micobactérias.
C) os trabalhadores podem deixar o local de trabalho com os B) permitir padronização e reprodutividade do processo.
equipamentos de proteção individual e as vestimentas C) não deixar resíduos no material.
utilizadas em suas atividades, pois, como o próprio nome D) ser atóxico para o paciente e para o meio ambiente.
diz, são equipamentos de proteção individual. E) impregnar materiais porosos não sendo indicados para
D) o uso de calçado fechado é opcional. artigos que entrem em contato com o trato respiratório
E) a vestimenta privativa, touca e calçado fechado em todas (borracha, látex).
as áreas técnicas e restritas não é exigida para 07.As embalagens utilizadas em artigos críticos de uso
os trabalhadores do Centro de Material e Esterilização. médico hospitalar têm por finalidade a proteção do
04.De acordo com a Resolução COFEN nº 424/2012, são conteúdo contra possível contaminação proveniente do
atribuições da equipe multiprofissional do Centro de meio ambiente e do manuseio, conservando assim a
Material e Esterilização (CME): esterilidade desses artigos. Sobre o assunto, assinale a
A) técnico de enfermagem: promover capacitação e alternativa correta.
educação permanente e avaliação de desempenho A) A embalagem de algodão tecido é contraindicada
dos profissionais que atuam no CME. para esterilização por vapor sob pressão.
B) enfermeiro: Planejar, coordenar, executar, supervisionar e B) A embalagem de papel grau cirúrgico é indicadapara
avaliar todas as etapas relacionadas ao processamento de esterilização por plasma e vapor de peróxido de hidrogênio.
produtos para saúde: recepção,limpeza, secagem, avaliação C) A embalagem de algodão tecido não necessita de
da integridade e da funcionalidade, preparo, desinfecção ou lavagem para reutilização, em caso de vencimento do prazo
esterilização, armazenamento e distribuição para as de validade da esterilização do material nela embalado.
unidades consumidoras. D) embalagem de papel crepado pode ser reutilizada de 3 a
C) auxiliar de Enfermagem: elaborar o Protocolo 5 vezes, sem prejuízo à qualidade da esterilização.
Operacional Padrão (POP) para as etapas do E) Para ser considerada ideal, uma embalagem deve
processamento de produtos para saúde, com base em permitir a penetração do agente esterilizante e o contato
referencial científico atualizado e normatizaçãopertinente. direto com o item e as superfícies a serem esterilizados, e,
D) enfermeiro: treinar a equipe dos setores de internação na ainda, a remoção posterior do agente esterilizante.
desinfecção de leitos. 08. Com relação à Esterilização por vapor saturado sob
E) enfermeiro: elaborar normas administrativas para compra pressão, é INCORRETO afirmar que
de fios de sutura, de acordo com a legislaçãovigente. A) por ser um processo caro, a câmara do equipamento
05.Surtos de Infecção do Sítio Cirúrgico por deve ser preenchida em sua totalidade, sem espaços vazios.
micobactéria de crescimento rápido (MCR) têm sido B) para autoclave com capacidade superior a 100 litros, a
relatados em todo o mundo há mais de 20 anos. As existência do sistema de vácuo(conhecido como pré-vácuo)
infecções por esse grupo de bactérias foram associadas é
às falhas no processo de limpeza dos instrumentais e obrigatória.
dispositivos médicos. A partir de 2005, vários surtos de C) o tempo de exposição de 4 minutos a 134º C em
ISC por MCR foram descritos em diferentes estados autoclave pré-vácuo é suficiente para esterilização doartigo,
brasileiros, tornando-se uma preocupação entre os considerando
órgãos fiscalizadores, sobretudo a ANVISA, pela que esse tempo de exposição não inclui o requerido para
necessidade de maior atenção com os protocolos atingir a temperatura, nem o tempo de exaustão do vapor e
de higienização e de esterilização dos materiais cirúrgicos. secagem.
Sobre o assunto, informe se é verdadeira (V) ou falso (F) o D) no carregamento da autoclave, os pacotes maiores
que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a devem ser colocados embaixo dos menores e os artigos
sequência correta. côncavo-convexos (bacias, cubas rim e cúpulas) devem ser
( ) São objetivos da limpeza do material cirúrgico: reduzir a dispostos na câmara interna emposição vertical.
carga microbiana (bioburden); remover contaminantes de E) no ciclo flash, a supressão da fase de secagem
natureza requer que o artigo esteja desembalado e seu uso seja
orgânica e inorgânica; prolongar a vida útil do artigo e tornar imediato.
os processos de desinfecção e esterilização eficazes. 09.Sobre os métodos de esterilização, assinale a
( ) A imersão dos instrumentais cirúrgicos em Detergente alternativa correta.
Enzimático contendo no mínimo 4 grupos básicos de A) É proibido a esterilização de artigos termossensíveis por
enzimas: amilase, óxido de etileno (ETO).
carbohidrase, protease e lipase dispensa a fricção com B) Os artigos esterilizados por vapor à baixa temperatura e
escovas, ultrassom ou jatos d´agua sob pressão. formaldeído gasoso não necessitam de limpeza prévia.
( ) A limpeza de produtos para a saúde com conformações C) Não é permitido o uso de estufas para a
complexas inicia-se com limpeza manual, sendo esterilizaçãode produtos para a saúde.
complementada, D) Com o advento de novas tecnologias nos equipamentos
obrigatoriamente, por limpeza ultrassônica. de esterilização, a qualidade da água utilizada nos Centros
( ) Os pontos críticos no uso das lavadoras, sejam as de Material e Esterilização não é importante.
termodesinfetoras, sejam as ultrassônicas, é a correta E) Todas as alternativas estão incorretas.
montagem da 10.De acordo com a Resolução - RDC Nº 15, DE 15 DE
carga, a escolha do ciclo, a realização periódica de testes de MARÇO DE 2012, assinale a alternativa INCORRETA
eficiência e a manutenção preventiva. quanto ao Monitoramento do Processo de Esterilização.
A) F − V − F – F. A) O monitoramento do processo de esterilização com
B) V – F − V – V. indicador biológico deve ser feito mensalmente.
C) V − V − V – V.
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B) O monitoramento do processo de esterilização com 15. A limpeza dos produtos para saúde, seja manual ou
indicadores físicos deve ser registrado a cada ciclo de automatizada, deve ser avaliada por meio da inspeção
esterilização. visual, com o auxílio de lentes intensificadoras de
C) No monitoramento do processo de esterilização dos imagem, de no mínimo dezoito vezes de aumento,
produtos para saúde implantáveis, deve ser adicionadoum complementada, quando indicado, por testes químicos
indicador biológico a cada carga. disponíveis no mercado.
D) A carga só deve ser liberada para utilização após leitura A) CERTO
negativa do indicador biológico. B) ERRADO
E) É obrigatória a realização de teste para avaliar o 16. Artigos críticos entram em contato com tecidos
desempenho do sistema de remoção de ar (Bowie & Dick) estéreis ou com o sistema vascular e devem ser
da autoclave assistida por bomba de vácuo, no primeiro ciclo esterilizados para uso, pois possuem alto risco de
do dia. causar infecção.
11.Em relação à Classificação de Spaulding, que A) CERTO
classifica os artigos segundo os riscos potenciais de B) ERRADO
transmissão de micro-organismos para os paciente, 17. São classificados como críticos os produtos para a
relacione as colunas e assinale a alternativa com a saúde que entram em contato com a pele não íntegra ou
sequência correta. mucosas íntegras colonizadas.
1. Produtos para saúde críticos. A) CERTO
2. Produtos para saúde semi-críticos. B) ERRADO
3. Produtos para saúde não-críticos. 18. Produtos para a saúde classificados como não
A. Produtos que entram em contato com pele não íntegra ou críticos devem ser submetidos, no mínimo, ao processo
mucosas íntegras colonizadas. de desinfecção de alto nível após a limpeza.
B. São produtos para a saúde utilizados em procedimentos A) CERTO
invasivos com penetração de pele e mucosas adjacentes, B) ERRADO
tecidos subepteliais, e sistema vascular, incluindo também 19. A desinfecção de alto nível é um processo físico ou
todos os produtos para saúde que estejam diretamente químico que destrói a maioria dos microrganismos de
conectados com artigos semicríticos, inclusive micobactérias, fungos e
esses sistemas. elevado número de esporos bacterianos.
C. Produtos que entram em contato com pele íntegra ou não A) CERTO
entram em contato com o paciente. B) ERRADO
A) 1A – 2B – 3C. 20. Analise as afirmativas a seguir:
B) 1A – 2C – 3B. Afirmativa 1: produtos para saúde semicríticos utilizados na
C) 1B – 2C – 3A. assistência ventilatória, anestesia e inaloterapia devem ser
D) 1B – 2A – 3C. submetidos à limpeza e, no mínimo, à desinfecção de nível
E) 1C – 2A – 3B. intermediário, com produtos saneantes em conformidade
12.Para cuidados de limpeza, higiene e esterilização de com a normatização sanitária, ou por processo físico de
materiais em Centrais de Materiais e Esterilização, é termodesinfecção, antes da utilização em outro paciente.
correto afirmar: Afirmativa 2: Produtos para saúde utilizados na assistência
A) a esterilização em autoclave a vapor está indicada para ventilatória e inaloterapia, poderão ser submetidos à
matérias termossensíveis. desinfecção por métodos de imersão química líquida com a
B) os endoscópios, colonoscópios e inaladores e circuitos utilização de saneantes a base de aldeídos.
respiratórios são exemplos de artigos semicríticos. A) As duas afirmativas estão corretas.
C) esterilização por plasma e peróxido de hidrogênio é um B) Apenas a afirmativa 1 está incorreta.
método de esterilização física. C) Apenas a afirmativa 2 está incorreta.
D) os artigos críticos dispensam passar pelo processo de D) As duas afirmativas estão incorretas.
limpeza e higienização. 21. Entre as medidas de organização e de higiene
E) tanto os materiais críticos como os semicríticos deverão adotadas no manejo de medicamentos, o profissional de
ser processados em autoclave. enfermagem deve priorizar a antissepsia de artigos e
13. É o processo de destruição de todos os superfícies por meio do uso de álcool 70%.
microorganismos, a tal ponto que não seja mais A) CERTO
possível detectá-los através de testes microbiológicos B) ERRADO
padrão. Um artigo é considerado estéril apenas quando 22. O uso de estufa é permitido para esterilização de
a probabilidade de sobrevivência dos produtos para saúde.
microorganismos que o contaminavam é menor do que: A) CERTO
A) 1:100.000. B) ERRADO
B) 1:10.000 23. Marque a alternativa que indica um método físico-
C) 1:1.000 químico de esterilização:
D) 1:1.000.000.000 A) Esterilização por vapor saturado sob pressão;
E) 1:1.000.000 B) Esterilização por óxido de etileno;
14. A limpeza é a remoção de sujidades orgânicas e C) Esterilização por ácido peracético por imersão;
inorgânicas para reduzir a carga microbiana dos D)Esterilização por calor seco.
produtos para a saúde, utilizando água, detergente, 24. As embalagens de papel Kraft, papel-toalha, papel-
produtos e acessórios de limpeza, de forma a tornar o manilha, papel-jornal e lâminas de alumínio são
produto seguro para manuseio e preparado para destinadas ao uso em equipamentos de esterilização.
desinfecção e esterilização. A) CERTO
A) CERTO B) ERRADO
B) ERRADO 25. Os controles de rotina dos processos de
esterilização são realizados através de monitoramentos
químicos e/ou biológicos, por meio de Indicadores
Químicos (IQ) e/ou indicadores biológicos (IB). Com
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relação a esses métodos de controle julgue os itens a B) V, F, V, F.


seguir: C) F, F, V, V.
I. A fita zebrada é um exemplo de IQ classe I. São D) F, F, F, V.
conhecidos como indicadores externos de exposição. São
28(CONSULPLAN – TRF – 2º Região – Técnico Judiciário
tintas termocrômicas impregnadas em fitas adesivas. É um
método que garante que o item passou por um processo de – Enfermagem 2017) Sabendo que os artigos utilizados
mudança de temperatura, porém sem garantir que as nos serviços de saúde recebem uma classificação
condições para esterilização foram alcançadas; quanto ao risco de transmitir infecções para os
II. O teste de Bowie-Dick constitui um IQ classe III. Utilizado pacientes, para o processamento dos artigos de
especialmente para verificar a remoção do ar nas autoclaves assistência ventilatória, anestesia e os utilizados na
com pré-vácuo. É obrigatório a realização de teste para inaloterapia, que são classificados como semicríticos,
avaliar o desempenho do sistema de remoção de ar no
após a limpeza, devem ser submetidos no mínimo ao
primeiro ciclo do dia.
III. Um Indicador Químico classe V não fornecerá a certeza processo de:
de que um material que foi programado, por exemplo, para A) Esterilização.
cilco de príos (134°C a 18 minutos) foi exposto ao tempo de B) Desinfecção de alto nível.
18 minutos, pois em 3 minutos, aproximadamente, o IQ C) Desinfecção de baixo nível.
classe V indicará condições satisfatórias; D) Desinfecção de nível intermediário.
IV. Os IQs de classes V e VI tem um custo maior quando 29. Para Garantir A Manutenção Da Esterilidade Do
comparados com IB; Produto Até O Usuário Final, Após Limpeza E Garantia
V. Indicadores biológicos de segunda geração são tiras ou Da Integridade E Acondicionamento, Os Produtos
discos de papel impregnado com esporos contidos em um Precisam Ser Embalados. Sendo Assim As Embalagens
envelope de embalagem compatível com o método de Precisam Ser:
esterilização. A) invioláveis, mas capaz de selar mais de uma vez.
Estão corretos: B) a embalagem deve facilitar a transferência do conteúdo
A) Somente os itens I e III; sob técnica séptica.
B) Somente os itens I, II e V; C) impermeáveis à passagem de ar, a fim de não permitir a
C) Somente os itens III e V; saída do agente esterilizante gasoso.
D)Somente os itens I, II e IV. D) a embalagem deve disponibilizar a data de validade,
26.Garantir a esterilidade deve ser preocupação de sendo dispensável as instruções do fabricante.
todos os profissionais envolvidos na manipulação dos E) protegidas contra danos físicos, devendo-se evitar
materiais cirúrgicos. Dentre os princípios abaixo, empilhamentos, amassamentos por compressão e dobras.
indique o que está INCORRETO. 30. O método de esterilização que utiliza óxido de
A) Um objeto esterilizado permanece estéril somente etileno é caracterizado por:
quando tocado por outro objeto estéril. A) não penetrar em artigos com lúmen longos, estreitos e
fundo cego.
B) Objeto esterilizado tocando contaminado torna-se
B) ser indicado para esterilizar materiais termossensíveis,
contaminado. com alta difusibilidade.
C) Somente objetos estéreis podem ser colocados sobre um C) poder utilizar tecido de algodão e papel grau cirúrgico
campo estéril. como sistemas de barreira estéril.
D) Um objeto estéril torna-se contaminado por exposição D) necessitar de aeração mecânica em torno de 9 a 12
prolongada ao ar. horas, à temperatura de 60 a 40 ºc, respectivamente.
E) Rupturas no invólucro são insignificantes para a E) apresentar toxicidade tanto para profissionais quanto para
o ambiente, relacionada à presença do óxido de etileno, mas
esterilidade do objeto estéril.
não têm efeitos tóxicos para o paciente.
27.Acerca dos procedimentos de desinfecção e
esterilização, escreva V para verdadeiro e F para falso e
assinale a alternativa correta.
( ) Ao proceder à esterilização por autoclave, deve-se
preencher a câmara do equipamento em sua capacidade
máxima para obter maior aproveitamento, redução de custos
e garantir a sustentabilidade.
( ) Não é obrigatória a esterilização de comadres
(aparadeiras), pois trata-se de artigo semicrítico.
GABARITO
( ) A desinfecção é indicada para materiais semicríticos e
não críticos. O glutaraldeído 2% é um exemplo de 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
desinfetante químico, que possui como vantagem poder ser
utilizado para materiais de assistência ventilatória por não
A C A B B E E A C A
causar irritação das vias aéreas. 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
( ) O empacotamento de artigos para esterilização pode ser D B E A B A B B B C
feito por meio de embalagens diversas como de algodão 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
tecido, papel de grau cirúrgico, papel crepado, sendo as B B B B A E D D E B
duas últimas descartáveis. O papel de grau cirúrgico e o
papel crepado não podem ser utilizados na esterilização por
peróxido de hidrogênio.
A) V, V, F, F.

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERÍODO PRÉ, TRANS E PÓS-OPERATÓRIO


“O primeiro a acreditar no seu sonho tem que ser você!”

ENFERMAGEM CIRÚRGICA

Enfermagem Cirúrgica: “atua no PRÉ, TRANS E NO PÓS-


OPERATÓRIO com o objetivo de prevenir complicações físicas
e emocionais para reabilitação e recuperação do paciente.”
A seguir, os períodos da experiência cirúrgica:

Estrutura do Centro Cirúrgico (CC) considerando o risco

Não-restrita: as áreas de circulação livre (vestiários, corredor


de entrada e sala de espera de acompanhantes).
Semi-restritas: pode haver circulação tanto do pessoal como
Em 1990, Castellanos e Jouclas propuseram a aplicação do de equipamentos, sem contudo provocarem interferência nas
processo de enfermagem no cuidado ao paciente cirúrgico, rotinas de controle e manutenção da assepsia (salas de guarda
com base na assistência integral de forma continuada, de material, administrativa, copa e expurgo)
participativa, individualizada, documentada e avaliada em Restrita: o corredor interno, as áreas de escovação das mãos
todas as fases do perioperatório, denominando esse processo e a sala de operação (SO); para evitar infecção operatória,
de SAEP (Sistema de Assistência de Enfermagem limita-se a circulação de pessoal, equipamentos e materiais.
Perioperatória).
A SAEP compreende cinco fases:
1.Visita pré-operatória de Enfermagem
2.Planejamento da assistência perioperatória
3.Implementação da Assistência
4.Avaliação da assistência por meio da visita pós-operatória de
Enfermagem
5.Reformulação da assistência a ser planejada, segundo
resultados obtidos e solução de situações não desejadas ou
ocorrência de eventos adversos.

RDC N° 50/2002 – ESTRUTURA FÍSICA

A RDC nº 50 dispõe sobre o regulamento técnico para


Limpeza do Centro-Cirúrgico
planejamento, programação, elaboração e avaliação de
• Limpeza preparatória: realizada antes do início das cirurgias
projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. A
programadas do dia. Nela há a remoção das partículas de
seguir vamos analisar aspectos relativos à estrutura física
poeira nas superfícies dos mobiliários, focos cirúrgicos e
adequada aos centros cirúrgicos.
equipamentos com solução detergente ou desinfetante (álcool
70%) com um pano úmido e branco.
Estruturas físicas do Centro Cirúrgico
• Limpeza operatória: realizada durante o procedimento
cirúrgico constituindo apenas na remoção mecânica da
Área crítica: são os ambientes onde existe maior
sujidade (sangue e secreções) utilizando um pano comum
probabilidade de infecção, onde se realizam procedimentos.
embebido em agente químico de amplo espectro para que não
Área semi-crítica: são todos os compartimentos ocupados por
ocorra secagem da superfície e disseminação do ar
pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade
contaminado.
e doenças não infecciosas.
• Limpeza concorrente: executada no término de cada
Área não crítica: são todos os demais compartimentos não
cirurgia. Envolve procedimentos de retirada dos artigos sujos
ocupados por pacientes, onde não se realizam procedimentos
da sala, limpeza das superfícies horizontais dos móveis e
de risco.
equipamentos.
• Limpeza terminal: é a limpeza onde todos os materiais e
superfícies são limpos. Deve ser diária e periódica.
• Limpeza diária: é realizada após a última cirurgia
programada do dia. Envolve todos os procedimentos da

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limpeza concorrente, acrescentados à limpeza de todos os SEGUNDO O RISCO CARDÍACO (PROBABILIDADE DE


equipamentos, acessórios e mobiliários, pisos e paredes da PERDA DE FLUÍDO E SANGUE PARA A SUA
Sala de Operação. REALIZAÇÃO.)

Cirurgia de Grande Porte: grande probabilidade de perda de


fluído e sangue. Ex: aneurisma
Cirurgia de Médio Porte: média probabilidade de perda de
fluído e sangue. Ex ortopedia, urologia.
Cirurgia de Pequeno Porte: pequena probabilidade de perda
de sangue e fluídos. Ex.: timpanoplastia, amigdalectomia.

TEMPO DE DURAÇÃO CIRÚRGICA


Porte I: duração de até 2 horas.
Ex:Rinoplastia, Blefaroplastia Amigdalectomia,
Colecistectomia.
Porte II: duração à partir de 2 até 4 horas.
Ex:Laparotomia exploradora, Gastrectomia
CLASSIFICAÇÃO CIRÚRGICA Porte III: duração à partir de 4 até 6 horas.
GRAU DE URGÊNCIA – TEMPO Ex.: Craniotomia Revascularizaçã o do miocárdio.
• Tempo que decorre desde a indicação do procedimento Porte IV: duração acima de 6 horas.
cirúrgico até a sua execução. Ex.: Transplante Cirurgia neurológica em geral.
CIRURGIA DE EMERGÊNCIA: são aquelas em que o paciente
requer atenção imediata, em um curto espaço de tempo. QUANTO AO PORTE CIRÚRGICO
CIRURGIA DE URGÊNCIA: o paciente requer atenção
imediata e o distúrbio pode ameaçar sua vida ou ocorrer perda GRANDE PORTE: Com grande probabilidade de perda de
de membro. Tratamento cirúrgico, via de regra, entre 06 e fluido e sangue. Por exemplo: cirurgias de emergência,
24/48horas. vasculares arteriais, prótese de quadril
Ex: Queimaduras de grande extensão, Cálculos Renais, MÉDIO PORTE: Com média probabilidade de perda de fluido e
Infecção Aguda Biliar. sangue. Por exemplo: cabeça e pescoço
CIRURGIA ELETIVA: Tratamento cirúrgico proposto cuja PEQUENO PORTE: Com pequena probabilidade de perda de
realização pode aguardar, podendo ser programada por até 01 fluido e sangue. Por exemplo: mamoplastia, laparoscópicas.
ano.
Ex: cirurgias plásticas (mamoplastia), colelitíase, varizes de SEGUNDO O POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO
MMII. • É o número de microorganismos presentes no tecido a ser
operado.
QUANTO A FINALIDADE • Considerar a classificação no início e no final da cirurgia.

PALIATIVA: Tratamento cirúrgico que visa compensar os CIRURGIAS LIMPAS


distúrbios para melhorar as condições do paciente ou aliviar a Realizadas em:
dor, contribuindo para melhoria de sua qualidade de vida. Tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação
Ex: Gastrostomia, colostomia Na ausência de processo infeccioso e inflamatório local.
Cirurgias sem penetração nos tratos digestivo, respiratório,
DIAGNÓSTICA: caracteriza-se por uma biópsia ou quando se urinário ou ginecológico.
realiza algum procedimento explorador. Ausência de falhas técnicas
Ex: Biópsia de mama, laparotomia exploradora. Cirurgias eletivas atraumáticas com cicatrização de primeira
intenção.
RADICAL: Tratamento realizado com finalidade de remoção Ex. cirurgia limpa
total de um órgão. • Artoplastia do quadril
Ex: Colecistectomia • Cirurgia cardíaca
• Herniorrafia de todos os tipos
CURATIVA: Através do qual se faz a remoção parcial ou total • Neurocirurgia
do órgão. • Procedimentos cirúrgicos ortopédicos (eletivos)
Ex: Gastrectomia, apendicectomia, mastectomia. • Anastomose portocava, esplenorenal e outras,
• Mastoplastia
PLÁSTICA OU REPARADORA OU RESTAURADORA: • Mastectomia parcial e radical
Tratamento realizado com finalidade estética, corretiva ou de • Cirurgia de Ovário
reconstrução. • Enxertos cutâneos
Ex: mamoplastia, blefaroplastia, reconstrução de mama • Esplenectomia
• Vagotomia superseletiva (sem drenagem)
• Cirurgia vascular.

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CIRURGIAS POTENCIALMENTE CONTAMINADAS FASES OPERATÓRIAS – CLASSIFICAÇÃO


Realizadas em:
Tecidos colonizados por flora pouco numerosa ou área de O cliente cirúrgico recebe assistência da enfermagem desde o
difícil descontaminação momento em que sua cirurgia foi indicada e marcada até sua
Ausência de processo infeccioso e inflamatório. saída com a alta hospitalar após o procedimento cirúrgico.
Penetração nos tratos digestivo, respiratório, reprodutor e As fases operatórias se classificam em:
urinário sem contaminação significativa; • Período pré-operatório
Falhas técnicas discretas no transoperatório; • Período operatório: trans-operatório e intra-operatório
Cirurgias limpas com drenagem; • Período Pós-operatório
Exemplos – cirurgias potencialmente contaminadas
• Histerectomia abdominal PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO
• Cirurgia do intestino delgado (eletiva) • Inicia com a indicação cirúrgica até a entrada do cliente ao
• Cirurgia das vias biliares sem estase ou obstrução biliar CC ou inicia com a admissão do cliente na clínica cirúrgica e
• Cirurgia gástrica e duodenal em pacientes normo ou termina com a sua transferência para o CC.
hiperclorídricos, • Classifica-se em:
• Feridas traumáticas limpas - ação cirúrgica até dez horas – PRÉ-OPERATÓRIO MEDIATO: Período que inicia com o
após traumatismo momento da internação ou com a marcação da cirurgia e
• Colecistectomia + colangiografia termina 24h antes da cirurgia ser realizada;
• Vagotomia + operação drenagem – PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO: Período que inicia 24 horas
• Cirurgias cardíacas prolongadas com circulação antes do ato cirúrgico e termina com a transferência do cliente
extracorpórea. ao CC.

CIRURGIAS CONTAMINADAS Pontos Importantantes do Preparo Pré-operatório:


Realizadas em: Limpeza da pele e tricotomia: A tricotomia deve ser evitada
Tecidos colonizados por flora abundante com sempre que possível, se for necessária, não utilizar lâminas e
descontaminação impossível fazer o mais próximo possível do momento da operação (até
Cirurgias com falha técnica grosseira sem supuração local. 2h antes da cirurgia). Quanto maior o intervalo entre a
Presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de tricotomia e a operação, maior a incidência de infecção da
segunda intenção. ferida cirúrgica no pós-operatório. Apesar de ser um tema
Grande contaminação a partir do tubo digestivo. ainda controverso na literatura, o banho com um sabão
Obstrução biliar ou urinária. bacteriostático antes da cirurgia pode estar indicado.
Exemplos – cirurgias contaminadas
• Cirurgia de cólon
• Debridamento de queimaduras
• Cirurgias das vias biliares em presença de obstrução biliar
• Cirurgia intranasal
• Cirurgia bucal e dental
• Cirurgia de orofaringe,
• Fraturas expostas com atendimento após dez horas
• Feridas traumáticas com atendimento após dez horas de
ocorrido o traumatismo
• Coledocostomia
• Anastomose bilio-digestiva Pré-anestésico: droga ansiolítico que tem por finalidade
• Cirurgia gástrica em pacientes hipoclorídicos (câncer, úlcera) reduzir o estresse e a ansiedade pré-operatória, podem ser
• Cirurgia duodenal por obstrução duodenal; utilizados benzodiazepínicos (Midazolan) ou Barbitúricos
(Tiopental). Caso um pré-anestésico seja administrado, atentar
CIRURGIAS INFECTADAS para o risco de queda e depressão respiratória! Em geral, a
Realizadas em: droga deve ser administrada 30 minutos antes da cirurgia,
Qualquer tecido ou órgão, em presença de processo infeccioso entretanto, segundo Brunner (2016), frequentemente a cirurgia
(supuração local) é adiada ou os horários da sala de cirurgia são alterados,
Tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja. tornando-se impossível solicitar que um medicamento pré-
Exemplos – cirurgias infectadas anestésico seja administrado em um horário específico.
• Cirurgia do reto e ânus com pus Nessas situações o autor recomenda ter o medicamento pronto
• Cirurgia abdominal em presença de pus e conteúdo de cólon e administrá-lo quando o paciente for chamado para a sala de
• Nefrectomia com infecção cirurgia, uma vez que o preparo demora de 15-20 minutos.
• Presença de vísceras perfuradas
• Colecistectomia por colecistite aguda com empiema Antibioticoterapia profilática: escolher a droga adequada
• Exploração das vias biliares em colangite supurativa. levando em consideração o sítio a ser operado (cefazolina é a
mais usada). Administrar dose efetiva em até 60 minutos antes
da incisão cirúrgica e descontinuar o ATB em 24 horas.

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CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DO PACIENTE CIRÚRGICO sangramento, nefropatias, doença respiratória crônica, uso de
I – Paciente hígido, sem qualquer afecção orgânica ou drogas ilícitas e lícitas, cirurgias anteriores;
psíquica; funções preservadas. • Incentivar exercícios respiratórios principalmente aos
II – Paciente com afecção leve ou moderada, sem maiores pacientes com risco e solicitar ao paciente tabagista para
disfunções orgânicas (HAS leve). cessar o fumo;
III – Paciente com enfermidade sistêmica declarada, com • Orientar quanto aos exercícios com MMII para prevenir TVP
disfunção clara e evidenciada (cardiopatia isquêmica pós-operatória;
sintomática). • Encaminhar o paciente para a realização dos exames pré-
IV – Paciente com doença grave, descompensação funcional operatórios;
severa com risco de vida (insuficiência cardíaca • Realizar as orientações necessárias;
descompensada). • Incentivar exercícios respiratórios principalmente aos
ATENÇÃO: pacientes com risco e solicitar ao paciente tabagista para
• Pacientes I e II podem ser submetidos a qualquer cessar o fumo;
intervenção, obedecendo o pré- operatório. • Orientar quanto aos exercícios com MMII para prevenir TVP
• Pacientes III devem realizar cirurgias inadiáveis e necessárias pós-operatória;
(neoplasias e urgências). • Encaminhar o paciente para a realização dos exames pré-
• Pacientes IV contra-indicado tratamento cirúrgico. operatórios;
• Realizar as orientações necessárias;
CUIDADOS DE ENF. PRÉ-OP. MEDIATO
• Prevenir quanto a náuseas, vômitos, dor, deambulação INVESTIGAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA
precoce, alimentação pós-operatória; • Para a realização de uma anestesia segura, é importante que
• Avaliar medicamentos que interfiram no ato cirúrgico; o paciente realize avaliações clínicas, laboratoriais e
• Preparo do intestino quando indicado, podendo iniciar dias radiológicas;
antes da cirurgia ou na véspera da mesma; • Indispensável a anamnese acompanhada do exame físico;
• Avaliar co-morbidades e o motivo da intervenção: diabetes, • Todo paciente cirúrgico será analisado conforme Protocolo da
hipertensão, doença hepática, cardíaca, distúrbio de Sociedade Americana de Anestesiologia – ASA

Classificação da Sociedade Americana de Anestesiologia – ASA


Estado Físico Definição
I Paciente sadio sem alterações orgânicas
II Paciente com alteração sistêmica leve ou moderada causada pela doença cirúrgica ou doença
sistêmica
III Paciente com alteração sistêmica grave de qualquer causa com limitação funcional
IV Paciente com alteração sistêmica grave que representa risco de vida
V Paciente moribundo que não é esperado sobreviver sem cirurgia
VI Paciente doador de órgãos

A utilização de uma terminologia apropriada fornece


definição de termos cirúrgicos, descreve os tipos de cirurgias
e facilita o preparo de instrumentais e equipamentos para
cada tipo de procedimento cirúrgico.

OBJETIVOS DA TERMINOLOGIA CIRÚRGICA


-Fornecer, de maneira verbal e escrita, uma definição do
termo cirúrgico.
-Descrever os diversos tipos de cirurgia.
-Facilitar o preparo de instrumentais e equipamentos
apropriados a cada tipo de procedimento cirúrgico.
-Padronizar uma linguagem que seja de alcance coletivo, de
modo que haja entendimento universal do termo usado.

PREFIXOS E SUFIXOS CIRÚRGICOS


O nome composto de raiz (identifica a parte do corpo a ser
submetida à cirurgia), somada ao prefixo ou ao sufixo. É
muito importante aprender esses termos pois com grande
TERMINOLOGIA CIRÚRGICA frequência aparecem nas provas. Vamos relembrar?
NOMENCLATURAS UTILIZADAS E CIRURGIAS
Terminologia cirúrgica é o conjunto de termos que
expressam o segmento corpóreo afetado e a intervenção
realizada para tratar a afecção.

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b) Secção: Segmentação dos tecidos com material cortante


(p. ex.: bisturi, tesoura, trépano)
c) Divulsão: Afastamento dos tecidos com tesouras rombas
ou afastadores (p. ex.: afastador Farabeuf, afastador
finochietto)
d) Curetagem: Raspagem da superfície de um órgão com
auxílio de cureta.

Bisturi elétrico
É um aparelho eletrônico que tem a propriedade de
transformar a corrente elétrica alternada comum em corrente
elétrica de alta frequência, sem causar lesão orgânica nem
excitação nervosa. A corrente elétrica de alta freqüência
aquece a ponta metálica do eletrodo positivo, passa através
do corpo do paciente e é eliminada através da placa
dispersiva que está direta ou indiretamente ligada ao fio-
terra. A principal complicação é a queimadura no local da
placa dispersora.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM PRÉ-OPERATÓRIO
IMEDIATO
Cuidados na colocação da placa dispersora:
• Na véspera da cirurgia
- A placa dispersiva deve ser colocada em área limpa, sem
• Verificar lista cirúrgica e confirmar reservas de sangue e
pelos e seca;
materiais especiais (biópsias, materiais cirúrgicos especiais).
- Certificar-se se a placa necessita de gel condutor (em geral
• Rever resultado dos exames (hemograma, bioquímica,
as placas descartáveis já vêm impregnadas de substância
coagulograma, tipagem sanguínea);
condutora);
• Manter higiene corpórea, exame físico da pele e unhas,
- Manter contato homogêneo da placa com o corpo do
banho na manhã que antecede o ato cirúrgico;
paciente;
• Verificar Jejum de 8 a 12 horas;
- A placa deve ser colocada o mais perto possível do local
• No dia da cirurgia:
da cirurgia e no mesmo lado da cirurgia;
• Preparo de pele: banho completo na manhã da cirurgia e 1
- Dar preferência para área de massa muscular, evitando
hora antes do procedimento; tricotomia no máximo 2 horas
locais com muito tecido adiposo, próteses metálicas,
que antecedem o ato cirúrgico e degermação da pele no
escarificações e proeminências ósseas;
local da cirurgia.
- Os locais mais utilizados são a panturrilha, a face posterior
• Realizar medicação pré-anestésica quando prescrita.
da coxa e a região glútea.
Observar a droga e os cuidados após a administração da
- Cuidado especial com pacientes portadores de marca-
droga;
passos: dar preferência aos aparelhos bipolares, nos casos
• Realizar monitorização cardíaca e respiratória;
em que se necessita utilizar a configuração unipolar, a placa
• Verificar SSVV – 30 minutos antes do encaminhamento ao
deve ser posicionada o mais distante possível do sistema
CC.
(gerador e caboseletrodos) e o mais próximo possível do
• Remover acessórios: grampos, colares, anéis, brincos,
bisturi, de tal forma que a alça elétrica não passe sobre o
próteses dentárias, lentes de contato, absorventes internos,
sistema. Além disto, a aplicação de corrente do bisturi deve
retirar roupas íntimas; indentificá-los e guardá-los.
ocorrer de maneira intermitente, com pulsos de curta
• Providenciar anotações no prontuário.
duração.
PERÍODO OPERATÓRIO
2- Hemostasia: Processo através do qual se impede, detém
ou previne o sangramento, podendo ser preventiva, de
• Dividido entre:
urgência ou curativa.
– Trans-operatório: Compreende o período desde o
Exemplos de instrumentais de hemostasia: pinças de Kelly,
momento em que o paciente é recebido no CC até o
Kocher, Rochester.
momento de seu encaminhamento para a sala de pós-
3- Exérese ou Tempo principal: Cirurgia propriamente dita
recuperação anestésica (SRPA).
4- Síntese: É a união dos tecidos.
– Intra- operatório: inicia com o início da anestesia e termina
Exemplo de instumentais: porta-agulha, fios de sutura.
com o término da anestesia.
Tipos de Fios de sutura:
a) Absorvíveis: São aqueles que, após colocados no
PERÍODOS CIRÚRGICOS:
organismo sofrem ação dos líquidos corporais e são
1- Diérese: É o rompimento da continuidade dos tecidos,
absorvidos, podem ser de origem animal (catgut simples e
que significa dividir, separar ou cortar os tecidos.
cromado) ou sintéticos (ácido poliglicólico).
Pode ser classificada em:
b) Não-absorvíveis: permanecem encapsulados
Mecânica ou Física (Bisturi Elétrico) Mecânica:
(envolvidos por tecido fibroso) nas estruturas internas e nas
a) Punção: Introdução de uma agulha nos tecidos (p. ex.:
suturas de pele; devem ser removidos entre o 7° e o 10° dia
agulhas, trocateres)
de pós-operatório. Podem ser de origem animal, como a
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seda; de origem vegetal, como o algodão e li- nho; de 2. Manter o alinhamento corporal e as funções circulatórias e
origem sintética, como o nylon, perlon, poliéster; ou de respiratórias.
origem mineral, como o fio de aço. 3. Proporcionar acesso para a administração de soluções
endovenosas, drogas, agentes anestésicos.
POSICIONAMENTO CIRÚRGICO 4. Não comprometer as estruturas vasculares e a
OBJETIVO integridade da pele.
1. Oferecer exposição e acesso ótimo do local operatório. 5. Trazer o máximo de conforto para o paciente.

DECÚBITO DORSAL OU SUPINA Braços ao lado da mesa com as palmas das mãos voltadas para baixo ou o outro
braço, cuidadosamente posicionado sobre um suporte para infusão venosa. O
paciente fica deitado sobre o dorso, braços em posição anatômica e pernas
levemente afastadas. As palmas das mãos voltadas para o corpo. A posição da
cabeça deve manter as vértebras cervicais, torácicas e lombares numa linha reta.
Os quadris paralelos. As pernas ficam paralelas e descruzadas para prevenir
comprometimento circulatório. Indicada para indução anestésica geral e acesso
as cavidades maiores do corpo. INDICAÇÃO: cirurgias torácica, cranianas e
peritoniais, colecistectomias, cesarianas, tireoidectomias, etc.
POSIÇÃO DE TRENDELEMBURG Paciente em posição dorsal, com cabeça e tronco em níveis mais baixos que os
membros inferiores, com elevação da pelve e membros inferiores, por inclinação
da mesa cirúrgica INDICAÇÃO: Posição que oferece melhor visualização dos
órgãos pélvicos durante a abertura ou cirurgia laparoscópica no abdome inferior
ou pelve. Pode ser utilizada também para melhorar a circulação no córtex
cerebral, quando a PA cai repentinamente e aumenta o fluxo sanguínea arterial
para o crânio

TRENDELEMBURG REVERSO OU Paciente DD com elevação da cabeça e tórax e abaixamento do MMII. Usada
PROCLIVE frequentemente para oferecer acesso a cabeça e pescoço para facilitar que a
força de gravidade desloque a víscera para adiante do diafragma e na direção dos
pés. Indicada para manter as alças intestinais na parte inferior do abdome e
reduzir a pressão sanguínea.

VENTRAL OU PRONA Aquela que o paciente fica deitado de bruços, sobre o abdome com a cabeça
lateralizada e os braços no suporte INDICAÇÃO: Indicada para cirurgias da região
dorsal, lombar, sacrococcígea e occipital. Cirurgias da coluna, hemorroidectomia,
hérnia de disco. OBS: Necessidade de expansão pulmonar; liberação das mamas
no sexo feminino

POSIÇÃO LITOTÔMICA OU Essa posição é derivada do decúbito dorsal. As pernas são flexionadas e
GINECOLOGICA afastadas. A posição é mantida com os pés nos estribos da mesa (perneiras) e
com os braços apoiados em talas. INDICAÇÃO: exames urinários, endoscópicos,
cirurgias ginecológicas por via baixa e anuretais.

LATERAL OU SIMS Paciente permanece em decúbito lateral, esquerdo ou direito, do lado não
afetado, com a perna que esta do lado de cima flexionada, afastada e apoiada.
Oferece acesso a parte superior do tórax, na região dos rins e região superior do
ureter. INDICAÇÃO: Toracotomias, cirurgias renais, coluna e pulmão

POSIÇÃO KRASKE OU DE Essa posição é uma variação da posição prona. Diferencia-se pela flexão do
“CANIVETE” (JACKKNIFE) corpo na região do quadril, de modo que o tórax, os membros superiores e os
membros inferiores fiquem em posição mais baixa do que as regiões do quadril e
do glúteo, em ângulo de aproximadamente 90°; e os membros inferiores
permanecem alinhados.
A posição de “Jackknife” é utilizada em procedimentos proctológicos, que
envolvem a região anal, cirurgia de cisto polonidal e alguns tipos de cirurgias de
coluna.
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Complicações Relacionadas ao Poscicionamento: anormalidades metabólicas, dentre outros. Quanto ao


- Úlceras por pressão nas proeminências ósseas de equilíbrio hídrico, os déficits volumétricos brandos, podem
sustentação (a localização vai depender da posição) ser tratados na hora da cirurgia, no entanto, os mais
- Compressão de vasos decorrente do posicionamento severos, podem exigir uma preparação pré-operatória
incorreto do paciente ou contenções (avaliar perfusão melhor.
periférica) 2. Uso de álcool e drogas: pessoas com intoxicação aguda
- Lesão articular e/ou distensão muscular por hiperextensão são suscetíveis à lesão, a cirurgia é adiada sempre que
- Lesões de nervos periféricos: possível. Além disso, deve-se tomar cuidado com a
1- lesão plexo cervical: hiperextesão do pescoço (posição síndrome da abstinência que ocorre entre 48 e 72 h depois
dorsal), retação excessiva da cabeça (posição ventral), da abstinência de álcool, pois tem um alto índice de
hiperextensão, flexão ou rotação exagerada da cabeça mortalidade quando acontece no pós-operatório. Quando
(lateral) necessita de cirurgia de emergência, deve ser passada uma
2- lesão de plexo braquial: abduçao excessiva dos MMSS sonda Nasogástrica antes da anestesia geral, visando
(>90o), compressão entre a clavícula e a primeira costela impedir a aspiração potencial.
(síndrome do estreito torácico),compressão no ombro
(decúbito lateral) 3. Estado respiratório: Ensina-se o paciente sobre os
3- Lesão dos nervos radial (lateral) e ulnar (medial): fixação exercícios respiratórios e o uso de um espirômetro de
inadequda e contato do cotovelo com a mesa cirúrgica incentivo, quando indicado. A cirurgia é geralmente adiada
(dorsal), estiramento (ventral) quando se há alguma infecção respíratória. Pacientes com
4- Lesão do nervo fibular comum: compressão dos joelhos comorbidade adjacentes – asma, DPOC – devem ser
sobre o côndilo da fíbula (lateral) avaliados mais rigorosamente.
5- Lesão do nervo ciático: compressão glútea (Fowler)
4. Estado cardiovascular: O tratamento cirúrgico pode ser
ATENÇÂO: Escala de Avaliação de risco para o modificado para satisfazer à tolerância cardíaca do paciente.
desenvolvimento de lesões decorrentes do
posicionamento cirúrgico do paciente (ELPO) 5. Função hepática e Renal: o fígado tem importância na
metabolização de diversos agentes anestésicos. Doença
hepática aguda está associada a uma alta mortalidade
cirúrgica. Os rins são responsáveis pela excreção de
medicamentos anestésicos e seus metabólitos, assim como
pelo equilíbrio ácido-básico. São contraindicações de
cirurgias: nefrite aguda, Insuficiência renal aguda com
oligúria ou anúria. Excetuando-se as cirurgias realizadas
com o objetivo de salvar a vida ou necessária para melhorar
a função urinária, como no caso de uropatias obstrutivas.

6. Função endócrina: Paciente com diabetes submetido à


cirurgia possui risco de hiper ou hipoglicemia, além de
acidose e glicosúria. Os pacientes que tomaram
corticosteroides ficam com risco de insuficiência da supra-
renal. Pacientes com distúrbios tireóideos descontrolados
estão em risco de tireotoxicose ou insuficiência respiratória.

7. Função imune: Deve-se determinar a presença de


alergias, principalmente a medicamentos e ações anteriores.

8. Medicação prévia: deve-se obter a história


medicamentosa de cada paciente com vista a evitar
FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES possíveis interações medicamentosas durante o ato
CIRÚRGICAS cirúrgico. Recomenda-se a interrupção do uso de aspirina de
No período pré-operatório, deve-se manter o paciente no 7 a 10 antes da cirurgia e de agentes fitoterápicos de 2 a 3
melhor estado de saúde possível. Precauções devem ser semanas antes.
tomadas para evitar as condições que possam atrapalhar o
procedimento ou a recuperação do paciente (Smeltzer et al., 9. Fatores psicossociais: o sofrimento psicológico
2009). influencia diretamente no funcionamento do organismo,
1. Estado nutricional e hídrico: a nutrição ótima é um fator portanto, devem-se identificar os problemas pelos quais o
essencial na promoção da recuperação e na resistência à paciente está passando, principalmente: ansiedade pré-
infecção e a outras complicações cirúrgicas. Consideram-se cirúrgica e medo.
fatores de risco: obesidade, subnutrição, desnutrição, perda
de peso repentina, deficiências de nutrientes específicos,

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10. Crenças espirituais e culturais: o profissional deverá


sempre mostrar respeito com as crenças religiosas e
culturais do indivíduo.
ANESTESIA
Durante o procedimento cirúrgico o paciente precisará de
sedação, anestesia ou de alguma combinação destas.
Anestesia pode ser classificada em geral, regional, espinhal
e local. A Anestesia Geral consiste num estado de narcose
(depressão intensa do sistema nervoso central produzida
por agentes farmacológicos), analgesia, relaxamento e
perda de reflexo. Apresentam quatro níveis – sedação
mínima, sedação moderada, sedação profunda e anestesia.

ANESTESIA: É UM ESTADO DE NARCOSE (QUE REPRESENTA A DEPRESSÃO INTENSA DO SISTEMA NERVOSO


CENTRAL PRODUZIDA POR AGENTES FARMACOLÓGICOS); ANALGESIA (AUSÊNCIA DE DOR); RELAXAMENTO E
PERDA DOS REFLEXOS.

Anestesia geral: o paciente fica totalmente inconsciente, sem qualquer percepção com relação à cirurgia ou ao exame. Esse tipo
de anestesia apresenta 4 estágios, cada um associado a manifestações específicas, são eles:

ESTÁGIO DESCRIÇÃO
I-Início da anestesia Nesse momento inicial de ação do anestésico o paciente pode sentir calor, tonteira e sensação de
“desprendimento”, podendo acompanhar uma sensação de zumbido. Nesse estágio o paciente ainda
está consciente, mas pode sentir uma dificuldade em mover os membros. Atenção! Nesse estágio,
devem-se evitar ruídos desnecessários, pois o paciente os perceberão de forma exagerada
II – Excitação Caracterizado pela agitação do paciente, o mesmo pode gritar, cantar, rir, querer conversar, chorar.
Pode ser evitado se o anestésico for administrado de maneira calma e rápida (tempo). Pupilas ficam
dilatadas, mas fotorreagente. Frequência do pulso rápida (taquisfigmia). Frequência respiratória
irregular. Atenção! A contenção poderá ser necessária, mas as mesmas não poderão ser próximas ao
sítio operatório. Manipular o paciente apenas quando necessário, pois a manipulação aumenta a
circulação para o sítio operatório e aumenta o potencial para sangramento.
III-Anestesia cirúrgica Esse estágio é alcançado através da administração continuada de vapor ou gás anestésico. O
paciente está inconsciente e deitado tranquilamente sobre a mesa operatória. Pupilas dilatadas, mas
fotorreagente. Respiração regular. Frequência e volume do pulso normal. Pele fica ligeiramente
ruborizada. Com administração adequada do anestésico, esse estágio pode ser mantido por horas.
IV-Depressão Esse estágio só será alcançado quando administrado em excesso. Respiração superficial. Pulso fraco
medular e filiforme. Pupilas amplamente dilatadas e não mais fotorreagente. Cianose e caso não exista uma
intervenção imediata, paciente evoluirá rapidamente até a morte.

Sedação: é o estado de alteração da consciência, induzida por


sedativos, que apresentam diferentes níveis de intensidade,
desde ficar acordado e tranquilo, até profundamente sonolento.
Independente da intensidade da sedação, o paciente poderá
receber medicações analgésicas ou anestésicas.

Anestesia regional: nesse tipo, o anestesiologista injeta o


anestésico próximo a um nervo ou feixe nervoso de modo que
a área inervada por esses nervos fique anestesiada. Um
anestésico só pode ser considerado como tendo sido
depurado, quando todos os três sistemas (motor, sensorial e
autônomo) não estiverem mais afetados. São exemplos de
anestesia regional:

TIPO DESCRIÇÃO
Anestesia epidural Injeta-se anestésico local no espaço epidural que circunda a dura-máter da medula espinhal. Esse
(peridural) tipo de anestesia bloqueia as funções sensorial, motora e autônoma. As doses injetadas são mais
altas do que as injetadas na anestesia espinhal, porque o anestésico não entra em contato direto com
a medula espinhal ou com raízes nervosas. Vantagem: ausência de cefaleia (presente na anestesia
espinhal). Desvantagem: maior desafio técnico para conseguir introduzir o anestésico dentro do
espaço epidural, em lugar do espaço aracnoide.

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Anestesia espinhal Anestésico local é introduzido dentro do espaço subaracnoide no nível lombar, usualmente entre L4 e
(raquianestesia) L5. Produz anestesia nos membros inferiores, períneo e parte inferior do abdome. A disseminação do
anestésico e o nível de anestesia dependem da quantidade de líquido injetado, da velocidade com
que é injetado, do posicionamento do paciente depois da injeção e da densidade específica do
agente. O paciente pode apresentar náusea, vômito e dor durante a cirurgia com esse tipo de
anestesia. A administração IV de tiopental e a inalação de óxido nitroso podem evitar certas reações.
A cefaleia é o efeito pósanestésico mais comum. Para evitar, deve-se manter o ambiente tranquilo,
paciente deitado na posição horizontal e bem hidratado.
Anestesia local: injeção de uma solução contendo anestésico local dentro dos tecidos no sítio de incisão planejado. Geralmente
é associado a um bloqueio local. As vantagens desse tipo de anestesia: é simples, econômica; equipamento necessário é mínimo;
recuperação pós-anestésica é breve; ideal para procedimentos cirúrgicos breves e superficiais.

ATENÇÃO!! Hipertermia Maligna: Distúrbio muscular – Prestar ao paciente todos os cuidados necessários, até a
herdado raro (distúrbio fármacogenético) que pode ser recuperação de seus reflexos e estabilização dos SSVV.
deflagrada por miopatias, estresse, insolação, síndrome – Avaliação Inicial
neuroléptica malígna, esforços extenuantes e traumatismos. • Função respiratória: profundidade e natureza das
A condição é causada pelo aumento de cálcio nas células, respirações, permeabilidade das vias aéreas, nível de
levando a um hipermetabolismo, mais comum em pessoas saturação do oxigênio, frequência respiratória, uso de
com músculos volumosos e fortes, histórias de cãibras ventilador mecânico.
musculares ou fraqueza muscular, elevação inexplicada da • Nível de consciência: capacidade de responder aos
temperatura e história de morte na familia durante a cirurgia comandos; nível de sedação e medicações em curso.
que foi acompanhada de uma resposta febril. • Avaliar os sinais vitais: 15/15 min. na 1ª hora; 30/30 min.
Agentes anestésicos como halotano, enflurano, relaxantes na 2ª hora; Manter a avaliação até 4/4 horas.
musculares (succinilcolina) podem desencadear os sintomas • Função circulatória: avaliação dos SSVV e coloração da
de hipertermia malígna. O estresse e drogas pele.
simpaticomiméticas (epinefrina), teofilina, aminofilina, • Sítio cirúrgico: curativos, sangramentos, drenos,
anticolinérgicos (atropina) e glicosídeos cardíacos secreções, ostomias.
(digitálicos) podem induzir ou intensificar essa reação. • Drenos e cateteres - Avaliar diurese e drenagem de
As Manifestações Clínicas incluem: taquicardia (FC secreções.
>150bpm) e rigidez muscular são os sinais mais precoces; • Soluções em uso - medicações vasoativas, punções.
arritmia ventricular; hipotensão; diminuição do débito • Determinando alta da recuperação anestésica
cardíaco; oligúria; acidose metabólica e respiratória; • Orientação têmporo-espacial;
hipertermia (sinal tardio) aumento de 1-2 graus a cada 5min, • Função pulmonar íntegra;
podendo exceder 42 graus. Assim que for percebida a • Leituras de oximetria e pulso indicando saturação
alteração a anestesia e a cirurgia são interrompidas, o adequada;
paciente recebe O2 a 100% e administra-se de imediato o • Débito urinário de pelo menos 30ml/hora; • Náuseas e
Dantrolene Sódico (relaxante da musculatura esquelética) e vômitos ausentes ou sob controle;
o bicarbonato de sódio, além de monitorizar todos os sinais • Dor mínima.
vitais. Atenção: embra em geral a hipertermia malígna se • Pontuação suficiente pela análise da Escala de Aldrete e
manisfeste em cerca de 10- 20 minutos após a indução Kroulik para alta da RPA
anestésica, ela também pode ocorrer durante as primeiras
24h após a cirurgia. - Gerais
• Observar a hipotensão arterial nas transferências;
PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO • Posicionar o pacte com vistas a evitar complicações;
Inicia-se a partir da saída do cliente da sala de operação e • Observar nível de consciência;
perdura até sua total recuperação. • Conectar tubos de drenagem e sondas bem como avaliar
• Pós-Operatório Imediato (POI): (até às 24 horas os volumes drenados (secreção, diurese);
posteriores à cirurgia): período de 24h que se inicia com o • Aliviar a dor: posiciona/o no leito, ambiente tranquilo,
retorno do processo anestésico. Essa fase, em geral, tem conforto no leito e analgesia adequada;
início na Recuperação Pósanestésica (R.P.A.), para onde o • Observar gotejamento das infusões venosas;
cliente é transferido após o procedimento cirúrgico. • Observar sinais de estado de choque;
• Pós-Operatório Mediato: após as 24 horas e até 7 dias • Avaliar retorno do peristaltismo;
depois; • Manter o paciente cirúrgico confortável;
• Período Pós-Operatório Tardio: após 7 dias do
recebimento da alta PÓS-OPERATÓRIO MEDIATO
• A deambulação é precoce na maioria dos casos, ou seja,
CUIDADOS PÓS-OP. IMEDIATO 24 horas após o ato cirúrgico;
RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA - RPA • Ajudar na higiene corporal se necessário ou supervisionar;
• OBJETIVOS • Curativo diário ou de acordo com as necessidades
– Manter a ventilação pulmonar (drenagens abundantes requerem mais de um curativo ao
– Prevenir hipoxemia e hipercapnia. Essa situação pode dia). Os pontos serão retirados em torno do 7º P.O.,
ocorrer se a via aérea estiver obstruída e a ventilação alternadamente ou não;
reduzida.
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Assistência de Enfermagem no Período Pós-Operatório A Escala de Bromage é um instumento de avaliação motora


dos MMII nos pacientes após boqueio espinhal. Para alta da
O cuidado pós-anestésico é divido em duas fases: RPA os pacientes submetidos à anestesia espinhal devem
Fase I recuperação imediata e cuidado intensivo; ter uma pontuação 0, 1 ou 2 na escala, ou seja, devem
Fase II observação menos frequente e menos cuidados de mover os pés e artelhos.
enfermagem.

Intervenções de enfermagem na sala de recuperação pós-


anestésica (RPA):
- Recuperação dos efeitos da anestesia
- Manter permeabilidade das VAS
- Manter sinais vitais estáveis
- Observar sinais de hemorragia
- Avaliar respiração, circulação, nível de consciência,
coloração e atividade muscular. HIGIENIZAÇÃO DO PACIENTE
- Monitorizar infusões.
O objetivo principal no período pós-operatório imediato é A equipe de enfermagem deve procurar manter seus
manter a ventilação e, com isso, evitar a hipoxemia e a clientes higienizados, limpos e livres de odores,
hipercapnia. Para alta da RPA o paciente deve estar com incentivando-os para que participem o mais ativamente
trocas gasosas adequadas, sinais vitais estáveis, orientado possível de sua higiene. Essa medida tem como finalidade:
no tempo e no espaço, e náuseas e vômitos sob controle promover conforto, bem-estar, manter higiene, preservar a
mínimo, dor mínima e débito urinário >30ml/h. saúde, melhorar a autoestima do cliente e evitar infecções.
O banho proporciona bem-estar, estimula a circulação,
A Escala de Aldrete & Kroulik é um instrumento muito
remove odores, abre os poros e também é uma
utilizado para avaliar o paciente na RPA, são 5 itens com
oportunidade para realização do exame físico e observação
pontuação mínima de 0 (pior nível) e máxima de 2 (maior
do cliente.
nível), totalizando 0-10 pontos. Para alta da RPA o paciente Tipos de banho:
necessita alcançar ao menos 7-8 pontos (Brunner, 2016). a)banho de chuveiro (aspersão)
b)banho de imersão (banheira)
c)banho no leito
BANHO NO LEITO
Higiene corporal completa do cliente, com a intenção de
promover a limpeza da pele e bem-estar de uma pessoa
acamada ou que necessita de repouso. Promove maior
interação enfermagem-cliente, favorece a realização do
exame físico e uma observação precoce de lesões por
pressão e outras anormalidades.
Descrição do procedimento
1.Verificar no prontuário (prescrição de enfermagem), quais
os cuidados a serem prestados durante o banho.
2. Identificar o cliente e chama-lo pelo nome.
3. Explicar o procedimento ao cliente e familiares.
4. Solicitar ajuda de terceiros se o cliente tiver limitações.
5. Oferecer comadre ou papagaio, mais ou menos 30
minutos antes do banho no leito, promovendo privacidade do
cliente.
6. Higienizar as mãos.
O Índice de Steward é utilizado para avaliar a RPA em 7. Reunir todo material necessário e levar até o leito.
crianças 0-12 anos submetidas a anestesia geral. 8. Dispor os objetos na mesa de cabeceira.
9. Limpar a cadeira
10. Dispor a roupa no espaldar da cadeira conforme o uso.
11. Fechar as portas e janelas para evitar correntes de ar.
12. Colocar biombo para promover privacidade do cliente.
13. Retirar o cobertor e a colcha da cama desprezando-os
no hamper.
14. Soltar a roupa da cama mantendo o cliente coberto com
o lençol.
15. Colocar o cliente em posição Fowler.
A escala da pediatria é a de steward. Ela deve ser aplicada 16. Abaixar a grade lateral mais próxima de onde estiver.
a cada 15 minutos na primeira hora, a cada 30 minutos na 17. Forrar o tórax do cliente com toalha de rosto.
18. Colocar EPIs: luvas de procedimentos, óculos de
segunda hora e a cada hora a partir da terceira hora.
proteção e máscara.
19. Realizar higiene oral conforme técnica.
20. Verificar temperatura da água.
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21. Lavar os olhos com água. Não usar sabão, gentilmente


limpar do canto interno para o externo.

42. Forrar com a toalha à altura das nádegas e colocar a


22. Limpar o olho mais distante primeiro, repetindo o comadre, protegendo a sua superfície.
procedimento do olho mais perto. 43. Retornar o cliente em posição dorsal.
23. Lavar o rosto, orelhas e pescoço. Enxaguar e secar a 44. Proceder à higiene íntima conforme técnica.
pele muito bem, usando a toalha que está no tórax, fazendo 45. Lateralizar o cliente. Empurrar a roupa de cama suja (da
movimentos suaves. lateral da cama para o centro), fazer uma barreira com o
24. Posicionar o cliente em decúbito dorsal horizontal. lençol limpo.
25. Realizar higiene do couro cabeludo, se necessário, 46. Realizar a limpeza concorrente conforme a técnica.
conforme técnica. 47. Retirar as luvas de procedimento.
26. Remover vestimenta. Não expor o cliente. 48. Colocar o lençol limpo, fazer os cantos. Se necessário,
27. Forrar o tórax com toalha de banho e colocar os braços colocar o forro.
por cima da toalha. 49. Colocar a fralda S/N.
28. Ensaboar, enxaguar e enxugar os membros superiores 50. Passar o cliente para o lado preparado.
(primeiro o mais distante de você) da parte distal para a 51. Ao proceder à mudança de decúbito do cliente, cobri-lo
proximal (punho, braço, ombro e axila). Fazer movimentos com lençol limpo.
de rotação, nunca deixar exposto o cliente. 52. O profissional que está em posição oposta deverá fazer
29. Colocar a bacia sobre a toalha. Colocar a mão do cliente a limpeza concorrente, conforme a técnica.
dentro da bacia, lavá-la bem, desprezando a água em cima 53. Retirar as luvas de procedimentos.
da mão, uma de cada vez. 54. Esticar o lençol de baixo, fazer os cantos, esticar o forro
e centralizar a fralda.
55. Realizar massagem de conforto e hidratação.
56. Retornar o cliente em posição dorsal.
57. Colocar uma vestimenta limpa, pijama ou camisola.
58. Pentear e escovar os cabelos, cortar as unhas se
necessário.
59. Deixar o ambiente em ordem e o cliente confortável.
60. Lavar a guardar o material utilizado.
61. Retirar equipamentos de EPIs e higienizar as mãos.
30. Encorajar o cliente a exercitar a mão e os dedos. 62. Realizar anotação de enfermagem: horário,
31. Remover a bacia e secar bem entre os dedos e a mão procedimento, observações feitas, colocar assinatura e
do cliente. carimbo do responsável.
32. Repetir o procedimento do outro lado. 63. Checar o procedimento em prescrição de enfermagem.
33. Colocar a toalha de banho sobre o tórax do cliente.
34. Levantar a toalha ligeiramente e lavar o tórax, dobras da QUESTÕES
mama até o púbis, enxaguar e secar levemente 01. As complicações pós-operatórias são definidas
especialmente embaixo das mamas. como quaisquer alterações fisiológicas persistentes
35. Trocar a água se estiver muito fria. relacionadas direta ou indiretamente ao procedimento
36. Descobrir a perna e colocar uma toalha embaixo das anestésico-cirúrgico realizado. Portanto, os cuidados de
pernas, o movimento e procedimentos são os mesmos que enfermagem podem se tornar de alta complexidade
descrevemos para os braços. mesmo que o procedimento cirúrgico seja de pequeno
37. A higiene dos pés deve ser feita da mesma forma com porte. Sobre o assunto, informe se é verdadeiro (V) ou
que foi descrita as das mãos. falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa
com a sequência
38. Secar principalmente os espaços interdigitais.
correta.
39. Virar o cliente para o lado oposto do profissional,
( ) Na Recuperação Pós-anestésica, deve ser aplicada a
mantendo-o coberto. Escala de Aldrete e Kroulik para
40. Descobrir as costas e nádegas. Não expor o cliente. adultos a cada 15 minutos na primeira hora, 30 minutos na
Colocar uma toalha no sentido do comprimento da cama, na segunda hora e a cada hora
região dorsal. a partir de terceira hora, de acordo coma gravidade do
41. Lavar a região posterior, do pescoço até a porção inferior paciente.
das nádegas. Realizar movimentos circulares e leve. ( ) A Escala de Aldrete e Kroulik não inclui a avaliação da
Enxaguar e secar bem. respiração, apenas da saturação de oxigênio.
( ) A hipoxemia ocorre pela redução do suprimento de
oxigênio no sangue arterial, capilar ou venoso, definido pela
saturação de hemoglobina menor que 90%. O paciente pode

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apresentar agitação, confusão, taquicardia, seguida de B) na posição de Fowler o risco de alterações respiratórias
bradicardia, e cianose. aumenta devido ao aumento da pressão abdominal contra o
( ) Na presença de vômitos, administrar antieméticos, diafragma.
conforme prescrição médica, C) na posição de litotomia ou ginecológica é
auxiliar o paciente a lateralizar a cabeça e elevar o decúbito recomendadoretornar os membros inferiores rapidamente a
entre 30º e 45º - se não houver posição inicial, para aumentar a pressão intracraniana.
contraindicação, para evitar aspiração do conteúdo gástrico. D) a posição de Trendelenburg é uma variação
( ) A Hipertermia Maligna é uma complicação potencialmente dodecúbito dorsal, em que a parte superior do dorso
fatal, que consiste no éabaixada e os pés elevados.
aumento descontrolado do metabolismo da musculatura E) os membros superiores ficam ao longo do corpo
esquelética com elevação ouabduzidos em ângulo de até 180º.
dos níveis de cálcio após um estímulo desencadeador. 05.Os principais objetivos da terminologia cirúrgica são:
Inicialmente ocasiona taquicardia, fornecer por meio da forma verbal ou escrita uma
rigidez muscular, instabilidade hemodinâmica, taquipneia, definição do termo cirúrgico e descrever os tipos de
cianose e hipertermia. cirurgia. Ao solicitar a um paciente informações sobre a
A) F – F – F – V – V. história de doenças e cirurgias em sua família, o
B) V – V - V – V – V. enfermeiro obteve as seguintes respostas:
C) F – V – V – F – F. • a mãe foi submetida à retirada da bexiga.
D) V – F – V – V – V. • a irmã foi submetida à retirada das trompas uterinas.
E) V – V – V – F – V. • o pai foi submetido à retirada do baço.
02. A “Aliança Mundial para Segurança do • um irmão foi submetido à fixação do testículo na bolsa
Paciente/Doente”, da OMS, propôs dez metas para a escrotal.
promoção da segurança do paciente, apoiada e Assinale a alternativa CORRETA. Ao fazer as anotações
publicada pelo COREN. A quarta meta é a Cirurgia utilizando os termos técnicos adequados, o profissional
Segura. Em 2009 o Ministério da Saúde publicou, em registrou:
português, o Manual de Implementação de Medidas para A) histerectomia – ooforectomia – hepatectomia –
o projeto Segurança do Paciente:”Cirurgias Seguras postectomia.
Salvam Vidas”. Sobre isso, assinale a alternativa B) cistectomia – histerectomia – colecistectomia –
INCORRETA. orquipexia.
A) A anestesiologia segura requer: presença de um C) cistectomia – salpingectomia – esplenectomia –
profissional capacitado em anestesiologia, verificação de orquipexia.
segurança de máquinas e dos medicamentos, oximetria de D) cistostomia – trompectomia – bacectomia –
pulso, monitoração da frequência cardíaca, temperatura e postectomia.
pressão sanguínea. E) cistectomia – salpingoplastia – hepatectomia –
B) Dentre os objetivos essenciais para a cirurgia segura, testiculoplastia.
inclui-se: a equipe impedirá aretenção inadvertida de 06.Michael, 45 anos, foi submetido à craniotomia para
instrumentais ou compressas nas feridas cirúrgicas. drenagem de hematoma subdural após acidente de
C) Dentre os objetivos essenciais para a cirurgia segura esqui. Não apresenta lesões externas. Esse tratamento
inclui-se: a equipe operará o paciente certo e o local certo. cirúrgico pode ser classificado quanto ao Momento
D) Não está contemplado o reconhecimento e efetiva Operatório, Finalidade e Potencial de Contaminação,
preparação para o risco de grandes perdas sanguíneas, já respectivamente como
que dificilmente isso ocorre nas cirurgias. A) Emergência – Diagnóstico – Limpo.
E) Dentre os objetivos essenciais para a cirurgia segura, B) Urgência – Curativo – Limpo.
inclui-se: a equipe reconhecerá e estará efetivamente C) Emergência – Paliativo – Potencialmente
preparada para a perda de via aérea ou de Contaminado.
funçãorespiratória que ameace a vida. D) Urgência – Radical – Potencialmente Contaminado.
03. São medidas altamente recomendadas para E) Emergência – Curativo – Limpo.
prevenção de infecção no sítio cirúrgico, EXCETO 07.O centro cirúrgico é uma área complexa e de acesso
A) sempre que possível, identificar e tratar todas restrito. Dessa forma, no planejamento, alguns aspectos
asinfecções à distância antes de cirurgias eletivas; adiar o importantes devem ser observados, pois implicam na
procedimento até que a infecção seja resolvida. qualidade e segurança da assistência prestada ao
B) não remover os pelos, exceto quando estiverem ao redor paciente. Sobre esse assunto, assinale a alternativa
da incisão e interferirem no ato cirúrgico. INCORRETA.
C) se for necessário realizar tricomia, fazê-la imediatamente A) Os vestiários devem estar localizados na entrada do
antes da cirurgia, com o uso de centro cirúrgico, onde se realiza a troca de roupasprivativas,
aparelho elétrico. e permite-se o acesso livre de pessoas.
D) aderir aos princípios de assepsia quando instalar B) A iluminação artificial da sala operatória só deve
dispositivos intravasculares ou cateteres de anestesia serutilizada em dias nublados ou à noite, para possibilitar a
epidural e raquidiana, ou quando preparar e administrar percepção do ciclo circadiano pela equipe cirúrgica.
drogas intravenosas. C) O foco cirúrgico precisa ter como
E) aplicar mupirocina tópica nas narinas de todos os características:ausência de sombras,redução de reflexos e
pacientes para prevenção de estafilococcia. eliminaçãodo excesso de calor.
04.A posição adequada do paciente é essencial para que D) O centro cirúrgico sempre deve dispor de
os procedimentos cirúrgicos sejam iluminaçãode emergência auxiliar para que intervenções
bem sucedidos. Quanto aos cuidados com o cirúrgicas não fiquem comprometidas por falta de luz.
posicionamento cirúrgico do paciente, é correto E) O centro cirúrgico deve possuir um sistema de ar
afirmar que condicionado, com finalidade de remover gasesanestésicos,
A) a posição supina ou dorsal é indicada nas cirurgias controlar a temperatura e a umidade,promover uma
da coluna vertebral. adequada troca de ar, remover partículas em suspensão e

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impedir a entrada de partículas oriundas de áreas D) A cefaleia por hipotensão do líquor é muito
adjacentes maisfrequente após realização da anestesia peridural do que
08.Antonio, 67 anos, sexo masculino, economista, viúvo. após raquianestesia, e está diretamente relacionada com o
O diagnóstico médico atual é de hiperplasia benigna de calibre da agulha.
próstata. Diz ser hipertenso em uso de medicação oral. E) Operações em crianças normalmente não devem ser
Apresenta tosse seca. Nega alergia. Queixas principais: realizadas com anestesia geral, para evitar que elas se
dificuldades para iniciar a micção, vontade frequente de traumatizem ou fiquem inquietas durante a cirurgia.
urinar e dor, noctúria, hematúria e sensação de 11.Em relação à sonda vesical de 3 vias para irrigação
esvaziamento incompleto da bexiga. Admitido no em drenagem sistema fechado, assinale a alternativa
Hospital Municipal hoje, às 06 horas, para ser submetido correta.
à ressecção transuretral da próstata às 13:00 horas. A) Como há uma via para irrigação, não há risco de infecção
Administrado pré-anestésico, conforme prescrição urinária quando se desconecta a bolsa coletora da sonda
médica. Na admissão na Sala Operatória, apresentava para desprezar a drenagem.
PA 150x100 mmHg, pulso 88bpm, T 37°C, FR 26 mrm. B) Na sonda vesical de 3 vias: − 1ª via: drenagem
Realizado prostatectomia transuretral sob daurina. – 2ª via: insuflação do balão com água destilada.–
raquianestesia. Placa de eletrocautério em panturrilha 3ª via: irrigação contínua. O material introduzido por essa via
esquerda. Apresentou pico hipertensivo (PA 220x120 será eliminado juntamente com a urina.
mmHg) no transoperatório, com normalização após C) A sondagem vesical com sonda de 3 vias só pode ser
medicação. FC 100 bpm T 36,4°C. Término da cirurgia realizada sob anestesia raquidiana ou peridural.
16:00 horas. Encaminhado para SRPA, sonolento, só D) A remoção da sonda vesical de 3 vias é
acorda para responder a solicitações verbais, pálido, PA procedimento privativo do médico.
140x90 mmHg, FC 100bpm, T 35,4°C, Sat O2 95% em ar E) Todas as alternativas estão corretas.
ambiente, eupneico, ainda sem mobilidade de MMII. 12. (AOCP- 2014) O tempo cirúrgico abrange, de modo
Presença de sonda vesical 3 vias, em sistema fechado, geral, a sequência dos quatro procedimentos realizados
com irrigação com soro fisiológico 0,9%. Fazem parte pelo cirurgião durante o ato operatório. O procedimento
dos cuidados de enfermagem no período pré-operatório feito com objetivo de prevenir, deter ou impedir o
imediato para esse paciente, EXCETO sangramento recebe o nome de:
A) suspender medicação antihipertensiva. A) sutura.
B) jejum de 06 a 08 horas. B) hemostasia.
C) orientar e supervisionar a retirada de próteses e C) diérese.
possíveis adornos. D) exérese.
D) controle de sinais vitais. E) síntese
E) encaminhar ao banho de aspersão, antes da 13.São cirurgias realizadas em tecidos estéreis, onde
administração do pré-anestésico. não há presença de processo infeccioso, cicatrização
09.O Índice Aldrete e Kroulik é utilizado na avaliação dos por primeira intenção, não há penetração dos tratos
sistemas cardiovascular, respiratório, nervoso central e respiratório, digestório e
muscular dos pacientes submetidos à ação dos geniturinário, não há falha na técnica asséptica e não
fármacos e técnicas anestésicas. Com relação a tem drenos.
avaliação do paciente na admissão na Sala de Exemplos: herniorrafia e mamoplastia.
Recuperação Pós-Anestésica, assinale a alternativa A) Cirurgia Primária;
correta. B) Cirurgias Potencialmente Contaminadas;
A) Na avaliação da circulação, recebeu 2 pontos – C) Cirurgia Infectada;
variação inferior a 20%, na avaliação do nível de consciência D) Cirurgia Limpa.
1 ponto e 2 pontos na avaliação da saturação de oxigênio. 14.O protocolo para Cirurgia Segura deverá ser aplicado
B) Na avaliação do nível de consciência, recebeu 2 pontos, em todos os locais dos estabelecimentos de saúde em
pois desperta ao ser chamado; e 1 ponto na avaliação que sejam realizados procedimentos, quer terapêuticos,
respiratória – pois apresenta saturação demenos de 100%. quer diagnósticos, que impliquem em incisão no corpo
C) Na avaliação da saturação de oxigênio, recebeu 1 ponto, humano ou em introdução de equipamentos
pois a saturação de O2 é maior que 92%respirando em ar endoscópios, dentro ou fora de centro cirúrgico, por
ambiente e 1 ponto na avaliação do nível de consciência - qualquer profissional de saúde. De acordo com a Lista
desperta ao ser chamado. de Verificação, antes da indução anestésica, devemos:
D) Na avaliação da circulação, recebeu 1 ponto – EXCETO.
variaçãoinferior a 20% ; 3 pontos na avaliação do nível de A) Revisar verbalmente com o próprio paciente, sempre que
consciência e 2 pontos na avaliação da saturação de possível, que sua identificação tenha sido confirmada;
oxigênio. B) Confirmar o consentimento para cirurgia e a anestesia;
E) Na avaliação da saturação de oxigênio recebeu 1 ponto; C) Revisar verbalmente com o anestesiologista, o risco de
1 ponto na avaliação do nível de consciência –desperta ao perda sanguínea do paciente, dificuldades nas vias aéreas,
ser chamado e na avaliação da circulação recebeu 0 ponto – histórico de reação alérgica e se a verificação completa de
variação inferior a 20%. segurança anestésica foi concluída;
10.Com relação à anestesia, assinale a alternativa D) A confirmação da administração de antimicrobianos
correta. profiláticos nos últimos 60 minutos da incisão cirúrgica.
A) A anestesia peridural é geralmente administrada 15.Indique a posição cirúrgica mais indicada numa
aonível da coluna lombar, obtida pelo bloqueio dos nervos cirurgia plástica na face e no nariz:
espinhais do espaço subaracnoide. O anestésico é A) Posição de litotomia ou ginecológica;
depositado junto ao líquor, ocorrendo perfuração da B) Posição de Trendelenburg reversa ou proclive;
duramater. C) Posição de Kraske ou Jacknife;
B) Para esse paciente é contraindicada a anestesia D)Posição prona.
geral devido a sua idade.
C) O posicionamento do paciente para ser submetido à
anestesia raquidiana e peridural é o mesmo.
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16.Para uma cirurgia de urgência o paciente necessita 20.Paciente em pós-operatório iniciou quadro de
de uma abordagem rápida, dentro de 24 à 30h. Dentre as confusão mental, hipotensão, taquicardia,
opções abaixo assinale a alternativa que informa uma cianose labial e pele úmida e fria. A enfermeira logo
cirurgia de urgência: identifica que esses são sintomas
A) Fratura do crânio; clássicos de
B) Obstrução vesical ou intestinal; A) edema pulmonar.
C)Infecção aguda da vesícula; B) embolia.
D)Feridas por arma de fogo ou branca. C) trombose.
17.Em relação a estrutura física do Centro Cirúrgico, D) infarto.
marque a alternativa correta: E) choque.
A)Não são permitidos ralos no centro cirúrgico, com exceção 21.Considerando a lista de verificação para Cirurgia
apenas das áreas molhadas e das salas de operações, Segura recomendada pela Organização Mundial da
porém os ralos devem ter fechos hídricos e tampa com Saúde (OMS), leia as frases abaixo e marque (F) se a
fechamento escamoteável; afirmativa for falsa ou (V) se for verdadeira. Em seguida,
B) As áreas semirrestritas são aquelas em que a circulação assinale a alternativa que contém a sequência correta.
de pessoas é livre, não exigindo cuidados especiais e nem ( ) Ela define três fases distintas: 1)checar imediatamente
uso de uniforme privativo; antes (sign in - realizado antes da indução anestésica);
C) As áreas não restritas são aquelas que permitem a 2)checar antes (time out - realizado antes da incisão na
circulação de pessoal e equipamentos, de modo a não pele); e 3)checar depois (sign out - realizado antes de o
interferir no controle e na manutenção da assepsia cirúrgica, paciente sair da sala de cirurgia).
sendo necessário o uso de uniforme privativo e de calçados ( ) Tem a finalidade de realização exclusiva do check-list do
adequados; material a ser utilizado no paciente durante o ato cirúrgico,
D)As áreas restritas são aquelas que possuem limites garantindo que tenha registro na ANVISA.
definidos para circulação de pessoal e equipamentos, onde ( ) Trata-se de um manual de conduta cirúrgica para
se deve estabelecer rotinas próprias para controlar e manter profissionais iniciantes, garantindo o conhecimento do
a assepsia local. Nesse ambiente é necessário o uso de fluxograma dos que atuam diretamente ou circulam nas
máscara, cobrindo a boca e o nariz, e do uniforme privativo. salas cirúrgicas.
18.De acordo com a classificação de cirurgias segundo A) V, V, V.
o potencial de contaminação, marque a alternativa B) V, F, F.
correta: C) F, V, V.
A) Cirurgia limpa: realizadas em tecidos colonizados por D) F, F, F.
flora microbiana residente pouco numerosa ou em tecidos 22.Um paciente, adulto, receberá uma bolsa de
de difícil descontaminação. Exemplo: colecistectomia; concentrado de hemácias. O tempo de infusão dessa
B) Cirurgia potencialmente contaminada: realizada em tecido bolsa deverá ser de:
estéril ou passivo de contaminação, na ausência de A) 30 minutos a 1 hora, não devendo exceder a 4 horas.
processo infeccioso e inflamatório local. Exemplo: B) 3 horas, não devendo exceder a 6 horas.
Herniorrafia; C) 4 a 6 horas, não devendo exceder a 8 horas.
C) Cirurgias contaminadas: realizadas em tecidos D) 30 minutos, não devendo exceder a 2 horas.
colonizados por abundante flora bacteriana, cuja 23.Os cuidados de enfermagem na instalação e
descontaminação seja difícil; incisão na presença de administração de hemocomponentes compreendem
inflamação aguda sem supuração local. Exemplo: entre outras ações:
apendicectomia; A) conservar os componentes eritrocitários à temperatura
D)Cirurgias infectadas: realizadas em tecidos colonizados ambiente, por no máximo 50 minutos antes da transfusão.
por abundante flora microbiana, com presença de pus; B) permanecer ao lado do paciente durante os primeiros 5
feridas traumáticas recentes, de abordagem rápida. minutos da transfusão.
Exemplo: cirurgia de reto e ânus. C) conferir os dados de identificação do paciente na
19.Em relação ao tipo de limpeza específica realizada de pulseira, na prescrição médica e no rótulo do
acordo com o momento de funcionamento da sala hemocomponente antes da instalação, e se possível,
cirúrgica, marque a alternativa correta: preferencialmente em dois profissionais, sendo um
A) Limpeza preparatória: realizada após o término de uma enfermeiro e outro profissional de saúde.
cirurgia e antes do início da outra, visando à remoção de D) desprezar a bolsa de sangue na caixa de materiais
sujidades e matéria orgânica em mobiliários, equipamentos perfurocortantes.
superfícies e chão; E) manter a infusão por no máximo 06 horas
B) Limpeza terminal: é realizada diariamente, após o término 24.O banho no leito é uma prática diária da equipe de
do último procedimento cirúrgico, ou uma vez por semana, enfermagem, devendo seguir alguns passos para a
no caso de baixo movimento cirúrgico. Inclui os processos correta realização. É correto afirmar que o sentido da
de limpeza e desinfecção; lavagem dos membros do paciente ocorre no sentido:
C) Limpeza operatória: realizada pelo profissional de A) proximal-distal.
enfermagem, com uso de EPI adequado, pouco tempo antes B) proximal-longitudinal.
do início da montagem da sala para a primeira cirurgia do C) longitudinal-distal.
dia; D) distal-proximal.
D)Limpeza concorrente: realizada pelo profissional de 25.Na humanização do cuidado ao paciente, a avaliação
enfermagem, com uso de EPI adequado, durante o da dor ocupa um importante papel. Para tal, pode ser
procedimento cirúrgico, quando ocorre a contaminação do aplicada, entre outros instrumentos, a escala de
chão com matéria orgânica, ou queda de material. A) Richmond.
B) EVN (Escala Visual Númerica).
C) Glasgow.
D) Lawton.
E) Fugulin.

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26.Sobre a anestesia espinhal epidural ou peridural e a B)A posição do leito deve ser alterada para a posição
anestesia espinhal raquianestesia, Trendelenburg reversa.
pode-se afirmar corretamente que C)O leito deve ser colocado na posição de fowler.
A) a anestesia espinhal peridural é obtida pela injeção de um D)A leito deve ser rapidamente colocado na posição de
anestésico local no canal medular, no espaço ao redor da semi-fowler.
dura-máter. E)O paciente deve ser colocado em decúbito lateral evitando
B) a anestesia espinhal raquianestesia é obtida pela punção o risco de broncoaspiração.
lombar e, no mesmo ato, injeta-se a solução no espaço ao
redor da dura-máter.
C) tanto na anestesia espinhal peridural como na anestesia
espinhal raquianestesia, a dose de anestésico injetado é a
mesma.
D) as principais complicações da anestesia peridural são:
hematoma epidural, reações tóxicas, dor lombar pós-
punção, disfunção vesical, cefaleia intensa, dor abdominal e
distúrbios gastrintestinais.
27.Na área hospitalar, é comum encontrarmos pacientes
que necessitam ficar no leito, sendo alimentados e
atendidos em sua necessidade de higiene e conforto.
Com relação aos objetivos da higiene corporal, assinale
com (V) as afirmativas verdadeiras e com (F) as
afirmativas falsas.
( ) Proporciona diminuição da circulação sanguínea.
( ) Proporciona conforto e relaxamento.
( ) Possibilita a avaliação de enfermagem.
( ) Estabelece a relação pessoa-pessoa.
( ) Proporciona um meio biologicamente seguro, através da
limpeza e de exercícios passivos e ativos.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência
CORRETA, de cima para baixo.
A) V – V – V – V – V
B) F – V – V – V – F
C) F – V – V – V – V
D) V – V – F – F – V
E) F – F – V – V – V
28. O banho de leito tem objetivo de proporcionar
higiene e conforto ao paciente acamado e manter a
integridade cutânea. Sobre o banho de leito, é correto
afirmar, EXCETO:
A) Sempre que possível, o banho de leito deve ser feito por
duas pessoas.
B) As mãos e os pés do paciente devem ser colocados na
água.
C) A água para o banho de leito deve estar à temperatura
corporal (de morna para quente).
D) Durante o banho de leito, evite conversar com o paciente,
converse apenas com seu colega de trabalho.
E) Ofereça o material para o paciente fazer sua higiene
íntima. Caso não seja possível, proceda à higiene conforme
técnica descrita.
29. A manutenção da higiene pessoal é importante
para o conforto, a segurança e o bem-estar de uma
pessoa. Assinale a opção correta acerca desse tema.
A)Não se deve limpar a região da narina onde está fixada a GABARITO
sonda nasogástrica de um paciente.
B)Um paciente com sensibilidade diminuída tem maior risco
de apresentar comprometimento da pele. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C)A limpeza das nádegas e do ânus de um paciente D D E D C E B A A C
acamado deve ser feita em direção à genitália.
D)A higiene oral de um paciente inconsciente deve ser feita 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
com escova, pasta de dente, água e luvas. B A D D B C D C B E
30. O banho de leito muitas vezes esgota o paciente.
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Virar o paciente durante o banho completo e prestar
cuidados às costas aumenta consumo de oxigênio. B A C D B A C D B C
Durante o banho, caso o paciente sinta-se dispneico
no momento em que o leito se encontra na posição
plana, qual conduta que se deve ter relação a isso?
A)O leito deve ser rapidamente colocado na posição
Trendelenburg.

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TRANSFUSÃO SANGUÍNEA E HEMODERIVADOS


“Todos os seus sonhos podem se realizar, se você tiver coragem de perseguí-los!”

Conforme Constituição Federal de 1988 no artigo 199 -Repor componentes específicos do sangue cuja deficiência
(parágrafo 4 – a lei disporá sobre as condições e os deteriora clinicamente o paciente
requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e A transfusão de sangue e seus componentes deve ser
substâncias humanas para fins de transporte, pesquisa e utilizada criteriosamente na medicina, uma vez que toda
transfusão traz em si um risco ao receptor, seja imediato ou
tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão
tardio, devendo ser indicada de forma criteriosa. A indicação
de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de de transfusão de sangue poderá ser objeto de análise e
comercialização). aprovação pela equipe médica do serviço de hemoterapia.
Os hemocomponentes e hemoderivados se originam da
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL DE doação de sangue por um doador. No Brasil, este processo
SANGUE está regulamentado pela Lei nº 10.205, de 21 de março de
2001, e por regulamentos técnicos editados pelo Ministério
I. Universalização do atendimento à população da Saúde.
II. Utilização exclusiva da doação voluntária, não A doação de sangue deve ser voluntária, anônima e
remunerada, do sangue altruísta, não devendo o doador, de forma direta ou indireta,
receber qualquer remuneração ou benefício em virtude da
III. Proibição da comercialização de coleta, processamento,
sua realização.
estocagem, distribuição e transfusão do sangue,
componentes e hemoderivados O sigilo das informações prestadas pelo doador antes,
IV.Permissão de remuneração dos custos dos insumos, durante e depois do processo de doação de sangue deve
reagentes, materiais descartáveis e da mão-de-obra ser absolutamente preservado, respeitadas outras
especializada, inclusive honorários médicos determinações previstas na legislação vigente.
Com a finalidade de proteger os doadores, serão adotadas,
V. Proteção da saúde do doador e do receptor.
tanto no momento da seleção de candidatos quanto no
VI. Obrigatoriedade de responsabilidade, supervisão e momento da doação, as seguintes medidas e critérios
assistência médica na triagem de doadores, para avaliação estabelecidos neste regulamento:
do estado de saúde do doador, na coleta de sangue e I - a frequência anual máxima de doações e o intervalo
durante o ato transfusional, assim como nos atos pré e pós- mínimo entre as doações;
transfusional imediatos II - as idades mínima e máxima para doação;
VII.Direito a informação sobre a origem e procedência do III - a massa corpórea mínima;
IV - a aferição do pulso;
sangue, dos componentes e hemoderivados.
V - a aferição da pressão arterial;
VIII.Fiscalização obrigatória, a fim de certificar que todos os VI - os níveis de hematócrito/hemoglobina;
materiais ou substâncias que entrem em contato com o VII - a história médica e os antecedentes patológicos do
sangue coletado com finalidade transfusional, bem como doador;
seus componentes e derivados, sejam estéreis, apirogênicos VIII - a utilização de medicamentos;
e descartáveis IX - as hipóteses de gestação, lactação, abortamento e
IX. Segurança na estocagem e transporte do sangue, menstruação;
X - o jejum e a alimentação adequada;
componentes e hemoderivados.
XI - o consumo de bebidas alcoólicas;
X. Obrigatoriedade de testagem individualizada de cada XII - os episódios alérgicos;
amostra ou unidade de sangue coletado. XIII - as ocupações habituais; e
XIV - o volume a ser coletado.
DOAÇÃO DE SANGUE: Voluntária, altruísta, não
remunerada. A frequência máxima admitida é de 4 (quatro) doações
anuais para o homem e de 3 (três) doações anuais para a
mulher, exceto em circunstâncias especiais, que devem ser
Uma transfusão sanguínea é a transferência de sangue ou
avaliadas e aprovadas pelo responsável técnico do serviço
hemocomponentes de um indivíduo a outro, denominados de hemoterapia.
doador e receptor, respectivamente.
Entre as funções que o sangue desempenha se encontram a O intervalo mínimo entre doações deve ser de 2 (dois)
distribuição de nutrientes do aparelho digestivo aos tecidos, meses para os homens e de 3 (três) meses para as
o intercâmbio e transporte de gases e produtos de detrito mulheres.
celular, o transporte de hormônios das glândulas até o Em caso de doador autólogo, a frequência e o intervalo
tecido-alvo, a proteção diante de microorganismos e agentes entre as doações devem ser programados de acordo com o
lesivos e o desenvolvimento da atividade da cascata de protocolo aprovado pelo responsável técnico do serviço de
coagulação em caso de hemorragia. Portanto, são três hemoterapia.
situações clínicas nas quais se indica a terapia com
hemocomponentes: O doador de sangue ou componentes deverá ter idade entre
16 (dezesseis) anos completos e 69 (sessenta e nove) anos,
-Manter ou restaurar um volume adequado de sangue
11 (onze) meses e 29 (vinte e nove) dias.
circulante com a finalidade de prevenir e tratar choque
hipovolêmico Os candidatos à doação de sangue com idade entre 16
-Manter ou restaurar a capacidade de transporte de oxigênio (dezesseis) e 17 (dezessete) anos devem possuir
do sangue

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consentimento formal, por escrito, do seu responsável legal Não será coletado sangue de candidatos que tenham feito
para cada doação que realizar. refeição copiosa e rica em substâncias gordurosas há
menos de 3 (três) horas da coleta.
O limite para a primeira doação será de 60 (sessenta) anos,
11 (onze) meses e 29 (vinte e nove) dias. Após a doação, é obrigatória a oferta de hidratação oral
adequada ao doador, objetivando a reposição de líquidos.
Para ser selecionado para doação, o candidato deve ter, no
mínimo, peso de 50 kg (cinquenta quilogramas). É recomendável que o doador permaneça por 15 (quinze)
minutos no serviço de hemoterapia após a doação.
Não serão selecionados os candidatos à doação que
apresentarem perda de peso inexplicável superior a 10% Qualquer evidência de alcoolismo crônico é motivo para
(dez por cento) da massa corporal nos 3 (três) meses que caracterizar o candidato como doador inapto definitivo.
antecederem à doação.
A ingestão de bebidas alcoólicas contraindica a doação por
Na aferição do pulso do candidato, a pulsação deverá 12 (doze) horas após o consumo.
apresentar características normais, ser regular e sua
frequência não deve ser menor que 50 (cinquenta) nem O doador alérgico somente será aceito se estiver
maior que 100 (cem) batimentos por minuto. assintomático no momento da doação.

Na aferição da pressão arterial do candidato, a pressão São doadores inaptos definitivos aqueles que referem
sistólica não deve ser maior que 180 mmHg (cento e oitenta enfermidades atópicas graves, como asma brônquica grave
milímetros de mercúrio) e a pressão diastólica não deve ser e antecedente de choque anafilático.
maior que 100 mmHg (cem milímetros de mercúrio).
Os tratamentos dessensibilizantes contraindicam a doação
No momento da seleção, será determinada a concentração até 72 (setenta e duas) horas depois da última aplicação.
de hemoglobina (Hb) ou de hematócrito (Ht) em amostra de
sangue do candidato à doação obtida por punção digital ou Os candidatos à doação de sangue que exerçam
por venopunção ou por método validado que possa vir a ocupações, "hobbies" ou esportes que ofereçam riscos para
substituí-los. Os valores mínimos aceitáveis do nível de si ou para outrem somente serão selecionados caso possam
hemoglobina/hematócrito são: interromper tais atividades pelo período mínimo de 12 (doze)
I - mulheres: Hb =12,5g/dL ou Ht =38%; e horas após a doação.
II - homens: Hb =13,0g/dL ou Ht =39%. Consideram-se ocupações, "hobbies" ou esportes de risco,
dentre outros:
O candidato que apresente níveis de Hb igual ou maior que I - pilotagem de avião ou helicóptero;
18,0g/dL ou Ht igual ou maior que 54% será impedido de II - condução de veículos de grande porte, como ônibus,
doar e encaminhado para investigação clínica. caminhões e trens;
III - operação de maquinário de alto risco, como na indústria
Cada medicamento será avaliado individualmente e em e construção civil;
conjunto e, sempre que possa apresentar alguma correlação IV - trabalho em andaimes; e
com a doação de sangue, registrado na ficha de triagem. A V - prática de paraquedismo ou mergulho.
ingestão do ácido acetilsalicílico (aspirina) e/ou outros anti-
inflamatórios não esteroides (AINE) que interfiram na função O volume de sangue total a ser coletado deve ser, no
plaquetária, nos 3 (três) dias anteriores à doação, exclui a máximo, de 8 (oito) mL/kg de peso para as mulheres e de 9
preparação de plaquetas para esta doação, mas não implica (nove) mL/kg de peso para os homens.
a inaptidão do candidato.
O volume admitido por doação é de 450 mL ± 45 mL, aos
A gestação é motivo de inaptidão temporária para doação de quais podem ser acrescidos até 30 mL para a realização dos
sangue até 12 (doze) semanas após o parto ou exames laboratoriais exigidos pelas leis e normas técnicas.
abortamento.
Com a finalidade de proteger os receptores, serão adotadas,
Não serão aceitas como doadoras as mulheres em período tanto no momento da seleção de candidatos quanto no
de lactação, a menos que o parto tenha ocorrido há mais de momento da doação, a avaliação das seguintes medidas e
12 (doze) meses. critérios, de acordo com os parâmetros estabelecidos por
este regulamento:
Em caso de necessidade técnica, a doação da mãe para o I - aspectos gerais do candidato, que deve ter aspecto
recém-nascido poderá ser realizada, desde que haja saudável à ectoscopia e declarar bem-estar geral;
consentimento por escrito do hemoterapeuta e do médico II - temperatura corpórea do candidato, que não deve ser
obstetra, com apresentação de relatório médico que a superior a 37oC (trinta e sete graus Celsius);
justifique. III - condição de imunizações e vacinações do candidato,
nos termos do Anexo IV;
A doação autóloga de gestantes será aceita se contar com a IV - local da punção venosa em relação à presença de
aprovação formal do obstetra responsável e do médico do lesões de pele e características que permitam a punção
serviço de hemoterapia. adequada;
V - histórico de transfusões recebidas pelo doador, uma vez
A menstruação não é contraindicação para a doação. que os candidatos que tenham recebido transfusões de
sangue, componentes sanguíneos ou hemoderivados nos
Será oferecida ao doador a possibilidade de hidratação oral últimos 12 (doze) meses devem ser excluídos da doação;
antes da doação e os doadores que se apresentarem em VI - histórico de doenças infecciosas;
jejum prolongado receberão um lanche antes da doação. VII - histórico de enfermidades virais;
VIII - histórico de doenças parasitárias;
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IX - histórico de enfermidades bacterianas; I - que tenha tido malária nos 12 (doze) meses que
X - estilo de vida do candidato a doação; antecedem a doação;
XI - situações de risco vivenciadas pelo candidato; e II - com febre ou suspeita de malária nos últimos 30 (trinta)
XII - histórico de cirurgias e procedimentos invasivos. dias; e
III - que tenha se deslocado ou procedente de área de alto
Em relação ao histórico de doenças infecciosas, o candidato risco (IPA maior que 49,9) há menos de 30 (trinta) dias.
à doação não deve apresentar enfermidade infecciosa Em áreas não endêmicas de malária, considerar-se-á inapto
aguda nem deve ter antecedentes de infecções o candidato que tenha se deslocado ou que seja procedente
transmissíveis pelo sangue. de Municípios localizados em áreas endêmicas há menos de
30 (trinta) dias.
No caso de infecções e uso de antibióticos, o candidato Em áreas não endêmicas de malária, considerar-se-á apto o
estará apto à doação 2 (duas) semanas após o fim do candidato:
tratamento e desaparecimento dos sintomas. I - procedente de Municípios localizados em áreas endê-
micas, após 30 (trinta) dias e até 12 (doze) meses do
Candidatos à doação que tenham se deslocado ou que deslocamento, sendo que, nesse período, é necessária a
sejam procedentes de regiões, nacionais ou internacionais, realização de testes de detecção do plasmódio ou de
endêmicas ou com epidemias confirmadas de doenças antígenos plasmodiais.
infecciosas que não sejam prevalentes na região da doação II - procedente de Municípios localizados em áreas
(não endêmicas) serão considerados aptos somente após endêmicas, após 12 (doze) meses do deslocamento, sem
30 dias da saída dessas regiões, excetuando-se os casos de necessidade de realização de testes de detecção; e
Malária. III - que tenha manifestado malária após 12 (doze) meses do
tratamento e comprovação de cura.
Quanto ao histórico de enfermidades virais, é
considerado definitivamente inapto para a doação de Independentemente da endemicidade da área, será
sangue o indivíduo que: considerado inapto definitivo o candidato que teve infecção
I - tenha antecedente de hepatite viral após os 11 (onze) por "Plasmodium malariae" (Febre Quartã).
anos de idade, exceto para caso de comprovação de Em casos de surtos de malária, a decisão quanto aos
infecção aguda de hepatite A (IgM reagente) à época do critérios de inaptidão deve ser tomada após avaliação
diagnóstico clínico, hipótese em que o doador poderá ser conjunta com a autoridade epidemiológica competente.
considerado apto após avaliação do resultado pelo médico
do serviço de hemoterapia; ou Para Doença de Chagas, o candidato com antecedente
II - tenha antecedente clínico, laboratorial ou história atual de epidemiológico de contato domiciliar com Triatomíneo em
infecção pelos agentes HBV, HCV, HIV ou HTLV. área endêmica ou com diagnóstico clínico ou laboratorial de
O candidato com sintoma de gripe ou resfriado associado à Doença de Chagas deve ser excluído de forma permanente,
temperatura corporal maior ou igual 38oC (trinta e oito graus sendo considerado doador inapto definitivo.
Celsius) é inapto por 2 (duas) semanas após o
desaparecimento dos sintomas. Os casos de contato em área não endêmica deverão ser
Aquele que relatar resfriado comum, mas não se enquadrar submetidos a teste sorológico pré-doação, utilizando-se
nas condições descritas no § 1º, poderá ser aceito desde métodos de alta sensibilidade.
que assintomático no momento da doação.
Para casos de Encefalopatia Espongiforme Humana e suas
Todos os doadores serão questionados sobre situações ou variantes, causadores da Doença de Creutzfeldt-Jakob
comportamentos que levem a risco acrescido para infecções (DCJ), será definitivamente excluído como doador o
sexualmente transmissíveis, devendo ser excluídos da candidato que se enquadre em uma das seguintes
seleção quem os apresentar. situações:
A entrevista do doador deve incluir, ainda, perguntas I - tenha tido diagnóstico de Encefalopatia Espongiforme
vinculadas aos sintomas e sinais sugestivos de Síndrome de Humana ou qualquer outra forma da doença;
Imunodeficiência Adquirida (SIDA) como: II - tenha história familiar de Encefalopatia Espongiforme
a) perda de peso inexplicada; Humana;
b) suores noturnos; III - tenha permanecido no Reino Unido e/ou na República
c) manchas azuladas ou purpúricas mucocutâneas (sarcoma da Irlanda por mais de 3 (três) meses, de forma cumulativa,
de Kaposi); após o ano de 1980 até 31 de dezembro de 1996;
d) aumento de linfonodos com duração superior a 30 (trinta) IV - tenha permanecido 5 (cinco) anos ou mais, consecutivos
dias; e) manchas brancas ou lesões ulceradas não usuais ou intermitentes, na Europa após 1980 até os dias atuais;
na boca; V - tenha recebido hormônio de crescimento ou outros
f) febre inexplicada por mais de 10 (dez) dias; g) tosse medicamentos de origem hipofisária não recombinante;
persistente ou dispneia; e h) diarreia persistente. VI - tenha feito uso de insulina bovina;
VII - tenha recebido transplante de córnea ou implante de
Serão observadas as hipóteses de inaptidão para doação material biológico à base de dura-máter; e
em virtude do histórico das seguintes doenças parasitárias: VIII - tenha recebido transfusão de sangue ou componentes
I - malária; no Reino Unido após 1980.
II - doença de Chagas; e
III - Encefalopatia Espongiforme Humana ou Doença de Quanto ao histórico de enfermidades bacterianas, os
Creutzfeldt-Jakob (DCJ) e suas variantes. doadores portadores de enfermidades agudas serão
excluídos temporariamente, até a cura definitiva.
Para malária, a inaptidão de candidato à doação de sangue Quanto ao estilo de vida do candidato a doação, a história
deve ocorrer usando-se, como critério de referência, a atual ou pregressa de uso de drogas injetáveis ilícitas é
Incidência Parasitária Anual (IPA) do Município. contraindicação definitiva para a doação de sangue.
Em áreas endêmicas com antecedentes epidemiológicos de Serão inspecionados ambos os braços dos candidatos para
malária, considerar-se-á inapto o candidato: detectar evidências de uso repetido de drogas parenterais
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ilícitas, sendo que a presença desses sinais determina a Quanto ao histórico de cirurgias e procedimentos invasivos,
inaptidão definitiva do doador. deve ser observado o disposto no Anexo II.
O uso de anabolizantes injetáveis sem prescrição mé- dica, O candidato submetido a cirurgia deve ser considerado
crack ou cocaína por via nasal (inalação) é causa de inapto por tempo variável de acordo com o porte do
exclusão da doação por um período de 12 (doze) meses, procedimento e a evolução clínica.
contados a partir da data da última utilização. O candidato submetido a procedimento odontológico deve
O uso de maconha impede a doação por 12 (doze) horas. ser considerado inapto por tempo variável de acordo com o
A evidência de uso de qualquer outro tipo de droga deve ser procedimento e a evolução clínica.
avaliada. Qualquer procedimento endoscópico leva a uma inaptidão à
No caso do uso de drogas ilícitas, deve ser realizada doação de sangue por 6 (seis) meses.
também a avaliação criteriosa do comportamento individual
do candidato e do grau de dependência, dando foco à Os registros dos doadores serão mantidos com a finalidade
exposição a situações de risco acrescido de transmissão de de garantir a segurança do processo da doação de sangue e
infecções por transfusão, e especial atenção à utilização a sua rastreabilidade.
compartilhada de seringas e agulhas no uso de substâncias Para doação de sangue, é obrigatório apresentar documento
injetáveis. de identificação com fotografia, emitido por órgão oficial,
sendo aceita fotocópia autenticada do documento, desde
Em situações de risco acrescido vivenciadas pelos que as fotos e inscrições estejam legíveis e as imagens
candidatos, considerar-se-á inapto definitivo o candidato que permitam a identificação do portador.
apresente qualquer uma das situações abaixo: Todo candidato a doação deve ter um registro no serviço de
I - ter evidência clínica ou laboratorial de infecções hemoterapia, que será, preferencialmente, em arquivo
transmissíveis por transfusão de sangue; eletrônico;
II - ter sido o único doador de sangue de um paciente que Serão adotadas ações que garantam a confiabilidade, o
tenha apresentado soroconversão para hepatite B ou C, HIV sigilo e a segurança das informações constantes do registro
ou HTLV na ausência de qualquer outra causa provável para dos doadores.
a infecção; Constarão do registro dos doadores as seguintes
III - possuir "piercing" na cavidade oral e/ou na região informações:
genital, devido ao risco permanente de infecção, podendo I - nome completo do candidato;
candidatar-se a nova doação 12 (doze) meses após a II - sexo;
retirada; e III - data de nascimento;
IV - ter antecedente de compartilhamento de seringas ou IV - número e órgão expedidor do documento de
agulhas; identificação;
V - nacionalidade e naturalidade;
Considerar-se-á inapto temporário, por 12 (doze) meses VI - filiação;
após a cura, o candidato a doador que teve alguma Doença VII - ocupação habitual;
Sexualmente Transmissível (DST). VIII - endereço e telefone para contato;
Nos casos em que se evidenciem infecções repetidas por IX - número do registro do candidato no serviço de
DST e consequente maior risco de reinfecção, o candidato hemoterapia ou no programa de doação de sangue; e
deve ser considerado inapto definitivamente. X - registro da data de comparecimento.

Considerar-se-á inapto temporário por 12 (doze) meses o O serviço de hemoterapia, a seu critério, poderá oferecer ao
candidato que tenha sido exposto a qualquer uma das doador a oportunidade de se auto excluir por motivos de
situações abaixo: risco acrescidos não informados ou deliberadamente
I - que tenha feito sexo em troca de dinheiro ou de drogas ou omitidos durante a triagem, de forma confidencial.
seus respectivos parceiros sexuais; Antes de assinar o termo de consentimento, o doador será
II - que tenha feito sexo com um ou mais parceiros informado sobre os cuidados a serem observados durante e
ocasionais ou desconhecidos ou seus respectivos parceiros após a coleta e orientado sobre as possíveis reações
sexuais; adversas.
III - que tenha sido vítima de violência sexual ou seus
respectivos parceiros sexuais; O doador deverá ser informado sobre os motivos de
IV - homens que tiveram relações sexuais com outros inaptidão temporária ou definitiva para doação de sangue,
homens e/ou as parceiras sexuais destes; identificados na triagem clínica.
V - que tenha tido relação sexual com pessoa portadora de O motivo da inaptidão identificada na triagem clínica será
infecção pelo HIV, hepatite B, hepatite C ou outra infecção registrado na ficha de triagem.
de transmissão sexual e sanguínea; O serviço de hemoterapia disporá de um sistema de
VI - que tenha vivido situação de encarceramento ou de comunicação ao doador.
confinamento obrigatório não domiciliar superior a 72 A inaptidão identificada na triagem laboratorial será
(setenta e duas) horas, durante os últimos 12 (doze) meses, comunicada ao doador com objetivo de esclarecimento e
ou os parceiros sexuais dessas pessoas; encaminhamento do caso.
VII - que tenha feito "piercing", tatuagem ou maquiagem Antes da comunicação ao doador, o serviço de hemoterapia
definitiva, sem condições de avaliação quanto à segurança realizará repetição em duplicata dos testes com resultados
do procedimento realizado; inicialmente reagentes.
VIII - que seja parceiro sexual de pacientes em programa de
terapia renal substitutiva e de pacientes com história de HEMOCOMPONENTES E HEMODERIVADOS
transfusão de componentes sanguíneos ou derivados; e
IX - que teve acidente com material biológico e em Hemocomponentes e hemoderivados são produtos distintos.
consequência apresentou contato de mucosa e/ou pele não Os produtos gerados um a um nos serviços de hemoterapia,
íntegra com o referido material biológico. a partir do sangue total, por meio de processos físicos
(centrifugação, congelamento) são denominados

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hemocomponentes. Já os produtos obtidos em escala validade de 35 dias a partir da coleta e de 21 dias quando
industrial, a partir do fracionamento do plasma por coletado em ACD (ácido cítrico, citrato de sódio, dextrose),
processos físico-químicos são denominados hemoderivados. CPD (ácido cítrico, citrato de sódio, fosfato de sódio,
A figura 1 apresenta os produtos originados a partir do dextrose) e CP2D (citrato, fosfato e dextrose-dextrose).
sangue total. As soluções aditivas são utilizadas para aumentar a
Existem duas formas para obtenção dos hemocomponentes. sobrevida e a possibilidade de armazenamento das
A mais comum é a coleta do sangue total. A outra forma, hemácias por até 42 dias em 4 ± 2° C. Um exemplo de
mais específica e de maior complexidade, é a coleta por solução aditiva é o SAG-M composto por soro fisiológico,
meio de aférese. adenina, glicose e manitol.
Aférese é um procedimento caracterizado pela retirada do
sangue do doador, seguida da separação de seus Uma bolsa de sangue total é coletada de um único doador e
componentes por um equipamento próprio, retenção da podemos fracionar em hemocomponentes (concentrado de
porção do sangue que se deseja retirar na máquina e hemácias, concentrado de plaquetas, plasma fresco, plasma
devolução dos outros componentes ao doador. simples, concentrado de granulócitos e crioprecipitado) e
hemoderivados (albumina humana, imunoglobulinas, fator
VIII, fator IX) derivados do plasma.
Em cada doação, são coletados 450ml (+-50) de sangue
total.

ATENÇÃO AOS CONCEITOS


Hemocomponentes: São obtidos a partir do Sangue Total
por meio de processos físicos (centrifugação e
congelamento) na própria Unidade Hemoterápica.
Hemoderivados: São obtidos a partir do Plasma por
processos físico-químicos e produzidos em escala industrial.
Transfusão: É a infusão de sangue, hemocomponentes
e/ou hemoderivados, na circulação sanguínea. É um evento
irreversível que produz riscos e benefícios ao receptor.

SANGUE TOTAL
Em função das diferentes densidades e tamanhos das
Consiste em eritrócitos, plasma, proteínas plasmáticas e,
células sanguíneas, o processo de centrifugação possibilita
aproximadamente, 60 ml de solução
a separação do sangue total em camadas (figura 2), sendo
que as hemácias ficam depositadas no fundo da bolsa. anticoagulante/conservante em um volume total de cerca de
Acima delas forma-se o buffy coat (camada 500ml.
leucoplaquetária), ou seja, uma camada de leucócitos e INDICAÇÕES: incluem perda de sangue aguda maciça,
plaquetas. Acima do buffy coat fica a camada de plasma que superior a 1.000ml, exigindo as propriedades de transporte
contém plaquetas dispersas. de oxigênio dos eritrócitos e a expansão de volume
proporcionada pelo plasma. Em geral, a perda aguda de até
mesmo um terço do volume sanguíneo total do paciente
(1.000 a 1.200ml) pode ser reposta com segurança e
rapidez por meio de soluções salinas e coloidais.

TIPOS DE HEMOCOMPONENTES

Concentrado de hemácias
O concentrado de hemácias (CH) é obtido por meio da
centrifugação de uma bolsa de sangue total (ST) e da
remoção da maior parte do plasma. O CH também pode ser
obtido por aférese, coletado de doador único. Nesse caso,
frequentemente o procedimento permite a obtenção de duas
unidades em um único procedimento (coleta de hemácias
duplas). Seu volume varia entre 220mL e 280mL.
Soluções anticoagulantes-preservadoras e soluções aditivas Assim como o ST, o concentrado de hemácias deve ser
são utilizadas para a conservação dos produtos sanguíneos, mantido entre 2°C e 6°C e sua validade varia entre 35 e 42
pois impedem a coagulação e mantêm a viabilidade das dias, dependendo da solução conservadora. Os
células do sangue durante o armazenamento. A depender
concentrados de hemácias sem solução aditiva devem ter
da composição das soluções anticoagulantes-
hematócrito entre 65% e 80%. No caso de bolsas com
preservadoras, a data de validade para a preservação do
solução aditiva, o hematócrito pode variar de 50% a 70%.
sangue total e concentrados de hemácias pode variar. O
sangue total coletado em solução CPDA-1 (ácido cítrico, Os CH podem ser desleucocitados com a utilização de filtros
citrato de sódio, fosfato de sódio, dextrose e adenina) tem para leucócitos ou desplamatizados pela técnica de lavagem

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com solução salina fisiológica preferencialmente em sistema Critérios para transfusão de CH em adultos
fechado. • Hb ≤ 5,0 g/dL deve-se transfundir independentemente de
fatores de risco cardiovascular e/ou de sinais de hipóxia;
Indicações • Hb > 6 e ≤ 8 deve-se transfundir apenas com a presença
A transfusão de concentrado de hemácias (CH) deve ser de fatores de risco cardiovascular e/ou de sinais de hipóxia;
realizada para tratar, ou prevenir iminente e inadequada • Hb > 8 e ≤ 10 deve-se transfundir somente com a presença
liberação de oxigênio (O2) aos tecidos, ou seja, em casos de de sinais de hipóxia e ainda assim há baixo nível de
anemia, porém nem todo estado de anemia exige a evidência clínica;
transfusão de concentrado hemácias. Em situações de • Hb > 10 habitualmente não se deve transfundir.
anemia, o organismo lança mão de mecanismos
compensatórios, tais como a elevação do débito cardíaco e Contra-indicações para transfusão de CH
a diminuição da afinidade da hemoglobina (Hb) pelo O2, o A transfusão de concentrado de hemácias não deve ser
que muitas vezes consegue reduzir o nível de hipóxia considerada nas seguintes situações:
tecidual. • Para promover aumento da sensação de bem-estar.
A fisiologia do sangramento e a resposta à hemorragia são • Para promover a cicatrização de feridas.
situações bem conhecidas. O volume sanguíneo normal • Profilaticamente.
corresponde a aproximadamente 8% do peso corpóreo (4,8 • Para expansão do volume vascular, quando a capacidade
L em indivíduo adulto com 60 kg). As perdas sanguíneas de transporte de O2 estiver adequada.
podem ser classificadas em:
• Hemorragia classe I - perda de até 15% do volume Transfusão de CH em hemorragias agudas e pacientes
sanguíneo críticos
• Hemorragia classe II - perda sanguínea de 15% a 30% Nas hemorragias agudas, a reposição inicial deve ser com
• Hemorragia classe III - perda de 30% a 40% cristalóide e/ou substitutos sintéticos do plasma. O uso de
• Hemorragia classe IV - perda maior que 40% concentrado de hemácias fica reservado para perdas
sanguíneas estimadas superiores a 30% da volemia
Pacientes com hemorragia classe III e IV podem evoluir para (aproximadamente 1.500mL). Acredita- -se que ocorra
óbito por falência múltipla de órgãos se não forem oxigenação adequada na maioria dos indivíduos com
submetidos a esquemas de ressuscitação na primeira hora. concentração de hemoglobina baixa, até 6g/dL. A
A transfusão de CH está recomendada após perda volêmica concentração de hemoglobina deve ser considerada
superior a 25% a 30% da volemia total. associada a outros fatores como, por exemplo, a velocidade
da perda, comorbidades, parâmetros hemodinâmicos e de
O hematócrito (Ht) não é bom parâmetro para nortear a perfusão sanguínea.
decisão de transfundir, uma vez que só começa a diminuir
uma a duas horas após o início da hemorragia. Em Recomendações
hemorragias agudas o paciente deve ser imediatamente A transfusão em geral não está indicada quando
transfundido quando apresentar sinais e sintomas clínicos, Hemoglobina (Hb) >10g/dL, e está habitualmente quando Hb
como os a seguir: ≤5g/dL.
• Frequência cardíaca acima de 100 bpm a 120 bpm.
• Hipotensão arterial. • Queda no débito urinário. ATENÇÃO!
• Frequência respiratória aumentada. - Portadores de doenças pulmonares obstrutivas crônicas:
• Enchimento capilar retardado (> 2 segundos). manter Hb acima de 10g/dL;
• Alteração no nível de consciência. - Pacientes com cardiopatias isquêmicas, se beneficiam com
níveis de Hb acima de 9g/dL;
Deve ser transfundida a quantidade de hemácias suficiente - Pacientes acima de 65 anos de idade, sintomáticos, é
para a correção dos sinais/sintomas de hipóxia, ou para que aceitável transfundir com níveis de Hb.
a Hb atinja níveis aceitáveis. Em indivíduo adulto de estatura
média, a transfusão de uma unidade de CH normalmente De maneira ideal, a decisão da realização da transfusão de
eleva o Ht em 3% e a Hb em 1 g/dL. Em pacientes CH deve ser baseada na constatação de fatores clínicos e
pediátricos, o volume a ser transfundido para obtenção dos laboratoriais, tais como: idade do paciente, velocidade de
mesmos resultados deve ser de 10 a 15mL/kg. instalação da anemia, história natural da anemia, volume
O tempo de infusão de cada unidade de CH deve ser de intravascular, uso de medicações e a presença de cofatores
60min a 120 minutos (min) em pacientes adultos. Em fisiológicos que afetam a função cardiopulmonar.
pacientes pediátricos, não exceder a velocidade de infusão O hematócrito ou a hemoglobina isoladamente não são bons
de 20-30mL/kg/hora. A avaliação da resposta terapêutica à parâmetros para nortear a decisão de transfundir, uma vez
transfusão de CH deve ser feita através de nova dosagem que só começa a diminuir uma a duas horas após o início da
de Hb ou Ht 1-2 horas (h) após a transfusão, considerando hemorragia.
também a resposta clínica. Em pacientes ambulatoriais, a
avaliação la- boratorial pode ser feita 30min após o término Concentrado de plaquetas
da transfusão e possui resultados comparáveis. O concentrado de plaquetas (CP) pode ser obtido a partir de
unidade individual de sangue total ou por aférese, coletadas
de doador único. Cada unidade de CP unitários contém
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aproximadamente 5,5 x 1010 plaquetas em 50-60mL de volume aproximado de 150mL a 200mL. É depletado de
plasma, já as unidades por aférese contém pelo menos 3,0 x FVIII, fibrinogênio e multímeros de alto peso molecular de
1011 plaquetas em 200-300mL de plasma (correspondente Fator de von Willebrand, embora contenha a
de 6 a 8 unidades de CP unitários). metaloproteinase responsável por sua metabolização.
Dois métodos diferentes são utilizados para a obtenção de O plasma fresco congelado de 24 horas (PFC24) é o
plaquetas pela centrifugação de sangue total. O primeiro hemocomponente separado do sangue total por
consiste na centrifugação do sangue em duas etapas. Na centrifugação entre 8 e 24 horas após a coleta e congelado
primeira etapa, é feita uma centrifugação leve, em que se completamente, no máximo em uma hora, atingindo
obtém o plasma rico em plaquetas (PRP); este plasma é temperaturas iguais ou inferiores a 30°C negativos. Deve ser
novamente centrifugado, desta vez em alta rotação, para a arma- zenado à temperatura de, no mínimo, 18°C negativos,
obtenção do CP. sendo, porém, recomendada temperatura igual ou inferior a
O segundo método baseia-se na extração do buffy coat, ou 25°C negativos. Sua validade é a mesma do PFC e seu
camada leucoplaquetária, geralmente com a utilização de volume aproximado de 200 a 250mL. Apresenta uma
extratores automati- zados de plasma e com o uso de bolsas redução variável de alguns fatores da coagulação em
top and bottom. O sangue total é submetido à centrifugação, relação ao PFC, principalmente fatores V e VIII, porém esta
visando à separação da camada leucoplaquetária. O plasma redução não tem significado clínico, portanto possui as
sobrenadante é transferido para uma bolsa-satélite, pela mesmas indicações que o PFC.
saída superior (top) da bolsa e o concentrado de hemácias é A unidade de plasma deve apresentar volume superior a 180
extraído pela saída inferior (bottom) da bolsa. A camada mL, quando utilizado para fins transfusionais, além de não
leucoplaquetária permanece na bolsa original. O buffy coat conter anticorpos eritrocitários irregulares de importância
de cada bolsa pode ser agrupado com outros por meio de clínica.
metodologia estéril, seguido de sedimentação ou
centrifugação para a separação e transferência das Indicações
plaquetas para uma bolsa-satélite, onde ficam armazenadas As indicações para o uso do plasma fresco congelado (PFC)
em pool. Este método possibilita a redução no teor de são res- tritas e correlacionadas a sua propriedade de conter
leucócitos contaminantes em aproximadamente 90% (1 log). as proteínas da coagulação. O componente deve ser usado,
portanto, no tratamento de pacientes com distúrbio da
Indicações coagulação, particularmente naqueles em que há deficiência
Basicamente, as indicações de transfusão de CP estão de múltiplos fatores e apenas quando não estiverem
associadas às plaquetopenias desencadeadas por falência disponíveis produtos com concentrados estáveis de fatores
medular, raramente indicamos a reposição em da coagula- ção e menor risco de contaminação viral.
plaquetopenias por destruição periférica ou alterações Portanto, as indicações são:
congênitas de função plaquetária. -Sangramento ou risco de sangramento causado por
deficiência de múltiplos fatores da coagulação
Plasma -Sangramento severo causado por uso de anticoagulantes
O plasma fresco congelado (PFC) consiste na porção orais antagonistas da vitamina K (Warfarina) ou necessidade
acelular do san- gue obtida por centrifugação a partir de uma de reversão urgente da anticoagulação
unidade de sangue total e transferência em circuito fechado -Transfusão maciça com sangramento por coagulopatia
para uma bolsa satélite. Pode ser obtido também a partir do - Sangramento ou profilaxia de sangramento causado por
processamento em equipamentos automáticos de aférese. É deficiência isolada de fator da coagulação para a qual não
constituído basicamente de água, proteínas (albumi- na, há produto com menor risco de contaminação viral
globulinas, fatores de coagulação e outras), carboidratos e (concentrado de fator da coagulação) disponível
lipídios. É completamente congelado até 8 horas após a - Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT)
coleta e mantido, no mínimo, a 18°C negativos, sendo, - Plasma isento de crioprecipitado (PIC) e plasma fresco
porém, recomendada a temperatura igual ou inferior a 25°C congelado de 24 horas (PFC24)
negativos. Sua validade se armazenado entre 25°C
negativos e 18°C negativos é de 12 meses. Se mantido Crioprecipitado
congelado a temperaturas inferiores a 25°C negativos sua O crioprecipitado (CRIO) é uma fonte concentrada de
validade é de 24 meses. O congelamento permite a algumas proteínas plasmáticas que são insolúveis a
preservação dos fatores da coagulação, fi- brinólise e temperatura de 1°C a 6°C. É preparado descongelando-se
complemento, além de albumina, imunoglobulinas, outras uma unidade de PFC à temperatura de 1°C a 6°C. Depois
proteínas e sais minerais, e mantém constantes suas de descongelado, o plasma sobrenadante é removido
propriedades. O componente assim obtido contém ≥ 70UI de deixando-se na bolsa a proteína precipitada e 10-15mL
Fator VIII/100mL e, pelo menos, quantidades semelhantes deste plasma. Este material é então recongelado no período
dos outros fatores lábeis e inibidores naturais da de 1 hora e tem validade de 12 meses.
coagulação. O crioprecipitado contém glicoproteínas de alto peso
O plasma isento de crioprecipitado (PIC) é aquele do qual foi molecular como de Fator VIII, Fator VIII:vWF (fator von
retirado, em sistema fechado, o crioprecipitado. Deve ser Willebrand), fibrinogênio, Fator XIII e fibronectina. Cada
armazenado à tem- peratura de, no mínimo, 18°C negativos, bolsa contém 15mL de crioprecipitado com
sendo, porém, recomendada temperatura igual ou inferior a aproximadamente 80-150 unidades de Fator VIII, pelo
25°C negativos. Sua validade é a mesma do PFC e seu menos 150mg de fibrinogênio e cerca de 20%-30% (50-75U)
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do Fator XIII presente na bolsa inicial de PFC. Portadores de disfunção de neutrófilos: são também
Aproximadamente 40%-70% (100-150U) do fator de von candidatos a receber transfusões de granulócitos os
Willebrand presente na unidade inicial de PFC é recuperado pacientes com graves defeitos hereditários da função
no crioprecipitado. neutrofílica, como os portadores de doença granulomatosa
Cada crioprecipitado dever conter no mínimo 80UI de Fator crônica, durante episódios infecciosos que coloquem em
VIII e 150mg de fibrinogênio e cada pool deve conter os risco suas vidas. Como são poucos os casos, a eficácia
mesmos fatores multiplicado pelo número de bolsas que o destas transfusões parece ser convincente no manuseio
compõe. individual de pacientes com infecções bacterianas ou
fúngicas recorrentes não-responsivas à terapêutica,
Indicações lembrando-se, entretanto, que por serem indivíduos cujo
• Repor fibrinogênio em pacientes com hemorragia e sistema imunológico é usualmente normal, a aloimunização
deficiência isolada congênita ou adquirida de fibrinogênio, pode se tornar um problema significante.
quando não se dispuser do concentrado de fibrinogênio
industrial purificado. TIPOS DE HEMODERIVADOS
• Repor fibrinogênio em pacientes com coagulação Imunoglobulinas
intravascular disseminada (CID) e graves Indicada para pacientes imunodeprimidos, porém em
hipofibrinogenemias algumas doenças específicas são recomendadas para
• Repor Fator XIII em pacientes com hemorragias por indivíduos normais. Exemplo: hepatite B e tétano.
deficiência deste fator, quando não se dispuser do
concentrado de Fator XIII industrial purificado. Albumina
• Repor Fator de von Willebrand em pacientes que não têm Indicada para tratamento das ascites volumosas por
indicação de DDAVP ou não respondem ao uso de DDAVP, paracenteses repetidas, após paracenteses evacuadoras
quando não se dispuser de concentrados de Fator de von nas ascites volumosas, cirrose hepática e síndrome
Willebrand ou de concentrados de Fator VIII ricos em nefrótica, quando houver edemas refratários ou diuréticos
multímeros de von Willebrand. que coloquem em risco iminente a vida dos pacientes,
grandes queimados, após as primeiras 24 horas pós
Concentrado de granulócitos queimados, pós-operatório de transplante de fígado, quando
Os concentrados de granulócitos (CG) são a albumina sérica for inferior a 2,5g%.
hemocomponentes obtidos por aférese de doador único, por
meio de máquinas separadoras de células, de fluxo contínuo Concentrado de Fator VIII: indicados para pacientes com
ou descontínuo, cujo rendimento de coleta pode ser hemofilia A.
melhorado pela utilização de doadores estimulados com a
ad- ministração de fator estimulador de colônias de Concentrado de Fator IX: indicados para pacientes com
granulócitos (G-CSF) e corticosteroides. hemofilia B.
Cada concentrado deve conter no mínimo 1,0 x 1010 REAÇÕES TRANSFUSIONAIS
granulócitos em 90% das unidades avaliadas, em um
volume final inferior a 500mL, (geralmente 200-300mL) A transfusão é um evento irreversível que acarreta
incluindo anticoagulante, plasma e também resíduo do benefícios e riscos potenciais ao receptor. Apesar da
agente hemossedimentante utilizado no procedimento de indicação precisa e administração correta, reações às
coleta. Além dos granulócitos, usualmente estes transfusões podem ocorrer. Portanto, é importan- te que
concentrados contêm outros leucócitos e plaquetas e cerca todos profissionais envolvidos na prescrição e administração
de 20-50mL de hemácias. de hemocomponentes estejam capacitados a prontamente
Como a função dos granulócitos se deteriora mesmo identificar e utilizar estratégias adequadas para resolução e
durante curto armazenamento, os CG devem ser prevenção de novos episódios de reação transfusional.
transfundidos assim que possível após a coleta, e, se for A ocorrência destas reações está associada a diferentes
inevitável, seu armazenamento deve ser em temperatura causas, den- tre as quais fatores de responsabilidade da
entre 20°C e 24°C, em repouso e por, no máximo, 24 horas. equipe hospitalar como erros de identificação de pacientes,
Para transporte deste hemocomponente, recomenda-se o amostras ou produtos, utilização de insumos inadequados
uso de recipientes próprios, com produto refrigerante (equipos, bolsa, etc.), fatores relacionados ao receptor e/ou
comercial que assegure a manutenção desta temperatura. doador como existência de anticorpos irregulares não
detectados em testes pré-transfusionais de rotina.
Pacientes neutropênicos: as transfusões de CG são
tipicamente utilizadas em pacientes neutropênicos, Definição: A reação transfusional é, portanto, toda e
geralmente com neutrófilos abaixo de 500/µL, com qualquer intercorrência que ocorra como consequência da
hipoplasia mielóide de recuperação provável, porém não transfusão sanguínea, durante ou após a sua administração.
para os próximos 5-7 dias, que apresentem febre por 24 a
48 horas e estejam com infecção bacteriana ou fúngica Classificação: As reações transfusionais podem ser
documentadas por culturas ou por infecção parenquimatosa classificadas em imediatas (até 24 horas da transfusão) ou
progressiva não-responsiva ao uso de antibioticoterapia tardias (após 24 horas da transfusão), imunológicas e não
adequada. imunológicas, conforme apresentado no Quadro.

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Quadro. Classificação das Reações transfusionais em REAÇÃO HEMOLÍTICA TRANSFUSIONAL AGUDA


imunes e não imunes e em imediatas ou tardias. Reação hemolítica imediata, secundária à ação de
anticorpos contra antígenos.
Reações IMUNE NÃO IMUNE DEFINIÇÃO MANIFESTAÇÕES
transfusionais CLÍNICAS
reação febril não Contaminação 1.Reação febril não Calafrios e febre súbitos,
hemolítica (RFNH) bacteriana (CB) hemolítica é a elevação de cefaleia, rubor facial,
Reação temperatura é 1°C ansiedade.
hipotensiva associada à transfusão, sem
relacionada à outra explicação, calafrios.
transfusão 2.Reação hemolítica imune Mal-estar, febre, cianose
(HIPOT) (labial), calafrio, ansiedade,
reação hemolítica Sobrecarga dor torácica e lombar,
aguda imune circulatoria angústia respiratória,
(RHAI) asociada à insuficiência renal,
Imediata transfusão hemorragia, taquicardia,
(SC/TACO) taquipneia, choque.
Reação 3.Reação alérgica: leve até Prurido, pápulas e/ou
Hemolítica aguda grave: é desencadeada pela máculas. No quadro grave,
não imune exposição a substâncias acrescenta-se urticária,
(RHANI) solúveis no plasma do eritema, dispneia, ansiedade,
Embolia aérea doador, afetando clientes cianose, edema de glote,
Reação alérgica: Hipotermia sensibilizados. Alguns, hipotensão, perda da
leve, moderada, Distúrbios clientes desenvolvem a consciência, choque,
grave- Anafilática metabólicos (DM) hipersensibilidade, quadro alterações cardíacas,
(RALG) grave, podendo levar ao náuseas, vômitos e diarreia.
Lesão pulmonar Dispnéia choque e óbito.
aguda relacionada associada à 4.TRALI, Lesão aguda Dispneia caracterizada por
à transfusão transfusão (DAT) pulmonar relacionada à quadro clínico de
(TRALI - Dor aguda transfusão ou edema insuficiência respiratória.
Transfusion relacionada à pulmonar agudo não
Relates Lung transfusão (DA) cardiogênico, ocasionado
Injury) por diversos mecanismos
Tardia Reação hemolítica Hemossiderose que favorecem o aumento
tardia (RHT) (HEMOS) da permeabilidade da
Aloimunização microcirculação pulmonar,
eritrocitária/ permitindo a passagem de
Aparecimento de líquidos para os alvéolos.
anticorpos 5.Contaminação bacteriana: Febre, calafrios e choque,
irregulares é caracterizada por tremores vômitos, diarreia e
(ALO/PAI) intensos, especialmente se hipotensão acentuada.
Aloimuniz acompanhados por choque
ação HLA e febre acima de 40°C
Púrpura pós Transmissão de 6.Sobrecarga de volume: Dispneia, tosse, veiais do
transfusional (PPT) doenças ocorre devido à infusão pescoço distendida,
Doença do enxerto infecciosas (DT) rápida de volume. elevação da pressão venosa
contra o e estertores na base dos
hospedeiro pós- pulmões, hipertensão arterial
transfusional e edema pulmonar.
(DECH) 7.Embolia aérea: embolia Tosse, dispneia, dor torácica
Imunomod causada por bolhas de ar, e choque.
ulação pode ocorrer quando o
sangue em sistema aberto é
infundido sob pressão ou
quando o ar entra na bolsa
na troca de componentes.

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REAÇÃO HEMOLÍTICA TRANSFUSIONAL CRÔNICA OU alogênicos, como métodos que diminuam sangramentos e
TARDIA realização de doação para transfusão autóloga. Todo
São reações que ocorrem dias ou anos após a transfusão. paciente candidato à transfusão deve ser esclarecido sobre
Os sintomas podem variar desde leves até graves. o procedimento, seus riscos e benefícios, e que, apesar de
DEFINIÇÃO MANIFESTAÇÕES todos os testes sorológicos e de compatibilidade doador-
CLÍNICAS receptor, ainda há possibilidade de ocorrer reação
transfusional. A indicação de transfusão deve ser feita
1.Hemossiderose Diabetes, diminuição da
exclusivamente por médico e baseada principalmente em
(sobrecarga de ferro) função da tireoide, arritmias,
critérios clínicos e não somente em resultados laboratoriais
insuficiência cardíaca e e está sujeita a análise do hemoterapeuta.
outros sintomas relacionados
à insuficiência de órgãos A requisição de transfusão deve estar devidamente
importantes. preenchida e legível com dados completos do paciente
2.Doença infecciosa Variada de acordo com a (nome sem abreviatura, RG, data de nascimento, nome da
(hepatite B, hepatite C, patologia desenvolvida desde mãe, sexo, peso), resultados laboratoriais que justifiquem a
AIDS, Sífilism Malária e uma febre à esplenomegalia, transfusão (Ht, Hb, TTPa, TP, plaquetas, fibrinogênio, etc),
Leucemias de células T do hepatomegalia e etc. sinais vitais (PA, FC, FR e Temperatura), diagnóstico do
adulto paciente, indicação da transfusão, tipo de transfusão
3.Reação hemolítica tardia Febre, icterícia leve, (programada, não urgente, urgente e de extrema urgência),
diminuição do hematócrito. quantidade e hemocomponente solicitado, histórico
transfusional, medicamentos em uso (devidamente assinado
4.Reação enxerto x Os sintomas aparecem
pelo médico responsável com seu nome completo e CRM).
hospedeiro: refere-se a uma geralmente após 10 a 12 dias
complicação geralmente após a transfusão, febre, As transfusões devem ser classificadas como:
fatal associada à dermatite, eritrodermia, • Programada (determinado dia e horário);
proliferação clonal de diarreia aquosa profusa. • Não urgente (deve ocorrer entre as próximas 24 horas);
linfócito T do doador em • Urgente (deve ocorrer entre as próximas 3 horas);
receptor imunossuprimido. • Extrema urgência (quando qualquer retardo na
5.Púrpura pós-transfusional: Hemorragia intracraniana. administração da transfusão pode acarretar risco para a vida
caracteriza-se pela do paciente). Na requisição de extrema urgência deverá
ocorrência súbita e constar assinatura, CRM e carimbo do médico solicitante
plaquetopênica grave (< (termo de responsabilidade). Nesse caso, na hora de
10000/mm3, cerca de 5 a 10 entregar a requisição e a amostra na Agência transfusional a
dias após transfusão em enfermagem da clínica solicitante deverá vir de posse da
mulheres com gestação maleta de transporte de hemocomponentes e imediatamente
levar o concentrado solicitado.
prévias e/ou transfusões
prévias.
A transfusão sanguínea de CH - Concentrado de Hemácias -
deve ser realizada durante, no máximo, 4 horas, devendo a
No Brasil, a regulamentação das práticas hemoterápicas é bolsa ser retirada e descartada caso atinja o tempo limite,
realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária para CP - Concentrado de plaquetas - e PFC - Plasma -
(ANVISA), atualmente através da Resolução da Diretoria deve-se correr aberto em no máximo 1 hora e para CRIO -
Colegiada (RDC) n° 34 de 11 junho de 2014 e da Portaria crioprecipitado - deve-se correr em no máximo 30 minutos.
Ministerial Nº 158 de 04 de fevereiro de 20162, que O PFC e o CRIO assim que descongelados devem ser
normatizaram os procedimentos, da coleta à utilização, transfundidos o mais breve possível, a fim de preservar os
visando garantir a qualidade dos hemocomponentes e a fatores de coagulação, que são termolábeis, em quantidade
segurança do processo transfusional. suficiente para manter a eficácia terapêutica.

A terapia transfusional é um procedimento de suporte Pacientes com febre, preferencialmente, não devem ser
essencial para o cuidado do paciente clínico e cirúrgico que transfundidos e na sua necessidade podem ser medicados
envolve riscos, mesmo sendo realizada por meio de previamente à transfusão com antitérmico, pois a febre deixa
indicação precisa e respeitando todas as normas técnicas de ser um importante parâmetro avaliado para reação
preconizadas. Há sempre um risco potencial de ocorrer transfusional aguda.
reações transfusionais, quer sejam imediatas ou tardias. Nenhuma transfusão pode ser infundida em acesso venoso
concomitante com qualquer tipo de medicação. Ex: certas
A transfusão de sangue e hemocomponentes é usada para drogas podem antagonizar o efeito da solução
corrigir deficiências no transporte de oxigênio e hemostasia, anticoagulante como soluções ricas em cálcio. O soro
a partir de perdas agudas ou crônicas de sangue e/ou glicosado a 5% é hipotônico e pode causar hemólise no
alterações na produção de hemácias, plaquetas ou sangue que está sendo transfundido. Além disso, efeitos
proteínas da coagulação sanguínea. adversos da transfusão podem ser mascarados pela
presença simultânea de algumas drogas (Ex.:corticóides,
É importante lembrar que toda transfusão de sangue traz em anti-histamínicos). Outras drogas podem causar efeitos
si um risco, imediato ou tardio, devendo ser criteriosamente adversos que podem ser atribuídos erroneamente à
indicada. Em cirurgias eletivas, devem ser consideradas transfusão (ex.: reações urticariformes da vancomicina ou
ações que reduzam o consumo de hemocomponentes sua febre associada, febre da anfotericina). A transfusão que
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for realizada fora dos parâmetros normais, por exemplo: Caso o tempo seja atingindo, o componente será
paciente com febre, PA alterada, concomitante com outros recolocado, imediatamente, em temperatura adequada de
fluidos ou medicamentos, etc. deve constar a autorização e armazenamento.
ciência médica por escrito no prontuário do paciente.
ATENÇÃO! Nenhum medicamento será adicionado à
A utilização de equipo com filtro para retenção de partículas bolsa do componente sanguíneo ou infundido na
(exemplo: coágulos) é obrigatório, assim como a
mesma linha venosa, exceto a solução de cloreto de
permanência do médico ou do enfermeiro à beira do leito
sódio a 0,9%, em casos excepcionais.
durante os 10 primeiros minutos da transfusão.

As transfusões devem ser realizadas preferencialmente no Transfusão em situações de emergência


período diurno - As provas pré-transfusionais podem ser dispensadas antes
da liberação do sangue, a critério médico, apenas quando
→ Liberação de Sangue para Transfusão for caracterizada uma situação de emergência transfusional
Será afixado, em toda bolsa de componente sanguíneo a ser quando o retardo no início da transfusão implica em risco
transfundida, um cartão de transfusão (rótulo ou etiqueta) para a vida do paciente. Nesses casos o médico assistente
que indique: deve registrar a necessidade do procedimento através da
I - o nome completo do receptor; assinatura do Termo de Responsabilidade disponível na
II - a instituição de assistência à saúde, enfermaria ou leito Requisição de Transfusão.
em que se encontra o receptor; - Essa conduta aumenta o risco de reações transfusionais
III - o registro e a tipagem ABO e RhD do receptor; hemolíticas em virtude da impossibilidade de detectar
IV - o número de identificação da bolsa de componente possíveis incompatibilidades entre doador e paciente antes
sanguíneo e sua tipagem ABO e RhD; do início da transfusão.
V - a conclusão do teste de compatibilidade maior; - Nesses casos deve-se optar por unidades de CH do grupo
VI - a data do envio do componente sanguíneo para a O e preferencialmente RhD negativas. O uso de unidades
transfusão; e isogrupo (A para A, B para B e AB para AB) deve estar
VII - o nome do responsável pela realização dos testes pré- restrita a situações em que há tempo de determinar o grupo
transfusionais e pela liberação do componente sanguíneo. ABO do receptor e segurança na identificação da amostra e
do paciente, o que nem sempre é possível em situações de
→ Do Ato Transfusional emergência.
- É necessário coletar amostras do paciente antes do início
→ A transfusão será prescrita por médico e registrada no da transfusão, pois as provas pré- transfusionais serão
prontuário do paciente. realizadas completamente mesmo depois do início da
→ É obrigatório que fiquem registrados, no prontuário transfusão. Isso permite que a transfusão seja interrompida
do paciente, a data da transfusão, os números e a caso seja detectada incompatibilidade durante a realização
origem dos componentes sanguíneos transfundidos. das provas, além de possibilitar a liberação de unidades
compatibilizadas após a liberação de uma ou duas bolsas
→ As transfusões serão realizadas por médico ou em caráter emergencial.
profissional de saúde habilitado, qualificado e conhecedor
RESOLUÇÃO COFEN Nº 0511/2016
das normas constantes desta Portaria, e serão realizadas
apenas sob supervisão médica, isto é, em local em que haja, Aprova a Norma Técnica que dispõe sobre a atuação de
pelo menos, um médico presente que possa intervir em Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem em Hemoterapia.
casos de reações transfusionais. Art. 1º Aprovar a Norma Técnica que dispõe sobre a
atuação dos Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem em
O paciente deve ter os seus sinais vitais (temperatura, hemoterapia:
pressão arterial e pulso) verificados e registrados, pelo
menos, imediatamente antes do início e após o término da
transfusão.
Os primeiros 10 (dez) minutos de transfusão serão OBJETIVO Estabelecer diretrizes para atuação dos
acompanhados pelo médico ou profissional de saúde Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem em Hemoterapia, a
fim de assegurar uma assistência de Enfermagem
qualificado para tal atividade, que permanecerá ao lado do
competente, resolutiva e com segurança.
paciente durante este intervalo de tempo.
DEFINIÇÕES
Durante o transcurso do ato transfusional o paciente será
Para efeito desta Norma Técnica são adotadas as seguintes
periodicamente monitorado para possibilitar a detecção definições:
precoce de eventuais reações adversas. Aquecimento de hemocomponentes: consiste no
Se houver alguma reação adversa o médico será aquecimento de hemocomponentes através de
comunicado imediatamente. equipamentos especiais e em temperatura controlada.
Indicações:
→ Antes do início da transfusão, os componentes − Paciente adulto que receberá sangue ou plasma em
eritrocitários não permanecerão à temperatura ambiente por velocidade superior a 15ml/kg/hora por mais de 30 minutos.
mais de 30 (trinta) minutos.

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− Paciente pediátrico que receberá sangue ou plasma em COMPETÊNCIAS DO ENFERMEIRO E TÉCNICO DE


velocidade superior a 15ml/kg/hora. ENFERMAGEM EM HEMOTERAPIA
− Transfusões maciças (administração aguda de volume
superior a uma vez e meia a volemia do paciente, ou a As instituições ou unidades prestadoras de serviços de
reposição com sangue estocado equivalente ao volume saúde, tanto no âmbito hospitalar, ambulatorial ou domiciliar,
sanguíneo total de um paciente, em 24 horas). devem contar com um quadro de pessoal de enfermagem
− Paciente com altos títulos de anticorpo hemolítico frio com qualificado e em quantidade que permita atender à demanda
alta amplitude térmica, que reage a 37ºC. de atenção e aos requisitos desta Norma Técnica.
− Pacientes portadores de fenômeno de Raynaud. A Equipe de Enfermagem em Hemoterapia é formada por
− Exsanguineotransfusão Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem, executando estes
Contraindicação: os componentes plaquetários não devem profissionais suas atribuições em conformidade com o
ser aquecidos devido à alteração de sua função. disposto em legislação específica – a Lei nº 7.498, de 25 de
Hemoterapia: é o emprego terapêutico do sangue, que junho de 1986, e o Decreto nº 94.406, de 08 de junho de
pode ser transfundido como sangue total ou como um de 1987, que regulamentam o exercício da Enfermagem no
seus componentes e derivados (hemoderivados). País.
Hemocomponentes: derivados sanguíneos obtidos por Por ser considerada uma terapia de alta complexidade, é
meio de processos físicos e são eles: concentrado de vedada aos Auxiliares de Enfermagem a execução de ações
hemácias, plasma fresco congelado, concentrado de relacionadas à Hemoterapia podendo, no entanto, executar
plaquetas e crioprecipitado. cuidados de higiene e conforto ao paciente.
Hemoderivados: derivados sanguíneos fabricados por meio Os Técnicos de Enfermagem, em conformidade com o
da industrialização do plasma e são eles: albumina, disposto na Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e no
imunoglobulinas e fatores da coagulação (Fator VII, Fator Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, que
VIII, Fator IX, além dos complexos protrombínicos). regulamentam o exercício profissional no País, participam da
Evento adverso: resposta não intencional ou indesejada em atenção de enfermagem em Hemoterapia, naquilo que lhes
doadores ou receptores associada à coleta ou transfusão de couber, ou por delegação, sob a supervisão e orientação do
sangue e hemocomponentes. Enfermeiro.
Hemovigilância: conjunto de procedimentos de vigilância De modo geral, compete ao Enfermeiro cuidados de
que abrange o ciclo do sangue, da doação à transfusão Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam
sanguínea, gerando informações sobre os eventos adversos conhecimentos científicos adequados e capacidade de
resultantes da doação e do uso terapêutico de sangue e tomar decisões imediatas:
componentes. Estas informações são utilizadas para 1. Planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar os
identificar riscos, melhorar a qualidade dos processos e procedimentos hemoterápicos e de Enfermagem nas
produtos e aumentar a segurança do doador e paciente, Unidades, visando assegurar a qualidade do sangue,
prevenindo a ocorrência ou a recorrência desses eventos. hemocomponentes e hemoderivados, coletados e
Protocolo: conjunto de regras escritas definidas para a infundidos;
realização de determinado procedimento. 2. Desenvolver e atualizar os protocolos relativos à atenção
Termo de consentimento livre e esclarecido: documento de enfermagem ao paciente em Hemoterapia, pautados
que expressa a anuência do candidato à doação de sangue, nesta norma, adequadas às particularidades do serviço;
livre de dependência, subordinação ou intimidação, após 3. Estabelecer ações de treinamento operacional e de
explicação completa e pormenorizada sobre a natureza da educação permanente, de modo a garantir a capacitação e
doação, seus objetivos, métodos, utilização prevista, atualização dos Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem que
potenciais riscos e o incômodo que esta possa acarretar, atuam em Hemoterapia;
autorizando sua participação voluntária na doação e a 4. Prescrever os cuidados de enfermagem;
destinação do sangue doado. 5. Participar, como membro da equipe multiprofissional em
Termo de consentimento informado: documento que Hemoterapia, do processo de seleção, padronização,
permite que o paciente possa tomar decisões sobre os parecer técnico para licitação e aquisição de equipamentos
tratamentos e procedimentos propostos a ele. Após haver e materiais utilizados em Hemoterapia.
recebido as informações pertinentes, o paciente ou 6. Desenvolver ações a fim de garantir a obtenção de
responsável registrará com sua assinatura o documento parâmetro de qualidade que visam minimizar riscos e que
consentindo ao profissional de saúde a realização de permitam a formação de estoques de Hemocomponentes
determinado procedimento diagnóstico ou terapêutico. capazes de atender à demanda transfusional.
Transfusão: é a transferência de sangue ou de um 7. Atentar para que o manuseio de resíduos dos serviços e a
hemocomponente (componente do sangue) de um indivíduo higienização da área de coleta obedeçam às normas
denominado doador a um individuo denominado receptor. específicas e legislação vigente.
Transfusão intrauterina: É a transfusão efetuada no 8. Participar de comissões de pesquisa, qualidade,
concepto na fase intrauterina. biossegurança e ética, como membro da equipe
Transfusão de substituição ou exsanguineotransfusão: multiprofissional.
É a substituição do sangue de um paciente, através de 9. Garantir que todas as atividades desenvolvidas pelo
remoções e reposições parciais e sucessivas, por sangue serviço de hemoterapia sejam registradas e documentadas
e/ou componentes. de forma a garantir a rastreabilidade dos processos e
produtos, desde a obtenção até o destino final, incluindo a
identificação do profissional que realizou o procedimento.
10. Elaborar previsão quantiqualitativa do quadro de
profissionais de enfermagem, necessários para a prestação

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da assistência de enfermagem de qualidade e livre de riscos 1. Garantir, sempre que possível, a assinatura do Termo de
e danos. Consentimento informado, pelo paciente ou
familiar/responsável;
NORMAS GERAIS PARA ENFERMEIROS E TÉCNICOS 2. Verificar a permeabilidade da punção, o calibre do cateter,
DE ENFERMAGEM NA CAPTAÇÃO DO SANGUE presença de infiltração e sinais de infecção, para garantir a
O processo de coleta do sangue pode se dar de duas disponibilidade do acesso;
formas, sendo a mais comum a coleta do sangue total. A 3. Confirmar obrigatoriamente a identificação do receptor, do
outra forma, mais específica e de maior complexidade, rótulo da bolsa, dos dados da etiqueta de liberação, validade
realiza-se por meio de aférese. do produto, realização de inspeção visual da bolsa (cor e
Compete ao Enfermeiro: integridade) e temperatura, através de dupla checagem
1. Proceder a triagem clínica, através de entrevista com o (Enfermeiro e Técnico de Enfermagem) para segurança do
provável doador para avaliar os antecedentes clínicos e o receptor;
estado de saúde atual, em ambiente que garanta a 4. Garantir que os sinais vitais sejam aferidos e registrados
privacidade e o sigilo das informações prestadas; para analisá-los;
2. Implementar ações visando preparar e orientar o 5. Garantir acesso venoso adequado, exclusivo e equipo
doador/receptor e familiares quanto à Hemoterapia, seus com filtro sanguíneo;
riscos e benefícios, tanto em nível hospitalar como 6. Prescrever os cuidados de enfermagem relacionados ao
ambulatorial e residencial; procedimento;
3. Solicitar assinatura do doador no termo de consentimento Intra-procedimento
livre e esclarecido, no qual declara consentir em doar o seu 1. Confirmar, novamente a identificação do receptor,
sangue e na realização de testes laboratoriais; confrontando com a identificação na pulseira, e rótulo do
4. Comunicar à equipe Multiprofissional, as intercorrências insumo a ser infundido;
relacionadas à coleta de sangue de doadores; a. Verificar duas vezes o rótulo da bolsa do sangue ou
5. Garantir o pronto atendimento ao doador que apresentar hemoderivado para assegurar-se de que o grupo e tipo Rh
alguma reação adversa; concordam com o registro de compatibilidade;
6. Notificar ao doador a causa motivante da rejeição, b. Verificar se o número e tipo no rótulo do sangue ou
garantindo total sigilo das informações e quando necessário, hemoderivado no prontuário do paciente estão corretos
proceder encaminhamento ao serviço de saúde de confirmando mais uma vez em voz alta, o nome completo do
referência; paciente;
7. Manter medicamentos e equipamentos necessários para c. Verificar o conteúdo da bolsa, quanto a bolhas de ar e
a assistência ao doador que apresente eventos adversos, qualquer alteração no aspecto e cor do sangue ou
assim como ambiente privativo para o seu atendimento. hemoderivado (as bolhas de ar podem indicar crescimento
8. Proceder as anotações de enfermagem. bacteriano; a coloração anormal ou turvação podem ser
sinais de hemólise);
Compete ao Técnico de Enfermagem: d. Assegurar que a transfusão seja iniciada nos 30 (trinta)
1. Participar de treinamento, conforme programas minutos após a remoção da bolsa do refrigerador do banco
estabelecidos, garantindo a capacitação e atualização de sangue;
referente às boas práticas em hemoterapia; 2. A transfusão deve ser monitorada durante todo seu
2. Promover cuidados gerais ao paciente de acordo com a transcurso e o tempo máximo de infusão não deve
prescrição de enfermagem ou protocolo pré-estabelecido; ultrapassar 4 (quatro) horas.
3. Realizar os procedimentos prescritos ou de protocolo pré- 3. A transfusão deve ser acompanhada pelo profissional que
estabelecido, com utilização de técnica asséptica; a instalou durante os 10 (dez) primeiros minutos à beira do
4. Promover atenciosa identificação da bolsa e dos tubos leito;
com as amostras de sangue simultaneamente; a. Nos primeiros 15 (quinze) minutos, infundir lentamente,
5. Comunicar ao Enfermeiro qualquer intercorrência advinda não devendo ultrapassar a 5 ml/min;
dos procedimentos hemoterápicos; b. Observar rigorosamente o paciente quanto aos efeitos
6. Proceder o registro das ações efetuadas, no adversos, e na negativa, aumentar a velocidade do fluxo;
prontuário/ficha do doador, de forma clara, precisa e pontual. c. Garantir o monitoramento dos sinais vitais a intervalos
regulares, comparando-os;
NORMAS GERAIS PARA ENFERMEIROS E TÉCNICOS d. Interromper a transfusão imediatamente e comunicar ao
DE ENFERMAGEM NA HEMOTRANSFUSÃO médico, na presença de qualquer sinal de reação adversa,
Compete ao Enfermeiro tais como: inquietação, urticária, náuseas, vômitos, dor nas
1. Atentar para os tempos de início da transfusão, após o costas ou no tronco, falta de ar, hematúria, febre ou
recebimento na unidade, conforme preconizado: calafrios;
a. Eritrócitos e Concentrados de Hemácias: O tempo de e. Nos casos de intercorrência com interrupção da infusão,
infusão de cada unidade deve ser de 60 a 120 minutos em encaminhar a bolsa para análise;
pacientes adultos. Em pacientes pediátricos, não exceder a f. Recomenda-se a prescrição da troca do equipo de sangue
velocidade de infusão de 20- 30ml/kg/hora. a cada duas unidades transfundidas a fim de minimizar
b. Concentrado de Plaquetas: o tempo de infusão da dose riscos de contaminação bacteriana
deve ser de aproximadamente 30 minutos em pacientes Pós-procedimento:
adultos ou pediátricos, não excedendo a velocidade de 1. Garantir que os sinais vitais sejam aferidos e compará-lo
infusão de 20-30ml/kg/hora; com as medições de referência;
c. Plasma Fresco Congelado: o tempo máximo de infusão 2. Descartar adequadamente o material utilizado e
deve ser de uma hora. assegurar que todos os procedimentos técnicos,
Pré-procedimento administrativos, de limpeza, desinfecção e do gerenciamento
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de resíduos, sejam executados em conformidade com os geladeira. Nas etiquetas ainda devem constar a data, a hora
preceitos legais e critérios técnicos cientificamente da coleta (as amostras têm validade de 48 horas) e a
comprovados, os quais devem estar descritos em identificação de quem as coletou.
procedimentos operacionais padrão (POP) e documentados ( ) Para se realizar a coleta, devem ser utilizados
nos registros dos respectivos setores de atividades. equipamentos de proteção individual (EPI) – avental, luvas e
3. Todas as atividades desenvolvidas pelo serviço de protetor facial que devem ser descartados, respeitando-se
hemoterapia devem ser registradas e documentadas de as normas de biossegurança.
forma a garantir a rastreabilidade dos processos e produtos,
( ) Os hemocomponentes só devem ser transfundidos após
desde a obtenção até o destino final, incluindo a
a conclusão desses testes pré-transfusionais. Contudo,
identificação do profissional que realizou o procedimento.
existem situações em que o tempo necessário para isso
Devendo constar obrigatoriamente:
a. Data; pode colocar em risco a vida do paciente. Nessas situações,
b. Horário de início e término; permite-se a liberação do hemocomponente para transfusão
c. Sinais vitais no início e no término; com a autorização do médico antes da conclusão do teste.
d. Origem e identificação das bolsas dos hemocomponentes ( ) As amostras devem ser encaminhadas ao laboratório
transfundidos; acondicionadas em suporte que possibilite a visualização
e. Identificação do profissional que a realizou; e dos tubos e estar devidamente identificadas com o símbolo
f. Registro de reações adversas, quando for o caso. de risco biológico.
4. Monitorar o paciente quanto a resposta e a eficácia do A) F, F, V, V.
procedimento; B) V, F, F, V.
C) F, V, V, F.
Compete ao Técnico de Enfermagem: D) F, F, V, F.
1. Cumprir a prescrição efetuada pelo Enfermeiro; 03. (EBSERH-2014)Os candidatos à doação devem
2. Aferir sinais vitais no pré, intra e pós – procedimento
passar por uma “seleção” antes de doarem sangue.
transfusional;
Essa seleção, de responsabilidade do serviço de
3. Observar e comunicar ao Enfermeiro qualquer
hemoterapia que realiza a coleta do sangue, é chamada
intercorrência;
4. Monitorar rigorosamente o gotejamento do sangue ou de triagem clínica e deve ser realizada por profissional
hemoderivado; de saúde habilitado, sob supervisão médica, no mesmo
5. Proceder ao registro das ações efetuadas, no prontuário dia da doação/coleta. É realizada com o intuito de
do paciente, de forma clara, precisa e pontual; selecionar, dentre os candidatos apresentados, somente
6. Participar de treinamentos e programas de educação aqueles que preencherem os critérios desejáveis para
permanente. um doador de sangue. Desse modo, como a triagem
clínica visa a proteger a saúde do doador e a saúde do
QUESTÕES receptor, devem ser verificados os seguintes dados,
01. A transfusão de sangue e hemoderivados é um EXCETO
evento irreversível que acarreta benefícios e riscos A) peso.
potenciais ao receptor. Apesar da indicação precisa e da B) pressão arterial (PA).
administração correta, reações às transfusões podem C) temperatura.
ocorrer. É reação transfusional imediata: D) dosagem de Hemoglobina (Hb) ou do Hematórito (Ht).
A) reação febril não hemolítica. E) imagem radiológica de tórax.
B) reação enxerto versus hospedeiro. 04. (EBSERH-2014) Qual é o critério para considerar o
C) aloimunização eritrocitária. candidato a doador de sangue como inapto definitivo?
D) hemossiderose. A) Ter antecedente de compartilhamento de seringas ou
02. Na etapa pré-transfusional, é realizada a coleta de agulhas.
amostras para exames, utilizando-se dois tubos, um B) Ter feito sexo com um ou mais parceiros ocasionais ou
deles com EDTA, para a tipagem sanguínea e outro, sem desconhecidos ou seus respectivos parceiros sexuais.
anticoagulante, para os testes pré-transfusionais. Este é C) Ter sofrido acidente com material biológico e em
um momento crítico em que a ocorrência de erros pode consequência apresentou contato de mucosa e/ou pele não
comprometer todo o processo transfusional e provocar íntegra com o referido material biológico.
sérios danos ao receptor. Sobre os testes pré- D) Ter colocado piercing, feito tatuagem ou maquiagem
transfusionais, escreva V para verdadeiro e F para falso definitiva, sem condições de avaliação quanto à segurança
sobre o que se afirma nos itens abaixo e assinale a do procedimento realizado.
alternativa correta que preenche corretamente os E) Homens que tiveram relações sexuais com outros
parênteses de cima para baixo. homens e/ou com as parceiras sexuais destes.
( ) Os tubos devem ser identificados imediatamente após a 05. (EBSERH-2014) Conforme o ato da portaria que
coleta das amostras, ainda ao lado do paciente, com aprova o Regulamento Técnico de Procedimentos
etiquetas manuscritas ou impressas, preferencialmente com Hemoterápicos, sobre os tipos de doação, assinale a
código de barras, quando houver tecnologia disponível. alternativa correta.
Essas etiquetas devem conter pelo menos dois dados A) Doação espontânea - doação advinda do indivíduo que
diferentes de identificação (ex.: nome completo e registro), doa para atender à necessidade de um paciente. São feitas
ser legíveis, sem abreviaturas e resistentes à umidade, uma por pessoas motivadas pelo próprio serviço, pela família e
vez que as amostras poderão ficar conservadas em
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amigos para repor o estoque de hemocomponentes do C) Verificar, à beira do leito, a identificação do


serviço de hemoterapia. hemocomponente, conferir se foi corretamente administrado
B) Doação de reposição - doação feita por pessoas ao paciente com a devida prescrição médica e conferir se
motivadas para manter o estoque de sangue do serviço de houve erros ou troca.
hemoterapia. É decorrente de um ato de altruísmo, sem ter o D) Não é necessário verificar os sinais vitais, e sim observar
nome de um possível receptor. o estado cardiorrespiratório.
C) Doação autóloga - doação do próprio paciente para seu E) Não é necessário comunicar a reação ao serviço de
uso exclusivo. hemoterapia, apenas se for reação grave.
D) Doador inapto definitivo - doador que se encontra 08. Quais valores mínimos aceitáveis de hemoglobina
impedido de doar sangue para outra pessoa por um período (Hb) ou hematócrito (Ht) estipulados, pela portaria
indefinido de tempo segundo as normas regulatórias vigente em nosso país a qual redefine o regulamento
vigentes. Pode realizar doação autóloga. técnico de procedimentos hemoterápicos, permitem a
E) Doador inapto por tempo indeterminado - doador que doação de sangue?
nunca poderá doar sangue para outra pessoa. Em alguns A)Hb=12,0g/dl ou Ht=38% (mulheres)/ Hb=13g/dl ou
casos pode realizar doação autóloga. Ht=39% (homens).
06. (EBSERH-2014) Ao longo dos anos, a prática B) Hb=12,5g/dl ou Ht=38% (mulheres)/ Hb=13g/dl ou
hemoterápica no Brasil tem sido alvo de constantes Ht=39% (homens).
normatizações. Entretanto, nem sempre foi assim. C) Hb=12,5g/dl ou Ht=38% (mulheres)/ Hb=13g/dl ou
Desde a criação do primeiro banco de sangue, em 1942, Ht=40% (homens).
até 1964 não existiam registros de leis nacionais D) Hb=12,0g/dl ou Ht=38% (mulheres)/ Hb=13,5g/dl ou
referentes à sua regulamentação técnica. Sobre a Ht=39% (homens).
evolução histórica das práticas hemoterápicas no Brasil, E) Hb=12,4g/dl ou Ht=39% (mulheres)/ Hb=13,5g/dl ou
é INCORRETO afirmar que Ht=39% (homens).
A) a realização do primeiro curso de especialização em 09.Quantas doações de sangue homens e mulheres
hemoterapia, organizado pelo Instituto Osvaldo Cruz no Rio podem fazer, no prazo de um ano, segundo a portaria
de Janeiro na década de 40, tornou-se um catalisador do vigente em nosso país?
crescimento científico da área. A)mulheres: 03 vezes ao ano, com intervalos de 90 dias/
B) somente no final da década de 80, foi publicada a homens: 04 vezes ao ano, com intervalos de 60 dias.
regulamentação técnica da prática hemoterápica que B) mulheres: 04 vezes ao ano, com intervalos de 90 dias/
estipulava as provas de compatibilidade, de pesquisa de homens: 04 vezes ao ano, com intervalos de 60 dias.
anticorpos irregulares nas amostras de sangue do receptor e C) mulheres: 04 vezes ao ano, com intervalos de 60 dias/
do doador e a tipagem ABO e RhD. homens: 04 vezes ao ano, com intervalos de 60 dias.
C) a Portaria 721/89 estabelece padrões mínimos de D) mulheres: 03 vezes ao ano, com intervalos de 60 dias/
identificação das requisições de transfusão, das amostras de homens: 04 vezes ao ano, com intervalos de 90 dias.
sangue de receptor e de seu armazenamento por um 10.O doador de sangue ou componentes deverá ter
período mínimo de 48 horas, a fim de possibilitar o idade mínima e máxima entre:
esclarecimento das reações transfusionais, e de etiquetas A)17 anos completos e 69 anos, 11 meses e 29 dias.
de identificação das bolsas de hemocomponentes B)16 anos completos e 65 anos, 11 meses e 29 dias.
preparadas para transfusão. C)17 anos completos e 69 anos, 11 meses e 30 dias.
D) somente na década de 60, com a criação da Comissão D)15 anos completos e 70 anos, 11 meses e 29 dias.
Nacional de Hemoterapia (CNH), surgem as primeiras E)16 anos completos e 69 anos, 11 meses e 29 dias.
regulamentações técnicas da prática hemoterápica no país. 11. É obrigatório a realização de exames laboratoriais de
E) um histórico transfusional preciso é irrelevante para a alta sensibilidade a cada doação, para detecção de
prevenção de ocorrências de reações transfusionais. Uma marcadores para algumas infecções transmissíveis pelo
vez que avaliar a ocorrência de reações anteriores ou a sangue. As amostras devem ser colhidas no ato da
presença de anticorpos irregulares encontrados doação. Estes exames são realizados em laboratórios
anteriormente, assim como a frequência de uso de específicos, utilizando-se de conjuntos diagnósticos
hemocomponentes são indiferentes na ocorrência de (kits) próprios para esta finalidade, registrados na
reações. ANVISA. Quais são esses exames?
07. A equipe de saúde é principalmente responsável A)sífilis, doença de chagas, hepatite A, hepatite C, AIDS,
pela unidade onde o paciente recebe a transfusão, deve HTLV I/II.
implementar medidas visando a diminuir riscos e B)sífilis, malária, doença de chagas, hepatite B, hepatite C,
complicações. Assim, equipamentos e materiais para AIDS, HTLV I/II.
emergência, suporte ventilatório, devem estar C)sífilis, malária, hepatite B, hepatite C, AIDS, HTLV I/II.
disponíveis e em perfeito funcionamento. Na suspeita de D)sífilis, doença de chagas, hepatite B, hepatite C, AIDS,
reação transfusional, assinale a alternativa correta em HTLV I/II.
relação às ações que devem ser iniciadas. E)sífilis, malária, H1N1, hepatite B, hepatite C, AIDS, HTLV I
A) Continuar a transfusão e comunicar imediatamente o /II.
médico plantonista. 12. As reações transfusionais podem ser classificadas
B) Manter o acesso venoso permeável com solução como imediatas e ou/tardias. O tempo necessário para
heparinizada. identificar uma reação transfusional imediata é:
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A)durante a transfusão ou até 24 horas após a transfusão. E)estar em ótimas condições de saúde, estar em jejum de
B)durante a transfusão ou até 12 horas após a transfusão. no mínimo 8h, pesar no mínimo 50 kg, não ter ingerido
C)até 48 horas após a transfusão. bebida alcóolica nas últimas 12 horas.
D)durante a transfusão ou até 8 horas após a transfusão. 17. Várias vacinas podem impedir, por um determinado
E)até 36 horas após a transfusão. tempo, a doação de sangue, segundo a portaria vigente
13.Qual é o tempo ideal para a realização da coleta da em nosso país. As vacinas de febre amarela, tríplice
bolsa de sangue total? viral e rotavírus inaptam o doador de sangue por quanto
A)o tempo de coleta não ultrapassará 14 minutos, sendo o tempo?
tempo ideal de até 12 minutos. A)6 semanas
B) o tempo de coleta não ultrapassará 12 minutos, sendo o B)4 semanas
tempo ideal de até 10 minutos. C)12 meses
C) o tempo de coleta não ultrapassará 14 minutos, sendo o D)40 dias
tempo ideal de até 10 minutos. E)10 semanas
D) o tempo de coleta não ultrapassará 15 minutos, sendo o 18. O candidato à doação de sangue que fizer uso da
tempo ideal de até 08 minutos. maconha não deve doar sangue por quanto tempo,
E) o tempo de coleta não ultrapassará 15 minutos, sendo o segundo a portaria brasileira?
tempo ideal de até 12 minutos. A)por 24 horas
14. Foi prescrito crioprecipitado para um paciente B)por 12 horas
internado com quadro de coagulação intravascular C)por 01 semana
disseminada (CID). Ele chegou à unidade em que você D)por 24 meses
está atuando como enfermeiro às 16 horas, tendo sido E)por 12 meses
descongelado o material às 15 horas. Sobre essa 19. O uso de anabolizantes injetáveis, crack ou cocaína
prática, assinale a alternativa correta. por via nasal (inalação) é causa de exclusão da doação
A) Além da utilização nos casos de CID, o crioprecipitado A)por um período de 03 meses, contados a partir da data da
pode ser prescrito em outras condições como última utilização.
hipofibrinogemia congênita e deficiência de fator V, quando B)por um período de 24 meses, contados a partir da data da
não se dispuser do concentrado de fibrinogênio industrial. última utilização.
B) O crioprecipitado pode ser instalado até as 15 horas do C) por um período de 06 meses, contados a partir da data
dia seguinte. da última utilização
C) O período de infusão no paciente com CID deve ser D)inaptam definitivamente o doador.
rápido, em aproximadamente 15 minutos. E) por um período de 12 meses, contados a partir da data da
D) Como não possui muitas partículas de proteínas última utilização
plasmáticas, utiliza-se equipo normal, desde que não seja de 20.(2014) Quais são as modalidades de transfusão?
microgotas. A) Programada; de Rotina; de Urgência; de Emergência.
15.O que é doação autóloga? B) Rápida; Lenta; Demorada; Veloz.
A)consiste em coletar, antes de uma cirurgia, o sangue de C) De Emergência; Parada; de Urgência; Programada.
um familiar do paciente que deverá utilizá-lo. D) Rotina; Emergência; Preparada; Urgência.
B)consiste em coletar, antes de uma cirurgia, o sangue do E) Urgência; Conveniada; Emergência; Indispensável.
paciente que deverá utilizá-lo.
C)consiste em coletar, durante uma cirurgia, o sangue do
paciente que deverá utilizá-lo.
D)consiste em coletar, antes de uma cirurgia, o sangue do
pai ou da mãe do paciente que deverá utilizá-lo.
E)consiste em coletar, após uma cirurgia, o sangue do GABARITO
paciente que utilizou esta bolsa, para repor ao banco de
sangue.
16. O doador de sangue deve preencher alguns 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
requisitos básicos para conseguir realizar sua doação.
A C E A C E C B A E
Assinale a alternativa que apresenta alguns desses
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
requisitos.
A)estar alimentado, pesar no mínimo 55kg, ter um excelente D A E C B C B B E A
acesso venoso, não ter praticado exercícios físicos antes da
doação.
B)estar bem alimentado, pesar no mínimo 50 kg, as
mulheres não podem estar menstruadas.
C)estar em ótimas condições de saúde, estar bem
alimentado, pesar no mínimo 50 kg, não ter ingerido bebida
alcóolica nas últimas 12 horas.
D)estar em ótimas condições de saúde, estar bem
alimentado, pesar no mínimo 50kg, não ter ingerido bebida
alcóolica nas últimas 24 horas.
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SEGURANÇA DO PACIENTE
ADMNISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
“A vontade de se preparar tem que ser maior que a vontade de vencer!”

A Segurança do Paciente é um dos pilares de atuação para exponencialmente. É de fato um problema de saúde pública
prevenir, eliminar e/ou minimizar os riscos de falhas na com discussão inadiável, pois possuem uma elevada
assistência entre os principais objetivos em uma instituição magnitude e transcendência.
de saúde. O relatório foi fruto de pesquisadas desenvolvidas por
James Reason, psicólogo britânico, publica Human Error, o
primeiro da série de relatos sobre a segurança do paciente,
onde mostra que a abordagem individualizada do problema
é obsoleta e propõe a quebra deste paradigma. Ele mostrou
que um erro é fruto da falha de sistema e por isso deve ser
abordado de forma holística (WACHTER, 2010).
Define-se erro como: “as the failure of a planned action to be
completed as intended (i.e., error of execution) or the use of
a wrong plan to achieve an aim (i.e., error of planning)”. Ou
seja, “é a incapacidade de uma ação planejada para ser
concluída ou entendida (erro de execução) ou o uso de um
Ao longo da história, diversas personalidades tiveram a plano errado para atingir um objetivo (erro de
preocupação com a segurança do paciente. planejamento)”, Reason (1990, tradução nossa).
No quarto século antes de Cristo, Hipócrates, já falava de Através de inúmeras observações de acidentes, Reason,
não causar dano ao paciente “Nunca causarei dano a propôs o Modelo do Queijo Suíço, onde um erro ativo (na
ninguém” que após um tempo é traduzido como “Primum ponta) é o resultado de uma sequência alinhada de erros
non nocere” ou “primeiro não causar dano”. Através deste latentes (no processo) – são os orifícios do queijo. Ele trouxe
legado é possível notar que mesmo num contexto a premência de tentar obstruir esses buracos e criar
assistencial elementar, Hipócrates admitiu que os atos camadas sobrepostas a fim de impedir o realinhamento e
assistenciais são passíveis de equívoco e a segurança do assim ratifica que é preciso não ceder ao desejo veemente
paciente já era vista como prioridade. de concentrar a atenção na ponta e convergir às causasraiz,
Em 1847, Ignaz Phillip Semmelweis chamava atenção para Wachter (2010).
a importância da higienização das mãos na prevenção da
mortalidade materna.
Com o passar dos anos, em 1863, Florence Nightingale foi a
primeira líder em segurança do paciente a fazer a análise
estatística para mensurar o resultado da assistência e
reduzir óbitos preveníveis na guerra da Criméia de 42% para
2%. Em seu livro Notes on Hospitals, diz: “Pode parecer
estranho enunciar que a principal exigência em um hospital
seja não causar dano aos doentes”. Nightingale, que
possuía uma mente avançada para sua época, dotava um
vasto conhecimento em ciências, matemática, literatura,
artes, filosofia, história, política e economia, constatou que
existiam falhas nas condutas profissionais as quais eram um Em outubro de 2004, a Organização Mundial de Saúde
sério problema e alerta para a realidade. Ela classificava lançou a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente,
como primordial a segurança dos doentes devido às que incorporou como primeiro desafio a infecção relacionada
consequências observadas. à Assistência à Saúde. O segundo escolhido foi a
Em 1999, a partir da publicação do relatório “To Err is Segurança da Assistência Cirúrgica – Cirurgias Seguras
Human: Buidilng a Safer Health Care System (Errar é salvam vidas.
Humano: Construindo um Sistema de Saúde mais Seguro), Em 2007, na XXII Reunião de Ministros da Saúde do
pelo Instituto de Medicina dos Estados Unidos, surgiu o Mercado Comum do Cone Sul (MERCOSUL) apoiaram a
Movimento Internacional para a Segurança do Paciente que primeira meta da Aliança Mundial para a Segurança do
vem ocupando um espaço cada vez mais amplo no debate Paciente “una atención limpia, es uma atención mas
sobre a qualidade e segurança da assistência à saúde ao segura”. Os países assumiram o compromisso internacional
redor do Mundo e Brasil. de desenvolver Planos Nacionais de Segurança do Paciente
Este relatório chamou atenção e veio à público ao revelar a e Ministros dos Estados-Membros assinaram a Declaração
alta taxa de mortalidade nos hospitais dos EUA decorrentes de Compromisso na Luta Contra as Infecções Relacionadas
de erros na assistência a saúde que estavam entre 44.000 e à Assistência à Saúde (IRAS).
98.000 mortes/ano. Se for realizada uma estimativa ao redor No Brasil, pesquisas nesta área surgiram no início da
do mundo, certamente, esses dados iriam crescer década de 2000, influenciados pelo panorama mundial cuja

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temática já vinha e continua sendo amplamente discutida, V - Cultura de Segurança: configura-se a partir de cinco
vide as certificações das instituições de saúde com métodos características operacionalizadas pela gestão de segurança
de avaliação de caráter não-obrigatório e renovável sob a da organização:
forma de acreditação, demonstraram que os processos a) cultura na qual todos os trabalhadores, incluindo
hospitalares não se encontravam organizados e adequados profissionais envolvidos no cuidado e gestores, assumem
para garantir uma assistência segura e associado a essa responsabilidade pela sua própria segurança, pela
complexidade, a limitação humana que, inevitavelmente, tem segurança de seus colegas, pacientes e familiares;
como efeito os erros. b) cultura que prioriza a segurança acima de metas
Em 2013, o Programa Nacional de Segurança do financeiras e operacionais;
Paciente – PNSP foi lançado em 1º de abril pelo Ministério c) cultura que encoraja e recompensa a identificação, a
da Saúde e ANVISA e propõe um conjunto de medidas para notificação e a resolução dos problemas relacionados à
prevenir e reduzir a ocorrência de incidentes nos serviços de segurança;
saúde – eventos ou circunstâncias que poderiam resultar ou d) cultura que, a partir da ocorrência de incidentes, promove
que resultaram em dano desnecessário para o paciente. o aprendizado organizacional; e
O PNSP foi instituído pela Portaria nº 529, de 1ºde abril de e) cultura que proporciona recursos, estrutura e
2013, que definiu os conceitos relevantes na área da responsabilização para a manutenção efetiva da segurança;
Segurança do Paciente e as principais estratégias para e
implementação do Programa: suporte à implementação de VI - gestão de risco: aplicação sistêmica e contínua de
práticas seguras nos hospitais, criação de um sistema de iniciativas, procedimentos, condutas e recursos na avaliação
notificação de incidentes, elaboração de protocolos e e controle de riscos e eventos adversos que afetam a
promoção de processos de capacitação. segurança, a saúde humana, a integridade profissional, o
meio ambiente e a imagem institucional.
POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE Art. 5º Constituem-se estratégias de implementação do
PNSP:
PORTARIA Nº 529, DE 1º DE ABRIL DE 2013 I - elaboração e apoio à implementação de protocolos, guias
Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente e manuais de segurança do paciente;
(PNSP). II - promoção de processos de capacitação de gerentes,
profissionais e equipes de saúde em segurança do paciente;
Art. 1º Fica instituído o Programa Nacional de Segurança do III - inclusão, nos processos de contratualização e avaliação
Paciente (PNSP). de serviços, de metas, indicadores e padrões de
Art. 2º O PNSP tem por objetivo geral contribuir para a conformidade relativosà segurança do paciente;
qualificação do cuidado em saúde em todos os IV - implementação de campanha de comunicação social
estabelecimentos de saúde do território nacional. sobre segurança do paciente, voltada aos profissionais,
Art. 3º Constituem-se objetivos específicos do PNSP: gestores e usuários de saúde e sociedade;
I - promover e apoiar a implementação de iniciativas V - implementação de sistemática de vigilância e
voltadasà segurança do paciente em diferentes áreas da monitoramento de incidentes na assistência à saúde, com
atenção, organização e gestão de serviços de saúde, por garantia de retornoàs unidades notificantes;
meio da implantação da gestão de risco e de Núcleos de VI - promoção da cultura de segurança com ênfase no
Segurança do Paciente nos estabelecimentos de saúde; aprendizado e aprimoramento organizacional, engajamento
II - envolver os pacientes e familiares nas ações de dos profissionais e dos pacientes na prevenção de
segurança do paciente; incidentes, com ênfase em sistemas seguros, evitando-se os
III - ampliar o acesso da sociedade às informações processos de responsabilização individual; e
relativasà segurança do paciente; VII - articulação, com o Ministério da Educação e com o
IV - produzir, sistematizar e difundir conhecimentos sobre Conselho Nacional de Educação, para inclusão do tema
segurança do paciente; e segurança do paciente nos currículos dos cursos de
V - fomentar a inclusão do tema segurança do paciente no formação em saúde de nível técnico, superior e de pós-
ensino técnico e de graduação e pós-graduação na área da graduação.
saúde. Art. 6º Fica instituído, no âmbito do Ministério da Saúde,
Art. 4º Para fins desta Portaria, são adotadas as seguintes Comitê de Implementação do Programa Nacional de
definições: Segurança do Paciente (CIPNSP), instância colegiada, de
I - Segurança do Paciente: redução, a um mínimo aceitável, caráter consultivo, com a finalidade de promover ações que
do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de visem à melhoria da segurança do cuidado em saúde
saúde; através de processo de construção consensual entre os
II - dano: comprometimento da estrutura ou função do corpo diversos atores que dele participam.
e/ou qualquer efeito dele oriundo, incluindo-se doenças, Art. 7º Compete ao CIPNSP:
lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção, I - propor e validar protocolos, guias e manuais voltados à
podendo, assim, ser físico, social ou psicológico; segurança do paciente em diferentes áreas, tais como:
III - incidente: evento ou circunstância que poderia ter a) infecções relacionadas à assistência à saúde;
resultado, ou resultou, em dano desnecessário ao paciente; b) procedimentos cirúrgicos e de anestesiologia;
IV - Evento adverso: incidente que resulta em dano ao c) prescrição, transcrição, dispensação e administração de
paciente; medicamentos, sangue e hemoderivados;
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d) processos de identificação de pacientes; VIII - um do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN);


e) comunicação no ambiente dos serviços de saúde; IX - um do Conselho Federal de Odontologia (CFO);
f) prevenção de quedas; X - um do Conselho Federal de Farmácia (CFF);
g) úlceras por pressão; XI - um da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS); e
h) transferência de pacientes entre pontos de cuidado; e XII - três de Instituições Superiores de Ensino e Pesquisa
i) uso seguro de equipamentos e materiais; com notório saber no tema Segurança do Paciente.
II - aprovar o Documento de Referência do PNSP; § 1º A coordenação do CIPNSP será realizada pela
III - incentivar e difundir inovações técnicas e operacionais ANVISA, que fornecerá em conjunto com a SAS/MS e a
que visem à segurança do paciente; FIOCRUZ os apoios técnico e administrativo necessários
IV - propor e validar projetos de capacitação em Segurança para o seu funcionamento.
do Paciente; § 2º A participação das entidades de que tratam os incisos V
V - analisar quadrimestralmente os dados do Sistema de a XII do "caput" será formalizada após resposta a convite a
Monitoramento incidentes no cuidado de saúde e propor eles encaminhado pela Coordenação do CIPNSP, com
ações de melhoria; indicação dos seus respectivos representantes.
VI - recomendar estudos e pesquisas relacionados à § 3° Os representantes titulares e os respectivos suplentes
segurança do paciente; serão indicados pelos dirigentes dos respectivos órgãos e
VII - avaliar periodicamente o desempenho do PNSP; e entidades à Coordenação do CIPNSP no prazo de 10 (dez)
VIII elaborar seu regimento interno e submetê-lo à dias a contar da data da data de publicação desta Portaria.
aprovação do Ministro de Estado da Saúde. § 4º O CIPNSP poderá convocar representantes de órgãos e
Art. 8º O CIPNSP instituições é composto por entidades, públicas e privadas, além de especialistas nos
representantes, titular e suplentes, dos seguintes órgãos e assuntos relacionados às suas atividades, quando entender
entidades: necessário para o cumprimento dos objetivos previstos
I - do Ministério da Saúde: nesta Portaria.
a) um da Secretaria-Executiva (SE/MS); § 5º O CIPNSP poderá instituir grupos de trabalho para a
b) um da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS/MS); execução de atividades específicas que entender
c) um da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação necessárias para o cumprimento do disposto nesta Portaria.
na Saúde (SGTES/MS); Art. 9º As funções dos membros do CIPNSP não serão
d) um da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS); e remuneradas e seu exercício será considerado de relevante
e) um da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos interesse público.
Estratégicos (SCTIE/MS); Art. 10. O Ministério da Saúde instituirá incentivos
II - um da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ); financeiros para a execução de ações e atividades no
III - um da Agência Nacional de Vigilância Sanitária âmbito do PNSP, conforme normatização específica,
(ANVISA); mediante prévia pactuação na Comissão Intergestores
IV - um da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); Tripartite (CIT).
V - um do Conselho Nacional de Secretários de Saúde Art. 11. Esta Portaria entra em vigor na data de sua
(CONASS); publicação.
VI - um do Conselho Nacional de Secretários Municipais de
Saúde (CONASEMS);
VII - um do Conselho Federal de Medicina (CFM);

#PROVA!
CONCEITOS IMPORTANTES PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE
TERMO DEFINIÇÃO
SEGURANÇA DO PACIENTE Redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado ao cuidado
de saúde.
INCIDENTE Evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano desnecessário
ao paciente.
DANO Comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito dele oriundo,
incluindo-se doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção, podendo,
assim, ser físico, social ou psicológico.
EVENTO ADVERSO Incidente que resulta em dano ao paciente.
ERRO Falha na finalização de uma ação planejada ou aplicação de um plano incorreto.
RISCO Probabilidade de ocorrência de um incidente.
PERIGO Circunstância, agente ou ação com potencial de causar danos.

NEAR MISS Incidente que não atingiu o paciente.

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CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Seção I-Objetivo
Art. 1º Esta Resolução tem por objetivo instituir ações para
a promoção da segurança do paciente e a melhoria da
qualidade nos serviços de saúde.
Seção II-Abrangência
Art. 2º Esta Resolução se aplica aos serviços de saúde,
sejam eles públicos, privados, filantrópicos, civis ou
militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e
pesquisa.
Parágrafo único. Excluem-se do escopo desta Resolução os
consultórios individualizados, laboratórios clínicos e os
serviços móveis e de atenção domiciliar.
Seção III-Definições
Art. 3º Para efeito desta Resolução são adotadas as
seguintes definições:
I - boas práticas de funcionamento do serviço de saúde:
componentes da garantia da qualidade que asseguram que
os serviços são ofertados com padrões de qualidade
adequados;
II - cultura da segurança: conjunto de valores, atitudes,
competências e comportamentos que determinam o
comprometimento com a gestão da saúde e da segurança,
substituindo a culpa e a punição pela oportunidade de
aprender com as falhas e melhorar a atenção à saúde;
III - dano: comprometimento da estrutura ou função do
corpo e/ou qualquer efeito dele oriundo, incluindo doenças,
lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção,
podendo, assim, ser físico, social ou psicológico;
IV - evento adverso: incidente que resulta em dano à
ATENÇÃO! Leitura obrigatória dos protocolos! saúde;
V - garantia da qualidade: totalidade das ações
Identificação do Cirurgia Segura
sistemáticas necessárias para garantir que os serviços
Protocolos Paciente prestados estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos
Básicos de Prevenção de Prática de para os fins a que se propõem;
Segurança do úlcera por pressão higiene das VI - gestão de risco: aplicação sistêmica e contínua de
Paciente mãos em políticas, procedimentos, condutas e recursos na
serviços de identificação, análise, avaliação, comunicação e controle de
riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a saúde
saúde
humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a
Segurança na Prevenção de imagem institucional;
prescrição, uso e quedas VII - incidente: evento ou circunstância que poderia ter
administração de resultado, ou resultou, em dano desnecessário à saúde;
medicamentos VIII - núcleo de segurança do paciente (NSP): instância
do serviço de saúde criada para promover e apoiar a
implementação de ações voltadas à segurança do paciente;
RESOLUÇÃO - RDC Nº 36, DE 25 DE JULHO DE 2013
IX - plano de segurança do paciente em serviços de
saúde: documento que aponta situações de risco e
Institui ações para a segurança do paciente em serviços
descreve as estratégias e ações definidas pelo serviço de
de saúde e dá outras providências.
saúde para a gestão de risco visando a prevenção e a
mitigação dos incidentes, desde a admissão até a
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de
transferência, a alta ou o óbito do paciente no serviço de
Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe conferem
saúde;
os incisos III e IV, do art. 15 da Lei n.º 9.782, de 26 de
X - segurança do paciente: redução, a um mínimo
janeiro de 1999, o inciso II, e §§ 1° e 3° do art. 54 do
aceitável, do risco de dano desnecessário associado à
Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da
atenção à saúde;
Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006,
XI - serviço de saúde: estabelecimento destinado ao
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, e suas
desenvolvimento de ações relacionadas à promoção,
atualizações, tendo em vista o disposto nos incisos III, do
proteção, manutenção e recuperação da saúde, qualquer
art. 2º, III e IV, do art. 7º da Lei n.º 9.782, de 1999, e o
que seja o seu nível de complexidade, em regime de
Programa de Melhoria do Processo
internação ou não, incluindo a atenção realizada em
de Regulamentação da Agência, instituído por meio da
consultórios, domicílios e unidades móveis;
Portaria nº 422, de 16 de abril de 2008, em reunião realizada
XII - tecnologias em saúde: conjunto de equipamentos,
em 23 de julho de 2013, adota a seguinte Resolução da
medicamentos, insumos e procedimentos utilizados na
Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente , determino a
atenção à saúde, bem como os processos de trabalho, a
sua publicação:
infraestrutura e a organização do serviço de saúde.

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CAPÍTULO II Seção II
DAS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS Do Plano de Segurança do Paciente em Serviços
Seção I de Saúde
Da criação do Núcleo de Segurança do Paciente Art. 8º O Plano de Segurança do Paciente em Serviços de
Art. 4º A direção do serviço de saúde deve constituir o Saúde (PSP), elaborado pelo NSP, deve estabelecer
Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) e nomear a sua estratégias e ações de gestão de risco, conforme as
composição, conferindo aos membros autoridade, atividades desenvolvidas pelo serviço de saúde para:
responsabilidade e poder para executar as ações do Plano I - identificação, análise, avaliação, monitoramento e
de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde. comunicação dos riscos no serviço de saúde, de forma
§ 1º A direção do serviço de saúde pode utilizar a estrutura sistemática;
de comitês, comissões, gerências, coordenações ou núcleos II - integrar os diferentes processos de gestão de risco
já existentes para o desempenho das atribuições do NSP. desenvolvidos nos serviços de saúde;
§ 2º No caso de serviços públicos ambulatoriais pode ser III - implementação de protocolos estabelecidos pelo
constituído um NSP para cada serviço de saúde ou um NSP Ministério da Saude;
para o conjunto desses, conforme decisão do gestor local do IV - identificação do paciente;
SUS. V - higiene das mãos;
Art. 5º Para o funcionamento sistemático e contínuo do NSP VI - segurança cirúrgica;
a direção do serviço de saúde deve disponibilizar: VII - segurança na prescrição, uso e administração de
I - recursos humanos, financeiros, equipamentos, insumos e medicamentos;
materiais; VIII - segurança na prescrição, uso e administração de
II - um profissional responsável pelo NSP com participação sangue e hemocomponentes;
nas instâncias deliberativas do serviço de saúde. IX - segurança no uso de equipamentos e materiais;
Art. 6º O NSP deve adotar os seguintes princípios e X - manter registro adequado do uso de órteses e próteses
diretrizes: quando este procedimento for realizado;
I - A melhoria contínua dos processos de cuidado e do uso XI - prevenção de quedas dos pacientes;
de tecnologias da saúde; XII - prevenção de úlceras por pressão;
II - A disseminação sistemática da cultura de segurança; XIII - prevenção e controle de eventos adversos em serviços
III - A articulação e a integração dos processos de gestão de de saúde, incluindo as infecções relacionadas à assistência
risco; à saúde;
IV - A garantia das boas práticas de funcionamento do XIV- segurança nas terapias nutricionais enteral e
serviço de saúde. parenteral;
Art.7º Compete ao NSP: XV - comunicação efetiva entre profissionais do serviço de
I - promover ações para a gestão de risco no serviço de saúde e entre serviços de saúde;
saúde; XVI - estimular a participação do paciente e dos familiares
II - desenvolver ações para a integração e a articulação na assistência prestada.
multiprofissional no serviço de saúde; XVII - promoção do ambiente seguro
III - promover mecanismos para identificar e avaliar a CAPÍTULO III
existência de não conformidades nos processos e DA VIGILÂNCIA, DO MONITORAMENTO E DA
procedimentos realizados e na utilização de equipamentos, NOTIFICAÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS
medicamentos e insumos propondo ações preventivas e Art. 9º O monitoramento dos incidentes e eventos adversos
corretivas; será realizado pelo Núcleo de Segurança do Paciente -
IV - elaborar, implantar, divulgar e manter atualizado o Plano NSP.
de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde; Art. 10 A notificação dos eventos adversos, para fins desta
V - acompanhar as ações vinculadas ao Plano de Resolução, deve ser realizada mensalmente pelo NSP, até o
Segurança do Paciente em Serviços de Saúde; 15º (décimo quinto) dia útil do mês subsequente ao mês de
VI - implantar os Protocolos de Segurança do Paciente e vigilância, por meio das ferramentas eletrônicas
realizar o monitoramento dos seus indicadores; disponibilizadas pela Anvisa.
VII - estabelecer barreiras para a prevenção de incidentes Parágrafo único - Os eventos adversos que evoluírem para
nos serviços de saúde; óbito devem ser notificados em até 72 (setenta e duas)
VIII - desenvolver, implantar e acompanhar programas de horas a partir do ocorrido.
capacitação em segurança do paciente e qualidade em Art. 11 Compete à ANVISA, em articulação com o Sistema
serviços de saúde; Nacional de Vigilância Sanitária:
IX - analisar e avaliar os dados sobre incidentes e eventos I - monitorar os dados sobre eventos adversos notificados
adversos decorrentes da prestação do serviço de saúde; pelos serviços de saúde;
X - compartilhar e divulgar à direção e aos profissionais do II - divulgar relatório anual sobre eventos adversos com a
serviço de saúde os resultados da análise e avaliação dos análise das notificações realizadas pelos serviços de saúde;
dados sobre incidentes e eventos adversos decorrentes da III - acompanhar, junto às vigilâncias sanitárias distrital,
prestação do serviço de saúde; estadual e municipal as investigações sobre os eventos
XI - notificar ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária os adversos que evoluíram para óbito.
eventos adversos decorrentes da prestação do serviço de CAPÍTULO IV
saúde; DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
XII- manter sob sua guarda e disponibilizar à autoridade Art. 12 Os serviços de saúde abrangidos por esta
sanitária, quando requisitado, as notificações de eventos Resolução terão o prazo de 120 (cento e vinte) dias para a
adversos; estruturação dos NSP e elaboração do PSP e o prazo de
XIII - acompanhar os alertas sanitários e outras 150 (cento e cinquenta) dias para iniciar a notificação
comunicações de risco divulgadas pelas autoridades mensal dos eventos adversos, contados a partir da data da
sanitárias. publicação desta Resolução.
Art. 13 O descumprimento das disposições contidas nesta
Resolução constitui infração sanitária, nos termos da Lei n.

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6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das A entrega da dieta e;


responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis. A realização de procedimentos invasivos.
Art. 14 Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
ATENÇÃO!
DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO
O profissional responsável pelo cuidado deverá perguntar o
PROTOCOLO DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE nome ao paciente/familiar/acompanhante e conferir as
informações contidas na pulseira do paciente com o cuidado
A finalidade deste protocolo é garantir a correta identificação prescrito, ou com a rotulagem do material que será utilizado.
do paciente, a fim de reduzir a ocorrência de incidentes. O A identificação do hemocomponente e dos hemoderivados
processo de identificação do paciente deve assegurar que o deve seguir a legislação específica.
cuidado seja prestado à pessoa para a qual se destina. A confirmação da informação contida na pulseira do recém-
nascido e na pulseira da mãe deve ocorrer em todo o
A identificação correta do paciente é o processo pelo qual se momento que o recém-nascido for entregue à mãe ou
assegura ao paciente que a ele é destinado determinado responsável legal (em caso de impossibilidade da mãe).
tipo de procedimento ou tratamento, prevenindo a ocorrência Caso a mãe não esteja internada, deverá ser solicitado
de erros e enganos que o possam lesar. documento que comprove o nome da mãe e deverá ser
realizada a confirmação com os dados existentes na pulseira
Erros de identificação do paciente podem ocorrer, desde a do recém-nascido.
admissão até a alta do serviço, em todas as fases do Mesmo que o profissional de saúde conheça o paciente,
diagnóstico e do tratamento. Alguns fatores podem deverá verificar os detalhes de sua identificação para
potencializar os riscos na identificação do paciente como: garantir que o paciente correto receba o cuidado correto.
estado de consciência do paciente, mudanças de leito, setor A verificação da identidade do paciente não deve ocorrer
ou profissional dentro da instituição e outras circunstâncias apenas no início de um episódio de cuidado, mas deve
no ambiente. continuar a cada intervenção realizada no paciente ao longo
O protocolo deverá ser aplicado em todos os ambientes de de sua permanência no hospital, a fim de manter a sua
prestação do cuidado de saúde (por exemplo, unidades de segurança.
internação, ambulatório, salas de emergência, centro PEÇA ao paciente que declare (e, quando possível, soletre)
cirúrgico) em que sejam realizados procedimentos, quer seu nome completo e data de nascimento.
terapêuticos, quer diagnósticos. SEMPRE verifique essas informações na pulseira de
Para assegurar que todos os pacientes sejam corretamente identificação do paciente, que deve dizer exatamente o
identificados, é necessário usar pelo menos dois mesmo. Checar se a impressão ou registro encontrase
identificadores em pulseira branca padronizada, colocada legível.
num membro do paciente para que seja conferido antes do Lembrar que deve constar o nome completo do paciente,
cuidado. sem abreviaturas.
O serviço de saúde escolhe o membro em função do NUNCA pergunte ao paciente “você é o Sr. Silva?” porque o
paciente. Em geral, o local escolhido para o adulto é o paciente pode não compreender e concordar por engano.
punho, mas, para recém-nascidos, a pulseira deve ser NUNCA suponha que o paciente está no leito correto ou que
colocada preferencialmente no tornozelo. Nos casos em que a etiqueta com o nome acima do leito está correta.
não haverá possibilidade do uso em adultos em membros
superiores, indicar o uso em membros inferiores. PROTOCOLO PARA A PRÁTICA DE HIGIENE DAS MÃOS
EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Utilizar no mínimo dois identificadores como:
nome completo do paciente, Instituir e promover a higiene das mãos nos serviços de
nome completo da mãe do paciente, saúde do país com o intuito de prevenir e controlar as
data de nascimento do paciente infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS),
número de prontuário do paciente. visando à segurança do paciente, dos profissionais de saúde
e de todos aqueles envolvidos nos cuidados aos pacientes.
A identificação do recém-nascido requer cuidados
adicionais. A pulseira de identificação deve conter Este protocolo deverá ser aplicado em todas os serviços de
minimamente a informação do nome da mãe e o número do saúde, públicos ou privados, que prestam cuidados à saúde,
prontuário do recém-nascido, bem como outras informações seja qual for o nível de complexidade, no ponto de
padronizadas pelo serviço de saúde. assistência.
Entende-se por Ponto de Assistência, o local onde três
Confirmar a identificação do paciente antes do cuidado elementos estejam presentes: o paciente, o profissional de
A confirmação da identificação do paciente será realizada saúde e a assistência ou tratamento envolvendo o contato
antes de qualquer cuidado que inclui: com o paciente ou suas imediações (ambiente do paciente).
A administração de medicamentos, O Produto de higienização das mãos deverá estar tão
A administração do sangue, próximo quanto possível do profissional, ou seja, ao alcance
A administração de hemoderivados, das mãos no ponto de atenção ou local de tratamento, sem
A coleta de material para exame, a necessidade do profissional se deslocar do ambiente no
qual se encontra o paciente.
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O produto mais comumente disponível é a preparação • Trocar de luvas durante o contato com o paciente se for
alcóolica para as mãos, que deve estar em dispensadores mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo;
fixados na parede, frascos fixados na cama / na mesa de • Trocar de luvas quando estas estiverem danificadas;
cabeceira do paciente, nos carrinhos de curativos / • Nunca tocar desnecessariamente superfícies e materiais
medicamentos levados para o ponto de assistência, (tais como telefones, maçanetas, portas) quando estiver com
podendo também ser portado pelos profissionais em frascos luvas;
individuais de bolso. • Higienizar as mãos antes e após o uso de luvas;
“Higiene das mãos” é um termo geral, que se refere a
qualquer ação de higienizar as mãos para prevenir a PROTOCOLO PARA CIRURGIA SEGURA
transmissão de micro-organismos e consequentemente A finalidade deste protocolo é determinar as medidas a
evitar que pacientes e profissionais de saúde adquiram serem implantadas para reduzir a ocorrência de incidentes e
IRAS. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância eventos adversos e a mortalidade cirúrgica, possibilitando o
Sanitária – Anvisa, o termo engloba a higiene simples, a aumento da segurança na realização de procedimentos
higiene antisséptica, a fricção antisséptica das mãos com cirúrgicos, no local correto e no paciente correto, por meio
preparação alcoólica e a antissepsia cirúrgica das mãos. do uso da Lista de Verificação de Cirurgia Segura
desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde – OMS.
As mãos devem ser higienizadas em momentos essenciais e O protocolo para Cirurgia Segura deverá ser aplicado em
necessários de acordo com o fluxo de cuidados assistenciais todos os locais dos estabelecimentos de saúde em que
para prevenção de IRAS causadas por transmissão cruzada sejam realizados procedimentos, quer terapêuticos, quer
pelas mãos: “Meus cinco momentos para a higiene das diagnósticos, que impliquem em incisão no corpo humano
mãos”. ou em introdução de equipamentos endoscópios, dentro ou
1.Antes de tocar o paciente fora de centro cirúrgico, por qualquer profissional de saúde.
2.Antes de realizar procedimento limpo/asséptico
-Antes de manusear um dispositivo invasivo, A Lista de Verificação divide a cirurgia em três fases:
independentemente do uso ou não de luvas. I - Antes da indução anestésica;
-Ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro II - Antes da incisão cirúrgica; e
durante o atendimento do mesmo paciente. III - Antes do paciente sair da sala de cirurgia.
3. Após o risco de exposição a fluidos corporais ou
excreções Cada uma dessas fases corresponde a um momento
-Após contato com fluidos corporais ou excretas, específico do fluxo normal de um procedimento cirúrgico.
membranas mucosas, pele não íntegra ou curativo. Para a utilização da Lista de Verificação, uma única pessoa
-Ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro deverá ser responsável por conduzir a checagem dos itens.
durante o atendimento do mesmo paciente. Em cada fase, o condutor da Lista de Verificação deverá
-Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas confirmar se a equipe completou suas tarefas antes de
4. Após tocar o paciente prosseguir para a próxima etapa. Caso algum item checado
-Antes e depois do contato com o paciente não esteja em conformidade, a verificação deverá ser
-Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas interrompida e o paciente mantido na sala de cirurgia até a
5.Após tocar superfícies próximas ao paciente sua solução.
-Após contato com superfícies e objetos inanimados
(incluindo equipamentos para a saúde) nas proximidades do Antes da indução anestésica
paciente O condutor da Lista de Verificação deverá:
-Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas 1. Revisar verbalmente com o próprio paciente, sempre que
possível, que sua identificação tenha sido confirmada.
Cuidado com o uso de luvas 2. Confirmar que o procedimento e o local da cirurgia estão
O uso de luvas não altera nem substitui a higienização das corretos.
mãos, seu uso por profissionais de saúde não deve ser 3. Confirmar o consentimento para cirurgia e a anestesia.
adotado indiscriminadamente, devendo ser restrito às 4. Confirmar visualmente o sítio cirúrgico correto e sua
indicações a seguir: demarcação.
• Utilizá-las para proteção individual, nos casos de contato 5. Confirmar a conexão de um monitor multiparâmetro ao
com sangue e líquidos corporais e contato com mucosas e paciente e seu funcionamento.
pele não íntegra de todos os pacientes; 6. Revisar verbalmente com o anestesiologista, o risco de
• Utilizá-las para reduzir a possibilidade de os micro- perda sanguínea do paciente, dificuldades nas vias aéreas,
organismos das mãos do profissional contaminarem o histórico de reação alérgica e se a verificação completa de
campo operatório (luvas cirúrgicas); segurança anestésica foi concluída.
• Utilizá-las para reduzir a possibilidade de transmissão de
micro-organismos de um paciente para outro nas situações Antes da incisão cirúrgica (Pausa Cirúrgica)
de precaução de contato; Neste momento, a equipe fará uma pausa imediatamente
• Trocar de luvas sempre que entrar em contato com outro antes da incisão cirúrgica para realizar os seguintes passos:
paciente; 1.A apresentação de cada membro da equipe pelo nome e
função.

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2.A confirmação da realização da cirurgia correta no Fatores de risco para queda


paciente correto, no sítio cirúrgico correto. a) Demográfico: crianças < 5anos e idosos > 65 anos.
3.A revisão verbal, uns com os outros, dos elementos b) Psico-cognitivos: declínio cognitivo, depressão,
críticos de seus planos para a cirurgia, usando as questões ansiedade.
da Lista de Verificação como guia. c) Condições de saúde e presença de doenças crônicas:
4.A confirmação da administração de antimicrobianos acidente vascular cerebral prévio; hipotensão postural;
profiláticos nos últimos 60 minutos da incisão cirúrgica. tontura; convulsão; síncope; dor intensa; baixo índice de
5.A confirmação da acessibilidade dos exames de imagens massa corpórea; anemia; insônia; incontinência ou urgência
necessários. miccional; incontinência ou urgência para evacuação; artrite;
osteoporose; alterações metabólicas (como, por exemplo,
Antes do paciente sair da sala de cirurgia hipoglicemia).
A equipe deverá revisar em conjunto a cirurgia realizada por d) Funcionalidade: dificuldade no desenvolvimento das
meio dos seguintes passos: atividades da vida diária, necessidade de dispositivo de
1. A conclusão da contagem de compressas e instrumentais. auxílio à marcha; fraqueza muscular e articulares;
2. A identificação de qualquer amostra cirúrgica obtida. amputação de membros inferiores; e deformidades nos
3. A revisão de qualquer funcionamento inadequado de membros inferiores.
equipamentos ou questões que necessitem ser e) Comprometimento sensorial: visão; audição; ou tato.
solucionadas. f) Equilíbrio corporal: marcha alterada.
4. A revisão do plano de cuidado e as providencias quanto à g) Uso de medicamentos: Benzodiazepínicos; Antiarrítmicos;
abordagem pósoperatória e da recuperação pós-anestésica anti-histamínicos; antipsicóticos; antidepressivos; digoxina;
antes da remoção do paciente da sala de cirurgia. diuréticos; laxativos; relaxantes musculares;
vasodilatadores; hipoglicemiantes orais; insulina; e
PROTOCOLO PREVENÇÃO DE QUEDAS Polifarmácia (uso de 4 ou mais medicamentos).
h) Obesidade severa.
Finalidade do protocolo: Reduzir a ocorrência de queda de i) História prévia de queda.
pacientes nos pontos de assistência e o dano dela
decorrente, por meio da implantação/implementação de Paciente com alto risco de queda
medidas que contemplem a avaliação de risco do paciente, a) Paciente independente, que se locomove e realiza suas
garantam o cuidado multiprofissional em um ambiente atividades sem ajuda de terceiros, mas possui pelo menos
seguro, e promovam a educação do paciente, familiares e um fator de risco.
profissionais. b) Paciente dependente de ajuda de terceiros para realizar
As recomendações deste protocolo aplicam-se aos hospitais suas atividades, com ou sem a presença de algum fator de
e incluem todos os pacientes que recebem cuidado nestes risco. Anda com auxílio (de pessoa ou de dispositivo) ou se
estabelecimentos, abrangendo o período total de locomove em cadeira de rodas.
permanência do paciente. c) Paciente acomodado em maca, por exemplo, aguardando
a realização de exames ou transferência, com ou sem a
Queda: Deslocamento não intencional do corpo para um presença de fatores risco.
nível inferior à posição inicial, provocado por circunstâncias
multifatoriais, resultando ou não em dano. Considera-se Paciente com baixo risco de queda
queda quando o paciente é encontrado no chão ou quando, a) Paciente acamado, restrito ao leito, completamente
durante o deslocamento, necessita de amparo, ainda que dependente da ajuda de terceiros, com ou sem fatores de
não chegue ao chão. A queda pode ocorrer da própria risco.
altura, da maca/cama ou de assentos (cadeira de rodas, b) Indivíduo independente e sem nenhum fator de risco.
poltronas, cadeiras, cadeira higiênica, banheira, trocador de
fraldas, bebê conforto, berço etc.), incluindo vaso sanitário. As escalas de avaliação de risco de queda não são
universais, sendo cada uma delas específicas para
Avaliação do risco de queda determinado tipo de paciente, por exemplo adulto e
A avaliação do risco de queda deve ser feita no momento da pediátrico. Todas as escalas apresentam vantagens, mas
admissão do paciente com o emprego de uma escala também limitações operacionais e metodológicas. As
adequada ao perfil de pacientes da instituição. Esta utilizadas com maior frequência no Brasil e
avaliação deve ser repetida diariamente até a alta do internacionalmente são: Morse e St Thomas Risk
paciente. Assessment Tool in the Falling Elderly (STRATIFY). Essas
Na admissão deve-se também avaliar a presença de fatores duas escalas possuem semelhanças quanto à gradação dos
que podem contribuir para o agravamento do dano em caso fatores que predispõem à queda e permitem, portanto,
de queda, especialmente risco aumentado de fratura e classificar o grau de risco que o paciente apresenta para
sangramento. Osteoporose, fraturas anteriores, uso de cair, possibilitando orientar as intervenções necessárias para
anticoagulante e discrasias sanguíneas são algumas das evitar a ocorrência de queda.
condições que podem agravar o dano decorrente de queda.

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PROTOCOLO PARA PREVENÇÃO DE ÚLCERA POR maléolos não têm tecido subcutâneo (adiposo) e uma úlcera
PRESSÃO de estágio III pode ser superficial.
Finalidade do protocolo: Promover a prevenção da Em contrapartida, em zonas com tecido adiposo abundante
ocorrência de úlcera por pressão (UPP) e outras lesões da podem desenvolver-se úlceras por pressão de estágio III
pele. extremamente profundas. O osso e o tendão não são
As recomendações para a prevenção devem ser aplicadas a visíveis ou diretamente palpáveis.
todos os indivíduos vulneráveis em todos os grupos etários.
As intervenções devem ser adotadas por todos os Estágio IV: Perda total da espessura dos tecidos
profissionais de saúde envolvidos no cuidado de pacientes e Perda total da espessura dos tecidos com exposição dos
de pessoas vulneráveis, que estejam em risco de ossos, tendões ou músculos. Neste caso, o tecido
desenvolver úlceras por pressão e que se encontrem em desvitalizado (fibrina úmida) e/ou tecido necrótico podem
ambiente hospitalar, em cuidados continuados, em lares, estar presentes. A profundidade de uma úlcera por pressão
independentemente de seu diagnóstico ou das de estágio IV varia com a localização anatômica.
necessidades de cuidados de saúde. Frequentemente são cavitadas e fistulizadas. A asa do nariz,
orelhas, região occipital e maléolos não têm tecido
Úlcera por pressão (UPP): lesão localizada da pele e/ou subcutâneo (adiposo) e estas úlceras podem ser
tecido subjacente, geralmente sobre uma proeminência superficiais. Uma úlcera de estágio IV pode atingir o
óssea, resultante da pressão ou da combinação entre músculo e/ou estruturas de suporte (i.e. fáscia, tendão ou
pressão e cisalhamento, causado pela fricção. Outros cápsula articular), tornando a osteomielite e a osteíte
fatores estão associados à UPP, mas seu papel ainda não prováveis de acontecer. Existe osso ou músculo visível ou
foi completamente esclarecido. diretamente palpável.

Cisalhamento: deformação que sofre um corpo quando Outros estágios:


sujeito à ação de forças cortantes. Inclassificáveis/Não graduáveis: Perda total da espessura da
pele ou de tecidos – profundidade indeterminada Perda total
Estadiamento de UPP: classificação da UPP, que auxilia na da espessura dos tecidos, na qual a profundidade atual da
descrição clínica da profundidade observável de destruição úlcera está bloqueada pela presença de tecido necrótico
tecidual. (amarelo, acastanhado, cinzento, verde ou castanho) e/ou
Estadiamento de Ulceras Por Pressão – UPP escara (tecido necrótico amarelo escuro, castanho ou preto)
Estágio I: eritema não branqueável no leito da ferida. Até que seja removido tecido necrótico
Pele intacta, com rubor não branqueável, numa área suficiente para expor a base da ferida, a verdadeira
localizada, normalmente sobre uma proeminência óssea. O profundidade não pode ser determinada; é no entanto uma
estágio I pode ser difícil de identificar em indivíduos com úlcera de estágio III ou IV. Obs. Uma escara estável (seca,
tons de pele escuros, visto que nestes o branqueamento aderente, intacta e sem eritema ou flutuação) nos calcâneos,
pode não ser visível, a sua cor, porém, pode ser diferente da serve como penso biológico natural e não deve ser
pele ao redor. A área pode estar dolorida, endurecida, mole, removida.
mais quente ou mais fria comparativamente ao tecido
adjacente. Este estágio pode ser indicativo de pessoas “em Suspeita de lesão nos tecidos profundos:
risco”. Área vermelha escura ou púrpura localizada em pele intacta
e descorada ou flictena preenchida com sangue, provocadas
Estágio II: perda parcial da espessura da pele por danos no tecido mole subjacente pela pressão e/ou
Perda parcial da espessura da derme, que se apresenta forças de torção. A área pode estar rodeada por tecido mais
como uma ferida superficial (rasa) com leito vermelho – rosa doloroso, firme, mole, úmido, quente ou frio
sem esfacelo. Pode também se apresentar como flictena comparativamente ao tecido adjacente. A lesão dos tecidos
fechada ou aberta, preenchida por líquido seroso ou sero- profundos pode ser difícil de identificar em indivíduos com
hemático. Apresenta-se ainda, como uma úlcera brilhante ou tons de pele escuros. A evolução pode incluir uma flictena
seca, sem crosta ou equimose (um indicador de lesão de espessura fina sobre o leito de uma ferida escura. A
profunda). As características deste estágio não devem ser ferida pode evoluir adicionalmente ficando coberta por uma
confundidas com fissuras de pele, queimaduras por abrasão, fina camada de tecido necrótico (escara). A sua evolução
dermatite associada à incontinência, maceração ou pode ser rápida expondo outras camadas de tecido
escoriações. adicionais mesmo com o tratamento adequado.

Estágio III: Perda total da espessura da pele A maioria dos casos de UPP pode ser evitada por meio da
Perda total da espessura tecidual. Neste caso, o tecido identificação dos pacientes em risco e da implantação de
adiposo subcutâneo pode ser visível, mas não estão estratégias de prevenção confiáveis para todos os pacientes
expostos os ossos, tendões ou músculos. Pode estar identificados como de risco. As seis etapas essenciais de
presente algum tecido desvitalizado (fibrina úmida), mas uma estratégia de prevenção de UPP são:
este não oculta a profundidade da perda tecidual. Pode
incluir lesão cavitária e encapsulamento. A profundidade de
uma úlcera de estágio III varia de acordo com a localização
anatômica. A asa do nariz, orelhas, região occipital e
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ETAPA 1: Avaliação de úlcera por pressão na admissão de dispensação e administração de medicamento ao qual o
todos os pacientes. paciente é alérgico.
ETAPA 2: Reavaliação diária de risco de desenvolvimento
de UPP de todos os pacientes internados. Expressões vagas como “usar como de costume”, “usar
ETAPA 3: Inspeção diária da pele. como habitual”, “a critério médico”,“se necessário” (sem
ETAPA 4: Manejo da Umidade: manutenção do paciente indicação de dose máxima, posologia e condição de uso),
seco e com a pele hidratada. “uso contínuo” e “não parar” devem ser abolidas das
ETAPA 5: Otimização da nutrição e da hidratação. prescrições.
ETAPA 6: Minimizar a pressão. Quando for preciso utilizar a expressão “se necessário”,
deve-se obrigatoriamente definir:
Dose;
PROTOCOLO DE SEGURANÇA NA PRESCRIÇÃO, USO posologia;
E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS dose máxima diária deve estar claramente descrita; e
condição que determina o uso ou interrupção do uso do
Promover práticas seguras no uso de medicamentos em medicamento.
estabelecimentos de saúde.
O protocolo de segurança na prescrição, uso e ATENÇÃO! As prescrições verbais devem ser restritas às
administração de medicamentos deverá ser aplicado em situações de urgência/emergência, devendo ser
todos os estabelecimentos que prestam cuidados à saúde, imediatamente escritas no formulário da prescrição após a
em todos os níveis de complexidade, em que medicamentos administração do medicamento. A prescrição verbal deve
sejam utilizados para profilaxia, exames diagnósticos, ser validada pelo prescritor assim que possível. Quando a
tratamento e medidas paliativas. ordem verbal for absolutamente necessária, o prescritor
deve falar o nome, a dose e a via de administração do
A identificação do paciente na prescrição deverá utilizar medicamento de forma clara. Quem recebeu a ordem verbal
exclusivamente o nome completo do paciente. A utilização deve repetir de volta o que foi dito e ser confirmado pelo
do nome incompleto e do nome abreviado deve ser excluída prescritor antes de administrar o medicamento.
da prática cotidiana dos estabelecimentos de saúde.
A identificação do prescritor deverá ser realizada contendo o As doses dos medicamentos potencialmente perigosos ou
nome completo e número de registro do conselho de alta vigilância deverão ser conferidas com dupla
profissional e assinatura. Esse registro poderá ser checagem na fase dos cálculos para prescrição e análise
manuscrito ou com a utilização de carimbo contendo os farmacêutica da prescrição para dispensação.
elementos de identificação. A identificação do prescritor
deverá ser legível para conferir autenticidade à prescrição. ATENÇÃO! Erro de Medicação é definido como qualquer
Problemas na legibilidade da prescrição podem evento evitável que pode causar ou levar ao uso
comprometer a comunicação entre prescritor e paciente e inadequado de medicamentos ou dano ao paciente
entre prescritor e demais profissionais de saúde, sendo enquanto a medicação está sob o controle do profissional de
geradora importante de erros de medicação, sobretudo, a saúde, paciente ou consumidor.
troca de medicamentos com nomes parecidos.
Tais eventos podem estar relacionados à prática
Recomenda-se que os medicamentos sejam prescritos sem profissional, produtos de saúde, procedimentos e sistemas,
o uso de abreviaturas, pois seu uso aumenta a chance de incluindo prescrição; comunicação; monitoramento;
erro de medicação. rotulagem dos produtos, embalagem e nomenclatura;
As abreviaturas “U” e “UI” significando “unidades” e composição; dispensação; distribuição; administração;
“unidades internacionais”, respectivamente, são educação e uso.
consideradas as mais perigosas de todas, pois podem levar Práticas seguras na administração de medicamentos
à administração de doses 10 ou 100 vezes maior do que a I. Paciente certo
prescrita. Desta maneira, deve-se abolir o uso de II. Medicamento certo
abreviaturas “U” e “UI”, escrevendo a palavra “unidade” por III. Via certa
extenso no lugar de “U” ou “unidade internacional” no lugar IV. Hora certa
de “UI”. Caso exista padronização de abreviatura para via de V. Dose certa
administração, preferir o uso de “EV” (para endovenosa) em VI. Registro certo da administração
vez de IV (intravenosa), em função do risco de erro de VII. Orientação correta
interpretação do “IV” como “IM”, sobretudo quando VIII. Forma certa
associado a pouca legibilidade da prescrição. IX. Resposta certa

Deve-se registrar com destaque na prescrição as alergias


relatadas pelo paciente, familiares e/ou cuidadores.O
registro do relato de alergia na prescrição subsidia
adequada análise farmacêutica das prescrições e os
cuidados de enfermagem, reduzindo, assim, a chance da

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ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS MEDICAMENTO ANTÍDOTO


Midazolan Flumazenil
A atividade de administração de medicamento é uma pratica Opiáceos Naloxone
constante em enfermagem, representa um fator de grande Varfarina Fitometadiona (Vitamina K)
importância em procedimentos de prevenção e cura. As Heparina Protamina
práticas realizadas nos ambientes hospitalares estão sob a Sulfato de magnésio Gluconato de cálcio a 10%
supervisão de uma equipe de enfermagem, que estão
envolvidos em um processo de terapia medicamentosa, CÁLCULO DE MEDICAÇÕES
tendo em vista a responsabilidade incumbida à enfermagem Conceitos básicos envolvidos no cálculo de medicamentos:
desde o momento que o médico prescreve até sua - Solução: mistura homogênea composta de soluto e
administração ao paciente, é preciso a equipe analisar solvente.
criticamente o sistema de medicação, analisando as - Solvente: é a porção líquida da solução.
possíveis falhas e causas. - Soluto: é a porção sólida da solução.
Exemplo: No soro glicosado a água é o solvente e a glicose
ATENÇÃO AOS CONCEITOS! é o soluto.
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO: É o processo de Concentração: a relação entre a quantidade de soluto e
preparo e introdução de medicamento no organismo solvente.
humano, visando obter efeitos terapêuticos. Exemplo: g/ml a quantidade em gramas de soluto pela
quantidade em mililitros de solvente.
DOSE: É a quantidade prescrita do medicamento. Proporção: forma de expressar uma concentração e consiste
Dose máxima: máximo dose que causa efeito terapêutico, na relação entre soluto e solvente expressa em “partes”.
sem ocasionar efeitos tóxicos indesejáveis. Exemplo: 1:500, significa que há 1g de soluto para 500ml de
Dose tóxica: quando a máxima foi ultrapassada. Apresenta solvente.
efeitos colaterais indesejados, tóxicos. Porcentagem: é uma outra forma de expressar uma
Dose Mínima: mínimo para ter efeito terapêutico. concentração. O termo por cento (%) significa que a
Dose terapêutica: intervalo entre a dose mínima e a dose quantidade de solvente é sempre 100ml. Exemplo: 7%,
máxima. significa que há 7g de soluto em 100ml de solvente.
Dose letal: dose que quando administrada provoca a morte.
DOSE DE MANUTENÇÃO: É a dose necessária para IMPORTANTE!!
manter os níveis desejáveis de medicamento na corrente FÓRMULA CÁLCULO FÓRMULA CÁLCULO
sanguínea e tecidos durante o tratamento. GOTAS/MINUTO MICROGOTAS/MINUTO
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS MEDICAMENTOS Gts/ min = _V (ml)_ microgts/ min = _V (ml)_
SÓLIDA: Pó, comprimido, drágeas (tem revestimento 3 x T (h) T (h)
gelatinoso), óvulos, pílulas, supositório (semi-sólido),
cápsulas (invólucro gelatinoso), pérola; O cálculo de gts/min é típica em provas de concurso.
LÍQUIDOS: Soluções, xarope, elixir, suspensão (agitar antes Pronto! Basta ficar atento para só colocar na fórmula volume
de usar), colírio, tintura, emulsão (combinação de dois estando em ML e tempo estando em HORA.
líquidos que não se misturam totalmente); Se a questão te der unidades diferentes você converte antes
de colocar na fórmula.
São considerados fatores importantes na absorção: ATENÇÃO!!
IDADE: Os idosos por terem função hepática diminuída, MEDIDAS e EQUIVALÊNCIAS
menos massa muscular, função renal diminuída, precisam 1g = 1000mg
de doses menores com espaços maiores para evitar 1L = 1000ml
intoxicação. 1ml = 20gotas
1Gota = 3 microgotas
RECÉM-NASCIDO: tem função renal inadequada, sistema 1 colher de sopa = 15 ml
metabólico diminuído. É necessário que se faça dosagem 1 colher de sobremesa = 10 ml
individualizada e monitoração cuidadosa. 1 colher de chá = 5 ml
1 colher de café = 3 ml
OUTROS: inanição, cardiopatas, alteração de função renal e
hepática, etc. AS UNIDADES DE MASSA MAIS USADAS NAS
INSTITUIÇÕES DE SAÚDE SÃO: quilograma, grama,
Com frequência as provas de concurso vêm cobrando miligrama, micrograma;
conhecimentos prévios sobre antídotos. Os que mais são
cobrados são os que seguem na tabela abaixo. Precisamos
aprendê-los.

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ATENÇÃO! Diluição de Penicilina Cristalina: O frasco- >>>Via retal: com frequência, a via retal é utilizada quando
ampola vem em concentrações de 5.000.000 UI e a ingestão não é possível por causa de vômitos ou porque o
10.000.000 UI. paciente se encontra insconsciente.
Vantagens: tem como objetivo deixar o fármaco livre do
metabolismo de primeira passagem, no fígado, pois a droga
entra em vasos que a levam direto à veia cava inferior.
Desvantagens: desconforto que pode proporcionar ao
paciente. Além disso, a absorção retal costuma ser irregular
e incompleta e muitos fármacos provocam irritação da
mucosa retal.

>>>Via parenteral (intramuscular, subcutânea,


intradérmica, intravascular, intratecal, intra-arterial,
Estes frascos possuem volume de 2ml e 4 ml de pó
intracardíaca, intraóssea e intraperitoneal).
respectivamente, sendo que seu volume total pode chegar
Vantagens: a disponibilidade é mais rápida e mais
até 10 ml(somado volume de diluente e soluto),
previsível do que na via oral. Além disso, a dose eficaz pode
ser escolhida de forma mais precisa. No tratamento de
emergências, esse tipo de administração é extensamente
valioso.
Desvantagens: pode ocorrer uma injeção intravascular
acidental, a injeção pode vir acompanhada de forte dor e, às
vezes, é difícil para um paciente injetar o fármaco em si
mesmo se for necessária a automedicação. Os custos desse
tipo de intervenção são outra consideração importante.
Frasco de 5.000.000UI(que tem 2ml de pó)pode ser
adicionado um máximo de 8 ml de água destilada(diluente) e A Farmacologia estuda a natureza dessas alterações
o de 10.000.000 UI pode ser adicionado um máximo de 6 ml seletivas, a sistematização das respostas das substâncias
de água destilada,para que em ambos os casos totalizem química que as causam, assim como o mecanismo pelo qual
um máximo de volume de 10 ml. essas alterações foram efetuadas.

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS DIVISÕES DA FARMACOLOGIA


>>>Via oral: a ingestão é o método mais comum de 1. Fase farmacêutica
prescrição de um fármaco. • Dose administrada
Vantagens: é a mais segura, mais conveniente e a mais • Desintegração do medicamento
econômica. • Dissolução da susbtância ativa
Desvantagens: impossibilidade de absorção de alguns Tem relação com a via de administração Exemplo: Oral,
agentes por causa de suas características físicas, os parenteral, tópica, até que ocorre a dissolução do
vômitos em resposta à irritação da mucosa gastrintestinal, medicamento e liberação da substância ativa: o princípio
destruição de alguns agentes farmacológicos por enzimas ativo.
digestivas ou pelo ph gástrico básico, irregularidades de 2. Fase farmacocinética
absorção ou propulsão na presença de alimentos e outros • Absorção
fármacos e necessidade de cooperação por parte do • Distribuição
paciente. • Metabolização/biotransformação
Contra-indicação: o medicamento irritar a mucosa gástrica; • Excreção
o medicamento interferir na digestão; o paciente não poder 3. Fase farmacodinâmica • Interação droga x receptor
deglutir; patologias do sistema digestivo. FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂMICA
Avalia o que o organismo Avalia o que o fármaco faz
>>>Via sublingual: alguns medicamentos são colocados faz com o fármaco: no organismo:
debaixo da língua para serem absorvidos diretamente pelos  valia o que o organismo  mecanismo de ação
pequenos vasos sanguíneos ali situados. faz com o fármaco:  efeitos bioquímicos
Ex: a via sublingual é especialmente boa para a  absorção do fármaco  efeitos fisiológicos
nitroglicerina, que é utilizada no alivio da angina.  distribuição do fármaco  Relação concentração-
Vantagens: absorção é rápida e o medicamento ingressa  biotransformação efeito
diretamente na circulação geral, sem passar através da
 eliminação do fármaco A resposta e a sensibilidade
parede intestinal e pelo fígado.
 Relação dose- determinam a magnitude do
Desvantagens: a maioria dos medicamentos não pode ser efeito de determinada
concentração
administrado por essa via, porque a absorção é, em geral,
Determinam a rapidez e o concentração
incompleta e errática.
tempo levado para a droga
aparecer no órgão alvo

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QUESTÕES A)analisar quadrimestralmente os dados do sistema de


01.(Fiocruz-2016) Alguns Conceitos-Chave Adotados monitoramento incidentes no cuidado de saúde e propor
Pelo Programa Nacional De Segurança Do Paciente ações de melhoria.
Seguem A Classificação Internacional De Segurança Do B)propor e validar protocolos de transferência de pacientes
Paciente Da Organização Mundial De Saúde (Oms), Que entre pontos de cuidado.
Define Evento Adverso Como: C)incentivar e difundir inovações técnicas e operacionais
A)probabilidade de um incidente ocorrer que visem à segurança do paciente
B)evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou D)acompanhar o cronograma de manutenção preventiva dos
resultou, em dano desnecessário ao paciente. equipamentos de saúde.
C)incidente que resulta em dano ao paciente. E)propor e validar protocolos de prescrição, transcrição,
D)incidente com potencial de dano ou lesão. dispensação e administração de medicamentos, sangue e
E)incidente que atingiu o paciente, mas não causou dano. hemoderivados.
02.(Comperve-2018) A Segurança Do Paciente É Um Dos 06.(Ufla-2018) O Programa Nacional De Segurança Do
Seis Atributos Da Qualidade Do Cuidado E Tem Paciente (Pnsp), Instituído Pela Portaria Gm/Ms No
Adquirido, Em Todo O Mundo, Grande Importância Para 529/2013, Objetiva Contribuir Para A Qualificação Do
Os Pacientes, As Famílias, Os Gestores E Os Cuidado Em Saúde Em Todos Os Estabelecimentos De
Profissionais De Saúde, Com A Finalidade De Ofertar Saúde Do Território Nacional. Neste Sentido, A
Uma Assistência Segura. Os Protocolos De Segurança Resolução Da Diretoria Colegiada - Rdc/Anvisa Nº
Propostos Pelo Programa Nacional De Segurança Do 36/2013 Institui Ações Para A Segurança Do Paciente
Paciente Incluem : Em Serviços De Saúde. São Ações Do Programa,
A)cirurgia segura, identificação do paciente e as úlceras por Exceto:
pressão. A)melhorar a comunicação entre profissionais de saúde.
B)higienização das mãos, acessibilidade aos serviços de B)reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão.
saúde e cirurgia segura. C)executar procedimentos com técnica asséptica.
C)redução de quedas, notificação de eventos adversos e D)higienizar as mãos para evitar infecções.
prescrição de medicamentos 07.(Fcc-2018) A Aliança Mundial Para A Segurança Do
D)identificação do paciente, higienização das mãos e Paciente Foi Criada Pela Organização Mundial Da Saúde
integralidade das ações. Em 2004 E A Cada Dois Anos, É Formulado Um Desafio
03.(Isgh-2015) Para Garantir A Segurança Do Paciente Global Para A Segurança Do Paciente. O Segundo
Em Qualquer Ambiente De Cuidado À Saúde, Incluindo, Desafio É Referente
Por Exemplo, Atendimento Domiciliar E Em A)ao cuidado centrado no paciente.
Ambulatórios, Unidades De Pronto Atendimento, Coleta B)a prevenção de queda.
De Exames Laboratoriais, A Identificação Do Paciente É C)a desnutrição hospitalar.
Conduta Indispensável. Sobre As Medidas De D)a administração de hemoderivados segura.
Segurança Na Identificação Do Paciente Não É Correto E)as cirurgias seguras.
Dizer Que A Equipe De Enfermagem Deve: 08.(Fiocruz-2016) A Portaria Gm/Ms Nº 1.377, De 9 De
A)realizar a identificação dos frascos de amostra de exames Julho De 2013, E A Portaria Nº 2.095, De 24 De Setembro
na presença do paciente, com identificações que De 2013, Aprovam Os Protocolos Básicos De Segurança
permaneçam nos frascos durante todas as fases de análise Do Paciente, Sendo Responsabilidade Dos
(pré-analítica, analítica e pós-analítica); Estabelecimentos De Saúde Implementá-Los. No Total O
B)desenvolver maneiras para igualar pacientes com o Programa Nacional De Segurança Do Paciente Prevê:
mesmo nome; A)4 protocolos.
C)confirmar a identificação do paciente na pulseira, na B)5 protocolos.
prescrição médica e no rótulo do C)6 protocolos.
medicamento/hemocomponente, antes de sua D)7 protocolos.
administração; E)8 protocolos.
D)encorajar não só o paciente como também a família a 09.(Comperve-2018) O Núcleo De Segurança Do
participar de todas as fases do processo de identificação e Paciente (Nsp) É Uma Comissão Do Serviço De Saúde
esclareça sua importância. Criada Para Promover E Apoiar A Implementação De
04.(Fcc-2015) Atualmente, A Melhoria Da Segurança Do Ações Voltadas À Segurança Do Paciente, Além De
Paciente E Da Qualidade Da Assistência À Saúde Tem Desenvolver, Com Colaboração Com A Agência
Recebido Atenção Especial Em Âmbito Global. Neste Nacional De Vigilância Sanitária (Anvisa), Atividades
Contexto, O Coren − Sp E A Rede Brasileira De Relacionadas À Vigilância, Ao Monitoramento E À
Enfermagem E Segurança Do Paciente − Rebraensp Notificação De Eventos Adversos. É Competência
Elaboraram Uma Cartilha Contendo Os “10 Passos Para Exclusiva
A Segurança Do Paciente”, No Qual, Dentre Eles, A)da anvisa notificar os eventos adversos que evoluírem
Destacam-Se para óbito em até 72 horas a partir do ocorrido.
A)prevenção de queda e atendimento domiciliar. B)do nsp a notificação dos eventos adversos, até o 20º dia
B)identificação do paciente e paciente envolvido com sua útil do mês subsequente ao mês de vigilância.
própria segurança. C)da anvisa acompanhar, junto às vigilâncias locais, as
C)utilização de tecnologia inovadora e cirurgia em local investigações sobre os eventos adversos que evoluíram
correto. para óbito.
D)acolhimento e comunicação transparente. D)do nsp monitorar os dados sobre eventos adversos
E)participação da família e higienização das mãos. notificados pelos serviços de saúde, por meio do sistema
05.(Cff-2017) Compete Ao Comitê De Implementação Do notivisa.
Programa Nacional De Segurança Do Paciente (Cipnsp), 10.(Ibfc) Médico Prescreveu 10 Ui De Insulina Regular,
Exceto: Por Via Subcutânea, Para O Paciente Jcs. O Técnico De
Enfermagem Preparou O Medicamento Corretamente.
Entretanto, Administrou O Medicamento No Paciente
Errado, O Que Acarretou Danos Ao Paciente.
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Considerando Os Conceitos De Segurança Do Paciente, 15. As recomendações para prevenção de erros de


Este Incidente É Chamado De____________ . Assinale A medicação envolvendo medicamentos potencialmente
Alternativa Que Completa Corretamente A Lacuna. perigosos (MPP) são baseadas em três princípios:
A)reacional. reduzir a possibilidade de ocorrência de erros; tornar os
B)evento adverso. erros visíveis; e minimizar as consequências dos erros.
C)near miss ou quase erro. Tais princípios orientam o desenvolvimento de
D)circunstância notificável. estratégias para redução de erros envolvendo esses
11. (UFRJ, 2016) A Segurança do Paciente é um medicamentos, que devem estar fundamentadas na
componente essencial da qualidade do cuidado, e tem simplificação e padronização de procedimentos. Dos
adquirido, em todo o mundo, importância cada vez medicamentos listados abaixo, qual não faz parte da
maior para os pacientes e suas famílias, para os lista de MPP (2015):
gestores e profissionais de saúde, no sentido de A) Água destilada estéril
oferecer uma assistência segura. Em relação ao B) Cloreto de Potássio 10%
protocolo de identificação do paciente, assinale a C) Insulina NPH
alternativa correta. D) Heparina concentrada
A)Pacientes atendidos na emergência não precisam utilizar E) Soro glicosado 10%
estes identificadores. 16. Em uma prescrição pede-se a administração de 140
B) É necessário utilizar pelo menos dois identificadores em ml de uma solução em um tempo de 45 min. Calcule o
pulseira branca padronizada, colocada em um membro do número de microgotas necessárias para administrar
paciente, para que sejam conferidos antes do cuidado. essa solução no tempo prescrito e assinale a alternativa
C) Em caso de transferência do paciente para outra correta.
instituição, não é necessário o uso adicional de outro A) 187 microgotas/min
identificador. B) 62 microgotas/min
D) Pode ser utilizado como identificador, além do nome do C) 46 microgotas/min
paciente, o número do leito, da enfermaria ou do quarto. D) 6 microgotas/min
E) É necessário utilizar pelo menos três identificadores em 17. Para infundir 2500ml de soro fisiológico a 0,9%, de
pulseira de qualquer coloração padronizada, colocada em acordo com a prescrição médica, a enfermeira
um membro do paciente, para que sejam conferidos antes programou a bomba infusora para administrar 105ml por
do cuidado. hora, o que corresponde, por minuto, ao seguinte
12. (UFRJ, 2013) Ao final do plantão de 12 horas, a número de gotas:
enfermeira Débora identificou que um técnico de A) 17
enfermagem de sua equipe deixou de administrar uma B) 24
das doses do antibiótico prescrito para um recém- C) 35
nascido. Assinale a alternativa que corresponde ao tipo D) 40
de erro de medicação cometido pelo técnico de 18. para administrar uma droga vasoativa, a enfermeira
enfermagem. fez o cálculo do gotejamento e encontrou o resultado de
A)Erro de dispensação 5 mgts/min. ao instalar esta medicação em bomba
B) Erro de omissão infusora, ela percebeu que o ajuste do volume de
C) Negligência infusão era em ml/hora. sendo assim, a enfermeira
D) Imprudência deverá programar a bomba para um volume de infusão
E) Erro de horário igual a:
13. Com relação à segurança do paciente e de acordo A) 20 ml/hora
com a Classificação Internacional de Segurança do B) 5 ml/hora
Paciente da Organização Mundial da Saúde, assinale a C) 10 ml/hora
alternativa que apresenta a definição de risco. D) 15 ml/hora
A) Redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano 19. Um enfermeiro precisa atender a uma prescrição de
desnecessário associado ao cuidado de saúde. 3.800.000 UI de penicilina g potássica. considerando que
B) Evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou o frasco de 5.000.000 será diluído com 8ml de água
resultou, em dano desnecessário ao paciente. destilada, qual o volume que deverá ser aspirado do
C) Incidente com potencial dano ou lesão. frasco?
D) Probabilidade de um incidente ocorrer. A) 6,0ml
E) Incidente que resulta em dano ao paciente. B) 7,6ml
14. O técnico de enfermagem preparou um medicamento C) 3,8ml
com técnica correta e identificou o rótulo do frasco com D) 6,8 ml
dados do paciente G.H.F., conforme prescrição médica. 20. O médico pediatra do pronto socorro prescreveu
Entretanto, entrou no quarto errado e, para uma criança amoxicilina 325mg, de 8/8 horas por,
consequentemente, conectou o equipo no acesso 10 dias. você tem disponível frasco de 250mg/5ml de
venoso do paciente B.H.F.. E antes de infundir o 150ml após a reconstituição. a dosagem total por dia
medicamento no paciente B.H.F., o técnico de (em ml) e a quantidade de frascos que deverão ser
enfermagem observou que o nome do paciente que fornecidos a mãe são, respectivamente:
estava a sua frente era diferente do nome que constava A) 19,5 ml e 2 frascos.
no rótulo. Dessa maneira, não houve administração do B) 21,0 ml e 2 frascos.
medicamento e não ocorreu dano ao paciente B.H.F.. De C) 15,0 ml e 1 frasco.
acordo com os conceitos de Segurança do Paciente, D) 16,0 ml e 1 frasco.
essa ocorrência é classificada como: 21. Você tem uma prescrição médica de 0,25 mg de
A) Circunstância Notificável. digoxina IV. a ampola que a farmácia enviou diz 0,125mg
B) Evento Adverso. (=1cc). quantos frascos você vai aspirar?
C) Near Miss. A) 1,0
D) Incidente sem dano. B) 1,5
C) 2,0
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D) 3,0 27. (IMPARH-2014) Numa prescrição médica, 20 ml de


E) 3,5 KCl a 10% e 10 ml de NaCl a 20% devem ser
22. A enfermeira recebe uma prescrição médica onde acrescentados a 1000 ml de soro glicosado a 5% e
está solicitando a administração de 150mg de
administradas por via endovenosa. Após 10 horas de
ampicilina. na unidade tem frascos com 1g que deve ser
diluído em 10ml de água destilada. após a diluição, infusão, a 50 microgotas/minuto, a quantidade em mg de
quanto deve ser aspirado? KCl administrada foi, aproximadamente:
A) 2ml A) 780 mg.
B) 1,5ml B) 830 mg.
C) 1ml C) 920 mg.
D) 0,5ml D) 970 mg.
E) 2,5ml
28. Foram prescritos para um paciente 500 mL de soro
23. (IBFC-2017) A prescrição médica é soro glicosado
glicosado a 10%, para correr em 6 horas. A unidade
6,4% de 250ml para infundir de 8/8h. Disponível soro hospitalar disponibiliza frascos de 500 mL de soro
glicosado 5% de 250ml e ampolas de glicose de 20ml glicosado a 5% e ampolas de glicose a 50% de 20 mL.
a 50%. Será necessário acrescentar _______ml de Para a preparação do soro prescrito, quantos mililitros
glicose a 50% para transformar o soro glicosado de de glicose a 50% devem ser utilizados e quantas gotas
5% a 6,4%. Assinale a alternativa que completa por minuto, respectivamente?
corretamente a lacuna. A) 25mL – 81 gotas
B) 40mL – 84 gotas
A) 12,8ml
C) 50mL – 30 gotas
B) 2,8ml D) 60mL – 28 gotas
C) 5ml 29. Uma medicação com volume total de 120 mL foi
D) 7ml infundida com um gotejamento de 80 gotas por minuto.
E) 3,75ml Assinale a alternativa que corresponde ao tempo de
24. (IBFC-2017) Foi prescrito preparar 500ml de infusão dessa medicação.
A) 30 minutos.
KMnO4 a 1:10.000, usando comprimidos de KMnO4
B) 40 minutos.
de 50mg. Será necessário utilizar C) 50 minutos.
________comprimido(s) de KMnO4 de 50mg para D) 60 minutos
preparar a solução prescrita. Assinale a alternativa 30. Foram prescritos 25 ml de glicose a 20%; entretanto,
que completa corretamente a lacuna. na instituição, só estão disponíveis frascos de 20 ml de
A) 0,5 glicose hipertônica a 50%. Quanto é preciso aspirar
B) 2 dessa solução para atender à dose prescrita?
A) 5 ml.
C) 1,5
B) 7 ml.
D) 3 C) 10 ml.
E) 1 D) 12 ml.
25. (IBFC-2017) Foi prescrito soro fisiológico 1,2% de
250ml para infundir em 3 horas. Disponível soro
fisiológico 0,9% de 250ml e ampolas de NaCl 20% de
10ml. Serão retirados ________de NaCl de 10 ml a
20% para a transformação do soro fisiológico de
0,9% a 1,2%. Assinale a alternativa que completa
corretamente a lacuna.
A) 3,0ml
B) 2,5ml
C) 1,75ml
D) 3,75ml
E) 3,25ml
26. A prescrição médica indica a administração de 10
mL de solução de glicose a 20%. Porém, a instituição
de saúde só dispõe de ampolas de 20 mL de glicose
hipertônica a 50% e de ampolas de 10 mL de água GABARITO
destilada.
Diante do exposto, assinale a alternativa que indica o
volume correto a ser associado dessas duas 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
substâncias para obedecer às especificações da C A B B D C E C C B
prescrição. 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
A) 5 mL de glicose a 50% + 5 mL de água destilada. B B D C A A C B B A
B) 4 mL de glicose a 50% + 6 mL de água destilada.
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C) 6 mL de glicose a 50% + 10 mL de água destilada.
D) 3 mL de glicose a 50% + 7 mL de água destilada C B D E D B D C A C

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REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS


SUPORTE BÁSICO DE VIDA E SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
“Nenhuma semente acorda árvore no dia seguinte!”

REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE


PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO Nº 3, DE 28 DE ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO E DA GESTÃO DO SUS
SETEMBRO DE 2017
PORTARIA DE ORIGEM: Nº 4.279, DE 30 DE DEZEMBRO DA FRAGMENTAÇÃO À
DE 2010 ORGANIZAÇÃO EM REDES

As Redes de Atenção à Saúde (RAS) são arranjos


organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes SISTEMA PIRAMIDAL ou SISTEMA POLIÁRQUICO ou
densidades tecnológicas que, integradas por meio de HIERARQUIZADO HORIZONTAL
sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam
garantir a integralidade do cuidado (Ministério da Saúde,
2010 – portaria nº 4.279, de 30/12/2010).

PORQUE ORGANIZAR OS SERVIÇOS


EM REDES DE ATENÇÃO EM SAÚDE

As redes de atenção à saúde, ainda que tenham suas


origens na década de 20, no Reino Unido, a partir da
concepção dawsoniana de sistemas públicos de saúde,
toma forma, contemporaneamente, com os sistemas
integrados de saúde, uma proposta surgida no início dos Sistema com intensa Proposta para a superação da
anos 90, nos Estados Unidos. fragmentação das ações e fragmentação sistêmica;
Isso significa que foi gestada modernamente no ambiente de serviços de saúde; A Atenção Primária à Saúde é
um sistema segmentado, com hegemonia do setor privado. Baixa eficiência no o centro de comunicação e
Dos Estados Unidos foi levada, com as adaptações emprego dos recursos; ordenadora da RAS e
necessárias, a sistemas de saúde públicos e privados de Baixa resolutividade coordenadora do cuidado.
outros países, inclusive o Brasil. CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS
-Organizado por -Organizado por um contínuo
👉🏻A RAS supera a intensa fragmentação das ações e componentes isolados de atenção
serviços de saúde e qualifica a gestão do cuidado; -Organizados por níveis -Organizado por uma rede
👉🏻O modelo de atenção à saúde vigente fundamentado nas hierárquicos poliárquica
ações curativas, centrado no cuidado médico e estruturado -Orientado para a atenção -Orientado para atenção a
em ações e serviços de saúde dimensionados a partir da a condições agudas condições crônicas e agudas
oferta, tem se mostrado insuficiente para dar conta dos -Voltado para indivíduos -Voltado para uma população
desafios sanitários atuais; -O sujeito é o paciente -O sujeito é agente de saúde
👉🏻O cenário brasileiro é caracterizado pela diversidade de -Reativo -Proativo
contextos regionais com marcantes diferenças sócio -Ênfase nas ações -Atenção integral
econômicas e de necessidades de saúde da população curativas -Cuidado multiprofissional
entre as regiões, agravado pelo elevado pelo da oferta -Cuidado uniprofissional -Gestão de base populacional
privada e seus interesses e pressões sobre o mercado na -Gestão da oferta -Financiamento por capitação
área da saúde e pelo desafio de lidar com a completa inter- -Financiamento por ou por um ciclo completo de
relação entre acesso, escala, escopo, qualidade, custo e procedimentos atendimento a uma condição
efetividade. de saúde
Fonte: Adaptado de: MENDES, E. V. As redes de atenção à
saúde. Brasília, DF: Organização Pan-Americana de Saúde,
2011.
É aceito, na literatura internacional, que os sistemas de
saúde organizados em Redes de Atenção à Saúde, cujos
modelos se estruturam com base numa Atenção Primária
forte, resolutiva e coordenadora do cuidado dos usuários,
apresentam melhores resultados que aqueles cujo modelo
de Atenção Primária ou Atenção Básica à Saúde é frágil
(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2004; MENDES,
2009).
Os sistemas de atenção à saúde são respostas
sociais deliberadas às necessidades de saúde dos cidadãos
e, como tal, devem operar em total coerência com a situação
de saúde das pessoas usuárias.
Ocorre que a situação de saúde brasileira vem
mudando e, hoje, marca-se por uma transição demográfica
acelerada e se expressa por uma situação de tripla carga de

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doenças: uma agenda não concluída de casos de infecções,


desnutrição e problemas de saúde reprodutiva; o desafio CONCEITO DE REDE DE ATENÇÃO EM SAÚDE (RAS)
das doenças crônicas e de seus fatores de risco (tabagismo,
obesidade, estresse, alimentação inadequada) e o forte ``arranjos organizativos de ações e
crescimento da violência e das causas externas (FRENK, Portaria serviços de saúde, de diferentes
2006).
4.279/2010 densidades tecnológicas, que integradas
Essa situação de saúde não poderá ser respondida,
adequadamente, por um sistema de atenção à saúde, por meio de sistemas de apoio técnico,
fragmentado, reativo, episódico e voltado, prioritariamente, logístico e de gestão, buscam garantir a
para o enfrentamento das condições agudas e das integralidade do cuidado``
agudizações das condições crônicas. Isso não deu certo em ``conjunto de ações e serviços de saúde
outros países nem está dando certo no Brasil. Decreto articulados em níveis de complexidade
Por isso, há que se restabelecer a coerência entre 7.508/2011 crescente, com a finalidade de garantir a
a situação de saúde e o SUS, o que envolverá a integralidade da assistência à saúde``
implantação das Redes de Atenção à Saúde (RAS), uma
nova forma de organizar o sistema de atenção à saúde em CONCEITO DE REGIÃO DE SAÚDE
sistemas integrados que permitam responder, com
efetividade, eficiência, segurança, qualidade e equidade, às
``definição dos seus limites geográficos e
condições de saúde da população brasileira (MENDES,
2011). Portaria sua população e no estabelecimento do rol
4.279/2010 de ações e serviços que serão ofertados
nesta região de saúde``
`` espaço geográfico contínuo constituído
Decreto por agrupamentos de Municípios limítrofes,
7.508/2011 delimitado a partir de identidades culturais,
econômicas e sociais e de redes de
comunicação e infraestrutura de transportes
compartilhados, com a finalidade de integrar
a organização, o planejamento e a
execução de ações e serviços de saúde``
Obs: fique atento ao COMANDO do examinador no
As diferenças mais evidentes entre os sistemas de enunciado da questão para qual conceito de RAS ele
atenção à saúde estão nas categorias de organização está perguntando!
fragmentação/ integração e de foco da atenção às condições O objetivo da RAS é promover a integração
agudas/condições crônicas. OBJETIVOS sistêmica, de ações e serviços de saúde
O Brasil, que apresenta uma situação de saúde de DA RAS com provisão de atenção contínua, integral,
tripla carga de doenças, manifestada na convivência de de qualidade, responsável e humanizada,
doenças infecciosas, parasitárias e problemas de saúde bem como incrementar o desempenho do
reprodutiva, causas externas e doenças crônicas. Há uma Sistema, em termos de acesso, equidade,
crise dos sistemas de saúde contemporâneos que se explica eficácia clínica e sanitária; e eficiência
pela incoerência entre uma situação de saúde com econômica.
predomínio relativo forte de condições crônicas e uma
resposta social através de sistemas fragmentados e
voltados, principalmente, para as condições agudas e as PONTOS DE Os pontos de atenção à saúde são
agudizações das condições crônicas. ATENÇÃO entendidos como espaços onde se ofertam
Essa crise se manifesta em nosso país, tanto no determinados serviços de saúde, por meio
setor público quanto no setor privado. A solução para essa de uma produção singular.
crise está em recompor a coerência entre a situação de
tripla carga de doenças com uma resposta social estruturada Os domicílios, as unidades básicas de
em sistemas integrados de saúde: as redes de atenção à EXEMPLOS saúde, as unidades ambulatoriais
saúde. DE PONTOS especializadas, os serviços de hemoterapia
DE e hematologia, os centros de apoio
ATENÇÃO psicossocial, as residências terapêuticas,
entre outros. Os hospitais podem abrigar
distintos pontos de atenção à saúde: o
ambulatório de pronto atendimento, a
unidade de cirurgia ambulatorial, o centro
cirúrgico, a maternidade, a unidade de
terapia intensiva, a unidade de hospital/dia,
entre outros.

OBS: Todos os pontos de atenção à saúde são igualmente


importantes para que se cumpram os objetivos da rede de
atenção à saúde e se diferenciam, apenas, pelas distintas
densidades tecnológicas que os caracterizam.

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sendo complementar (agregando resolutividade e qualidade


neste processo).
Integração Horizontal: consiste na articulação ou fusão de
unidades e serviços de saúde de mesma natureza ou
especialidade. É utilizada para otimizar a escala de
atividades, ampliar a cobertura e a eficiência econômica na
provisão de ações e serviços de saúde através de ganhos
de escala (redução dos custos médios totais em relação ao
volume produzido) e escopo (aumento do rol de ações da
unidade).
PROCESSOS DE SUBSTITUIÇÃO
São definidos como o reagrupamento contínuo de recursos
entre e dentro dos serviços de saúde para explorar soluções
melhores e de menores custos, em função das demandas e
FUNDAMENTOS DA RAS das necessidades da população e dos recursos disponíveis.
A organização da RAS deve ser realizada de forma efetiva, Esses processos são importantes para se alcançar os
eficiente e com qualidade, apoiando-se nos fundamentos de objetivos da RAS, no que se refere:
economia de escala, qualidade, acesso, suficiência,
disponibilidade de recursos, integração horizontal e vertical,
processos de substituição, região de saúde (territórios
sanitários) e níveis de atenção.

A substituição pode ocorrer nas dimensões da localização,


das competências clínicas, da tecnologia e da clínica.
Exemplo: mudar o local da atenção prestada do hospital
para o domicílio; transição do cuidado profissional para o
auto-cuidado; delegação de funções entre os membros da
equipe multiprofissional, etc.

Imagem 1: Processo de SUBSTITUIÇÃO do sistema


PIRAMIDAL para o sistema POLIÁRQUICO.

REGIÃO DE SAÚDE OU ABRANGÊNCIA


A organização da RAS exige a definição da região de saúde,
que implica na definição dos seus limites geográficos e sua
população e no estabelecimento do rol de ações e serviços
que serão ofertados nesta região de saúde. As
competências e responsabilidades dos pontos de atenção
no cuidado integral estão correlacionadas com abrangência
de base populacional, acessibilidade e escala para
conformação de serviços. A definição adequada da
abrangência dessas regiões é essencial para fundamentar
as estratégias de organização da RAS, devendo ser
observadas as pactuações entre o estado e o município para
o processo de regionalização e parâmetros de escala e
acesso.
NÍVEIS DE ATENÇÃO
Fundamentais para o uso racional dos recursos e para
estabelecer o foco gerencial dos entes de governança da
RAS, estruturam-se por meio de arranjos produtivos
conformados segundo as densidades tecnológicas
singulares, variando do nível de menor densidade (APS), ao
INTEGRAÇÃO VERTICAL E HORIZONTAL de densidade tecnológica intermediária, (atenção secundária
Integração Vertical: consiste na articulação de diversas à saúde), até o de maior densidade tecnológica (atenção
organizações ou unidades de produção de saúde terciária à saúde).
responsáveis por ações e serviços de natureza diferenciada,

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ATENÇÃO! A Portaria 4.279/2010 define os atributos da


RAS e os atributos da APS.
ATRIBUTOS DA RAS
1. População e território definidos com amplo conhecimento
de suas necessidades e preferências que determinam a
oferta de serviços de saúde;
2. Extensa gama de estabelecimentos de saúde que presta
serviços de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento,
gestão de casos, reabilitação e cuidados paliativos e integra
os programas focalizados em doenças, riscos e populações
específicas, os serviços de saúde individuais e os coletivos;
3. Atenção Primária em Saúde estruturada como primeiro
nível de atenção e porta de entrada do sistema, constituída
de equipe multidisciplinar que cobre toda a população,
integrando, coordenando o cuidado, e atendendo as suas
necessidades de saúde;
4. Prestação de serviços especializados em lugar adequado;
5. Existência de mecanismos de coordenação, continuidade
do cuidado e integração assistencial por todo o contínuo da #IMPORTANTE! Somente os serviços de APS não são
atenção; suficientes para atender às necessidades de cuidados em
6. Atenção à saúde centrada no indivíduo, na família e na saúde da população. Portanto, os serviços de APS devem
comunidade, tendo em conta as particularidades culturais, ser apoiados e complementados por pontos de atenção de
gênero, assim como a diversidade da população; diferentes densidades tecnológicas para a realização de
7. Sistema de governança único para toda a rede com o ações especializadas (ambulatorial e hospitalar), no lugar e
propósito de tempo certos.
-criar uma missão, visão e estratégias nas organizações que
compõem a região de saúde; ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA REDE: A
-definir objetivos e metas que devam ser cumpridos no curto, operacionalização da RAS se dá pela interação dos seus
médio e longo prazo; três elementos constitutivos → população/região de
-articular as políticas institucionais; e saúde definidas, estrutura operacional e por um sistema
-desenvolver a capacidade de gestão necessária para lógico de funcionamento determinado pelo modelo de
planejar, monitorar e avaliar o desempenho dos gerentes e atenção à saúde.
das organizações;
8. Participação social ampla; PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE MICROGESTÃO DOS
9. Gestão integrada dos sistemas de apoio administrativo, SERVIÇOS
clínico e logístico;
10. Recursos humanos suficientes, competentes, A Rede de Atenção à Saúde organiza-se a partir de um
comprometidos e com incentivos pelo alcance de metas da processo de gestão da clínica associado ao uso de
rede; critérios de eficiência microeconômica na aplicação de
11. Sistema de informação integrado que vincula todos os recursos, mediante planejamento, gestão e financiamento
membros da rede, com identificação de dados por sexo, intergovernamentais cooperativos, voltados para o
idade, lugar de residência, origem étnica e outras variáveis desenvolvimento de soluções integradas de política de
pertinentes; saúde.
12. Financiamento tripartite, garantido e suficiente, alinhado A gestão da clínica aqui compreendida implica "a aplicação
com as metas da rede; de tecnologias de micro-gestão dos serviços de saúde com
13. Ação intersetorial e abordagem dos determinantes da a finalidade de:
saúde (condições econômicas e sociais que afetam a a) assegurar padrões clínicos ótimos;
saúde) e da equidade em saúde; e b) aumentar a eficiência;
14. Gestão baseada em resultado. c) diminuir os riscos para os usuários e para os profissionais;
ANOTA AÍ, VAI DESPENCAR!! d) prestar serviços efetivos; e
e) melhorar a qualidade da atenção à saúde".

DIRETRIZES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA REDE DE


ATENÇÃO À SAÚDE

A
I. Fortalecer a APS para realizar a coordenação do
cuidado e ordenar a organização da rede de atenção
II. Fortalecer o papel dos CGRs no processo de
T governança da RAS
III. Fortalecer a integração das ações de âmbito coletivo

ATENÇÃO! O cuidado é CENTRALIZADO na


E da vigilância em saúde com as da assistência (âmbito
individual e clínico), gerenciando o conhecimento
pessoa/família, mas a gestão é DESCENTRALIZADA!
N necessário à implantação e acompanhamento da RAS e
o gerenciamento de risco e de agravos à saúde
IV. Fortalecer a política de gestão do trabalho e da
Ç educação na saúde na RAS
V. Implementar o Sistema de Planejamento da RAS
à VI. Desenvolver os Sistemas Logísticos e de Apoio da
RAS

O VII. Financiamento do Sistema na perspectiva da RAS

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São Redes Temáticas de Atenção à Saúde: situações de perigo iminente, de calamidades públicas e de
I - Rede Cegonha acidentes com múltiplas vítimas, a partir da construção de
II - Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) mapas de risco regionais e locais e da adoção de protocolos
III - Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças
de prevenção, atenção e mitigação dos eventos;
Crônicas
IV - Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) XIII - regulação articulada entre todos os componentes da
V - Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência Rede de Atenção às Urgências com garantia da equidade e
integralidade do cuidado; e
Portaria Nº 1.600, DE 7 DE JULHO DE 2011. Reformula a XIV - qualificação da assistência por meio da educação
Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a permanente das equipes de saúde do SUS na Atenção às
Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Urgências, em acordo com os princípios da integralidade e
Saúde (SUS). humanização.

Art. 3º Fica organizada, no âmbito do SUS, a Rede de


Atenção às Urgências.
§ 1 º A organização da Rede de Atenção às Urgências tem a
finalidade de articular e integrar todos os equipamentos de
saúde, objetivando ampliar e qualificar o acesso humanizado
Art. 2° Constituem-se diretrizes da Rede de Atenção às e integral aos usuários em situação de urgência e
Urgências: emergência nos serviços de saúde, de forma ágil e
I - ampliação do acesso e acolhimento aos casos agudos oportuna.
demandados aos serviços de saúde em todos os pontos de § 2º A Rede de Atenção às Urgências deve ser
atenção, contemplando a classificação de risco e implementada, gradativamente, em todo território nacional,
intervenção adequada e necessária aos diferentes agravos; respeitando-se critérios epidemiológicos e de densidade
II - garantia da universalidade, equidade e integralidade no populacional.
atendimento às urgências clínicas, cirúrgicas, gineco- § 3º O acolhimento com classificação do risco, a
obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e às relacionadas a qualidade e a resolutividade na atenção constituem a
causas externas (traumatismos, violências e acidentes); base do processo e dos fluxos assistenciais de toda
III - regionalização do atendimento às urgências com Rede de Atenção às Urgências e devem ser requisitos
articulação das diversas redes de atenção e acesso de todos os pontos de atenção.
regulado aos serviços de saúde;
IV - humanização da atenção garantindo efetivação de um
modelo centrado no usuário e baseado nas suas
necessidades de saúde;
V - garantia de implantação de modelo de atenção de
caráter multiprofissional, compartilhado por trabalho em
equipe, instituído por meio de práticas clinicas cuidadoras e
baseado na gestão de linhas de cuidado;
VI - articulação e integração dos diversos serviços e
equipamentos de saúde, constituindo redes de saúde com
conectividade entre os diferentes pontos de atenção;
VII - atuação territorial, definição e organização das regiões
de saúde e das redes de atenção a partir das necessidades
de saúde destas populações, seus riscos e vulnerabilidades
específicas;
VIII - atuação profissional e gestora visando o
aprimoramento da qualidade da atenção por meio do
desenvolvimento de ações coordenadas, contínuas e que Vamos detalhar os componentes?
busquem a integralidade e longitudinalidade do cuidado em
saúde; 1 - Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde  prevenção
IX - monitoramento e avaliação da qualidade dos serviços das violências e acidentes, das lesões e mortes no trânsito e
através de indicadores de desempenho que investiguem a das doenças crônicas não transmissíveis;
efetividade e a resolutividade da atenção; 2 – ABS  ampliação do acesso, fortalecimento do vínculo e
X - articulação interfederativa entre os diversos gestores responsabilização e o primeiro cuidado às urgências e
desenvolvendo atuação solidária, responsável e emergências, em ambiente adequado, até a transferência a
compartilhada; outros pontos de atenção;
XI - participação e controle social dos usuários sobre os 3 - SAMU 192 e Centrais de Regulação Médica das
serviços; Urgências  Chegar precocemente à vítima, garantir
XII - fomento, coordenação e execução de projetos atendimento e transporte;
estratégicos de atendimento às necessidades coletivas em 4 - Sala de Estabilização estabilização de pacientes
saúde, de caráter urgente e transitório, decorrentes de críticos, com condições de garantir a assistência 24 horas,

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vinculado e conectado aos outros níveis de atenção, para CONCEITOS


posterior encaminhamento à RAS pela regulação das URGÊNCIA • É uma situação que requer assistência rápida,
urgências; no menor tempo possível, a fim de evitar complicações e
5 - Força Nacional de Saúde do SUS  situações de risco ou sofrimento. São exemplos de urgência: dores abdominais
emergenciais para populações com vulnerabilidades agudas e cólicas renais.
específicas e/ou em regiões de difícil acesso; EMERGÊNCIA • É todo caso em que há ameaça iminente à
6 - UPA 24h  complexidade intermediária entre as UBS e vida, sofrimento intenso ou risco de lesão permanente,
hospitais. Prestar atendimento resolutivo e qualificado aos havendo necessidade de tratamento médico imediato.
pacientes acometidos por quadros agudos; Alguns exemplos de emergências são a parada
7 – Hospitalar  Portas Hospitalares de Urgência, pelas cardiorrespiratória, hemorragias volumosas e infartos que
enfermarias de retaguarda, pelos leitos de cuidados podem levar a danos irreversíveis e até ao óbito.
intensivos, pelos serviços de diagnóstico por imagem e de
laboratório e pelas linhas de cuidados prioritárias;
8 - Atenção Domiciliar  conjunto de ações integradas e
articuladas de promoção à saúde, prevenção e tratamento
de doenças e reabilitação, que ocorrem no domicílio,
constituindo-se nova modalidade de atenção à saúde.

ABORDAGEM PRIMÁRIA
Visa identificar e manejar situações de ameaça à vida. É
feita sem mobilizar a vítima de sua posição inicial, salvo em
condições risco para a vítima e para o socorrista. Identificar
vítimas de maior gravidade para priorizar o atendimento:
vítimas com risco de vida, risco de perder um membro e
todas as demais condições. Identificar as condições de risco
de vida, iniciar o suporte básico de vida, Desencadear os
recursos de apoio. Leva de 15 a 30 seg.

CONSISTE:
A- Controle de vias aéreas;Oferta de O2 e coluna cervical.
Manobras de liberação de vias aéreas:
Manobra de Chin-Lift (INCLINAÇÃO DA CABEÇA +
ELEVAÇÃO DO QUEIXO) - Elevação do queixo: Apóia-se
os dedos indicador, médio e anular de uma de suas mãos
abaixo do queixo da vítima e com o polegar da mesma mão
posicionado anteriormente ao mento, traciona a mandíbula
para frente e para cima, segurando-a firmemente, mantendo
a boca aberta. A outra mão deverá estar sobre a região
frontal (testa), mantendo a cabeça fixa.
Manobra de Jaw Thrust (ELEVAÇÃO ÂNGULO DA
MANDIBULA) - Elevação e tração da mandíbula: posicionar-
se atrás da cabeça da vítima, apoiando suas mãos em
ambos os lados da face, posicionando seus dedos indicador,
médio e anular abaixo do ângulo da mandíbula,
empurrando-a para frente e para cima sem hiperestender o
pescoço; com os polegares promove a abertura da boca.
B – Controle de respiração e ventilação.
C – Circulação e controle de hemorragias.
D – Exame neurológico (Escala de Glasgow)

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Avaliação Neurológica: Consiste em uma rápida avaliação usada durante as primeiras 24 horas posteriores ao trauma
do nível de consciência e da reatividade pupilar do paciente. e avalia três parâmetros: 1. Abertura ocular, 2. Resposta
motora 3. Resposta verbal. A escala pontua de 3 (mínimo→
A-alerta pior prognóstico) a 15 (máximo →bom prognóstico). Escore
V-responde ao estímulo verbal < 8 → indicação de intubação do paciente.
D-responde ao estímulo doloroso
I/N-Não responde Pontuação total da escala de Glasgow: de 3 a 15
Lesão gravíssima: 3
Lesão grave: 8 a 3
Escala de coma de Glasgow com resposta pupilar (ECG-
Lesão moderada: 12 a 9
P).
Lesão leve:13 a 15
Abertura ocular
Ausência de lesão: 15
Classificação Pontuação
Espontânea 4
Ao Som 3 E – Exposição e controle da hipotermia.
À pressão 2
Ausente 1 Dentre todas as situações que caracterizam risco de morte
Não testáve NT iminente, nenhuma emergência supera a prioridade do
Resposta Verbal atendimento da PCR (parada cardiorrespiratória).
Classificação Pontuação
Orientada 5 PARADA CARDÍACA
Confusa 4
É uma situação caracterizada pela perda da capacidade de
Palavras 3
Sons 2 bomba cardíaca eficaz (contração/dilatação) e pela
Ausente 1 interrupção do fluxo sanguíneo no coração e no corpo.
Não testável NT PCR – Inconsciência, ausência de respiração e ausência de
Melhor Resposta Motora pulso central.
Classificação Pontuação Como detectar uma PCR? → É comprovada pela ausência
A ordens 6 de pulso central – carotídeo ou femoral, ausência de
Localizadora 5 movimentos respiratórios (apneia), respiração agônica
Flexão normal 4 (gasping), inconsciência que ocorre de 8 a 12 segundos
Flexão anormal 3 após a PCR e midríase (dilatação da pupila) completa em
Extensão 2
menos de 3 minutos.
Ausente 1
Não testável NT
Reatividade Pupilar (atualização 2018)
(2) Inexistente: nenhuma pupila reage ao estímulo de
luz

(1) Parcial: apenas uma pupila reage ao estímulo


de luz.
(0) Completa: as duas pupilas reagem ao estímulo
de luz.

Esses sinais clínicos da PCR precisam ser rapidamente


detectados. A detecção e tratamento precoce da PCR é fator
determinante para assegurar a sobrevivência, evitando o
comprometimento neurológico causado pela falta de
oxigenação cerebral, resultando em sequelas geralmente
graves e irreversíveis.
As causas mais comuns associadas a PCR sao descritas
em regra mnemonica dos “5H 5T” extensamente utilizada a
beira do leito durante as manobras de RCPC, para uma
abordagem rapida e sistematizada ao evento.
CAUSAS MAIS FREQUENTES DE PCR
5H 5T
Hipovolemia Trombose coronariana
Hipóxia Tromboembolismo pulmonar (TEP)
Hiper/Hipocalemia Tóxicos e toxinas (intoxicação
H+ (acidose) exógena)
A escala de coma de Glasgow é uma escala neurológica Hipotermia Tamponamento cardíaco
que permite avaliar o nível de consciência de uma pessoa Tensão no tórax (pneumotórax
que tenha sofrido um traumatismo crânio-encefálico. É hipertensivo)

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ATENÇÃO! Em caso de Parada Cardiorrespiratória, manutenção da vida, que poderiam ser aplicadas até a
considerar a sequência: chegada do atendimento pré-hospitalar.
C – Circulação com controle de hemorragia
A - Vias Aéreas A atualização das Diretrizes de 2015 fornece às partes
B – Respiração interessadas uma nova perspectiva sobre os sistemas de
As Diretrizes da AHA 2015 para RCP e ACE recomendam o atendimento, diferenciando as PCR ocorridas no ambiente
procedimento de SBV de C-A-B em adultos, crianças e hospitalar ou intra-hospitalares (PCRIH) das PCR
bebes (excluindo-se recém-nascidos). extrahospitalares (PCREH). Os principais destaques são:
CAB • compressões torácicas • via aérea • respiração • Uma taxonomia universal para os sistemas de atendimento
• Separação da Cadeia de sobrevivência do adulto da AHA
A PCR pode ocorrer intra hospitalar (PCRIH) ou extra em duas: uma para sistemas de atendimento intra-hospitalar
hospitalar (PCREH). Na maioria das vezes, ocorre fora do e outra para o ambiente extra-hospitalar.
ambiente hospitalar e é geralmente presenciado pela família,
colegas de trabalho ou por pessoas desconhecidas, que não
possuem conhecimento sobre as ações básicas para

Veja como é a proposta de acordo com a diretriz de 2015.

Agora vamos ver a cadeia de sobrevivência do sistema Extra hospitalar:

REANIMAÇÃO CARDIORESPIRATÓRIA

RCR é uma técnica que foi desenvolvida para restaurar artificialmente o fluxo sanguíneo através do coração e promover trocas
gasosas nos pulmões.
• Isto é alcançado pela compressão do tórax e insuflação de ar para dentro dos pulmões.
O atendimento inicial dado de forma adequada e em tempo hábil, melhora significativamente o resultado do tratamento a agravos
agudos,

Vamos agora aprofundar em cada uma das etapas da cadeia de sobrevivência intra hospitalar, e dessa forma entender
a RCP de alta qualidade de acordo com as novas diretrizes e também o suporte avançado de vida.

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VIGILÂNCIA E PREVENÇÃO

• Pacientes no ambiente hospitalar dependem de um sistema de vigilância adequado a fim de prevenir a PCR, mas, caso a PCR
ocorra, é preciso uma interação harmoniosa dos vários departamentos e serviços da instituição e de um time multidisciplinar de
profissionais, que inclua médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros (time de resposta rápida).
• A nova diretriz preconiza o acionamento imediato do time de resposta rápida na iminência de pacientes com deterioração clínica
aguda, com o objetivo de prevenir a PCRIH. Acredita-se que equipes treinadas na complexa coreografia da ressuscitação pode
diminuir a ocorrência de uma PCIH e caso ocorra, aumenta a chance de um melhor desfecho no atendimento da PCR.

RECONHECIMENTO E ACIONAMENTO IMEDIATO DO SERVIÇO MÉDICO DE EMERGÊNCIA

O profissional de saúde deve reconhecer a PCR:


• Avalie a responsividade: Chame o paciente pelo nome!
• Avalie a respiração e pulso simultaneamente por 10 segundos.
• Em caso de detecção de ausência de responsividade, respiração (ou gasping) e pulso, solicite a outro profissional, de forma
clara e objetiva, que:

Geralmente, a instituição possui um protocolo para o acionamento da equipe médica ou time de resposta rápida, um sistema de
alerta imediato, por exemplo.
• Após os comandos, iniciar imediatamente a Sequência de Atendimento C – A – B:
• C: Compressões torácicas de alta qualidade;
• A: Vias aéreas – abrir vias aéreas;
• B: Boa ventilação – garantir via aérea avançada.

RCP IMEDIATA DE ALTA QUALIDADE

A ênfase no Suporte Básico de Vida (BLS – Basic Life Suport) nas Diretrizes 2015 continua na qualidade da massagem cardíaca.
Portanto, uma RCP de qualidade significa comprimir o tórax na frequência e profundidade adequadas, permitir o retorno do tórax a
cada compressão, minimizar interrupções nas compressões e evitar ventilação excessiva.
• Após o acionamento do serviço médico, deve-se iniciar as compressões torácicas e ventilação em todos os pacientes adultos
com PCR, seja por causa cardíaca ou não cardíaca.

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Compressões Torácicas de Alta Qualidade:


Deve ser realizada com as mãos sobre a metade inferior do esterno (região hipotenar), sem flexionar os cotovelos;

Frequência: Em vítimas adultas de PCR, o correto é que os socorristas apliquem compressões torácicas a uma frequência de 100
a 120/min.

Profundidade: Durante a RCP manual, os socorristas devem aplicar compressões torácicas até uma profundidade de, pelo
menos, 2 polegadas (5 cm) para um adulto médio, evitando excesso na profundidade das compressões torácicas (superiores a 2,4
polegadas (6 cm).

Relação Ventilação-Compressão adequada:


• Sem via aérea avançada:  Realizar abertura de vias aéreas;  Ventilação numa relação: 30:2, ou seja, 30 compressões: 2
ventilações (até a garantia de uma via aérea avançada);

• Com via aérea avançada: Compressões contínuas a uma frequência 100 a 120/ minuto e 1 ventilação a cada 6 segundos (10
respirações por minuto).
ATENÇÃO!! “Socorristas leigos sem treinamento devem fornecer RCP somente com as mãos, com ou sem orientação
de um atendente, para adultos vítimas de PCR. O socorrista deve continuar a RCP somente com compressão até a
chegada de um DEA ou de socorristas com treinamento adicional. Todos os socorristas leigos devem, no mínimo,
aplicar compressões torácicas em vítimas de PCR. Além disso, se o socorrista leigo treinado puder realizar ventilações
de resgate, as compressões e as ventilações devem ser aplicadas na proporção de 30 compressões para cada 2
ventilações. O socorrista deve continuar a RCP até a chegada e a preparação de um DEA para uso, ou até que os
profissionais do SME assumam o cuidado da vítima ou que a vítima comece a se mover”

Segundo as novas diretrizes da AHA, o procedimento segue então para a desobstrução das vias aéreas mediante a retirada de
próteses, corpos estranhos e secreções. A seguir, são realizados os procedimentos de abertura das vias aéreas superiores.

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No caso da vítima não apresentar trauma, deve-se Nos casos de suspeita de lesão de coluna cervical ou
hiperextender seu pescoço colocando uma das mãos desconhecimento das circunstâncias, a hiperextensão do
sob sua nuca, levantando-a ligeiramente; com a outra pescoço é contraindicada porque pode provocar lesão na
mão posicionada sobre sua testa, traciona-se a cabeça medula espinhal. Neste caso, utiliza-se a técnica da tração
para trás. da mandíbula para frente.

A manobra de ventilação artificial inicia-se com a adaptação da máscara facial do ambú cobrindo nariz e boca da vítima, de modo
que não ocorra vazamento de ar. Na indisponibilidade de um ambú, pode-se ventilar diretamente sobre a máscara facial da vítima
(ventilação boca-máscara), mas um profissional não deve realizar este procedimento sem nenhum tipo de proteção. Ventila-se 2
vezes a cada 30 compressões torácicas, observando-se a expansibilidade do tórax da vítima e procurando interromper o mínimo
possível a continuidade das compressões torácicas.

RÁPIDA DESFIBRILAÇÃO

ATENÇÃO! Em PCR de adultos presenciada, quando há um DEA disponível imediatamente, deve-se usar o desfibrilador o mais
rapidamente possível. Em adultos com PCR sem monitoramento ou quando não houver um DEA prontamente disponível, deve-se
iniciar a RCP enquanto o desfibrilador é obtido e aplicado e tentar a desfibrilação, se indicada, assim que o dispositivo estiver
pronto para uso.
Assim que chegar o Desfibrilador Externo Automático (DEAs/DAEs): Verificar o ritmo; • Em caso de ritmo chocável (Fibrilação
Ventricular ou Taquicardia Ventricular sem Pulso):

IMPORTANTE → Aplique 1 choque → Reinicie a RCP por 2 minutos até o DEA avisar sobre a verificação do ritmo →
Continue até que o Suporte Avançado de Vida assuma ou a vítima se movimente.

• Em caso de ritmo não chocável:


Reinicie a RCP por 2 minutos, até ser avisado pelo DEA para verificação do ritmo → Continue até que o pessoal do SAV assuma
ou até que a vítima se movimente.

• A utilização do DEAs/DAEs no ambiente hospitalar, pode ser considerada para facilitar a desfibrilação precoce (meta de
administração de choques em tempo ≤ 3 minutos do colapso), especialmente nas áreas cujo pessoal não esteja capacitado para
reconhecer ritmos ou em que o uso de desfibriladores não seja frequente. O DEA pode ser utilizado pelo Enfermeiro ou pela
equipe de enfermagem sob sua supervisão, na presença ou ausência do profissional médico, conforme previsto no protocolo de
Suporte Básico de Vida.

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SUPORTE AVANÇADO DE VIDA E CUIDADOS PÓS PCR

O Suporte Avançado de Vida engloba recursos adicionais como monitorização cardíaca, administração de fármacos,
desfibriladores, equipamentos especiais para ventilação, marcapasso e cuidados após o retorno a circulação espontânea.

Acabamos de falar da desfibrilação manual, mas a desfibrilação manual é utilizada no Suporte Avançado de Vida (SAV), em que a
equipe multiprofissional está presente, incluindo o Médico, e existe equipamento disponível, preferencialmente desfibrilador
manual bifásico. Ladeira (2013) afirma que quando indicado, o choque inicial é aplicado de forma única, na energia máxima do
DEA ou do desfibrilador manual disponível (360 J no aparelho monofásico ou 180 a 220 J no aparelho bifásico). Vamos relembrar
a diferença entre Desfibrilação e a Cardioversão, que eventualmente causam dúvidas nos profissionais:
• Cardioversão elétrica: procedimento eletivo no qual se aplica o choque elétrico de maneira ‘sincronizada’, ou seja, a descarga
elétrica é liberada na onda R, no período refratário da despolarização cardíaca. Está indicada no tratamento de taquiarritmias
como a Fibrilação atrial (FA) flutter atrial, taquicardia paroxística supraventricular e taquicardias com complexo largo e com pulso.
• Desfibrilação elétrica: procedimento terapêutico que consiste na aplicação de uma corrente elétrica contínua ‘não sincronizada’
no músculo cardíaco. Esse choque despolariza em conjunto todas as fibras musculares do miocárdio, tornando possível a
reversão de arritmias graves como a TV e a FV, permitindo ao nó sinusal retomar a geração e o controle do ritmo cardíaca.

Medicamentos mais utilizadas na PCR: respondido à RCP convencional inicial, em ambientes em


que se possa implementá-la. Alguns estudos mostraram
• Epinefrina – vasopressor para ressuscitação, pode ser melhora da sobrevivência, com bons desfechos
utilizada logo após o início da PCR devido a um ritmo não neurológicos. Como a ECPR (RCP extracorpórea) requer
chocável; Pode-se administrar epinefrina, tão logo possível, muitos recursos e é cara, considere-a apenas quando o
após o início da PCR devido a um ritmo inicial não chocável. paciente tiver uma probabilidade razoavelmente alta de
• Lidocaína e Amiodarona – ambas são indicadas para evitar benefícios, como em casos que o paciente espera por um
recorrência da fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular transplante cardíaco.
sem pulso; Não há evidências adequadas que respaldem o
uso rotineiro de lidocaína após a PCR. No entanto, pode-se Novo parâmetro para identificação do fracasso na
considerar o início ou a continuação da lidocaína ressuscitação:
imediatamente após a RCE (retorno da circulação • ETCO2 (teor de dióxido de carbono ao final da expiração):
espontânea) causada por uma PCR devida a FV/TVSP. Se após 20 minutos de RCP, o paciente intubado não
conseguir obter um ETCO2 superior a 10 mmHg por
ATENÇÃO!! A vasopressina em combinação com a capnografia, pode ser um indicativo de fracasso na
epinefrina não oferece nenhuma vantagem como substituto reanimação, mas esse parâmetro não pode ser utilizado de
da dose padrão de epinefrina em PCR. Em prol da forma isolada para interromper os esforços de
simplicidade, a vasopressina foi removida do Algoritmo ressuscitação. Lembrando que somente o médico pode
de PCR em adultos indicar a parada da reanimação, no entanto, cabe a todos os
profissionais participantes avaliarem juntos.
Outra intervenção:
• RCP extracorpórea: pode ser considerada entre
determinados pacientes com PCR que não tenham
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Cuidados pós-PCR ATENÇÃO Todos os pacientes ressuscitados de uma PCR,


• Principais objetivos iniciais e subsequentes dos cuidados mas que evoluem para morte ou morte cerebral, devem ser
pós-PCR: avaliados como potencial doador de órgãos,
• Otimizar a função cardiopulmonar e a perfusão de órgãos especificamente de rim ou fígado, em ambientes onde haja
vitais após o RCE; programa de rápida obtenção de órgãos.
• Transportar/transferir para um hospital apropriado ou UTI
com completo sistema de tratamento pós-PCR;
• Identificar e tratar SCAs (síndromes coronárias agudas ) e COMPRESSÕES EM CRIANÇAS
outras causas reversíveis; Em crianças abaixo de 8 anos usa-se apenas 1 mão e os
• Controlar a temperatura para otimizar a recuperação movimentos seguem a frequência de 100 a 120 bpm. A
neurológica; relação é de 30:2 para apenas 01 socorrista. No caso de
• Prever, tratar e prevenir a disfunção múltipla de órgãos. mais de 01 socorrista = 15:2.
Isto inclui evitar ventilação excessiva e hiperóxia.
Angiografia: deve ser realizada em caráter de emergência COMPRESSÃO EM NEONATOS
para todos os pacientes que apresentem Manutenção da sequência A-B-C • Em neonatos usa-se
supradesnivelamento do segmento ST no ECG e para os apenas 2 dedos ou envolve-se o tórax da vítima com as
pacientes hemodinâmica ou eletricamente instáveis sem mãos e a relação é de 3:1 (90 compressões e 30
supradesnivelamento do segmento ST, para os quais haja ventilações).
suspeita de lesão cardiovascular. Passos iniciais da estabilização/reanimação no RN ≥34
semanas
Controle direcionado de temperatura: Todos os pacientes Diante da resposta “não” a pelo menos uma das três
adultos comatosos (sem resposta sensata a comandos perguntas iniciais: gestação a termo, respiração ou choro
verbais) – induzidos ou não – devem ser submetidos ao presente e tônus muscular em flexão, conduzir o RN à mesa
Controle Direcionado de Temperatura (CDT) pós parada, de reanimação. Assim, pacientes com idade gestacional
tendo como meta manter a temperatura entre 32 e 36ºC, diferente do termo, recém-nascidos que não iniciam
durante no mínimo 24 horas, para diminuir o risco de movimentos respiratórios regulares e/ou aqueles em que o
danos neurológicos. Após uma PCR o paciente tem uma tônus muscular está flácido precisam ser conduzidos à mesa
limitação de oxigênio em órgãos nobres, com a diminuição de reanimação, indicando-se os passos iniciais da
da temperatura, diminui o metabolismo e o consumo de estabilização na seguinte sequência: prover calor, posicionar
oxigênio, possibilitando um melhor desfecho neurológico. a cabeça em leve extensão, aspirar boca e narinas (se
Continuação do controle de temperatura além de 24 necessário) e secar. Tais passos devem ser executados em,
horas: É aconselhável evitar a febre em pacientes no máximo, 30 segundos.
comatosos após o CDT, para evitar danos neurológicos.
Massagem cardíaca: a massagem cardíaca só é indicada
Metas hemodinâmicas após Ressuscitação: se, após 30 segundos de (VENTILAÇÃO COM PRESSÃO
• PA sistólica ideal: acima de 100 mmHG (associado a uma POSITIVA) VPP com técnica adequada por meio da cânula
melhor recuperação); traqueal e uso de concentração de oxigênio de 60-100%, a
FC estiver < 60 bpm.
• É aconselhável evitar e corrigir imediatamente PA sistólica
A compressão cardíaca é realizada no terço inferior do
menor que 90 mmHg e PAM menor que 65 mmHg durante
esterno, onde se situa a maior parte do ventrículo esquerdo.
os cuidados pós parada, pois a hipotensão está associada
Estão descritas duas técnicas para realizar a massagem
ao aumento da mortalidade e à redução da recuperação
cardíaca: a dos dois polegares e a dos dois dedos. As
funcional;
complicações da massagem cardíaca incluem a fratura de
• Nenhuma constatação ou exame pode prever com 100%
costelas, com pneumotórax e hemotórax, e laceração de
de certeza, a recuperação neurológica após a PCR. Após o
fígado. A ventilação e a massagem cardíaca são realizadas
desaparecimento dos efeitos da hipotermia e dos
de forma sincrônica, mantendo-se uma relação de 3:1, ou
medicamentos, provavelmente os exames (ECG, TC, RM,
seja, 3 movimentos de massagem cardíaca para 1
reflexo pupilar, etc) fornecerão uma previsão precisa do
movimento de ventilação, com uma frequência de 120
desfecho.
eventos por minuto (90 movimentos de massagem e 30
ventilações).
Prognóstico pós PCR:
• A avaliação do prognóstico de um desfecho neurológico
ESPECIFICIADADES - GESTANTE
ruim, por meio de exame clínico em pacientes não tratados
A gestação provoca grandes mudanças fisiológicas e
com CDT é de no mínimo 72 horas após a PCR, podendo
modificações nas relações anatômicas que afetam
ser ainda maior se houver suspeita de que ainda haja efeito
praticamente todos os órgãos do corpo humano. Essas
residual da sedação, podendo confundir o exame clínico;
mudanças na estrutura e na função podem influenciar a
• Em pacientes tratados com CDT, em que a sedação ou
avaliação da gestante traumatizada, alterando os sinais e os
paralisia possa confundir o exame clínico, é aconselhável
sintomas das lesões, a abordagem e as respostas às
aguardar até 72 horas após o retorno à normotermia para só
medidas de reanimação e os resultados dos exames
então prever o desfecho.

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diagnósticos. A gravidez pode também afetar os padrões do No final da gestação, o descolamento da placenta pode
trauma e a gravidade das lesões. ocorrer após lesões relativamente pequenas. A ruptura
O profissional que atende uma mulher grávida vítima de uterina é uma lesão rara, sugerida pelo achado de dor
trauma deve lembrar que está atendendo dois doentes: mãe abdominal, defesa, rigidez ou descompressão brusca
e feto. Entretanto, as prioridades do atendimento inicial positiva, especialmente se existe choque grave.
adotadas para uma mulher grávida traumatizada são as Frequentemente, sinais peritoneais são difíceis de serem
mesmas aplicadas para a não grávida. O melhor tratamento avaliados na gestação avançada em decorrência da
inicial para o feto, além de sua avaliação precoce, é a expansão e do adelgaçamento da musculatura da parede
adoção das melhores medidas de reanimação para a mãe. abdominal. Outros achados anormais sugestivos de ruptura
Técnicas de avaliação e monitoração devem permitir o uterina incluem a posição anormal do feto (por exemplo,
acompanhamento tanto da mãe quanto do feto. O estudo posição oblíqua ou transversa), a facilidade de palpar partes
radiológico, se necessário na fase aguda do tratamento, não fetais que se exteriorizam através de rupturas do útero e
deve ser contraindicado devido à gravidez. impossibilidade de palpar facilmente o fundo uterino quando
existe ruptura. Evidências radiológicas de ruptura uterina
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA E REANIMAÇÃO incluem extremidades fetais estendidas, posição fetal
Mãe anormal ou ar livre intraperitoneal. A exploração cirúrgica
Assegure-se da permeabilidade da via aérea, da ventilação pode ser necessária para se diagnosticar a ruptura uterina.
e oxigenação adequadas e do volume circulatório efetivo. Na maioria dos casos de ruptura uterina ou de descolamento
Quando se torna necessário o suporte ventilatório, deve-se de placenta, a doente queixa-se de dor abdominal ou de
realizar a intubação e considerar a manutenção da PC02 cólicas. Sinais de hipovolemia podem estar presentes em
ideal para a idade gestacional da doente (aproximadamente ambas as situações acima mencionadas. Os batimentos
30 mmHg no final da gestação). cardíacos fetais podem ser ouvidos com um Doppler
A compressão da veia cava pelo útero pode reduzir o (gestação a partir da 1 0° semana). A monitoração fetal
retorno venoso ao coração, diminuindo o débito cardíaco e contínua com cardiotocografia deve ser feita após 20 a 24
agravando o choque. O útero deve ser deslocado semanas de gestação. As doentes que não apresentam
manualmente para a esquerda a fim de aliviar a pressão fatores de risco para perda fetal devem ficar com
sobre a veia cava inferior. Se a doente necessitar de monitoração contínua por 6 horas; aquelas com fatores de
imobilização em posição supina, ela ou a prancha risco para perda fetal ou descolamento da placenta devem
podem ser rodadas 15 a 30 graus, em bloco, para seu ser monitoradas por 24 horas. Os fatores de risco para
lado esquerdo e apoiadas com um estabilizador, perda fetal ou descolamento da placenta são: frequência
mantendo as precauções com a coluna e cardíaca materna > 1 10, evidência de descolamento de
descomprimindo a veia cava. placenta, frequência cardíaca fetal > 160 ou < 120, se foi
ejetada do veículo em uma colisão de automóvel,
ATENÇÃO!! Em virtude do aumento de seu volume atropelamento ou colisão de motocicleta.
intravascular, a gestante pode perder uma quantidade
significativa de seu volume circulante antes que ocorram ATENÇÃO! Poucas são as evidências a favor da cesárea
taquicardia, hipotensão e outros sinais de hipovolemia. perimortem em gestantes vítimas de trauma e que sofrem
Dessa maneira, o feto pode estar em sofrimento e a parada cardíaca por hipovolemia. Lembre, o sofrimento fetal
placenta privada de perfusão vital, enquanto as condições pode existir quando a mãe não tem alterações
da mãe e os sinais vitais parecem estar estáveis. hemodinâmicas e, à medida que progride, a instabilidade
A reanimação com cristaloides e a reposição precoce de materna compromete a sobrevida do feto. Quando a mãe
sangue tipo específico são indicadas para manter a apresenta parada cardíaca por hipovolemia, o feto já sofreu
hipervolemia fisiológica da gravidez. Vasopressores devem um prolongado período de hipóxia. Quando a parada
ser o último recurso para restaurar a pressão sanguínea cardíaca da mãe ocorre por outras causas, a cesárea
materna, pois sua ação reduz o fluxo sanguíneo uterino, perimortem pode ser ocasionalmente bem sucedida, desde
resultando em hipóxia fetal. que seja realizada dentro de 4 a 5 minutos após a parada
cardíaca.
Feto
O exame do abdome na gestante traumatizada reveste-se IMPORTANTE!
de importância crítica, pois a identificação rápida de lesões Durante a gestação ocorrem alterações anatômicas e
maternas graves e a determinação da viabilidade fetal fisiológicas importantes e previsíveis que podem influenciar
dependem de um exame bem conduzido. A principal causa a avaliação e o tratamento da doente grávida traumatizada.
de morte fetal é o choque materno e a morte da mãe. A Atenção deve também ser dada ao feto, o segundo doente
segunda causa de óbito fetal é o descolamento de placenta. dessa dupla peculiar, tão logo a mãe, seu "meio ambiente",
O descolamento de placenta pode ser sugerido por tenha sido estabilizada.
hemorragia vaginal (70% dos casos), dor à palpação uterina, A parede abdominal, miométrio uterino e o líquido amniótico
contrações uterinas frequentes, tetania uterina ou agem como ' amortecedor do trauma direto no feto em um
irritabilidade do útero (que se contrai quando tocado). Trinta trauma fechado. A medida que o útero gravídico aumenta de
por cento dos descolamentos de placenta após trauma tamanho, o restante das vísceras abdominais são
podem não exibir hemorragia vaginal. A ultrassonografia relativamente protegidas no trauma penetrante, enquanto a
uterina pode mostrar a lesão, porém o teste não é definitivo. probabilidade da lesão uterina aumenta.
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A reposição de líquidos e sangue deve ser adequada para um estado crítico e necessitam tratamento e transporte
corrigir e prevenir o choque hipovolêmico da mãe e do feto. imediato.
Avaliar e reanimar primeiro a mãe, a seguir avaliar o feto • Cor Amarela Significa segunda prioridade: São as vítimas
antes de conduzir a avaliação secundária da mãe. que apresentam sinais e sintomas que permitem adiar a
atenção e podem aguardar pelo transporte.
CUIDADO DE ENFERMAGEM EM URGÊNCIAS E • Cor Verde Significa terceira prioridade: São as vítimas que
EMERGÊNCIAS apresentam lesões menores ou sinais e sintomas que não
requerem atenção imediata.
SITUAÇÕES COM MULTIPLAS VÍTIMAS • Cor Preta Significa sem prioridade (morte clínica): São as
• MÉTODO START ( SIMPLES TRIAGEM E RÁPIDO vítimas que apresentam lesões obviamente mortais ou para
TRATAMENTO). identificação de cadáveres.
• Cor Vermelha -Significa primeira prioridade: São as
vítimas que apresentam sinais e sintomas que demonstram

FLUXOGRAMA – MÉTODO START

Legenda:Irrecuperável: cor preta; Pode aguarda: cor verde; Crítico: cor vermelha; Urgente: cor amarela

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

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TRAUMA do ocupante não acompanha esta aceleração devido o


encosto estar mal posicionado e com isso a cabeça é jogada
• Politraumatismo - Termo empregado quando mais de uma para trás fazendo a hiperextensão do pescoço estirando os
região sofre lesões concomitantes, intencionais ou mecanismos de sustentação produzindo uma lesão em
acidentais. chicote.
Trauma é definido como um evento nocivo que advém da Capotamento: É dos mais graves, pois se deve ao fato de
liberação de formas específicas de energia ou de barreiras múltiplos deslocamentos violentos que ocorrem durante a
físicas ao fluxo normal de energia (PHTLS, 2007). capotagem.
Essa energia existe em cinco formas físicas, cuja descrição Ejeção: Lesões decorrentes da ejeção de dentro do veículo
você acompanha mais adiante: podem ser em si maiores do que aquelas ocasionadas pelo
• Mecânica. • Química. • Térmica. • Irradiação. • Elétrica. trauma em contato com o solo.
De todas as lesões, a energia mecânica é uma das causas TIPOS DE TRAUMA
mais comuns, ela é encontrada nas colisões de veículos Podem ser do tipo:
automotores. Percebemos a presença da energia química • Crânio- Encefálico
quando, por exemplo, uma criança ingere soda cáustica • Abdominal; ex: sangramento parede abdominal( sinal de
acondicionada em uma garrafa de refrigerante. A energia Cullen),
térmica pode ser dissipada no momento em que um • Torácico; ex: pneumotórax hipertensivo- paciente
cozinheiro borrifa combustível na churrasqueira, apresenta taquipneia, taquicardia, desvio da traqueia,
aumentando a chama e queimando a face. As lesões de hipotensão, turgência veias jugulares. ex : tamponamento
pele são frequentes no verão, devido à exposição à energia cardíaco.
por irradiação.
A transferência de energia elétrica é comum quando ocorre TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
manipulação com fiação elétrica, provocando diferentes • Presença de Otorreia e Rinorreia;
padrões de lesões, como queimaduras (pele, nervos, vasos Sinais de TCE:
sanguíneos, músculos e ossos), ejeção no momento da • Equimose região mastoide (Sinal de Batlle);
passagem da corrente elétrica, levando a diferentes traumas • Equimose periorbitária ( olhos guaxinin)
(cabeça, coluna, tronco e membros) e, ainda, arritmia, em CONTUSÃO X CONCUSSÃO
algumas vezes, seguida de parada cardiorrespiratória devido • As contusões cerebrais são lesões derivadas de algum
à liberação de potássio na circulação sanguínea decorrente traumatismo craniano que são causadas por um impacto
da lesão do músculo cardíaco (PHTLS, 2007). direto e violento na cabeça.
• A concussão cerebral é acompanhada de uma pequena
CLASSIFICAÇÃO DO TRAUMA perda da função neurológica (nível de consciência).
O trauma é classificado em dois grupos – fechado e
penetrante. CLASSIFICAÇÃO HEMATOMAS
1 – Trauma fechado ou contuso – colisões, quedas, • Sudural – abaixo da dura-máter;
relacionados ao trabalho. Nos acidentes automobilísticos • Intracerebral – dentro do cérebro.
informações sobre: uso de cinto de segurança, deformação • Extra dural ou epidural – acima dura máter.
do volante, ejeção da vítima do veículo o que aumenta as TRAUMA MUSCÚLO ESQUELÉTICO
lesões graves. • Entorse – estiramento e/ou rompimento de um ligamento.
2 – Trauma penetrante – armas de fogo, arma branca, • Distensão –estiramento muscular.
objetos perfurantes estão aumentando. Informações sobre • Luxação - perda de contato entre duas articulações
tipo de projétil, calibre, distância do disparo são dados (Presença de edema, dor local e incapacidade funcional,
importantes. deformidade.)
ATENÇÃO!
Impacto Frontal: É considerado quando o objeto encontra- FRATURAS
se a frente do veículo e o impacto faz com que haja redução • Uma fratura óssea é a perda da continuidade de um osso, que o
divide em dois ou mais fragmento
brusca da velocidade.
Impacto Lateral: Define-se como uma colisão contra o lado
lateral de um veículo capaz de imprimir uma aceleração no FRATURA FECHADA OU INTERNA • São as fraturas nas quais os
sentido inverso do da desaceleração, ou seja, desloca o ossos quebrados permanecem no interior do membro sem perfurar
a pele. Poderá, entretanto romper um vaso sanguíneo ou cortar um
ocupante do ponto de impacto. O motorista que leva o
nervo
impacto do seu lado (esquerdo) tem tendência maior em FRATURA EM FISSURA • São aquelas em que as bordas ósseas
fazer lesões de vísceras que topograficamente se localizam ainda estão muito próximas, como se fosse uma rachadura ou
na metade esquerda como o baço, fratura de arcos costais à fenda.
esquerda. FRATURA EM GALHO VERDE • É a fratura incompleta que
Impacto Traseiro: O impacto traseiro tem conotação atravessa apenas uma parte do osso. São fraturas geralmente com
biomecânicas diferentes, tal impacto ocorre quando o pequeno desvio e que não exigem redução; quando exigem, é feita
veículo está totalmente parado. O veículo e seus ocupantes com o alinhamento do eixo dos ossos. Sua ocorrência mais comum
é em crianças e nos antebraços (punho).
são jogados para frente à medida que absorve energia.
FRATURA COMINUTIVA • É a fratura que ocorre com a quebra do
Devido a proteção dos bancos todo tronco costuma sofrer osso em três ou mais fragmentos.
aceleração para frente juntamente com o carro. Já a cabeça
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FRATURA ESPIRAL • É quando o traço de fratura encontra-se ao são capazes de produzir calor excessivo que danifica os
redor e através do osso. Estas fraturas são decorrentes de lesões tecidos corporais e acarreta a morte celular. As queimaduras
que ocorrem com uma torção. podem lesar a pele, os músculos, os vasos sanguíneos, os
FRATURA TRANSVERSA • É quando o traço de fratura atravessa
nervos e os ossos.
o osso numa linha mais ou menos reta.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Queimaduras são
FRATURA ABERTA OU EXPOSTA • São as fraturas em que os
ossos quebrados saem do lugar, rompendo a pele e deixando feridas traumáticas causadas, na maioria das vezes, por
exposta uma de suas partes, que pode ser produzida pelos próprios agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos.
fragmentos ósseos ou por objetos penetrantes. • Este tipo de fratura Atuam nos tecidos de revestimento do corpo humano,
pode causar infecções. determinando destruição parcial ou total da pele e seus
CUIDADOS GERAIS COM FRATURA anexos, podendo atingir camadas mais profundo como
Evite movimentar o local fraturado; tecido celular subcutâneo, músculos, tendões e ossos.
Se a fratura for em braço ,dedo ou perna, retire objetos que possam
Os principais agentes causais de queimaduras são: líquidos
interferir na circulação (relógio, anéis, calçados, etc.), devido ao
edema que ocorre no membro atingido.
superaquecidos; combustível; chama direta; superfície
Em caso de fratura exposta, há sangramento, podendo ser intenso superaquecida; eletricidade; agentes químicos; agentes
ou de pouco fluxo, proteja a área com um pano limpo e enrole com radioativos; radiação solar; frio; fogos de artifícios.
uma atadura no local do sangramento; As causas das queimaduras são: térmicas, químicas,
Evite comprimir o osso; elétricas e radiação.
Improvise uma tala. Utilize revistas, papelão, madeiras. Imobilize o Térmicas - por calor (fogo, vapores quentes, objetos
membro da maneira que se encontra, sem movimentá-lo; quentes) e por frio (objetos congelados, gelo).
Não fixe com tiras em cima da área fraturada, em função do edema
Químicas - inclui vários cáusticos, tais como substâncias
e também para observar a evolução e para não forçar o osso para
dentro, podendo romper vasos sanguíneos e causar intensa dor;
ácidas e álcalis;
Não tente recolocar o osso no lugar; Elétricas - materiais energizados e descargas atmosféricas;
Se suspeita de fratura no crânio ou coluna cervical, proteja a cabeça Substâncias radioativas - materiais radioativos e raios
da vítima de maneira que ela não possa realizar movimentos, não ultravioletas (incluindo a luz solar).
lateralize a cabeça e não eleve-a
Verificação de pulso, perfusão, motricidade e sensibilidade.(PPMS). As queimaduras constituem causa importante de morbidade
e mortalidade.
DICA!!
A observação dos princípios básicos de reanimação inicial,
RICE:
• R-REPOUSO;
em tempo apropriado, de medidas emergenciais simples
• I - ICE- GELO( 20 minutos 4xdia/ 48 a 72 h). minimizam a morbidade e a mortalidade dessas lesões.
• C- COMPRESSÃO (BANDAGEM). Esses princípios incluem a constante atenção para a
• E – ELEVÇÃO. possível presença de comprometimento da via aérea por
CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PACIENTES VÍTIMAS inalação de fumo (fumaça), identificação e tratamento de
DE QUEIMADURAS lesões mecânicas associadas e a manutenção da
normalidade hemodinâmica através da reanimação com
As queimaduras são lesões decorrentes de agentes (tais infusão de volume.
como a energia térmica, química ou elétrica) capazes de Deve-se estar alerta para as medidas a serem adotadas
produzir calor excessivo que danifica os tecidos corporais e com o intuito de evitar e tratar potenciais complicações das
acarreta a morte celular. Tais agravos podem ser lesões térmicas como a rabdomiólise e as arritmias
classificados como queimaduras de primeiro grau, de cardíacas, algumas vezes vistas em queimaduras elétricas.
segundo grau ou de terceiro grau. Outros princípios importantes do tratamento das lesões
térmicas são o controle da temperatura e a remoção do
Entre os órgãos atingidos pelas queimaduras, a pele é a doente do ambiente causador da lesão.
mais frequentemente afetada. Considerada o maior órgão do
corpo humano, a pele é a parte do organismo que recobre e ATENÇÃO! Queimaduras podem causar grande edema e,
resguarda a superfície corporal, tendo algumas funções, tais por isso, a via aérea superior está em risco de obstrução. Os
como controlar a perda de água e proteger o corpo contra sinais de obstrução podem ser inicialmente sutis até o
atritos. A pele desempenha também um papel importante na doente entrar em crise; portanto, a avaliação precoce da
manutenção da temperatura geral do corpo, devido à ação necessidade de intubação endotraqueal é essencial. Fatores
das glândulas sudoríparas e dos capilares sanguíneos nela que aumentam o risco de obstrução da via aérea são
encontrados. profundidade e extensão de queimaduras maiores,
A pele forma uma barreira protetora contra a atuação de queimaduras na cabeça e na face, lesões inalatórias e
agentes físicos, químicos ou bacterianos sobre os tecidos queimaduras no interior da boca. Queimaduras localizadas
mais profundos do organismo. Além disso, a pele é na face e na boca causam edema mais localizado e
composta por camadas que detectam as diferentes apresentam maior risco de comprometimento da via aérea.
sensações corporais, como o sentido do tato, a temperatura Por terem a via aérea menor, as crianças têm maior risco de
e a dor. problemas na via aérea.

Conceito: é uma lesão produzida nos tecidos de Tratamento imediato de emergência:


revestimento do organismo, causada por agentes térmicos, • Interrompa o processo de queimadura.
produtos químicos, eletricidade, radiação. Esses agentes • Remova roupas, joias, anéis, piercings e próteses.
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• Cubra as lesões com tecido limpo. DEFINIÇÃO CARACTERÍSTICAS


QUEIMADURA Atinge apenas a epiderme e apresenta-
Tratamento na sala de emergência: SUPERFICIAL se com hiperemia e dor. Palavra-chave:
• Vias aéreas (avaliação): Hiperemia, edema e dor.
• Avalie a presença de corpos estranhos, verifique e retire QUEIMADURA Atinge a epiderme e várias partes da
qualquer tipo de obstrução. DE derme, se apresenta com a presença de
• Respiração: ESPESSURA bolhas. Na queimadura parcial, deve-se
• Aspire as vias aéreas superiores, se necessário. PARCIAL ter o cuidado para que a zona de estase
• Administre oxigênio a 100% (máscara umidificada) e, na não evolua para zona de necrose. Uma
ação que favorece a ampliação dessa
suspeita de intoxicação por monóxido de carbono, mantenha
lesão é a aplicação de gelo na
a oxigenação por três horas.
queimadura. Por isso, o gelo é
• Suspeita de lesão inalatória: queimadura em ambiente
contraindicado como método analgésico
fechado com acometimento da face, presença de rouquidão, nesse tipo de lesão Palavra-chave:
estridor, escarro carbonáceo, dispneia, queimadura das bolhas.
vibrissas, insuficiência respiratória. QUEIMADURA Apresenta-se espessa, seca, branca e
• Mantenha a cabeceira elevada (30°). DE rígida. Antes denominada de terceiro
• Indique intubação orotraqueal quando: Escala de coma ESPESSURA grau. O PHTLS reforça que são lesões
Glasgow for menor do que 8; PaO2 for menor do que 60; TOTAL doloridas.
PaCO2 for maior do que 55 na gasometria; Saturação for QUEIMADURA Nesse grupo, o PHTLS ainda denomina
menor do que 90 na oximetria; houver edema importante de DE 4º GRAU a queimadura de 4° grau, mas a
face e orofaringe. (ESPESSURA compara com uma lesão de espessura
• Acesso venoso: Obtenha preferencialmente acesso venoso TOTAL COM total com lesão de tecido profundo, por
periférico e calibroso, mesmo em área queimada, e somente LESÃO DE isso utilizei o termo na descrição. Nessa
na impossibilidade desta utilize acesso venoso central. TECIDO categoria a queimadura atinge o tecido
• Instale sonda vesical de demora para o controle da diurese PROFUNDO) subcutâneo, os músculos, tendões,
ossos ou órgãos internos.
nas queimaduras em área corporal superior a 20% em
Palavra-chave – lesão em órgãos
adultos e 10% em crianças.

CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS


PROFUNDIDADE DA QUEIMADURA
Primeiro grau (espessura superficial) – eritema solar
• Afeta somente a epiderme, sem formar bolhas.
• Apresenta vermelhidão, dor, edema e descama em 4 a 6
dias.
Segundo grau (espessura parcial-superficial e
profunda)
• Afeta a epiderme e parte da derme, forma bolhas ou
flictenas.
• Superficial: a base da bolha é rósea, úmida e dolorosa.
• Profunda: a base da bolha é branca, seca, indolor e
menos dolorosa (profunda).
• A restauração das lesões ocorre entre 7 e 21 dias.
Terceiro grau (espessura total)
• Afeta a epiderme, a derme e estruturas profundas.
• É indolor.
• Existe a presença de placa esbranquiçada ou enegrecida.
• Possui textura coreácea.
• Não reepiteliza e necessita de enxertia de pele (indicada
também para o segundo grau profundo)

#FICAADICA: houve mudança na classificação da


queimadura no PHTLS 2017 em relação à classificação do
manual do MS.

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EXTENSÃO DA QUEIMADURA (SUPERFÍCIE CORPÓREA


QUEIMADA – SCQ) • Regra dos nove (urgência) (veja a figura 1).
Utiliza-se percentagens com a utilização da regra dos nove • A superfície palmar do paciente (incluindo os dedos)
que permite estimar a superfície corporal total queimada representa cerca de 1% da SCQ.
(SCTQ), conforme a extensão da queimadura. Nesse caso,
analisamos somente o percentual da área corpórea atingida • Áreas nobres/queimaduras especiais: Olhos, orelhas, face,
pela lesão, sem considerar sua profundidade (seus graus). pescoço, mão, pé, região inguinal, grandes articulações
A regra dos nove divide o corpo do adulto em doze regiões: (ombro, axila, cotovelo, punho, articulação coxofemural,
- onze delas equivalem a 9% cada uma; e a última (região joelho e tornozelo) e órgãos genitais, bem como
genital) equivale a 1%. As crianças recebem uma queimaduras profundas que atinjam estruturas profundas
porcentagem específica. como ossos, músculos, nervos e/ou vasos desvitalizados.

REGRA DOS NOVE

Fonte: ATLS, 2014.

OBS: Com relação ao percentual na criança, há divergência


na literatura com relação a outros valores que não estão
nessa figura.

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mL em 24 horas. Metade, 8.000 a 16.000 mL, devem ser


infundidos nas primeiras 8 horas; portanto, o doente deve
receber 1.000 a 2.000 mL/h).
Após essa quantidade inicial, o volume de líquido oferecido
deve ser ajustado com base no débito urinário de 0,5
mL/kg/h em adultos e 1 mL/kg/h para crianças com menos
de 30 Kg.

TRATAMENTO DA DOR
Instale acesso intravenoso e administre:
• Para adultos:
Dipirona = de 500mg a 1 grama em injeção endovenosa
(EV); ou
Morfina = 1ml (ou 10mg) diluído em 9ml de solução
fisiológica (SF) a 0,9%, considerando-se que cada 1ml é
igual a 1mg. Administre de 0,5 a 1mg para cada 10kg de
peso.

• Para crianças:
Dipirona = de 15 a 25mg/kg em EV; ou
Morfina = 10mg diluída em 9ml de SF a 0,9%, considerando-
se que cada 1ml é igual a 1mg. Administre de 0,5 a 1mg
para cada 10kg de peso.

CÁLCULO DA HIDRATAÇÃO Condições que classificam queimadura grave:

Fórmula de Parkland = 2 a 4ml x % SCQ x peso (kg) • Extensão/profundidade maior do que 20% de SCQ em
adultos.
• 2 a 4ml/kg/% SCQ para crianças e adultos. • Extensão/profundidade maior do que 10% de SCQ em
• Idosos, portadores de insuficiência renal e de insuficiência crianças.
cardíaca congestiva (ICC) devem ter seu tratamento iniciado • Idade menor do que 3 anos ou maior do que 65 anos.
com 2 a 3ml/kg/%SCQ e necessitam de observação mais • Presença de lesão inalatória.
criteriosa quanto ao resultado da diurese. • Politrauma e doenças prévias associadas.
• Use preferencialmente soluções cristaloides (ringer com • Queimadura química.
lactato). • Trauma elétrico.
• Faça a infusão de 50% do volume calculado nas primeiras • Áreas nobres/especiais: Olhos, orelhas, face, pescoço,
8 horas e 50% nas 16 horas seguintes. mão, pé, região inguinal, grandes articulações (ombro, axila,
• Considere as horas a partir da hora da queimadura. cotovelo, punho, articulação coxofemural, joelho e tornozelo)
• Mantenha a diurese entre 0,5 a 1ml/kg/h. e órgãos genitais, bem como queimaduras profundas que
• No trauma elétrico, mantenha a diurese em torno de atinjam estruturas profundas como ossos, músculos, nervos
1,5ml/kg/hora ou até o clareamento da urina. e/ou vasos desvitalizados.
• Observe a glicemia nas crianças, nos diabéticos e sempre • Violência, maus-tratos, tentativa de autoextermínio
que necessário. (suicídio), entre outras.
• Na fase de hidratação (nas 24h iniciais), evite o uso de
coloide, diurético e drogas vasoativas. MEDIDAS GERAIS IMEDIATAS E TRATAMENTO DA
FERIDA
PROVA!! A reposição volêmica inicial do queimado • Limpe a ferida com água e clorexidina desgermante a 2%.
(Fórmula de Parkland) Na falta desta, use água e sabão neutro.
O doente queimado necessita de 2 a 4 mL de Ringer • Posicionamento: mantenha elevada a cabeceira da cama
lactato por kg de peso corporal por percentagem de do paciente, pescoço em hiperextensão e membros
ASC com queimadura de segundo e terceiro graus, nas superiores elevados e abduzidos, se houver lesão em
primeiras 24 horas, para manter um volume sanguíneo pilares axilares.
circulante adequado e produzir um débito urinário • Administre toxoide tetânico para profilaxia/ reforço
satisfatório. antitétano.
O volume de líquido estimado é então oferecido da seguinte • Administre bloqueador receptor de H2 para profilaxia da
maneira: metade do volume total estimado é administrada úlcera de estresse.
nas primeiras 8 horas após a queimadura. O restante deve • Administre heparina subcutânea para profilaxia do
ser administrado nas 16 horas seguintes. tromboembolismo.
Por exemplo: um homem de 100 Kg com 80% de ASC • Administre sulfadiazina de prata a 1% como antimicrobiano
queimada necessita de 2 a 4 x 80 x 100 = 16.000 a 32.000 tópico.
• Curativo exposto na face e no períneo.
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• Curativo oclusivo em quatro camadas: atadura de morim são preferíveis aos inferiores para o acesso venoso. Deve-
ou de tecido sintético (rayon) contendo o princípio ativo se iniciar a infusão com solução cristaloide isotônica,
(sulfadiazina de prata a 1%), gaze absorvente/gaze de preferencialmente com solução de Ringer lactato.
queimado, algodão hidrófilo e atadura de crepe.
• Restrinja o uso de antibiótico sistêmico profilático apenas TRAUMA ELÉTRICO
às queimaduras potencialmente colonizadas e com sinais de • Identifique se o trauma foi por fonte de alta tensão, por
infecção local ou sistêmica. Em outros casos, evite o uso. corrente alternada ou contínua e se houve passagem de
• Evite o uso indiscriminado de corticosteroides por qualquer corrente elétrica com ponto de entrada e saída.
via. • Avalie os traumas associados (queda de altura e outros
• As queimaduras circunferenciais em tórax podem traumas).
necessitar de escarotomia para melhorar a expansão da • Avalie se ocorreu perda de consciência ou parada
caixa torácica. cardiorrespiratória (PCR) no momento do acidente.
• Para escarotomia de tórax, realize incisão em linha axilar • Avalie a extensão da lesão e a passagem da corrente.
anterior unida à linha abaixo dos últimos arcos costais (veja • Faça a monitorização cardíaca contínua por 24h a 48h e
a figura 2). faça a coleta de sangue para a dosagem de enzimas (CPK e
• Para escarotomia de membros superiores e membros CKMB).
inferiores, realize incisões mediais e laterais (veja a figura 2). • Procure sempre internar o paciente que for vítima deste
• Habitualmente, não é necessária anestesia local para tais tipo de trauma.
procedimentos; porém, há necessidade de se proceder à • Avalie eventual mioglobinúria e estimule o aumento da
hemostasia. diurese com maior infusão de líquidos.
• Na passagem de corrente pela região do punho (abertura
do túnel do carpo), avalie o antebraço, o braço e os
membros inferiores e verifique a necessidade de
escarotomia com fasciotomia em tais segmentos.

QUEIMADURA QUÍMICA
• A equipe responsável pelo primeiro atendimento deve
utilizar proteção universal para evitar o contato com o agente
químico.
• Identifique o agente causador da queimadura: ácido, base
ou composto orgânico.
• Avalie a concentração, o volume e a duração de contato.
• Lembre que a lesão é progressiva, remova as roupas e
retire o excesso do agente causador.
• Remova previamente o excesso com escova ou panos em
caso de queimadura por substância em pó.
• Dilua a substância em água corrente por no mínimo 30
minutos e irrigue exaustivamente os olhos no caso de
queimaduras oculares.
• Interne o paciente e, na dúvida, entre em contato com o
centro toxicológico mais próximo.
ATENÇÃO! Síndrome compartimental também pode estar • Nas queimaduras por ácido fluorídrico com repercussão
presente com queimaduras circunferenciais de tórax e sistêmica, institua a aplicação por via endovenosa lenta de
abdome, causando aumento das pressões de pico soluções fisiológicas com mais 10ml de gluconato de cálcio
inspiratórias. Escarotomias torácicas e abdominais a 10% e acompanhe laboratorialmente a reposição do cálcio
realizadas abaixo das linhas axilares anteriores combinadas iônico.
com uma incisão na transição toracoabdominal geralmente • Aplique gluconato de cálcio a 2,5% na forma de gel sobre a
aliviam o problema. lesão, friccione a região afetada durante 20 minutos (para
atingir planos profundos) e monitore os sintomas dolorosos.
Qualquer doente com queimaduras que acometem mais de • Caso não haja melhora, infiltre o subcutâneo da área da
20% da superfície corporal necessita de reposição de lesão com gluconato de cálcio diluído em soro fisiológico a
volume. Após estabelecer a permeabilidade da via aérea e 0,9%, na média de 0,5ml por centímetro quadrado de lesão,
identificar e tratar as lesões que implicam risco iminente de com o uso de agulha fina de 0,5cm, da borda da queimadura
vida, devem ser providenciados acessos venosos. Para com direção ao centro (assepsia normal).
tanto, devem-se estabelecer imediatamente acessos • Nos casos associados à dificuldade respiratória, poderá ser
venosos com cateter de grosso calibre (no mínimo 16 G) necessária a intubação endotraqueal.
introduzido em veia periférica. Se a extensão da queimadura
não permitir a introdução do cateter através de pele íntegra,
isso não deve impedir a punção de veia acessível através da
pele queimada. Tendo em vista a alta incidência de flebites e
flebites sépticas nas veias safenas, os membros superiores
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INFECÇÃO DA ÁREA QUEIMADA ◼ Segundo definição de casarett: “toxicologia e a


São considerados sinais e sintomas de infecção em ciência que define os limites de segurança dos
queimadura: agentes químicos, entendendo-se como segurança
• Mudança da coloração da lesão. a probabilidade de uma substancia não produzir
• Edema de bordas das feridas ou do segmento corpóreo danos em condições especiais”.
afetado. ◼ Intoxicação exógena ou envenenamento:
• Aprofundamento das lesões. ◼ É o resultado da contaminação de um ser vivo por
• Mudança do odor (cheiro fétido). um produto químico, excluindo reações
• Descolamento precoce da escara seca e transformação em imunológicas tais como alergias e infecções.
escara úmida. ◼ Para que haja a ocorrência do envenenamento são
• Coloração hemorrágica sob a escara. necessários três fatores: substância, vítima em
• Celulite ao redor da lesão. potencial e situação desfavorável.
• Vasculite no interior da lesão (pontos avermelhados). ◼ Toxicidade é a capacidade de uma substância
• Aumento ou modificação da queixa dolorosa. produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.

CRITÉRIOS DE TRANSFERÊNCIA DE PACIENTES PARA CLASSIFICAÇÃO DAS INTOXICAÇÕES


UNIDADES DE TRATAMENTO DE QUEIMADURAS: ◼ Intoxicação exógena ou envenenamento:
• Queimaduras de 2° grau em áreas maiores do que 20% da ◼ É o resultado da contaminação de um ser vivo por
SCQ em adultos. um produto químico, excluindo reações
• Queimaduras de 2° grau maiores do que 10% da SCQ em imunológicas tais como alergias e infecções.
crianças ou maiores de 50 anos. ◼ Para que haja a ocorrência do envenenamento são
• Queimaduras de 3° grau em qualquer extensão. necessários três fatores: substância, vítima em
• Lesões na face, nos olhos, no períneo, nas mãos, nos pés potencial e situação desfavorável.
e em grandes articulações. ◼ Toxicidade é a capacidade de uma substância
• Queimadura elétrica. produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
• Queimadura química.
• Lesão inalatória ou lesão circunferencial de tórax ou de SINITOX - SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES
membros. TOXICO-FARMACOLÓGICAS
• Doenças associadas, tentativa de autoextermínio (suicídio), Tem como principal atribuição coordenar a coleta, a
politrauma, maus-tratos ou situações sociais adversas. compilação, a análise e a divulgação dos casos de
• A transferência do paciente deve ser solicitada à unidade intoxicação e envenenamento notificados no país. Os
de tratamento de queimaduras (UTQ) de referência, após a registros são realizados pela rede nacional de centros de
estabilização hemodinâmica e as medidas iniciais, com leito informação e assistência toxicológica (renaciat), composta
de UTI reservado para queimados. por diversas unidades presentes em todas as regiões do
• Pacientes graves somente deverão ser transferidos brasil.
acompanhados de médico em ambulância com UTI móvel e ◼ As intoxicações exógenas agudas têm se
com a possibilidade de assistência ventilatória. destacado entre os atendimentos de urgência e
• O transporte aéreo para pacientes com trauma, emergência no país. Apresentam-se de diversas
pneumotórax ou alterações pulmonares deve ser realizado formas, desde intoxicações acidentais até os casos
com extremo cuidado, pelo risco de expansão de gases e de tentativas de autoextermínio.
piora clínica. ◼ É importante destacar que o tratamento das
• As UTQs de referência sempre têm profissionais intoxicações é de difícil manejo, visto que as
habilitados para dar orientações sobre o tratamento substâncias químicas, suas características e
completo das vítimas de queimaduras. toxicidade muitas vezes são desconhecidas pelos
• A transferência do paciente deve ser solicitada à UTQ de profissionais de saúde e a fisiopatologia das
referência após a estabilização hemodinâmica e as medidas intoxicações também difere, dependendo do agente
iniciais. tóxico.
• Envie sempre relatório com todas as informações colhidas,
as anotações de condutas e os exames realizados. 1)Abordagem Inicial

◼ A: VIAS AÉREAS (Obstrução de vias aéreas /


CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM TOXICOLOGIA trauma / queda da base da língua / secreção /
restos alimentares)
Intoxicações exógenas podem ser definidas como as O fator mais comum que contribui para a morte por
consequências clínicas e/ou bioquímicas da exposição a sobredosagem de fármacos ou intoxicação é a perda
substâncias químicas encontradas no ambiente (ar, água) dos reflexos de proteção da via aérea com sua
ou isoladas (pesticidas, medicamentos). subsequente obstrução causada por língua flácida,
◼ Toxicologia e a ciência que estuda a natureza e o aspiração pulmonar do conteúdo gástrico ou parada
mecanismo das lesões tóxicas nos organismos respiratória. Em todos os pacientes intoxicados,
vivos expostos aos venenos. deve-se suspeitar de via aérea potencialmente
comprometida.
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-Pacientes que estão acordados e falando são espontânea pode proporcionar uma indicação indireta
suscetíveis de ter os reflexos da via aérea íntegros, mas da capacidade do paciente de proteger a via aérea. Se
devem ser rigorosamente monitorados, porque a piora houver qualquer dúvida, é melhor realizar entubação
da intoxicação pode resultar em uma rápida perda de endotraqueal.
controle da via aérea.
-Em paciente letárgico: a resposta à estimulação da
nasofaringe ou a presença de um reflexo de tosse

◼ B (RESPIRAÇÃO): Movimentos respiratórios / Alterações na Ausculta / Saturação


Junto com os problemas na via aérea, as dificuldades respiratórias são a principal causa de morbidade e mortalidade em
pacientes com intoxicação de fármacos. Os pacientes podem ter uma ou mais das seguintes complicações: insuficiência
ventilatória, hipóxia e broncoespasmo.

◼ C (CIRCULAÇÃO): Pulso / Pressão Arterial / Ritmo Cardíaco


Verificar a pressão arterial, a pulsação e o ritmo. Realizar ressuscitação cardiopulmonar se não houver pulso e realizar suporte
avançado de vida para arritmias e choque.
Iniciar monitorização eletrocardiográfica (ECG) contínua. Arritmias podem complicar uma variedade de overdoses de
fármacos, e todos os pacientes com intoxicação farmacológica potencialmente cardiotóxica devem ser monitorados no
departamento de emergência ou na unidade de terapia intensiva por pelo menos 6 horas após a ingestão.
Assegurar acesso venoso/ Coletar sangue para exames de rotina/ Iniciar infusão IV.

◼ D (CONSCIÊNCIA): Avaliação Neurológica/Estado Mental Alterado


A diminuição do nível de consciência é a complicação grave mais comum da superdosagem ou intoxicação por fármacos.

◼ E (EXPOSIÇÃO): Remover roupas / limpar mucosa / descontaminação

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2)Abordagem secundária
O diagnóstico e o tratamento da intoxicação frequentemente devem ser realizados, sem os resultados de exames toxicológicos
extensos. Felizmente, na maioria dos casos, o diagnóstico pode ser feito utilizando-se cuidadosamente os dados recolhidos a
partir da história, exame físico direcionado e de testes de laboratório comumente disponíveis.
História: embora frequentemente pouco confiável ou incompletos, a história de ingestão pode ser muito útil se obtida de maneira
cuidadosa.
-Perguntar ao paciente sobre todos os medicamentos tomados, como aqueles isentos de prescrição, os fitoterápicos e as
vitaminas.
-Perguntar aos membros da família, amigos e equipe paramédica sobre qualquer medicamento prescrito ou isento de prescrição.
-Obter quaisquer medicamentos disponíveis para exame posterior, mas deve-se manuseá-los com muito cuidado para evitar
intoxicação por contato com a pele ou contato inadvertido.
-Verificar com a farmácia onde os medicamentos encontrados com o paciente foram obtidos para determinar se outros
medicamentos prescritos foram obtidos no mesmo local.
3)Descontaminação
◼ Inalatória → geralmente indica-se nebulização
◼ Ocular → indica-se lavar os olhos com água em abundância
◼ Cutâneo-mucosa → retirar roupas do paciente e dar banho
◼ Digestiva:
-indução de vômitos (ATENÇÃO! Emêse → Contraindicado! Xarope de ipeca não é mais recomendado!)
-lavagem gástrica:
INDICAÇÃO: Toxicidade sistêmica alta da substância
• 5-10 ml/Kg de SF 0,9%, máximo 250 ml por vez
• Maior efeito até entre 30 a 60 minutos após acidente
• Atentar para a proteção de vias aéreas
• Maior risco de aspiração na criança
CONTRA-INDICAÇÕES:
◼ Ácidos e bases fortes
◼ Varizes de esôfago
◼ Cirurgia recente de TGI
◼ Corrosivos
◼ Hidrocarbonetos
◼ ECG < 8, sem proteção de vias aéreas
4)Redução da absorção
◼ Carvão ativado
◼ Dose de ataque: Criança: 1g/Kg ; Adulto: 50 a 30g de carvão em 200ml SF0,9%
◼ Doses seriadas: Criança: 0,5g/Kg; Adulto: 25g em 100ml SF0,9% (4/4 ou 6/6h, conforme prescrição médica por 48 horas)
Contraindicação ao uso de carvão ativado
◼ Substâncias pouco adsorvidas
◼ Ácidos e bases fortes
◼ Corrosivos
◼ Hidrocarbonetos
◼ Antídotos orais
5) Uso de antídotos
6)Tratamento específico (Diurese forçada, Alcalinização, Hemodiálise)
SÍNDROMES TÓXICAS; Alguns autores caracterizam as síndromes tóxicas como conjunto de sinais e sintomas agrupados e de
forma consistente que quando identificados ajudam os profissionais a estabelecer um diagnóstico diferencial e orientar na indução
de terapias definitivas.
SÍNDROMES QUADRO CLÍNICO CAUSAS
Anticolinérgicas Boca seca, pele seca, rubor facial, midríase, íleo paralítico, Anti-histaminícos, atropina,
desorientação, hipertermia, retenção urinária, visão turva, alucinações, escopolamina, antidepressivos
convulsão, coma e taquicardia tricíclicos, vegetais beladona.
Colinérgica Lacrimejamento, sialorreia, miose, sudorese, broncorreia, incontinência Carbamatos, fosfatos, fisostigmina e
fecal, vômito, bradicardia, tremores, diarreia alguns cogumelos.
Simpaticomimética Ansiedade, vômitos, taquicardia, tremores, convulsão, midríase, Cocaína, teofilina, anfetamina
sudorese
Extrapiramidal Coréia, atetose, hiperreflexia, hipertonia, trismo, rigidez, tremores, Haloperidol
opistótono
Narcótica Depressão respiratória, coma, miose, bradicardia, hipotermia Heroína, Codeína, Morfina
Hipnótico-sedativa Confusão, estupor, depressão respiratória, delirium, letargia, disartria, Benzodiazepínicos, anticonvulsivante,
hipotermia, parestesia, dipoplia, visão turva, lentificação da fala, antipsicótico, barbitúricos, etanol,
nistagmo fentanil

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ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS

Características epidemiológicas • Laquético – provocado por serpentes do gênero Lachesis


A maioria dos acidentes ofídicos no Brasil é ocasionada por (surucucu-pico-de-jaca, surucucu-de- -fogo, surucutinga). No
serpentes do grupo Bothrops, seguido pelo grupo Crotalus. país é causado somente pela espécie Lachesis muta.
Poucos são os casos de acidentes por Micrurus e Lachesis. • Elapídico – causado porserpentes dos gêneros Micrurus e
As regiões brasileiras onde há maior incidência são Norte e Leptomicrurus. O gênero Micrurus (coral verdadeira) é o
Centro-Oeste. Os meses de maior frequência de acidentes principal representante de importância médica da família
são os quentes e chuvosos, períodos de maior atividade em Elapidae no Brasil.
áreas rurais.
Os acidentes ofídicos são mais frequentes na população Outros gêneros de serpentes causam acidentes de menor
rural, no sexo masculino e em faixa etária economicamente gravidade e são encontrados em todo o país: Phylodrias
ativa. (cobra-verde, cobra-cipó), Clelia (muçurana, cobra-preta),
A maioria dos acidentes é classificada clinicamente como Oxyrhopus (falsa-coral), Waglerophis (boipeva), Helicops
leve, porém, a demora no atendimento médico e (cobra d’água), Eunectes (sucuri), Boa (jiboia), entre outras.
soroterápico pode elevar consideravelmente a taxa de Identificar o animal causador do acidente é procedimento
letalidade. importante na medida em que:
ACIDENTES OFÍDICOS -possibilita a dispensa imediata da maioria dos pacientes
Envenenamento causado pela inoculação de toxinas, por picados por serpentes não peçonhentas;
intermédio das presas de serpentes (aparelho inoculador), -viabiliza o reconhecimento das espécies de importância
podendo determinar alterações locais (na região da picada) médica em âmbito regional;
e sistêmicas. -é medida auxiliar na indicação mais precisa do antiveneno a
Agentes causais ser administrado.
Os acidentes por serpentes de importância médica no Brasil
são divididos em quatro tipos: Características dos gêneros de serpentes peçonhentas
• Botrópico – causado por serpentes dos gêneros Bothrops e no Brasil
Bothrocophias (jararaca, jararacuçu, urutu, cruzeira, Fosseta loreal presente: A fosseta loreal, órgão sensorial
caissaca). É o de maior importância e distribuição dentre os termorreceptor, é um orifício situado entre o olho e a narina,
acidentes ofídicos no Brasil. daí a denominação popular de “serpente de quatro ventas”
• Crotálico – ocasionado por serpentes do gênero Crotalus (fig. 1). Indica com segurança que a serpente é peçonhenta
(cascavel). No país é representado apenas pela espécie e é encontrada nos gêneros Bothrops, Crotalus e Lachesis.
Crotalus durissus. Todas as serpentes destes gêneros são providas de dentes
inoculadores bem desenvolvidos e móveis situados na
porção anterior do maxilar (fig. 2).

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RECONHECIMENTO CONDUTA
• Relato da vítima; • Manter vítima em repouso;
• Marca da picada; • Lave a ferida com água e sabão;
• Dor o local; • Não se deve amarra ou fazer torniquete;
• Hematoma, inchaço; • Não cotar o local da ferida;
• Queda das pálpebras; • Dê bastante liquido a vítima;
• Dificuldade respiratória; • Transporte urgente para o hospital mais próximo ou se possível
• Diminuição do nível consciência; de referência.
• Choque anafilático.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Progressivamente, surgem mialgia generalizada e


Acidente botrópico escurecimento da cor da urina (cor de “coca-cola” ou “chá
• Manifestações locais – dor, edema e equimose na região preto”). A insuficiência renal aguda é a principal complicação
da picada (pode progredir ao longo do membro acometido). e causa de óbito.
As marcas de picada e sangramento nem sempre são
visíveis nos pontos de introdução das presas. Bolhas com Acidente elapídico
conteúdo seroso ou sero-hemorrágico podem surgir e • Manifestações locais – dor e parestesia na região da
originar áreas de necrose, que, juntamente com infecção picada são discretos, não havendo lesões evidentes.
secundária, constituem as principais complicações locais e • Manifestações sistêmicas – fácies miastênica ou
podem levar à amputação e/ou deficit funcional do membro. neurotóxica (comum ao acidente crotálico).As possíveis
• Manifestações sistêmicas – sangramentos em pele e complicações são decorrentes da progressão da paralisia da
mucosassão comuns(gengivorragia, equimoses a distância face para músculos respiratórios.
do local da picada); hematúria, hematêmese e hemorragia
em outras cavidades. Hipotensão pode ser decorrente de Diagnóstico
sequestro de líquido no membro picado ou hipovolemia É eminentemente clínico-epidemiológico, não sendo
consequente a sangramentos, que podem contribuir para o empregado na rotina clínica exame laboratorial para
desenvolvimento de insuficiência renal aguda. confirmação do tipo de veneno circulante. Nos acidentes
botrópicos, laquéticos e crotálicos, exames de coagulação
Acidente laquético devem ser realizados para confirmação diagnóstica e
As manifestações locais e sistêmicas são indistinguíveis do avaliação da eficácia da soroterapia.
quadro botrópico. A diferenciação clínica se faz quando –
nos acidentes laquéticos – estão presentes alterações Tratamento
vagais (náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia, O tratamento é feito com a aplicação do antiveneno (soro)
hipotensão, choque). específico para cada tipo de acidente, de acordo com a
gravidade do envenenamento (Quadro 1).
Acidente crotálico Em acidentes botrópicos deve-se utilizar prioritariamente o
• Manifestações locais – não se evidenciam alterações soro antibotrópico (SAB). O soro antibotrópico e
significativas. Dor e edema são usualmente discretos e antilaquético (SABL) é indicado para o tratamento de todos
restritos ao redor da picada. Eritema e parestesia são os casos de acidentes por serpentes do gênero Lachesis ou
comuns. em casos de impossibilidade de diferenciação entre os
•Manifestações sistêmicas – manifestações neuroparalíticas acidentes botrópico e laquético. O soro antibotrópico e
com progressão crânio-caudal, iniciando-se por ptose anticrotálico (SABC) deve ser utilizado no tratamento de
palpebral, turvação visual e oftalmoplegia. Distúrbios de acidentes botrópicos ou crotálicos em situação de falta dos
olfato e paladar, ptose mandibular e sialorreia podem ocorrer SAB e soro anticrotálico (SAC), respectivamente.
com o passar das horas. Raramente, a musculatura da caixa Devido à natureza heteróloga, a administração dos
torácica é acometida, o que ocasiona insuficiência antivenenos pode causar reações adversas precoces ou
respiratória aguda. Essas manifestações neurotóxicas tardias. No entanto, testes de sensibilidade cutânea não são
regridem lentamente, porém são reversíveis. Raramente recomendados, pois, além de terem baixo valor preditivo,
pode haver gengivorragia e outros sangramentos discretos. retardam o início da soroterapia.

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ATENÇÃO AO QUADRO! DESPENCA EM PROVAS!


Quadro 1 – Número de ampolas de antiveneno específico indicado para cada tipo e gravidade do acidente
Acidente Antiveneno Gravidade Nº de ampolas
Botrópico SABb Leve: quadro local discreto, sangramento discreto em pele ou mucosas; pode 2 a 4
SABLc ou haver apenas distúrbio na coagulação
SABCd
Moderado: edema e equimose evidentes, sangramento sem comprometimento 4 a 8
do estado geral; pode haver distúrbio na coagulação
Grave: alterações locais intensas, hemorragia grave, hipotensão/choque, 12
insuficiência renal, anúria; pode haver distúrbio na coagulação
Laquéticoa SABL Moderado: quadro local presente; pode haver sangramentos, sem 10
manifestações vagais
Grave: quadro local intenso, hemorragia intensa, com manifestações vagais 20
Crotálico SACe ou Leve: alterações neuroparalíticas discretas; sem mialgia, escurecimento da 5
SABC urina ou oligúria
Moderado: alterações neuroparalíticas evidentes, mialgia e mioglobinúria 10
(urina escura) discretas
Grave: alterações neuroparalíticas evidentes, mialgia e mioglobinúria intensas, 20
oligúria
Elapídico SAElaf Considerar todos os casos como potencialmente graves pelo risco de 10
insuficiência respiratória
Fonte: Adaptado do Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos (2001) e do Guia de Vigilância
Epidemiológica (2009). a Devido à potencial gravidade do acidente laquético, são considerados clinicamente moderados ou
graves, não havendo casos leves.
bSAB = Soro antibotrópico (pentavalente);
cSABL = Soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético;
dSABC = Soro antibotrópico (pentavalente) e anticrotálico;
eSAC = Soro anticrotálico;
fSAEla = Soro antielapídico (bivalente).

O QUE FAZER O QUE NÃO FAZER


1. lavar o local da picada apenas com água ou com água e 1. não fazer torniquete ou garrote;
sabão; 2. não cortar o local da picada;
2. manter o paciente deitado; 3. não perfurar ao redor do local da picada;
3. manter o paciente hidratado; 4. não colocar folhas, pó de café ou outros contaminantes;
4. procurar o serviço médico mais próximo; 5. não oferecer bebidas alcoólicas, querosene ou outros
5. se possível, levar o animal para identificação. tóxicos.

ESCORPIONISMO

De caráter predominantemente urbano, o escorpionismo tem se elevado, particularmente nos estados das regiões Nordeste e
Sudeste. Na época de calor e chuvas, período de maior atividade dos escorpiões, há um incremento no número de acidentes.
A maioria dos casos tem evolução benigna. Casos graves e óbitos são mais frequentes em crianças menores de 10 anos,
principalmente quando causados pela espécie T. serrulatus.
O envenenamento é causado pela inoculação de toxinas, por intermédio do aparelho inoculador (ferrão) de escorpiões, podendo
determinar alterações locais e sistêmicas.

Agentes causais
Os escorpiões de importância médica no Brasil pertencem ao gênero Tityus, com quatro espécies principais:
• T. serrulatus (escorpião-amarelo);
• T. bahiensis (escorpião-marrom);
• T. stigmurus (escorpião-amarelo do Nordeste); e
• T. obscurus (escorpião-preto da Amazônia).

Podem ser encontrados em áreas secas, biotas úmidos, áreas costeiras e regiões urbanas. O hábito noturno é registrado para a
maioria das espécies. Dentro do domicílio, podem se esconder em armários, calçados ou sob peças de roupas deixadas no chão,
aumentando o risco de acidentes.
São animais carnívoros e alimentam-se principalmente de insetos, como grilos e baratas. Seus predadores incluem lacraias,
aranhas, formigas, lagartos, serpentes, sapos, aves e alguns mamíferos.

Manifestações clínicas
• Manifestações locais – a dor (instalação imediata em praticamente todos os casos) é o principal sintoma, podendo se irradiar
para o membro e ser acompanhada de parestesia, eritema e sudorese local. Em geral, o quadro mais intenso de dor ocorre nas
primeiras horas após o acidente.
• Manifestações sistêmicas – após intervalo de minutos até poucas horas (duas a três) podem surgir, principalmente em crianças,
os seguintes sintomas: sudorese profusa, agitação psicomotora, tremores, náuseas, vômitos, sialorreia, hipertensão ou hipotensão
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arterial, arritmia cardíaca, insuficiência cardíaca congestiva, edema pulmonar agudo e choque. A presença dessas manifestações
indica a suspeita do diagnóstico de escorpionismo, mesmo na ausência de história de picada ou identificação do animal.

Apesar de a intensidade das manifestações clínicas depender da quantidade de veneno inoculada, os adultos apresentam quadro
local benigno, enquanto crianças constituem o grupo mais suscetível ao envenenamento sistêmico grave.

Diagnóstico
É eminentemente clínico-epidemiológico, não sendo empregado exame laboratorial de rotina para confirmação do tipo de veneno
circulante. Alguns exames complementares são úteis para auxílio no diagnóstico e acompanhamento de pacientes com
manifestações sistêmicas (Quadro 2).

Quadro 2 – Exames complementares para o diagnóstico e acompanhamento de vítimas de escorpionismo com manifestações
sistêmicas.
Exame Alterações
Eletrocardiograma Taqui ou bradicardia sinusal, extrassístoles ventriculares, distúrbios na repolarização ventricular,
presença de ondas U proeminentes, alterações semelhantes às observadas no infarto agudo do
miocárdio e bloqueio na condução ventricular
Radiografia de tórax Aumento da área cardíaca e sinais de edema pulmonar agudo
Ecocardiografia Hipocinesia do septo interventricular e de parede, às vezes associada a regurgitação mitral
Bioquímicos Creatinofosfoquinase (CPK) e sua fração MB elevadas, hiperglicemia, hiperamilasemia,
hipopotassemia e hiponatremia

Diagnóstico diferencial
Quando não há histórico de picada e/ou identificação do agente causal, o diagnóstico diferencial deve ser feito com acidente por
aranha do gênero Phoneutria (aranha-armadeira), que provoca quadro local e sistêmico semelhante ao do escorpionismo.

Tratamento
Na maioria dos casos, onde há somente quadro local, o tratamento é sintomático e consiste no alívio da dor por infiltração de
anestésico sem vasoconstritor, como lidocaína 2%, ou analgésico sistêmico, como dipirona 10mg/kg.
O tratamento específico consiste na administração do soro antiescorpiônico (SAEsc) ou soro antiaracnídico (Loxosceles,
Phoneutria, Tityus) (SAA) aos pacientes clinicamente classificados como moderados ou graves (Quadro 3). Em acidentes
escorpiônicos, deve-se utilizar prioritariamente o SAEsc. O SAA é indicado em casos de impossibilidade de diferenciação entre os
acidentes com aranhas do gênero Phoneutria e escorpiões do gênero Tityus, ou em situação de falta do SAEsc.

Quadro 3 – Número de ampolas de soro antiescorpiônico ou antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria, Tityus) específico de acordo
com a gravidade do acidente.
Antivenenos Gravidade Nº de ampolas
Acidente Leve: dor e parestesia locaisc −
Escorpiônico Moderado: dor local intensa associada a uma ou mais 2a3
manifestações (náuseas, vômitos, sudorese, sialorreia, agitação,
taquipneia e taquicardia)
SAEsca ou SAAb Grave: além das manifestações clínicas citadas na forma 4a6
moderada, há presença de uma ou mais das seguintes
manifestações: vômitos profusos e incoercíveis, sudorese
profusa, sialorreia intensa, prostração, convulsão, coma,
bradicardia, insuficiência cardíaca, edema pulmonar agudo e
choque
Fonte: Adaptado do Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos (2001).
aSAEsc = Soro antiescorpiônico.
bSAA = Soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria, Tityus).
cTempo de observação das crianças picadas: 6 a 12 horas.

No escorpionismo, o tempo entre o acidente e o início de manifestações sistêmicas graves é relativamente mais curto do que nos
acidentes ofídicos. Desse modo, em especial quanto às crianças, o diagnóstico e o tratamento oportunos são cruciais na reversão
do quadro de envenenamento, sendo o suporte às condições vitais do acidentado indispensáveis para o sucesso do tratamento.
Devido à natureza heteróloga, a administração dos antivenenos pode causar reações adversas precoces ou tardias. No entanto,
testes de sensibilidade cutânea não são recomendados, pois, além de terem baixo valor preditivo, retardam o início da
soroterapia.

ARANEÍSMO
Os acidentes por Loxosceles ocorrem com maior frequência nos meses de outubro a março, com sazonalidade semelhante à dos
acidentes ofídicos e escorpiônicos.
O maior número de acidentes fonêutricos é registrado de janeiro a maio, sendo que a região Sul do país concentra a maioria das
notificações.
O latrodectismo é de baixa incidência. Os estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Pernambuco apresentam o maior número
de notificações.
Envenenamento causado pela inoculação de toxinas, por intermédio do aparelho inoculador (quelíceras) de aranhas, podendo
determinar alterações locais e sistêmicas.

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Agentes causais
As aranhas de interesse médico no Brasil são representadas pelos gêneros:
• Loxosceles (aranha-marrom) – podem atingir 1cm de corpo e até 4cm de envergadura de pernas. Constroem teias irregulares
em fendas de barrancos, sob cascas de árvores, telhas e tijolos, atrás de quadros e móveis e em vestimentas, geralmente ao
abrigo da luz. Não são agressivas e picam, em especial, quando comprimidas contra o corpo. As principais causadoras de
acidentes são: L. intermedia, L. laeta e L. gaucho.
• Phoneutria (aranha-armadeira, aranha-macaca, aranha-da-banana) – atingem 3 a 4cm de corpo e até 15cm de envergadura de
pernas. Não constroem teia geométrica e são de hábito predominantemente noturno. Os acidentes ocorrem, frequentemente,
dentro das residências, ao se calçar sapatos e botas ou manusear materiais de construção, entulho ou lenha. No Brasil, ocorrem
as espécies: P. nigriventer, P. bahiensis, P. keyserlingi, P. fera, P. reidyi, P. boliviensis, P. pertyi e P. eickstedtae.
• Latrodectus (viúva-negra) – constroem teias irregulares entre vegetações arbustivas e gramíneas, podendo apresentar hábitos
domiciliares e peridomiciliares. Somente as fêmeas, que apresentam corpo de 1cm de comprimento e até 3cm de envergadura de
pernas, são causadoras de acidentes, que ocorrem normalmente quando são comprimidas contra o corpo. No Brasil, até o
momento são conhecidas duas espécies: L. geometricus e L. curacaviensis (ou L. gr. mactans).
Outras aranhas comuns no peridomicílio, como as representantes da família Lycosidae (aranha-de- -grama, aranha-de-jardim) e
as caranguejeiras, não representam um problema de saúde pública. Eventualmente podem ocasionar acidente com picada
dolorosa, porém sem potencial de repercussão sistêmica de importância.

Manifestações clínicas
Loxoscelismo
• Manifestações locais – picada, usualmente pouco dolorosa, que pode não ser percebida. Após algumas horas: dor, eritema e
edema na região da picada; equimose central e áreas de palidez (placa marmórea). Eventualmente, bolhas com conteúdo sero-
hemorrágico; área endurecida à palpação. A lesão cutânea pode evoluir para necrose seca e úlcera.
• Manifestações sistêmicas – queixas inespecíficas (mal-estar, cefaleia, febre, exantema). A presença de hemólise intravascular
caracteriza a chamada forma cutâneo-hemolítica (cutâneo-visceral) do loxoscelismo, observada na minoria dos casos, em geral
nas primeiras 72 horas após a picada. Os casos graves podem evoluir para insuficiência renal aguda.
Foneutrismo
• Manifestações locais – dor irradiada e de início imediato (sintoma mais característico), que pode ser bastante intensa nas
primeiras 3 a 4 horas após a picada; o quadro pode ser acompanhado por edema e sudorese no local e parestesia ao longo do
membro. As marcas dos pontos de inoculação podem ou não serem visualizadas.
• Manifestações sistêmicas – associados ao quadro local, os pacientes podem apresentar taquicardia, hipertensão arterial,
agitação psicomotora e vômitos. Crianças podem apresentar manifestações graves, como sudorese profusa, sialorreia, priapismo,
hipotensão, choque e edema pulmonar agudo, que ocasionalmente podem evoluir para óbito.
Latrodectismo
• Manifestações locais – dor local de pequena intensidade, que evolui com sensação de queimação; pápula eritematosa e
sudorese localizada.
• Manifestações sistêmicas – são frequentemente alterações motoras (dor irradiada; contrações espasmódicas dos membros
inferiores; contraturas musculares intermitentes; tremores; dor com rigidez abdominal, que pode simular abdome agudo) e fácies
latrodectísmica (contratura facial e trismo dos masseteres). Manifestações menos frequentes: opressão precordial, taquicardia e
hipertensão arterial, náuseas, vômitos, sialorreia e priapismo.

Diagnóstico
É eminentemente clínico-epidemiológico, não sendo empregado na rotina hospitalar exame laboratorial para confirmação do tipo
de veneno circulante.
Na forma cutâneo-hemolítica, as alterações laboratoriais podem ser subclínicas, com anemia aguda e hiperbilirrubinemia indireta.
Elevação dos níveis séricos de ureia e creatinina é observada somente quando há insuficiência renal aguda.
No latrodectismo, as alterações laboratoriais são inespecíficas. São descritos distúrbios hematológicos (leucocitose, linfopenia),
bioquímicos (hiperglicemia, hiperfosfatemia), do sedimento urinário (albuminúria, hematúria, leucocitúria) e eletrocardiográficos
(fibrilação atrial, bloqueios, diminuição de amplitude do QRS e da onda T, inversão da onda T, alterações do segmento ST e
prolongamento do intervalo QT).
As alterações laboratoriais do foneutrismo são semelhantes às do escorpionismo, notadamente aquelas decorrentes de
comprometimento cardiovascular.
Diagnóstico diferencial
Os quadros de dor local observados nos acidentes por aranha Phoneutria e escorpiônicos são indistinguíveis. Nesses casos,
mesmo que o agente não seja identificado, é realizado o tratamento sintomático e, se houver indicação de soroterapia, deve ser
utilizado o SAA.

TRATAMENTO
Loxoscelismo O tratamento soroterápico é indicado em pacientes classificados clinicamente como moderados ou graves (Quadro
4).
A administração dos antivenenos deve ser feita por via intravenosa, conforme descrito para os soros antiofídicos, devendo ser
tomado cuidados perante a possibilidade de ocorrência de reações adversas.
A limitação ao uso de antiveneno se deve ao diagnóstico tardio, muitas vezes realizado já com a necrose cutânea delimitada.
Nesse caso, medidas de suporte, como uso de antissépticos, lavagem com permanganato de potássio (KMnO4 ) 1:40.000 (1
comprimido em 4 litros de água) e curativos são recomendados até ser realizada a remoção da escara. Pode ser necessário
tratamento cirúrgico para o manejo da úlcera e correção da cicatriz.
Foneutrismo
Tratamento sintomático: compressa morna no local da picada e analgésico sistêmico; infiltração anestésica local ou troncular sem
vasoconstritor, como lidocaína 2%. Havendo recorrência da dor, pode ser necessária nova infiltração, em geral, em intervalos de
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60 minutos. Caso não haja resposta satisfatória ao anestésico, recomenda-se o uso de meperidina 50-100mg para adultos ou
1mg/kg para crianças, por via intramuscular. A soroterapia tem indicação restrita, conforme a gravidade do acidente, sendo
utilizado o SAA (Quadro 4).
Latrodectismo
Tratamento sintomático e de suporte:
• antissepsia local;
• aplicação de gelo, inicialmente, ou compressa de água morna, posteriormente, no local da picada;
• benzodiazepínicos do tipo Diazepan: 5 a 10mg para adultos e 1 a 2mg/dose para crianças, intravenoso, de 4 em 4 horas, se
necessário;
• gluconato de cálcio 10%: 10 a 20mL para adultos e 1mg/kg para crianças, intravenoso lentamente, de 4 em 4 horas, se
necessário;
• clorpromazina: 25 a 50mg para adultos e 0,55mg/kg/dose para crianças, intravenoso, de 8 em 8 horas, se necessário;
• analgésicos, se necessário;
• outros medicamentos: morfina, prostigmina, fenobarbital e fenitoína;
• observação mínima por 24 horas

Quadro 4 – Número de ampolas de soro antiaracnídico (Phoneutria, Loxosceles e Tityus) ou antiloxoscélico indicado para cada
tipo e gravidade do acidente.
Acidentes Antivenenos Gravidade Nº de ampolas
Fonêutrico SAAa Leve: dor local, edema, eritema, sudorese, piloereção −
Moderado: dor local intensa, sudorese, vômitos ocasionais, agitação 2a4
psicomotora, hipertensão arterial
Grave: sudorese profusa, sialorreia, vômitos profusos, priapismo, choque, 5 a 10
edema pulmonar agudo
Loxoscélico SALoxb ou Leve: aranha identificada, lesão incaracterística, ausência de −
SAA comprometimento sistêmico
Moderado: independentemente da identificação do agente, lesão sugestiva ou 5c
característica, manifestações sistêmicas inespecíficas (exantema, febre),
ausência de hemólise
Grave: lesão característica, manifestações clínicas e/ou evidências 10c
laboratoriais de hemólise intravascular
Fonte: Adaptado do Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos (2001).
a SAA = Soro antiaracnídico (Phoneutria, Loxosceles e Tityus).
bSALox = Soro antiloxoscélico (trivalente).
c Recomenda-se a associação com prednisona: em adultos, 40 mg/dia; e em crianças, 1 mg/kg/dia, durante 5 dias.

Em acidentes loxoscélicos, deve-se utilizar prioritariamente o soro antiloxoscélico (trivalente) (SALox). O SAA é indicado em
situação de falta do SALox.
Devido à natureza heteróloga, a administração dos antivenenos pode causar reações adversas precoces ou tardias. No entanto,
testes de sensibilidade cutânea não são recomendados, pois, além de terem baixo valor preditivo, retardam o início da
soroterapia.

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QUESTÕES D) conjunto de ações integradas e articuladas de promoção


01. (FAFIPA-2016)A Rede de Atenção às Urgências é à saúde, prevenção e tratamento de doenças e
constituída pelos seguintes componentes, EXCETO: reabilitação, que ocorrem no domicílio.
A) Promoção e prevenção e Vigilância à Saúde; Atenção E) ambiente para estabilização de pacientes críticos e/ ou
Básica em Saúde; Sala de Estabilização. graves, com condições de garantir a assistência 24 horas,
B) Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) vinculado a um equipamento de saúde, articulado e
e suas Centrais de Regulação Médica das Urgências; Força conectado aos outros níveis de atenção.
Nacional de Saúde do SUS. 06. (AOCP-2014) A Rede de Atenção às Urgências é
C) Hospitais particulares de urgência e Atenção constituída pelos componentes citados a seguir,
especializada. EXCETO
D) Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto A) Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde.
de serviços de urgência 24h; Hospitalar; e Atenção B) Atenção Básica em Saúde.
Domiciliar. C) Ambulatório de Especialidades.
02.(AOCP-2014) Assinale a alternativa correta referente D) Atenção Domiciliar.
às Unidades Móveis para atendimento de urgência E) Sala de Estabilização.
descritas na Portaria 2.026 de 2011. 07. (AOCP-2014) De acordo com a Portaria GM no. 1.600,
A) A Unidade de Suporte Básico de Vida Terrestre deve de 7 de julho de 2011, que reformula a Política Nacional
ser tripulada por, no mínimo, 3 profissionais, sendo um de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às
condutor de veículo de urgência, um técnico ou auxiliar de Urgências no Sistema Único de Saúde, devem ser
enfermagem e um médico. priorizadas as linhas de cuidados
B) A Unidade de Suporte Avançado de Vida Terrestre deve A) cardiovascular, cerebrovascular e traumatológica
ser tripulada, por no mínimo, 2 profissionais, sendo um B) cardiovascular, respiratória e traumatológica
condutor de veículo de urgência e um enfermeiro. C) cardiovascular, neuroendócrina e cerebrovascular
C) A Equipe de Aeromédico deve ser composta por, no D) cerebrovascular, respiratória e traumatológica
mínimo, um médico e um auxiliar de enfermagem. E) cerebrovascular, respiratória e cardiovascular
D) A Motolância deve ser conduzida por um profissional de 08. (FUNDEP-2012) Segundo o Ministério da Saúde
nível técnico ou superior em enfermagem com treinamento (2011), é imperativo prover atenção qualificada à saúde
para condução de motolância. de toda a população brasileira, incluindo o atendimento
E) O Veículo de Intervenção Rápida (VIR) deve ser ágil e resolutivo das urgências e emergências. Portanto,
tripulado por um condutor de veículo de urgência e um reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências a
auxiliar de enfermagem. partir da Portaria n. 1600, de 7 de julho de 2011.No que
03. (AOCP-2015) De acordo com a Política Nacional de se refere a essa temática, as seguintes afirmativas estão
Atenção às Urgências é o estabelecimento de saúde corretas, EXCETO
de complexidade intermediária entre as A) a rede de atenção às urgências deve priorizar as linhas
Unidades Básicas de Saúde/Saúde da Família e aa de cuidados cardiovascular, cerebrovascular e
Rede Hospitalar. O enunciado se refere traumatológica.
A) ao Centro Integrado de Atendimento Emergencial. B) a Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 h) é o
B) ao Serviço Móvel de Urgência. estabelecimento de saúde de complexidade intermediária
C) à Central de Regulação de Leitos. entre as Unidades Básicas de Saúde/Saúde da Família e a
D) à Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 h). Rede Hospitalar, devendo com estas compor uma rede
E) aos Serviços Especiais de Acesso Aberto. organizada de atenção às urgências.
04. (AOCP-2015) É um dos componentes da Rede de C) a Atenção Básica em Saúde tem por objetivo a
Atenção às Urgências e tem como objetivo ampliação do acesso, fortalecimento do vínculo, eximindo-
chegar precocemente à vítima, após ter ocorrido se da responsabilização pelo primeiro cuidado às
um agravo à sua saúde que possa levar a urgências e emergências.
sofrimento, sequelas ou mesmo à morte, sendo D) o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e suas
necessário, garantir atendimento e/ou transporte Centrais de Regulação Médica das Urgências têm como
adequado para um serviço de saúde objetivo chegar precocemente à vítima após ter ocorrido
devidamente hierarquizado e integrado ao SUS. O um agravo à sua saúde de natureza clínica, cirúrgica,
enunciado refere-se traumática, obstétrica, pediátricas e psiquiátricas entre
A) à sala de estabilização. outras.
B) à unidade de pronto atendimento. 09. (IADES-2013) Se o paciente que da entrada no
C) ao serviço móvel de urgência. pronto-socorro, e classificado pelo enfermeiro como
D) à atenção hospitalar. ‘amarelo’, qual o tempo máximo de espera de acordo
E) à atenção em traumatologia. com o protocolo?
05. (AOCP-2014) De acordo com a Política Nacional de A) 10 minutos.
Atenção às Urgências, a Sala de Estabilização é B) 60 minutos.
entendida como C) 120 minutos.
A) Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e D) 240 minutos.
o conjunto de Serviços de Urgência 24 Horas E) Imediatamente.
não hospitalares para garantir atendimento em casos 10. (IBFC-2016) O Sistema de Triagem de Manchester
de trauma. (STM) ou Sistema Manchester de Classificação de Risco
B) o estabelecimento de saúde de complexidade alta (SMCR) foi criado a partir dos estudos do Grupo de
e está diretamente ligada à Rede Hospitalar, devendo com Triagem de Manchester (GTM) fundamentados na
esta compor uma rede organizada de atenção às urgências necessidade de profissionais de saúde obterem
como principal porta de entrada do Sistema Único de consenso baseado em evidências científicas para
Saúde. priorização do atendimento dos pacientes.
C) um novo serviço de saúde que tem como foco Considerando o STM, quando o paciente é classificado
a assistência qualificada para atendimento em na cor laranja o tempo máximo de espera recomendado
tempo oportuno de toda demanda espontânea. para o atendimento é:
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A) 20 minutos. elevada mortalidade devese ao fato de o tórax conter o


B) 10 minutos. coração e os pulmões, órgãos considerados vitais. São
C) 0 minuto. consideradas lesões torácicas com risco de vida
D) 60 minutos. imediato:
E) 120 minutos. I. Pneumotórax hipertensivo;
11. (IBFC-2016) Paciente masculino de 49 anos, que II. Hemotórax maciço;
apresentou queda súbita com perda de consciência, III. Tórax instável;
está sendo atendido em procedimento de ressuscitação IV. Tamponamento cardíaco.
cardiopulmonar, recebendo 30 compressões torácicas Está(ão) CORRETA(S)
de boa qualidade, seguidas de duas ventilações com A) I e II, apenas.
AMBU, há cerca de 3 minutos. Ao monitor cardíaco B) I e III, apenas.
detecta-se que o mesmo está em taquicardia ventricular C) II e III, apenas.
sem pulso. A conduta correta é: D) IV, apenas.
A)desfibrilação E) I, II, III e IV
B)cardioversão elétrica 17. (COPESE-2014) M. S. S., mulher, 65 anos, dona de
C)lidocaína intravenosa casa, viúva, hipertensa e diabética, foi admitida em
D)intubação orotraqueal imediata serviço de emergência com as seguintes características:
E)manter compressões e ventilações apenas até o 5º minuto abria os olhos somente em resposta a um chamado,
da parada. emitia sons incompreensíveis, mas permanecia capaz
12. (IBFC-2016)A equipe do SAMU é acionada para de localizar os estímulos dolorosos. Essas
atendimento domiciliar de um paciente masculino de 65 características avaliadas (abertura ocular, resposta
anos que, após levantar para ir ao banheiro, caiu e não verbal e motora) fazem parte da avaliação neurológica
responde aos chamados nem ao ser tocada no ombro. proposta pela Escala de Coma de Glasgow. Com base
Ao atendimento inicial, 10 minutos após, detecta-se nas características descritas, é possível afirmar que:
parada cardiorrespiratória e se iniciam procedimentos A) inexiste lesão neurológica.
de compressões torácicas e ventilação. O ECG é B) há lesão mínima.
compatível com atividade elétrica sem pulso. A conduta C) há lesão moderada.
inicial correta é: D) há lesão grave.
A)atropina via venosa E) há lesão gravíssima.
B)trombolítico via venosa 18. (FESMA-2015) Para minimizar o agravo do
C)adrenalina pneumotórax aberto, uma das condutas realizadas pelo
D)amiodarona socorrista é:
E)desfibrilação A) Administração de oxigênio através do dispositivo
13. (GESTAO DE CONCURSOS – 2014) Com relação ao válvula/bolsa/máscara e de corticoide com ação
algoritmo universal de parada cardiorrespiratória, broncodilatadora.
assinale a alternativa INCORRETA. B) Entubação orotraqueal e ventilação mecânica não
A) As compressões torácicas somente devem ser iniciadas invasiva, com instalação de pressão positiva final (PEEP)
nos pacientes não responsivos. de 35 cm de água
B) Deve ser feito esforço para não interromper as C) Fixação de papel metálico ou de plástico na parede
compressões torácicas. torácica em três lados, permitindo que o ar escape e não
C) Deve-se chamar por ajuda imediatamente após identificar entre no espaço pleural.
a não responsividade. D) Realização de drenagem através de frasco coletor
D) Deve-se realizar cardioversão elétrica imediatamente ao devidamente preparado para drenagem do empiema.
identificar ritmo de assistolia. E) Manutenção do decúbito lateral direito para
14. (COMPERVE-2014)Na ressuscitação neonatal, a descompressão da aorta torácica e melhora da circulação
relação compressão-ventilação que deverá ser sistêmica.
considerada para bebês com etiologia cardíaca 19. (MARINHA-2012) Ao avaliar um paciente atendido na
conhecida deve ser de sala de trauma da unidade de emergência, o enfermeiro
A) 3:1. observou a ocorrência de feridas nos membros
B) 15:2. superiores, Com aspecto de sangue preso sob a
C) 5:1. superfície da pele, e uma incisão da pele com bordas
D) 30:2. bem definidas, mais 1onga que profunda, na região
15. (UFMT -2014)Um mulher, de 75 anos, estava saindo frontal. Esses ferimentos classificados,
de casa e subitamente apresentou uma Parada respectivamente, como:
Cardiorrespiratória (PCR). Uma pessoa, que estava A) avulsões em membros superiores e 1aceraçâo em
próxima de sua casa, veio para prestar socorro. Nesse região frontal.
caso, o socorrista deve: B) hematomas em membros superiores e corte em região
A) realizar Reanimação Cardiopulmonar, iniciando pelas frontal.
ventilações. C) lacerações em membros superiores região frontal.
B) iniciar a Reanimação Cardiopulmonar com soco pré- D) equimoses em membros superiores e corte em região
cordial. frontal.
C) realizar o procedimento “ver, ouvir e sentir” para E) abrasões em membros superiores e avulsão em região
confirmar a PCR e aguardar o resgate para iniciar a frontal.
Reanimação Cardiopulmonar. 20. (AOCP-2015) Alguns sinais podem levar à suspeita
D) realizar Reanimação Cardiopulmonar (RCP), iniciando de fratura de base de crânio, tal como o Sinal de Battle,
pelas compressões torácicas. o qual corresponde
16. (COPESE-2014) Os acidentes de trânsito são A) à otoliquorreia.
responsáveis por relevante parcela das lesões torácicas, B) à rinoliquorreia.
sendo estes diretamente responsáveis pela morte das C) a sangue na membrana timpânica.
vítimas em sensivelmente 25% desses acidentes. Esta D) à equimose retroauricular.
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E) à equimose periorbitária. do hormônio antidiurético (ADH), o que resulta em


21. (IBFC-2016) Paciente masculino de vasoconstrição, aumento da frequência cardíaca e da
aproximadamente 50 anos é encontrado caído na via contratilidade miocárdica para manutenção do débito
pública, sendo acionado o SAMU. Ao atendimento inicial cardíaco, pele fria e oligúria.
observa-se que há pulso carotídeo, mas o paciente tem III- As principais causas desse choque são hemorragias,
respiração caracterizada como gasping. A conduta desidratações, arritmias e infarto agudo do miocárdio.
inicial deve ser: A) As frases I, II e III estão corretas.
A)intubação orotraqueal B) Apenas as frases I e II estão corretas.
B)realizar uma ventilação a cada 5 a 6 segundos com o C) Apenas a frase I está correta.
dispositivo apropriado disponível D) Apenas a frase II está correta.
C)realizar uma ventilação a cada 3 a 5 segundos com o 27. (GSA-2016) Durante o exame físico de um paciente
dispositivo apropriado disponível com traumatismo cranioencefálico na sala de
D)hiperventilar o paciente emergência, podem ser identificadas fraturas de base de
E)apenas posicionar a cabeça e iniciar oxigenoterapia. crânio. Não é considerado sinal clássico de fraturas de
22. (IBFC-2016) De acordo com a legislação atual do base de crânio a presença de:
SAMU, a unidade de suporte avançado de vida terrestre A) miose.
deverá ser tripulada por no mínimo: B) olhos de Guaxinim.
A)três profissionais, sendo um condutor de veículo de C) sinal de Battle.
urgência, um enfermeiro e um médico. D) otorreia.
B)quatro profissionais, sendo um condutor de veículo de 28. Em relação à gravidade, utiliza-se a Escala de Coma
urgência, um técnico de enfermagem, um enfermeiro e um de Glasgow para se avaliar uma pessoa com TCE
médico. (trauma cranioencefálico). Assinale a alternativa que
C)dois profissionais, sendo um condutor de veículo de contemple o escore considerado grave no TCE.
urgência e um médico. A) Escore acima de 18.
D)quatro profissionais, sendo um condutor de veículo de B) Escore de 9 a 12.
urgência, um técnico de enfermagem ou enfermeiro e dois C) Escore 13 a 15.
médicos. D) Escore 15 a 18.
E)dois profissionais, sendo um condutor de veículo de E) Escore abaixo de 8.
urgência e um enfermeiro. 29. (MARINHA-2015) Na escala de coma de Glasgow, a
23. (CONSULPLAN-2008) São manifestações clínicas do resposta verbal inapropriada e a descerebração
quadro de hipertensão intracraniana: recebem a seguinte pontuação, respectivamente:
A) Cefaléia, taquicardia e edema de papila. A) 5 e 1
B) Cefaléia, alteração da consciência e hipotensão arterial. B) 4 e 4
C) Edema de papila, bradicardia e hipotensão arterial. C) 3 e 2
D) Bradicardia, hipertensão arterial e edema de papila. D) 2 e 3
24. (IBFC-2016) O choque ocorre devido à alteração da E) 1 e 6
tonicidade da parede do vaso, provocando seu 30. (MAKIYAMA-2015) Uma vítima de acidente
relaxamento. Com isso, o vaso fica maior que a automobilístico deu entrada no setor de emergência,
quantidade de sangue circulante em seu interior, com suspeita de traumatismo cranioencefálico (TCE).
levando à hipotensão. Complete a frase e a seguir Constatou-se escala de coma de Glasgow abaixo de 7
assinale a alternativa correta. (sete). Esse parâmetro quantitativo significa
A) Obstrutivo. A) Rebaixamento do estado de consciência.
B) Distributivo. B) Consciência preservada com déficit motor.
C) Hipovolêmico. C) Funções somáticas preservadas com déficit motor.
D) Hipervolêmico. D) Atividade cerebral deprimida, mas com preservação de
E) Cardiogênico. movimentos.
25. (GSA-2016) Um profissional de saúde presenciou, E) Funções somáticas ligeiramente deprimidas e
sozinho, o colapso repentino de uma vítima. O preservação motora.
profissional identificou que a vítima sofreu uma parada 31. (CONSULTEC-2014) Em uma parada cardíaca,
cardiorrespiratória (PCR) primária com um ritmo quando o paciente não possui um acesso venoso
chocável/desfibrilável. Nesse caso, o profissional de central ou periférico calibroso, é possível administrar os
saúde deverá: medicamentos através do tubo orotraqueal e da via
A) acionar imediatamente o serviço de emergência/urgência A) entérica.
e aguardar outros profissionais para iniciar a RCP. B) intratecal.
B) acionar imediatamente o serviço de emergência/urgência, C) epidural.
buscar um desfibrilador automático externo (DEA/DAE) e D) intraóssea.
retornar à vítima para aplicar a reanimação cardiopulmonar E) intraperitoneal.
(RCP) e usar o DEA/DAE. 32. (NUCEPE-2012) A Escala de Coma de Glasgow (ECG)
C) iniciar a RCP com ventilações. relaciona três áreas do funcionamento neurológico,
D) utilizar o procedimento “ver, ouvir e sentir” e oferece uma visão geral do nível de resposta do
posteriormente acionar o serviço de emergência/urgência paciente e é usada para avaliar o estado neurológico de
26. (GSA-2016) Em relação ao choque hipovolêmico, leia pacientes que sofreram lesão cerebral. Ao realizar a
as frases abaixo e a seguir assinale a alternativa correta. ECG em uma paciente, foi identificado que ela
I- Caracteriza-se pela incapacidade do miocárdio realizar o apresentava abertura ocular ao ser chamada, falava
débito cardíaco eficaz para proporcionar a demanda palavras inapropriadas e retirava membros por extensão
metabólica do organismo, caracterizando uma situação de anormal. Qual a pontuação de acordo com a ECG para
hipoperfusão tecidual. essa paciente?
II- O estágio compensatório do choque é caracterizado pela A) 8
estimulação do sistema nervoso simpático e pela liberação B) 9
de catecolaminas (epinefrina e norepinefrina), aldosterona e C) 10
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D) 11 exame físico qual a classificação da queimadura desse


E) 15 paciente:
33. (COPESE-2014) Na realidade brasileira, as A) 1º grau.
queimaduras representam um problema de saúde B) 2º grau.
pública com grande magnitude, seja pela complexidade C) 3º grau.
assistencial, seja pelos custos diretos e indiretos D) 4º grau.
envolvidos no atendimento ao paciente queimado. E) Indefinida por causa do flictema
Segundo Geycer (2013), nos últimos cinco anos, as 37. (FUNDAÇÃO SOUSANDRADE-2010) Um homem de
internações pela causa cresceram 79,5%. Considerando 42 anos foi vítima de um incêndio em que sofreu
essa problemática, em 2012, o Ministério da Saúde queimaduras no tórax posterior e em todo o membro
publicou a “Cartilha para tratamento de emergência das (superior e inferior) esquerdo. De acordo com a regra
queimaduras”. Sobre o tratamento de queimaduras, na dos nove, o percentual da superfície corporal atingida
sala de emergência, assinale a opção CORRETA. desse paciente é de aproximadamente:
A) Com relação ao acesso venoso, deve-se priorizar acesso A) 45%.
venoso central. B) 36%.
B) É indicado intubação orotraqueal quando a escala de C) 54%.
coma Glasgow for menor do que 10. D) 63%.
C) Deve-se manter a cabeceira elevada (45°). E) 72%.
D) Deve-se instalar sonda vesical de demora para o controle 38. (IFRS-2014) Observe as seguintes afirmações em
da diurese nas queimaduras em área corporal superior a relação ao atendimento de um escolar com queimadura
20% em adultos e 10% em crianças. de 2º grau superficial no dorso da mão direita:
E) Deve-se administrar oxigênio a 100% (máscara I. As bolhas íntegras, quando presentes, devem ser
umidificada) e, na suspeita de intoxicação por monóxido de aspiradas com agulha fina, estéril, se o tempo da
carbono, manter a oxigenação por cinco horas queimadura for menor que uma hora até o atendimento.
34. (COPESE-2014) A definição da gravidade e do II. O primeiro atendimento consiste na limpeza da superfície
prognóstico de um paciente vítima de queimadura está da queimadura com clorexidine ou sabonete/sabão e
relacionado a diversos fatores. Sobre as condições que curativo fechado com ácido graxo essencial.
classificam queimadura grave, julgue os itens a seguir: III. Em caso de flictena rota, não é indicado o debridamento.
I. Extensão/profundidade maior do que 30% de Superfície IV. Após 48 horas do primeiro atendimento, o curativo deve
Corporal Queimada (SCQ) em adultos; ser trocado com degermação da superfície queimada e
II. Idade menor do que 3 anos ou maior do que 65 anos; mantido fechado com o uso de sulfadiazina de prata.
III. Politrauma e doenças prévias associadas; Estão corretas as afirmativas:
IV. Extensão/profundidade maior do que 20% de SCQ em A) I, II.
crianças; B) II, III.
V. Violência, maus-tratos, tentativa de autoextermínio C) I, II, IV.
(suicídio). D) I, IV.
Está(ão) CORRETA(AS): E) III, IV.
A) II, III e V apenas. 39. (UFCG-2014) Coloque V ou F e marque a alternativa
B) II e III apenas. correta. São fatores que devem ser considerados para
C) V apenas. avaliar a gravidade de uma queimadura:
D) I, II, III, IV e V. ( ) O percentual da área de superfície corporal queimada.
E) II, III e IV apenas. ( ) A profundidade da queimadura.
35. (IFCE-2014). As queimaduras representam um dano ( ) A localização anatômica da queimadura.
significativo à saúde pública brasileira. Com relação a ( ) A idade e história médica da vítima.
esse agravo e aos procedimentos de assistência para o ( ) A presença de lesão concomitante e a presença de
tratamento de emergência do mesmo, analise os itens a lesão por inalação.
seguir A) V V F V V.
I. Entre os casos de queimaduras notificados no Brasil, a B) V V V V V.
maioria envolve a participação de crianças, sendo as C) F F F V V.
queimaduras químicas as mais comuns nessa população. D) V F V V V.
II. Podem ser classificadas em primeiro, segundo ou de E) V F F F V.
terceiro grau, tendo em vista a profundidade do local 40. (FAUEL-2014) São condições que classificam
atingido. queimadura grave:
III. O tratamento imediato de emergência consiste em A) Extensão/profundidade maior que 20% de SCQ em
interromper o processo de queimadura, remover roupas, adultos.
próteses, etc., e cobrir as lesões com tecido limpo. B) Extensão/profundidade maior que 10% de SCQ em
IV. Um adulto com queimadura de 2° grau em área de 10% crianças.
da superfície corporal queimada deve ser transferido para C) Idade menor de 3 anos ou maior de 65 anos.
unidade de tratamento de queimados, segundo o Ministério D) Todas as alternativas estão corretas
da Saúde. 41. (CETRO-2013) A unidade de queimados de um
Assinale a alternativa correta: grande hospital recebe paciente com dorso, glúteos e
A) Todos os itens estão corretos. parte posterior dos MMSS queimados por incêndio no
B) Somente os itens I, II e III estão corretos. banheiro de sua residência, totalizando 28,5% da SCQ.
C) Somente os itens II e III estão corretos. As queimaduras, em sua maioria, eram de 2º grau, com
D) Somente os itens II, III e IV estão corretos. grandes lesões bolhosas, sem incidência de aspiração
E) Somente o item II está correto. de fumaça. Em relação ao atendimento ao grande
36. (NUCEPE-2015) Na emergência de um hospital, um queimado, analise as assertivas abaixo.
adulto deu entrada vítima de queimadura por água I. Hidratação intensa, sempre com soro fisiológico 0,9%,
quente. No exame físico, apresenta eritema, edema, 4ml/kg a cada 1% da SCQ, 50% desse volume nas primeiras
flictenas e dor na região da perna. De acordo com o 8 horas e o restante nas próximas 16 horas.
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II. Limpar e desbridar as feridas formadas. A)I, II e III são corretas.


III. Infundir carvão ativado por acesso venoso calibroso. B)Apenas II e III são corretas.
IV. Controlar infecção com antibióticos tópicos. C)I, II e III são incorretas.
V. Manter perfusão tecidual. D)I, II e III são incorretas.
São ações que devem ser realizadas pela equipe no E)Apenas I e II são corretas.
atendimento o que se encontra em 48. ( CEPERJ-2007) Em casos de intoxicação por
A) I, II e III, apenas. ingestão de substância nociva, o melhor método de
B) II, IV e V, apenas. descontaminação digestiva é:
C) I, III e V, apenas. A) indução mecânica de vômitos;
D) I, II e IV, apenas. B) indução de vômitos por xarope de ipeca;
42. (FUNCAB-2012) Um dos tratamentos primordiais das C) lavagem gástrica com soro fisiológico;
grandes queimaduras é a reposição volêmica para que D) carvão ativado por sonda nasogástrica;
não ocorra choque. Ainda que existam varias fórmulas E) catárticos salinos por sonda nasogástrica
para essa reposição, a fórmula de Parkland serve como 49. (CONSULPLAN-2008) A droga a ser utilizada em
um bom procedimento de atendimento nos casos pacientes com intoxicação por chumbo é:
graves no ambiente pré-hospitalar. Uma paciente do A) Glucagon.
sexo feminino, 35 anos, pesando 60 kg que sofreu B) Sulfato de magnésio.
queimaduras de segundo grau provocadas por calor em C) EDTA cálcico.
região torácica anterior e posterior, membros superiores D) Bicarbonato de sódio.
e cabeça totalizando 63%, necessita de reposição E) Gluconato de cálcio.
volêmica nas primeiras 24 horas correspondente a: 50. (CETREDE-2016) A enfermagem tem uma
A) 15.360ml participação importante no tratamento das intoxicações,
B) 10.800ml por suas intervenções, na descontaminação de olhos,
C) 8.640ml pele e lavagem gástrica, e na assistência respiratória,
D) 19.440ml quando indicado. A descontaminação do trato
E) 15.120ml gastrointestinal pode ser feita por:
43.Qual das drogas abaixo deve ser a escolha inicial A) êmese, que deve ser utilizada sempre como primeira
para pacientes com intoxicação por carbamatos? opção.
A)atropina B) estímulo à diurese, controle da febre e suporte
B)pralidoxima respiratório.
C)glicopirrolato C) hemodiálise, uso de anestésico tópico ocular e lavagem
D)pramipexole gástrica.
44.Um paciente foi admitido após ingestão de grande D) êmese, lavagem gástrica, carvão ativado.
quantidade de um medicamento desconhecido. Ao E) uso de sondas de aspiração e descontaminação da pele
exame ele está febril, agitado, taquicárdico e com com abundante quantidade de água.
hiper-reflexia. Qual sas medicações abaixo é a 51. (MAKIYAMA-2015)Um paciente foi admitido na
provável causa da intoxicação? Unidade de Urgência e Emergência. Os familiares que o
A)morfina acompanhavam, informaram que ele havia consumido
B)diazepam grande quantidade de barbitúricos. Para o quadro de
C)citalopram intoxicação barbitúrica, no exame físico, os sinais mais
D)fenobarbital indicativos dessa intercorrência são:
45. (INSTITUTO LUDUS-2014)Em uma intoxicação a A) Respiração de Cheyne-Stokes, bradicardia, anisocoria.
vitima apresenta alguns sinais e sintomas típicos nessa B) Hipersensibilidade, taquicardia e taquipneia.
situação. Assinale abaixo a alternativa INCORRETA. C) Hipertermia, pulso em plateau, taquipneia.
A) Náuseas; D) Diminuição dos reflexos, miose, bradpneia.
B) Vômitos ; E) Dispneia, agitação neuropsicomotora, taquicardia.
C) Pouca sudorese; 52. (AOCP-2014) Na assistência ao paciente com
D) Diarreia; intoxicação exógena, é correto afirmar que
E) Midríase ou miose. A) a utilização de sonda nasogástrica é recomendada na
46. (IBFC-2016) Trabalhador agrícola de 29 anos, ingestão de produtos cáusticos para realização de lavagem
masculino, apresenta quadro comprovado de gástrica.
intoxicação por organofosforado, apresentando miose, B) a intoxicação exógena somente apresenta risco de
bradicardia, broncoespasmos, fasciculações e discreta parada cardiorrespiratória quando causada por substância
fraqueza muscular. Houve melhora parcial do quadro injetável.
com o uso de atropina e carvão ativado, mantendo, no C) em todos os casos de ingestão de substâncias,
entanto, o paciente fasciculaçoes e com referida piora a medida de atendimento inicial é provocar vômito.
da fraqueza muscular. A conduta mais correta seria: D) se for tentativa de suicídio, não há urgência
A)administrar pralidoxima no atendimento. O paciente aguardar o atendimento ajuda-
B)manter atropinização o a refletir sobre o ato extremo provocado.
C)manter apenas doses repetidas de carvão ativado. E) em caso de intoxicação por inalação de gases,
D)expectante, mantendo o paciente sob observação. é necessário administrar oxigênio e lavar em água corrente
E)indicar tratamento diálitico. áreas de possível absorção epitelial.
47. (IBFC-2016) Sobre as condutas em casos de 53. (AOCP-2014) Adelaide, 35 anos, amasiada, 3 filhos
intoxicações exógenas agudas, analise as opções menores, é admitida no serviço de saúde com
abaixo e assinale a alternativa correta. vômitos em grande quantidade, após ingesta
I.Não há qualquer indicação para a irrigação intestinal total. de aproximadamente 50 gramas de soda cáustica diluída
II.Algumas substâncias são pouco absorvidas pelo carvão em 1 copo de refrigerante. Qual das condutas a seguir
ativado, como por exemplo o lítio. seria apropriada nesta situação?
III.A alcalinização é uma medida aplicável nas intoxicações A) Passar sonda nasogástrica e realizar lavagem intestinal,
por salicitatos. verificar sinais vitais e glicemia capilar.
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B) Puncionar acesso venoso periférico calibroso, 58. (IDHTEC-2014)No Loxoscelismo, o soro


passar sonda nasogástrica e deixar aberta, verificar antiaracnídico ou antiloxoscélico é indicado a partir do
sinais vitais e glicemia capilar. momento em que a hemólise é detectada, e no quadro
C) Puncionar acesso venoso periférico calibroso, cutâneo, quando o diagnóstico é feito nas primeiras:
passar sonda nasogástrica e passar carvão ativado, A) Duas semanas.
verificar sinais vitais e glicemia capilar. B) 180 horas.
D) Puncionar acesso venoso periférico calibroso, C) 120 horas.
verificar sinais vitais e glicemia capilar. D) 100 horas.
E) Passar sonda nasoenteral e realizar lavagem E) 72 horas.
intestinal, verificar sinais vitais e glicemia capilar. 59. (AOCP-2016) Na administração de Soro
54. (FAUEL-2014) A intoxicação provocada por este Antiescorpiônico (SAEEs) ou Soro Antiaracnídico
produto tóxico resulta na formação (SAAr), em casos de acidentes com escorpiões, quando
da carboxiemoglobina, propiciando hipóxia cerebral, o paciente apresenta manifestações clínicas graves, é
pois não há transporte de oxigênio: necessário administrar
A) Intoxicação por Monóxido de carbono. A) de duas a três ampolas de Soro Antiescorpiônico ou Soro
B) Intoxicação por tetracloreto de carbono. Antiaracnídico por via intravenosa.
C) Intoxicação por Sulforeto de carbono. B) de quatro a sete ampolas de Soro Antiescorpiônico ou
D) Intoxicação por benzina. Soro Antiaracnídico por via intramuscular.
55. (INÉDITA-OLIVEIRA 2016) Qual o antídoto utilizado C) de quatro a seis ampolas de Soro antiescorpiônico ou
para os sintomas muscarínicos em situação de Soro Antiaracnídico por via intravenosa.
intoxicação por carbamatos (chumbinho)? D) uma ampola de Soro Antiescorpiônico ou Soro
A)Pralidoxima Antiaracnídico por via intravenosa.
B)Gluconato de cálcio E) duas ampolas de Soro Antiescorpiônico ou Soro
C)Midazolan Antiaracnídico por via intramuscular.
D)atropina 60. (MAKIYAMA-2015)Conforme O SUS de A a Z, a época
56. (CONSULTEC-2014) Sobre intoxicação exógena, mais favorável para a ocorrência dos acidentes
pode-se afirmar: relacionados a animais peçonhentos é a de:
A) Nas intoxicações por chumbinho, o paciente normalmente A) Frio e seca.
apresenta uma sialorreia intensa e bradicardia. B) Calor e seca.
B) O carvão ativado é a droga de escolha para inativação da C) Frio e chuvas.
intoxicação por benzodiazepínicos. D) Calor e chuvas.
C) As intoxicações por benzodiazepínicos em geral causam E) Seca com temperaturas amenas.
agitação psicomotora no paciente. 61. (INÉDITA – OLIVEIRA 2016) Qual o mecanismo de
D) Os pacientes que ingerem chumbinho apresentam ação do veneno em um acidente do gênero botrópico?
taquicardia e boca seca. A) Ação proteolítica, coagulante, hemorrágica, neurotóxica
E) Para lavagem gástrica, é aconselhável utilizar a sonda B) Ação neurotóxica, miotóxica e coagulante
nasoenteral. C) Ação por neurotoxinas
57. (2009) O carbamato é um agente químico utilizado D) Ação proteolítica, coagulante e hemorrágica
como inseticida e herbicida agrícola e já fora utilizado 62. (INÉDITA – OLIVEIRA 2016) Sabe-se que a indicação
em medicamento, entretanto, atualmente o carbamato do número de ampolas de soro antiveneno para
que popularmente é conhecido como chumbinho, teve tratamento de acidentes por ofídicos é de extrema
sua utilização popularizada nos grandes centros importante. Sobre a quantidade de ampolas em um
urbanos como raticida, é descrito como um produto acidente do gênero botrópico do tipo leve são
clandestino, vendido ilegalmente e conhecido necessárias quantas ampolas?
erroneamente como raticida e tem apresentação de A)2-4 ampolas
forma sólida, granular de coloração que varia do cinza B)4-8 ampolas
ao preto. Diante destas informações, podemos perceber C)5 ampolas
o quanto é necessária a identificação dos sinais e D)12 ampolas
sintomas no atendimento emergencial às vitimas de 63. (INÉDITA – OLIVEIRA 2016) O acidente elapídico
intoxicação exógena por carbamato, tendo em vista que corresponde a 0,4% dos acidentes por serpentes
na utilização de todas as etapas do processo de peçonhentas registrados no Brasil. Pode evoluir para
enfermagem, será possível para o profissional de insuficiência respiratória aguda, causa de óbito neste
enfermagem a priorização de condutas. Está correto tipo de envenenamento. Diante do exposto, o ministério
afirmar: da saúde recomenda que além do tratamento com o
A) O paciente iniciará apresentando alterações nos olhos, soro específico seja realizado o tratamento sintomático
nos aparelhos respiratório, digestório, cardiovascular e da insuficiência respiratória com qual medicamento?
urinário, e ocorrerá sialorréia, sudorese, lacrimejamento, A)carvão ativado
miose, visão borrada, vômitos, diarréia, broncorréia, B)pralidoxima
broncoespasmo e incontinência urinária. C)lidocaína
B) Sinais e sintomas iniciais serão despercebidos até 6h D)neostigmina
após a ingestão da substância. 64.(FEPESE-2014) O ofidismo se constitui, dentre os
C) Os acidentes por intoxicação exógena por carbonato são acidentes por animais peçonhentos, o mais frequente e
pouco frequentes nas nossas emergências hospitalares. de maior gravidade.
D) Sinais e sintomas deverão ser abordados inicialmente Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras (V) e as falsa
com a administração do soro específico para diminuição (F) em relação ao assunto.
imediata do quadro. Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de
E) Nenhuma das alternativas está correta. cima para baixo:
( ) O soro ou antiveneno utilizado nos casos de mordedura
de cobra deve ser específico para cada tipo de cobra.

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( ) A via de administração é a intramuscular, devendo-se 69. (BIO-RIO/2015) O atendimento de primeiros socorros


prestar atenção para a ocorrência de manifestações a vítimas de picadas de abelhas ou vespas, no que se
alérgicas. refere ao ferrão, deve ser:
( ) No caso de reações imediatas, a enfermagem deve ficar A) remover os ferrões raspando-se com lâminas.
atenta aos sinais e sintomas, mas a soroterapia não deve B) retirá-los com pinças.
ser interrompida. C)retirá-los com ajuda de uma tesoura pontiaguda, cortando
( ) A hidratação endovenosa deve ser iniciada as partes externas.
precocemente para prevenir a insuficiência renal aguda. D) fazer pequenos furos a redor do ferrão para facilitar sua
A) V, V, F, F. extração.
B) V, F, V, F. E) retirá-los com pequena incisão feita com bisturi.
C) V, F, F, V. 70. Na emergência do Instituto Dr. José Frota (IJF), uma
D) F, V, V, F. criança de 8 anos deu entrada por picada de cobra e
E) F, V, F, V. referiu muita dor no local. A criança não sabia descrever
65. (FCC-2013) Considerando acidentes com animais bem a cobra, mas disse que era marrom. Durante a
peçonhentos ou venenosos, uma das condutas anamnese, o enfermeiro observou, no pé direito, edema
preconizadas, de acordo com o tipo de acidente, é: pouco intenso e sinais de inflamação com eritema local.
A)picada por cobra: realizar o garroteamento através do uso Ao realizar exame para identificar o tempo de
de torniquete sobre a região afetada pela picada para coagulação, percebeu que estava levemente alterado.
impedir a disseminação do veneno. Após algumas horas de internação, a criança
B)contato com lonomia: aplicar vacina antirrábica. apresentou hipotensão arterial, choque, oligoanúria e
C)picada por aranha marrom: realizar a sucção sobre a epistaxe. Assinale a alternativa correta, que caracteriza
região afetada para remoção do veneno. o tipo de acidente ofídico.
D)picada por escorpião: realizar a sangria sobre a região A) Crotálico.
afetada para remoção do veneno. B) Botrópico.
E)picada de cobra: se possível, lavar o local com água e C) Laquético.
sabão e encaminhar ao serviço de saúde. D) Latrodectus.
66. (INÉDITA- OLIVEIRA 2016) Quais as características
de uma serpente peçonhenta dos gêneros crotálico?
A) presença de fosseta loreal, cabeça triangular, cauda lisa
B) presença de fosseta loreal, cabeça triangular, cauda com
escamas eriçadas
C) ausência de fosseta loreal, cabeça triangular, cauda lisa
D)presença de fosseta loreal, cabeça triangular, presença do
guizo ou chocalho
67. (EXERCÍTO-2013) Em caso de acidentes com ofídios,
devemos estabelecer com rapidez a relação entre os
sinais e sintomas com objetivo de definir o tratamento
específico. Associe a segunda coluna de acordo com a
primeira e, a seguir, assinale a alternativa correta.
Coluna I
1. Botrópico e laquético
2. Crotálico e elápidico
3. Crotálico
4. Laquético GABARITO
5. Botrópico
6. Botrópico e elapidico
Coluna II 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
( ) Rabdomiólise
( )Estimulação colinérgica C D D C E C A C B B
( ) bloqueio da junção neuromuscular 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
( ) PH arterial alto devido a PCO2 reduzida. A C D B D E C C D D
( ) Sangramento na região da picada e a distância
(hematúria e gengivorragia) 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
A) 3, 4, 2, 1. B A D B B D A E C A
B) 3, 6, 2, 4.
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
C) 4, 2, 5, 1.
D) 2, 1, 6, 4. D A D A C B A C B D
E) 2, 3, 1, 4. 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
68. (EXERCÍTO-2011) Qual a principal ação do veneno
escorpiônico no organismo humano?
B E A C C A B D C D
A)provoca hemorragias generalizadas 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
B)provoca coagulação sanguínea e com isso D E D A D A A E C D
tromboembolias
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
C)estimula terminações nervosas e com isso a presença de
tremores D A D C E D A C A B
D)afeta a infiltração glomerular e provoca anúria
E)afeta a função intestinal e presença de diarreia

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PACIENTE CRÍTICO
“Os únicos limites de sua mente são aqueles que você acredita ter.”

CHOQUE ESTÁGIO PROGRESSIVO – No segundo estágio do


Choque é uma síndrome caracterizada pela incapacidade do choque, os mecanismos que regulam a PA não conseguem
sistema circulatório de fornecer oxigênio aos tecido, lavando mais compensar, e a PAM cai abaixo dos limites normais.
a disfunção orgânica.É fundamental o seu reconhecimento Os clientes estão clinicamente hipotensos; isto é definido
precoce para que a haja a correção, assim como é com uma PA sistólica inferior a 90 mmHg ou uma diminuição
fundamental tratar a causa de base. na PA sistólica de 40 mmHg do valor basal em diante. O
O choque pode ser mais bem definido como uma condição e cliente apresenta sinais de declínio do estado mental.
quem a perfusão tecidual é inadequada para liberar
oxigênio e nutrientes para sustentar os órgãos vitais e a ESTAGIO IRREVERSÍVEL OU REFRATÁRIO– O estágio
função celular. irreversível (ou refratário) do choque representa o ponto no
continuum do choque no qual a lesão dos órgãos é tão
ESTÁGIOS DO CHOQUE grave que o cliente não responde ao tratamento e não
ESTÁGIO COMPENSATÓRIO – No estágio compensatório consegue sobreviver. Apesar do tratamento, a PA
do choque, a PA permanece nos limites normais. A permanece baixa. A disfunção renal e hepática, composta
vasoconstrição, o aumento da frequência cardíaca e o pela liberação de toxinas teciduais necróticas, cria uma
aumento da contratilidade do coração contribuem para a acidose metabólica fulminante. O metabolismo anaeróbico
manutenção do débito cardíaco adequado. Isso resulta da contribui para uma piora da acidose láctica. As reservas de
estimulação do sistema nervoso simpático e da subsequente ATP estão quase totalmente esgotadas, e os mecanismos
liberação de catecolaminas (epinefrina e norepinefrina). Os para o armazenamento de novos suprimentos de energia
clientes apresentam a resposta com frequência descrita foram destruídos. A disfunção do sistema respiratório
como de “luta ou fuga”. O corpo desvia sangue de órgãos, compromete a oxigenação e a ventilação adequadas, apesar
tais como a pele, os rins e o sistema digestório para o do suporte ventilatório mecânico, e o sistema cardiovascular
cérebro, o coração e os pulmões para assegurar o é ineficaz na manutenção de uma PAM adequada para a
suprimento sanguíneo adequado para esses órgãos vitais. perfusão. Quando a disfunção de múltiplos órgãos progride
Como resultado, a pele pode estar fria e pálida, os sons até a insuficiência completa dos órgãos, a morte é iminente.
intestinais são hipoativos e o débito urinário diminui em Esta disfunção pode ocorrer como uma progressão no
resposta à liberação de aldosterona e ADH. continuum do choque (Smeltzer & Bare, 2016).

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NOS ESTÁGIOS DE CHOQUE

TIPOS DE CHOQUE  Utiliza-se a via Intraóssea-IO nos casos de


Choque hipovolêmico: É o estado de choque mais comum impossibilidades da via EV;
no Atendimento Pré-Hospitalar seja por traumatismo (perda  Nos politraumatismos graves: sangue O negativo (O-)
direta de sangue ou plasma) ou caso clínico (vômito e deve ser implementado para recuperar o volume
diarreia). intravascular e melhorar a perfusão, além da PA;
Se dá por uma diminuição severa de líquido intravascular, o  As drogas vasoativas Dopamina e Noradrenalina são as
que leva a hipoperfusão de órgãos e tecidos e hipotensão; eletivas nesses casos;
Politraumatismo é a principal causa hemorrágica;  A posição de trendelemburg deve ser adotada (exceto se
Há também as causas não-hemorrágicas: queimaduras, politrauma – supina ou dorsal ou ainda reta/horizontal);
diarréias, vômitos, deslocamento de líquidos como na ascite;  Seguir o protocolo do ABCDE para traumas.
 Reposição volêmica deve ser feita o mais precoce possível
com cristalóides endovenoso-EV;

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Choque cardiogênico: ocorre quando a capacidade do Fazer reposição volêmica com cristalóides e uso drogas
coração em bombear o sangue está comprometida, não vasoativas (Dopamina ou Noradrenalina), ambos para
suprindo a necessidade desejada pelo organismo. Há a melhorar PA e perfusão;
falência da “bomba cardíaca”. Essa condição é uma Controlar temperatura com antitérmicos;
emergência médica, que é fatal se não for tratada Posição de fowler é adequada.
imediatamente.
Infarto Agudo do Miocárdio – IAM e Insuficiência Cardíaca MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Congestiva – ICC são as principais causas de Choque No Choque séptico a fase inicial 1 é chamada de
Cardiogênico; HIPERDINÂMICA (QUENTE), fase em que há aumento da
Dobutamina é a droga de escolha para reversão do produção de leucócitos (Leucocitose), febre (≥37,8◦C) e
Choque Cardiogênico por ICC; Nitroglicerina já está mais taquicardia;
adequada para compensação do Choque Cardiogênico por É seguida pela HIPODINÂMICA (FRIA) ou fase 2, momento
IAM. em que há baixa de leucócitos (Leucopenia), hipotermia
(≤35,6◦C), cianose de extremidades.
CHOQUE DISTRIBUTIVO
Ocorre quando o contingente sanguíneo acumula-se na CHOQUE NEUROGÊNICO: é o choque que decorre da
periferia circulatória o que leva a VASODILATAÇÃO redução do tônus vasomotor normal por distúrbio da função
periférica e isso por sua vez resulta em má distribuição nervosa. Este choque pode ser causado, por exemplo, por
sanguínea, má perfusão de órgãos e tecidos sequenciando transecção da medula espinhal ou pelo uso de
em choque circulatório, distributivo ou vasogênico. medicamentos, como bloqueadores ganglionares ou
depressores do sistema nervoso central.
Principal causa por lesão de medula espinal ou Trauma
Crânio Encefálico grave – TCE, há desequilíbrio entre o
sistema nervoso parassimpático e simpático, predominando
o parassimpático, que leva a vasodilatação sistêmica;
 A ação PARASSINPÁTICA atua fazendo acontecer
bradicardia, bradipnéia, pele quente e seca.

CAUSAS:
• lesão da medula espinhal;
• Anestesia espinhal;
CHOQUE SÉPTICO • Lesão do sistema nervoso;
• É uma infecção generalizada que acontece quando as • Efeito depressor de medicamentos;
bactérias de uma infecção local, como uma ferida na pele, • Uso de drogas e ainda estados hipoglicemiantes
chegam à corrente sanguínea e atingem todo o corpo. Manifestações Clínicas:
Originado por uma Síndrome da Resposta Inflamatória •Pele seca e quente;
Sistêmica – SIRS (localizada) que evolui para SEPSE •Hipotensão;
(infecção generalizada) e assim distribui-se levando a má •Bradicardia
perfusão, queda abrupta de Pressão Arterial e choque;
Está entre os maiores índices de mortalidade das UTIs. CHOQUE ANAFILÁTICO
Coletar culturas (Hemocultura pareada, urocultura e se • A anafilaxia ou reação anafilática é uma reação alérgica
possível secreção traqueal) são passos primários ao melhor grave e potencialmente fatal.
tratamento; Acontece devido a uma reação de Hipersensibilidade
Iniciar Antibioticoterapia de largo espectro na primeira hora; aguda a um agente antígeno, levando a uma Insuficiência

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Respiratória Aguda (IRpA), edemas generalizados mental e perda da consciência; • Pode haver parada
principalmente na glote; Administrar oxigenoterpia; cardíaca.
Adrenalina ou Epinefrina são ótimas escolhas na
emergência, vias Inalatória, IM ou SC; Corticóides CHOQUE OBSTRUTIVO
sistêmicos são bem utilizados, via EV; • Resulta de um bloqueio mecânico ao fluxo sanguíneo na
Manter cabeceira elevada; circulação pulmonar ou sistêmica. A embolia pulmonar pode
Deixar material de intubação em pronto atendimento ser um exemplo.
Ocasionado por compressão ou obstrução do sistema
CAUSAS circulatório nos grandes vasos; Tamponamento Cardíaco
• alimentos e aditivos alimentares; • picadas e mordidas de evidenciado pela Tríade de Back (Hipotensão, Abafamento
insetos; • agentes usados na imunoterapia; • drogas como a de Bulhas Cardíacas e Turgência/Distensão Julgular) e;
penicilina; • drogas usadas como anestésicos locais Pneumotórax Hipertensivo evidenciado por desvio de
(benzocaína e lidocaína); • vacinas como o soro antitetânico; traquéia contralateral, hipoxemia abrupta vista na oximetria
• poeiras e substâncias presentes no ar (casos raros). de pulso, ausculta pulmonar abolida e hipertimpanismo
ipsilateral (do mesmo lado), além de taquicardia, são as
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS duas principais causas deste choque;
• Sensação de desmaio; • Pulso rápido; • Dificuldade TEP (Trombo Embolismo Pulmonar) também está entre
respiratória; • Náuseas e vômito; • Dor de estômago • causas de Choque Obstrutivo;
Inchaço nos lábios, língua ou garganta (edema de • glote); • Posição de fowler recomendada.
Urticária; • Pele pálida, fria e úmida; • Tonteira, confusão

RESUMINDO...

DESEQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO E DISTÚRBIOS ÁCIDO-BÁSICOS

O estudo dos distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-basicos é de grande importância clínica. São distúrbios frequentes e muitas
vezes determinantes prognósticos para a doença do paciente,

Eletrólitos: são substâncias que se dividem em íons quando dissolvidas na solução.


Homeostase
• Equilíbrio dinâmico controlado pela interação de mecanismo de regulação.
• Movimentos hídrico e eletrolítico: O LEC leva alimentos para as células do corpo e recebe os produtos residuais.
• Mecanismos de Transporte: Osmose, difusão, filtração e transporte ativo.

-ATENÇÃO AO QUADRO!!
ELETRÓLITO FÓRMULA ELEVAÇÃO REDUÇÃO VALOR DE
IÔNICA REFERÊNCIA
Sódio Na+ Hipernatremia Hiponatremia 135-145mmol/L
Potássio K+ Hiperpotassemia/ Hipopotassemia/Hipocalemia 3,5-5,5mmol/L
Hipercalemia
Cálcio Ca2+ Hipercalcemia Hipocalcemia 8,5-10,2mg/dL
Magnésio Mg2+ Hipermagnesemia Hipomagnesemia 1,7-2,6mg/dL
Cloro Cl- Hipercloremia Hipocloremia 98-107mmol/L
Fosfato PO43- Hiperfosfatemia Hipofosfatemia 2,5-4,5mg/dL

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Alterações Eletrolíticas:
Sódio O Na é o íon mais importante do meio extracelular
Hiponatremia: Diarréia, vômitos, queimadura, uso de Hipernatremia: Deficiência de ADH, diurético osmótico
diuréticos Sinais e Sintomas: Manifestações neurológicas
Sinais e Sintomas: Mucosa seca, cefaléia, diminuição da inquietação, edema, hipotensão postural, fraqueza
PA Turgor diminuído Se redução rápida: edema cerebral. muscular e sede.
Tratamento: Reposição de de sódio Tratamento: Reduzir o Na, SG 5%

Potássio (K) Principal Cation Intracelular


Hipercalemia: Iatrogênica IRA, doença de Adisson, Hipocalemia: Problemas renais, perdas GI
transfusões Sinais e Sintomas: Parada cardíaca, fraqueza muscular,
Sinais e Sintomas: Parada cardíaca, fadiga, anorexia, condução ventricular lenta, náuseas e diarreia
náuseas, cãimbras, disritmia, força muscular diminuída Tratamento: Reposição de K (oral ou IV) Aumentar
Tratamento: ECG, restrição de K , Gluconato de cálcio IV ingesta na dieta
Solução polarizante (glicose+ insulina)

Cálcio (Ca) Coagulação sanguínea e contração muscular


Hipocalcemia: Tireoidectomia, IR, pancreatite Hipercalcemia: Hiperparatireoidi smo, neoplasias, uso de
Sinais e sintomas: Neurológica: confusão, coma, lítio
parestesia, cãimbra, convulsão Cardio: Hipotensão, Sinais e sintomas: Constipação, anorexia, náuseas,
arritmia e PCR GI: náuseas, vômito, poliúria. vômitos, poliúria, polidipsia, desidratação, fraqueza
Tratamento: Reposição de sais de cálcio oral, ECG E uso muscular e PCR, insuficiência renal aguda.
de Mg. Gluconato de Ca IV lento Tratamento: Remover a causa Corrigir desidratação com
SF0,9%, diuréticos Monitorar débito urinário

Magnésico (Mg) Indispensável para as atividades enzimáticas e neuroquímicas, assim como para a excitabilidade dos músculos.
Hipomagnesemia: Desnutrição, queimadura, sepse, Hipermagnesia: uso de laxantes
alcoolismo, pancreatite Sinais e sintomas: Depressor do SNC, náuseas,
Sinais e sintomas: Anorexia, náuseas, vômito, sedação, hipoventilação, acidose respiratória, reduz
parestesia, cãimbras musculares, irritabilidade, tremor, reflexos tendinosos, fraqueza muscular, hipotensão,
ataxia e convulsões. vasodilatação, Parada respiratória
Tratamento: Dieta rica em Mg, administração de Mg IV ou Tratamento: Suspender o Mg Infusão de Cálcio
oral (diarréia) (antagonista) e Hemodiálise

GASOMENTRIA ARTERIAL 2. Renal => Objetiva reabsorver o HCO3 dos túbulos renais
A avaliação do estado ácido-básico do sangue é feita na e secretar hidrogênio na urina, de modo que o pH sanguíneo
grande maioria dos doentes que são atendidos em uti, seja ideal (7,4) e a urina seja ácida (pH 4,6 – 6).
qualquer que seja a doença de base; essa avaliação é A gasometria é o estudo dos gases do sangue da arterial
fundamental, pois, além dos desvios do equilíbrio ácido-base para avaliação do equilíbrio ácido-básico e da troca gasosa.
(eab) propriamente dito, pode fornecer dados sobre a função O sangue arterial é colhido principalmente através de
respiratória e sobre as condições de perfusão tecidual. punção das artérias radial, pediosa, braquial ou femoral. O
O pH (Potencial Hidrogeniônico) é o parâmetro utilizado para teste de Allen deve ser realizado antes da punção na artéria
quantificar o equilíbrio entre a produção de ácidos e bases. radial para avaliar a circulação colateral ulnar.
O pH varia de 0 à 14, sendo 7 o pH neutro, 7 básico ou
alcalino. No nosso sangue, embora o metabolismo celular TÉCNICA DE CATETERIZAÇÃO DA ARTÉRIA RADIAL
produza radicais H+ constantemente, o bicarbonato (HCO3),  Realizar o teste de Allen: comprimir, simultaneamente, a
principal sistema tampão, é responsável por manter o pH artérias radial e ulnar com os polegares. Estimular o
levemente alcalinizado. O pH ótimo do sangue é 7,4 (7,35- paciente para abrir e fechar a mão repetidamente. Em
7,45), a manutenção deste equilíbrio é vital para todas as seguida, pedir ao paciente para relaxar a mão. Enquanto
reações enzimáticas e bioquímicas do sangue, pequenas exercer compressão sobre a artéria radial, soltar a artéria
variações para mais ou para menos são potencialmente ulnar e observar a coloração da mão. Quando a circulação
fatais. colateral par meio da artéria ulnar está adequada, a mão
Para manter a homeostase ácido básica, rins e pulmões recupera a coloração em 5 a 10 segundos.
trabalham juntos da seguinte maneira:
1. Mecanismo Pulmonar=> Objetiva regular o nível de Gas ACIDOSE (PH < 7,35) ALCALOSE (PH < 7,45)
Carbônico no sangue (paCO2), uma vez que o acúmulo de A acidose pode ser do tipo: A alcalose pode ser do tipo:
CO@ provoca acidose e a perda excessiva deste gás causa respiratória (paCO2> 45mmHg) respiratória (paCO2< 45mmhg)
alcalose. CO2 + H2O = H2CO3 (ácido carbônico) metabólica (HCO3- < 22meq/l) metabólica (HCO3- > 22meq/l).

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AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA

ESCALA DE CINCINNATI
 É uma escala de avaliação usada para diagnosticar a presença de um Acidente Vascular Encefálico-Cerebral (AVE-C) utilizada
no atendimento pré-hospitalar.
• A Escala Pré-hospitalar para AVC de Cincinnati avalia três achados físicos em menos de um minuto: a queda facial, a debilidade
dos braços e a fala anormal. Sua resposta é eficaz cerca de 72% em um único item positivo, caso seja os três seu percentual
chega a quase 90%

ESCALA PRÉ-HOSPITALAR DE AVC CINCINNATI


AÇÃO NORMAL ANORMAL
Queda facial Pedir ao paciente para sorrir Ambos os lados movem-se Desvio de rima labial
igualmente
Debilidade dos Manter os olhos fechados, com Ambos os braços são Um braço perde a força, não é
braços braços estendidos por 10 sustentados igualmente sustentado e abaixa
segundos
Fala anormal Prestar atenção na fala e O paciente fala e articula Palavras incompreensíveis,
articulação das palavras corretamente as palavras incorretas ou incapacidade
para falar.

Acidente Vascular Cerebral responsável por aproximadamente 80% a 85%, e o acidente


• O AVC resulta da restrição de irrigação sanguínea ao vascular cerebral hemorrágico (AVCH) por
cérebro, causando lesão celular e danos nas funções aproximadamente 15% a 20% dos casos.
neurológicas.
• Esse é o nome correto do que os leigos costumam chamar AVC Isquêmico
simplesmente de derrame, problema que responde por 10% • O acidente vascular isquêmico consiste na oclusão de um
das mortes no mundo a cada ano. vaso sangüíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma
• Antes de iniciar medicação anti-hipertensiva, alguns região específica do cérebro, interferindo com as funções
tópicos não podem ser esquecidos: neurológicas dependentes daquela região afetada,
• O paciente com AVC que dá entrada no OS encontra-se produzindo uma sintomatologia ou déficits característicos.
ansioso , apreensivo , não valorizar a PA medida logo à Em torno de 80% dos acidentes vasculares cerebrais são
entrada , sobretudo não iniciar intempestivamente uma isquêmicos.
medicação IV com apenas uma medida de PA. • Trombótico - aqui o causador do entupimento é um coágulo
• Durante evento agudo, a hipertensão pode ter uma função formado numa artéria que irriga o cérebro devido à
protetora ( reativa) no sentido de manter a perfusão cerebral aterosclerose. Responde por 60% dos casos.
para áreas de risco , que perderam seu mecanismo de • Por embolia - Em 20% dos casos o coágulo foi formado em
autorregulação e que, portanto , dependem basicamente da outra parte do corpo e viajou até obstruir alguma artéria que
pressão arterial média para perfusão adequada. leva sangue à massa cinzenta ou que fica por lá.
• Inicialmente deve-se diferenciar entre acidente vascular • Insuficiência circulatória - aqui o problema é uma falha no
isquêmico ou hemorrágico coração, que deixa de bombear sangue corretamente
levando à deficiência de circulação na cabeça. Isso explica
Tipos de AVC por que um ataque do coração pode levar a um AVC
Os tipos de AVC são geralmente divididos com base no
aspecto patológico que eles determinam, ou seja, AVC hemorrágico
isquêmicos e hemorrágicos .Algumas estatísticas apontam o • Este tipo é mais grave e de pior prognóstico. Por sorte
acidente vascular cerebral isquêmico ( AVCI) como responde pela minoria dos casos - cerca de 20% deles;
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• No acidente vascular hemorrágico existe hemorragia sentido, com grande dificuldade para compreensão da
(sangramento) local, com outros fatores complicadores tais linguagem. Familiares e amigos podem descrever ao médico
como aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) este sintoma como um ataque de confusão ou estresse.
cerebral, entre outros.
PRESSÃO INTRACRANIANA
Há duas formas dessas hemorragias:
• Sub-aracnóide - um vaso da superfície se rompe, A assistência de enfermagem é de vital importância na
derramando sangue no espaço entre o cérebro e o crânio. A monitorização neurológica, pois está envolvida desde o
causa mais comum é o rompimento de um aneurisma, as preparo do material e do paciente até a manutenção
dilatações nas artérias que ficam cheias de sangue como adequada desta monitorização, bem como a prevenção de
um balão. Em geral o gatilho para esse estouro é a pressão complicações.
alta. A pressão intracraniana é exercida pelo volume combinado
• Hemorragia intra-cerebral - o derramamento de sangue é dos três componentes intracranianos (TEORIA DE MONRO-
no meio da massa cinzenta, normalmente por causa do KELLIE).
envelhecimento dos vasos ou da hipertensão crônica.  Componente parenquimatoso: constituído pelas
estruturas encefálicas (tecido ou massa encefálico).
Fatores de Risco do AVC  Componente liquórico: constituído pelo líquido
• Pressão Arterial cefalorraquidiano (LCR) das cavidades ventriculares e do
• Diabetes : a doença lesa a parede dos vasos, facilitando a espaço subaracnoide (líquido cerebroespinhal).
formação de placas  Componente vascular: caracterizado pelo sangue
• Colesterol alto - conhecido formador de placas circulante.
• Sedentarismo A teoria de Monro-Kellie afirma que o volume intracraniano é
• Obesidade igual ao volume encefálico mais o volume do sangue
• Problemas cardíacos - A fibrilação atrial, por exemplo, gera cerebral acrescido do volume do líquido cefalorraquidiano
um descompasso nas batidas do coração que pode (LCR). Qualquer alteração no volume de algum destes
favorecer a formação de coágulos. Soltos na corrente componentes, bem como adição de uma lesão, pode levar a
sanguínea, podem ir parar no cérebro. um aumento da PIC.
• A monitorização da pressão intracraniana (PIC) pretende
Sinais estabelecer os níveis de pressão e também orienta e
• Fraqueza: O início súbito de uma fraqueza em um dos racionaliza o emprego das medidas terapêuticas, além de
membros (braço, perna ou face) é o sintoma mais comum avaliar sua eficácia ao longo do tratamento.
dos acidentes vasculares cerebrais. Pode significar a Os valores normais da PIC citados por muitos autores é de 0
isquemia de todo um hemisfério cerebral ou apenas de uma a 15 mmHg, entretanto, na prática clínica, é aceitável
área pequena e específica. Podem ocorrer de diferentes valores de até 20 mmHg.
formas apresentando-se por fraqueza maior na face e no
braço que na perna; ou fraqueza maior na perna que no HIPERTENSÃO INTRACRANIANA
braço ou na face; ou ainda a fraqueza pode se acompanhar É causada pelo aumento do tamanho do cérebro ou pela
de outros sintomas. Estas diferenças dependem da quantidade aumentada de líquido devido a um tumor
localização da isquemia, da extensão e da circulação cerebral, hemorragias (rompimento de aneurismas como nos
cerebral acometida. AVE-C Hemorrágicos ou Isquêmicos, além dos TCE),
infecções ou efeito colateral de algum medicamento.
• Perda Sensitiva: A dormência ocorre mais comumente ATENÇÃO! Tríade de Cushing (Hipertensão Arterial,
junto com a diminuição de força (fraqueza), confundindo o Bradicardia, Alteração do padrão respiratório-
paciente; a sensibilidade é subjetiva. Bradipneia)

• Convulsões: Nos casos da hemorragia intracerebral, do SÍNDROME CORONARIANA AGUDA/DOENÇA DA


acidente vascular dito hemorrágico, os sintomas podem se ARTÉRIA CORONÁRIA
manifestar como os já descritos acima, geralmente mais
graves e de rápida evolução. Pode acontecer uma A Síndrome Coronariana Aguda (SCA), é um conjunto de
hemiparesia (diminuição de força do lado oposto ao sinais e sintomas clínicos compatíveis com isquemia do
sangramento) , além de desvio do olhar. O hematoma pode miocárdio, onde temos como exemplo a angina
crescer, causar edema (inchaço), atingindo outras estruturas instável/estável e o infarto agudo do miocárdio (IAM). A
adjacentes, levando a pessoa ao coma. Os sintomas podem angina instável é caracterizada por dor ou desconforto
desenvolver-se rapidamente em questão de minutos. torácico ocorrendo em repouso ou aos mínimos esforços,
com mais de 10 minutos de duração, mas também pode ir
• Linguagem e fala (afasia): É comum os pacientes se agravando e a dor e o tempo de duração irem
apresentarem alterações de linguagem e fala; assim alguns aumentando. No quadro estável da angina, ocorre alívio ao
pacientes apresentam fala curta e com esforço, acarretando repouso. O IAM, também gera dor e desconforto torácico,
muita frustração (consciência do esforço e dificuldade para associado a elevação de marcadores de necrose miocárdica
falar); alguns pacientes apresentam uma outra alteração de
linguagem, falando frases longas, fluentes, fazendo pouco
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e alterações eletrocardiográficas, havendo elevação ou não INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO


do segmento ST. • Infarto é a morte de uma área de tecido pela interrupção de
suprimento de sangue.
Dor torácica não traumática: SCA – Síndrome
Coronariana Aguda SINAIS E SINTOMAS
Quando suspeitar ou critérios de inclusão: • Desconforto torácico semelhante a angina; • A dor às
Dor prolongada, localizada nas regiões retroesternal, vezes irradia para braços; • Dor epigástrica; • Sudorese; •
epigástrica, abdominal alta ou precordial, com irradiação Ansiedade
para dorso, pescoço, ombro, mandíbula ou membros
superiores, principalmente o esquerdo. ENZIMASTambém chamadas de marcadores de necrose
Características da dor: miocárdica demonstram e sinalizam a morte de células do
Opressiva, “em aperto”, contínua, com duração de vários músculo cardíaco, o miocárdio e uma vez alteradas
minutos, podendo ser acompanhada de náuseas e vômitos, diagnostica-se o IAM.
sudorese fria, dispneia, sensação de morte iminente, 1) TROPONINAS T e I
ansiedade; desencadeada por estresse emocional ou 2) CK (MM, BB, MB)
esforço físico, podendo também surgir em repouso, durante 3) MIOGLOBINA
o sono ou durante exercício leve.
TRATAMENTO DO IAM
OS 5 PASSOS DE UMA AVALIAÇÃO RÁPIDA NA TROMBOLÍTICO
SCA/DAC Nesta modalidade utiliza-se drogas trombolíticas EV para
tentar dissolver o trombo ora formado, lembrando que deve-
se utilizar até no máximo por 6h do início dos sintomas.
Estreptoquinase: 1,5 milhões de unidades em 1 hora de
infusão no S.F. 0,9%.

HEMODINÂMICA
Deve-se pensar em primeira instância a realização da
ANGIOPLASTIA TRANSLUMINAL CORONÁRIA (ATC), que
é a chamada Revascularização Mecânica.

EDEMA AGUDO DE PULMÃO

É um processo patológico secundário, caracterizado por


ANGINA PECTORIS acúmulo de líquido nos espaços intersticial e alveolar,
• Caracteriza-se por ataques paroxísticos de dor torácica, impedindo a adequada difusão de oxigênio e dióxido de
geralmente substernal ou precordial. carbono.
É um tipo de dor no peito também chamada de Angina As causas mais comuns de edema agudo de pulmão são:
Pectoris ou dor pré-cordial, causada pela redução do fluxo insuficiência ventricular esquerda, obstrução da válvula
sanguíneo para o músculo cardíaco o miocárdio, o que deixa mitral, arritmias cardíacas, hipervolemia, infarto agudo do
o coração sem oxigênio suficiente para desempenhar a sua miocárdio.
função. Essa dor pode ser desencadeada no repouso ou no
esforço físico. Sinais e sintomas: dispneia acentuada, tosse, ortopneia,
Há três principais tipos de ANGINAS e que devem ser expectoração em espuma rosácea (hemoptoicos), agitação
avaliadas e cada uma tem sua conduta especial, lembre-se psicomotora, alteração do nível de consciência, sensação de
que nas anginas NÃO HÁ NECROSE DO MIOCÁRDIO, morte iminente, pele fria, palidez, cianose, diaforese,
portanto não há alterações nas enzimas cardíacas. utilização da musculatura acessória, taquicardia, ritmo de
galope (presença de bulha cardíaca 3 e ou 4), estertores
TIPOS DE ANGINA crepitantes em base ou difusos.
ESTÁVEL
INSTÁVEL Abordagem
VARIANTE - Repouso no leito, mantendo o paciente na posição vertical
com os MMII pendentes no leito (torniquetes em desuso)
CAUSAS - Abertura de VAS e oxigenação (CPAP/PEEP ou EOT/VM)
• Estresse trabalho • Pressão alta • Estreitamento das - CVD para DU horário e BH (negativo)
coronarias • Febre - Monitorização cardíaca e dos sinais vitais
SINTOMAS - Morfina (reduz a ansiedade e a resistência vascular
• Dor no tórax; • Aperto ou pressão; • Dificuldade para periférica e pulmonar)
respirar; • Tontura - Diuréticos (reduzem a pré-carga e a congestão)
- Digoxina, dobutamina (melhoram o débito cardíaco)

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PRINCIPAIS DROGAS UTILIZADAS EM TERAPIA hipotensão severa exceto por hipovolemia, oligúria, choque
INTENSIVA séptico.

Adrenalina/ Epinefrina Complicações: cefaléia, náuseas, tonteira, tremores e


Transmissor do sistema simpático que possui efeito alfa e ansiedade, alterações de FC e PA, pode causar arritmias
beta-adrenérgico, com maior predominância no receptor ventriculares. Trocar a solução a cada 24h, manter
beta. Proporciona aumento do DC, vasoconstrição cutânea e monitorização constante de PA e DU. Pode ser contra-
vasodilatação visceral, aumento da produção de glucagon e indicada nos casos de glaucoma.
hiperglicemia. Indicações: asma, reação anafilática, BAV,
PCR e choque séptico. Pode ser administrada por via SC Atropina
(asma brônquica e reação anafilática=1mg/dose), EV (PCR, É uma medicação de ação vagolítica (parassimpaticolítica)
BAV em bollus 1mg 3-5min) em dripping (choque) ou por via importante pela inibição dos receptores colinérgicos
ET (PCR ou BAVT dose dobrada diluída com 5- 10ml AD muscarínicos. É antagonista da acetilcolina que aumenta a
(não usar SF0,9% pois dificulta a absorção traqueal). frequência de disparos do nó sinuasal melhorando a
Complicações: monitorar taquicardia/FV, palidez cutâneo- condução átrio-ventricular produzindo taquicardia.
mucosa, tremores, hipertensão, hiperglicemia e Indicações: FOI REMOVIDA DO ALGORÍTMO DE PCR por
hipertireoidismo. As catecolaminas são inativadas por AESP e assistolia, mas pode ser usada nas seguintes
soluções alcalinas (Bicarbonato de Sódio). situações: bradicardias sintomáticas, BAV, hipocalcemia e
intoxicação por organofosforados. Deve ser administrada em
Noradrenalina/Norepinefrina bollus dose máxima de 2mg. Complicações: taquicardia e
Efeito adrenérgico predominatemente alfa e beta1 hipotensão, secura na boca, dificuldade de deglutição e
adrenérgico. Diferente da adrenalina por possuir maior e rubor facial, midríase e visão turva.
mais seguro efeito vasoconstrictor, aumenta o retorno
venoso. Indicações: Choque DISTRIBUTIVO (séptico), Lidocaína 2%
choque cardiogênico, IAM. É administrada somente por via Anestésico local com propriedades antiarrítmicas, pois
EV em dripping 0,01-2,0mcg/Kg/min. Complicações: aumenta a entrada de K+ abreviando a duração do potencial
insuficiência renal, isquemia periférica, hipertensão, FV, de ação nas fibras de Purkinje.
palidez cutâneomucosa, tremores, náuseas, hiperglicemia e Indicações: É o antiarrítmico usado no tratamento de
hipertireoidismo. É contra-indicada (avaliar custo-benefício) arritmias ventriculares graves. Deve ser administrada por via
nos casos de glaucoma, angina pectoris, insuficiência renal EV 1-1,5mg/Kg 3-5min em bollus e dripping 2-4mg/min.
e aterosclerose. Complicações: alergia, interação com beta-bloqueadores
(diminuem a excreção em 25%), alterações SNC
Dobutamina (sonolência, alucinação, convulsão, depressão respiratória),
Catecolamina sintética de efeito Beta-1 adrenérgico pode causar hipotensão e bradicardia.
predominante e fraco efeito Beta-2. Suas ações resumem-se
em inotropismo positivo porém com menor efeito Amiodarona
arritmogêncio e vasodilatação para redução da pós-carga. Antiarrítmico classe III, atua prolongando a repolarização
Aumenta do DC com mínima oscilação da FC e PA, ventricular e aumentando o período refratário relativo (fase 3
aumenta o débito urinário e também pode diminuir a do potencial de ação). Indicações: arritmias
resistência vascular pulmonar e sistêmica. É administrada supraventriculares e ventriculares. Pode ser administrada
somente por via EV em dripping 5- 40mcg/Kg/min por VO (600mg/dia = 3X), EV bollus 5-10mg/Kg (ataque) e
(geralmente 5-15). Indicações: choque cardiogênico, IC, dripping 10-20mg/kg/dia (manutenção). Complicações:
IAM, pós-operatório cirurgia e trasplante cardíaco e no bradicardia, ressecamento de córnea e conjuntiva por
choque distributivo. Complicações: cefaléia, tonteiras, depósito de cristais de amiodarona, pode ocorrer diarréia,
tremores, ansiedade, alterações de FC e PA, irritação no rush cutâneo, cefaléia, artralgia. É fotossensível, interage
local da infusão, trocar dripping a cada 24h. com o PVC do equipo e é contraindicada nos casos de
bradicardia e BAV.
Dopamina
Droga sintética, percussor da síntese endógena de Nitroprussiato de Sódio
noradrenalina e adrenalina, ativando os receptores beta-1 e Possui ação hipotensora por vasodilatação arterial e venosa
estimulando a liberação de noradrenalina no miocárdio. periférica. Indicações: crise hipertensiva, cardiopatias
Possui efeito dose-dependente podendo estimular receptor valvares especialemente mitral, ICC, EAP hipertensivo.
alfa, beta e dopaadrenérgico: Complicações: alteração do nível de consciência, cefaléia,
2-5mcg/Kg/min = Dopaminérgico, vasodilatação renal alterações da FC e ECG, irritação no local da infusão,
cerebral, mesentérica e coronariana hipotensão severa. O dripping deverá ser trocado a cada
6-15mcg/Kg/min = Beta-adrenérgico, aumenta DC 24h e protegido da luz. Atentar para suspensão após 72h de
16-30mcg/Kg/min = Alfa e Beta-adrenérgico, uso contínuo pois pode causar intoxicação por cianeto.
vasoconstricção periférica, aumento da PA >30mcg/Kg/min
= Alfa adrenérgico, vasoconstrição sistêmica, aumento da Nitroglicerina
PA, abolição dos efeitos vasodilatadores renais e Ação vasodilatadora arterial, coronariana e diminui o tônus
mesentéricos Indicações: choque cardiogênico, IAM, venoso, influencia na pré e pós-carga. Indicações: Isquemia
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miocárdica, angina instável, ICC, IAM, EAP/HAP. fatal, que ocorrem após infusão contínua de altas doses de
Complicações: cefaléia e tonteira, palidez cutâneo-mucosa, propofol. As alterações incluem falência cardíaca, disritmias
taquicardia ou bradicardia, hipternsão e desconforto cardíacas, acidose metabólica, hipertrigliceridemia,
retroesternal, flebite (preferencialmente administrar em veia rabdomiólise e insuficiência renal. Também ocorre infiltração
central). O dripping deve ser trocado a cada 24h, de gordura no fígado, nos pulmões e em outros órgãos.
incompatível com o PVC do equipo = usar equipo próprio
(PVC free) ou impregnar o equipo com a solução por 15min QUESTÕES
antes de instalar, atentar para suspensão após 48h de 01(INSTITUTO AOCP-2016) Você é enfermeiro
terapia e transição para nitrato oral. supervisor da UTI e todos os seus dois módulos de PAI
(Pressão Arterial Invasiva) deram problemas e foram
Midazolam para manutenção. Diante de tal problema, você acaba de
É um benzodiazepínico de ação direta sobre o SNC que receber um paciente pós-operatório de cirurgia
potencializa a ação inibitória do GABA na trasmissão neurológica com cateter de PIC cujo médico plantonista
neuronal. Indicações: Sedação, indução de amnésia e solicita a passagem de cateter para PAI (Pressão Arterial
tratamento de convulsões. Complicações: alteração nível de Invasiva), para mensurar o valor de PAM e relacionar
consciência, bradicardia, hipotensão, depressão respiratória, com a PIC. Isso, todavia, não vai adiantar devido à falta
pode ser contra-indicada ou indicada cautelosamente nos de módulo de PAM.
casos de insuficiência renal ou hepática e miastenia. Utilizar Assim o médico solicita o cálculo de PAM de acordo
a escala de Ramsay, SAS ou RASS de 6/6h para avaliar o com PANI (Pressão Arterial Não Invasiva). Qual é o valor
grau de resposta a sedação. Após a retirada da medicação de PAM se a PANI foi de 148/82 mmHg?
sedativa utiliizar escala de coma de Glasgow. No caso de A) 126.
necessitar reverter a ação dos Benzodiazepínicos, a droga B) 104.
de escolha é o Flumazenil. C) 112.
D) 115.
Tracrium (atracúrio/cisatracúrio) E) 156.
É uma droga curalizante, ou seja, bloqueadora neuro- 02.(INSTITUTO AOCP-2016) A hipotermia terapêutica,
muscular. Indicações: intubação endotraqueal, anestesia, também chamada de “provocada”, é instituída,
diminuição da rigidez muscular e barotrauma. Administrado conscientemente, pela equipe médica, com objetivos
em bollus (lentamente) e eventualmente em dripping. bem definidos, sendo classificada como: leve
Complicações: desconfortável para o paciente, sempre (temperatura entre 32° e 34°C), moderada (temperatura
administrar um sedativo antes, broncoespasmo, espasmo entre 28° e 32°C) e profunda (temperatura inferior a
muscular, bradicardia, hipotensão, depressão respiratória 28°C). A hipotermia terapêutica tem a finalidade de
(instalar VM controlada), seu uso nos pacientes com A) reduzir a dor em casos de queimadura.
miastenia, insuficiência renal e hepática deve ser cauteloso. B) melhorar o quadro infeccioso com temperatura acima 37º
C, evitando o choque séptico.
Fentanil C) tratar arritmias.
Opiáceo, assim como a morfina, tem efeito bimodal pois D) proteção neurológica em casos de pós-Reanimação
causa depressão das áreas cerebrais como córtex cerebral, Cardiopulmonar (RCP).
tálamo, centro respiratório e estimula medula espinhal, nervo E) melhorar troca gasosas em patologia relacionadas à
vago e centros do vômito. Tem efeito sedativo/analgésico. hipertermia.
Complicações: alterações comportamentais e 03.(REIS&REIS-2016) Uma das grandes preocupações
gastrointestinais (náuseas, vômitos, constipação), com os pacientes internados em UTI, é a elevação da
bradicardia, hipotensão, depressão respiratória, pode Pressão Intracraniana (PIC) e consequentemente,
ocorrer alterações de pele e contratura muscular (tórax alteração do fluxo sanguíneo cerebral. Analise as
rígido). No caso de necessitar reverter a ação dos Opiáceos, alternativas abaixo em relação aos cuidados de
a droga de escolha é o Naloxone. enfermagem e marque a opção INCORRETA:
A) Deve-se manter a cabeceira do leito elevada em 30°
Propofol mantendo o alinhamento da cabeça com o corpo para
Fármaco de ultracurta-duração da classe dos facilitar o retorno venoso;
sedativos/hipnóticos não barbitúrcos. A injecção endovenosa B) A tosse deve ser estimulada, pois assim ajuda na
de uma dose terapêutica (1,5 - 2,5 mg/kg para indução) de depuração das secreções, de modo a manter uma via aérea
propofol induz a hipnose, com excitação mínima, permeável;
usualmente em menos de 40 s (o tempo de uma circulação C) A manobra de Valsalva deve ser evitada, pois eleva a
braço-cérebro). O mecanismo de ação proposto é atividade PIC;
agonista de receptores do tipo GABA (ácido gama-amino- D) Deve-se evitar a flexão do quadril, pois esta posição
butírico). Sua ligação provocaria a abertura de canais de provoca aumento na pressão intra-abdominal e intratorácica
íons cloreto levando à hiperpolarização neuronal. Por ser podendo elevar a PIC.
uma emulsão lipídica, o equipo deve ser trocado a cada uso 04. Quanto ao uso do balão intra aórtico, qual dos
ou, no caso de infusão contínua, no máximo a cada 24h seguintes enunciados não está correto:
para evitar infecção. Síndrome da Infusão do Propofol: A) O IABP é recomendado para o choque cardiogênico que
conjunto de eventos adversos, quase sempre de evolução não reverteu rapidamente com a terapia farmacológica;
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B) O IABP é indicado como medida de estabilização


hemodinâmica, mas deve ser combinado com outra
complementação terapêutica;
C) O IABP aumenta a pós carga e com isso aumenta a
pressão de perfusão coronária na sístole, aumentando o
A) taquicardia Ventricular.
débito cardíaco;
B) supradesnivelamento do segmento ST.
D) O IABP é inserido através da artéria femoral, sendo o
C) fibrilação Ventricular.
balão posicionado na aorta torácica descendente.
D) assistolia.
05. (LEGALLE CONCURSOS-2016) É uma síndrome
09.(AOCP-2014) Para medida de pressão venosa central
caracterizada por crises de dor ou sensação de
(PVC), é preferível a monitorização eletrônica contínua
opressão no tórax que surge em consequência de um
com o uso de transdutores de pressão. Desse modo,
fluxo sanguíneo coronariano insuficiente ou de um
para garantir a medida adequada da PVC em decúbito
suprimento inadequado de sangue ao tecido
lateral 90° à direita, recomenda-se como ponto de
miocárdico. Essa descrição se refere à (ao):
referência para nivelamento do transdutor:
A)arritmia
A) Linha hemiaxilar com o 5° espaço intercostal.
B)angina pectoris
B)Linha hemiaxilar com o 4° espaço intercostal.
C)acidose respiratória
C) Esterno médio com o 4° espaço intercostal.
D)infarto agudo do miocárdio
D)Esterno médio com o 5° espaço intercostal.
E)insuficiência cardíaca congestiva
E) Borda paraesternal direita com o 5° espaço intercostal.
06.(MSCONCURSOS-2016 MODIFICADA) A inserção de
10. (UNIRIO-2014) Uma forma não-invasiva de
um cateter de Swan-Ganz permite à equipe de saúde
verificação da saturação de oxigênio pela hemoglobina,
obter dados muito precisos e indicação terapêutica para
SaO2, é a oximetria capilar. Nela, os valores normais
o controle do estado hemodinâmico do paciente crítico
estão entre:
e, sobretudo, se está em estado de choque, situação em
A) 80 e 90%.
que o cateter encontra a sua máxima indicação. Sendo
B) abaixo de 85%.
assim, esse procedimento tem os seguintes propósitos,
C) 95 e 100%.
exceto:
D) entre 50 e 70%.
A) Obtenção de um controle mais preciso do estado
E) 70 e 94%.
hemodinâmico do paciente, proporcionando dados de
11.(EXERCÍCITO-2012) Pressão de pulso é a:
disfunção ou falha cardíaca e pulmonar.
A)pressão arterial sistólica, medida pela palpação.
B) Avaliação dos estados de choque e adequar o tratamento
B) diferença entre a pressão sistólica e a diastólica.
de forma eficaz.
C)pressão sistólica e a diastólica, medida sentindo o pulso
C) Controle dos efeitos do tratamento do paciente na
com os dedos.
administração de soluções e medicações, e controles
D)adição da pressão sistólica à diastólica.
analíticos.
E) média aritmética da pressão sistólica e a diastólica.
D) Controle rigoroso da pressão intra-abdominal.
12. (MARINHA – 2008) O débito cardíaco é definido pela
07.(GSA-2016) Em relação ao Edema Agudo de Pulmão,
equação:
leia as frases abaixo e a seguir assinale a alternativa que
A)Volume sistólico X frequência cardíaca.
corresponde a resposta correta.
B) Volume sistólico X Pressão sistólica.
I- É uma das causas mais frequentes de insuficiência
C)Volume diastólico X frequência cardíaca.
respiratória atendidas em unidade de urgência/emergência.
D) Volume sistólico X pressão diastólica.
II- Os sinais e sintomas característicos são: dispnéia
E) Volume diastólico X pressão arterial média.
acentuada, ortopnéia, tosse e hemoptóicos. Por motivos de
13.(CETRO-2013) O ritmo respiratório caracterizado por
hipóxia e desconforto geral, o paciente se apresenta com
frequência e profundidade da respiração aumentada,
agitação psicomotora, alteração do nível de consciência,
causada pela cetoacidose diabética, é denominado:
desespero e sensação de morte iminente.
A)Biot.
III- Um dos possíveis diagnósticos de enfermagem é a troca
B) hipoventilação.
de gases prejudicada.
C) Kussmaul.
A) Apenas as frases I e III estão corretas.
D) Cheyne-Stokes.
B) Todas as frases estão incorretas.
E) Taquipneia.
C) Apenas a frase II está correta
14. (IBFC-2016) É muito importante na Unidade de
D) As frases I, II e III estão corretas.
Terapia intensiva (UTI) que o enfermeiro saiba
08.(GSA-2016) A interpretação das arritmias cardíacas
interpretar um exame de gasometria arterial, pois
pelos enfermeiros é fundamental para conduzir a equipe
geralmente os pacientes estão em ventilação
de enfermagem nas intervenções. Foi realizado um
mecânica. Assinale a alternativa correta.
eletrocardiograma do paciente, MMS, 50 anos, conforme
A) Os valores normais para o PH são de 7,35 a 7,45 no
figura abaixo. O ritmo apresentado corresponde a:
sangue arterial.
B) Os valores normais para o PCO2 são de 41 a 51 mmHg
no sangue arterial.

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C) Os valores normais para o PO2 são de 30 a 40 mmHg D) parenquimatoso, liquórica e vascular.


no sangue arterial. 20. (MARINHA- 2009) Segundo Brunner e Suddarth, os
D) Os valores normais de saturação de oxigênio são de 60 propósitos da monitorização da PIC (Pressão Intra
a 85% no sangue arterial. Craniana) consistem em monitorar precocemente o
15. (IBFC- 2016) Para o paciente admitido na Unidade aumento da pressão, quantificar e iniciar o tratamento
de Urgência foi colhido sangue para gasometria apropriado, além de fornecer líquor para amostragem e
arterial. Os resultados do exame evidenciaram alto pH, drenagem. É correto afirmar que contribuem para a
baixo PaCO2 e HCO3 dentro dos valores normais. elevação da PIC:
Esses parâmetros indicam: A) cabeceira elevada 30° e diminuição dos estímulos
A) Acidose mista. ambientais.
B) Acidose metabólica. B) hiperoxigenação e rotação extrema do pescoço.
C) Acidose respiratória. C) vias aéreas livres e flexão extrema do quadril.
D) AIcalose metabólica. D) corticosteróides e diuréticos osmóticos.
E) AIcalose respiratória. E) febre e aspiração de via aérea.
16. (CESGRANRIO – 2016) Na assistência ao paciente 21. (MARINHA- 2007) Segundo BRUNNER & SUDDAR-
crítico com trauma cranioencefálico, um dos rH, a. pressão intracraniana aumentada (PIC) pode
procedimentos do enfermeiro é monitorar o suporte reduzir, significativamente, o fluxo sanguíneo cerebral,
hemodinâmico. Para isso, ele deve conhecer e resultando em isquemia. Assinale a opção que
comunicar os sinais da Tríade de Cushnig, que são: apresenta uma alteração tardia de PIC aumentada.
A) hipotensão, taquicardia e cianose de extremidades A) Padrão respiratório mantido.
B) sudorese intensa, edema palpebral e hipotermia B) Presença de vomito em -jato.
C) hematúria, rigidez de nuca e bradicardia C) Pressão arterial diminuída.
D) bradicardia, hipertensão e alteração no padrão D) Temperatura diminuída.
respiratório E) Nível de consciência preservado.
E) redução do débito urinário, taquicardia, diarreia 22. (IDECAN – 2014) A cateterização arterial, modo
17. (FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE- 2010) Paciente de 55 mais preciso de monitorização da pressão arterial, é
anos com Infarto Agudo do Miocárdio está na Unidade conhecida como pressão arterial invasiva (PAI), que
Coronariana em Choque Cardiogênico. Apesar de consiste na introdução de um cateter em uma artéria
suporte farmacológico com dobutamina, dopamina e por punção percutânea direta ou através de dissecção.
epinefrina, a perfusão é inadequada, apresentando Qual teste deve ser realizado antes da cateterização da
extremidades frias, cianose periférica, anúria e artéria radial?
sonolência. Foi coletada uma gasometria arterial em A) NAT
que o resultado mostrou: pH= 7,10; PaCO2= 35mmHg; B) Calórico
HCO3= 12mEq/L e Be= -15. Esse quadro é C) De Allen
característico de uma: D) De Romberg
A) Acidose metabólica. E) Olhos de boneca
B) Acidose respiratória. 23. (IDECAN -2014) Bolsa pressórica, transdutor de
C) Alcalose metabólica. pressão e monitor cardíaco, são componentes de qual
D) Alcalose respiratória. procedimento de monitorização hemodinâmica?
E) Acidose metabólica e respiratória. A) ECG
18. (FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE- 2010) Os valores da B) PVC
gasometria arterial fornecem as informações sobre o C) Capnografia
equilíbrio ácido-básico e a oxigenação do sangue. Os D) Paracentese
valores normais de pH, PaCO2, PaO2, HCO3 e SpO2 E) Punção liquórica
são: 24. (VUNESP- 2011) São atribuições do enfermeiro, no
A) 8,55 a 9,45; 45 a 55mmHg; 80 a 100mmHg; 22 a procedimento de intubação,
26mEq/L e 85% a 100%. I - testar o cuff da cânula;
B) 7,35 a 7,45; 35 a 45mmHg; 80 a 100mmHg; 22 a II - aspirar as vias aéreas, se necessário;
26mEq/L e 95% a 100%. III. realizar a intubação orotraqueal;
C) 7,35 a 7,45; 35 a 45mmHg; 70 a 90mmHg; 22 a IV - observar se ocorre expansão pulmonar bilateral;
26mEq/L e 80% a 90%. V - insuflar o cuff com ar.
D) 8,00 a 9,45; 30 a 42mmHg; 85 a 100mmHg; 20 a Está correto o contido em
24mEq/L e 95% a 100% A) II, apenas.
E) 7,35 a 8,45; 40 a 60mmHg; 90 a 100mmHg; 24 a B) I e V, apenas.
30mEq/L e 75% a 100%. C) II, III e IV, apenas.
19. (UFF-COSEAC- 2014) A PIC é a pressão resultante D) I, II, IV e V, apenas.
da presença de 3 (três) componentes dentro da E) I, II, III, IV e V.
caixa craniana. Esses componentes são: 25. (FUNCAB-2011) Grande parte dos pacientes
A) vascular, liquórica e linfática. sépticos evolui com disfunção respiratória,
B) parenquimatoso, vascular e linfática. necessitando de algum grau de suporte ventilatório. Há
C) parenquimatoso, arterial e liquórica. décadas, em diversas unidades de terapia intensiva,
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vem sendo utilizada uma estratégia de posicionamento 30.(CAIPIMES-2013) A nitroglicerina é utilizada nos
do paciente que parece adequada ao recrutamento de casos de angina pectoris, pois é um vasodilatador
unidades alveolares, melhorando a relação de PaO coronariano com ação farmacológica de relaxamento da
/FiO.Trata-se da utilização de posição: musculatura vascular lisa, consequentemente sua
A) peitoral. principal função:
B) sims. A) diminui a dor.
C) litotômica. B) diminui a ansiedade.
D) trendelemburg. C) mantém o consumo de oxigênio pelo miocárdio.
E) prona. D) diminui o consumo de oxigênio pelo miocárdio.
26.(CONSULPLAN-2013) Analise os tipos de 31. Assinale a alternativa com o medicamento inicial de
monitorização de pressões a seguir. escolha em uma situação em que o paciente apresenta
I - Pressão arterial sistólica. assistolia.
II - Pressão arterial diastólica. A) Epinefrina 3mg.
III. Pressão da artéria pulmonar. B) Atropina 1mg.
IV - Pressão capilar pulmonar. C) Epinefrina 1mg.
Pressão venosa central. A pressão de pulso é determinada D) Atropina 3mg.
pela diferença entre as medidas das pressões citadas 32. A ventilação mecânica (VM) é um método usual em
apenas nas alternativas unidade de terapia intensiva (UTI), sendo utilizada em
A) I e II. pacientes com insuficiência respiratória. Assinale uma
B) II e V. possível complicação.
C) III e IV. A) Gripe.
D) II e IV. B) Barotrauma.
E) I e V. C) DPOC.
27. (FUNRIO-2008) No ECG (eletrocardiograma), o D) Câncer.
complexo QRS representa a 33.(UEPB-2014) A monitorização da Pressão Venosa
A) despolarização ventricular. Central refere-se à:
B) repolarização ventricular A) pré-carga do ventrículo direito
C) despolarização atrial. B) pré-carga do Ventrículo esquerdo e pós-carga do
D) repolarização atrial. ventrículo direito
E) tempo da repolarização C) pós-carga do ventrículo direito
28. (FGV – 2015) Paciente masculino, 23 anos, D) pós-carga do ventrículo esquerdo
internado na unidade de terapia intensiva com E) pré-carga do átrio direito
histórico de acidente automobilístico com 34.(UEPB-2014) Para favorecer a monitorização da PIC,
traumatismo crânio-encefálico, apresenta abertura são considerados como padrão ouro:
ocular espontânea, pronuncia palavras desconexas e A) cateteres durais
apresenta reflexo de retirada a estímulos dolorosos. B) cateteres subaracnóideos
De acordo com os parâmetros da escala de coma de C) cateteres parenquimatosos
Glasgow, esse paciente está em: D) cateteres epidurais
A)estado normal; E) cateteres intraventriculares
B)coma intermediário; 35.(ACP-2015) A Hemorragia Digestiva Alta (HDA) é um
C)coma superficial; sangramento do trato gastrointestinal com origem
D)coma profundo; proximal ao ângulo de Treitz. Qual das alternativas a
E)estado vegetativo. seguir é utilizada para controlar e para cessar a
29. (FCC-2012 /ADAPTADA) Segundo as diretrizes hemorragia digestiva, por rompimento de varizes
da American Heart Association (AHA), conforme a esofagianas:
etiologia da parada cardiorrespiratória, na terapia A) Sonda de Sengstaken-Blakemore.
medicamentosa para uso endovenoso, no B) Sonda de Folley.
atendimento de indivíduo adulto, é possível utilizar C) Sonda de Levine.
A)1 mg de atropina a cada 3 minutos; 15 mg de dobutamina D) Sonda Nasoenteral.
em bolus; 3 mg adrenalina. 36. As drogas vasoativas são utilizadas em terapia
B)2 mg de adrenalina a cada 1 minuto; 2 mg de atropina em intensiva com grande frequência. Pode-se afirmar que a
bolus; 40 mg de adenosina. dobutamina e a noradrenalina são indicadas,
C)1 mg de adrenalina a cada 3 a 5 minutos; 300 mg de respectivamente, nos casos de:
amiodarona em bolus (1ª dose). A) crise hipertensiva e dissecção de aorta.
D)5 mg de adrenalina; 10 mg de vasopressina (1ª dose); 1 B) insuficiência cardíaca aguda e hipertensão.
mg de atropina a cada 2 minutos. C) insuficiência do enchimento vascular e hipotensão.
E)2 mg de atropina; 20 mg de amiodarona (1ª dose); 100 mg D) trombocitopenia e insuficiência cardíaca congestiva.
de bicarbonato de sódio em bolus. 37. As secreções traqueais devem ser aspiradas
somente quando necessário, pois a aspiração expõe o
paciente a riscos como lesão da mucosa traqueal,

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infecção e hipóxia. O enfermeiro, ao aspirar o paciente, 2 - Bicarbonato de Sódio


deve observar antes e após a aspiração: 3 - Amiodarona
A) ritmo cardíaco e pressão intracraniana, quando 4 - Epinefrina
( ) Agente estimulante adrenérgico, vasoconstritor que
monitorada.
aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial.
B) dor abdominal e vômito. ( ) Relaxa o músculo liso, aumentando o débito coronário
C) cefaleia e pressão intracraniana. por vasodilatação. Utilizado nas taquicardias ventriculares
D) hipertermia e saturação de oxigênio. ou nas fibrilações ventriculares sem pulso.
38. Sobre a monitorização da Pressão Venosa Central ( ) Utilizado como antiarrítmico nas taquicardias
(PVC), é correto afirmar: ventriculares ou nas fibrilações ventriculares resistentes à
A) A Pressão Venosa Central (PVC) se refere à pressão do desfibrilação.
( ) Correção da acidose metabólica, elevação do pH
sangue na AD ou veia pulmonar.
sanguíneo, corrigindo a hipercalemia.
B) A Pressão Venosa Central (PVC) fornece informações A sequência CORRETA é:
sobre dois parâmetros: volume de oxigênio e tônus A) 3, 4, 1 e 2
pulmonar. B) 4, 2, 3 e 1
C) Quando o paciente está em uso do respirador, observar- C) 4, 3, 1 e 2
se-á uma leitura falsamente elevada. D) 3, 1, 4 e 3
D) Para obter a medida exata, deve-se certificar de que o 43.(IADES-2013) O manejo correto no atendimento de
emergência a pacientes com síndromes coronarianas
paciente estará sempre em posição de semi-Fowler, com
agudas inclui o uso de oxigênio, aspirina, morfina e:
ponto zero do manômetro ao nível do primeiro espaço A) atropina.
intercostal. B) nitroglicerina.
E) Para registro da PVC, é introduzido um cateter C) lidocaína.
intravenoso curto em uma veia da região torácica. D) epinefrina.
39. Mulher, 75 anos, encontra-se no terceiro dia de pós- 44. (FUNDEB-2014) Em relação à administração de
operatório de substituição das valvas mitral e aórtica medicamentos via endotraqueal em pediatria, é
por próteses biológicas. Apresenta o seguinte resultado CORRETO afirmar:
laboratorial: K = 6,3 mEq/l; Na = 122 mEq/l. Os A) que, devido à alta absorção, é recomendado o uso de 5
resultados indicam, respectivamente, vezes menos a dose usual do medicamento
A) hipopotassemia e normonatremia. B) que é limitada para administração de drogas
B) hiperpotassemia e hiponatremia. lipossolúveis: Atropina, Naloxone, Epinefrina e Lidocaína
C) hiperpotassemia e normonatremia. C) que a medicação deve ser diluída em solução de glicose
D) normopotassemia e hipernatremia. e instilada profundamente por meio de uma sonda
E) hipopotassemia e hiponatremia. nasogástrica inserida no tubo endotraqueal
40. (CESPE-2016) Um paciente adulto com histórico de D) que é a via de administração de medicamentos mais
uso excessivo e crônico de álcool foi internado em uma recomendada durante paradas cardiorrespiratórias em
unidade de tratamento intensivo, apresentando-se crianças
desnutrido e com nutrição parenteral havia três dias. 45. (URCA-2014) Uma das drogas mais utilizadas
Foram observados alterações de humor, que variaram na Emergência é a Fentanil, sua indicação consiste:
da apatia até a agitação; fraqueza muscular; tremores e A) Sedação e analgesia cirúrgica
no exame físico observou-se movimentos atetoides. No B) Reduz impulsos do nó sinoatrial e prolonga os intervalos
exame físico, observou-se sinais de Trousseau e PQRS
Chvostek positivos. Foram também detectadas C) Repor fluidos e eletrólitos
alterações eletrocardiográficas com onda T invertida e D) Tem ação antitrombótica
segmento ST deprimido. Após coleta de sangue para 46. (FUMARC 2014) A intoxicação por medicamentos
exames, foi detectado um distúrbio eletrolítico. Em face tem sido um problema geral de saúde. De acordo com a
dessa situação, é correto afirmar que o distúrbio farmacologia, dos principais agentes envolvidos nas
eletrolítico mais provável envolvido foi intoxicações medicamentosas encontram-se os
A) déficit de sódio (hiponatremia). benzodiazepínicos e opiáceos. O agente e seu correto
antagonista estão indicados em:
B) excesso de sódio (hipernatremia).
A) Opioide – flumazenil.
C) excesso de cloro (hipercloremia). B) Benzodiazepínico – naloxone.
D) excesso de magnésio (hipermagnesemia). C) Benzodiazepínico – flumazenil.
E) déficit de magnésio (hipomagnesemia). D) Opioide – bloqueador de canal de Ca.
41. (VUNESP-2016) Considerado fármaco preferido para 47. (FCC 2012) A administração da fenitoína por via
o tratamento em estados de choque com baixa endovenosa no adulto requer alguns cuidados, sendo
resistência periférica; que contribui para o aumento de um deles
débito cardíaco e aumento da contratilidade cardíaca e, A) ministrar o medicamento diluído em 200 mL de soro
em baixas doses, dilata os vasos sanguíneos renais e é fisiológico, na forma de bolus
inativada em solução alcalina. Essa droga vasoativa é: B) evitar administrá-lo com soro glicosado, para evitar a
A) cloridrato de epinefrina. precipitação da droga.
B) cloridrato de dopamina. C) envolver frasco e equipo do soro com invólucro escuro
C) nitroglicerina. para prevenir a inativação da droga.
D) nitroprussiato de sódio. D) testar, diariamente, acuidade auditiva e visual devido a
E) sulfato de atropina. alta toxidade otológica e oftalmológica da droga.
42. (IMPARH-2014) Relacione os tratamentos E) administrar, concomitantemente, ácido fólico para
medicamentosos usados em uma parada prevenir síndrome convulsiva
cardiorrespiratória com os efeitos esperados:
1 - Lidocaína
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48. (AOCP 2015 EBSERH) Quais são os cuidados que o


profissional de enfermagem deve ter ao administrar a
droga nitroprussiato de sódio?
A) Administrar em soro fisiológico 0,9%, em 50 ml, em 1
hora.
B) Controlar rigorosamente o gotejamento em bomba de
infusão.
C) Administrar intravenosa em bôlus.
D) Administrar intramuscular em região no músculo deltoide.
E) Administrar intramuscular na região do glúteo.
49. (UEPI/2014) As drogas vasoativas são medicamentos
vasopressores e vasodilatadores comumente usados no
aumento do débito cardíaco ou pressão sanguínea,
hipotensão e choque por diversa causas em UTI. Sobre
o enunciado é correto afirmar:
A) O nitroprussiato de sódio é uma droga vasoconstrictora
utilizada nas emergências hipertensivas.
B) A noradrenalina e dopamina são drogas
vasoconstrictoras indicadas no tratamento dos estados
hipotensivos ou de choque.
C) O nitroprussiato de sódio é uma droga vasoconstrictora
utilizada na hipotensão arterial.
D) A noradrenalina e dopamina são drogas vasodilatadoras
indicadas no choque.
E) A noradrenalina é uma droga vasodilatadora indicada no
choque
50. (CILISPA 2015) Primeiro medicamento usado na
bradicardia sinusal sintomática, podendo ser usado
também para tratamento do envenenamento por
organofosfato:
A) Epinefrina.
B) Dopamina.
C) Amiodarona.
D) Atropina.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
B D B C B D D C B C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
B A C A E D A B D E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
B C B D E A A C C D
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
C B A E A C A C B E
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
B C B B A C B B B D

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CUIDADO DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE FERIDAS


“O conhecimento é a única coisa que ninguém pode tirar de você!”
Para os profissionais realizarem uma assistência adequada impedindo a penetração de microrganismos. As fibras
aos doentes com úlceras, deve-se conhecer as camadas da nervosas sensitivas são responsáveis pela sensação de
pele e o processo de cicatrização, conforme descrição que calor, frio, dor, pressão, vibração e tato, essenciais para a
segue. sobrevivência. A secreção sebácea atua como lubrificante,
A pele é o maior órgão que reveste e delimita nosso corpo, emulsificante, e forma o manto lipídico da superfície
representa 15% do peso corporal e é composta de três cutânea, com atividade antibacteriana e antifúngica. Sob a
camadas: epiderme, derme, hipoderme ou tecido ação da luz solar, a pele sintetiza a vitamina D, que tem
subcutâneo. efeitos sobre o metabolismo do cálcio nos ossos.

A pele é o maior órgão do corpo humano, é composta por Termorregulação : regula a temperatura corporal mediante
três camadas de tecidos que regulam a temperatura, vasoconstricção e vasodilatação e sudorese.
revestem o corpo, recebem as sensações nervosas dentre • Proteção :contra bactéria microorganismo, infecção e
outras importantes funções. perda excessiva de líquidos.
• Imunobiógica: atuação dos linfócitos e macrófagos como
defesa
• Sensibilidade: Percepção capta estimulo doloroso térmico
tátil.
• Metabolismo:síntese da vitamina D por exemplo. Ativa o
metabolismo de cálcio, fosfato e minerais , que desempenha
papel importante na formação óssea;

CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS


Classificação quanto às causas:
A pele é o maior órgão do corpo e representa 15% do peso
1)Feridas cirúrgicas: são causadas intencionalmente.
corporal;
•Incisa: nessa situação não há perda de tecido e as bordas
• Composta de três camadas: epiderme, derme e hipoderme
são geralmente fechadas por sutura;
ou tecido subcutâneo.
•Por excisão: onde se faz remoção de uma área de pele: Ex:
área doadora de enxerto.
•Procedimentos Cirúrgicos e terapêutico-diagnósticos: Ex:
cateterismo cardíaco, punção de subclávia, biópsia, etc.)
2) Feridas traumáticas: são aquelas ocasionadas
acidentalmente, provocados por agentes externos.
•Mecânico (contenção, perfuração, corte);
•Químico (por iodo, cosméticos, ácido sulfúrico, etc.);
•Físico: frio, calor, radiação.
3) Feridas Ulcerativas
A epiderme é a camada externa, sem vascularização,
São lesões perfuradas, localizada na pele, gerada pela
formada por várias camadas de células. Tem como função
morte e expulsão do tecido, que teve como consequência
principal a proteção do organismo e a constante
traumatismo ou doenças que tem relação com o
regeneração da pele. Impede a penetração de
impedimento do suprimento sanguíneo. A úlcera de pele
microorganismos ou substâncias químicas destrutivas,
corresponde uma categoria de ferimento que engloba
absorve radiação ultravioleta do sol e previne as perdas de
úlceras de decúbito, do mesmo modo que a estase venosa,
fluídos e eletrólitos.
arteriais e úlceras diabéticas.
A derme é a camada intermediária, constituída por denso
tecido fibroso, fibras de colágeno, reticulares e elásticas.
Classificação quanto ao conteúdo microbiano:
Nela se situam os vasos, os nervos e os anexos cutâneos
• Limpa: condições assépticas sem microorganismo;
(glândulas sebáceas, sudoríparas e folículos pilosos).
A hipoderme é a camada mais profunda da pele, também • Limpas – contaminadas: A lesão inferior a 6 horas, ou seja,
chamada de tecido celular subcutâneo. Tem como função entre o traumatismo e o atendimento do paciente, sem
principal o depósito nutritivo de reserva, funcionando como propagação significativa;
isolante térmico e proteção mecânica, quanto às pressões e • Contaminadas: lesão com tempo maior que 6 horas, entre
traumatismos externos, facilitando a mobilidade da pele em o trauma e atendimento, sem sinal de infecção;
relação às estruturas subjacentes. • Infectadas: existência de agente infeccioso no lugar da
lesão com presença de intensa reação inflamatória e dano
FUNÇÕES DA PELE dos tecidos e com a possibilidade de secreção purulenta;
A pele tem como funções: controlar a temperatura do corpo
e estabelecer uma barreira entre o corpo e o meio ambiente,
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Classificação quanto ao Tipo de Cicatrização: - Migração de células inflamatórias: marginação leucocitária


( neutrófilos – destruição bacteriana; macrófagos – destroem
• Feridas de cicatrização de primeira intenção: Não existe bactérias e limpam os restos celulares).
destruição de tecidos, as bordas da pele ficam sobrepostas.
Esse é o propósito das feridas que são fechadas Fase de Revascularização (Granulação ou Proliferação)
cirurgicamente com condições de assepsia e sutura das Nesse processo são produzidas novas células e também há
bordas. uma formação do tecido de granulação que é um tipo de
• Feridas de cicatrização por segunda intenção: Nessa tecido provisório que preenche a ferida, também há nessa
situação já houve perda de tecidos e as bordas da derme fase os fibroblastos que ingressam na ferida em grandes
ficam comprometidas. A cicatrização é mais lenta do que quantidades, iniciando a síntese do colágeno, os capilares
primeira intenção. movem-se para o centro da ferida. E quando estas
• Feridas de cicatrização por terceira intenção: Corrige-se transformações ocorrem, reduz-se a quantidade de
por meio de cirurgia depois da formação de tecido de exsudato. A forma como se apresenta é agora de tecido
granulação, com objetivo de melhores efeitos funcionais e vermelho com um bom fluxo sanguíneo.
estéticos. - Granulação: é a formação de um tecido novo, composto de
novos capilares (angiogênese);
Classificação quanto ao Grau de Abertura:
Ferida aberta: Tem as bordas da pele afastadas, mantendo- Fase de Reparação: Epitelização
a aberta. Essa é a fase em que as células epiteliais são cobertas, ou
Ferida fechada: Tem as bordas justapostas, niveladas ou seja, as bordas da ferida se movimentam para o centro e a
não. ferida fica progressivamente coberta de tecido epitelial,
Classificação quanto ao Tempo de Duração: existem diferenças entre os tecidos e torna-se cada vez
• Feridas agudas: São as feridas que tem pouco tempo de mais evidente. Conforme a ferida se reduz o tecido se
existência, ou seja, aparece recentemente. constitui, o processo de cicatrização ficará finalizado.
• Feridas crônicas: O tempo de cicatrização maior, por - Produção de colágeno: formação da força de tração e
causa de sua etiologia. estrutura.
Ex: os pontos de sutura do epitélio da ferida cirúrgica podem - Epitelização: fechamento das superfícies da ferida através
ser retirados com 7 a 10 dias após o procedimento cirúrgico, da multiplicação das células epiteliais da borda, redução da
espera-se que nesse período tenha ocorrido a cicatrização capilarização e do aumento do colágeno.
da lesão, a qual aguarda somente a fase de maturação. - Contração: redução do tamanho da ferida (ação dos
fibroblastos).
CONCEITO DE CICATRIZAÇÃO
É conjunto de procedimentos com dependência mútua e Fase de maturação e remodelagem
complexa cujo objetivo é restituir os tecidos lesados. No Nessa fase as feridas fechadas levam pelo menos um ano e
processo de cicatrização da ferida o ambiente úmido otimiza feridas abertas demoram mais, a vascularização diminui, o
a restauração da ferida, ou seja, a síntese do colágeno e a colágeno se regenera e as células epiteliais são cobertas, ou
formação do tecido de granulação são restaurados com seja, as bordas da ferida se movimentam para o centro e a
maior rapidez a recomposição do tecido epitelial e também ferida fica progressivamente coberta de tecido epitelial
não há formação de crostas e escaras. quando a cicatrização se restaura. A cicatriz se configura em
O processo de cicatrização em feridas expostas ocorre em 6 um formato de uma linha fina e branca, no local aumenta a
a 7 dias, ao passo que em feridas úmidas ela é mais rápida força de distensão.
no período de 04 dias, pois a migração das células ocorre - Processo lento que inicia com a formação de tecido de
em ambiente com meio úmido e as células epidérmicas granulação e da reorganização das fibras de colágeno
secretam colagenase para atingir umidade necessária. proliferado, estendendose por meses. É responsável pelo
aumento da força de tração e maturação da cicatriz.
FASES/PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO
Fase Inflamatória Dentre os diversos fatores que dificultam a cicatrização,
Seu início é imediato e a duração é 3 a 5 dias. Esse destacam-se alguns, como: quanto maior for o tempo de
processo aparece no corpo humano como defesa à lesão do evolução da lesão, bem como sua extensão e profundidade,
tecido que engloba reações vasculares, neurológicas e maior será o tempo necessário à cicatrização.
celulares as quais eliminam ou impedem o agente lesivo e
também repõem as células mortas ou danificadas, por FATORES LOCAIS
células sadias. Pressão – A pressão contínua sobre a área lesada por
– edema, eritema, calor e dor proeminências ósseas, calosidades e/ou imobilização
- Vasoconstrição : parada do sangramento (hemostasia); contínua, conduz à interrupção do suprimento sangüíneo,
- Cascata de coagulação: presença de plaquetas, coágulos impedindo que o fluxo de sangue chegue aos tecidos.
de fibrina; Ambiente – cicatrização é três a cinco vezes mais rápida e
- Vasodilatação: aumenta o fluxo sanguíneo, a com menos dor em ambiente úmido.
permeabilidade dos vasos;

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Traumatismos e edema – feridas cicatrizam lentamente Tabagismo – reduz a hemoglobina funcional e causa
quando repetidamente traumatizadas ou privadas de disfunção pulmonar, predispondo a privação da oxigenação
irrigação sanguínea local por edema. nos tecidos. A nicotina produz vasoconstrição, que aumenta
Necrose – o tecido necrótico impede a cicatrização e deve o risco de necrose e lesões periféricas.
ser removido para permitir a cicatrização. Alcoolismo – consome vitaminas do complexo B, para o
Agentes tópicos inadequados - pode retardar a seu metabolismo. pode ocasionar lesão no cérebro, coração,
epitelização e a granulação (como os corticóides) e provoca fígado e pâncreas, e interfere na adesão ao tratamento.
a citólise (destruição celular). Como exemplo, os Uso de medicamento – o uso de medicamentos sistêmicos,
degermantes e antissépticos tópicos (derivados do como os antiinflamatórios, retarda a resposta inflamatória da
permanganato, do iodo, sabões etc). Os antibióticos locais primeira fase do processo de cicatrização. Os
(neomicina, bacitracina, gentamicina etc) podem imunossupressores, os quimioterápicos e a radioterapia são
desenvolver a resistência bacteriana e ainda, têm a fatores que podem eliminar as respostas imunes e reduzir a
capacidade de induzir a reações de hipersensibilidade que cicatrização. A quimioterapia interfere na síntese de
retardam o processo de cicatrização. Ressalta-se que o fibroblastos e na produção de colágeno, e doses elevadas
tecido de granulação é constituído de capilares que são de radioterapia podem levar ao aumento do risco de necrose
frágeis e sensíveis a pequenos traumas, sendo mais lábeis tecidual.
que o epitélio normal. Estresse, ansiedade e a depressão –têm sido identificados
Incontinência – a incontinência urinária e fecal pode alterar como fatores de risco para o agravamento e/ou
a integridade cutânea. retardamento da cicatrização, pois provocam alterações
hormonais, inibem o sistema imunológico, diminuem a
FATORES SISTÊMICOS resposta inflamatória e reduzem o processo fisiológico da
Idade – é fator importante na cicatrização. Nas crianças, a cicatrização.
cicatrização ocorre rapidamente, porém são propensas a
cicatrizes hipertróficas. Entre os jovens a cicatrização pode CURATIVO: Curativo é um meio terapêutico que consiste na
ser retardada por processos sistêmicos acrescidos ao limpeza e aplicação de uma cobertura estéril em uma ferida,
processo psicossocial e às atividades da vida diária. Com o quando necessário, com o objetivo de proteger o tecido
avanço da idade, a resposta inflamatória diminui, reduzindo recém-formado da invasão microbiana, aliviar a dor, oferecer
o metabolismo do colágeno, a angiogênese e a epitelização, conforto para o paciente, manter o ambiente úmido,
especialmente se, associada às condições que promover a rápida cicatrização e prevenir a contaminação
frequentemente acompanham a senilidade como má ou infecção.
nutrição, insuficiência vascular e doenças sistêmicas. Princípios para o curativo ideal
Infecção – Na infecção, a presença de corpos estranhos e 1 Manter elevada umidade entre a ferida e o curativo;
tecidos desvitalizados ou necróticos prolongam a fase 2 Remover o excesso de exsudação;
inflamatória do processo de cicatrização, provocam a 3 Permitir a troca gasosa;
destruição do tecido, inibem a angiogênese, retardam a 4 Fornecer isolamento térmico;
síntese de colágeno e impedem a epitelização. Esses 5 Ser impermeável a bactérias;
devem ser removidos por processo mecânico ou autolítico, 6 Ser asséptico;
para ocorrer a fase reparadora. 7 Permitir a remoção sem traumas e dor.
Edema – caracteriza-se pelo acúmulo de líquidos no Qualidade preconizada para um produto tópico eficaz
organismo (sangue, linfa e outros), devido a traumas, para o tratamento de feridas
infecções, iatrogenias, doenças infecciosas e inflamatórias. 1 Facilidade na remoção;
Ele interfere na oxigenação e na nutrição dos tecidos em 2 Conforto;
formação, impede a síntese do colágeno, diminuindo a 3 Não exigir trocas frequentes;
proliferação celular e reduzindo a resistência dos tecidos à 4 Manter o leito da ferida com umidade ideal e as áreas
infecção. periféricas secas e protegidas;
Doenças Crônicas – diabetes, cardiopatias, doença 5 Facilidade de aplicação;
vascular periférica. 6 Adaptabilidade (conformação às diversas partes do corpo).
Condições Nutricionais – aporte nutricional adequado de
proteínas e de calorias, além de vitaminas, como a vitamina Limpeza da Ferida
C e o zinco. Esse aporte poderá estar comprometido nos 1 Utilizar Soro Fisiológico (SF) 0,9% morno em jato, frasco
casos de desnutrição, má absorção gastro intestinal e dietas de 500 ml com ponteiras para irrigação.
inadequadas. A obesidade dificulta a mobilização e a 2 Deve ser exaustiva até a retirada dos debris, crostas e do
deambulação, levando ao sedentarismo, o que pode exsudato presente no leito da ferida
provocar transtornos como a hipertensão venosa, que
dificulta a cicatrização de lesões. Por outro lado, é Tipos de Curativos:
conhecido que a obesidade atua como doença A escolha do curativo depende do tipo de ferida, estágio de
imunossupressora o que pode causar inibição da reação cicatrização e processo de cicatrização de cada paciente.
inflamatória e conseqüentemente, alteração da cicatrização. Os apectos da ferida com relação à presenção de
A anemia tem sido referida como fator de interferência na inflamação, infecção, umidade e condições das bordas da
reparação da lesão. ferida devem ser avaliados.

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Curativo semi-oclusivo: é uma espécie de curativo Curativo compressivo: usado para diminuir o fluxo
absorvente, ou seja, normalmente utilizado em feridas sangüíneo, favorecendo a estase e também ajuda na
cirúrgicas, drenos, feridas exsudativas, absorvendo o aproximação das extremidades da lesão.
exsudato e isolando-o da pele adjacente saudável. Curativos abertos: usados em ferimentos que não há
Curativo oclusivo: não libera a entrada de ar ou fluídos, urgência de serem ocluídos. Exemplo: cortes pequenos,
exerce uma barreira mecânica que inibe a perda de fluídos, suturas, escoriações, etc.
favorece o isolamento térmico e formação de crosta.

Quadro – Tipos de cobertura, ação e indicação de curativos.


Tipo de Cobertura Ação Indicação
Papaína Estimula a proliferação celular, desbridamento químico, 2% - em granulação acima de 2% -
bacteriostático, bactericida, antiinflamatório, aumenta a força desbridamento em tecidos necróticos.
tênsil da cicatriz e diminui a formação de queloide.
AGE - Ácidos Graxos Promove quimiotaxia e angiogênese, mantém o meio úmido e Em granulação, bordas e periferida.
Essenciais acelera a granulação.
Gaze não aderente Mantém o meio úmido e acelera a cicatrização reduzem a Em granulação e hipergranulação,
aderência ao leito da ferida, permitem o extravasamento do bordos e periferida.
exsudato e minimizam o trauma tecidual durante a remoção.
Alginato de cálcio Hemostasia mantém o meio úmido, absorve o exsudato e Feridas cavitárias, exsudativas, tecido
preenche cavidades. vinhoso e áreas de exposição óssea.
Alginato com prata Mantém o meio úmido e facilita a cicatrização, é bactericida e Feridas com exsudação abundante
apresenta alta capacidade de absorção, hemostático. com ou sem infecção, feridas
cavitárias feridas sanguinolentas,
(queimaduras de 2° grau, úlcera
(lesão) por pressão e vasculares).
Carvão ativado e Mantém o meio úmido, absorve o exsudato e é bactericida. Feridas infectadas, fétidas e
prata altamente exsudativas. Não utilizar
em áreas de exposição óssea.
Hidrocolóide Mantém o meio úmido e aquecido, estimula neoangiogênese e Feridas limpas, pouco exsudativas e
autólise, são impermeáveis a microrganismos prevenção de úlcera (lesão) por
pressão. Não utilizar como curativo
secundário.
Hidropolímeros com Mantém o meio úmido, absorve o exsudato e bactericida Feridas infectadas, fétidas e
prata altamente exsudativas.
Hidropolímeros sem Mantêm o meio úmido ideal para cicatrização, promovem Feridas exsudativas, limpas, em fase
prata desbridamento autolítico, removem excesso de exsudato e de granulação; feridas superficiais;
diminuem odor da ferida. feridas cavitárias.
Hidrofibra com prata Mantém o meio úmido e facilita a cicatrização, é bactericida e Feridas com exsudação abundante
apresenta alta capacidade de absorção. com ou sem infecção, feridas
cavitárias feridas sanguinolentas,
(queimaduras de 2° grau, pressão e
vasculares..
Hidrogel Mantém o meio úmido e é autolítico. Desbridamento autolítico e hidratação
da ferida.
Filme transparente Permebilidade seletiva. Fixação de catéteres vasculares de
feridas secas
Sulfadiazina de prata Bactericida e bacteriostática. Queimaduras. Trocar o curativo a
a 1% cada 12 horas e fazer cobertura de 5
mm de creme.
Colagenase Desbridamento enzimático. Desbridamento em tecidos
necróticos. Degrada fatores de
crescimento importantes no processo
cicatricial e receptores de membrana
celular.
Espumas de Absorve exsudato, mantém o leito da ferida úmido acelerando a Tratamento de lesões de pele
poliuretano cicatrização, não aderente, facilidade de aplicação e remoção. superficiais que cicatrizam por
segunda intenção, lesões profundas,
em fase de granulação com níveis de
exsudato moderados ou elevados
Fonte: (BRASIL, 2017).
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Feridas com cicatrização por primeira intenção (bordos 2 Feridas cavitárias: utilizar alginato de cálcio, carvão
aproximados por sutura) (cuidado com as proeminências ósseas), hidropolímero e
1 Recomenda-se permanecer com curativo estéril por 24 h a hidrogel;
48 h, exceto se houver drenagem da ferida ou indicação 3 Feridas com hipergranulação: utilizar rayon com petrolato,
clínica; bastão com nitrato de prata e curativos de silicone;
2 O primeiro curativo cirúrgico deverá ser realizado pela 4 Feridas com fibrina viável (branca): utilizar coberturas que
equipe médica ou enfermeiro especializado. O enfermeiro mantenham o meio úmido, como hidropolímero, hidrogel,
poderá realizar o curativo a partir do segundo dia de pós- AGE, alginato de cálcio, carvão ativado e rayon com
operatório (PO) ou conforme conduta; petrolato. Remover apenas quando apresentar excessos;
3 Substituir o curativo antes das 24 h ou 48 h se molhar, 5 Feridas com tecido necrótico: utilizar hidrogel ou
soltar, sujar ou a critério médico; colagenase. Caso não ocorra melhora evolutiva, solicitar a
4 Remover o curativo anterior com luvas de procedimento; avaliação da cirurgia plástica;
5 Realizar o curativo com toque suave de SF 0,9% em 6 Feridas infectadas: sugerir avaliação da clínica médica e
incisão cirúrgica; CCIH quanto à necessidade de identificação do
6 Avaliar local da incisão, se não apresenta exsudato manter microrganismo para terapêutica adequada. Utilizar carvão
as incisões expostas até a remoção da sutura. Nestes casos ativado, hidropolímero com prata e alginato com prata;
recomenda-se higienizar as incisões com água e sabão 7 Feridas com tecido de epitelização e bordas: proteger o
comum durante o banho e secar o local com toalhas limpas frágil tecido neoformado com AGE ou rayon com petrolato.
e secas;
7 Registrar o procedimento e comunicar a equipe médica em Conduta para a Realização de Curativo em Paciente com
casos de sangramento excessivo, deiscências e sinais Fixador Externo
flogísticos. Limpar os locais de inserção dos pinos com Soro Fisiológico
0,9% removendo crostas e sujidades. Após, realizar toque
Feridas com cicatrização por segunda e terceira de álcool a 70%; primeiro na inserção dos pinos, depois na
intenção (bordos separados) área periferida e por último, no fixador. Posteriormente,
1 Feridas com tecido de granulação: utilizar coberturas que ocluir com gazes, acolchoado e atadura de crepom.
mantenham o meio úmido, como: hidropolímero, hidrogel,
AGE, alginato de cálcio e rayon com petrolato; Realização de curativos em feridas com drenos

Orientações Gerais para a Realização de Curativos Curativos de Sistemas de Drenos Abertos


• Consultar prontuário do paciente antes da realização do O curativo do dreno deve ser realizado separado da incisão
curativo para tomar ciência do caso clínico e conduta (se houver) e o primeiro a ser realizado será sempre o do
utilizada; local menos contaminado, devendo ser mantido limpo e
• Separar o material necessário; seco. Isto significa que o número de trocas está diretamente
• Utilizar os EPIs necessários em cada caso abaixo descrito: relacionado com a quantidade de drenagem.
 Feridas contaminadas ou infectadas: óculos de proteção e Se houver incisão limpa e fechada, o curativo deve ser
capote; mantido ocluído por 24 horas e, após este período, a área
 Em casos de precaução por contato, respiratório ou poderá permanecer exposta e lavada com água e sabão.
aerossol: utilizar os EPIs indicados para cada um deles, Sistemas de drenagem aberta (por exemplo, no tipo Penrose
tendo o cuidado de utilizar a máscara correta; ou tubular) devem ser mantidos ocluídos com bolsa estéril
• Preparar o ambiente; ou com gaze estéril por 72 horas. Após este período, a
• Utilizar biombos para manter a privacidade do paciente; manutenção da bolsa estéril fica a critério médico.
• Prover iluminação adequada; Alfinetes de segurança não são recomendados como meio
• Preparar o paciente e explicar o procedimento; de evitar mobilização dos drenos Penrose, por não serem
• Utilizar técnica asséptica em todos os curativos realizados considerados PPS, enferrujarem facilmente e propicirem
no ambiente hospitalar; colonização do local. A mobilização do dreno fica a critério
• Utilizar luvas de procedimento para a retirada do curativo médico. Os drenos de sistema aberto devem ser protegidos
anterior; durante o banho.
• Avaliar a classificação das feridas quanto:
 Diagnóstico etiológico: origem e o motivo da ferida. Materiais
 Causa: traumática, cirúrgica e patológica. Bandeja contendo pacote de curativos estéril (com 02
 Tipo de cicatrização: primeira, segunda ou terceira pinças), gases estéreis, esparadrapo (ou micropore) soro
intenção. Na primeira intenção: os bordos são aproximados fisiológico 0,9%, luva de procedimento e bolsa para
por pontos de sutura. Na segunda intenção: os bordos estão colostomia estéril se necessário.
separados e a cicatrização ocorre espontaneamente. Na Procedimento
terceira intenção: os bordos são aproximados por suturas • Higienizar as mãos com água e sabonete líquido ou com
por planos teciduais. preparação alcoólica para as mãos;
• Reunir o material e levá-lo próximo ao paciente;
• Explicar ao paciente o que será feito;
• Marter a privacidade do paciente;

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• Posicionar o paciente expondo apenas a área a ser • Usando a mesma pinça e gaze estéril, secar o local de
tratada; inserção do dreno ou cateter aplicar álcool a 70%;
• Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica; • Ocluir o local de inserção com gaze estéril;
• Colocar gaze em quantidade suficiente sobre o campo • Retirar luvas de procedimento (observar técnica correta);
estéril; • Higienizar as mãos com água e sabonete líquido ou com
• Calçar luvas; preparação alcoólica específica para as mãos;
• Remover o curativo anterior com uma das pinças usando • Recolher, organizar e guardar os materiais;
soro fisiológico; • Registrar o procedimento realizado;
• Desprezar esta pinça; • Fazer a evolução da ferida e demais anotações referentes
• Com a outra pinça pegar uma gaze e umedecê-la com soro aos materiais utilizados.
fisiológico;
• Limpar a incisão do dreno e depois o dreno;
• Limpar as regiões laterais da incisão do dreno;
• Ainda com a mesma pinça secar a incisão e as laterais
com gaze estéril;
• Mobilizar dreno a critério médico;
• Ocluir o dreno mantendo uma camada de gaze entre o
dreno e a pele ou quando ocorrer hipersecreção colocar
bolsa simples para colostomia;
• Recolher, organizar e guardar os materiais;
• Registrar o procedimento realizado;
• Fazer a evolução de enfermagem;
• Fazer a evolução da ferida e demais anotações referentes
aos materiais utilizados.

Curativos de Sistemas de Drenos Fechados


Feridas com sistema de drenos fechados (Torácico,
Portovac) Antes de iniciar o curativo, inspecionar o local de
inserção do dreno por meio de palpação. Realizar troca de
curativo a cada 24 horas ou sempre que o mesmo se tornar
úmido, solto ou sujo.
Materiais
Bandeja contendo pacote de curativo estéril (02 pinças e
gaze), gazes estéreis, esparadrapo, soro fisiológico, álcool a
70% e luva de procedimento.
Procedimento
• Higienizar as mãos com água e sabonete líquido ou com
preparação alcoólica espécifica para as mãos;
• Reunir todo o material e levá-lo próximo ao paciente;
• Explicar ao paciente o que será feito;
• Posicionar o paciente o expondo apenas a área a ser
tratada;
• Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica;
• Colocar gaze em quantidade suficiente sobre o campo
estéril;
• Calçar luvas de procedimento não estéril;
• Remover o curativo anterior com uma das pinças usando
Soro Fisiológico 0,9%;
• Desprezar esta pinça;
• Com outra pinça, pegar uma gaze e umedecê-la com soro
fisiológico;
• Limpar o local de inserção do dreno ou cateter, utilizando
as duas faces da gaze;

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Segundo o American National Pressure Ulcer Panel (NPUAP), a úlcera por pressão é uma lesão na pele ou tecidos subjacentes,
normalmente sobre uma proeminência óssea, secundárias a um aumento de pressão externa, em combinação com cisalhamento,
importante causa de morbidade e mortalidade as úlceras devem ser evitadas e tratadas em seu estágio inicial evitando-se
complicações. O cisalhamento é fenômeno de deformação da pele que ocorre quando as forças que agem sobre ela provocam um
deslocamento, por exemplo, lençóis mal posicionados em planos diferentes. Idosos, pessoas com sensibilidade diminuída (lesado
medular ou cerebral), pessoas com doenças degenerativas, pele frágil, incontinência urinária ou fecal, pacientes com desnutrição
ou obesidade, imobilidade prolongada, ou acamadas estão mais propensas à aquisição de úlceras por pressão. Os locais de
maior risco das úlceras são as regiões mentoniana, occipital, escapular, cotovelo, sacral, ísqueo, trocanter, crista ilíaca, joelho,
maléolo e calcâneo.

ESCALA DE BRADEN
A escala de Braden é uma ferramenta clinicamente validada, que permite aos enfermeiros registrarem o nível de risco de uma
pessoa desenvolver úlceras por pressão pela análise de seis critérios em níveis de estratificação.

A escala de Braden é composta de 6 subclasses que refletem o grau de percepção sensorial, umidade, atividade física, nutrição,
mobilidade, fricção e cisalhamento.
Todas as subclasses são graduadas de 1 a 4, exceto fricção e cisalhamento, cuja variação é de 1 a 3.
Variação da Pontuação da Escala: 6 a 23 pontos.
• Sem risco: 19 a 23 pontos
• Médio Risco: 15 a 18 pontos
• Risco Moderado: 13 a 14 pontos
• Alto Risco: 10 a 12 pontos
• Altíssimo Risco: 9 a 6 pontos
Quanto menor a pontuação, maior é o risco de desenvolver úlceras por pressão.

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ÚLCERAS VASCULOGÊNICAS QUESTÕES


As úlceras vasculares ou vasculogências podem ocorrer 01.Em relação à prevenção de úlcera por pressão, é
devido à comprometimento circulatório arterial, venoso ou recomendável
misto quando a lesão apresenta uma mistura de sinais de A) o uso de colchão piramidal para eliminar a pressão sobre
proeminências ósseas, não necessitando de mudanças de
obstrução arterial e venosa .
decúbito.
O ITB ou Índice Tornozelo Braquial é um método diagnóstico B) o reposicionamento do paciente no leito utilizando 30º na
simples, usado em nível ambulatorial para avaliar a posição de semi-Fowler e na inclinação do corpo de 30º
presença de insuficiência arterial na doença vascular para posições laterais.
oclusiva periférica (DVOP). Basta aferir a pressão arterial C) manter o decúbito elevado de 45º a 90º.
sistólica no tornozelo e no braço, dividindo o valor D) durante o banho, friccionar e massagear a pele com
encontrado. Ou seja: ITB = PAS Tornozelo / PAS Braço. O força.
E) usar almofada com gel para pacientes com mobilidade
valor normal é de 1-1,3, valores inferiores a 0,9 indicam
reduzida.
obstrução arterial no membro afetado. 02.Em relação ao tratamento das Úlceras por Pressão,
realizadas pela enfermagem, é correto afirmar que
Procedimento para avaliação do ITB: A) no posicionamento do paciente sentado, utilizar
-Orientar ao paciente sobre o teste almofadas tipo argolas ou com “buraco no meio”.
-Aferir a PAS no braço e posteriormente no tornozelo do B) as técnicas de desbridamento enzimático e autolítico
paciente podem ser utilizadas na remoção de tecido desvitalizado.
-Calcular o valor da PAS do tornozelo / PAS do braço, o C) o uso de antissépticos tópicos para reduzir bactérias da
valor normal é 1 – 1,3 ferida é recomendável.
-Se o valor for inferior a 0,9 é sugestivo de DVOP D) após desbridamento cirúrgico da lesão, usar curativo
úmido quando houver sangramento associado.
ÚLCERAS VASCULOGÊNICAS E) o curativo ideal é o que se mantém secos a ferida e a
pele ao seu redor.
Características ÚLCERA ÚLCERA 03.Relativamente a coberturas para tratamento de
VENOSA ARTERIAL feridas, relacione a Coluna 1 à Coluna 2.
Coluna 1
Localização Face medial do Face lateral do 1. Hidrocoloide.
2. Ácidos Graxos Essenciais (AGE).
1/3 inferior da 1/3 inferior da
3. Alginato de cálcio.
perna perna 4. Sulfadiazina de prata.
Coluna 2
Bordas Irregulares Regulares ( ) Ação bactericida imediata e ação bacteriostática residual.
( ) Hemostático(a) e diminui o exsudato e o odor da ferida
Coloração do Vermelho, área Pálido ou com ação bacteriostática.
membro ao redor da lesão cianótico ( ) Promove quimiotaxia, angiogênese, acelera granulação
acastanhada tecidual.
(dermatite de ( ) Estimula a angiogênesdos e o desbridamento autolítico.
Ocri) A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima
para baixo, é:
Edema Sim Não A) 4 – 3 – 2 – 1.
B) 1 – 2 – 3 – 4.
Temperatura Quente Fria C) 2 – 3 – 4 – 1.
D) 3 – 2 – 1 – 4.
Exudação Moderada ou Escassa ou E) 4 – 2 – 1 – 3.
excessiva ausente 04.Na avaliação do tipo de tecido no leito da lesão
podem ser encontrados tecidos viáveis e inviáveis.
Pulso Normal ou de Diminuído ou Assinale a alternativa que apresenta um tipo de tecido
amplitude ausente viável:
A) Necrose de coagulação (escara): caracterizada por
aumentada
presença de crosta preta e/ou bem escura.
B) Granulação: de aspecto vermelho vivo, brilhante, úmido,
Dor Quando o Quando se eleva
ricamente vascularizado.
membro está o membro C) Desvitalizado ou fibrinoso: tecido de coloração amarela
abaixo do nível ou branca, que adere ao leito da ferida e se apresenta como
do coração cordões ou crostas grossas.
D) Necrose de liquefação (esfacelo): caracterizada por
ITB >0,9 <0,9 presença de tecido amarelo/ esverdeado e/ou quando a
lesão apresentar infecção e/ou presença de secreção
Outros sinais Inflamação e Claudicação purulenta.
associados rigidez de intermitente, 05.Tratar de uma lesão, não significa apenas aplicar um
panturrilha queda de pêlos produto ou substância, significa cuidar de um ser único,
que possui suas peculiaridades e devem ser respeitadas
Fonte: Dias (2019). na hora de escolher a forma de tratamento e a técnica de
curativo. Assinale a alternativa CORRETA
correspondente aos conhecimentos de curativos.

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A) O cuidado com feridas traumáticas é determinado pela C) A fase de maturação dura de 4 a 24 dias, em caso de
forma como são tratadas. Cada tipo de ferimentos abertos caracteriza-se por tecido de granulação.
fechamento da ferida tem um efeito sobre a cicatrização. A D) A cicatrização ocorre em 2 fases, primeira intenção –
cicatrização ocorre por primeira ou segunda intenção. onde a cicatrização se dá por aproximação das bordas da
B) Nas feridas limpas, não drenadas, recomenda-se o uso pele, e por segunda intenção – onde a cicatrização se dá
de curativos nas primeiras 36 horas após a cirurgia. Se a sem aproximação das bordas da pele, prolongando o tempo.
incisão estiver seca, recomenda-se limpeza com água e 11.Marque a alternativa que representa os fatores que
sabão e secagem com gaze estéril. Não é recomendado uso afetam o processo de cicatrização:
de PVP-I nestas feridas. A)idade e estado nutricional
C) Curativos que utilizam coberturas auto-aderentes (à base B)idade e sexo
de hidrocolóides, filme transparente) dispensam o uso de C)infecção e sexo
instrumental (pacote de curativo). Recomendam-se luvas de D)fumo e raça
procedimento, uma vez que o leito da ferida não vai ser E)sexo e fumo
tocado. 12.(IBFC-2016) Considerando os tipos de regeneração e
D) Curativos secundários (alginato de cálcio, carvão ativado) os processos usados para fechamento de feridas,
ficam em contato direto com a lesão e exigem uma correlacione as colunas abaixo, enumerando-as de cima
cobertura. Devem-se usar obrigatoriamente luvas estéreis para baixo, e a seguir assinale a alternativa correta.
no momento da manipulação da placa e da adaptação dela 1. Primeira Intenção
no leito da ferida. 2. Segunda Intenção
06.O tratamento aberto, nos casos de feridas infectadas, 3. Terceira Intenção
necessita ( ) Deixar que a ferida se feche por si só.
A) de cobertura por gaze esterilizada, umedecida por ( ) Obtida por sutura, colocação de grampos ou uso de
solução salina. adesivos.
B) de drenagem mecânica, mediante a compressão do ( ) Deixar a ferida aberta até que seu fechamento seja
tecido subjacente. adequado, ou seja, quando a ferida é considerada limpa e
C) da irrigação com antissépticos no leito da ferida a cada 8 estável, ela é fechada com sutura ou grampos.
horas, durante 3 dias. A) 2,1,3.
D) do uso de cautério para realizar a hemostasia, facilitando B) 1,2,3.
a ligadura em massa. C) 3,2,1.
07.Acerca das competências do enfermeiro no cuidado D) 2,3,1.
com as feridas, NÃO é permitido que ele E) 1,3,2.
A) participe de testes de produtos e medicamentos para 13.(IBFC-2016) O Enfermeiro da Comissão de Curativos
prevenção e tratamento de feridas. foi chamado para realizar avaliação de uma ferida de um
B) abra consultórios autônomos para prevenção e cuidado paciente do sexo masculino, 58 anos, internado na
de feridas, sem a presença do profissional médico. Unidade de Clínica Médica. A ferida caracteriza-se por
C) utilize de tecnologias na prevenção e no tratamento das presença de úlcera profunda, com comprometimento
feridas, sem comprovação científica e aprovação da Agência total da pele e necrose de tecido subcutâneo, entretanto
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). a lesão não se estende até a fáscia muscular. De acordo
D) realize o registro fotográfico para o acompanhamento das com o comprometimento tecidual da ferida, o
feridas, mesmo com autorização formal do paciente ou do Enfermeiro classificou-a como.
responsável. A) Estágio I.
08.O curativo com filme transparente de poliuretano B) Estágio IV.
deve ser trocado após: C) Estágio II.
A) 48 horas, ou antes, se sujo ou solto. D) Estágio III.
B) 2 dias, ou antes, se sujo ou solto. E) Celulite
C) 7 dias, ou antes, se sujo ou solto. 14.(IBFC-2016) Feridas ulcerativas são: Assinale a
D) 15 dias, ou antes, se sujo ou solto. alternativa correta.
E) Diariamente após o banho. A) Lesões ocorridas com tempo maior que 6 horas entre o
09.Sobre a Papaína no uso de curativos, é INCORRETO trauma e o atendimento, sem sinal de infecção.
afirmar que: B) Lesões escavadas, circunscritas na pele (formadas por
A) É uma enzima proteolítica retirada do látex do vegetal necrose, sequestração do tecido), resultantes de
mamão papaia (CaricaPapaya). traumatismo ou doenças relacionadas com o impedimento
B) Provoca dissociação das moléculas de proteínas, do suprimento sanguíneo.
resultando em desbridamento químico. C) Lesões que não apresentam a fase de regeneração no
C) Tem ação bactericida e bacteriostática, estimula a força tempo esperado, havendo um retardo na cicatrização.
tênsil da cicatriz e acelera a cicatrização. D) Aquelas em que houve a proliferação de microrganismos,
D) É indicada para tratamento de úlceras fechadas e não levando a um processo infeccioso, de início localizado, mas
infectadas. que pode sob determinadas condições, estender-se aos
10. O processo de cicatrização inicia-se tão logo ocorra tecidos vizinhos, formar novos focos a distância ou
alguma alteração na integridade da pele. Quando o generalizar-se por todo o organismo.
cliente não apresenta comprometimento sistêmico, as E) Aquelas produzidas voluntariamente no ato cirúrgico, em
fases de cicatrização ocorrem de forma rápida e local passível de assepsia ideal e condições apropriadas,
satisfatória. Sobre as fases, é correto afirmar: não contendo microrganismos patogênicos.
A) A fase inflamatória caracteriza-se pela presença de 15.(AOCP-2016) A abordagem terapêutica em pacientes
edema, calor, eritema e dor, e inicia-se no momento em que portadores de úlcera venosa, na maior parte dos casos,
ocorre a lesão, durando de 4 a 6 dias. deve ser fundamentada na terapia compressiva e no
B) A fase proliferativa pode durar de 21 dias a 2 anos, onde tratamento tópico da úlcera. Dentre as alternativas a
as fibras de colágeno se reorganizam, remodelam e seguir, assinale a que apresenta melhores resultados no
amadurecem, ganhando força de tensão. tratamento de úlceras venosas.

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A) Curativo de hidrocoloide. 22.(AOCP-2016) O desbridamento de uma ferida


B) Alginato de cálcio e sódio. consiste na remoção de tecidos desvitalizados, os quais
C) Carvão ativado. dificultam a cicatrização, pois aumentam a
D) Bota de Unna. probabilidade de infecção e favorecem o ambiente
E) Atadura elástica anaeróbico que inibe a granulação e a epitelização.
16.(AOCP-2016) Trata-se de uma membrana fibrosa, Sobre esse procedimento, assinale a alternativa correta.
formada pelo conjunto de células mortas acumuladas no A) No desbridamento químico, o próprio organismo realiza o
exsudato, aderida no leito da ferida que pode cobrir desbridamento, sendo necessário propiciar condições
grandes áreas. É considerado um tecido inviável adequadas para que a autólise se processe.
devendo ser removido. O enunciado refere-se B) Deve-se evitar o desbridamento mecânico com
A) à fibrina viável. instrumental na presença de necrose de liquefação.
B) à granulação hipertrófica. C) No desbridamento autolítico, utilizam-se as enzimas
C) ao tecido de granulação. proteolíticas como colagenase e papaína.
D) ao tecido necrótico. D) O desbridamento cirúrgico consiste em uma técnica mais
E) a esfacelos. rápida e efetiva, utilizado para desbridamento de grandes
17.(AOCP-2016) A escala de Braden refere-se a um áreas necróticas.
instrumento de avaliação de risco para o E) No paciente portador de pé diabético, é contraindicado o
desenvolvimento das úlceras por pressão e permite desbridamento enzimático.
avaliação de aspectos importantes à formação da 23.(AOCP-2016) Assinale a alternativa que se refere ao
úlcera. São parâmetros da referida escala: tecido de epitelização.
A) percepção sensorial, umidade e idade. A) Tecido fino que recobre o tecido de granulação de cores
B) atividade, umidade e sexo. branca-rosada ou rosa-azulada.
C) fricção e cisalhamento, raça/cor e atividade. B) Tecido desvitalizado de consistência delgada, mucoide,
D) mobilidade, atividade e nutrição. macia e de coloração amarela, formado por bactérias,
E) nutrição, idade e percepção sensorial. fibrinas, colágeno, leucócitos, fragmentos celulares e
18.(AOCP-2016) São curativos interativos, formados por exsudato.
uma camada externa de poliuretano e outra interna de C) Tecido desvitalizado varia de coloração, desde o cinza,
gelatina, pectina e carboximetilcelulose, as quais esbranquiçado, marrom até esverdeado e preto.
propiciam um ambiente úmido ideal no leito da ferida, D) Tecido novo que se apresenta com um aspecto vermelho,
controlam o exsudato, facilitam o desbridamento brilhante e úmido, é composto por capilares e colágenos.
autolítico, contribuem no manejo da dor e fornecem uma E) Tecido que se evidencia em relação ao restante da pele,
barreira a microrganismos externos. A descrição acima impedindo que as células epiteliais presentes na camada
refere-se a basal se espalhem pela ferida.
A) hidrocoloide. 24.(INSTITUTO AOCP-2016) Criança de cinco anos, sexo
B) carvão ativado. masculino, deu entrada na unidade de pronto
C) alginato de cálcio e sódio. atendimento, após sofrer queimadura por escaldadura,
D) filme transparente de poliuretano. com 36% de superfície corporal queimada,
E) gel de papaína. apresentando queimaduras de segundo grau em face e
19.(AOCP-2016) As feridas podem ser classificadas tórax, abdome e períneo. Após o atendimento inicial, o
quanto ao tipo de cicatrização. Assinale a alternativa curativo deve ser realizado
que apresenta características da cicatrização por A) preferencialmente oclusivo em todas as áreas
segunda intenção. queimadas.
A) Feridas fechadas cirurgicamente com requisitos de B) aberto em face e períneo, com sulfadiazina de prata 1% e
assepsia. troca a cada 8 horas.
B) A cicatriz é mínima e o processo é mais rápido. C) aberto em face e períneo, com sulfadiazina de prata 1% e
C) As bordas da pele ficam justapostas. troca a cada 24 horas.
D) Incisão deixada aberta para drenagem de exsudato para D) evitando-se a limpeza exaustiva da lesão, devido à dor
ser posteriormente fechada. intensa do paciente.
E) Há perda excessiva de tecido e as bordas são E) sem remoção do tecido desvitalizado, caso haja.
aproximadas por processo de contração. 25. (INSTITUTO AOCP-2016) A Sulfadizina de prata
20. (CETRO-2013) Sobre as formas de prevenção de possui características bactericidas imediatas e
ocorrência de úlcera por pressão em pacientes bacteriostáticas residuais, e consiste em um tópico de
acamados, assinale a alternativa incorreta. escolha para o tratamento de feridas decorrentes de
A)Deve-se elevar a cabeceira acima de 30°. queimaduras. Constituem em cuidados importantes
B)Deve-se realizar mudança de decúbito em intervalos de 2 durante a realização desse tipo de curativo, EXCETO
em 2 horas. A) aplicação de uma fina camada de pomada (1-2 mm).
C)Deve-se fazer uso de coxins em regiões de proeminências B) utilização de cobertura secundária estéril.
ósseas. C) utilização de gaze de contato úmida.
D)Deve-se fazer uso de colchão caixa de ovo. D) remoção do excesso de pomada do curativo anterior e do
21.(AOCP-2016) É caracterizado pela presença de tecido tecido desvitalizado.
vermelho vivo, altamente vascularizado, apresentando E) aplicação da pomada de forma asséptica por toda a
substâncias como colágeno e outras células que atuam lesão.
na reparação tecidual, além de sangramento com 26. (GESTAO DE CONCURSOS – 2014) Assinale a
facilidade durante a manipulação. O enunciado refere-se alternativa que apresenta as fases da cicatrização
A) a tecido necrótico. consecutivamente.
B) a tecido de epitelização. A) Inflamatória, ploriferativa, maturação.
C) a esfacelo. B) Inflamatória, fibroblastica, reprodutiva.
D) à fibrina. C) Proliferativa, readaptativa, maturação.
E) a tecido de granulação. D) Ploriferativa, miótica, inflamatória.

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27. (GESTAO DE CONCURSOS – 2014) Com relação à


escala de Braden, assinale a alternativa CORRETA.
A) O escore varia de 1 a 20.
B) O escore de 9 é considerado de risco moderado para
abertura de úlcera por pressão.
C) O principal objetivo dessa escala é o avaliar a gravidade
do paciente.
D) Os itens avaliados nessa escala são: percepção
sensorial, umidade, atividade, mobilidade, nutrição, fricção.
28. (UFPI-2010) O curativo é o cuidado dispensado a
uma área do corpo que apresenta lesão de continuidade.
Atualmente o termo técnico que vem sendo empregado
no cuidado com lesão é terapia tópica, termo que
engloba etapas, como processo de limpeza e cobertura.
São objetivos dos curativos, EXCETO:
A) absorver o excesso de exsudato, mantendo uma umidade
ideal.
B) limitar a movimentação dos tecidos em torno da ferida.
C) evitar traumas no tecido neoformado, durante a retirada
do curativo.
D) manter úmido o leito da ferida.
E) prevenir infecção, devendo o curativo ser permeável a
bactérias.
29. (AOCP-2015) É/são considerado(s) tecido(s)
viável(is) no processo de cicatrização das feridas:
A) granulação e epitelização.
B) esfacelo, necrose úmida, granulação e epitelização.
C) apenas granulação.
D) esfacelo, granulação e epitelização.
E) esfacelo e necrose úmida.
30. NUCEPE-2015) Durante o exame físico da admissão
da Sra. Francisca, a enfermeira observou uma úlcera
por pressão na região sacral com perda parcial da
espessura da derme, superficial (rasa),
leito vermelho/rosa sem esfacelo, brilhante, sem crosta
ou equimose. De acordo com a descrição da enfermeira
qual a classificação da úlcera por pressão:
A) Estágio/Categoria I.
B) Estágio/Categoria II.
C) Estágio/Categoria III.
D) Estágio/Categoria IV.
E) Inclassificáveis.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
B B A B C A C C D A
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
A A D B D E D A E A
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
E D A B A A D E A B

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POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO DO SUS


“Apaixone-se pelo caminho e ele lhe levará a lugares em que você nunca imaginou
chegar!”

A Política Nacional de Humanização (PNH) existe desde 👉🏻Estimular trocas solidárias entre gestores, trabalhadores
2003 para efetivar os princípios do SUS no cotidiano das e usuários para a produção de saúde e a produção de
práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública sujeitos;
no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gestores, 👉🏻Qualificar práticas de gestão e de atenção em saúde.
trabalhadores e usuários.
A PNH deve se fazer presente e estar inserida em todas as Valores do HUMANIZA SUS
políticas e programas do SUS. Promover a comunicação
👉🏻Autonomia e protagonismo dos sujeitos
entre estes três grupos pode provocar uma série de
debates em direção a mudanças que proporcionem melhor 👉🏻Corresponsabilidade entre eles
forma de cuidar e novas formas de organizar o trabalho. 👉🏻Estabelecimento de vínculos solidários
👉🏻Construção de redes de cooperação
A Humanização implica: 👉🏻Participação coletiva no processo de gestão
• Fortalecer os princípios do SUS;
• Construir trocas solidárias e comprometidas; A Política Nacional de Humanização se pauta em três
• Oferecer práticas em saúde; alicerces/princípios:
• Contagiar por atitudes e ações humanizadoras a rede do 👉🏻INDISSOCIABILIDADE entre a atenção e a gestão dos
SUS, incluindo gestores, trabalhadores da saúde e usuários. processos de produção de saúde:
XI Conferência Nacional de Saúde (2000): com o título As decisões da gestão interferem diretamente na atenção à
“Acesso, qualidade e humanização na atenção à saúde com saúde. Por isso, trabalhadores e usuários devem buscar
controle social”. conhecer como funciona a gestão dos serviços e da rede de
saúde, assim como participar ativamente do processo de
A Política de Humanização da Atenção e da Gestão foi tomada de decisão nas organizações de saúde e nas ações
uma iniciativa inovadora no SUS. Criada em 2003. de saúde coletiva.
Uma tarefa desafiadora, sem dúvida, uma vez que na 👉🏻TRANSVERSALIDADE
perspectiva da humanização, isso corresponde à produção É reconhecer que as diferentes especialidades e práticas de
de novas atitudes por parte de trabalhadores, gestores e saúde podem conversar com a experiência daquele que é
usuários, de novas éticas no campo do trabalho, incluindo aí assistido. Juntos, esses saberes podem produzir saúde de
o campo da gestão e das práticas de saúde, superando forma mais corresponsável.
problemas e desafios do cotidiano do trabalho.
👉🏻AUTONOMIA E PROTAGONISMO DOS SUJEITOS
A Humanização é entendida como: Um SUS humanizado reconhece cada pessoa como legítima
• Valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo cidadã de direitos e valoriza e incentiva sua atuação na
de produção de saúde: usuários, trabalhadores e gestores; produção de saúde.
• Valorização do protagonismo desses sujeitos;
• Aumento do grau de co-responsabilidade na produção de PRINCÍPIOS NORTEADORES DA POLÍTICA DE
saúde; HUMANIZAÇÃO
• Identificação das necessidades sociais de saúde;
• Mudança nos modelos de atenção e gestão dos processos Destacamos, então, os princípios norteadores da política de
de trabalho tendo como foco as necessidades dos cidadãos; humanização:
• Compromisso com a melhoria das condições de trabalho e - Valorização da dimensão subjetiva e social em todas as
de atendimento. práticas de atenção e gestão no SUS, fortalecendo o
compromisso com os direitos do cidadão, destacando-se o
Operacionalização da Humanização: respeito às questões de gênero, etnia, raça, orientação
• A troca e a construção de saberes; sexual e às populações específicas (índios, quilombolas,
• O trabalho em rede com equipes multiprofissionais; ribeirinhos, assentados, etc.);
• A identificação das necessidades, desejos e interesses; - Fortalecimento de trabalho em equipe
• Construção de redes solidárias e interativas, participativas multiprofissional,fomentando a transversalidade e a
do SUS. grupalidade;
• O pacto entre as diferentes instâncias, assim como entre - Apoio à construção de redes cooperativas, solidárias e
gestores, trabalhadores e usuários desta rede; comprometidas com a produção de saúde e com a produção
• O resgate dos fundamentos básicos que norteiam as de sujeitos;
práticas de saúde no SUS, reconhecendo os gestores, - Construção de autonomia e protagonismo dos sujeitos e
trabalhadores e usuários como sujeitos ativos e coletivos implicados na rede do SUS;
protagonistas das ações de saúde; - Co-responsabilidade desses sujeitos nos processos de
gestão e atenção;
Objetivos do HUMANIZA SUS - Fortalecimento do controle social com caráter participativo
👉🏻Efetivar os princípios do Sistema Único de Saúde no em todas as instâncias gestoras do SUS;
cotidiano das práticas de atenção e de gestão; - Compromisso com a democratização das relações de
trabalho e valorização dos profissionais de saúde,
estimulando processos de educação permanente.

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Humanização é... desestabilização que favoreçam mudanças nas práticas de


• Valorização das práticas de atenção e gestão no SUS; gestão e de atenção. A PNH destaca dois grupos de
• Fortalecimento do compromisso com os direitos do dispositivos de cogestão: aqueles que dizem respeito à
cidadão, destacando-se o respeito às questões de gênero, organização de um espaço coletivo de gestão, que permita o
etnia, raça, orientação sexual e às populações específicas; acordo entre necessidades e interesses de usuários,
• Fortalecimento de trabalho em equipe multiprofissional; trabalhadores e gestores; e aqueles que se referem aos
• Construção de autonomia dos sujeitos implicados na rede mecanismos que garantem a participação ativa de usuários
do SUS; e familiares no cotidiano das unidades de saúde. Colegiados
• Co-responsabilidade desses sujeitos nos processos de gestores, mesas de negociação, contratos internos de
gestão e atenção; gestão, Câmara Técnica de Humanização (CTH), Grupo de
• Fortalecimento do controle social com caráter participativo Trabalho de Humanização (GTH), Gerência de Porta Aberta,
em todas as instâncias gestoras do SUS; entre outros, são arranjos de trabalho que permitem a
• Compromisso com a valorização dos profissionais de experimentação da cogestão no cotidiano da saúde.
saúde, estimulando processos de educação permanente. 👉🏻Ambiência: Criar espaços saudáveis, acolhedores e
confortáveis, que respeitem a privacidade, propiciem
MÉTODO DA PNH mudanças no processo de trabalho e sejam lugares de
encontro entre as pessoas.
Por método entende-se a condução de um processo ou o A discussão compartilhada do projeto arquitetônico, das
seu modo de caminhar (meta = fim; hodos = caminho). A reformas e do uso dos espaços de acordo com as
PNH caminha no sentido da inclusão, nos processos de necessidades de usuários e trabalhadores de cada serviço é
produção de saúde, dos diferentes agentes implicados uma orientação que pode melhorar o trabalho em saúde.
nestes processos. 👉🏻Clínica Ampliada e compartilhada: A clínica ampliada é
Podemos falar de um “método de tríplice inclusão”: uma ferramenta teórica e prática cuja finalidade é contribuir
para uma abordagem clínica do adoecimento e do
1.inclusão dos diferentes sujeitos (gestores, trabalhadores e sofrimento, que considere a singularidade do sujeito e a
usuários) no sentido da produção de autonomia, complexidade do processo saúde/doença. Permite o
protagonismo e corresponsabilidade. Modo de fazer: rodas; enfrentamento da fragmentação do conhecimento e das
ações de saúde e seus respectivos danos e ineficácia.
2.inclusão dos analisadores sociais ou, mais Utilizando recursos que permitam enriquecimento dos
especificamente, inclusão dos fenômenos que diagnósticos (outras variáveis, além do enfoque orgânico,
desestabilizam os modelos tradicionais de atenção e de inclusive a percepção dos afetos produzidos nas relações
gestão, acolhendo e potencializando os processos de clínicas) e a qualificação do diálogo (tanto entre os
mudança. Modo de fazer: análise coletiva dos conflitos, profissionais de saúde envolvidos no tratamento quanto
entendida como potencialização da força crítica das crises. destes com o usuário), de modo a possibilitar decisões
compar- tilhadas e compromissadas com a autonomia e a
3.inclusão do coletivo seja como movimento social saúde dos usuários do SUS.
organizado, seja como experiência singular sensível
👉🏻Valorização do trabalho/trabalhador: É importante dar
(mudança dos perceptos e dos afetos) dos trabalhadores de
visibilidade à experiência dos trabalhadores e incluí-los na
saúde quando em trabalho grupal. Modo de fazer; fomento
tomada de decisão, apostando na sua capacidade de
das redes.
analisar, definir e qualificar os processos de trabalho.
O Programa de Formação em Saúde e Trabalho e a
DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL DE
Comunidade Ampliada de Pesquisa são possibilidades que
HUMANIZAÇÃO
tornam possível o diálogo, intervenção e análise do que
👉🏻Acolhimento: Acolher é reconhecer o que o outro traz causa sofrimento e adoecimento, do que fortalece o grupo
como legítima e singular necessidade de saúde. O de trabalhadores e do que propicia os acordos de como agir
acolhimento deve comparecer e sustentar a relação entre no serviço de saúde. É importante também assegurar a
equipes/serviços e usuários/ populações. Como valor das participação dos trabalhadores nos espaços coletivos de
práticas de saúde, o acolhimento é construído de forma gestão.
coletiva, a partir da análise dos processos de trabalho e tem
👉🏻Defesa dos direitos dos usuários: Os usuários de
como objetivo a construção de relações de confiança,
saúde possuem direitos garantidos por lei e os serviços de
compromisso e vínculo entre as equipes/serviços,
saúde devem incentivar o conhecimento desses direitos e
trabalhador/equipes e usuário com sua rede socioafetiva.
assegurar que eles sejam cumpri- dos em todas as fases do
Com uma escuta qualificada oferecida pelos trabalhadores
cuidado, desde a recepção até a alta.
às necessidades do usuário, é possível garantir o acesso
Todo cidadão tem direito a uma equipe que cuide dele, de
oportuno desses usuários a tecnologias adequadas às suas
ser informado sobre sua saúde e também de decidir sobre
necessidades, ampliando a efetividade das práticas de
compartilhar ou não sua dor e alegria com sua rede social.
saúde. Isso assegura, por exemplo, que todos sejam
atendidos com prioridades a partir da avaliação de 👉🏻Fomento das grupalidades, coletivos e redes:
vulnerabilidade, gravidade e risco. Experiência que não se reduz a um conjunto de indivíduos
nem tampouco pode ser tomada como uma unidade ou
👉🏻Gestão Participativa e cogestão: Cogestão expressa
identidade imutável. É um coletivo ou uma multiplicidade
tanto a inclusão de novos sujeitos nos processos de análise
de termos (usuários, trabalhadores, gestores, familiares,
e decisão quanto a ampliação das tarefas da gestão – que
etc.) em agenciamento e transformação, compondo uma
se transforma também em espaço de realização de análise
rede de conexão na qual o processo de produção de saúde
dos contextos, da política em geral e da saúde em particular,
e de subjetividade se realiza.
em lugar de formulação e de pactuação de tarefas e de
aprendizado coletivo. 👉🏻Construção da memória do SUS que dá certo: visa
A organização e experimentação de rodas é uma importante registrar em arquivo e divulgar toda prática já realizada que
orientação da cogestão. Rodas para colocar as diferenças tenha como proposta produzir novas formas de fazer saúde
em contato de modo a produzir movimentos de comprometidas com a defesa da vida e ampliação da

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autonomia dos sujeitos individuais e coletivos com a • No eixo da atenção, propõe-se uma política incentivadora
intenção de valorizar o sistema de saúde junto à sociedade. e da ampliação da atenção integral à saúde, promovendo a
intersetorialidade;
DISPOSITIVOS DA PNH • No eixo da educação permanente, indica-se que a PNH
componha o conteúdo profissionalizante na graduação, pós-
Dispositivo é um arranjo de elementos, que podem ser graduação e extensão em saúde, vinculando-a aos Pólos de
concretos (ex.: uma reforma arquitetônica, uma decoração, Educação Permanente e às instituições de formação;
um manual de instruções) e/ou imateriais (ex.: conceitos, • No eixo da informação/comunicação - indica-se por meio
valores, atitudes) mediante o qual se faz funcionar, se de ação de mídia e discurso social amplo a inclusão da PNH
catalisa ou se potencializa um processo. Na PNH, foram no debate da saúde;
desenvolvidos vários dispositivos que são acionados nas • No eixo da gestão da PNH, indica-se o acompanhamento
práticas de produção de saúde, envolvendo coletivos e e avaliação sistemáticos das ações realizadas, estimulando
visando promover mudanças nos modelos de atenção e de a pesquisa relacionada às necessidades do SUS na
gestão: perspectiva da humanização.
- Acolhimento com Classificação de Risco;
- Equipes de Referência e de Apoio Matricial; Diretrizes gerais para a implementação da PNH nos
- Projeto Terapêutico Singular e Projeto de Saúde Coletiva; diferentes níveis de atenção
- Projetos Co-Geridos de Ambiência 1. Ampliar o diálogo entre os profissionais, entre os
- Colegiado Gestor; profissionais e a população, entre os profissionais e a
- Contrato de Gestão; administração, promovendo a gestão participativa.
- Sistemas de escuta qualificada para usuários e 2. Implantar, estimular e fortalecer Grupos de Trabalho de
trabalhadores da saúde: gerência de “porta aberta”; Humanização com plano de trabalho definido.
ouvidorias; grupos focais e pesquisas de satisfação, etc.; 3. Estimular práticas resolutivas, racionalizar e adequar o
- Visita Aberta e Direito à Acompanhante; uso de medicamentos, eliminando ações intervencionistas
- Programa de Formação em Saúde do trabalhador (PFST) e desnecessárias.
Comunidade Ampliada de Pesquisa (CAP); 4. Reforçar o conceito de clínica ampliada: compromisso
- Programas de Qualidade de Vida e Saúde para os com o sujeito e seu coletivo, estímulo a diferentes práticas
Trabalhadores da Saúde; terapêuticas e co-responsabilidade de gestores,
- Grupo de Trabalho de Humanização (GTH); trabalhadores e usuários no processo de produção de
- Câmaras Técnicas de Humanização (CTH); saúde.
- Projeto Memória do SUS que dá certo. 5. Sensibilizar as equipes de saúde em relação ao problema
da violência intrafamiliar (criança, mulher e idoso) e quanto à
MARCAS/PRIORIDADES questão dos preconceitos (sexual, racial, religioso e outros)
Com a implementação da Política Nacional de Humanização na hora da recepção e dos encaminhamentos.
(PNH), trabalhamos para consolidar, prioritariamente, quatro 6. Adequar os serviços ao ambiente e à cultura local,
marcas específicas: respeitando a privacidade e promovendo uma ambiência
1. Serão reduzidas as filas e o tempo de espera com acolhedora e confortável.
ampliação do acesso e atendimento acolhedor e resolutivo 7. Viabilizar a participação dos trabalhadores nas unidades
baseados em critérios de risco. de saúde por meio de colegiados gestores.
2. Todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais 8. Implementar um sistema de comunicação e de informação
que cuidam de sua saúde, e os serviços de saúde se que promova o autodesenvolvimento e amplie o
responsabilizarão por sua referência territorial. compromisso social dos trabalhadores de saúde.
3. As unidades de saúde garantirão as informações ao 9. Promover ações de incentivo e valorização da jornada
usuário, o acompanhamento de pessoas de sua rede social integral ao SUS, do trabalho em equipe e da participação em
(de livre escolha) e os direitos do código dos usuários do processos de educação permanente que qualifiquem a ação
SUS. e a inserção dos trabalhadores na rede SUS.
4. As unidades de saúde garantirão gestão participativa aos
seus trabalhadores e usuários, assim como educação Diretrizes específicas por nível de atenção
permanente aos trabalhadores.
👉🏻 Na Atenção Básica
Eixo de ação da Política Nacional de Humanização 1. Elaborar projetos de saúde individuais e coletivos para
usuários e sua rede social, considerando as políticas
A implementação da PNH pressupõe vários eixos de ação intersetoriais e as necessidades de saúde.
que objetivam a institucionalização, difusão desta estratégia 2. Incentivar práticas promocionais de saúde.
e, principalmente, a apropriação de seus resultados pela 3. Estabelecer formas de acolhimento e inclusão do usuário
sociedade. que promovam a otimização dos serviços, o fim das filas, a
hierarquização de riscos e o acesso aos demais níveis do
• No eixo das instituições do SUS – pactuar na agenda de sistema.
saúde, a PNH como parte do Plano Nacional, dos Estaduais 4. Comprometer-se com o trabalho em equipe, de modo a
e Municipais pelos gestores e pelo Conselho de Saúde aumentar o grau de co-responsabilidade, e com a rede de
correspondente; apoio profissional, visando a maior eficácia na atenção em
• No eixo da gestão do trabalho - propõe-se a promoção saúde.
de ações que assegurem a participação dos trabalhadores
nas decisão, valorização e o crescimento profissional; 👉🏻 Na Urgência e Emergência, nos Pronto-Socorros,
• No eixo do financiamento - propõe-se recursos Pronto Atendimentos, Assistência Pré-Hospitalar e
vinculados a programas específicos de humanização, com outros
repasse fundo a fundo mediante o compromisso dos 1. Acolher a demanda por meio de critérios de avaliação de
gestores com a PNH; risco, garantindo o acesso referenciado aos demais níveis
de assistência.

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2. Comprometer-se com a referência e a contra-referência, QUESTÕES


aumentando a resolução da urgência e emergência, 01.O Ministério da Saúde está construindo uma Política
provendo o acesso à estrutura hospitalar e a transferência Nacional de Humanização da atenção e gestão no SUS,
segura, conforme a necessidade dos usuários. denominada Humaniza-SUS. Esta política visa a:
3. Definir protocolos clínicos, garantindo a eliminação de A) reorganizar as emergências;
intervenções desnecessárias e respeitando as diferenças e B) proporcionar acesso amplo e gratuito a medicamentos
as necessidades do sujeito. essenciais;
C) identificar mais rapidamente os usuários para facilitar a
👉🏻 Na Atenção Especializada marcação de consultas e exames;
1. Garantir agenda extraordinária em função da análise de D) garantir a qualidade dos alimentos consumidos no país e
risco e das necessidades do usuário. a prática de uma alimentação saudável;
2. Estabelecer critérios de acesso, identificados de forma E) estabelecer uma nova relação entre os usuários e os
pública, incluídos na rede assistencial, com efetivação de profissionais do SUS que os atendem e a comunidade.
protocolos de referência e contra-referência. 02.São evidências de que a referida maternidade prima
3. Otimizar o atendimento ao usuário, articulando a agenda pelo processo de humanização em saúde:
multiprofissional em ações diagnósticas, terapêuticas que A) corpo clínico multiprofissional
impliquem diferentes saberes e terapêuticas de reabilitação. B) presença de psicólogo na equipe
4. Definir protocolos clínicos, garantindo a eliminação de C) a complexidade dos atendimentos realizados na
intervenções desnecessárias e respeitando as diferenças e maternidade
as necessidades do sujeito. D) empoderamento da mãe no processo do parto
03.Marque a opção INCORRETA, referente aos objetivos
👉🏻 Na Atenção Hospitalar da Política de Humanização do SUS:
Neste âmbito, propomos dois níveis crescentes (B e A) de A) Contagiar trabalhadores, gestores e usuários do SUS
padrões para adesão à PNH: com os princípios e as diretrizes da humanização;
B) Desenvolver tecnologias relacionais e de
compartilhamento das práticas de gestão e de atenção;
👉🏻 Parâmetros para o Nível B
C) Tem como principal propósito apenas divulgar estratégias
1. Existência de Grupos de Trabalho de Humanização (GTH)
e metodologias de apoio a mudanças sustentáveis dos
com plano de trabalho definido.
modelos de atenção e de gestão;
2. Garantia de visita aberta por meio da presença do
D) Implementar processos de acompanhamento e avaliação,
acompanhante e de sua rede social, respeitando a dinâmica
ressaltando saberes gerados no SUS e experiências
de cada unidade hospitalar e as peculiaridades das
coletivas bem-sucedidas.
necessidades do acompanhante.
04.Considerando os princípios da Política Nacional de
3. Mecanismos de recepção com acolhimento aos usuários.
Humanização, analise os itens abaixo e assinale a
4. Mecanismos de escuta para a população e os
alternativa que contém os princípios corretos.
trabalhadores.
I- Protagonismo.
5. Equipe multiprofissional (minimamente com médico e
II- Autonomia dos sujeitos e do coletivo.
enfermeiro) de atenção à saúde para seguimento dos
III- Dissociabilidade entre gestão e atenção.
pacientes internados e com horário pactuado para
A) Apenas II e III.
atendimento à família e/ou à sua rede social.
B) I, II e III.
6. Existência de mecanismos de desospitalização, visando a
C) Apenas I e III.
alternativas às práticas hospitalares, como as de cuidados
D) Apenas I e II.
domiciliares.
05.Com a implementação da Política Nacional de
7. Garantia de continuidade de assistência com sistema de
Humanização, o SUS pretende consolidar quatro marcas
referência e contra-referência.
específicas, sendo uma delas:
👉🏻 Parâmetros para o Nível A A) A redução das filas e do tempo de espera, com ampliação
1. Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) com plano de do acesso e atendimento acolhedor e resolutivo baseado no
trabalho implantado. critério da classificação de risco.
2. Garantia de visita aberta por meio da presença do B) As unidades de saúde garantirão a informatização de
acompanhante e de sua rede social, respeitando a dinâmica todo componente da rede pública, permitindo a
de cada unidade hospitalar e as peculiaridades das verticalização das informações do sistema de saúde.
necessidades do acompanhante. C) As unidades de saúde garantirão parcialmente as
3. Ouvidoria em funcionamento. informações ao usuário e o acompanhamento de pessoas
4. Equipe multiprofissional (minimamente com médico e de alguma rede social determinada pelo sistema.
enfermeiro) de atenção à saúde para seguimento dos D) As unidades de saúde não devem garantir gestão
pacientes internados e com horário pactuado para participativa aos seus trabalhadores e usuários.
atendimento à família e/ou à sua rede social. 06.Lançada em 2003, a Política Nacional de
5. Existência de mecanismos de desospitalização, visando a Humanização (PNH) busca pôr em prática os princípios
alternativas às práticas hospitalares, como as de cuidados do SUS no cotidiano dos serviços de saúde, produzindo
domiciliares. mudanças nos modos de gerir e cuidar. Com base
6. Garantia de continuidade de assistência com sistema de nisso, assinale a alternativa correta sobre a PNH.
referência e contra-referência. A) O HumanizaSUS, como também é conhecida a Política
7. Conselho gestor local com funcionamento adequado. Nacional de Humanização, aposta na inclusão de
8. Existência de acolhimento com avaliação de risco nas trabalhadores, usuários e gestores na produção e gestão do
áreas de acesso (pronto-atendimento, pronto-socorro, cuidado e dos processos de trabalho.
ambulatório, serviço de apoio diagnóstico e terapia). B) A PNH trabalha com definição de território de
9. Plano de educação permanente para trabalhadores com abrangência, que significa a área que está sob sua
temas de humanização em implementação. responsabilidade.

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C) Pode atuar com uma ou mais equipes de profissionais, a 12. Com a implementação da Política Nacional de
depender da área de abrangência e do número de Humanização (PNH), trabalhamos para consolidar,
habitantes vinculados a esta unidade. prioritariamente, quatro marcas específicas. Marque o
D) Adota instrumentos permanentes de acompanhamento e item correto:
avaliação. A) Serão reduzidas as filas e o tempo de espera com
E) Estimula a ação intersetorial. restrição do acesso e atendimento acolhedor e resolutivo
07.São propósitos da Política Nacional de Humanização baseados em critérios de risco.
da Atenção e Gestão do SUS, EXCETO: B) Todo usuário do SUS não poderá saber quem são os
A) Contagiar trabalhadores, gestores e usuários do SUS profissionais que cuidam de sua saúde, e os serviços de
com os princípios e as diretrizes da humanização. saúde se responsabilizarão por sua referência territorial.
B) Fortalecer iniciativas de humanização existentes. C) As unidades de saúde garantirão as informações ao
C) Desenvolver tecnologias relacionais e de usuário, o acompanhamento de pessoas de sua rede social
compartilhamento das práticas de gestão e de atenção. (determinada pelo profissional) e os direitos do código dos
D) Aprimorar, ofertar e divulgar estratégias e metodologias usuários do SUS.
de apoio a mudanças não sustentáveis dos modelos de D) As unidades de saúde garantirão gestão participativa aos
atenção e de gestão. seus trabalhadores e usuários, assim como educação
E) Implementar processos de acompanhamento e avaliação, permanente aos trabalhadores.
ressaltando saberes gerados no SUS e experiências 13. A PNH tem como princípio a transversalidade, a
coletivas bem-sucedidas. indissociabilidade entre atenção e gestão e o
08.Segundo a PNH (Política Nacional de Humanização), acolhimento.
podemos considerar como conceito de Clínica A) CERTO
Ampliada: B) ERRADO
A) o elemento estruturante da clínica, pois permite a 14. O acolhimento compreende, entre outros aspectos, a
produção do contrato de cuidado. escuta qualificada oferecida pelos trabalhadores de
B) a clínica degradada, reduzida à tecnologia da queixa- saúde às necessidades do usuário, permitindo o acesso
conduta. oportuno do cidadão a tecnologias adequadas às suas
C) a prestação de atendimento multiprofissional. necessidades.
D) a complexidade que abrange o sujeito e o processo de A) CERTO
adoecimento, nas conexões, muitas vezes ocultas, entre o B) ERRADO
biológico, o subjetivo e o social; clínica interdisciplinar. 15. A clínica ampliada é uma ferramenta puramente
09. De acordo com a Política Nacional de prática cuja finalidade é contribuir para uma abordagem
Humanização/Humaniza SUS do Ministério da Saúde, clínica do adoecimento e do sofrimento, que atua, de
humanizar se traduz em maneira universal, sobre todos os sujeitos.
A) mudanças construídas por grupos isolados de trabalho. A) CERTO
B) reunir recursos e tecnologia de alta complexidade. B) ERRADO
C) inclusão das diferenças nos processos de gestão e de 16. Na abordagem clínica da doença e do sofrimento, a
cuidado. Política Nacional de Humanização propõe uma
D) melhorias relacionadas aos ambientes de atendimento, ferramenta teórico-prática que se baseia no princípio de
prioritariamente. núcleo e campo de competência, onde um profissional
E) melhoria nos indicadores de estruturas e processos pode realizar atividades e ações que não pertencem
administrativos. somente à sua especialidade, mas sim diz respeito às
10. São princípios da Política Nacional de Humanização suas atribuições como profissional de saúde. A qual
(PNH), definida em 2003: ferramenta essa noção se refere?
A) Protagonismo dos sujeitos, acolhimento e racionalização A) Acolhimento.
das ações intervencionistas e medicamentosas B) Clínica ampliada.
desnecessárias. C) Transversalidade.
B) Acolhimento, clínica ampliada e equipes D) Interdisciplinaridade.
multiprofissionais. E) Transdisciplinaridade.
C) Transversalidade, indissociabilidade da atenção e gestão 17. A implementação da Política Nacional de
e protagonismo dos sujeitos. Humanização‐PNH pressupõe vários eixos de ação que
D) Indissociabilidade da atenção e gestão, racionalização objetivam a institucionalização, difusão desta estratégia
das ações intervencionistas e medicamentosas e, principalmente, a apropriação de seus resultados pela
desnecessárias e clínica ampliada. sociedade. Considerando o que propõe cada um desses
E) Clínica ampliada, transversalidade e gestão da atenção à eixos, analise os itens.
saúde. I. No eixo da gestão do trabalho, pretende-se que a PNH
11. Marque o item que apresenta somente diretrizes da faça parte dos planos estaduais e municipais dos vários
Política Nacional de Humanização (PNH): governos, aprovados pelos gestores e pelos conselhos de
A) Clínica Ampliada, Valorização do Trabalho/Trabalhador, saúde correspondentes.
Acolhimento, Transversalidade. II. No eixo das instituições do SUS, propõe-se a promoção
B) Co-gestão, defesa dos Direitos do Usuário, de ações que assegurem a participação dos trabalhadores
Indissociabilidade da atenção e gestão, protagonismo dos nos processos de discussão e decisão, reconhecendo,
sujeitos. fortalecendo e valorizando seu compromisso com o
C) Clínica Ampliada, Priorização do Trabalho/Trabalhador, processo de produção de saúde e seu crescimento
Acolhimento, da defesa dos Direitos do Usuário. profissional.
D) Acolhimento, clínica ampliada e equipes III. No eixo da educação permanente, indica-se que a PNH
multiprofissionais, Valorização do Trabalho/Trabalhador. componha o conteúdo profissionalizante na graduação, na
pós-graduação e na extensão em saúde, vinculando-a aos
Pólos de Educação Permanente e às instituições
formadoras.

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IV. No eixo da informação/comunicação, indica-se – por


meio de ação de mídia e discurso social amplo – sua
inclusão no debate da saúde, visando à ampliação do
domínio social sobre a PNH.
A) Todos os itens estão corretos.
B) Todos os itens estão incorretos.
C) Itens I e II estão corretos.
D) Itens III e IV estão corretos.
18. A implementação da Política Nacional de
Humanização‐PNH pressupõe vários eixos de ação que
objetivam a institucionalização, difusão desta estratégia
e, principalmente, a apropriação de seus resultados pela
sociedade. Considerando o que propõe cada um desses
eixos, analise os itens.
I. No eixo da gestão da PNH, propõe-se uma política
incentivadora do protagonismo dos sujeitos, da
democratização da gestão dos serviços e da ampliação da
atenção integral à saúde, promovendo a intra e a
intersetorialidade com responsabilização sanitária pactuada
entre gestores e trabalhadores
II. No eixo do financiamento, propõe-se a integração de
recursos vinculados a programas específicos de
humanização e outros recursos de subsídio à atenção,
unificando-os e repassandoos fundo a fundo mediante
adesão, com compromisso, dos gestores à PNH.
III. No eixo da atenção, indica-se a pactuação com as
instâncias intergestoras e de controle social do SUS, o
acompanhamento, o monitoramento e a avaliação
sistemáticos das ações realizadas, de modo integrado às
demais políticas de saúde, estimulando a pesquisa
relacionada às necessidades do SUS na perspectiva da
Humanização.
A) Todos os itens estão corretos.
B) Apenas item I correto.
C) Apenas item II correto.
D) Apenas o item III correto.
E) Todos os itens estão incorretos.
19. A Política Nacional de Humanização recomenda
alguns parâmetros para o acompanhamento da
implantação de seus pressupostos em unidades de
urgência e emergência, nos prontos-socorros, nos
prontos-atendimentos, na assistência pré-hospitalar.
Acerca desses parâmetros, é correto afirmar que eles
visam:
A) promover formas de acolhimento e inclusão do usuário
para a otimização dos serviços, o fim das filas e a efetivação
do acesso aos demais níveis do sistema.
B) elaborar projetos de saúde individuais e coletivos para
usuários e sua rede social, considerando as políticas
intersetoriais e as necessidades de saúde.
C) definir os protocolos clínicos, garantindo a eliminação de
intervenções desnecessárias e respeitando a individualidade
do sujeito. GABARITO
D) incentivar as práticas promocionais da saúde, com ações
transdisciplinares e a garantia de atendimento integral,
observando as necessidades do sujeito. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
20. Na Atenção Hospitalar, foi proposto dois níveis
crescentes (B e A) de padrões para adesão à PNH. E D C D A A D D C C
Marque o item correto no que diz respeito ao parâmetro 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
para o nível B. D D B A B B D C C D
A) Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) com plano de
trabalho implantado.
B) Ouvidoria em funcionamento.
C) Conselho gestor local com funcionamento adequado.
D) Mecanismos de escuta para a população e os
trabalhadores.

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SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS E NOTIFICAÇÃO (SINAN)


“É justo que muito custe aquilo que muito vale”

A epidemiologia é uma ciência importante para a saúde risco, a suscetibilidades aos mesmos, ou a uma combinação
pública e contribui significativamente para a melhoria da de ambos.
saúde das populações. Tempo: As doenças infecciosas costumam ser agudas e
algumas como a influenza tem sazonalidade (um padrão
A palavra “epidemiologia” deriva do grego (epi = sobre; regular de variação entre as estações do ano), o que permite
demos = população, povo; logos = estudo). Portanto, em sua antecipar sua ocorrência e adotar medidas preventivas. A
etimologia, significa “estudo do que ocorre em uma identificação dos eventos que ocorrem antes e depois de um
população”. aumento na taxa de doenças permite identificar fatores de
risco. Também é conveniente registrar a ocorrência de
O estudo dos fatores que determinam a frequência e a doenças através de vários anos para descrever e predizer
distribuição das doenças nas coletividades humanas. (IEA – seus ciclos (um padrão regular de variação em períodos
Associação Internacional de Epidemiologia, 1973). maiores de um ano), assim como a sua tendência secular
(seu padrão de variação ou comportamento no tempo).
A epidemiologia é a “ ciência que estuda o processo saúde- Lugar: A localização geográfica dos problemas de saúde é
doença em coletividades humanas, analisando a distribuição fundamental para conhecer sua extensão e velocidade de
e os fatores determinantes das enfermidades, danos à disseminação. A unidade geográfica pode ser o domicílio, a
saúde coletiva, propondo medidas específicas de rua, o bairro, a localidade, o distrito, o município, o estado ou
prevenção, controle ou erradicação de doenças, e outro nível de agregação geopolítica, e o lugar também pode
fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao ser um estabelecimento de saúde, um hospital, a área de
planejamento, administração e avaliação das ações de trabalho, a área rural ou urbana, o lugar de nascimento ou
saúde” (ROUQUAYROL, 2003). outro espaço de interesse. A análise do lugar quanto a suas
características físicas e biológicas permitem gerar hipóteses
sobre possíveis fatores de risco e de transmissão.

OBJETIVOS DA EPIDEMIOLOGIA

Principal objetivo →Identificar subgrupos da população


que possuem alto risco para doença.
Como foi definida, a epidemiologia estuda a frequência, a >> Esta identificação permite:
distribuição e os determinantes dos eventos de saúde nas 1. verificar fatores específicos ou as características que os
populações humanas. Os princípios para o estudo da colocam em alto risco e tentar modificar tais fatores;
distribuição dos eventos de saúde se referem ao uso das 2. direcionar esforços preventivos, tais como programas de
três variáveis clássicas da epidemiologia: tempo, lugar e rastreamento para detecção precoce de doenças, etc;
pessoa. Quando?, Onde? e Quem? São três perguntas • Identificar a etiologia ou a causa de uma doença e seus
básicas que o epidemiologista tem que se fazer fatores de risco;
sistematicamente para poder organizar as características e • Determinar a extensão da doença encontrada na
comportamentos das doenças e outros eventos de saúde comunidade;
em função das dimensões temporal, espacial e populacional • Estudar a HND e prognosticar a doença;
que orientam o enfoque epidemiológico. • Providenciar uma base para o desenvolvimento de políticas
públicas e decisões de legislação relacionadas aos
problemas ambientais;
• Avaliar medidas preventivas e terapêuticas e modos de
assistência à saúde, novos ou já existentes a doença

A ocorrência de doenças e agravos à saúde é um fenômeno


que suscita grande interesse na identificação de seus
fatores ou mecanismos causais, contribuindo, dessa
maneira, para o desenvolvimento de ações de prevenção,
controle e tratamento. Identificar causas é uma das
maneiras do pensamento científico abordar a explicação das
origens de um fenômeno. Vamos discutir as principais
formas de explicação de agravos e doenças, apontando os
modelos explicativos e suas características.
Pessoa: As características das pessoas, tais como a idade, Compreender os mecanismos nos quais os fatores
o sexo, o estado nutricional, seus hábitos e condutas etiológicos agem e interagem, ocasionando doenças e
(ocupação e estilo de vida), e sua condição social (renda, agravos à saúde, evidencia possibilidades concretas de
estado civil, religião, sexo), permitem identificar a prevenção ou interrupção de processos mórbidos
distribuição das doenças e possíveis grupos e fatores de (NADANOVSKY; LUIZ; COSTA, 2009). Considerando essa
risco. A variação da ocorrência de doenças de acordo com premissa, o modelo explicativo da ocorrência de doenças
as características das pessoas pode ser devida a diferenças mais prevalente em questões de concursos e residências é
no nível de exposição de cada pessoa a certos fatores de o Modelo Ecológico ou História Natural das Doenças (HND).

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HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS (HND)

Também conhecido como o modelo ecológico.


Processo que compreende as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu
desenvolvimento desde as forças que criam o estimulo patológico até as alterações que levam a um defeito, invalidez,
recuperação ou morte.

➔ Quando ocorre a doença significa uma resposta à quebra do equilíbrio do sistema.

Proposto por Leavell e Clark (1976), esse modelo considera a interação, o relacionamento e o condicionamento de três elementos
fundamentais da chamada ‘tríade ecológica’: o ambiente, o agente e o hospedeiro. A doença seria resultante de um desequilíbrio
nas auto regulações existentes no sistema (figura e Quadro).
O exame dos diferentes fatores relacionados ao surgimento de uma doença e a utilização da estatística nos métodos de
investigação e desenhos metodológicos permitiram significativos avanços na prevenção de doenças. Outra vantagem deste
modelo teórico reside no fato de possibilitar a proposição de barreiras à evolução da doença mesmo antes de sua manifestação
clínica (pré-patogênese).
Quadro – Modelo da história natural da doença

Tem desenvolvimento em 2 períodos sequenciados: Utilidade: apontar os diferentes métodos de prevenção e


-epidemiológico: voltado para a relação entre o suscetível – controle, servindo de base para a compreensão de situações
ambiente; reais e especificas, tornando operacionais as medidas de
-patológico: voltado para as modificações que ocorrem no prevenção.
organismo mediante a doença.

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Divide-se em dois períodos: condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a


Pré-patogênese: período de evolução das Inter relações finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção
entre os condicionantes sociais e ambientais e os fatores e controle das doenças ou agravos”. Além de ampliar o
próprios do suscetível até que ocorra a instalação da conceito, as ações de vigilância epidemiológica passaram a
doença. ser operacionalizadas num contexto de profunda
• neste período podemos encontrar fatores de mínimo e reorganização do sistema de saúde brasileiro, caracterizada
máximo risco. pela descentralização de responsabilidades, pela
Patogênese: está dividido em quatro fases:
universalidade, integralidade e equidade na prestação de
a) Interação estímulo suscetível – nesta fase ainda não há a
doença mas todos os fatores necessários para tal estão serviços.
presentes; A vigilância epidemiológica tem como propósito fornecer
b) Alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas – a
orientação técnica permanente para os profissionais de
doença já está implantada e embora não haja manifestação
clinica visível, internamente já está ocorrendo e pode ser saúde, que têm a responsabilidade de decidir sobre a
detectada por exames laboratoriais; execução de ações de controle de doenças e agravos,
c) Sinais e sintomas – quando aparecem os 1ºs sinais e tornando disponíveis, para esse fim, informações
sintomas clínicos da doença. atualizadas sobre a ocorrência dessas doenças e agravos,
d) Defeitos permanentes / cronicidades – a evolução clinica bem como dos fatores que a condicionam, numa área
pode acarretar ao doente uma invalidez temporária ou até geográfica ou população definida. Subsidiariamente, a
permanente. vigilância epidemiológica constitui-se em importante
instrumento para o planejamento, a organização e a
Os níveis de prevenção podem ser: operacionalização dos serviços de saúde, como também
Primária – se faz com intercepção dos fatores patogênicos para a normatização de atividades técnicas correlatas.
e inclui a promoção da saúde (moradia, escolas, educação
em saúde, alimentação adequada, etc) e proteção específica A operacionalização da vigilância epidemiológica
(imunizações, saúde ocupacional, controle de vetores, compreende um ciclo de funções específicas e
proteção contra acidentes, higiene, aconselhamento intercomplementares, desenvolvidas de modo contínuo,
genético); permitindo conhecer, a cada momento, o comportamento da
Secundária – realizada no indivíduo, já sob ação do agente
doença ou agravo selecionado como alvo das ações, para
patogênico e inclui: diagnóstico (exames periódicos,
que as medidas de intervenção pertinentes possam ser
isolamento para evitar propagação da doença, tratamento
para evitar a progressão da doença; limitação evitar futuras desencadeadas com oportunidade e eficácia. São funções
complicações e sequelas); da vigilância epidemiológica:
Terciária – consiste na prevenção da incapacidade através
Funções de um sistema de Vigilância Epidemiológica:
de medidas destinadas à reabilitação (fisioterapia, terapia
• processamento de dados coletados;
ocupacional, etc).
• análise e interpretação dos dados processados;
As 3 fases de prevenção desdobram-se em 5 níveis:
• recomendação das medidas de prevenção e controle
- Promoção da saúde - Proteção específica (vacina, exame
apropriadas;
pré natal,etc - Diagnóstico e Tratamento precoce)- Limitação
• promoção das ações de prevenção e controle indicadas;
do dano (acesso facilitado ao serviço saúde, hospitalização,
• avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;
etc)- Reabilitação.
• divulgação de informações pertinentes
OBSERVAÇÃO! Hoje, tem-se a prevenção quaternária:
Coleta e consolidação de dados
compreendida como a detecção de indivíduos em risco de
Essas atividades ocorrem em todos os níveis de atuação do
intervenções, diagnósticas e/ou terapêuticas, excessivas
sistema de saúde.
para protegê-los de novas intervenções médicas
A força e o valor da informação (dado trabalhado) dependem
inapropriadas.
da qualidade e fidedignidade com que os dados são gerados
e coletados, bem como da sua representatividade em
SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
relação ao problema existente.
(INFORMAÇÃO PARA A AÇÃO)
O sistema de vigilância epidemiológica trabalha diversos
Por recomendação da 5ª Conferência Nacional de Saúde,
tipos de dados. Sua base é a notificação de casos suspeitos
realizada em 1975, o Ministério da Saúde instituiu o Sistema
e/ou confirmados de doenças, objetos de notificação
Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE), por meio de compulsória, embora ele possa, também, utilizar dados de
legislação específica (Lei n° 6.259/75 e Decreto n° mortalidade ou dados coletados em prontuários médicos,
78.231/76). Esses instrumentos tornaram obrigatória a por exemplo.
notificação de doenças transmissíveis selecionadas,
constantes de relação estabelecida por Portaria. Em 1977,
foi elaborado, pelo Ministério da Saúde, o primeiro Manual
de Vigilância Epidemiológica, reunindo e compatibilizando as
normas técnicas que eram, então, utilizadas para a vigilância
de cada doença, no âmbito de programas de controle
específicos.
Tipos de dados: dados demográficos, ambientais,
O Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou o SNVE, socioeconômicos, morbidade, mortalidade.
definindo, em seu texto legal (Lei n° 8.080/90), a vigilância
epidemiológica como “um conjunto de ações que Notificação compulsória tem sido a principal fonte da
proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de vigilância epidemiológica
qualquer mudança nos fatores determinantes e

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O eixo da Vigilância Epidemiológica está centrado no PARÂMETROS PARA INCLUSÃO DE DOENÇAS E


processo: AGRAVOS NA LISTA
Os parâmetros para inclusão de doenças e agravos na lista
de notificação compulsória devem obedecer os critérios a
seguir.
Magnitude aplicável a doenças de elevada
frequência, que afetam grandes
contingentes populacionais e se
traduzem por altas taxas de incidência,
prevalência, mortalidade e anos
potenciais de vida perdidos.
Potencial de representado pelo elevado poder de
disseminação transmissão da doença, através de
SISTEMA DE INFORMAÇÃO
vetores ou outras fontes de infecção,
Sistema de Informação de Agravos de Notificação
colocando sob risco a saúde coletiva.
(Sinan)
É o principal instrumento de coleta dos dados de notificação Transcendência expressa-se por características
compulsória. subsidiárias que conferem relevância
É o mais importante para a Vigilância Epidemiológica. especial à doença ou agravo,
Foi desenvolvido entre 1990 e 1993, para tentar sanar as destacando-se: severidade, medida por
dificuldades do Sistema de Notificação Compulsória de taxas de letalidade, de hospitalização e
Doenças (SNCD), e substituí-lo, tendo em vista o razoável de sequelas; relevância social, avaliada,
grau de informatização já disponível no país. subjetivamente, pelo valor imputado pela
O Sinan foi concebido pelo Centro Nacional de sociedade à ocorrência da doença, e
Epidemiologia, com o apoio técnico do Datasus e da que se manifesta pela sensação de
Prodabel (Prefeitura Municipal de Belo Horizonte), para ser medo, de repulsa ou de indignação; e
operado a partir das unidades de saúde, considerando o relevância econômica, avaliada por
objetivo de coletar e processar dados sobre agravos de prejuízos decorrentes de restrições
notificação, em todo o território nacional, desde o nível local. comerciais, redução da força de
É alimentado, principalmente, pela notificação e investigação trabalho, absenteísmo escolar e laboral,
de casos de doenças e agravos que constam da lista custos assistenciais e previdenciários,
nacional de doenças de notificação compulsória, mas é entre outros.
facultado a estados e municípios incluírem outros problemas Vulnerabilidade medida pela disponibilidade concreta de
de saúde, importantes em sua região. instrumentos específicos de prevenção e
Por isso, o número de doenças e agravos contemplados controle da doença, propiciando a
pelo Sinan vem aumentando progressivamente, desde seu atuação efetiva dos serviços de saúde
processo de implementação, em 1993, sem uma relação sobre indivíduos e coletividades.
direta com a compulsoriedade nacional da notificação, Compromissos relativos ao cumprimento de metas
expressando as diferenças regionais de perfis de morbidade internacionais continentais ou mundiais de controle, de
registradas no Sistema. eliminação ou de erradicação de
A entrada de dados, no Sinan, é feita mediante a utilização doenças, previstas em acordos firmados
de alguns formulários padronizados. pelo governo brasileiro com organismos
internacionais.
Ficha individual de notificação (FIN) – é preenchida para Ocorrência de são situações que impõe notificação
cada paciente quando da suspeita da ocorrência de emergências de imediata de todos os eventos de saúde
problema de saúde de notificação compulsória de interesse saúde pública, que impliquem risco de disseminação de
nacional, estadual ou municipal e encaminhada, pelas epidemias e doenças, com o objetivo de delimitar a
unidades assistenciais, aos serviços responsáveis pela surtos área de ocorrência, elucidar o
informação e/ou vigilância epidemiológica. diagnóstico e deflagrar medidas de
Este mesmo instrumento é utilizado para notificação controle aplicáveis. Mecanismos
negativa. próprios de notificação devem ser
instituídos, com base na apresentação
Ficha individual de investigação (FII) – configura-se, na clínica e epidemiológica do evento.
maioria das vezes, como um roteiro de investigação, distinto
para cada tipo de agravo, que deve ser utilizado, No processo de seleção das doenças notificáveis, esses
preferencialmente, pelos serviços municipais de vigilância ou critérios devem ser considerados em conjunto, embora o
unidades de saúde capacitados para realização da atendimento a apenas alguns deles possa ser suficiente
investigação epidemiológica. para incluir determinada doença ou evento. Por outro lado,
nem sempre podem ser aplicados de modo linear, sem
Esta ficha permite levantar dados que possibilitam a considerar a factibilidade de implementação das medidas
identificação da fonte de infecção e dos mecanismos de decorrentes da notificação, as quais dependem de
transmissão da doença. condições operacionais objetivas de funcionamento da rede
Os dados, gerados nas áreas de abrangência dos de prestação de serviços de saúde.
respectivos estados e municípios, devem ser consolidados e
analisados, considerando aspectos relativos à organização, Definição de caso com propósito de vigilância
sensibilidade e cobertura do próprio sistema de notificação e A definição de caso é importante para a uniformização do
das atividades de vigilância epidemiológica. conceito, com o objetivo de possibilitar a comparação entre
sua ocorrência em diferentes áreas geográficas e épocas.
A definição de “caso” ideal é aquela que é sensível,
suficientemente, para não perder qualquer ocorrência; e

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específica o bastante para não permitir que casos falso- VI - notificação compulsória: comunicação obrigatória à
positivos permaneçam no sistema. autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais
Eles podem ser classificados como: de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde,
a) Caso suspeito: Pessoa cuja história clínica e públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou
epidemiológica, sintomas e possível exposição a uma fonte confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública,
de infecção/contaminação sugerem estar desenvolvendo ou descritos no anexo, podendo ser imediata ou semanal;
em vias de desenvolver alguma doença. VII - notificação compulsória imediata (NCI): notificação
b) Caso confirmado: Pessoa ou animal de quem foi isolado compulsória realizada em até 24 (vinte e quatro) horas, a
e identificado o agente etiológico ou de quem foram obtidas partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou
outras evidências epidemiológicas ou laboratoriais da evento de saúde pública, pelo meio de comunicação mais
presença do agente etiológico. A confirmação do caso está rápido disponível;
condicionada, sempre, à observância dos critérios VIII – notificação compulsória semanal (NCS): notificação
estabelecidos, para a sua definição, pelo sistema de compulsória realizada em até 7 (sete) dias, a partir do
vigilância. conhecimento da ocorrência de doença ou agravo;
c) Caso descartado: Pessoa que não preenche os critérios IX - notificação compulsória negativa: comunicação
de confirmação e compatibilidade; ou para a qual é semanal realizada pelo responsável pelo estabelecimento de
diagnosticada outra patologia que não aquela que se está saúde à autoridade de saúde, informando que na semana
apurando. epidemiológica não foi identificado nenhuma doença, agravo
ou evento de saúde pública constante da Lista de
Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada Notificação Compulsória; e
doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por X - vigilância sentinela: modelo de vigilância realizada a
profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de partir de estabelecimento de saúde estratégico para a
adoção de medidas de intervenção pertinentes. vigilância de morbidade, mortalidade ou agentes etiológicos
A notificação compulsória de doenças tem sido a principal de interesse para a saúde pública, com participação
fonte da vigilância epidemiológica. facultativa, segundo norma técnica específica estabelecida
A lista nacional das doenças de notificação vigente está pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS).
restrita a alguns agravos e doenças de interesse sanitário
para o País, e compõe o Sistema de Doenças de Notificação CAPÍTULO II
Compulsória. DA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
Art. 3º A notificação compulsória é obrigatória para os
PRC N° 4, DE 28 DE SETEMBRO DE 2017 médicos, outros profissionais de saúde ou responsáveis
PORTARIA DE ORIGEM: Nº- 204, DE 17 DE FEVEREIRO pelos serviços públicos e privados de saúde, que prestam
DE 2016 assistência ao paciente, em conformidade com o art. 8º da
Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975.
doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços § 1º A notificação compulsória será realizada diante da
de saúde públicos e privados em todo o território nacional, suspeita ou confirmação de doença ou agravo, de acordo
nos termos do anexo, e dá outras providências. com o estabelecido no anexo, observando-se, também, as
normas técnicas estabelecidas pela SVS/MS.
CAPÍTULO I § 2º A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS pública de notificação compulsória à autoridade de saúde
Art. 1º Esta Portaria define a Lista Nacional de Notificação competente também será realizada pelos responsáveis por
Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde estabelecimentos públicos ou privados educacionais, de
pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o cuidado coletivo, além de serviços de hemoterapia, unidades
território nacional, nos termos do anexo. laboratoriais e instituições de pesquisa.
Art. 2º Para fins de notificação compulsória de importância § 3º A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde
nacional, serão considerados os seguintes conceitos: pública de notificação compulsória pode ser realizada à
I - agravo: qualquer dano à integridade física ou mental do autoridade de saúde por qualquer cidadão que deles tenha
indivíduo, provocado por circunstâncias nocivas, tais como conhecimento.
acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de Art. 4º A notificação compulsória imediata deve ser
drogas ou lesões decorrentes de violências interpessoais, realizada pelo profissional de saúde ou responsável pelo
como agressões e maus tratos, e lesão autoprovocada; serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao
II - autoridades de saúde: o Ministério da Saúde e as paciente, em até 24 (vinte e quatro) horas desse
Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal e atendimento, pelo meio mais rápido disponível.
Municípios, responsáveis pela vigilância em saúde em cada Parágrafo único. A autoridade de saúde que receber a
esfera de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS); notificação compulsória imediata deverá informa-la, em até
III - doença: enfermidade ou estado clínico, independente 24 (vinte e quatro) horas desse recebimento, às demais
de origem ou fonte, que represente ou possa representar um esferas de gestão do SUS, o conhecimento de qualquer uma
dano significativo para os seres humanos; das doenças ou agravos constantes no anexo.
IV - epizootia: doença ou morte de animal ou de grupo de Art. 5º A notificação compulsória semanal será feita à
animais que possa apresentar riscos à saúde pública; Secretaria de Saúde do Município do local de atendimento
V - evento de saúde pública (ESP): situação que pode do paciente com suspeita ou confirmação de doença ou
constituir potencial ameaça à saúde pública, como a agravo de notificação compulsória.
ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de Parágrafo único. No Distrito Federal, a notificação será feita
causa desconhecida, alteração no padrão clínico à Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
epidemiológico das doenças conhecidas, considerando o Art. 6º A notificação compulsória, independente da forma
potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a como realizada, também será registrada em sistema de
severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem como informação em saúde e seguirá o fluxo de compartilhamento
epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou entre as esferas de gestão do SUS estabelecido pela
acidentes; SVS/MS.

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CAPÍTULO III DAS DISPOSIÇÕES FINAIS suas diretrizes constarão em ato específico do Ministro de
Art. 7º As autoridades de saúde garantirão o sigilo das Estado da Saúde.
informações pessoais integrantes da notificação compulsória Art. 12. A relação das epizootias e suas diretrizes de
que estejam sob sua responsabilidade. notificação constarão em ato específico do Ministro de
Art. 8º As autoridades de saúde garantirão a divulgação Estado da Saúde. Art. 13. Esta Portaria entra em vigor na
atualizada dos dados públicos da notificação compulsória data de sua publicação.
para profissionais de saúde, órgãos de controle social e Art. 14. Fica revogada a Portaria nº 1.271/GM/MS, de 06 de
população em geral. junho de 2014, publicada no Diário Oficial da União, nº 108,
Art. 9º A SVS/MS e as Secretarias de Saúde dos Estados, Seção 1, do dia 09 de junho de 2014, p. 37. JOSÉ AGENOR
do Distrito Federal e dos Municípios divulgarão, em ÁLVARES DA SILVA
endereço eletrônico oficial, o número de telefone, fax,
endereço de e-mail institucional ou formulário para
notificação compulsória.
Art. 10. A SVS/MS publicará normas técnicas
complementares relativas aos fluxos, prazos, instrumentos,
definições de casos suspeitos e confirmados, funcionamento
dos sistemas de informação em saúde e demais diretrizes
técnicas
para o cumprimento e operacionalização desta Portaria, no
prazo de até 90 (noventa) dias, contados a partir da sua
publicação.
Art. 11. A relação das doenças e agravos monitorados por
meio da estratégia de vigilância em unidades sentinelas e

Lista Nacional de Notificação Compulsória

Notificação Imediata (< 24 horas)


- Acidente de trabalho: grave, fatal e em - Doenças Exantemáticas: - Febre Tifóide
crianças e adolescentes a. Sarampo - Hantavirose
- Acidente por animal peçonhento b. Rubéola - Influenza Humana produzida por novo
- Acidente por animal potencialmente - Doenças Febris Hemorrágicas subtipo viral
transmissor da Raiva Emergentes/Reemergentes: - Leptospirose
- Botulismo a. Arenavírus - Malária na Região Extra Amazônica
- Cólera b. Ebola - Poliomielite por Poliovírus Selvagem
- Coqueluche c. Marburg - Peste
- Dengue – óbitos - Eventos Adversos Graves ou Óbitos - Raiva Humana
- Difteria Pós-vacinação - Síndrome da Rubéola Congênita
- Doença aguda pelo vírus Zika em - Evento de Saúde Pública (ESP) que se - Síndrome da Paralisia Flácida Aguda
gestantes constitua ameaça à Saúde Pública (ver - Síndrome Respiratória Aguda Grave
- Óbito com suspeita de doença pelo definição no art. 2º desta Portaria) associada a Coronavírus a. Sars-Cov
vírus Zika - Febre Amarela b. Mers-Cov
- Doença de Chagas Aguda - Febre de Chikungunya em áreas sem - Tétano:
- Doença Invasiva por "Haemophilus transmissão a. Acidental
influenzae" - Óbito com suspeita de Febre de b. Neonatal
- Doença Meningocócica e outras Chikungunya - Varicela – caso grave internado ou
meningites - Febre do Nilo Ocidental e outras óbito
- Doenças com suspeita de Arboviroses de importância em Saúde - Violência Sexual e tentativa de suicídio
disseminação intencional: Pública
a. Antraz Pneumônico - Febre Maculosa e outras Riquetisioses
b. Tularemia
c. Varíola
Notificação Semanal
- Acidente de trabalho com exposição a - HIV/Aids – Infecção pelo vírus da - Leishmaniose Tegumentar Americana
material biológico Imunodeficiência Adquirida - Leishmaniose Visceral
- Dengue – casos - Doença aguda - Infecção pelo HIV em gestante, - Malária na Região Amazônica
causada pelo vírus Zika parturiente ou puérpera e criança exposta - Óbito: a. Infantil b. Materno
- Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) - ao risco de transmissão vertical do HIV - Sífilis: a. Adquirida b. Congênita c. Em
Esquistossomose - Infecção pelo vírus da Imunodeficiência gestante
- Febre de Chikungunya Humana (HIV) - Toxoplasmose gestacional e congênita
- Hanseníase - Intoxicação Exógena (por substâncias - Violência: doméstica e/ou outras
- Hepatites Virais químicas, incluindo agrotóxicos, gases violências
tóxicos e metais pesados) - Tuberculose

ATENÇÃO! É importante voltar e ler mais duas ou três vezes cada uma das doenças.

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PORTARIA No- 205, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016


Define a lista nacional de doenças e agravos, na forma do anexo, a serem monitorados por meio da estratégia de vigilância em
unidades sentinelas e suas diretrizes.
Considerando que o objetivo da estratégia de vigilância sentinela é monitorar indicadores chaves em unidades de saúde
selecionadas, "unidades sentinelas", que sirvam como alerta precoce para o sistema de vigilância; e
Considerando a necessidade de padronizar os procedimentos normativos relacionados à notificação compulsória por meio da
estratégia de vigilância sentinela no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), resolve:
Art. 1º Esta Portaria define a lista nacional de doenças e agravos, na forma do anexo, a serem monitorados por meio da estratégia
de vigilância em unidades sentinelas e suas diretrizes.
Art. 2º Para efeito desta Portaria considera-se vigilância sentinela o modelo de vigilância realizada a partir de estabelecimento de
saúde estratégico para a vigilância de morbidade, mortalidade ou agentes etiológicos de interesse para a saúde pública, com
participação facultativa, segundo norma técnica específica estabelecida pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS).
Art. 3º As autoridades de saúde garantirão o sigilo das informações pessoais integrantes da notificação compulsória, que estejam
sob sua responsabilidade, conforme preconiza a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.
Art. 4º As autoridades de saúde garantirão a divulgação atualizada dos dados públicos da notificação compulsória para
profissionais de saúde, órgãos de controle social e população em geral.
Art. 5º A SVS/MS, as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios divulgarão, em endereço eletrônico
oficial, o número de telefone, fax, endereço de e-mail institucional ou formulário para notificação compulsória.
Art. 6º A SVS/MS publicará normas complementares relativas aos fluxos, prazos, instrumentos, definições de casos suspeitos e
confirmados, funcionamento dos sistemas de informação em saúde e demais diretrizes técnicas para o cumprimento e
operacionalização desta Portaria, no prazo de até 90 (noventa) dias, contado a partir da data de sua publicação.
Art. 7º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 8º Fica revogada a Portaria nº 1.984/GM/MS, de 12 de setembro de 2014, publicada no Diário Oficial da União, nº 177, Seção
1, do dia 15 de setembro de 2014, p. 59. JOSÉ AGENOR ÁLVARES DA SILVA

Lista Nacional de Doenças e Agravos a serem monitorados pela Estratégia de Vigilância Sentinela
I. Vigilância em Saúde do Trabalhador
1 Câncer relacionado ao trabalho
2 Dermatoses ocupacionais
3 Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT)
4 Perda Auditiva Induzida por Ruído - PAIR relacionada ao trabalho
5 Pneumoconioses relacionadas ao trabalho
6 Transtornos mentais relacionados ao trabalho

II. Vigilância de doenças de transmissão respiratória


1 Doença pneumocócica invasiva
2 Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)
3 Síndrome Gripal (SG)

III. Vigilância de doenças de transmissão hídrica e/ou alimentar


1 Rotavírus
2 Doença Diarreica Aguda
3 Síndrome Hemolítica Urêmica

IV. Vigilância de doenças sexualmente transmissíveis


1 Síndrome do Corrimento Uretral Masculino

V. Síndrome neurológica pós infecção febril exantemática

PRINCIPAIS CONCEITOS UTILIZADOS EM VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Merecem destaque as ações sistemáticas e contínuas de coleta, análise, interpretação e disseminação de informação com a
finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle de problemas de saúde. Nesse cerne, o conhecimento sobre
endemias, epidemias e pandemias é fundamental. Ainda que tradicionalmente esse conhecimento direcione a focalização de
doenças infecciosas, atualmente esses conceitos também incluem seu uso para doenças crônico-degenerativas, os acidentes, as
violências, entre outros.
A endemia é definida como a presença habitual de uma doença, dentro dos limites esperados, em uma determinada área
geográfica, por um período de tempo ilimitado. Pode, também, referir-se à ocorrência usual de uma determinada doença, dentro
de uma área (GORDIS, 2010).
Esse fenômeno ocorre quando há uma constante renovação de suscetíveis na comunidade, exposição múltipla e repetida destes
a um determinado agente, isolamento relativo sem deslocamento importante da população em uma zona territorial. Por exemplo:
malária, febre amarela, doença de Chagas, esquistossomose etc. (MEDRONHO; WERNECK; PEREZ, 2009).
A epidemia, por sua vez, é definida como a ocorrência em uma comunidade ou região, de um grupo de doenças de natureza
similar, excedendo claramente a expectativa normal, derivada de uma fonte comum de propagação.

Resulta, portanto, em um “claro excesso de casos em relação ao esperado” quando comparado à frequência esperada (ou
habitual) de uma doença em uma determinada população, em um período determinado, não sendo necessariamente a “ocorrência
de muitos casos” (RIBEIRO, 2012).

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O número de casos de uma epidemia vai variar de acordo com o agente, o tipo e o tamanho da população exposta, além do
período e do local de ocorrência. A ocorrência de um único caso autóctone em uma região onde nunca tenha ocorrido ou que
esteja há muitos anos livre de uma determinada doença, representa uma epidemia, pois demonstra uma alteração substantiva na
estrutura epidemiológica relacionada à doença (MEDRONHO; WERNECK; PEREZ, 2009).

Qual diferença entre os casos autóctones e casos alóctones?


Os casos autóctones são aqueles oriundos do mesmo local onde ocorreram. Já os casos alóctones são aqueles casos
importados de outras localidades.

Quando as condições facilitam a propagação de agentes infecciosos no ambiente e associam-se a um grande número de pessoas
suscetíveis, pode ser dado espaço para o desenvolvimento de uma pandemia. O termo pandemia refere-se a uma epidemia de
grandes proporções geográficas, ou seja, atingindo vários países, inclusive mais de um continente. Como exemplo, podemos citar
a doença influenza A (H1N1) no ano de 2009, cujos primeiros casos ocorreram no México, expandindo-se para Europa, América
do Sul, América Central, África e Ásia (RIBEIRO, 2012).
A ocorrência de uma epidemia restrita a um espaço geográfico circunscrito é denominada surto. O surto consiste em uma
ocorrência epidêmica, em que todos os casos estão relacionados entre si, acometendo uma área geográfica pequena e delimitada
(como vilas ou bairros) ou uma população institucionalizada (como creches, asilos, escolas e presídios). Podemos citar como
exemplo, a ocorrência de inúmeros casos de intoxicação alimentar em um asilo, após ingestão de alimentos contaminados.

As etapas de investigação de epidemia ou surto incluem:

As três primeiras etapas são fundamentais. Em geral, no início da investigação, emprega-se uma definição de caso mais sensível,
que envolve casos confirmados e casos prováveis. A intenção é facilitar a identificação, a extensão do problema e os grupos
populacionais mais atingidos. Esse processo é fundamental, pois pode levar a elaboração de hipóteses importantes.
O processo de confirmação de uma epidemia ou surto envolve o estabelecimento do diagnóstico da doença e do estado
epidêmico. Torna-se imprescindível conhecer a frequência habitual de casos no lugar e período. A confirmação decorre da
comparação dos coeficientes de incidências (antes e depois).
As hipóteses são formuladas com vistas a identificar: fonte de infecção, transmissibilidade, agente etiológico, população em maior
risco e período de exposição. O relatório final deverá ser enviado aos profissionais que prestaram assistência médica aos casos e
aos participantes da investigação clínica e epidemiológica, representantes da comunidade, autoridades locais, administração
central dos órgãos responsáveis pela investigação e controle do evento (BRASIL, 2009).

RECAPITULANDO...
Endemia: o conceito de doença endêmica abrange uma condição clínica que ocorre com certa frequência em uma determinada
região. Essa frequência já é esperada.
Epidemia: é um aumento no número de casos de uma doença ou condição clínica (agravo).
Surto: caracteriza-se por um aumento do número de casos de uma doença de forma repentina e inesperada, havendo um número
maior do que aquele esperado pelas autoridades. Ele se restringe a uma população de uma região específica, podendo ser uma
população de uma instituição, por exemplos, surtos em uma unidade de um hospital (UTI, berçário etc), hospital, asilo etc.
Pandemia: ela ocorre quando a epidemia passa de um continente para outro, ou seja, quando toma proporções mundiais.

Vale ressaltar que as epidemias podem ser classificadas didaticamente quanto à origem e quanto à duração. Quanto à origem,
elas podem ser de fonte comum pontual ou fonte comum persistente (ou propagada). Quanto à duração, as epidemias podem ser
classificadas como explosivas ou lentas. Acompanhe o detalhamento da classificação das epidemias na figura a seguir.

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COEFICIENTES MAIS UTILIZADOS NA ÁREA DA Pode ser subdividido em:


SAÚDE • taxa de ataque primário – quando inclui os casos que
ocorreram no local do surto
Os coeficientes mais utilizados na área da saúde baseiam-se • taxa de ataque secundário – quando inclui os casos que
em dados sobre doenças (morbidade) e sobre eventos vitais ocorreram em outro local que não o do surto, são os
(nascimentos e mortes). chamados contatos ou comunicantes.

A morbidade é um termo genérico usado para designar o ATENÇÃO: A incidência representa o risco de ocorrência
conjunto de casos de uma dada afecção ou a soma de de uma doença.
agravos à saúde que atingem um grupo de indivíduos.
0 #IMPORTANTE!
Os coeficientes de prevalência e de incidência são medidas
Sempre que nos referimos ao termo morbidade, devemos muito utilizadas e de grande importância, pois possibilitam a
pensar em uma população predefinida, com localização análise do nível da saúde e da qualidade de vida de uma
espacial bem determinada, assim como um intervalo de determinada população, bem como indicam a necessidade
tempo e abrangência do estudo bem claros. Em resumo, a ou não da implementação de programas de assistência ou de
morbidade se refere aos indivíduos que se tornaram doentes controle epidemiológico de uma dada enfermidade.
num intervalo de tempo.
A incidência é mais utilizada para avaliação do
As medidas de morbidade mais utilizadas são: comportamento de doenças agudas, de curta duração,
1.Medida da prevalência: mede o número total de casos, enquanto a prevalência se dirige mais ao
episódios ou eventos existentes em um determinado ponto acompanhamento de doenças crônicas, de longa
do tempo. duração, em que os casos se acumulam ao longo dos
ATENÇÃO: A prevalência é considerada um retrato da anos.
população em dado período.
A prevalência e a incidência estão relacionadas, uma vez que
a prevalência é uma função da incidência mediada pelo
tempo de duração da doença. Veja na Figura a seguir como
determinados fatores podem influenciar a incidência de uma
doença.

2.Medida da incidência: mede o número de casos novos de


uma doença, episódio ou eventos na população exposta ao
risco de adoecer dentro de um período definido de tempo
(dia, semana, mês, ano). Atenção para a figura a seguir:
Quando utilizado para investigação de surtos Os coeficientes de mortalidade são os mais tradicionais
epidemiológicos, é também chamada de Taxa de Detecção / indicadores de saúde, sendo que os principais estão
Coeficiente de ataque, pois se refere a uma população relacionados a:
específica, bem delimitada, e por um período de tempo • Coeficiente de mortalidade geral
determinado. • Coeficiente de mortalidade infantil

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• Coeficiente de mortalidade neonatal precoce Veja na figura a seguir a correspondência cronológica para
• Coeficiente de mortalidade neonatal tardia cada tipo de mortalidade infantil comentada anteriormente:
• Coeficiente de mortalidade perinatal
• Coeficiente de mortalidade materna
• Coeficiente de mortalidade específico por doença

Coeficiente de Mortalidade Geral


Representa o risco de morte em uma população, com base
no total de óbitos em um dado período de tempo. É utilizado,
sobretudo, em comparações entre regiões de um mesmo
país ou entre diferentes países, sendo considerado um
indicador do nível de saúde de uma população: quando maior
ele for, menor será o nível de saúde.
Para seu cálculo, utiliza-se a fórmula:

Taxa de Mortalidade Materna


Número de óbitos em dado local e período x 10n
População do mesmo local e período Segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10),
mortalidade materna pode ser definida como o óbito de uma
Coeficiente de Mortalidade por Causa mulher durante a gestação ou até 42 dias após seu término,
A mortalidade por causa representa os óbitos ocorridos por independentemente da duração ou da localização da
uma doença específica, em uma dada população e em um gravidez, por qualquer causa relacionada com ou agravada
determinado período. pela gravidez ou por medidas em relação a ela, porém não
É um indicador que depende fundamentalmente da qualidade decorrente de causas acidentais ou incidentais.
da declaração de óbito, pois caso esteja mal preenchida ou a Mede, portanto, o risco de morte de mulheres gestantes ou
morte tenha ocorrido sem assistência, pode-se perder a quando se tornam gestantes. Os países em desenvolvimento
informação. As falhas frequentemente encontradas consistem costumam apresentar altos índices de mortes maternas que
no erro diagnóstico por ausência de recursos tecnológicos, refletem falta de estrutura e adequação dos serviços de
desconhecimento da maneira correta de preencher a saúde e ausência de planejamento familiar.
declaração de óbito, questões de ordem burocrática e Os óbitos maternos podem ser divididos em morte obstétricas
divergências de nomenclaturas das doenças. Não é possível, diretas (consequentes às complicações durante a gravidez ou
portanto, chegar a um coeficiente seguro, porém a utilização parto: aborto, infecção puerperal, etc) e mortes obstétricas
dos dados disponíveis permite a crítica e melhora. indiretas (derivadas de doenças prévias ou não devidas à
No Brasil, os dados sobre mortalidade são coletados do gestação, mas não por ela agravadas, como diabetes,
Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), o que cardiopatia, etc).
propicia o acesso aos gestores de dados para cálculo deste A morte materna deve ser ainda considerada quanto ao
coeficiente, auxiliando no planejamento de ações em saúde. período em que ocorreu, podendo ser classificada em morte
materna tardia (ocorre entre 42 dias e um ano do parto,
O coeficiente de mortalidade por causas é calculado pela podendo ser direta ou indireta) ou morte relacionada com a
fórmula: gravidez (ocorre até 42 dias do término da gravidez, também
Número de óbitos por determinada doença em dado podendo ser direta ou indireta).
local e período x 10n O coeficiente de mortalidade materna é calculado pela
População exposta ao risco seguinte fórmula:
Número de óbitos maternos em dado local e período x
Coeficiente ou taxa de mortalidade infantil 100 mil
O coeficiente de mortalidade infantil é comumente utilizado Número de nascidos vivos no mesmo local e período
como um indicador do nível de saúde de uma comunidade,
sendo obtido segundo a fórmula: Coeficiente de Letalidade
O coeficiente de letalidade ou fatalidade indica o número de
Óbitos de menores de 1 ano em determinada mortes relacionadas a uma dada doença. É calculado:
comunidade e ano x 1.000 Número de óbitos causados pela doença x 10n
Nascidos vivos na mesma comunidade e ano Número de casos da doença
A fim de melhor refletir a mortalidade infantil, este coeficiente
pode ser desdobrado em componentes: Trata-se de medida fundamental para o prognóstico médico,
pois indica o poder de determinada doença provocar morte.
a.Taxa de mortalidade neonatal: considera os óbitos de Como exemplos, há doenças com alta letalidade (raiva
crianças de zero a 27 dias de idade. Reflete as condições de humana), e outras cuja letalidade é muito baixa (gripe).
gestação, a assistência pré-natal, o momento do parto e os
óbitos decorrentes de prematuridade ou afecções congênitas Razão de Mortalidade Proporcional para 50 anos e mais
ou hereditárias. Pode ser analisada em duas dimensões: ou indicador de Swaroop - Uemura
a.1.TMI Neonatal Precoce: óbitos de crianças de zero a seis O indicador é utilizado para avaliar o nível de vida de uma
dias. população, pois, conforme aumenta a qualidade de vida,
a.2. TMI Neonatal Tardia: óbitos de crianças de sete a 27 maior será o número de idosos, refletindo melhora das
dias. condições econômicas, ambientais e políticas.
É calculado pela fórmula:
b.Taxa de Mortalidade Pós-neonatal: mortes de crianças
ocorridas entre 28 dias e 365 dias. Número de óbitos em pessoas com 50 anos ou mais
em dado local e período x 100
Total de óbitos no mesmo local e período
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QUESTÕES Está correto o que consta em


01. O Sistema de Informação de Agravos de Notificação A) II e III, apenas.
(Sinan) é alimentado, principalmente, pela notificação e B) I e II, apenas.
investigação de casos de doenças e agravos que C) I, II e III.
constam da lista nacional de doenças de notificação D) I e III, apenas.
compulsória. A ocorrência de suspeita ou confirmação E) II, apenas.
de eventos de saúde pública, doenças e agravos 05.(2014/CESGRANRIO/Petrobras) A notificação
listados, de acordo com a portaria vigente (PRC n° 4, de compulsória é a comunicação obrigatória sobre a
28 de setembro de 2017), são de comunicação ocorrência de suspeita ou confirmação de doença,
obrigatória à autoridade de saúde e devem ser realizados agravo ou evento de saúde pública que deve ser feita à
por: autoridade de saúde. Essa notificação NÃO é feita por
A) Rede de Atenção à Saúde. A) médicos.
B) Médicos e Conselho Regional de medicina. B) enfermeiros.
C) Conselho Regional de Medicina, Comitês de Ética em C) responsáveis pelos serviços privados de saúde.
pesquisa e Secretarias de Saúde do Estado. D) responsáveis pelos serviços públicos de saúde.
D) Médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos E) qualquer cidadão que tenha conhecimento dessa(s)
estabelecimentos de saúde, públicos ou privados. ocorrência(s).
E) Conselhos de Saúde, responsáveis pelos 06.(UFRN-2017) Considere o texto e a figura a seguir: “A
estabelecimentos de saúde e Secretarias de Saúde do morbidade é compreendida como o número de casos de
Estado e Município. doenças transmissíveis, não transmissíveis e de outros
02. O enfermeiro recebeu um relatório técnico sobre a agravos que acometem à saúde de uma determinada
situação do sarampo no estado do Ceará. No presente população, em um dado período. A Vigilância
relatório, há o seguinte gráfico: Epidemiológica tem como atribuição acompanhar,
sistematicamente, a incidência e a distribuição dos
agravos à saúde, por meio da consolidação e avaliação
dos registros de morbimortalidade e de outros dados
relevantes para a saúde pública, a fim de orientar
medidas de prevenção e controle”. (Elaboração da
banca)
A figura abaixo ilustra a ocorrência de 10 casos, identificados
pelas letras (A,B,...J), de uma determinada doença
transmissível, registrados no período de 2014 a 2016.

Após a análise, o enfermeiro convocou os agentes


comunitários de saúde para relatar os achados do relatório
para uma efetiva investigação epidemiológica. O resultado
descrito baseado no gráfico acima revelou que:
A) a maior incidência do sarampo foi em menores de 1 ano.
B) o maior percentual do sarampo foi na faixa de 20 a 29
anos.
C) a faixa etária de 15 a 19 anos merece receber uma
atenção especial, pois foi o segundo maior percentual de
casos.
D) é possível verificar uma relação diretamente proporcional
em todo o gráfico, pois, na medida em que a idade aumenta,
a incidência da doença também é elevada.
03.Mesmo após a interrupção da transmissão autóctone
do vírus do sarampo, é importante a manutenção do
sistema de vigilância epidemiológica da doença. Assim, Com base nessa figura e considerando os conceitos
um caso autóctone é definido como sendo: inerentes à vigilância epidemiológica e ao processo
A) o caso que, segundo informações disponíveis, não se epidêmico, conclui-se que
apresenta epidemiologicamente relacionado a outros já A) o número de casos incidentes em 2016 foi nulo.
conhecidos. B) a incidência da doença foi maior em 2015 do que em
B) o primeiro, entre vários casos, de natureza similar e 2014.
epidemiologicamente relacionados. C) a prevalência da doença foi de 08 casos, em 01/01/2015.
C) o caso contraído pelo enfermo na zona de sua residência. D) a prevalência da doença foi de 10 casos, ao final de 2016.
D) caso decorrente de uma transfusão de sangue ou outra 07. Associe os termos de mortalidade/morbidade à sua
forma de inoculação parenteral. definição na alternativa correta:
04. (2014/FCC/TRT - 13ª Região (PB)) Em vigilância X- É a ocorrência de certo número de casos controlados em
epidemiológica, a definição de casos tem o objetivo de determinada região.
possibilitar a comparação entre sua ocorrência em Y- É o aumento do número de casos de determinada doença,
diferentes áreas geográficas e épocas. De acordo com o muito acima do esperado e não delimitado a uma região.
Ministério da Saúde, os casos são classificados em Z- Compreende um número de casos de doença acima do
I. suspeitos. esperado, sem respeitar limites entre países ou continentes.
II. confirmados. Os exemplos mais atuais são a Aids e a Tuberculose.
III. descartados. A) X-EPIDEMIA; Y-ENDEMIA; Z-PANDEMIA.
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B) X- ENDEMIA; Y-EPDEMIA; Z-PANDEMIA. B) a proteção específica e o diagnóstico precoce e


C) X-PANDEMIA; Y-EPIDEMIA; Z-ENDEMIA. tratamento imediato.
D) X-PANDEMIA; Y-ENDEMIA; Z-EPIDEMIA. C) o diagnóstico precoce e tratamento imediato e a limitação
08. Considere os dados estatísticos hipotéticos sobre a da incapacidade.
dengue em três municípios da Bahia, em um mesmo D) a limitação da incapacidade e a reabilitação.
período. E) o diagnóstico precoce e tratamento imediato, a limitação
Município População Número de casos da incapacidade e a reabilitação.
X 62.000 habitantes 1.830 13. Com relação à história natural da doença, é
Y 45.000 habitantes 1.820 INCORRETO afirmar que:
Z 35.000 habitantes 1.800 A) tem desenvolvimento em dois períodos sequenciados: o
patológico e o epidemiológico.
Ao avaliar os dados apresentados acima, pode-se afirmar B) no período epidemiológico, o interesse é dirigido para as
que o risco de contrair a dengue é: relações suscetível-ambiente.
A) igual nos três municípios. C) no período patológico, interessam as modificações que se
B) maior no município X. passam no organismo vivo.
C) maior no município Z e menor no município X. D) abrange dois domínios interagentes, consecutivos e
D) igual nos municípios X e Y. mutuamente exclusivos, que se completam.
E) menor no município Z. E) o meio ambiente é onde ocorrem as pré-condições,
09. Assinale a afirmativa que apresenta a concepção da enquanto o meio interno é o locus da doença.
História Natural da Doença de Leavell & Clark na 14. Numa investigação epidemiológica de doença
explicação da causalidade do processo saúde doença. transmissível, os principais objetivos são
A) A perspectiva elaborada pelos autores trabalha com a A) analisar os casos por sexo e idade e comparar com os
abordagem médico-social do processo saúde-doença, contatos.
considerando os determinantes sociais de saúde e a crítica B) elaborar um diagrama de controle e calcular o índice
ao modo de produção capitalista. O processo saúde-doença endêmico.
no contexto da história natural da doença parte dos C) identificar o caso primário e o mecanismo de transmissão.
determinantes econômicos onde estão inseridos os sujeitos, D) isolar imediatamente todos os casos e tratá-los.
colocando a dimensão biológica secundária em relação ao E) vacinar todos os contatos e tratar os casos.
contexto político social. 15. A Investigação epidemiológica, realizada a partir de
B) O modelo da história natural da doença trabalha com a casos notificados e seus contatos, tem por principais
perspectiva do modelo médico hegemônico aplicado as objetivos:
questões sanitárias e as práticas clínicas da atenção médica, 1. Identificar o agente etiológico causador da doença.
desconsiderando a dimensão biológica do processo saúde- 2. Observar dados sobre a frequência usual da doença,
doença. relacionados a pessoas, lugar e tempo, no intuito de
C) Para os autores, microorganismos interagem com o confirmar a existência de um surto ou epidemia.
ambiente que favorecem ou não sua sobrevivência e 3. Conhecer o modo de transmissão, incluindo veículos e
multiplicação como agente etiológico. A predisposição do vetores que possam estar envolvidos no processo de
indivíduo à doença é o seu comportamento genético e a sua transmissão da doença.
resistência, sendo essa relacionada com os seus 4. Identificar a população susceptível que esteja em maior
comportamentos ou estilos de vida. A partir da perspectiva da risco de exposição ao agente para proceder às medidas
história natural da doença os autores propuseram medidas específicas de controle e à estratégia para a sua aplicação.
de intervenção nos diferentes estágios da doença: prevenção Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas
primária, secundária e terciária. corretas.
D) De acordo com os autores, os microorganismos interagem A) É correta apenas a afirmativa 1.
com o ambiente que produzem o processo de adoecimento. B) É correta apenas a afirmativa 2.
Os determinantes sociais da saúde são um dos principais C) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
elementos de leitura do processo saúde-doença. A história D) São corretas apenas as afirmativas 1,3 e 4.
natural da doença trabalha com os seguintes estágios: E) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.
promoção da saúde, prevenção primária e secundária. 16. A vigilância epidemiológica compreende o conjunto
10. (FUNCAB 2013) A tríade epidemiológica das doenças de ações que proporciona o conhecimento, a detecção
é composta por: ou prevenção de qualquer mudança nos fatores
A) determinante, vetor e suscetível. determinantes e condicionantes de saúde individual ou
B) hospedeiro, agente e ambiente. coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as
C) suscetível, vetor e agente. medidas de prevenção e controle das doenças e agravos.
D) vetor, hospedeiro e ambiente. Um dos pilares da vigilância para doenças com potencial
E) agente, hospedeiro e suscetível. epidêmico é a notificação compulsória de casos:
11. Segundo o modelo de Leavell & Clark, no período da A) Confirmados
pré-patogênese podem ser aplicadas as seguintes B) Suspeitos
medidas preventivas: C) De morte
A) promoção da saúde e proteção específica. D) Em tratamento
B) diagnóstico precoce e tratamento imediato. E) Internados
C) promoção da saúde e diagnóstico precoce. 17. O cálculo da proporção de óbitos entre os casos de
D) proteção específica e diagnóstico precoce. uma determinada doença representa um indicativo de
E) promoção da saúde, proteção específica e diagnóstico gravidade da doença. Qual o nome atribuído a este
precoce. coeficiente?
12. Pelo modelo de Leavell & Clark, são medidas de A)letalidade
prevenção secundária: B)mortalidade materna
A) a promoção da saúde e a proteção específica. C)mortalidade geral
D)mortalidade neonatal

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E)mortalidade infantil 23.(IBFC-2017) No Brasil, são doenças de notificação


18. Ocorrência de uma doença ou fenômeno restrita a um compulsória imediata:
espaço extremamente delimitado: colégio, quartel, A)Síndrome da Rubéola Congênita, Sífilis adquirida,
creches, grupos reunidos em uma festa, um quarteirão, congênita e em gestante
uma favela, um bairro etc. B)Tétano, Toxoplasmose Gestacional e Congênita
A)Variação Cíclica C)Raiva Humana, Sarampo e Rubéola
B)Endemia D)Tuberculose, Leishmaniose Visceral e Leishmaniose
C)Pandemia Tegumentar Americana
D)Surto Epidêmico E)HIV/AIDS - Infecção pelo Vírus da Imunodefciência
E)Epidemia Humana ou Síndrome da Imunodefciência Adquirida,
19. Caracterizada por uma epidemia com larga Hepatites Virais e Hanseníase
distribuição geográfica, atingindo mais de um país ou de 24.(IBFC-2016) A notificação compulsória é a
um continente. Um exemplo típico deste evento é a comunicação obrigatória à autoridade de saúde,
epidemia de AIDS que atinge todos os continentes. realizada pelos profissionais de saúde ou
A)Pandemia responsáveis pelos estabelecimentos de saúde,
B)Epidemia públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita
C)Endemia ou confirmação de doença, agravo ou evento de
D)Variação Cíclica saúde pública, podendo ser imediata ou semanal. É
E)Surto Epidêmico uma doença de notificação compulsória imediata:
20.(TRF-2° REGIÃO- CONSULPLAN- 2017) “A notificação A)Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ)
compulsória é a comunicação obrigatória à autoridade B)Doença aguda pelo vírus Zika
de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de C)Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e
saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de Criança exposta ao risco de transmissão vertical do HIV
saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de D)Hantavirose
suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento E)Sífilis Adquirida, Congênita ou em gestante
de saúde pública.”(Portaria nº 204, de 17 de fevereiro 25. Entende-se por prevenção quaternária:
de 2016.) A) Ação tomada para remover causas e fatores de risco de
Sobre a periodicidade da notificação das doenças, um problema de saúde individual ou populacional antes do
agravos à saúde estabelecidos na Lista Nacional de
desenvolvimento de uma condição clínica.
Notificação Compulsória, afirma-se corretamente que
A)doenças são de notificação mensal. B) Detecção de indivíduos em risco de intervenções,
B)todas as doenças são de notificação semanal. diagnósticas e/ou terapêuticas, excessivas para protegê-los
C)algumas doenças são de notificação imediata e outras de de novas intervenções médicas inapropriadas.
notificação semanal. C) Ação realizada para detectar um problema de saúde em
D)quando se aplica, todas as notificações imediatas devem estágio inicial, muitas vezes em estágio subclínico.
ser realizadas para o Ministério da Saúde. D) Ação implementada para reduzir em um indivíduo ou
21. A Portaria nº 204/ 2016 define a Lista Nacional de
população os prejuízos funcionais consequentes de um
Notificação Compulsória nos serviços de saúde
públicos e privados em todo o território nacional, problema agudo ou crônico, incluindo reabilitação.
abrange doenças, agravos e eventos de saúde pública 26. A Vigilância Epidemiológica constitui um importante
que, além daqueles de natureza infecciosa, os instrumento para o planejamento, a organização e a
decorrentes de natureza, EXCETO: operacionalização dos serviços de saúde, como também
A)Autoimunes. a normatização das atividades técnicas correlatas.
B)Intoxicantes. Considere as seguintes afirmações referentes a algumas
C)Decorrentes de vacinação.
ações dessa vigilância.
D)Decorrentes de atividades de trabalho.
22.(IESES-2017) Após a leitura do enunciado I Coletar dados e processá-los.
apresentado a seguir, identifique a afirmação correta: II Contabilizar dados processados e divulgar informações
A notificação compulsória consiste na comunicação pertinentes.
da ocorrência de casos individuais, agregados de III Recomendar medidas de diagnóstico precoce e tratamento
casos ou surtos, suspeitos ou confirmados, de apropriado.
determinada doença ou agravo à saúde que deve ser
IV Promover ações de controle indicadas e avaliar a eficácia
feita às autoridades sanitárias por profissionais de
saúde ou qualquer cidadão, visando à adoção das e a efetividade das medidas adotadas.
medidas de controle pertinentes. São doenças de São ações da Vigilância Epidemiológica as que estão
notificação compulsória: presentes nos itens
I. Hepatites virais, HIV/AIDS, Leptospirose. A) II e III.
II. Raiva humana, Síndrome da Rubéola Congênita, B) I e IV.
Sarampo. C) I e III.
III. Varicela em casos graves internados, Varicelas em
D) II e IV.
caso de óbito, Tuberculose.
IV. Sífilis Adquirida, Sífilis Congênita, Doença 27. O Ministério da Saúde define periodicamente a lista
Meningocócica e outras meningites. nacional de notificação compulsória de doenças, agravos
V. Dengue, Cólera, Tétano somente o tétano neonatal. e eventos de saúde pública nos serviços públicos e
A sequência correta é: privados em todo o território nacional. A inclusão de
A)as assertivas I, II, III e IV estão corretas. doenças e agravos nessa lista está condicionada a
B)Apenas as assertivas III e V estão corretas. alguns critérios, tais como a transcendência, que se
C)Apenas as assertivas IV e V estão corretas.
expressa por meio de características subsidiárias, que
D)Apenas as assertivas I, II, III e V estão corretas.

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conferem relevância especial à doença ou agravo. Entre D) os casos suspeitos de Síndrome da Imunodeficiência
essas características, destacam-se: Adquirida – AIDS devem ser notificados.
A) a magnitude, a vulnerabilidade e a severidade. E) somente os gestores estaduais e federal do SUS podem
B) a severidade, a relevância social e a relevância acrescentar novos agravos à lista de notificação.
econômica. 31. Os indicadores de saúde referem-se à mortalidade, à
C) o potencial de disseminação, a relevância social e a morbidade, aos fatores de risco ou à incapacidade.
magnitude. Considerando o exposto, assinale a alternativa correta.
D) a vulnerabilidade, a relevância econômica e o potencial de A) Os fatores de risco são estimados por meio de duas
disseminação. medidas: o risco absoluto e o risco atribuível.
28.A Notificação Compulsória de doenças, agravos e B) A taxa de prevalência é particularmente útil para medir a
eventos de saúde faz parte das ações de Vigilância importância das enfermidades de evolução lenta e crônica.
desenvolvidas pelo Ministério da Saúde. Sobre as C) Os indicadores de mortalidade são expressos por meio
disposições legais relacionadas ao processo de das taxas de incidência e de prevalência das enfermidades.
notificação, é correto afirmar que: D) A morbidade, embora, paradoxalmente, seja expressa em
A) agravo é definido como a situação que pode constituir privação total e completa da saúde, permanece como o
potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de fenômeno mais utilizado na referência dos indicadores de
surto ou epidemia de causa desconhecida. saúde.
B) o modelo de vigilância realizada a partir de 32.O conhecimento acerca dos modos de transmissão de
estabelecimento de saúde estratégico para a vigilância de doenças tem importância fundamental no controle e
morbidade e mortalidade de interesse para a saúde pública é vigilância epidemiológica. Sobre o assunto, analise as
denominado vigilância de notificação. afirmativas a seguir:
C) a notificação compulsória realizada em até 7 (sete) dias, a I. São considerados modo de transmissão horizontal aqueles
partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo, é em que o agente infeccioso é passado de uma pessoa a
denominada notificação compulsória negativa. outra, em um grupo de pessoas.
D) os casos de dengue, leishmaniose visceral e hepatites II. São exemplos de doenças de transmissão direta imediata:
virais fazem parte da lista de doenças ou agravos de herpes genital, gonorreia, hanseníase e sarampo.
notificação compulsória imediata. III. Na transmissão indireta, o indivíduo infectado elimina um
E) a notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo substrato vital que carreia o bioagente patogênico e este,
profissional de saúde ou responsável pelo serviço com passagem reduzida pelo meio ambiente, adentrará o
assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, meio interno de um indivíduo susceptível situado nas
em até 24 horas desse atendimento. proximidades, infectando-o.
29.Sobre a vigilância epidemiológica, é correto afirmar IV. A cólera, a esquistossomose, a doença de Chagas e o
que tracoma são exemplos de doenças que requerem hospedeiro
I. a notificação negativa é a notificação da não-ocorrência de intermediário, vetor ou veículo para sua transmissão.
doenças de notificação compulsória na área de abrangência Assinale a alternativa correta.
da unidade de saúde indicando que os profissionais e o A) Apenas I é verdadeira.
sistema de vigilância da área estão alertas para a ocorrência B) Apenas III é verdadeira.
de tais eventos. C) Apenas I, II e IV são verdadeiras.
II. a investigação epidemiológica é um trabalho de campo D) Apenas I, III e IV são verdadeiras.
realizado a partir de casos notificados clinicamente 33. A portaria Nº 204/2016 do Ministério da Saúde dispõe
confirmados com o objetivo de identificar a fonte de infecção, acerca da notificação compulsória de doenças, agravos e
o modo de transmissão, os grupos expostos a maior risco e eventos de saúde pública, e dá outras providências. Com
os fatores de risco a fim de orientar medidas de controle. base na referida publicação, analise as afirmativas a
III. o surto é a elevação do número de casos de uma doença seguir:
ou agravo, em determinado lugar e período de tempo, I. A notificação compulsória deverá ser realizada após a
caracterizando de forma clara um excesso em relação à confirmação de doença ou agravo de saúde.
frequência esperada. Destaca-se que não se restringe a uma II. A notificação compulsória também deverá ser realizada
população bem delimitada. pelos responsáveis por estabelecimentos públicos ou
A) Apenas item I está correto. privados educacionais, de cuidado coletivo, além de serviços
B) I e II estão corretos. de hemoterapia, unidades laboratoriais e instituições de
C) I e III estão corretos. pesquisa.
D) II e III estão corretos. III. A notificação compulsória imediata deverá ser realizada
E) Todos os itens estão corretos. pelo profissional de saúde ou responsável pelo serviço
30. De acordo com a normatização do sistema de assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente,
notificação compulsória de doenças, é correto afirmar em até 24 (vinte e quatro) horas desse atendimento.
que IV. A notificação compulsória mensal será feita à Secretaria
A) só devem ser notificados os casos confirmados. de Saúde do Município do local de atendimento do paciente
B) todo acidente por animal peçonhento deve ser notificado. com suspeita ou confirmação de doença ou agravo de
C) o tétano neonatal é de notificação, mas não o acidental. notificação compulsória.
Assinale a alternativa correta.

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A) Apenas II e III são verdadeiras. verificou-se a ocorrência de casos autóctones da doença


B) Apenas II e IV são verdadeiras. nessa região. Isso significa que esses casos:
C) Apenas I, II e III são verdadeiras. A) foram devidos à transmissão local da doença;
D) Apenas II, III e IV são verdadeiras. B) foram importados de outra localidade onde ocorreu a
34. A vigilância em saúde tem por objetivo a observação doença;
e análise permanentes da situação de saúde da C) eram assintomáticos, sendo diagnosticados por exames
população, sendo composta pelas vigilâncias: de sangue;
epidemiológica, de situação de saúde, saúde ambiental, D) eram graves e tiveram alta letalidade;
saúde do trabalhador e sanitária. Com base nas E) estavam acima do limite máximo esperado para aquele
Diretrizes Nacionais da Vigilância em Saúde, do local.
Ministério da Saúde, pode-se afirmar que: 38. A lista de notificação compulsória de doenças segue
A) o propósito da vigilância epidemiológica consiste em critérios recomendados pelo Ministério da Saúde no que
fornecer orientações técnica temporária para os que têm a tange à inclusão de doenças e agravos a serem
responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de informados ao sistema. Dentre esses critérios, aquele
controle de doenças e agravos. que reflete o potencial de transmissão da doença,
B) a vigilância sanitária deve ser entendida como um através de vetores ou outras fontes de infecção, é
conjunto de ações restritas à prevenção de riscos à saúde e denominado potencial de:
problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da A) letalidade;
produção e circulação de bens e da prestação de serviços de B) transcendência;
interesse da saúde. C) magnitude;
C) à vigilância sanitária cabe o controle de bens de consumo D) relevância econômica;
que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, E) disseminação.
compreendidas todas as etapas e processos, de sua 39. Durante o atendimento a uma paciente gestante,
produção ao consumo; bem como, o controle da prestação suspeitou-se que ela poderia estar com doença aguda
de serviços que, direta ou indiretamente, se relacionam com pelo vírus Zika. Após os encaminhamentos necessários,
a saúde. procedeu-se à notificação do agravo. De acordo com as
D) a vigilância epidemiológica consiste em um conjunto de disposições acerca da notificação compulsória de
ações que proporcionem a prevenção de mudanças nos doenças e agravos, é correto afirmar que:
fatores determinantes e condicionantes da saúde coletiva, A) a notificação só pode ser realizada pelo médico;
com a finalidade de recomendar e fiscalizar a adoção de B) a notificação deve ser realizada em até 24 horas;
medidas de prevenção e controle de doenças ou agravos. C) a notificação só pode ser realizada pelo enfermeiro;
35. A investigação epidemiológica é um trabalho de D) a notificação deve ser realizada em até 7 dias;
campo de extrema importância para a saúde pública. E) não cabe notificação de casos suspeitos.
Sobre o assunto, é correto afirmar que: 40. São doenças de notificação compulsória, exceto:
A) a gravidade do evento é um fator que condiciona a A) Dengue.
urgência no curso da investigação epidemiológica e na B) Sífilis adquirida.
implementação de medidas de controle. C) Equistossomose.
B) a investigação epidemiológica deve ser realizada somente D) Toxoplasmose.
mediante a confirmação do caso. 41. Fazem parte da lista de notificação compulsória,
C) as ações de controle devem ser instituídas após a exceto:
realização da investigação. A) Acidentes por animais peçonhentos.
D) a coleta de amostras para a análise laboratorial deve ser B) Violência doméstica.
realizada em todas as investigações epidemiológicas, sendo C) Dengue.
esta necessária para a confirmação dos casos suspeitos. D) Sífilis.
36. Sobre a vigilância epidemiológica de surtos e E) Gripe.
agravos, é correto afirmar que: 42. Um dos principais sistemas de informação utilizados
A) a notificação negativa corresponde à eliminação dos casos na vigilância epidemiológica é aquele proveniente da
suspeitos anteriormente notificados. lista de doenças e agravos de notificação compulsória.
B) não cabe aos gestores municipais e estaduais do Sistema São doenças sexualmente transmissíveis de notificação
Único de Saúde incluir outras doenças e agravos no elenco compulsória no Brasil:
de doenças de notificação compulsória. A) condiloma acuminado, sífilis congênita, HIV;
C) a notificação compulsória deve ser realizada, B) sífilis em gestante, condiloma acuminado, HIV;
exclusivamente, por profissional médico. C) sífilis em gestante, sífilis congênita, AIDS;
D) dada a natureza específica de cada doença ou agravo à D) HIV/AIDS, gonorreia, sífilis em gestantes;
saúde, a notificação deve seguir um processo dinâmico, E) AIDS, gonorreia, condiloma acuminado.
variável em função das mudanças no perfil epidemiológico e 43. De acordo com as normas do Ministério da Saúde, no
da disponibilidade de novos conhecimentos científicos e Brasil algumas condições devem ser notificadas de
tecnológicos. imediato (em até 24 horas) às Secretarias Municipais de
37. Durante a investigação de um surto de malária em Saúde. A alternativa que engloba tais condições é:
Barra de Guaratiba (Rio de Janeiro) na década de 1980,

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A) hantavirose, febre amarela, peste e paralisia flácida 48. A epidemiologia segundo Almeida Filho e
aguda. Rouquayrol, é a ciência que estuda a distribuição e os
B ) HIV em gestantes, hantavirose, leishmaniose visceral e determinantes dos problemas de saúde (fenômenos e
peste. processos associados) em populações humanas. Para
C ) febre amarela, peste, violência doméstica e hanseníase. tanto, a enfermagem deve conhecer alguns conceitos
D ) toxoplasmose gestacional, malária, raiva e intoxicação básicos para entender e analisar o processo saúde-
exógena. doença. O conceito de Virulência é:
44. A agente comunitária de saúde fez uma visita A) a capacidade do agente, uma vez instalado, de produzir
domiciliar para uma mulher, 78 anos de idade, viúva, sintomas e sinais (doença).
acamada, que depois do AVC mudou-se para a casa da B) a capacidade do agente de, após a infecção, induzir a
filha. A paciente tem diabetes e não tem tomado a imunidade no hospedeiro.
insulina como deveria, pois sua filha, às vezes, não tem C) a capacidade do agente de produzir efeitos graves ou
tempo para aplicar a medicação, por ser muito atarefada. fatais, relaciona-se à capacidade de produzir toxinas, de se
A agente comunitária já ouviu gritos na casa e perguntou multiplicar.
se a paciente vinha sofrendo violência em casa, mas a D) a capacidade de certos organismos (agentes) de penetrar,
paciente não confirmou... disse: "a minha filha grita, mas se desenvolver e/ou se multiplicar em um outro (hospedeiro)
só quando fica nervosa". A agente comunitária despediu- ocasionando uma infecção.
se e foi para a unidade, mas ficou muito preocupada com E) a capacidade do agente de, após a infecção, induzir a
a situação. Na discussão de família, a equipe levantou a imunidade no hospedeiro, por determinado período, voltando
suspeita da paciente estar vivenciando uma situação de a produzir sintomas e sinais.
maus tratos contra o idoso. Diante da suspeita de maus 49.Qual é a consequência imediata do início de programa
tratos contra o idoso, os profissionais de saúde deverão de rastreamento de câncer de colo do útero, num
acompanhar o caso e: determinado munícipio?
A) notificar a suspeita de maus tratos contra o idoso. A) Aumento da incidência
B) notificar, apenas se os maus tratos forem confirmados. B) Aumento da letalidade
C) notificar, apenas se o idoso estiver correndo risco de vida. C) Aumento do coeficiente de mortalidade
D) notificar, apenas se o idoso autorizar a notificação. D) Aumento da mortalidade geral
45. As epidemias podem ser classificadas de acordo com 50. Os dados de uma Secretaria Municipal de Saúde
sua progressão no tempo. Sendo assim, uma epidemia indicam a presença sistemática (habitual) de uma
explosiva é aquela em que determinada doença no município. Essa doença pode ser
A) a curva pode apresentar várias ondas epidêmicas. caracterizada como uma:
B) há uma exposição maciça, comum, seguida de casos A) pandemia;
secundários. B) endemia;
C) há um curto período de incubação e abundância de C) incidência;
formas clinicas. D) prevalência;
D) há uma exposição maciça, comum e de curta duração. E) epidemia.
E) a duração total do surto excede o período de incubação.
46. A etapa da investigação epidemiológica que visa à
identificação dos casos adicionais (secundários ou não)
ainda não notificados, ou aqueles oligossintomáticos
que não buscaram atenção médica, é denominada
GABARITO
A) coleta de dados.
B) processamento.
C) busca ativa. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D) análise parcial.
E) busca de pistas.
D A C C E A B C C B
47. Notificação compulsória é um registro que obriga e 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
universaliza as notificações, visando ao rápido controle A C A C E B A D A C
de eventos que requerem pronta intervenção. Para tanto, 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
foi criada uma Lista de Doenças de Notificação A A C D B B B E A B
Compulsória, na qual estão inseridas todas as doenças
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
da alternativa:
A) Asma, Câncer, Tuberculose, Leptospirose, Varicela. B A A C A D A E B D
B) Antraz, Botulismo, Cólera, Dengue, Sífilis congênita. 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
C) Cólera, Dengue, Febre reumática, Poliomielite, Varicela. E C A A D C B C A B
D) Câncer, Dengue, Hepatite A, Raiva humana, Tuberculose.
E) Febre amarela, Febre reumática, Leishmaniose visceral,
Sarampo.

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