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SUMÁRIO
📚 📌 LEGISLAÇÃO DE ENFERMAGEM 02
📚 📌 PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA EM
24
SAÚDE
📚 📌 CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO – CME 47
📚 📌 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERÍODO PRÉ, TRANS E PÓS-OPERATÓRIO 58
📚 📌 TRANSFUSÃO SANGUÍNEA E HEMODERIVADOS 73
📚 📌 SEGURANÇA DO PACIENTE
89
ADMNISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
📚 📌 REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
104
SUPORTE BÁSICO DE VIDA E SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
📚 📌 CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PACIENTES VÍTIMAS DE QUEIMADURAS 120
📚 📌 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM TOXICOLOGIA 125
📚 📌 ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS 128
📚 📌 PACIENTE CRÍTICO 141
📚 📌 CUIDADO DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE FERIDAS 155
📚 📌 POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO DO SUS 166
📚 📌 SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS E NOTIFICAÇÃO (SINAN) 172
ATENÇÃO! Este material é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998, que altera, atualiza e
consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos,
violam a lei e prejudica o professor que elabora o material pensando na sua APROVAÇÃO! Valorize o trabalho de
nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Aperfeiçoar Saúde ou com a professora Érica
Oliveira.
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LEGISLAÇÃO DE ENFERMAGEM
“O segredo é um só: acreditar que tudo vai dar certo! Porque vai!!”
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b) zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos LEI N 8.967, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1994
e de dependências de unidades de saúde; Altera a redação do parágrafo único do art. 23 da Lei nº
V - integrar a equipe de saúde; 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a
VI - participar de atividades de educação em saúde, regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras
inclusive: providências.
a) orientar os pacientes na pós-consulta, quanto ao
cumprimento das prescrições de enfermagem e médicas; Altera a redação do parágrafo único do art. 23 da Lei nº
b) auxiliar o Enfermeiro e o Técnico de Enfermagem 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a
na execução dos programas de educação para a saúde; regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras
VII - executar os trabalhos de rotina vinculados à alta de providências.
pacientes; O Presidente da República
VIII - participar dos procedimentos pós-morte. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
Art. 12. Ao Parteiro incumbe: sanciono a seguinte Lei:
I - prestar cuidados à gestante e à parturiente; Art. 1º – O Parágrafo único do Art. 23 da Lei nº 7.498 de 25
II - assistir ao parto normal, inclusive em domicílio; e de junho de 1986, passa a vigorar com a seguinte redação:
III - cuidar da puérpera e do recém-nascido.
Parágrafo único. As atividades de que trata este Parágrafo único – É assegurado aos Atendentes de
artigo são exercidas sob supervisão de Enfermeiro Obstetra, Enfermagem, admitidos antes da vigência desta Lei, o
quando realizadas em instituições de saúde, e, sempre que exercício das atividades elementares da Enfermagem,
possível, sob controle e supervisão de unidade de saúde, observado o disposto em seu artigo 15.
quando realizadas em domicílio ou onde se fizerem Art. 2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
necessárias. Art. 3º – Revogam-se as disposições em contrário.
Art. 13. As atividades relacionadas nos arts. 10 e 11
somente poderão ser exercidas sob supervisão, orientação e Brasília, 28 de dezembro de 1994; 175o da Independência e
direção de Enfermeiro. 106o da República
Art. 14. Incumbe a todo o pessoal de enfermagem: Itamar Franco
I - cumprir e fazer cumprir o Código de Deontologia Marcelo Pimentel
da Enfermagem;
II - quando for o caso, anotar no prontuário do
paciente as atividades da assistência de enfermagem, para
fins estatísticos.
Art. 15. Na administração pública direta e indireta, federal,
estadual, municipal, do Distrito Federal e dos Territórios será
exigida como condição essencial para provimento de cargos
e funções e contratação de pessoal de enfermagem, de
todos os graus, a prova de inscrição no Conselho Regional
de Enfermagem da respectiva região.
Parágrafo único. Os órgãos e entidades compreendidos
neste artigo promoverão, em articulação com o Conselho
Federal de Enfermagem, as medidas necessárias à
adaptação das situações já existentes com as disposições
deste Decreto, respeitados os direitos adquiridos quanto a
vencimentos e salários.
Art. 16. Este Decreto entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 17. Revogam-se as disposições em contrário.
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Vamos iniciar um dos tópicos que é de extrema importância não somente para concursos, mas também para fortalecer a nossa
profissão!
Aproveitem a leitura e tenham certeza que uma questão de qualquer concurso que você faça...lá estará uma questão sobre esse
assunto!!
A essência da enfermagem é o cuidar e a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é a metodologia usada para
planejar, executar e avaliar o cuidado, constituindo ferramenta fundamental ao trabalho do enfermeiro.
Várias são as nomenclaturas utilizadas para denominar a metodologia da assistência de enfermagem e a diversidade de
paradigmas da profissão é uma das principais causas dessa variedade. A assistência prestada de acordo com o processo de
enfermagem, a metodologia da assistência, consulta de enfermagem entre outros, segue o método científico para sua
implementação e, dessa forma, conduz à Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) (CHAVES; SOLAI, 2013).
O processo de enfermagem é um método científico, sistemático e dinâmico de prestação de cuidados humanizados e orientado
para a obtenção dos melhores resultados.
O método científico é uma abordagem que permite verificar se um conjunto de fatos corresponde à realidade e suas etapas
envolvem: identificar o problema a ser investigado, coletar dados, formular uma hipótese, testar as hipóteses, avaliar os resultados
para determinar se a hipótese foi provada.
ASPECTOS LEGAIS
Para contextualização desse tópico, a RESOLUÇÃO COFEN nº 358/2009 é a mais indicada. Vamos conhecê-la?
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RESOLVE:
Art. 1º O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou
privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem.
ATENÇÃO!!
Portanto, cuidado se na sua prova ele restringe os locais de aplicação do Processo de enfermagem. Veja que são tanto
em ambiente públicos quanto privados. Mas o requisito é: Ter cuidado profissional. Ou seja, aonde tem a enfermagem e
o cuidado profissional, então deve ser realizado o Processo de enfermagem. E “deve” de forma imperativa mesmo. É
uma regra! Há muita dúvida nesse sentido: Quando devo aplicar a SAE e o Processo de enfermagem professora? E a lei
é clara nessa explicação: Sempre quando houver o CUIDADO profissional, em outras palavras ASSISTÊNCIA de
enfermagem!
§ 1º – os ambientes de que trata o caput deste artigo referem-se a instituições prestadoras de serviços de internação hospitalar,
instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, fábricas, entre outros.
§ 2º – quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações
comunitárias, entre outros, o Processo de Saúde de Enfermagem corresponde ao usualmente denominado nesses ambientes
como Consulta de Enfermagem.
ATENÇÃO!!
Verifique que no § 1º a Resolução ainda detalha alguns ambientes. O importante é que você saiba que se nesse
ambiente tem cuidado da enfermagem, então deve ter o Processo de enfermagem. É citado escolas, fabricas, dentre
outros, mas claro, se tiver o cuidado da enfermagem nesses locais.
No § 2º a Resolução trata da Consulta de enfermagem. Durante a consulta se aplica as 5 etapas do processo de
enfermagem, a diferença é que a consulta ocorre em ambientes específicos, ou seja, em ambiente em que não há
regime de internação e sim atendimentos pontuais. De forma deliberada é de forma decidida! A enfermagem em cada
instituição analisa as suas características institucionais de deliberar a implementação da cada etapa. E sistemática,
porque deve ser organizada, metódica, em etapas!
Art. 2º O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes:
I Coleta de dados de Processo deliberado, sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e técnicas
Enfermagem (ou variadas, que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou
Histórico de coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e
Enfermagem) doença.
II Diagnóstico de Processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados na primeira etapa, que
Enfermagem culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que
representam, com mais exatidão, as respostas da pessoa, família ou coletividade humana em
um dado momento do processo saúde e doença; e que constituem a base para a seleção das
ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados.
III Planejamento de Determinação dos resultados que se espera alcançar; e das ações ou intervenções de
Enfermagem enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou coletividade
humana em um dado momento do processo saúde e doença, identificadas na etapa de
Diagnóstico de Enfermagem.
Conforme a figura acima: as teorias devem ser, então, aplicadas em todas as fases sendo para estas um suporte!
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Art. 4º Ao enfermeiro, observadas as disposições da Lei nº Eixo 7: categoria do diagnóstico (com foco no problema, de
7.498, de 25 de junho de 1986 e do Decreto nº 94.406, de risco, de promoção da saúde)
08 de junho de 1987, que a regulamenta, incumbe a
liderança na execução e avaliação do Processo de A Taxonomia da NANDA-I oferece uma maneira de
Enfermagem, de modo a alcançar os resultados de classificar e categorizar áreas de preocupação de um
enfermagem esperados, cabendo-lhe, privativamente, o enfermeiro (i.e., os focos dos diagnósticos). Ela possui 244
diagnóstico de enfermagem acerca das respostas da diagnósticos de enfermagem, agrupados em 13 domínios e
pessoa, família ou coletividade humana em um dado 47 classes.
momento do processo saúde e doença, bem como a Na Taxonomia dos diagnósticos de enfermagem da NANDA-
prescrição das ações ou intervenções de enfermagem a I, usamos um gráfico hierárquico para mostrar nossos
serem realizadas, face a essas respostas. domínios e classes (► Figura). Os diagnósticos em si não
Art. 5º O Técnico de Enfermagem e o Auxiliar de estão descritos nesse gráfico, embora pudessem estar. A
Enfermagem, em conformidade com o disposto na Lei nº razão principal da não inclusão é a existência de 244
7.498, de 25 de junho de 1986, e do Decreto 94.406, de 08 diagnósticos, o que deixaria o gráfico bastante grande – e de
de junho de 1987, que a regulamenta, participam da difícil leitura!
execução do Processo de Enfermagem, naquilo que lhes ► Figura – Domínios e classes da Taxonomia II da
couber, sob a supervisão e orientação do Enfermeiro. NANDA-I (2018-2020).
Art. 6º A execução do Processo de Enfermagem deve ser DOMÍNIOS CLASSES
registrada formalmente, envolvendo: Promoção da Saúde Percepção da Saúde
a)um resumo dos dados coletados sobre a pessoa, Controle da Saúde
família ou coletividade humana em um dado momento Nutrição Ingestão
do processo saúde e doença; Digestão
b)os diagnósticos de enfermagem acerca das respostas Absorção
da pessoa, família ou coletividade humana em um dado Metabolismo
momento do processo saúde e doença; Hidratação
c)as ações ou intervenções de enfermagem realizadas Eliminação e troca Função Urinária
face aos diagnósticos de enfermagem identificados; Função Gastrintestinal
d)os resultados alcançados como consequência das Função Tegumentar
ações ou intervenções de enfermagem realizadas. Função Respiratória
Art. 7º Compete ao Conselho Federal de Enfermagem e aos Atividade/repouso Sono/repouso
Conselhos Regionais de Enfermagem, no ato que lhes Atividade/exercício
couber, promover as condições, entre as quais, firmar Equilíbrio de energia
convênios ou estabelecer parcerias, para o cumprimento Respostas
desta Resolução. cardiovasculares/pulmonares
Art. 8º Esta Resolução entra em vigor na data de sua Autocuidado
publicação, revogando-se as disposições contrárias, em Percepção/cognição Atenção
especial, a Resolução COFEN nº 272/2002. Orientação
Sensação/percepção
CLASSIFICAÇÃO NA ENFERMAGEM Cognição
Comunicação
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Autopercepção Autoconceito
Um diagnóstico de enfermagem é um julgamento clínico Autoestima
sobre uma resposta humana a condições de Imagem corporal
saúde/processos da vida, ou uma vulnerabilidade a tal Papéis e relacionamentos Papéis do cuidador
resposta, de um indivíduo, uma família, um grupo ou uma Relações familiares
comunidade (NANDA-I, 2013). Desempenho de papéis
Os diagnósticos da NANDA-I são conceitos construídos por Sexualidade Identidade sexual
meio de um sistema multiaxial. Um eixo na Taxonomia II da
Função sexual
NANDA-I é definido operacionalmente como uma dimensão
Reprodução
da resposta humana considerada no processo diagnóstico.
Enfrentamento/tolerância ao Respostas pós-trauma
Existem sete eixos. O modelo de diagnóstico de
estresse Respostas de enfrentamento
Estresse
enfermagem da NANDA-I mostra esses eixos e suas
neurocomportamental
relações mútuas.
Princípios da vida Valores
Eixo 1: foco do diagnóstico
Crenças
Eixo 2: sujeito do diagnóstico (indivíduo, família, grupo,
Coerência entre
cuidador, comunidade, etc.)
valores/crenças/atos
Eixo 3: julgamento (prejudicado, ineficaz, etc.)
Segurança/proteção Infecção
Eixo 4: localização (oral, periférico, cerebral, etc.)
Lesão física
Eixo 5: idade (neonato, lactente, criança, adulto, etc.)
Violência
Eixo 6: tempo (crônico, agudo, intermitente)
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Os enfermeiros lidam com respostas a problemas de Para se ter uma diretriz sobre o que deve ser prescrito
saúde/processos da vida entre indivíduos, famílias, grupos e
a fim de que os resultados esperados sejam alcançados,
comunidades. Essas respostas são a preocupação central
o enfermeiro pode consultar a Nursing Intervention
dos cuidados de enfermagem e ocupam o círculo atribuído à
Classification (NIC), uma taxonomia de intervenções de
profissão. Um diagnóstico de enfermagem pode ser focado
enfermagem.
em um problema, um estado de promoção da saúde ou um
Todas as intervenções NIC têm um título, uma
risco potencial.
definição, e para cada uma delas são descritas atividades
que os enfermeiros realizam para solucionar os
Diagnóstico com foco no problema – um julgamento problemas apresentados pelos pacientes.
clínico a respeito de uma resposta humana indesejável a Cabe ressaltar que nem todas as atividades listadas
uma condição de saúde/processo da vida que existe em um encontram-se na forma prescritiva, cabendo ao enfermeiro
indivíduo, família, grupo ou comunidade. – após a checagem das ações a serem relacionadas com
Diagnóstico de risco – um julgamento clínico a respeito da o paciente em questão – prescrever corretamente o
suscetibilidade de um indivíduo, família, grupo ou cuidado a ser prestado. NIC ainda traz intervenções
comunidade para o desenvolvimento de uma resposta prioritárias, sugeridas e optativas.
humana indesejável a uma condição de saúde/processo da
vida. Intervenções prioritárias: São as mais prováveis
Diagnóstico de promoção da saúde – um julgamento para a solução do diagnóstico. Essas intervenções estão
clínico a respeito da motivação e do desejo de aumentar o listadas em negrito. Foram selecionadas por se
bem-estar e alcançar o potencial humano de saúde. Essas encaixarem bem na etiologia do diagnóstico e/ou
características definidoras, apresentarem mais atividades
respostas são expressas por uma disposição para melhorar
visando à solução do problema, poder ser utilizadas em
comportamentos de saúde específicos, podendo ser usadas uma quantidade maior de locais e serem bem conhecidas
em qualquer estado de saúde. Em pessoas incapazes de a partir de pesquisas e uso clínico para se solucionar o
expressar sua própria disposição para melhorar diagnóstico.
comportamentos de saúde, o enfermeiro pode determinar a Intervenções Sugeridas: aquelas com probabilidade
existência de uma condição para promoção da saúde e agir de remeter ao diagnóstico, mas não tão prováveis quanto
em benefício do indivíduo. As respostas de promoção da às intervenções prioritárias. São às vezes mencionadas
saúde podem manifestar-se em um indivíduo, família, grupo na literatura como remetentes ao diagnóstico, embora
ou comunidade. não sejam citadas com freqüência, podendo também ter
Embora em número limitado na Taxonomia da NANDA-I, relação apenas com a etiologia ou com a característica
uma síndrome pode estar presente. Uma síndrome é um definidora dos diagnósticos de enfermagem.
julgamento clínico relativo a um determinado agrupamento Intervenções adicionais optativas: são aquelas que
de diagnósticos de enfermagem que ocorrem juntos, sendo se aplica a apenas alguns pacientes com o diagnóstico.
mais bem tratado por meio de intervenções similares. Permitem ao enfermeiro personalizar ainda mais as
prescrições de cada paciente.
RESUMOS DE TERMO-CHAVE
Termo Descrição Breve
TAXONOMIA NOC
Diagnóstico de Problema, potencialidade ou risco
enfermagem identificado em indivíduo, família, A Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC
grupo ou comunidade
– Nursing Outcomes Classification) é uma taxonomia
Característica Sinal ou sintoma (indicadores
complementar às taxonomias de NANDA e da NIC. Nela
definidora objetivos ou subjetivos)
constam listagens de resultados de enfermagem para
Fator relacionado Causas ou fatores contribuintes
cada diagnóstico NANDA.
(fatores etiológicos)
A taxonomia NOC determina a condição de saúde de
Fator de risco Determinante (aumenta o risco) um paciente, do cuidador, da família, ou de uma
População em Grupos de pessoas que partilham comunidade, com o propósito de verificar as mudanças
risco alguma característica que faz cada apresentadas por eles após as intervenções de
membro ser suscetível a determinada enfermagem.
A classificação atual NOC é uma lista de 330
resposta humana. Essas
resultados, cada qual constituído de um nome
características não são modificáveis
pelo enfermeiro. identificador, uma definição, uma lista de indicadores para
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se determinar a condição de saúde do indivíduo, da célula é um todo esse todo não é mera soma das partes
família ou da comunidade em relação ao resultado constituintes de cada ser.
avaliado, uma escala de cinco pontos e uma lista com
referências. PIRÂMIDE DE MASLOW
TEORIAS DE ENFERMAGEM
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e a condições adequadas de trabalho, que possibilitem um liberdade, observando os preceitos éticos e legais da
cuidado profissional seguro e livre de danos. profissão.
Sobretudo, esses princípios fundamentais Art. 5º Associar-se, exercer cargos e participar de
reafirmam que o respeito aos direitos humanos é inerente ao Organizações da Categoria e Órgãos de Fiscalização do
exercício da profissão, o que inclui os direitos da pessoa à Exercício Profissional, atendidos os requisitos legais.
vida, à saúde, à liberdade, à igualdade, à segurança Art. 6º Aprimorar seus conhecimentos técnico-científicos,
pessoal, à livre escolha, à dignidade e a ser tratada sem ético-políticos, socioeducativos, históricos e culturais que
distinção de classe social, geração, etnia, cor, crença dão sustentação à prática profissional.
religiosa, cultura, incapacidade, deficiência, doença, Art. 7º Ter acesso às informações relacionadas à pessoa,
identidade de gênero, orientação sexual, nacionalidade, família e coletividade, necessárias ao exercício profissional.
convicção política, raça ou condição social. Art. 8º Requerer ao Conselho Regional de Enfermagem, de
forma fundamentada, medidas cabíveis para obtenção de
desagravo público em decorrência de ofensa sofrida no
exercício profissional ou que atinja a profissão.
Inspirado nesse conjunto de princípios é que o
Art. 9º Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem, de
Conselho Federal de Enfermagem, no uso das atribuições
forma fundamentada, quando impedido de cumprir o
que lhe são conferidas pelo Art. 8º, inciso III, da Lei nº 5.905,
presente Código, a Legislação do Exercício Profissional e as
de 12 de julho de 1973, aprova e edita esta nova revisão do
Resoluções, Decisões e Pareceres Normativos emanados
CEPE, exortando os profissionais de Enfermagem à sua fiel
pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.
observância e cumprimento.
Art. 10 Ter acesso, pelos meios de informação disponíveis,
às diretrizes políticas, normativas e protocolos institucionais,
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
bem como participar de sua elaboração.
A Enfermagem é comprometida com a produção e
Art. 11 Formar e participar da Comissão de Ética de
gestão do cuidado prestado nos diferentes contextos
Enfermagem, bem como de comissões interdisciplinares da
socioambientais e culturais em resposta às necessidades da
instituição em que trabalha.
pessoa, família e coletividade.
Art. 12 Abster-se de revelar informações confidenciais de
O profissional de Enfermagem atua com autonomia
que tenha conhecimento em razão de seu exercício
e em consonância com os preceitos éticos e legais, técnico-
profissional.
científico e teórico-filosófico; exerce suas atividades com
Art. 13 Suspender as atividades, individuais ou coletivas,
competência para promoção do ser humano na sua
quando o local de trabalho não oferecer condições seguras
integralidade, de acordo com os Princípios da Ética e da
para o exercício profissional e/ou desrespeitar a legislação
Bioética, e participa como integrante da equipe de
vigente, ressalvadas as situações de urgência e emergência,
Enfermagem e de saúde na defesa das Políticas Públicas,
devendo formalizar imediatamente sua decisão por escrito
com ênfase nas políticas de saúde que garantam a
e/ou por meio de correio eletrônico à instituição e ao
universalidade de acesso, integralidade da assistência,
Conselho Regional de Enfermagem.
resolutividade, preservação da autonomia das pessoas,
Art. 14 Aplicar o processo de Enfermagem como
participação da comunidade, hierarquização e
instrumento metodológico para planejar, implementar,
descentralização político-administrativa dos serviços de
avaliar e documentar o cuidado à pessoa, família e
saúde.
coletividade.
O cuidado da Enfermagem se fundamenta no
Art. 15 Exercer cargos de direção, gestão e coordenação,
conhecimento próprio da profissão e nas ciências humanas,
no âmbito da saúde ou de qualquer área direta ou
sociais e aplicadas e é executado pelos profissionais na
indiretamente relacionada ao exercício profissional da
prática social e cotidiana de assistir, gerenciar, ensinar,
Enfermagem.
educar e pesquisar.
Art. 16 Conhecer as atividades de ensino, pesquisa e
extensão que envolvam pessoas e/ou local de trabalho sob
CAPÍTULO I – DOS DIREITOS
sua responsabilidade profissional.
Art. 1º Exercer a Enfermagem com liberdade, segurança
Art. 17 Realizar e participar de atividades de ensino,
técnica, científica e ambiental, autonomia, e ser tratado sem
pesquisa e extensão, respeitando a legislação vigente.
discriminação de qualquer natureza, segundo os princípios e
Art. 18 Ter reconhecida sua autoria ou participação em
pressupostos legais, éticos e dos direitos humanos.
pesquisa, extensão e produção técnico-científica.
Art. 2º Exercer atividades em locais de trabalho livre de
Art. 19 Utilizar-se de veículos de comunicação, mídias
riscos e danos e violências física e psicológica à saúde do
sociais e meios eletrônicos para conceder entrevistas,
trabalhador, em respeito à dignidade humana e à proteção
ministrar cursos, palestras, conferências, sobre assuntos de
dos direitos dos profissionais de enfermagem.
sua competência e/ou divulgar eventos com finalidade
Art. 3º Apoiar e/ou participar de movimentos de defesa da
educativa e de interesse social.
dignidade profissional, do exercício da cidadania e das
Art. 20 Anunciar a prestação de serviços para os quais
reivindicações por melhores condições de assistência,
detenha habilidades e competências técnico-científicas e
trabalho e remuneração, observados os parâmetros e limites
legais.
da legislação vigente.
Art. 21 Negar-se a ser filmado, fotografado e exposto em
Art. 4º Participar da prática multiprofissional, interdisciplinar
mídias sociais durante o desempenho de suas atividades
e transdisciplinar com responsabilidade, autonomia e
profissionais.
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Art. 22 Recusar-se a executar atividades que não sejam de Art. 38 Prestar informações escritas e/ou verbais, completas
sua competência técnica, científica, ética e legal ou que não e fidedignas, necessárias à continuidade da assistência e
ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à segurança do paciente.
coletividade. Art. 39 Esclarecer à pessoa, família e coletividade, a
Art. 23 Requerer junto ao gestor a quebra de vínculo da respeito dos direitos, riscos, benefícios e intercorrências
relação profissional/usuários quando houver risco à sua acerca da assistência de Enfermagem.
integridade física e moral, comunicando ao Coren e Art. 40 Orientar à pessoa e família sobre preparo,
assegurando a continuidade da assistência de Enfermagem. benefícios, riscos e consequências decorrentes de exames e
de outros procedimentos, respeitando o direito de recusa da
CAPÍTULO II – DOS DEVERES pessoa ou de seu representante legal.
Art. 24 Exercer a profissão com justiça, compromisso, Art. 41 Prestar assistência de Enfermagem sem
equidade, resolutividade, dignidade, competência, discriminação de qualquer natureza.
responsabilidade, honestidade e lealdade. Art. 42 Respeitar o direito do exercício da autonomia da
Art. 25 Fundamentar suas relações no direito, na prudência, pessoa ou de seu representante legal na tomada de
no respeito, na solidariedade e na diversidade de opinião e decisão, livre e esclarecida, sobre sua saúde, segurança,
posição ideológica. tratamento, conforto, bem-estar, realizando ações
Art. 26 Conhecer, cumprir e fazer cumprir o Código de Ética necessárias, de acordo com os princípios éticos e legais.
dos Profissionais de Enfermagem e demais normativos do Parágrafo único. Respeitar as diretivas antecipadas da
Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem. pessoa no que concerne às decisões sobre cuidados e
Art. 27 Incentivar e apoiar a participação dos profissionais tratamentos que deseja ou não receber no momento em que
de Enfermagem no desempenho de atividades em estiver incapacitado de expressar, livre e autonomamente,
organizações da categoria. suas vontades.
Art. 28 Comunicar formalmente ao Conselho Regional de Art. 43 Respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade da
Enfermagem e aos órgãos competentes fatos que infrinjam pessoa, em todo seu ciclo vital e nas situações de morte e
dispositivos éticos-legais e que possam prejudicar o pós-morte.
exercício profissional e a segurança à saúde da pessoa, Art. 44 Prestar assistência de Enfermagem em condições
família e coletividade. que ofereçam segurança, mesmo em caso de suspensão
Art. 29 Comunicar formalmente, ao Conselho Regional de das atividades profissionais decorrentes de movimentos
Enfermagem, fatos que envolvam recusa e/ou demissão de reivindicatórios da categoria.
cargo, função ou emprego, motivado pela necessidade do Parágrafo único. Será respeitado o direito de greve e, nos
profissional em cumprir o presente Código e a legislação do casos de movimentos reivindicatórios da categoria, deverão
exercício profissional. ser prestados os cuidados mínimos que garantam uma
Art. 30 Cumprir, no prazo estabelecido, determinações, assistência segura, conforme a complexidade do paciente.
notificações, citações, convocações e intimações do Sistema Art. 45 Prestar assistência de Enfermagem livre de danos
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem. decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.
Art. 31 Colaborar com o processo de fiscalização do Art. 46 Recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e
exercício profissional e prestar informações fidedignas, Médica na qual não constem assinatura e número de
permitindo o acesso a documentos e a área física registro do profissional prescritor, exceto em situação de
institucional. urgência e emergência.
Art. 32 Manter inscrição no Conselho Regional de § 1º O profissional de Enfermagem deverá recusar-se a
Enfermagem, com jurisdição na área onde ocorrer o executar prescrição de Enfermagem e Médica em caso de
exercício profissional. identificação de erro e/ou ilegibilidade da mesma, devendo
Art. 33 Manter os dados cadastrais atualizados junto ao esclarecer com o prescritor ou outro profissional, registrando
Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição. no prontuário.
Art. 34 Manter regularizadas as obrigações financeiras junto § 2º É vedado ao profissional de Enfermagem o
ao Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição. cumprimento de prescrição à distância, exceto em casos de
Art. 35 Apor nome completo e/ou nome social, ambos urgência e emergência e regulação, conforme Resolução
legíveis, número e categoria de inscrição no Conselho vigente.
Regional de Enfermagem, assinatura ou rubrica nos Art. 47 Posicionar-se contra, e denunciar aos órgãos
documentos, quando no exercício profissional. competentes, ações e procedimentos de membros da
§ 1º É facultado o uso do carimbo, com nome completo, equipe de saúde, quando houver risco de danos decorrentes
número e categoria de inscrição no Coren, devendo constar de imperícia, negligência e imprudência ao paciente, visando
a assinatura ou rubrica do profissional. a proteção da pessoa, família e coletividade.
§ 2º Quando se tratar de prontuário eletrônico, a assinatura Art. 48 Prestar assistência de Enfermagem promovendo a
deverá ser certificada, conforme legislação vigente. qualidade de vida à pessoa e família no processo do nascer,
Art. 36 Registrar no prontuário e em outros documentos as viver, morrer e luto.
informações inerentes e indispensáveis ao processo de Parágrafo único. Nos casos de doenças graves incuráveis
cuidar de forma clara, objetiva, cronológica, legível, e terminais com risco iminente de morte, em consonância
completa e sem rasuras. com a equipe multiprofissional, oferecer todos os cuidados
Art. 37 Documentar formalmente as etapas do processo de paliativos disponíveis para assegurar o conforto físico,
Enfermagem, em consonância com sua competência legal.
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psíquico, social e espiritual, respeitada a vontade da pessoa extensão, devidamente aprovados nas instâncias
ou de seu representante legal. deliberativas.
Art. 49 Disponibilizar assistência de Enfermagem à Art. 57 Cumprir a legislação vigente para a pesquisa
coletividade em casos de emergência, epidemia, catástrofe envolvendo seres humanos.
e desastre, sem pleitear vantagens pessoais, quando Art. 58 Respeitar os princípios éticos e os direitos autorais
convocado. no processo de pesquisa, em todas as etapas.
Art. 50 Assegurar a prática profissional mediante Art. 59 Somente aceitar encargos ou atribuições quando se
consentimento prévio do paciente, representante ou julgar técnica, científica e legalmente apto para o
responsável legal, ou decisão judicial. desempenho seguro para si e para outrem.
Parágrafo único. Ficam resguardados os casos em que não Art. 60 Respeitar, no exercício da profissão, a legislação
haja capacidade de decisão por parte da pessoa, ou na vigente relativa à preservação do meio ambiente no
ausência do representante ou responsável legal. gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
Art. 51 Responsabilizar-se por falta cometida em suas
atividades profissionais, independentemente de ter sido CAPÍTULO III – DAS PROIBIÇÕES
praticada individual ou em equipe, por imperícia, Art. 61 Executar e/ou determinar atos contrários ao Código
imprudência ou negligência, desde que tenha participação de Ética e à legislação que disciplina o exercício da
e/ou conhecimento prévio do fato. Enfermagem.
Parágrafo único. Quando a falta for praticada em equipe, a Art. 62 Executar atividades que não sejam de sua
responsabilidade será atribuída na medida do(s) ato(s) competência técnica, científica, ética e legal ou que não
praticado(s) individualmente. ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à
Art. 52 Manter sigilo sobre fato de que tenha conhecimento coletividade.
em razão da atividade profissional, exceto nos casos Art. 63 Colaborar ou acumpliciar-se com pessoas físicas ou
previstos na legislação ou por determinação judicial, ou com jurídicas que desrespeitem a legislação e princípios que
o consentimento escrito da pessoa envolvida ou de seu disciplinam o exercício profissional de Enfermagem.
representante ou responsável legal. Art. 64 Provocar, cooperar, ser conivente ou omisso diante
§ 1º Permanece o dever mesmo quando o fato seja de de qualquer forma ou tipo de violência contra a pessoa,
conhecimento público e em caso de falecimento da pessoa família e coletividade, quando no exercício da profissão.
envolvida. Art. 65 Aceitar cargo, função ou emprego vago em
§ 2º O fato sigiloso deverá ser revelado em situações de decorrência de fatos que envolvam recusa ou demissão
ameaça à vida e à dignidade, na defesa própria ou em motivada pela necessidade do profissional em cumprir o
atividade multiprofissional, quando necessário à prestação presente código e a legislação do exercício profissional; bem
da assistência. como pleitear cargo, função ou emprego ocupado por
§ 3º O profissional de Enfermagem intimado como colega, utilizando-se de concorrência desleal.
testemunha deverá comparecer perante a autoridade e, se Art. 66 Permitir que seu nome conste no quadro de pessoal
for o caso, declarar suas razões éticas para manutenção do de qualquer instituição ou estabelecimento congênere,
sigilo profissional. quando, nestas, não exercer funções de enfermagem
§ 4º É obrigatória a comunicação externa, para os órgãos de estabelecidas na legislação.
responsabilização criminal, independentemente de Art. 67 Receber vantagens de instituição, empresa, pessoa,
autorização, de casos de violência contra: crianças e família e coletividade, além do que lhe é devido, como forma
adolescentes; idosos; e pessoas incapacitadas ou sem de garantir assistência de Enfermagem diferenciada ou
condições de firmar consentimento. benefícios de qualquer natureza para si ou para outrem.
§ 5º A comunicação externa para os órgãos de Art. 68 Valer-se, quando no exercício da profissão, de
responsabilização criminal em casos de violência doméstica mecanismos de coação, omissão ou suborno, com pessoas
e familiar contra mulher adulta e capaz será devida, físicas ou jurídicas, para conseguir qualquer tipo de
independentemente de autorização, em caso de risco à vantagem.
comunidade ou à vítima, a juízo do profissional e com Art. 69 Utilizar o poder que lhe confere a posição ou cargo,
conhecimento prévio da vítima ou do seu responsável. para impor ou induzir ordens, opiniões, ideologias políticas
Art. 53 Resguardar os preceitos éticos e legais da profissão ou qualquer tipo de conceito ou preconceito que atentem
quanto ao conteúdo e imagem veiculados nos diferentes contra a dignidade da pessoa humana, bem como dificultar o
meios de comunicação e publicidade. exercício profissional.
Art. 54 Estimular e apoiar a qualificação e o Art. 70 Utilizar dos conhecimentos de enfermagem para
aperfeiçoamento técnico-científico, ético-político, praticar atos tipificados como crime ou contravenção penal,
socioeducativo e cultural dos profissionais de Enfermagem tanto em ambientes onde exerça a profissão, quanto
sob sua supervisão e coordenação. naqueles em que não a exerça, ou qualquer ato que infrinja
Art. 55 Aprimorar os conhecimentos técnico-científicos, os postulados éticos e legais.
ético-políticos, socioeducativos e culturais, em benefício da Art. 71 Promover ou ser conivente com injúria, calúnia e
pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da difamação de pessoa e família, membros das equipes de
profissão. Enfermagem e de saúde, organizações da Enfermagem,
Art. 56 Estimular, apoiar, colaborar e promover o trabalhadores de outras áreas e instituições em que exerce
desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e sua atividade profissional.
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Art. 72 Praticar ou ser conivente com crime, contravenção desde que não ofereça risco a integridade física do
penal ou qualquer outro ato que infrinja postulados éticos e profissional.
legais, no exercício profissional. Art. 77 Executar procedimentos ou participar da assistência
Art. 73 Provocar aborto, ou cooperar em prática destinada a à saúde sem o consentimento formal da pessoa ou de seu
interromper a gestação, exceto nos casos permitidos pela representante ou responsável legal, exceto em iminente
legislação vigente. risco de morte.
Parágrafo único. Nos casos permitidos pela legislação, o Art. 78 Administrar medicamentos sem conhecer indicação,
profissional deverá decidir de acordo com a sua consciência ação da droga, via de administração e potenciais riscos,
sobre sua participação, desde que seja garantida a respeitados os graus de formação do profissional.
continuidade da assistência. Art. 79 Prescrever medicamentos que não estejam
estabelecidos em programas de saúde pública e/ou em
rotina aprovada em instituição de saúde, exceto em
situações de emergência.
Art. 80 Executar prescrições e procedimentos de qualquer
natureza que comprometam a segurança da pessoa.
Art. 81 Prestar serviços que, por sua natureza, competem a
outro profissional, exceto em caso de emergência, ou que
estiverem expressamente autorizados na legislação vigente.
Art. 82 Colaborar, direta ou indiretamente, com outros
profissionais de saúde ou áreas vinculadas, no
ATENÇÃO!!
descumprimento da legislação referente aos transplantes de
Quando não há outro meio de salvar a vida da mulher:
órgãos, tecidos, esterilização humana, reprodução assistida
Dois médicos devem assinar um laudo sobre o risco de
ou manipulação genética.
morte para a mulher. Recomenda-se um obstetra e um
Art. 83 Praticar, individual ou coletivamente, quando no
especialista na complicação que ela tem.
exercício profissional, assédio moral, sexual ou de qualquer
Quando a gravidez resulta de estupro/violência sexual:
natureza, contra pessoa, família, coletividade ou qualquer
Não há necessidade de registro policial, mas os profissionais
membro da equipe de saúde, seja por meio de atos ou
de saúde devem verificar se há alguma contradição na
expressões que tenham por consequência atingir a
história antes de autorizar o procedimento. Eles devem
dignidade ou criar condições humilhantes e
realizar uma ecografia para confirmar se o tempo de
constrangedoras.
gestação está de acordo com o relato da vítima. Um
Art. 84 Anunciar formação profissional, qualificação e título
conjunto de documentos deve ser preenchido e assinado:
que não possa comprovar.
Termo de relato circunstanciado – A mulher declara que
Art. 85 Realizar ou facilitar ações que causem prejuízo ao
sofreu um abuso e o descreve. Dois profissionais de saúde
patrimônio das organizações da categoria.
assinam como testemunhas.
Art. 86 Produzir, inserir ou divulgar informação inverídica ou
Parecer técnico – O médico afirma que há compatibilidade
de conteúdo duvidoso sobre assunto de sua área
entre a idade gestacional e a data da violência.
profissional.
Termo de aprovação de procedimento de interrupção da
Parágrafo único. Fazer referência a casos, situações ou
gravidez – Três integrantes da equipe multidisciplinar
fatos, e inserir imagens que possam identificar pessoas ou
atestam que o pedido de aborto por estupro está em
instituições sem prévia autorização, em qualquer meio de
conformidade com a legislação, aprovando sua realização.
comunicação.
Termo de responsabilidade – A paciente assume a
Art. 87 Registrar informações incompletas, imprecisas ou
responsabilidade penal pelos crimes de falsidade ideológica
inverídicas sobre a assistência de Enfermagem prestada à
e aborto, caso tenha faltado com a verdade.
pessoa, família ou coletividade.
Termo de consentimento livre e esclarecido – A paciente
Art. 88 Registrar e assinar as ações de Enfermagem que
declara ter sido esclarecida sobre o procedimento e ter
não executou, bem como permitir que suas ações sejam
decidido interromper a gestação.
assinadas por outro profissional.
Art. 89 Disponibilizar o acesso a informações e documentos
Atenção! Em 2012, o STF considerou que não é crime a a terceiros que não estão diretamente envolvidos na
interrupção de gravidez quando o feto não desenvolve prestação da assistência de saúde ao paciente, exceto
cérebro e cerebelo. Para a realização, são necessárias duas quando autorizado pelo paciente, representante legal ou
ecografias que comprovem a anencefalia. responsável legal, por determinação judicial.
Art. 90 Negar, omitir informações ou emitir falsas
Art. 74 Promover ou participar de prática destinada a declarações sobre o exercício profissional quando solicitado
antecipar a morte da pessoa. pelo Conselho Regional de Enfermagem e/ou Comissão de
Art. 75 Praticar ato cirúrgico, exceto nas situações de Ética de Enfermagem.
emergência ou naquelas expressamente autorizadas na Art. 91 Delegar atividades privativas do(a) Enfermeiro(a) a
legislação, desde que possua competência técnica-científica outro membro da equipe de Enfermagem, exceto nos casos
necessária. de emergência.
Art. 76 Negar assistência de enfermagem em situações de Parágrafo único. Fica proibido delegar atividades privativas
urgência, emergência, epidemia, desastre e catástrofe, a outros membros da equipe de saúde.
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Art. 92 Delegar atribuições dos(as) profissionais de Art. 108 As penalidades a serem impostas pelo Sistema
enfermagem, previstas na legislação, para acompanhantes Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, conforme o
e/ou responsáveis pelo paciente. que determina o art. 18, da Lei n° 5.905, de 12 de julho de
Parágrafo único. O dispositivo no caput não se aplica nos 1973, são as seguintes:
casos da atenção domiciliar para o autocuidado apoiado. I – Advertência verbal;
Art. 93 Eximir-se da responsabilidade legal da assistência II – Multa;
prestada aos pacientes sob seus cuidados realizados por III – Censura;
alunos e/ou estagiários sob sua supervisão e/ou orientação. IV – Suspensão do Exercício Profissional;
Art. 94 Apropriar-se de dinheiro, valor, bem móvel ou V – Cassação do direito ao Exercício Profissional.
imóvel, público ou particular, que esteja sob sua § 1º A advertência verbal consiste na admoestação ao
responsabilidade em razão do cargo ou do exercício infrator, de forma reservada, que será registrada no
profissional, bem como desviá-lo em proveito próprio ou de prontuário do mesmo, na presença de duas testemunhas.
outrem. § 2º A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento de
Art. 95 Realizar ou participar de atividades de ensino, 01 (um) a 10 (dez) vezes o valor da anuidade da categoria
pesquisa e extensão, em que os direitos inalienáveis da profissional à qual pertence o infrator, em vigor no ato do
pessoa, família e coletividade sejam desrespeitados ou pagamento.
ofereçam quaisquer tipos de riscos ou danos previsíveis aos § 3º A censura consiste em repreensão que será divulgada
envolvidos. nas publicações oficiais do Sistema Cofen/Conselhos
Art. 96 Sobrepor o interesse da ciência ao interesse e Regionais de Enfermagem e em jornais de grande
segurança da pessoa, família e coletividade. circulação.
Art. 97 Falsificar ou manipular resultados de pesquisa, bem § 4º A suspensão consiste na proibição do exercício
como usá-los para fins diferentes dos objetivos previamente profissional da Enfermagem por um período de até 90
estabelecidos. (noventa) dias e será divulgada nas publicações oficiais do
Art. 98 Publicar resultados de pesquisas que identifiquem o Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem,
participante do estudo e/ou instituição envolvida, sem a jornais de grande circulação e comunicada aos órgãos
autorização prévia. empregadores.
Art. 99 Divulgar ou publicar, em seu nome, produção § 5º A cassação consiste na perda do direito ao exercício da
técnico-científica ou instrumento de organização formal do Enfermagem por um período de até 30 anos e será
qual não tenha participado ou omitir nomes de coautores e divulgada nas publicações do Sistema Cofen/Conselhos
colaboradores. Regionais de Enfermagem e em jornais de grande
Art. 100 Utilizar dados, informações, ou opiniões ainda não circulação.
publicadas, sem referência do autor ou sem a sua § 6º As penalidades aplicadas deverão ser registradas no
autorização. prontuário do infrator.
Art. 101 Apropriar-se ou utilizar produções técnico- § 7º Nas penalidades de suspensão e cassação, o
científicas, das quais tenha ou não participado como autor, profissional terá sua carteira retida no ato da notificação, em
sem concordância ou concessão dos demais partícipes. todas as categorias em que for inscrito, sendo devolvida
Art. 102 Aproveitar-se de posição hierárquica para fazer após o cumprimento da pena e, no caso da cassação, após
constar seu nome como autor ou coautor em obra técnico- o processo de reabilitação.
científica. Art. 109 As penalidades, referentes à advertência verbal,
CAPÍTULO IV – DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES multa, censura e suspensão do exercício profissional, são da
Art. 103 A caracterização das infrações éticas e responsabilidade do Conselho Regional de Enfermagem,
disciplinares, bem como a aplicação das respectivas serão registradas no prontuário do profissional de
penalidades regem-se por este Código, sem prejuízo das Enfermagem; a pena de cassação do direito ao exercício
sanções previstas em outros dispositivos legais. profissional é de competência do Conselho Federal de
Art. 104 Considera-se infração ética e disciplinar a ação, Enfermagem, conforme o disposto no art. 18, parágrafo
omissão ou conivência que implique em desobediência e/ou primeiro, da Lei n° 5.905/73.
inobservância às disposições do Código de Ética dos Parágrafo único. Na situação em que o processo tiver
Profissionais de Enfermagem, bem como a inobservância origem no Conselho Federal de Enfermagem e nos casos de
das normas do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de cassação do exercício profissional, terá como instância
Enfermagem. superior a Assembleia de Presidentes dos Conselhos de
Art. 105 O(a) Profissional de Enfermagem responde pela Enfermagem.
infração ética e/ou disciplinar, que cometer ou contribuir para Art. 110 Para a graduação da penalidade e respectiva
sua prática, e, quando cometida(s) por outrem, dela(s) imposição consideram-se:
obtiver benefício. I – A gravidade da infração;
Art. 106 A gravidade da infração é caracterizada por meio II – As circunstâncias agravantes e atenuantes da infração;
da análise do(s) fato(s), do(s) ato(s) praticado(s) ou ato(s) III – O dano causado e o resultado;
omissivo(s), e do(s) resultado(s). IV – Os antecedentes do infrator.
Art. 107 A infração é apurada em processo instaurado e Art. 111 As infrações serão consideradas leves, moderadas,
conduzido nos termos do Código de Processo Ético- graves ou gravíssimas, segundo a natureza do ato e a
Disciplinar vigente, aprovado pelo Conselho Federal de circunstância de cada caso.
Enfermagem.
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§ 1º São consideradas infrações leves as que ofendam a Art. 117 A pena de Censura é aplicável nos casos de
integridade física, mental ou moral de qualquer pessoa, sem infrações ao que está estabelecido nos artigos: 31, 41, 42,
causar debilidade ou aquelas que venham a difamar 43, 44, 45, 50, 51, 52, 57, 58, 59, 61, 62, 63, 64, 65, 66,
organizações da categoria ou instituições ou ainda que 67,68, 69, 70, 71, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83,
causem danos patrimoniais ou financeiros. 84, 85, 86, 88, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 97, 99, 100, 101 e 102.
§ 2º São consideradas infrações moderadas as que Art. 118 A pena de Suspensão do Exercício Profissional é
provoquem debilidade temporária de membro, sentido ou aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido
função na pessoa ou ainda as que causem danos mentais, nos artigos: 32, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 59, 61, 62, 63,
morais, patrimoniais ou financeiros. 64, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78,79, 80, 81, 82,
§ 3º São consideradas infrações graves as que provoquem 83, 85, 87, 89, 90, 91, 92, 93, 94 e 95.
perigo de morte, debilidade permanente de membro, sentido Art. 119 A pena de Cassação do Direito ao Exercício
ou função, dano moral irremediável na pessoa ou ainda as Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que está
que causem danos mentais, morais, patrimoniais ou estabelecido nos artigos: 45, 64, 70, 72, 73, 74, 80, 82, 83,
financeiros. 94, 96 e 97.
§ 4º São consideradas infrações gravíssimas as que QUESTÕES
provoquem a morte, debilidade permanente de membro, 01.De acordo com a Lei do Exercício Profissional (Lei nº
sentido ou função, dano moral irremediável na pessoa. 7.498/86, de 25 de junho de 1986), analise as assertivas
Art. 112 São consideradas circunstâncias atenuantes: abaixo e marque com V as afirmativas que forem
Verdadeiras e com F as que forem Falsas.
I – Ter o infrator procurado, logo após a infração, por sua
( ) I. A Enfermagem e suas atividades auxiliares somente
espontânea vontade e com eficiência, evitar ou minorar as podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e
consequências do seu ato; inscritas no Conselho Federal de Enfermagem com
II – Ter bons antecedentes profissionais; jurisdição na área nacional.
III – Realizar atos sob coação e/ou intimidação ou grave ( ) II. É privativa da equipe de Enfermagem a realização de
ameaça; planejamento, organização, coordenação, execução e
IV – Realizar atos sob emprego real de força física; avaliação dos serviços da assistência de enfermagem.
( ) III. Todas as atividades de Enfermagem realizadas em
V – Ter confessado espontaneamente a autoria da infração;
instituições públicas e privadas e em programas de saúde,
VI – Ter colaborado espontaneamente com a elucidação dos somente podem ser desempenhadas sob a orientação e a
fatos. supervisão de enfermeiro.
Art. 113 São consideradas circunstâncias agravantes: ( ) IV. Como integrante da equipe de saúde, o enfermeiro
I – Ser reincidente; poderá atuar na prevenção e controle sistemático da
II – Causar danos irreparáveis; infecção hospitalar e de doenças transmissíveis em geral.
III – Cometer infração dolosamente; Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.
A) V, V, F, V.
IV – Cometer a infração por motivo fútil ou torpe;
B) V, F, V, F.
V – Facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a C) F, V, V, V.
impunidade ou a vantagem de outra infração; D) F, F, V, V.
VI – Aproveitar-se da fragilidade da vítima; 02.O enfermeiro, por realizar supervisão direta do
VII – Cometer a infração com abuso de autoridade ou profissional técnico de enfermagem, verificou em seu
violação do dever inerente ao cargo ou função ou exercício plantão no Hospital Mental Bons Ventos, que o técnico
executou atividade que não era de sua competência,
profissional;
“ferindo” os pressupostos da Resolução COFEN nº
VIII – Ter maus antecedentes profissionais; 7498/86. Analise os casos a seguir e marque a
IX – Alterar ou falsificar prova, ou concorrer para a alternativa que aponta uma ação do técnico fora das
desconstrução de fato que se relacione com o apurado na determinações legais:
denúncia durante a condução do processo ético. A) fez prescrição da assistência de enfermagem.
B) participou da orientação e da supervisão do trabalho de
CAPÍTULO V – DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES Enfermagem em grau auxiliar.
C) participou da programação da assistência de
Art. 114 As penalidades previstas neste Código somente
Enfermagem realizada pela equipe de enfermagem durante
poderão ser aplicadas, cumulativamente, quando houver o mês.
infração a mais de um artigo. D) participou do planejamento da assistência de
Art. 115 A pena de Advertência verbal é aplicável nos casos enfermagem, como membro da equipe de saúde.
de infrações ao que está estabelecido nos artigos:, 26, 28, 03.O Enfermeiro da Unidade de Centro de Material e
29, 30, 31, 32, 33, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 46, 48, Esterilização (CME), no final do plantão, estava
47, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57,58, 59, 60, 61, 62, 65, checando os materiais esterilizados para deixar para o
próximo turno. A Enfermeira do Centro-Cirúrgico
66, 67, 69, 76, 77, 78, 79, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89,
solicitou uma caixa extra de instrumental esterilizado
90, 91, 92, 93, 94, 95, 98, 99, 100, 101 e 102. para a cirurgia que estava em andamento. O Enfermeiro
Art. 116 A pena de Multa é aplicável nos casos de infrações da CME, na pressa, não tomou os devidos cuidados e
ao que está estabelecido nos artigos: 28, 29, 30, 31, 32, 35, forneceu a caixa de instrumental que não estava
36, 38, 39, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 57, 58, 59, 61, 62, esterilizada. Neste caso, considerando os aspectos
63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, éticos, o profissional cometeu
___________________________. Assinale a alternativa
79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94,
que completa corretamente a lacuna.
95, 96, 97, 98, 99, 100, 101 e 102. A) Imperícia
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Assinale o item que corresponde a sequência correta, de atividade na área dessa jurisdição, e para o exercício
cima para baixo, da 2ª coluna: eventual em qualquer parte do Território Nacional.
A) V, III, IV, II, I. 16.Uma das etapas da Sistematização da Assistência de
B) IV, III, V, II, I. Enfermagem é a Implementação. Sobre esta é
C) V, II, IV, I, III. INCORRETO afirmar:
D) IV, III, I, II, V. A) A implementação refere-se às ações iniciadas para a
12.Ao devolver o processo de enfermagem, o enfermeiro obtenção das metas e objetivos definidos.
se utiliza da “Classificação dos Resultados de B) É a prestação dos cuidados de enfermagem.
Enfermagem (NOC)” na etapa de C) É colocar em ação o plano de cuidados previamente
A) planejamento de enfermagem. definido e prescrito.
B) coleta de dados. D) A fase de implementação engloba todas as ações de
C) implementação. enfermagem dirigidas à resolução dos problemas e as
D) avaliação. necessidades de assistência de saúde do cliente/paciente.
E) diagnóstico de enfermagem. E) As ações de enfermagem só podem ser realizadas pela
13.O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem enfermeira que desenvolveu o planejamento, e em casos de
estabelece que, nos casos previstos em Lei, o urgência ou troca de plantão, por outras enfermeiras, ou por
profissional de enfermagem deve decidir, de acordo auxiliares e técnicos de enfermagem.
com a sua consciência, sobre a sua participação ou não 17.A Resolução COFEN-358/2009 dispõe sobre
A) em prática destinada a antecipar a morte de pessoa em aSistematização da Assistência de Enfermagem e
estado terminal, quando há autorização formal do paciente aimplementação do Processo de Enfermagem. Entre as
para tal. suas etapas está Implementação que significa:
B) no ato abortivo. A) Processo de interpretação e agrupamento dos dados
C) na prestação de primeiros socorros a vítimas graves de coletados.
acidentes de trânsito. B) Verificação da necessidade de mudanças ou adaptações
D) na eutanásia. nas etapas do Processo deEnfermagem.
E) na participação, como assistente do cirurgião, em cirurgia C) Realização das ações ou intervenções determinadas na
previamente agendada. etapa de Planejamento deEnfermagem.
14.O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem D) Um resumo dos dados coletados sobre a pessoa, família
é um documento vital e de grande importância para as ou coletividade humana emum dado momento do processo
práticas profissionais, assim, o enfermeiro deverá saúde e doença.
informar para toda sua equipe que ele contém E) Determinação dos resultados que se espera alcançar.
A) responsabilidades da equipe que visam à fiscalização do 18. Com base na Sistematização da Assistência de
exercício profissional. Enfermagem − SAE, as informações de que o
B) critérios que permitem controlar cada profissional em trabalhador é portador de colostomia e que recusou-se a
relação a sua vontade. receber orientações sobre o autocuidado na troca da
C) mecanismos de controle dos profissionais para evitar bolsa coletora estão descritas, respectivamente, em
que, caso cometam erros, não sofram sansões. A) anotação de enfermagem e exame físico.
D) novos conceitos que possam garantir um diferencial B) prescrição de enfermagem e evolução médica.
profissional que atenda o mercado. C) evolução médica e exame físico.
E) condutas, atitudes e comportamentos pertinentes aos D) prescrição médica e histórico de enfermagem.
profissionais de Enfermagem, considerando seus direitos e E) histórico de enfermagem e anotação de enfermagem.
deveres. 19.Considerando que o Processo de Enfermagem é um
15.De acordo com a lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986 instrumento metodológico que orienta o cuidado
dispõe sobre a regulamentação do exercício da profissional de Enfermagem e a documentação da
enfermagem e dá outras providências. Art. 1º É livre o prática profissional, pode-se afirmar:
exercício da Enfermagem em todo o território nacional, I. O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo
observadas as disposições desta lei. A Constituição deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos
Federal em seu art. 5º, ao tratar dos direitos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de
fundamentais, insere a liberdade de exercício Enfermagem.
profissional, assim definida. Assinale a alternativa II. Ao técnico e ao auxiliar de enfermagem, em conformidade
CORRETA sobre a liberdade do exercício profissional da com a legislação trabalhista, não compete a participação no
Enfermagem de acordo com a lei acima citada. Processo de Enfermagem, tendo em vista ser uma atividade
A) A lei traz, a seguir, em seus arts. 2º, 6º, 7º e 8º, a privativa do enfermeiro.
explanação das exigências legais que permitem o exercício III. O Processo de Enfermagem deve estar baseado numa
da Enfermagem em seus diversos graus de habilitação, metodologia empírica que oriente a coleta de dados
conforme garantido pela Constituição Federal. subjetivos, o estabelecimento de diagnósticos de
B) Art. 3º A Enfermagem e suas atividades auxiliares enfermagem e o planejamento das ações ou intervenções
somente podem ser exercidas por pessoas legalmente de enfermagem.
habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem IV. A execução do Processo de Enfermagem deve ser
com jurisdição na área onde ocorre o exercício. registrada formalmente.
C) As bases curriculares consideradas para o curso de Está correto o que consta APENAS em
Auxiliar e de Técnico de Enfermagem são definidas na A) III e IV.
Resolução do Conselho Nacional de Educação nº 04, de 7 B) I, II e III.
de outubro de 1990, que institui as Diretrizes Curriculares C) II e III.
Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico. D) I e IV.
D) A inscrição no COFEN tem como Inscrição Secundária E) II e IV.
aquela concedida pelo Conselho Regional de Enfermagem
que jurisdiciona o domicílio profissional do interessado e que
confere habilitação legal para o exercício permanente da
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A Lei Federal 9.431 de 1997 → institui a obrigatoriedade da >>Avaliar, periódica e sistematicamente, as informações
existência da CCIH e de um Programa de Controle de providas pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica das
Infecções Hospitalares. infecções hospitalares e aprovar as medidas de controle
propostas pelos membros executores da CCIH;
Portaria n° 2.616 de 12 de Maio de 1998 >>Realizar investigação epidemiológica de casos e surtos,
sempre que indicado, e implantar medidas imediatas de
O Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) é controle;
um conjunto de ações desenvolvidas deliberada e >>Elaborar e divulgar, regularmente, relatórios e comunicar,
sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da periodicamente, à autoridade máxima de instituição e às
incidência e da gravidade das infecções hospitalares. chefias de todos os setores do hospital a situação do
>>Para a adequada execução do PCIH os hospitais deverão controle das infecções hospitalares, promovendo seu amplo
constituir Comissão de Controle de Infecção Hospitalar debate na comunidade hospitalar,
(CCIH), órgão de assessoria à autoridade máxima da >>Elaborar, implementar e supervisionar a aplicação de
instituição e de execução das ações de controle de infecção normas e rotinas técnico-operacionais, visando limitar a
hospitalar. disseminação de agentes presentes nas infecções em curso
>>A CCIH deverá ser composta por profissionais da área de no hospital, por meio de medidas de precaução e de
saúde, de nível superior, formalmente designados. isolamento;
>>Adequar, implementar e supervisionar a aplicação de
Os membros da CCIH serão de dois tipos: consultores e normas e rotinas técnico-operacionais, visando à prevenção
executores. e ao tratamento das infecções hospitalares;
O presidente ou coordenador da CCIH será qualquer um dos >>Definir, em cooperação com a Comissão de Farmácia e
membros da mesma, indicado pela direção do hospital. Terapêutica, política de utilização de antimicrobianos,
Os membros consultores serão representantes, dos germicidas e materiais médico-hospitalares para a
seguintes serviços: instituição;
- serviço médico; >>Cooperar com o setor de treinamento ou responsabilizar-
- serviço de enfermagem; se pelo treinamento, com vistas a obter capacitação
- serviço de farmácia; adequada do quadro de funcionários e profissionais, no que
- laboratório de microbiologia; diz respeito ao controle das infecções hospitalares;
- administração. >>Elaborar regimento interno para a Comissão de Controle
de Infecção Hospitalar;
CONSIDERAM-SE -Pacientes de terapia intensiva (adulto, >>Cooperar com a ação do órgão de gestão do SUS, bem
PACIENTES pediátrico e neonatal) como fornecer, prontamente, as informações
CRÍTICOS -Pacientes de berçário de alto risco epidemiológicas solicitadas pelas autoridades competentes;
-Pacientes queimados >>Notificar, na ausência de um núcleo de epidemiologia, ao
-Pacientes submetidos a transplantes organismo de gestão do SUS, os casos diagnosticados ou
de órgãos suspeitos de outras doenças sob Vigilância epidemiológica
-Pacientes hemato-oncológicos (notificação compulsória), atendidos em qualquer dos
-Pacientes com Síndrome da serviços ou unidades do hospital, e atuar cooperativamente
Imunodeficiência Adquirida com os serviços de saúde coletiva;
>>Notificar ao Serviço de Vigilância Epidemiológica e
SÃO COMPETÊNCIAS DA CCIH DO HOSPITAL: Sanitária do organismo de gestão do SUS, os casos e surtos
>>Elaborar, implementar, manter e avaliar programa de diagnosticados ou suspeitos de infecções associadas à
controle de infecção hospitalar, adequado às características utilização de insumos e/ou produtos industrializados.
e necessidades da instituição, contemplando, no mínimo,
ações relativas a: CONCEITOS
>>Implantação de um Sistema de Vigjlância Epidemiológica 1.Infecção comunitária (IC): é aquela constatada ou em
das Infecções Hospitalares; incubação no ato de admissão do paciente, desde que não
>>Adequação, implementação e supervisão das normas e relacionada com internação anterior no mesmo hospital.
rotinas técnico-operacionais, visando à prevenção e controle São também comunitárias:
das infecções hospitalares; -a infecção que está associada com complicação ou
>>Capacitação do quadro de funcionários e profissionais da extensão da infecção já presente na admissão, a menos que
instituição, no que diz respeito à prevenção e controle das haja troca de microrganismos com sinais ou sintomas
infecções hospitalares; fortemente sugestivos da aquisição de nova infecção;
>>Uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais -a infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via
médico-hospitalares; transplacentária é conhecida ou foi comprovada e que
tornou-se evidente logo após o nascimento (exemplo:
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herpes simples, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, seguido do agravamento das condições clínicas do paciente,
sífilis e AIDS); o caso deverá ser considerado como infecção hospitalar;
-As infecções de recém-nascidos associadas com bolsa rota -quando se desconhecer o período de incubação do
superior a 24 (vinte e quatro) horas. microrganismo e não houver evidência clínica e/ou dado
laboratorial de infecção no momento da internação,
2.Infecção hospitalar: (IRAS) convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação
é aquela adquirida após a admissão do paciente e que se clínica de infecção que se apresentar a partir de 72 (setenta
manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder e duas) horas após a admissão;
ser relacionada com a internação ou procedimentos -são também convencionadas infecções hospitalares
hospitalares. aquelas manifestadas antes de 72 (setenta e duas) horas da
internação, quando associadas a procedimentos
Princípios: diagnósticos e/ou terapêuticos, realizados durante este
-o diagnóstico das infecções hospitalares deverá valorizar período;
informações oriundas de: -as infecções no recém-nascido são hospitalares, com
-evidência clínica, derivada da observação direta do exceção das transmitidas de forma transplacentária e
paciente ou da análise de seu prontuário; aquelas associadas a bolsa rota superior a 24 (vinte e
-resultados de exames de laboratório, ressaltando-se os quatro) horas;
exames microbiológicos, a pesquisa de antígenos, -os pacientes provenientes de outro hospital que se internam
anticorpos e métodos de visualização realizados. com infecção, são considerados portadores de infecção
-evidências de estudos com métodos de imagem; hospitalar do hospital de origem infecção hospitalar. Nestes
-endoscopia; casos, a Coordenação Estadual/Distrital/Municipal e/ou o
-biópsia e outros. hospital de origem deverão ser informados para computar o
Critérios gerais: episódio como infecção hospitalar naquele hospital.
-quando, na mesma topografia em que foi diagnosticada
infecção comunitária, for isolado um germe diferente,
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consciência, causado por drogas ou pela doença de base, Medidas específicas recomendadas para prevenção de
que pode predispor a aspiração e a retenção de secreção pneumonia
das vias aéreas superiores, na região acima do balonete do A pneumonia relacionada a assistência à saúde
tubo traqueal. Esta retenção de material oriundo das vias pode trazer grave repercussão para o paciente, é uma grave
aéreas superiores e coletado acima do balonete, penetra infecção que apresenta múltiplas causas e tem grande
pela traqueia quando o balonete é desinflado ou impacto nas taxas de morbimortalidade, tempo de
atravessando o espaço entre o balonete e a parede da internação hospitalar e aumento dos custos assistenciais.
traqueia. Pode também ocorrer a inoculação de material Diante disso, é fundamental a aplicação das várias medidas
contaminado pela traqueia por meio de nebulizações, de prevenção a fim de se prevenir a ocorrência deste
inalações ou aspirações traqueais realizadas com material evento, principalmente a PAV, que é uma das mais
contaminado. frequentes infecções relacionadas à assistência à saúde
Em pacientes em ventilação mecânica e dentro das UTIs brasileiras.
umidificação com água aquecida pode haver acúmulo de
água condensada no circuito do ventilador e esta água 1. Manter decúbito elevado (30- 45°)
acumulada e contaminada pelo contato com o circuito do 2. Adequar diariamente o nível de sedação e o teste de
ventilador, pode, por meio da manipulação descuidada, respiração espontânea
penetrar na traqueia do paciente. Cabe também ressaltar 3. Aspirar a secreção subglótica rotineiramente
que em pacientes idosos, com doenças neurológicas ou 4. Fazer a higiene oral com antissépticos
musculares, há alteração do padrão normal de deglutição, o 5. Fazer uso criterioso de bloqueadores neuromusculares
que predispõe a aspiração. 6. Dar preferência por utilizar ventilação mecânica não-
Como a principal razão da pneumonia relacionada invasiva
à assistência à saúde é a aspiração e como estes pacientes, 7. Cuidados com o circuito do ventilador
habitualmente encontram-se restritos ao leito, as 8. Indicação e cuidados com os umidificadores
pneumonias hospitalares desenvolvem-se nos lobos 9. Indicação e cuidados com o sistema de aspiração
inferiores e nos segmentos posteriores destes. Após a 10. Evitar extubação não programada (acidental) e
aspiração, o material contaminado impacta em brônquios de reintubação
pequeno calibre e expande-se para o espaço alveolar ao 11. Monitoramento da pressão de cuff
redor, causando histopatologicamente uma 12. Dar preferência a intubação orotraqueal
broncopneumonia. Como podem acontecer aspirações em 13. Cuidados com inaladores e nebulizadores
momentos diferentes, um paciente pode ter mais de um foco 14. Sonda enteral na posição gástrica ou pos-pilorica
de pneumonia e até mesmo com microrganismos diferentes. 15. Processamento de produto de assistência respiratória
16. Outros dispositivos
Fatores de risco para pneumonia relacionada à
assistência à saúde Medidas de Prevenção de Infecção do Trato Urinário
Os fatores de risco para pneumonia relacionada à A infecção do trato urinário - ITU é uma das causas
assistência à saúde podem ser agrupados em quatro prevalentes de IRAS de grande potencial preventivo, visto
categorias: que a maioria está relacionada à cateterização vesical. As
1. Fatores que aumentam a colonização da orofaringe e ITUs são responsáveis por 35-45% das IRAS em pacientes
estômago por microrganismos (administração de agentes adultos, com densidade de incidência de 3,1-7,4/1000
antimicrobianos, admissão em UTI ou presença de doença cateteres/dia. Aproximadamente 16-25% dos pacientes de
pulmonar crônica de base); um hospital serão submetidos a cateterismo vesical, de
2. Condições que favorecem aspiração do trato respiratório alívio ou de demora, em algum momento de sua
ou refluxo do trato gastrintestinal (intubação endotraqueal ou hospitalização, muitas vezes sob indicação clínica
intubações subsequentes; utilização de sonda nasogástrica; equivocada ou inexistente e até mesmo sem conhecimento
posição supina; coma; procedimentos cirúrgicos envolvendo médico.
cabeça, pescoço, tórax e abdome superior; imobilização A problemática continua quando muitos pacientes
devido a trauma ou outra doença); permanecem com o dispositivo além do necessário, apesar
3. Condições que requerem uso prolongado de ventilação das complicações infecciosas (locais e sistêmicas) e não
mecânica com exposição potencial a dispositivos infecciosas (desconforto para o paciente, restrição da
respiratórios e contato com mãos contaminadas ou mobilidade, traumas uretrais por tração), inclusive custos
colonizadas, principalmente de profissionais da área da hospitalares e prejuízos ao sistema de saúde público e
saúde; privado.
4. Fatores do hospedeiro como: extremos de idade, Entende-se que o tempo de permanência da
desnutrição, condições de base graves, incluindo cateterização vesical é o fator crucial para colonização e
imunossupressão. infecção (bacteriana e fúngica). A contaminação poderá ser
intraluminal ou extraluminal (biofilme), sendo esta última a
Estas categorias, especialmente as três primeiras, incluem mais comum. O fenômeno essencial para determinar a
os fatores de risco considerados modificáveis, que virulência bacteriana é a adesão ao epitélio urinário,
constituem o alvo das medidas preventivas. colonização intestinal, perineal e cateter.
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Estratégias que NÃO devem ser utilizadas para Seleção do cateter e sítio de inserção
prevenção
A. Não utilizar rotineiramente cateter impregnado com prata 1. Selecionar o cateter periférico com base no objetivo
ou outro antimicrobiano (A-I); pretendido, na duração da terapia, na viscosidade do fluido,
B. Não monitorar rotineiramente bacteriúria assintomática nos componentes do fluido e nas condições de acesso
em pacientes com cateter (A-II); venoso.
C. Não tratar bacteriúria assintomáticaa , exceto antes de 2. Não use cateteres periféricos para infusão contínua de
procedimento urológico invasivo (A-I); produtos vesicantes, para nutrição parenteral com mais de
D. Evitar irrigação do cateter (A-I): 10% de dextrose ou outros aditivos que resultem em
I. Não realizar irrigação vesical contínua com antimicrobiano; osmolaridade final acima de 900 mOsm/L, ou para qualquer
II. Não utilizar instilação rotineira de soluções antisséptica ou solução com osmolaridade acima de 900 mOsm/L.
antimicrobiana em sacos de drenagem urinária (II); 3. Para atender à necessidade da terapia intravenosa devem
III. Quando houver obstrução do cateter por muco, coágulos ser selecionados cateteres de menor calibre e comprimento
ou outras causas, proceder a irrigação com sistema fechado; de cânula.
E. Não utilizar rotineiramente antimicrobianos sistêmicos • Cateteres com menor calibre causam menos flebite
profiláticos (A-II); mecânica (irritação da parede da veia pela cânula) e menor
F. Não trocar cateteres rotineiramente (A-III); obstrução do fluxo sanguíneo dentro do vaso. Um bom fluxo
a A bacteriúria assintomática não necessita tratamento, sanguíneo, por sua vez, ajuda na distribuição dos
porém pacientes grávidas, transplantados de rim, crianças medicamentos administrados e reduz o risco de flebite
com refluxo vesicoureteral, pacientes com cálculos química (irritação da parede da veia por produtos químicos).
infectados e pacientes submetidos a cirurgias urológicas, 4. Agulha de aço só deve ser utilizada para coleta de
deverão ser avaliados para possível tratamento. amostra sanguínea e administração de medicamento em
dose única, sem manter o dispositivo no sítio.
Medidas de Prevenção de Infecção da Corrente 5. Em adultos, as veias de escolha para canulação periférica
Sanguínea são as das superfícies dorsal e ventral dos antebraços. As
O material utilizado na fabricação dos cateteres e veias de membros inferiores não devem ser utilizadas a
seus componentes influenciam diretamente na ocorrência de menos que seja absolutamente necessário, em virtude do
complicações. Dada a especificidade de cada material, as risco de embolias e tromboflebites.
técnicas utilizadas para a inserção devem seguir as 6. Para pacientes pediátricos, selecione o vaso com maior
recomendações técnicas do fabricante. A reinserção da probabilidade de duração de toda a terapia prescrita,
agulha enquanto a cânula estiver no vaso é contraindicada considerando as veias da mão, do antebraço e braço (região
devido a riscos de corte da cânula e de embolismo. abaixo da axila). Evite a área anticubital.
Os cateteres flexíveis, como o de poliuretano, estão 7. Para crianças menores de 03 (três anos) também podem
associados a menores complicações infecciosas do que ser consideradas as veias da cabeça. Caso a criança não
cateteres confeccionados com cloreto de polivinil ou caminhe, considere as veias do pé.
polietileno e ainda contribuem significativamente para a 8. Considerar a preferência do paciente para a seleção do
redução de flebites em punções venosas periféricas. Não membro para inserção do cateter, incluindo a recomendação
devem permanecer no interior de incubadoras, berços de utilizar sítios no membro não dominante.
aquecidos durante o processo da escolha da veia e 9. Evitar região de flexão, membros comprometidos por
antissepsia da pele, pois a exposição à temperatura desses lesões como feridas abertas, infecções nas extremidades,
ambientes poderá deixá-los mais flexíveis e dificultar a veias já comprometidas (infiltração, flebite, necrose), áreas
punção. com infiltração e/ou extravasamento prévios, áreas com
outros procedimentos planejados.
Recomendações para cateteres periféricos 10. Usar metodologia de visualização para instalação de
Higiene das mãos cateteres em adultos e crianças com rede venoso difícil e/ou
Higienizar as mãos antes e após a inserção de cateteres e após tentativas de punção sem sucesso.
para qualquer tipo de manipulação dos dispositivos.
• Higienizar as mãos com água e sabonete líquido quando Preparo da pele
estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue 1. Um novo cateter periférico deve ser utilizado a cada
e outros fluidos corporais; tentativa de punção no mesmo paciente.
• Usar preparação alcoólica para as mãos (60 a 80%) 2. Em caso de sujidade visível no local da futura punção,
quando as mesmas não estiverem visivelmente sujas; removê-la com água e sabão antes da aplicação do
• O uso de luvas não substitui a necessidade de higiene das antisséptico.
mãos. No cuidado específico com cateteres intravasculares, 3. O sítio de inserção do cateter intravascular não deverá ser
a higiene das mãos deverá ser realizada antes e após tocar tocado após a aplicação do antisséptico (técnica do no
o sítio de inserção do cateter, bem como antes e após a touch). Em situações onde se previr necessidade de
inserção, remoção, manipulação ou troca de curativo. palpação do sítio calçar luvas estéreis.
4. Realizar fricção da pele com solução a base de álcool:
gliconato de clorexidina > 0,5%, iodopovidona – PVP-I
alcoólico 10% ou álcool 70%.
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• Tempo de aplicação da clorexidina é de 30 segundos suja ou com a integridade comprometida. Manter técnica
enquanto o do PVPI é de 1,5 a 2,0 minutos. Indica-se que a asséptica durante a troca.
aplicação da clorexidina deva ser realizada por meio de 5. Proteger o sítio de inserção e conexões com plástico
movimentos de vai e vem e do PVPI com movimentos durante o banho.
circulares (dentro para fora).
Aguarde a secagem espontânea do antisséptico antes de Flushing e manutenção do cateter periférico
proceder à punção. 1. Realizar o flushing e aspiração para verificar o retorno de
5. A remoção dos pelos, quando necessária, deverá ser sangue antes de cada infusão para garantir o funcionamento
realizada com tricotomizador elétrico ou tesouras. Não utilize do cateter e prevenir complicações.
laminas de barbear, pois essas aumentam o risco de 2. Realizar o flushing antes de cada administração para
infecção. prevenir a mistura de medicamentos incompatíveis.
6. Limitar no máximo a duas tentativas de punção periférica 3. Utilizar frascos de dose única ou seringas preenchidas
por profissional e, no máximo, quatro no total. comercialmente disponíveis para a prática de flushing e lock
• Múltiplas tentativas de punções causam dor, atrasam o do cateter.
início do tratamento, comprometem o vaso, aumentam • Seringas preenchidas podem reduzir o risco de ICSRC e
custos e os riscos de complicações. Pacientes com otimizam o tempo da equipe assistencial.
dificuldade de acesso requerem avaliação minuciosa • Não utilizar soluções em grandes volumes (como, por
multidisciplinar para discussão das opções apropriadas. exemplo, bags e frascos de soro) como fonte para obter
soluções para flushing.
Estabilização 4. Utilizar solução de cloreto de sódio 0,9% isenta de
1. Estabilizar o cateter significa preservar a integridade do conservantes para flushing e lock dos cateteres periféricos,
acesso, prevenir o deslocamento do dispositivo e sua perda. • Usar o volume mínimo equivalente a duas vezes o lúmen
2. A estabilização dos cateteres não deve interferir na interno do cateter mais a extensão para flushing. Volumes
avaliação e monitoramento do sítio de inserção ou maiores (como 5 ml para periféricos e 10 ml para cateteres
dificultar/impedir a infusão da terapia. centrais) podem reduzir depósitos de fibrina, drogas
3. A estabilização do cateter deve ser realizada utilizando precipitadas e outros debris do lúmen. No entanto, alguns
técnica asséptica. Não utilize fitas adesivas e suturas para fatores devem ser considerados na escolha do volume,
estabilizar cateteres periféricos. como tipo e tamanho do cateter, idade do paciente, restrição
• É importante ressaltar que fitas adesivas não estéreis hídrica e tipo de terapia infusional. Infusões de
(esparadrapo comum e fitas do tipo microporosa não hemoderivados, nutrição parenteral, contrastes e outras
estéreis, como micropore) não devem ser utilizadas para soluções viscosas podem requerer volumes maiores.
estabilização ou coberturas de cateteres. • Não utilizar água estéril para realização do flushing e lock
• Rolos de fitas adesivas não estéreis podem ser facilmente dos cateteres.
contaminados com microrganismos patogênicos. 5. Avaliar a permeabilidade e funcionalidade do cateter
• Suturas estão associadas a acidentes percutâneos, utilizando seringas de diâmetro de 10 ml para gerar baixa
favorecem a formação de biofilme e aumentam o risco de pressão no lúmen do cateter e registrar qualquer tipo de
IPCS. 4. Considerar dois tipos de estabilização dos resistência.
cateteres periféricos: um cateter com mecanismo de • Não forçar o flushing utilizando qualquer tamanho de
estabilização integrado, combinado com um curativo de seringa. Em caso de resistência, avaliar possíveis fatores
poliuretano com bordas reforçadas ou um cateter periférico (como, por exemplo, clamps fechados ou extensores e
tradicional combinado a um dispositivo adesivo específico linhas de infusão dobrados).
para estabilização. • Não utilizar seringas preenchidas para diluição de
medicamentos.
Coberturas 6. Utilizar a técnica da pressão positiva para minimizar o
1. Os propósitos das coberturas são os de proteger o sítio retorno de sangue para o lúmen do cateter.
de punção e minimizar a possibilidade de infecção, por meio • O refluxo de sangue que ocorre durante a desconexão da
da interface entre a superfície do cateter e a pele, e de fixar seringa é reduzido com a sequência flushing, fechar o clamp
o dispositivo no local para prevenir a movimentação do e desconectar a seringa. Solicitar orientações do fabricante
dispositivo com dano ao vaso. de acordo com o tipo de conector valvulado utilizado.
2. Qualquer cobertura para cateter periférico deve ser estéril, • Considerar o uso da técnica do flushing pulsátil (push
podendo ser semioclusiva (gaze e fita adesiva estéril) ou pause). Estudos in vitro demonstraram que a técnica do
membrana transparente semipermeável. flushing com breves pausas, por gerar fluxo turbilhonado,
• Utilizar gaze e fita adesiva estéril apenas quando a pode ser mais efetivo na remoção de depósitos sólidos
previsão de acesso for menor que 48h. Caso a necessidade (fibrina, drogas precipitadas) quando comparado a técnica
de manter o cateter seja maior que 48h não utilizar a gaze de flushing contínuo, que gera fluxo laminar.
para cobertura devido ao risco de perda do acesso durante 7. Realizar o flushing e lock de cateteres periféricos
sua troca. imediatamente após cada uso.
3. A cobertura não deve ser trocada em intervalos pré-
estabelecidos.
4. A cobertura deve ser trocada imediatamente se houver
suspeita de contaminação e sempre quando úmida, solta,
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APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS
DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVACÃO!
Cuidados com o sítio de inserção As Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC) são infecções
1. Avaliar o sítio de inserção do cateter periférico e áreas relacionadas a procedimentos cirúrgicos, com ou sem
adjacentes quanto à presença de rubor, edema e drenagem colocação de implantes, em pacientes internados e
de secreções por inspeção visual e palpação sobre o ambulatoriais, sendo classificadas conforme os planos
curativo intacto e valorizar as queixas do paciente em acometidos ilustrados na figura 01 e definidas de acordo
relação a qualquer sinal de desconforto, como dor e com os critérios dos Quadros dispostos a seguir.
parestesia. A frequência ideal de avaliação do sítio de
inserção é a cada quatro horas ou conforme a criticidade do Figura 01 – Classificação da Infecção do Sítio Cirúrgico
paciente.
• Pacientes de qualquer idade em terapia intensiva, sedados
ou com déficit cognitivo: avaliar a cada 1 – 2 horas.
• Pacientes pediátricos: avaliar no mínimo duas vezes por
turno.
• Pacientes em unidades de internação: avaliar uma vez por
turno.
Remoção do cateter
1. A avaliação de necessidade de permanência do cateter
deve ser diária.
2. Remover o cateter periférico tão logo não haja
medicamentos endovenosos prescritos e caso o mesmo não
tenha sido utilizado nas últimas 24 horas.
3. O cateter periférico instalado em situação de emergência
com comprometimento da técnica asséptica deve ser
trocado tão logo quanto possível.
4. Remover o cateter periférico na suspeita de Quadro - Classificação e critérios definidores de infecção
contaminação, complicações ou mau funcionamento. cirúrgica em pacientes internados e ambulatoriais
5. Rotineiramente o cateter periférico não deve ser trocado Critério:
em um período inferior a 96 h. A decisão de estender a Ocorre nos primeiros 30 dias após o
frequência de troca para prazos superiores ou quando procedimento cirúrgico (sendo o 1ºdia a
clinicamente indicado dependerá da adesão da instituição às data do procedimento), envolve apenas
boas práticas recomendadas nesse documento, tais como: pele e tecido subcutâneo e apresenta
avaliação rotineira e frequente das condições do paciente, pelo menos UM dos seguintes critérios:
sítio de inserção, integridade da pele e do vaso, duração e • Drenagem purulenta da incisão
tipo de terapia prescrita, local de atendimento, integridade e ISC superficial;
permeabilidade do dispositivo, integridade da cobertura INCISIONAL • Cultura positiva de secreção ou tecido
estéril e estabilização estéril. SUPERFICIAL da incisão superficial, obtido
6. Para pacientes neonatais e pediátricos, não trocar o – IS assepticamente*;
cateter rotineiramente. Porém, é imprescindível que os • A incisão superficial é deliberadamente
serviços garantam as boas práticas recomendadas neste aberta pelo cirurgião na vigência de pelo
documento, tais como: avaliação rotineira e frequente das menos um dos seguintes sinais ou
condições do paciente, sítio de inserção, integridade da pele sintomas: dor, aumento da sensibilidade,
e do vaso, duração e tipo de terapia prescrita, local de edema local, hiperemia ou calor,
atendimento, integridade e permeabilidade do dispositivo, EXCETO se a cultura for negativa;
integridade da cobertura estéril e estabilização estéril. • Diagnóstico de infecção superficial pelo
cirurgião ou outro médico assistente.
Medidas de Prevenção de Infecção Cirúrgica Critério:
Ocorre nos primeiros 30 dias após a
As Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC) são as cirurgia (sendo o 1º dia a data do
complicações mais comuns decorrentes do ato cirúrgico, procedimento) ou até 90 dias, se houver
que ocorrem no pós-operatório em cerca de 3 a 20% dos colocação de implantes, envolve tecidos
procedimentos realizados, tendo um impacto significativo na moles profundos à incisão (ex.: fáscia
morbidade e mortalidade do paciente. e/ou músculos) e apresenta pelo menos
As ISC são consideradas eventos adversos UM dos seguintes critérios:
frequentes, decorrente da assistência à saúde dos pacientes • Drenagem purulenta da incisão
que pode resultar em dano físico, social e/ou psicológico do ISC profunda, mas não originada de
indivíduo, sendo uma ameaça à segurança do paciente. No INCISIONAL órgão/espaço;
Brasil, apesar de não haver dados sistematizados, elas são PROFUNDA - • Deiscência espontânea profunda ou
apontadas em terceiro lugar entre o conjunto das IRAS, IP incisão aberta pelo cirurgião e cultura
sendo encontradas em, aproximadamente, 14% a 16% dos positiva ou não realizada, quando o
pacientes hospitalizados. paciente apresentar pelo menos 1 dos
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Antibioticoprofilaxia:
•Administrar dose efetiva em até 60 minutos antes da incisão
cirúrgica:
Tricotomia:
• Realizar somente quando necessário;
• Não utilizar lâminas.
Controle de glicemia no pré-operatório e no pós-operatório
imediato: níveis glicêmicos < 180 mg/dL
Manutenção da normotermia em todo perioperatório
• Objetivo: ≥ 35,5°C.
Otimizar a oxigenação tecidual no peri e pós-operatório
Utilizar preparações que contenham álcool no preparo da
pele: Altamente bactericida, ação rápida e persistente
(preparações alcoólicas com clorexedina ou iodo).
Utilizar a Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica
(LVSC) da OMS para reduzir a ocorrência de danos ao
paciente.
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Biossegurança: Conjunto de medidas voltadas para 2. Risco ergonômico: Qualquer fator que possa interferir
prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes nas características psicofisiológicas do trabalhador
as atividades de pesquisa, produção, ensino, causando desconforto ou afetando sua saúde. Exemplo: o
desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que levantamento e transporte manual de peso, o ritmo
podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do excessivo de trabalho, a monotonia, a repetitividade, a
meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. responsabilidade excessiva, a postura inadequada de
trabalho, o trabalho em turnos, etc.
Tipos de riscos:
1. Risco de acidentes: Considera-se risco de acidente
qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de
perigo e possa afetar sua integridade, bem estar físico e
moral. Exemplos: as máquinas e equipamentos sem
proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo
físico inadequado, armazenamento inadequado, etc.
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-Tipos de infecção:
Infecção cruzada: é a infecção ocasionada pela
transmissão de um microrganismo de um paciente para
outro, geralmente pelo pessoal, ambiente ou um instrumento
contaminado.
Infecção endógena: decorrente da ação de microrganismos
já existentes, naquela região ou tecido, de um paciente.
Infecção exógena: causada por microrganismos estranhos
a paciente.
Infecção hospitalar: É aquela adquirida após a internação,
ou mesmo após a alta, quando for possível relacioná-las
com a internação ou procedimentos hospitalares. Também
são consideradas aquelas que se manifestam 72 horas após
internação, estando relacionadas a procedimentos
diagnósticos e/ou terapêuticos.
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Obs: As infecções dos recém-nascidos são hospitalares 07) DEGERMAÇÃO É a remoção de detritos, impurezas,
com exceção das de transmissão transplacentárias. Ex.: TV sujeira e microrganismos da flora transitória e alguns da flora
(transmissão vertical): mãe filho: HIV, Sífilis, toxoplasmose, residente depositados sobre a pele do paciente ou das mãos
citomegalovirus, hepatites, etc. da equipe odontológica através da ação mecânica de
detergente, sabão ou pela utilização de substâncias
Termos e conceitos utilizados em Biossegurança - químicas (anti-sépticos).
PROCEDIMENTOS 08) DESINFESTAÇÃO Exterminação ou destruição de
01) LIMPEZA Processo que remove fisicamente insetos, roedores e outros seres, que possam transmitir
microoganismos e material orgânico. Reduz a carga infecções ao homem.
bacteriana natural dos artigos e remove sujidade assim
como contaminantes orgânicos e inorgânicos. CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS:
02) DESINFECÇÃO É a eliminação de microrganismos Não crítica: não ocupadas por pacientes, ambiente aberto.
patogênicos na forma vegetativa de consultório e demais Semi crítica: ocupadas por pacientes portadores de
ambientes da clínica, geralmente é feita por meio químicos doenças não infecciosas ou de baixa transmissão.
(desinfetantes). Crítica: locais com pacientes com baixa imunidade, pós
TIPOS: cirúrgicos ou ainda com maior possibilidade de contato com
-Alto nível: destrói todas as bactérias vegetativas e alguns microorganismos.
esporos. (Gluteraldeído e ácido peracético). -Critérios que norteiam as definições de área crítica:
-Nível intermediário: age em vírus e bactérias na forma Imunodeficiência de paciente. Risco aumentando de
vegetativa mas não age sobre os esporos. Age sobre os transmissão de infecção.
bacilos da tuberculose. (cloro, iodofóros,fenólicos e os OBS: Área contaminada é aquela em contato com matéria
álcoois). orgânica.
Baixo nível: ação relativa sobre fungos, age sobre bactérias
vegetativas, porém não sobre vírus não lipídico. (quaternário SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS NOS PROCEDIMENTOS DE
de amônia) HIGIENE E PROFILAXIA
03) ESTERILIZAÇÃO É a destruição dos microrganismos Desinfetantes (na desinfecção – área crítica)
nas formas vegetativas e esporuladas. A esterilização pode Detergentes (na limpeza – todas as áreas)
ser por meio físico (calor) ou químico (soluções Anti-sépticos (no tecido vivo – após degermação)
esterilizantes). Esterilizantes (artigos críticos)
04) DESCONTAMINAÇÃO Processo realizado em OBS: As salas de cirurgia chamamos de meio asséptico
instrumentos e superfícies para remoção de material e não estéril.
contaminante (corrompido por material orgânico).
05) ASSEPSIA Método empregado para impedir que um NORMAS UNIVERSAIS DE BIOSSEGURANÇA
determinado meio seja contaminado. Quando este meio for Princípio Básico: TODOS os profissionais de saúde devem
isento de bactérias chamamos de meio asséptico. adotar normas antiinfecciosas quando houver possibilidade
06) ANTISSEPSIA É a eliminação das formas vegetativas de contato com sangue, outras substâncias corporais,
de bactérias patogênica e grande parte da flora residente da mucosa e pele não íntegra de QUALQUER paciente.
pele ou mucosa, através da ação de substâncias químicas As normas se baseiam em 03 fundamentos (conhecido
(anti-sépticos). como o TRIPÉ da Biossegurança):
Anti-séptico: substância ou produto capaz de deter ou inibir -Lavagem das mãos;
a proliferação de microrganismos patogênicos, à -Uso de EPI;
temperatura ambiente, em tecidos vivos. -Evitar acidentes (na saúde com pérfuro-cortantes).
Precaução Padrão:
Devem ser seguidas para TODOS OS PACIENTES, independente da suspeita ou não de infecções.
Medidas adotadas por todos profissionais no contato com pacientes e manuseio de artigos contaminados, independente
da presença de doença transmissível comprovada.
Objetivo: Evitar exposição a transmissão por sangue, hemoderivados e outros fluidos, contato com mucosas ou pele não-
íntegra.
Higienização das mãos: lave com água e sabão ou friccione as mãos com álcool a 70% (se as mãos não estiverem
visivelmente sujas) antes e após o contato com qualquer paciente, após a remoção das luvas e após o contato com
sangue ou secreções.
Use luvas apenas quando houver risco de contato com sangue, secreções ou membranas mucosas. Calce-as
imediatamente antes do contato com o paciente e retire-as logo após o uso, higienizando as mãos em seguida.
Use óculos, máscara e/ou avental quando houver risco de contato de sangue ou secreções, para proteção da mucosa de
olhos, boca, nariz, roupa e superfícies corporais.
Descarte, em recipientes apropriados, seringas e agulhas, sem desconectá-las ou reencapá-las.
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Gotículas
Indicações: meningites bacterianas, coqueluche, difteria, caxumba, influenza, rubéola, etc.
Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser internado com outros infectados pelo mesmo
microrganismo. A distância mínima entre dois leitos deve ser de um metro.
O transporte do paciente deve ser evitado, mas, quando necessário, ele deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua
permanência fora do quarto.
Aerossóis
Precaução padrão: higienize as mãos antes e após o contato com o paciente, use óculos, máscara cirúrgica e/ou avental
quando houver risco de contato de sangue ou secreções, descarte adequadamente os pérfuro-cortantes.
Mantenha a porta do quarto SEMPRE fechada e coloque a máscara antes de entrar no quarto.
Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser internado com outros pacientes com infecção
pelo mesmo microrganismo. Pacientes com suspeita de tuberculose resistente ao tratamento não podem dividir o mesmo
quarto com outros pacientes com tuberculose.
O transporte do paciente deve ser evitado, mas quando necessário o paciente deverá usar máscara cirúrgica durante toda
sua permanência fora do quarto.
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Objetivos: Reconhecer os tipos de resíduos contidos nos sacos e recipientes fornecendo informações para seu correto manejo.
Justificativa: Os recipientes de coleta interna e externa, assim como os locais de armazenamento onde são colocados os RSS,
devem ser identificados em: - local de fácil visualização; - de forma indelével; - utilizando símbolos, cores e frases; - outras
exigências relacionadas à identificação de conteúdo e aos riscos específicos de cada grupo de resíduos.
GRUPO A Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
características, podem apresentar risco de infecção.
É proibido o esvaziamento ou reaproveitamento dos sacos.
Conforme a RDC 222/2018, Os sacos para acondicionamento de RSS do grupo A
devem ser substituídos ao atingirem o limite de 2/3 (dois terços) de sua
capacidade ou então a cada 48 (quarenta e oito) horas, independentemente do
volume, visando o conforto ambiental e a segurança dos usuários e profissionais.
Os sacos contendo RSS do grupo A de fácil putrefação devem ser substituídos no
máximo a cada 24 (vinte e quatro) horas, independentemente do volume.
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Disposição final de resíduos de serviços de saúde: Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para
recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a Resolução
CONAMA 237/97.
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com feridas ou lesões nos membros superiores podem 24. (FCC TRT 20ª REGIÃO 2016) De acordo com a
iniciar suas atividades laborais; ANVISA, em atendimento de pacientes que apresentam
D)Nos casos em que os equipamentos de proteção doenças transmissíveis, o tipo de precaução baseado
individual estejam aparentemente limpos, é permitido aos no modo de transmissão e os equipamentos a serem
trabalhadores deixar o local de trabalho utilizando tais utilizados pelo profissional de saúde, estão,
equipamentos. respectivamente, descritos em:
20. (CESPE/2012- TJ / RO– Enfermeiro)- A respeito de A)Doença transmissível = caxumba Precaução = aerossóis
risco biológico e medidas de precauções básicas para a Equipamento de proteção individual = máscara N95
segurança individual e coletiva no serviço de B) Doença transmissível = rubéola Precaução = gotículas
assistência à saúde, assinale a opção correta. Equipamento de proteção individual = máscara cirúrgica
A) Como medida de precaução padrão, é recomendado o C) doença transmissível = zika Precaução = contato
uso de luvas em todos os procedimentos realizados junto ao Equipamento de proteção individual = avental
paciente. D) Doença transmissível = tuberculose Precaução = padrão
B) Em caso de precaução de contato, é obrigatório o uso de Equipamento de proteção individual = máscara cirúrgica
luvas e avental durante todo o atendimento ao paciente, E) Doença transmissível = febre amarela Precaução =
sendo indispensável abrigá-lo em quarto privativo. contato Equipamento de proteção individual = avental
C) No caso de precaução por gotículas, situação de 25. (FCC TRF 2ª 2012) Ao esvaziar o coletor de urina de
pacientes portadores de meningite bacteriana, difteria e sistema fechado, o técnico de enfermagem percebeu
rubéola, a internação pode ser feita na mesma enfermaria que a luva de procedimento estava furada, ocasionando
com outros pacientes, desde que seja mantida a distância contato direto com a pele íntegra da mão e a urina do
mínima de um metro entre dois leitos consecutivos. paciente, com diagnóstico de hipertensão arterial. Após
D) O transporte de pacientes em precaução por aerossóis a retirada das luvas, essa situação requer, como
deve ser realizado seguindo-se as medidas de precaução procedimento mínimo,
padrão e com uso de máscara profissional N-95 para a A) fricção antisséptica das mãos com gel alcoólico.
equipe e para o paciente. B) degermação da pele das mãos com iodo povidine.
E) As medidas de precaução padrão devem ser seguidas C) lavagem das mãos com clorexidine degermante.
para todos os pacientes, independentemente de estarem ou D) higienização das mãos com água e sabão.
não com alguma infecção. E) degermação da pele das mãos com gel alcoólico.
21. No preparo da pele, para prevenção de infecção 26.Na assistência ao cliente portador de meningite
relacionada à assistência à saúde com o uso de cateter bacteriana detectada há 4 horas, recomenda-se:
vascular periférico, deve-se realizar fricção da pele com A) o uso da máscara com PFF2 (N95) pelo profissional da
solução à base de álcool. Desse modo, é correto afirmar saúde e máscara comum para o paciente no transporte
que B) a utilização de avental esterilizado na manipulação de
A)para álcool 70%, aguarde pelo menos 1,5 a 2 minutos secreções e de materiais orgânicos, pois esse agravo
antes da punção. necessita de precauções por contato.
B) para gluconato de clorexidina 0,5%, aguarde pelo menos C) a higienização das mãos antes e após contato com o
1,5 a 2 minutos antes da punção. cliente e a utilização de máscara cirúrgica.
C) para gluconato de clorexidina 2%, aguarde pelo menos D) a utilização de máscara PFF2 (N95) nos procedimentos,
1,5 a 2 minutos antes da punção. devido ao risco de transmissão por aerodispersoides.
D) para PVPI, aguarde pelo menos 1,5 a 2 minutos antes da E) a utilização de luvas de procedimento durante o cuidado
punção. ao cliente e manejo dos equipamentos, pois esse agravo
E) para álcool, gluconato de clorexidina ou PVPI, aguarde a necessita de precauções hemáticas.
secagem espontânea antes da punção. 27. Conforme a RDC 222 de 2018, ao orientar um
22. Os objetivos de um sistema de precauções e membro da equipe sobre o descarte adequado de
isolamento é a prevenção da transmissão de um material perfurocortante, o enfermeiro explicou que os
microrganismo de um paciente, portador são ou doente, recipientes que acondicionam esse tipo de resíduo
para outro, bem como a prevenção da transmissão de devem ser descartados quando o preenchimento atingir:
microrganismos para o profissional de saúde. O A) 1/2 de sua capacidade;
conjunto de medidas aplicadas no atendimento de todos B) 1/3 de sua capacidade;
os pacientes hospitalizados e na manipulação de C) 1/4 de sua capacidade;
equipamentos e artigos contaminados ou sob suspeita D) 2/3 de sua capacidade;
de contaminação denomina-se E) 3/4 de sua capacidade.
A) Precauções de Gotículas. 28.Para a antissepsia cirúrgica das mãos e antebraços,
B) Precauções de Contato. recomenda-se o uso de um antisséptico degermante. O
C) Técnicas de Aerossóis. procedimento, no caso da primeira cirurgia, deve durar:
D) Precauções Padrão. A) de 3 a 5 minutos.
23. A máscara tipo 95 ou PFF2 é um Equipamento de B) de 3 a 7 minutos.
Proteção Individual (EPI) obrigatório em algumas C) de 4 a 10 minutos.
ocasiões. Sobre esta máscara, assinale a alternativa D) de 5 a 7 minutos.
correta. E) de 5 a 10 minutos.
A) É considerada descartável. 29. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
B) Possui capacidade de filtrar partículas de todos os propôs, em 2017, medidas de prevenção de infecção
tamanhos. relacionada à Assistência à Saúde, com a finalidade de
C) O profissional deve colocá-la imediatamente após a reduzir a incidência de infecções em Serviços de Saúde,
entrada no quarto do paciente em isolamento. a partir da disponibilização de medidas preventivas
D) É um Equipamento de Proteção Individual indicado para práticas adequadas à realidade brasileira.As alternativas
prestar assistência a pacientes com confirmação de varicela. estão corretas com relação às medidas de prevenção de
infecção, EXCETO:
A) As medidas para prevenção de pneumonia incluem
manter decúbito elevado, fazer higiene oral com
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GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
A E C B A A A B A D
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
B B B B B B B C C E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
D D D B D C E A B D
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Legislação: RDC nº 307, de 14 de novembro de 2002. A RDC nº 15 de 2012 que dispõe sobre requisitos de boas
Conceito: Unidade de apoio técnico que tem como práticas para o processamento de produtos para a saúde
finalidade o fornecimento de produtos para a saúde traz uma classificação de CME que é a seguinte:
adequadamente processados, proporcionando, assim, Classe I – realiza o processamento de produtos para a
condições para o atendimento direto e a assistência à saúde saúde não-críticos, semicríticos e críticos e de conformação
dos indivíduos enfermos e sadios. não complexas, passíveis de processamento.
Classe II – realiza o processamento de produtos para a
Trata-se de uma unidade de apoio técnico que integra o saúde, não críticos, semicríticos e críticos de conformação
estabelecimento de saúde. Sua finalidade é receber um complexa e não-complexa, passíveis de processamento.
material inviável para uso em saúde (contaminado), realizar
processos para tornar esse material viável para uso, e ela ESTRUTURA FÍSICA
faz isso através de alguns processos importantes como: A estrutura física do CME visa atender a dinâmica do setor
limpeza, desinfecção, descontaminação e esterilização. com a finalidade de manter a integridade de todos os
processos, desta forma, a estrutura física é
Conceito da RDC nº 15/2012 unidade funcional destinada ao departamentalizada em:
processamento de produtos para saúde dos serviços de 1. Área para recepção, desinfecção e separação de
saúde. materiais: local destinado a receber, desinfetar e separar os
materiais provenientes dos diferentes setores do hospital.
-FLUXO UNIDIRECIONAL COM BARREIRAS FÍSICAS 2. Área para lavagem de materiais: área onde são lavados
ENTRE AS ÁREAS. os materiais manualmente ou por meio de máquinas
ESTRUTURA FÍSICA DA CENTRAL DE MATERIAL lavadoras especiais.
ESTERILIZADO 3. Sala para lavagem e preparo de luvas (entalcamento):
A Central de Material Esterilizado – CME trata-se de um sala destinada exclusivamente à lavagem, secagem, teste,
conjunto de elementos destinados à recepção, expurgo, entalcamento, preparo e empacotamento das luvas
preparo, esterilização, guarda e distribuição do material para cirúrgicas. Esta área deve ser construída em um ambiente
as unidades do estabelecimento de saúde. O planejamento separado dos demais e provida de máquinas próprias para o
desta Unidade é de extrema importância considerando as reprocessamento das luvas. Embora este local ainda seja
diferentes etapas do processamento de materiais até sua utilizado em algumas unidades de saúde, vem caindo em
distribuição às Unidades do hospital. Por esta razão, o desuso haja vista a facilidade de fornecimento deste material
planejamento deve ser executado por uma equipe por parte de empresas especializadas em materiais
multiprofissional e ter atenção voltada para a dinâmica do descartáveis e esterilizados o que também proporciona a
funcionamento do setor. redução de custos em saúde.
A dinâmica da Central de Material pode ser descrita em três 4. Área para recepção de roupas limpas: local destinado a
tipos: receber roupas limpas provenientes da lavanderia, para
• Descentralizada - cada unidade ou conjunto de unidades posterior empacotamento e esterilização.
do hospital é responsável por preparar e esterilizar os 5. Área de preparo de materiais e roupas: área destinada
materiais que utiliza; ao preparo e empacotamento ou acondicionamento dos
• Semicentralizada – cada unidade prepara os seus diferentes tipos de materiais e roupas para serem
materiais, mas os encaminha a central de material para esterilizadas.
serem esterilizados; 6. Área para esterilização: área destinada à esterilização
• Centralizada - os materiais de uso em todas as unidades de materiais e roupas através dos métodos de:
do hospital são totalmente processados na central de • calor úmido, calor seco e ionização;
material. • esterilização química líquida;
• esterilização química gasosa.
A área de esterilização deve ser provida de antecâmara,
sala de esterilização, depósito de armazenamento de
cilindros e sala de aeração com a finalidade de permitir a
aeração dos materiais esterilizados pelo óxido de etileno.
7. Sala para armazenagem e distribuição de materiais e
roupas esterilizadas: área destinada ao armazenamento
de materiais e roupas esterilizadas que serão distribuídos às
unidades do hospital. Para armazenamento são utilizados
armários, prateleiras e cestos de aço inoxidável do tipo
"gaiola".
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8. Área para armazenagem e distribuição de materiais • Sala para lavagem e preparo de luvas: 7,0 m2
descartáveis: Esta área destina-se a armazenar e distribuir • Área para recepção de roupa limpa: 4,0 m2
os materiais descartáveis. • Área para preparo de materiais e roupas limpas: 0,25 m2
Além dos ambientes anteriores, são necessários ambientes por leito (área mínima de 12,0 m2).
de apoio, como: • Área de esterilização física: varia conforme o tipo de
1. Sala administrativa: área destinada ao controle equipamento usado. Recomenda-se manter uma distância
administrativo da Central de Material. mínima de 0,60m entre as autoclaves.
2. Sanitários com vestiário para funcionários • Área para esterilização química líquida: 4,0 m2
3. Depósito de material de limpeza
• Área para esterilização química gasosa, onde: -
4. Almoxarifado: trata-se do estoque de materiais para uso
antecâmara - 2,0 m2 - sala de esterilização - 5,0 m2 -
na Central de Material e demais setores do hospital.
depósito - 0,5 m2 - sala de aeração - 6,0 m2
Ainda no planejamento desta Unidade, algumas
• Sala de armazenagem e distribuição de material e roupa
considerações devem ser feitas em relação a:
esterilizada: 0,2 m2 por leito (mínimo de 10,0 m2).
a) Forma
• Área de armazenagem de material descartável: 25,0% da
A forma de construção da CME deve permitir o fluxo
área de armazenagem de material esterilizado.
progressivo do material, em linha reta, desde a área de
c) Paredes e Piso
recepção até a de distribuição, no sentido de evitar
Devem ter cor clara, de fácil limpeza e de preferência de
cruzamento do material limpo com o contaminado. A CME
material vinílico.
tem por objetivo permitir maior produção com menor gasto
d) Janelas
de energia, tempo e movimento, além disso, a forma deve
Devem ser amplas e fechadas caso a ventilação seja feita
ser pensada de maneira que facilite ao enfermeiro a visão
pelo sistema de ar condicionado. A temperatura adequada
da unidade e a supervisão do pessoal.
deve ser mantida entre 18 e 25°C.
b) Tamanho ou dimensão
e) Iluminação
O tamanho ou área mínima (em m2) da Central de Material
Tem o objetivo de facilitar o trabalho, assim, além da luz
Esterilizado é calculada com base no número de leitos do
natural, a artificial deve proporcionar luminosidade mais
hospital.
próxima da natural possível. Além disso, é indicado o uso de
De acordo com o Ministério da Saúde as áreas da Central
lâmpadas fluorescentes.
de Material devem ter as seguintes dimensões:
• Área para recepção, desinfecção e separação de
materiais: 0,8 m2 por leito (área mínima - 8,0 m2).
LOCALIZAÇÃO
A CME deve estar localizada preferencialmente próxima das unidades fornecedoras como lavanderia, almoxarifado e farmácia.
Deve ainda ter acesso facilitado aos setores consumidores, principalmente o centro cirúrgico, centro obstétrico, pronto-socorro e
unidades de terapia intensiva. Se a CME for localizada em andar superior ou inferior ao Centro Cirúrgico, o transporte de materiais
pode ser feito por monta-cargas.
FLUXOGRAMA UNIDIRECIONAL COM BARREIRA FÍSICAS ENTRE AS ÁREAS
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- Pesquisa e trab. científico para boas práticas de -Preparar os carros cirúrgicos e repor caixas cirúrgicas;
Enfermagem; -Receber e preparar roupas limpas;
- Atualizar-se quanto a infecção hospitalar; -Participar de cursos de treinamento e educação continuada;
- Realizar programa de treinamento e educação continuada; -Monitorar continua/e cada carga nos processos de
- Gerenciar o serviço de Enfermagem do CME. esterilização;
Assistencial -Revisar a lista de caixa de instrumental cgico, bem como a
-Planejar, coordenar e desenvolver rotinas p/ os processos reposição;
de limpeza, esterilização, armazenagem e distribuição; -Realizar cuidados com artigos endoscópicos e motores
- Rotinas para manutenção preventiva e limpeza dos (elétricos, pneumáticos);
equipamentos;
- Avaliar novas tecnologias dos insumos utilizados no CME; LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO
- Controlar o recebimento, o uso e a devolução dos Os materiais hospitalares, também chamados de artigos,
produtos; podem ser reutilizáveis ou descartáveis, desta forma, os
- Elaborar e acompanhar indicadores definidos no CME; materiais reutilizáveis passam por processos que permitam
- Participar da compra de produtos e instrumental cirúrgico. a eliminação de microorganismos potencialmente capazes
Atribuições dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem de transmitir doenças. Esses processos têm como finalidade
no CME: a redução da carga microbiana do artigo evitando a
-Realizar limpeza, preparo, esterilização, guarda e contaminação cruzada entre pacientes.
distribuição de artigos; Os artigos médico-hospitalares são classificados conforme
-Receber, conferir e preparar os materiais; seu risco de contaminação nas categorias que veremos a
-Leitura dos indicadores biológicos de acordo com rotinas; seguir.
MÉTODOS DE TRATAMENTO DOS ARTIGOS 2) Nível Intermediário: tem poder viruscida, bactericida para
formas vegetativas, inclusive contra o bacilo da tuberculose,
LIMPEZA: trata-se da operação para a remoção física de mas não destrói esporos.
sujidades. Tem como finalidade a manutenção da limpeza 3) Baixo Nível: é capaz de eliminar todas as bactérias na
dos artigos, já que a presença de matéria orgânica dificulta a forma vegetativa, mas não possui ação contra esporos, vírus
ação dos produtos químicos nos processos de desinfecção e não-lipídicos nem bacilo da Tuberculose. Possui ação
esterilização. O método mais comum de limpeza de artigos é relativa contra os fungos.
a lavagem com água e detergente comum, ou detergente
desencrostante ou detergente enzimático. O ideal, porém, é
que a limpeza seja realizada através de métodos mecânicos
– máquina ultra-sônica ou máquina lavadora desinfetora.
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• O datamento dos pacotes é obrigatório e assim como o • O glutaraldeído não é mais esterilizante químico, só
encaminhamento dos mesmos à sala de armazenamento. desinfetante de alto nível - seu uso está restrito para
Após a última esterilização do dia, deve ocorrer a limpeza da endoscopia, conforme a RESOLUÇÃO - RDC Nº 15, DE 15
câmara interna da autoclave com o auxílio de um pano DE MARÇO DE 2012 , artigo 13.
umedecido em água. Tão logo esse procedimento seja • Mecanismo de ação: tem atividade bactericida, fungicida,
executado, deve-se enxugar toda a superfície. Também é esporicida e virucida. Destrói o microorganismo alterando o
importante lembrar que antes de cada primeiro processo do RNA, DNA e a síntese protética.
dia, deve ser feito o teste de validação do equipamento com • Toxicidade: pode causar irritação na garganta, olhos e
a finalidade de manter os padrões de segurança e nariz, sintomas que podem ser minimizados com ambiente
confiabilidade sempre ajustados. ventilado e com EPI.
→A esterilização por vapor saturado sob pressão está • Parâmetros do processo: temperatura ambiente; tempo
indicada para todos os artigos críticos e semicríticos de exposição de 8 a 10 horas de imersão do artigo na
termorresistentes, e de líquido, sendo que, para estes, deve- solução ou conforme orientação do fabricante.
se interromper a fase de secagem. É impróprio para a • Testes: com indicadores químicos, devem ser realizados a
esterilização de óleos, pós e graxas. cada uso da solução.
Portanto: • Validação da solução: após a ativação tem validade de
• Calor saturado sob pressão – AUTOCLAVE - é o processo 14 e/ou 21 dias.
de esterilização mais utilizado;
• O vapor saturado é o vapor contendo somente água no OUTROS MÉTODOS QUÍMICOS
estado gasoso, agregando tanta água quanto possível para • FORMALDEÍDO: Usados em materiais termossensíveis e
sua temperatura e pressão; imersíveis; encontrado a 4% em temperatura ambiente e o
• Tipos de autoclaves: gravitacional e pré-vácuo; tempo de exposição no mínimo 24h, após deve ser
• Vapor – destrói bactérias, porém os esporos bacterianos submetido à lavagem com soro fisiológico e realizado teste
necessitam do calor e pressão; para detectar se existem resíduos do formol antes do uso;
• Temperatura – 121°a 135°C; • ÁCIDO PERACÉTICO: É um componente de uma
• Pressão: 1 a 1,80 atm; equilibrada mistura entre ácido acético, peróxido de
• Tempo de exposição: 3 minutos à 30 minutos; hidrogênio e água. Mecanismo de ação: similar ao peróxido
CUIDADOS NA AUTOCLAVE de hidrogênio (age por interação com a membrana celular
• Não apertar muitos os pacotes, para facilitar a penetração do microorganismo, desestruturando-a);
do vapor;
• Não encostar os pacotes nas laterais da máquina; PROCESSO FÍSICO-QUÍMICO
• Montar a carga da autoclave com materiais que tenham o Óxido de etileno (ETO)
mesmo tempo de esterilização; • É utilizado o gás óxido de etileno, sendo realizado em
• Pacotes maiores na parte de baixo da autoclave e menores autoclaves à temperatura entre 50 a 60° C. Associam o gás,
em cima; temperatura, umidade e pressão. Mecanismo de ação: inibe
• Utilizar somente 80 % da capacidade do aparelho; a síntese protéica da célula do microorganismo. Indicação
• Nunca colocar os pacotes sobre superfícies frias, estes de uso: materiais termo sensíveis Embalagens: papel grau
devem estar frios para a manipulação; cirúrgico e não tecido. Toxicidade: alta. É carcinogênico
(serviço geralmente terceirizado). Conforme Manual da
ESTERILIZAÇÃO POR RADIAÇÃO (COBALTO 60) SOBECC (2017), as condições de aeração estabelecidas
Este método destina-se especialmente à esterilização como seguras são de 8 a 12 horas, à temperatura de 60 a
industrial de materiais descartáveis produzidos em larga 50°, respectivamente.
escala. O agente físico utilizado é o raio gama cobalto 60,
cuja ação destruidora dos microorganismos se dá por CONCEITOS E DEFINIÇÕES
alteração na composição molecular das células, as quais Anti-sepsia: é a eliminação das formas vegetativas de
sofrem perda ou adição de cargas elétricas (ionização), bactérias patogênicas e grande parte da flora residente da
ficando carregadas positiva ou negativamente. pele ou mucosa, pela ação de substâncias químicas
• Raios Gama – ondas eletromagnéticas de alta energia e (antisépticos).
grande penetração, devido a ausência de matéria – age Anti-séptico: substância ou produto capaz de deter ou inibir
produzindo radicais livres em partículas biológicas dos a proliferação de microrganismos patogênicos, à
microorganismos – RISCO OCUPACIONAL; temperatura ambiente, em tecidos vivos.
Assepsia: conjunto de práticas e técnicas através das quais
GLUTARALDEIDO A 2% se evita a penetração de germes em locais ou objetos
• Deve ser utilizado na desinfecção de alto nível para artigos isentos dos mesmos.
termo sensíveis, ou seja, que não possam ser esterilizados Biofilme: organização bacteriana onde a bactéria se adere
pelos métodos físicos tradicionais ou físico-químicos. Os rapidamente às superfícies úmidas e formam colônias
artigos reprocessados em glutaraldeído não podem ser organizadas de células envoltas por uma matriz que facilitam
armazenados, mesmo em recipiente estéril, pois possui o a adesão à superfície e a tornam impermeáveis.
risco de recontaminação (uso imediato). Bacteriostático: substância utilizada para neutralizar o
desenvolvimento das bactérias.
Bactericida: Substância utilizada para matar as bactérias.
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Possibilitar que o agente esterilizante entre em contato com SISTEMAS DE BARREIRA ESTÉRIL INDICADOS PARA CADA MÉTODO
DE ESTERILIZAÇÃO
o produto, permitir secagem do conteúdo e permitir
adequada remoção do ar; Embalagem Vapor Óxido Plasma e Vapor a baixa
Ter relação custo-benefício positiva e ser de fácil obtenção sob de vapor de temperatura de
no mercado; pressão Etileno peróxido de formaldeído
hidrogênio
Permitir identificação do produto esterilizado e possuir data
de validade do produto. Tecido de Sim Não Não Não
algodão
SISTEMA DE EMBALAGEM INCLUEM: algodão, papel Papel grau Sim Sim Não Sim
grau cirúrgico e filme laminado, papel crepado, papel kraft, cirúrgico
filme transparente, tyvek, caixas metálicas e sistema de
Papel Sim Sim Não Sim
containers, vidros refratários, não-tecido. crepado
Algodão cru: Indicado para vapor úmido. A textura
recomendada é de aproximadamente 40 fios por cm². Deve Tyvek® Não Sim Sim Sim
ser confeccionado com tecido 100% algodão. Nãotecido Sim Sim Sim Sim
Desvantagens: baixa vida útil, baixo grau de eficiência como (SMS)
barreira microbiana, ausência de resistência a umidade,
Contêiner Sim Sim Sim Sim
sobrecarga de trabalho na costuraria e na lavanderia. rígido
Papel Kraft: Não recomendado por conter amido,
microfuros, corantes e produtos tóxicos. Não resiste a Caixas Sim Sim Sim Sim
metálicas
umidade e é frágil na resistência física e vulnerável como
perfuradas
barreira microbiana após a esterilização.
Papel crepado: É a principal alternativa ao tecido de Fonte: Manual SOBECC (2017).
algodão. Composto de celulose tratada. Eficiente à
esterilização pelo vapor úmido; barreira efetiva contra a TESTES BACTERIOLÓGICOS
penetração de microorganismos (prazo de validade de Os testes bacteriológicos são essenciais para a segurança
esterilização em torno de 60 dias); atóxico, flexível; indicado do paciente uma vez que estes determinam a validação dos
também para confecção de aventais cirúrgicos. processos de esterilização. O funcionamento adequado dos
Não Tecido 100% de polipropileno: Ótima barreira aparelhos é fundamental para a eficiência do processo de
microbiana. É esterilizável em autoclave a vapor úmido, esterilização, por isso, devem ser feitas as revisões
óxido de etileno e plasma de peróxido de hidrogênio; alta preventivas semanais e a corretiva, sempre que necessária,
resistência mecânica a tração. por técnicos especializados.
Sistema de Conteineres: Caixa de metal termorresistente,
plástico termorresistente ou recipiente de alumínio. A tampa Validação dos processos de esterilização
contém filtro microbiano de alta eficiência, permeável ao A validação dos processos de esterilização pode ser feita
agente esterilizante. Indicado para esterilização por vapor através de:
saturado sob pressão, autoclaves com bomba de vácuo. • Testes Físicos: testes que apontam a condição interna do
Vidros refratários: Devem ser resistentes a altas equipamento. São realizados através da aferição de
temperaturas. São indicados para esterilização de líquidos temperatura, pressão e radiação.
em estufas e autoclave de vapor úmido. • Testes biológicos: realizados no mínimo uma vez por
Caixas metálicas: Liga de alumínio ou aço inox. Indicado semana, de preferência na primeira carga do dia e após as
para calor seco (estufa). manutenções preventivas e corretivas. A validação do
Tyvek: Suporta altas temperaturas e alta resistência à processo é feita com o uso de "Bacillus Stearothermophilus",
tração e perfuração. Longa duração e excelente barreira para a autoclave a vapor; e com "Bacillus Subtillis", para a
microbiana. Compatível com óxido de etileno, plasma de estufa ou Forno de Pasteur, autoclave a óxido de etileno e
peróxido de hidrogênio e radiação gama. plasma de peróxido de hidrogênio. Os indicadores biológicos
TIPOS DE EMBALAGEM REUTILIZÁVEIS: TECIDO DE são colocados nos pacotes, em diferentes locais da câmara
ALGODÃO, ESTOJO METÁLICO, VIDRO REFRATÁRIO, interna dos aparelhos com a finalidade de checagem em
CONTAINER RÍGIDO. diferentes pontos da máquina.
TIPOS DE EMBALAGEM DESCARTÁVEIS: PAPEL GRAU • Reagentes químicos: são testes em que se utiliza
CIRÚRGICO, PAPEL CREPADO, NÃO TECIDO 100% DE diferentes substâncias que sofrem alteração na cor quando
POLIPROPILENO, TYVEK® submetidas ao processo de esterilização. A fita adesiva
termosensível (zebrada), utilizada para identificação visual
do pacote, comprova que o pacote passou pelo calor, por
esse motivo, a fita deve ser colocada em todos os tipos de
pacote. Este indicador não comprova a eficiência do
processo de esterilização.
A validade da solução ativada de glutaraldeído deve ser feita
por meio de fitas-testes, "kit" líquido ou similar, utilizando-se
um teste específico para cada formulação. Para o
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formaldeído, não existe no mercado teste biológico ou • Trabalhar em ambiente limpo, calmo, seco e sem corrente
químico. de ar;
• Manter certa distancia entre o corpo e o material a ser
IMPORTANTE! O monitoramento do processo de manipulado;
esterilização com indicadores físicos deve ser ARMAZENAMENTO
registrado a cada ciclo de esterilização. Em cestos aramados, sem empilhamento, de forma a
facilitar a identificação dos itens, protegidos ao máximo da
Quanto ao tempo de validade de esterilização dos pacotes deposição de poeira;
dependem do tipo de invólucro utilizado, o local de guarda Não armazenar pacotes quentes (exceção: quando em
do material e as condições ambientais da sala de cestos aramados);
armazenagem. Os materiais que são embalados em papel O suporte dos cestos ou as prateleiras devem apresentar
grau-cirúrgico e selados mecanicamente mantêm validade distância de no mínimo 20 cm do piso, 5 cm das paredes, e
de esterilização de aproximadamente duas ou três semanas, 45 cm do teto.
se os invólucros permanecerem íntegros. O mesmo se
aplica para os materiais embalados em campos de algodão. QUESTÕES
01. Para cumprimento da Resolução n. 15, de 15 de
INDICADORES/ MONITORAMENTO DOS PROCESSOS março de 2012, do Ministério da Saúde, o Centro de
DE ESTERILIZAÇÃO Material e Esterilização (CME) passa a ser classificado
Classe 1: Tiras impregnadas com tinta termo-química que em classes. O CME _______ é aquele que realiza o
muda de coloração quando exposto a temperatura. processamento de produtos para a saúde não-críticos,
Classe 2: teste de BOWIE & DICK - testa a eficácia do semi-críticos e críticos de conformação não complexa,
sistema de vácuo da autoclave pré-vácuo. Uso diário no 1º passíveis de processamento. Assinale a alternativa que
ciclo, sem carga, a 134°C por 3,5 a 4 minutos sem secagem. completa corretamente a lacuna.
Espera-se mudança uniforme da cor do papel, em toda sua A) Classe I
extensão Caso não haja homogeneidade na revelação, B) Classe II
efetuar revisão imediata do equipamento. C) Classe III
FINALIDADE: monitoramento diário e obrigatório do D) Classe IV
sistema de pré-vácuo em autoclaves a vapor com bomba E) Classe V
de vácuo. Identifica a presença de ar no interior dos 02.De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada,
pacotes, causado por falhas durante o processo de RDC nº 15, de 15 de março de 2012, da Agência Nacional
remoção de ar ou na penetração eficaz do vapor, indicado de Vigilância Sanitária, que regulamenta os requisitos
de boas práticas para o processamento de produtos
pela mudança de cor do indicador químico existente no
para a saúde, são adotadas as seguintes definições,
pacote (de azul para rosa). Conforme orientações dos EXCETO
fabricantes, o ciclo de Bowie & Dick deve ser feito em A) O Centro de Material e Esterilização é definido
temperaturas de 132 a 134° C por 3,5 a 4 minutos e em comouma unidade funcional destinada ao processamento
ciclos de 121°C por 15 minutos. de produtos para o serviço de saúde dos serviços desaúde.
Classe 3: controla um único parâmetro - a temperatura pré- B) Controle de qualidade do processamento dos produtos
para saúde: avaliação sistemática e documentada da
estabelecida. Utilizados no centro dos pacotes.
estrutura e do processo de trabalho e avaliação dos
Classe 4: Indicador multiparamétrico controla a temperatura resultados de todas as etapas do processamento de
e o tempo necessários para o processo. produtos para a saúde.
Classe 5: Integrador - controla temperatura, tempo e C) Centro de material e esterilização de funcionamento
qualidade do vapor. centralizado: responsabiliza-se somente pela esterilização
Classe 6: Simulador de confiança - Intervalo de confiança de produtos para a saúde; a limpeza, o preparo e o
maior que classe 5. Responde a todos os parâmetros acondicionamento desses produtos são feitos pela equipe
de enfermagem das unidades de internação do hospital.
críticos de um ciclo específico
D) Data limite de uso do produto esterilizado: prazo
estabelecido em cada instituição, baseado em um plano de
MANUSEIO DE MATERIAL ESTERILIZADO avaliação da integridade das embalagens, fundamentado na
• Ao manusear o material esterilizado com técnica asséptica, resistência das embalagens, eventos relacionados aoseu
deve-se obedecer a algumas normas a fim de mantê-lo manuseio (estocagem em gavetas, empilhamento de
estéril: é fundamental lavar as mãos com água e sabão pacotes, dobras das embalagens), condições de umidade e
antes de manusear o material esterilizado; temperatura, segurança da selagem e rotatividade do
estoque armazenado.
• Utilizar material com embalagem integra, seca, sem
E) barreira técnica: conjunto de medidas comportamentais
manchas, com identificação (tipo de material e data da dos profissionais de saúde visando à prevenção de
esterilização); contaminação cruzada entre o ambiente sujo e o ambiente
• Trabalhar de frente para o material; limpo, na ausência de barreiras físicas.
• Manipular o material ao nível da cintura para cima; evitar 03.O uso de EPI no Centro de Material e Esterilização é
tossir, espirrar, falar sobre o material exposto; definido pela RDC nº 15, de 15 de março de 2012,
de acordo com a sala ou área onde as atividades são
• Não fazer movimentos sobre a área esterilizada;
realizadas. Sobre o assunto é correto afirmar que
• Certificar-se da validade e adequação da embalagem;
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B) O monitoramento do processo de esterilização com 15. A limpeza dos produtos para saúde, seja manual ou
indicadores físicos deve ser registrado a cada ciclo de automatizada, deve ser avaliada por meio da inspeção
esterilização. visual, com o auxílio de lentes intensificadoras de
C) No monitoramento do processo de esterilização dos imagem, de no mínimo dezoito vezes de aumento,
produtos para saúde implantáveis, deve ser adicionadoum complementada, quando indicado, por testes químicos
indicador biológico a cada carga. disponíveis no mercado.
D) A carga só deve ser liberada para utilização após leitura A) CERTO
negativa do indicador biológico. B) ERRADO
E) É obrigatória a realização de teste para avaliar o 16. Artigos críticos entram em contato com tecidos
desempenho do sistema de remoção de ar (Bowie & Dick) estéreis ou com o sistema vascular e devem ser
da autoclave assistida por bomba de vácuo, no primeiro ciclo esterilizados para uso, pois possuem alto risco de
do dia. causar infecção.
11.Em relação à Classificação de Spaulding, que A) CERTO
classifica os artigos segundo os riscos potenciais de B) ERRADO
transmissão de micro-organismos para os paciente, 17. São classificados como críticos os produtos para a
relacione as colunas e assinale a alternativa com a saúde que entram em contato com a pele não íntegra ou
sequência correta. mucosas íntegras colonizadas.
1. Produtos para saúde críticos. A) CERTO
2. Produtos para saúde semi-críticos. B) ERRADO
3. Produtos para saúde não-críticos. 18. Produtos para a saúde classificados como não
A. Produtos que entram em contato com pele não íntegra ou críticos devem ser submetidos, no mínimo, ao processo
mucosas íntegras colonizadas. de desinfecção de alto nível após a limpeza.
B. São produtos para a saúde utilizados em procedimentos A) CERTO
invasivos com penetração de pele e mucosas adjacentes, B) ERRADO
tecidos subepteliais, e sistema vascular, incluindo também 19. A desinfecção de alto nível é um processo físico ou
todos os produtos para saúde que estejam diretamente químico que destrói a maioria dos microrganismos de
conectados com artigos semicríticos, inclusive micobactérias, fungos e
esses sistemas. elevado número de esporos bacterianos.
C. Produtos que entram em contato com pele íntegra ou não A) CERTO
entram em contato com o paciente. B) ERRADO
A) 1A – 2B – 3C. 20. Analise as afirmativas a seguir:
B) 1A – 2C – 3B. Afirmativa 1: produtos para saúde semicríticos utilizados na
C) 1B – 2C – 3A. assistência ventilatória, anestesia e inaloterapia devem ser
D) 1B – 2A – 3C. submetidos à limpeza e, no mínimo, à desinfecção de nível
E) 1C – 2A – 3B. intermediário, com produtos saneantes em conformidade
12.Para cuidados de limpeza, higiene e esterilização de com a normatização sanitária, ou por processo físico de
materiais em Centrais de Materiais e Esterilização, é termodesinfecção, antes da utilização em outro paciente.
correto afirmar: Afirmativa 2: Produtos para saúde utilizados na assistência
A) a esterilização em autoclave a vapor está indicada para ventilatória e inaloterapia, poderão ser submetidos à
matérias termossensíveis. desinfecção por métodos de imersão química líquida com a
B) os endoscópios, colonoscópios e inaladores e circuitos utilização de saneantes a base de aldeídos.
respiratórios são exemplos de artigos semicríticos. A) As duas afirmativas estão corretas.
C) esterilização por plasma e peróxido de hidrogênio é um B) Apenas a afirmativa 1 está incorreta.
método de esterilização física. C) Apenas a afirmativa 2 está incorreta.
D) os artigos críticos dispensam passar pelo processo de D) As duas afirmativas estão incorretas.
limpeza e higienização. 21. Entre as medidas de organização e de higiene
E) tanto os materiais críticos como os semicríticos deverão adotadas no manejo de medicamentos, o profissional de
ser processados em autoclave. enfermagem deve priorizar a antissepsia de artigos e
13. É o processo de destruição de todos os superfícies por meio do uso de álcool 70%.
microorganismos, a tal ponto que não seja mais A) CERTO
possível detectá-los através de testes microbiológicos B) ERRADO
padrão. Um artigo é considerado estéril apenas quando 22. O uso de estufa é permitido para esterilização de
a probabilidade de sobrevivência dos produtos para saúde.
microorganismos que o contaminavam é menor do que: A) CERTO
A) 1:100.000. B) ERRADO
B) 1:10.000 23. Marque a alternativa que indica um método físico-
C) 1:1.000 químico de esterilização:
D) 1:1.000.000.000 A) Esterilização por vapor saturado sob pressão;
E) 1:1.000.000 B) Esterilização por óxido de etileno;
14. A limpeza é a remoção de sujidades orgânicas e C) Esterilização por ácido peracético por imersão;
inorgânicas para reduzir a carga microbiana dos D)Esterilização por calor seco.
produtos para a saúde, utilizando água, detergente, 24. As embalagens de papel Kraft, papel-toalha, papel-
produtos e acessórios de limpeza, de forma a tornar o manilha, papel-jornal e lâminas de alumínio são
produto seguro para manuseio e preparado para destinadas ao uso em equipamentos de esterilização.
desinfecção e esterilização. A) CERTO
A) CERTO B) ERRADO
B) ERRADO 25. Os controles de rotina dos processos de
esterilização são realizados através de monitoramentos
químicos e/ou biológicos, por meio de Indicadores
Químicos (IQ) e/ou indicadores biológicos (IB). Com
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CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DO PACIENTE CIRÚRGICO sangramento, nefropatias, doença respiratória crônica, uso de
I – Paciente hígido, sem qualquer afecção orgânica ou drogas ilícitas e lícitas, cirurgias anteriores;
psíquica; funções preservadas. • Incentivar exercícios respiratórios principalmente aos
II – Paciente com afecção leve ou moderada, sem maiores pacientes com risco e solicitar ao paciente tabagista para
disfunções orgânicas (HAS leve). cessar o fumo;
III – Paciente com enfermidade sistêmica declarada, com • Orientar quanto aos exercícios com MMII para prevenir TVP
disfunção clara e evidenciada (cardiopatia isquêmica pós-operatória;
sintomática). • Encaminhar o paciente para a realização dos exames pré-
IV – Paciente com doença grave, descompensação funcional operatórios;
severa com risco de vida (insuficiência cardíaca • Realizar as orientações necessárias;
descompensada). • Incentivar exercícios respiratórios principalmente aos
ATENÇÃO: pacientes com risco e solicitar ao paciente tabagista para
• Pacientes I e II podem ser submetidos a qualquer cessar o fumo;
intervenção, obedecendo o pré- operatório. • Orientar quanto aos exercícios com MMII para prevenir TVP
• Pacientes III devem realizar cirurgias inadiáveis e necessárias pós-operatória;
(neoplasias e urgências). • Encaminhar o paciente para a realização dos exames pré-
• Pacientes IV contra-indicado tratamento cirúrgico. operatórios;
• Realizar as orientações necessárias;
CUIDADOS DE ENF. PRÉ-OP. MEDIATO
• Prevenir quanto a náuseas, vômitos, dor, deambulação INVESTIGAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA
precoce, alimentação pós-operatória; • Para a realização de uma anestesia segura, é importante que
• Avaliar medicamentos que interfiram no ato cirúrgico; o paciente realize avaliações clínicas, laboratoriais e
• Preparo do intestino quando indicado, podendo iniciar dias radiológicas;
antes da cirurgia ou na véspera da mesma; • Indispensável a anamnese acompanhada do exame físico;
• Avaliar co-morbidades e o motivo da intervenção: diabetes, • Todo paciente cirúrgico será analisado conforme Protocolo da
hipertensão, doença hepática, cardíaca, distúrbio de Sociedade Americana de Anestesiologia – ASA
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Bisturi elétrico
É um aparelho eletrônico que tem a propriedade de
transformar a corrente elétrica alternada comum em corrente
elétrica de alta frequência, sem causar lesão orgânica nem
excitação nervosa. A corrente elétrica de alta freqüência
aquece a ponta metálica do eletrodo positivo, passa através
do corpo do paciente e é eliminada através da placa
dispersiva que está direta ou indiretamente ligada ao fio-
terra. A principal complicação é a queimadura no local da
placa dispersora.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM PRÉ-OPERATÓRIO
IMEDIATO
Cuidados na colocação da placa dispersora:
• Na véspera da cirurgia
- A placa dispersiva deve ser colocada em área limpa, sem
• Verificar lista cirúrgica e confirmar reservas de sangue e
pelos e seca;
materiais especiais (biópsias, materiais cirúrgicos especiais).
- Certificar-se se a placa necessita de gel condutor (em geral
• Rever resultado dos exames (hemograma, bioquímica,
as placas descartáveis já vêm impregnadas de substância
coagulograma, tipagem sanguínea);
condutora);
• Manter higiene corpórea, exame físico da pele e unhas,
- Manter contato homogêneo da placa com o corpo do
banho na manhã que antecede o ato cirúrgico;
paciente;
• Verificar Jejum de 8 a 12 horas;
- A placa deve ser colocada o mais perto possível do local
• No dia da cirurgia:
da cirurgia e no mesmo lado da cirurgia;
• Preparo de pele: banho completo na manhã da cirurgia e 1
- Dar preferência para área de massa muscular, evitando
hora antes do procedimento; tricotomia no máximo 2 horas
locais com muito tecido adiposo, próteses metálicas,
que antecedem o ato cirúrgico e degermação da pele no
escarificações e proeminências ósseas;
local da cirurgia.
- Os locais mais utilizados são a panturrilha, a face posterior
• Realizar medicação pré-anestésica quando prescrita.
da coxa e a região glútea.
Observar a droga e os cuidados após a administração da
- Cuidado especial com pacientes portadores de marca-
droga;
passos: dar preferência aos aparelhos bipolares, nos casos
• Realizar monitorização cardíaca e respiratória;
em que se necessita utilizar a configuração unipolar, a placa
• Verificar SSVV – 30 minutos antes do encaminhamento ao
deve ser posicionada o mais distante possível do sistema
CC.
(gerador e caboseletrodos) e o mais próximo possível do
• Remover acessórios: grampos, colares, anéis, brincos,
bisturi, de tal forma que a alça elétrica não passe sobre o
próteses dentárias, lentes de contato, absorventes internos,
sistema. Além disto, a aplicação de corrente do bisturi deve
retirar roupas íntimas; indentificá-los e guardá-los.
ocorrer de maneira intermitente, com pulsos de curta
• Providenciar anotações no prontuário.
duração.
PERÍODO OPERATÓRIO
2- Hemostasia: Processo através do qual se impede, detém
ou previne o sangramento, podendo ser preventiva, de
• Dividido entre:
urgência ou curativa.
– Trans-operatório: Compreende o período desde o
Exemplos de instrumentais de hemostasia: pinças de Kelly,
momento em que o paciente é recebido no CC até o
Kocher, Rochester.
momento de seu encaminhamento para a sala de pós-
3- Exérese ou Tempo principal: Cirurgia propriamente dita
recuperação anestésica (SRPA).
4- Síntese: É a união dos tecidos.
– Intra- operatório: inicia com o início da anestesia e termina
Exemplo de instumentais: porta-agulha, fios de sutura.
com o término da anestesia.
Tipos de Fios de sutura:
a) Absorvíveis: São aqueles que, após colocados no
PERÍODOS CIRÚRGICOS:
organismo sofrem ação dos líquidos corporais e são
1- Diérese: É o rompimento da continuidade dos tecidos,
absorvidos, podem ser de origem animal (catgut simples e
que significa dividir, separar ou cortar os tecidos.
cromado) ou sintéticos (ácido poliglicólico).
Pode ser classificada em:
b) Não-absorvíveis: permanecem encapsulados
Mecânica ou Física (Bisturi Elétrico) Mecânica:
(envolvidos por tecido fibroso) nas estruturas internas e nas
a) Punção: Introdução de uma agulha nos tecidos (p. ex.:
suturas de pele; devem ser removidos entre o 7° e o 10° dia
agulhas, trocateres)
de pós-operatório. Podem ser de origem animal, como a
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seda; de origem vegetal, como o algodão e li- nho; de 2. Manter o alinhamento corporal e as funções circulatórias e
origem sintética, como o nylon, perlon, poliéster; ou de respiratórias.
origem mineral, como o fio de aço. 3. Proporcionar acesso para a administração de soluções
endovenosas, drogas, agentes anestésicos.
POSICIONAMENTO CIRÚRGICO 4. Não comprometer as estruturas vasculares e a
OBJETIVO integridade da pele.
1. Oferecer exposição e acesso ótimo do local operatório. 5. Trazer o máximo de conforto para o paciente.
DECÚBITO DORSAL OU SUPINA Braços ao lado da mesa com as palmas das mãos voltadas para baixo ou o outro
braço, cuidadosamente posicionado sobre um suporte para infusão venosa. O
paciente fica deitado sobre o dorso, braços em posição anatômica e pernas
levemente afastadas. As palmas das mãos voltadas para o corpo. A posição da
cabeça deve manter as vértebras cervicais, torácicas e lombares numa linha reta.
Os quadris paralelos. As pernas ficam paralelas e descruzadas para prevenir
comprometimento circulatório. Indicada para indução anestésica geral e acesso
as cavidades maiores do corpo. INDICAÇÃO: cirurgias torácica, cranianas e
peritoniais, colecistectomias, cesarianas, tireoidectomias, etc.
POSIÇÃO DE TRENDELEMBURG Paciente em posição dorsal, com cabeça e tronco em níveis mais baixos que os
membros inferiores, com elevação da pelve e membros inferiores, por inclinação
da mesa cirúrgica INDICAÇÃO: Posição que oferece melhor visualização dos
órgãos pélvicos durante a abertura ou cirurgia laparoscópica no abdome inferior
ou pelve. Pode ser utilizada também para melhorar a circulação no córtex
cerebral, quando a PA cai repentinamente e aumenta o fluxo sanguínea arterial
para o crânio
TRENDELEMBURG REVERSO OU Paciente DD com elevação da cabeça e tórax e abaixamento do MMII. Usada
PROCLIVE frequentemente para oferecer acesso a cabeça e pescoço para facilitar que a
força de gravidade desloque a víscera para adiante do diafragma e na direção dos
pés. Indicada para manter as alças intestinais na parte inferior do abdome e
reduzir a pressão sanguínea.
VENTRAL OU PRONA Aquela que o paciente fica deitado de bruços, sobre o abdome com a cabeça
lateralizada e os braços no suporte INDICAÇÃO: Indicada para cirurgias da região
dorsal, lombar, sacrococcígea e occipital. Cirurgias da coluna, hemorroidectomia,
hérnia de disco. OBS: Necessidade de expansão pulmonar; liberação das mamas
no sexo feminino
POSIÇÃO LITOTÔMICA OU Essa posição é derivada do decúbito dorsal. As pernas são flexionadas e
GINECOLOGICA afastadas. A posição é mantida com os pés nos estribos da mesa (perneiras) e
com os braços apoiados em talas. INDICAÇÃO: exames urinários, endoscópicos,
cirurgias ginecológicas por via baixa e anuretais.
LATERAL OU SIMS Paciente permanece em decúbito lateral, esquerdo ou direito, do lado não
afetado, com a perna que esta do lado de cima flexionada, afastada e apoiada.
Oferece acesso a parte superior do tórax, na região dos rins e região superior do
ureter. INDICAÇÃO: Toracotomias, cirurgias renais, coluna e pulmão
POSIÇÃO KRASKE OU DE Essa posição é uma variação da posição prona. Diferencia-se pela flexão do
“CANIVETE” (JACKKNIFE) corpo na região do quadril, de modo que o tórax, os membros superiores e os
membros inferiores fiquem em posição mais baixa do que as regiões do quadril e
do glúteo, em ângulo de aproximadamente 90°; e os membros inferiores
permanecem alinhados.
A posição de “Jackknife” é utilizada em procedimentos proctológicos, que
envolvem a região anal, cirurgia de cisto polonidal e alguns tipos de cirurgias de
coluna.
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Anestesia geral: o paciente fica totalmente inconsciente, sem qualquer percepção com relação à cirurgia ou ao exame. Esse tipo
de anestesia apresenta 4 estágios, cada um associado a manifestações específicas, são eles:
ESTÁGIO DESCRIÇÃO
I-Início da anestesia Nesse momento inicial de ação do anestésico o paciente pode sentir calor, tonteira e sensação de
“desprendimento”, podendo acompanhar uma sensação de zumbido. Nesse estágio o paciente ainda
está consciente, mas pode sentir uma dificuldade em mover os membros. Atenção! Nesse estágio,
devem-se evitar ruídos desnecessários, pois o paciente os perceberão de forma exagerada
II – Excitação Caracterizado pela agitação do paciente, o mesmo pode gritar, cantar, rir, querer conversar, chorar.
Pode ser evitado se o anestésico for administrado de maneira calma e rápida (tempo). Pupilas ficam
dilatadas, mas fotorreagente. Frequência do pulso rápida (taquisfigmia). Frequência respiratória
irregular. Atenção! A contenção poderá ser necessária, mas as mesmas não poderão ser próximas ao
sítio operatório. Manipular o paciente apenas quando necessário, pois a manipulação aumenta a
circulação para o sítio operatório e aumenta o potencial para sangramento.
III-Anestesia cirúrgica Esse estágio é alcançado através da administração continuada de vapor ou gás anestésico. O
paciente está inconsciente e deitado tranquilamente sobre a mesa operatória. Pupilas dilatadas, mas
fotorreagente. Respiração regular. Frequência e volume do pulso normal. Pele fica ligeiramente
ruborizada. Com administração adequada do anestésico, esse estágio pode ser mantido por horas.
IV-Depressão Esse estágio só será alcançado quando administrado em excesso. Respiração superficial. Pulso fraco
medular e filiforme. Pupilas amplamente dilatadas e não mais fotorreagente. Cianose e caso não exista uma
intervenção imediata, paciente evoluirá rapidamente até a morte.
TIPO DESCRIÇÃO
Anestesia epidural Injeta-se anestésico local no espaço epidural que circunda a dura-máter da medula espinhal. Esse
(peridural) tipo de anestesia bloqueia as funções sensorial, motora e autônoma. As doses injetadas são mais
altas do que as injetadas na anestesia espinhal, porque o anestésico não entra em contato direto com
a medula espinhal ou com raízes nervosas. Vantagem: ausência de cefaleia (presente na anestesia
espinhal). Desvantagem: maior desafio técnico para conseguir introduzir o anestésico dentro do
espaço epidural, em lugar do espaço aracnoide.
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Anestesia espinhal Anestésico local é introduzido dentro do espaço subaracnoide no nível lombar, usualmente entre L4 e
(raquianestesia) L5. Produz anestesia nos membros inferiores, períneo e parte inferior do abdome. A disseminação do
anestésico e o nível de anestesia dependem da quantidade de líquido injetado, da velocidade com
que é injetado, do posicionamento do paciente depois da injeção e da densidade específica do
agente. O paciente pode apresentar náusea, vômito e dor durante a cirurgia com esse tipo de
anestesia. A administração IV de tiopental e a inalação de óxido nitroso podem evitar certas reações.
A cefaleia é o efeito pósanestésico mais comum. Para evitar, deve-se manter o ambiente tranquilo,
paciente deitado na posição horizontal e bem hidratado.
Anestesia local: injeção de uma solução contendo anestésico local dentro dos tecidos no sítio de incisão planejado. Geralmente
é associado a um bloqueio local. As vantagens desse tipo de anestesia: é simples, econômica; equipamento necessário é mínimo;
recuperação pós-anestésica é breve; ideal para procedimentos cirúrgicos breves e superficiais.
ATENÇÃO!! Hipertermia Maligna: Distúrbio muscular – Prestar ao paciente todos os cuidados necessários, até a
herdado raro (distúrbio fármacogenético) que pode ser recuperação de seus reflexos e estabilização dos SSVV.
deflagrada por miopatias, estresse, insolação, síndrome – Avaliação Inicial
neuroléptica malígna, esforços extenuantes e traumatismos. • Função respiratória: profundidade e natureza das
A condição é causada pelo aumento de cálcio nas células, respirações, permeabilidade das vias aéreas, nível de
levando a um hipermetabolismo, mais comum em pessoas saturação do oxigênio, frequência respiratória, uso de
com músculos volumosos e fortes, histórias de cãibras ventilador mecânico.
musculares ou fraqueza muscular, elevação inexplicada da • Nível de consciência: capacidade de responder aos
temperatura e história de morte na familia durante a cirurgia comandos; nível de sedação e medicações em curso.
que foi acompanhada de uma resposta febril. • Avaliar os sinais vitais: 15/15 min. na 1ª hora; 30/30 min.
Agentes anestésicos como halotano, enflurano, relaxantes na 2ª hora; Manter a avaliação até 4/4 horas.
musculares (succinilcolina) podem desencadear os sintomas • Função circulatória: avaliação dos SSVV e coloração da
de hipertermia malígna. O estresse e drogas pele.
simpaticomiméticas (epinefrina), teofilina, aminofilina, • Sítio cirúrgico: curativos, sangramentos, drenos,
anticolinérgicos (atropina) e glicosídeos cardíacos secreções, ostomias.
(digitálicos) podem induzir ou intensificar essa reação. • Drenos e cateteres - Avaliar diurese e drenagem de
As Manifestações Clínicas incluem: taquicardia (FC secreções.
>150bpm) e rigidez muscular são os sinais mais precoces; • Soluções em uso - medicações vasoativas, punções.
arritmia ventricular; hipotensão; diminuição do débito • Determinando alta da recuperação anestésica
cardíaco; oligúria; acidose metabólica e respiratória; • Orientação têmporo-espacial;
hipertermia (sinal tardio) aumento de 1-2 graus a cada 5min, • Função pulmonar íntegra;
podendo exceder 42 graus. Assim que for percebida a • Leituras de oximetria e pulso indicando saturação
alteração a anestesia e a cirurgia são interrompidas, o adequada;
paciente recebe O2 a 100% e administra-se de imediato o • Débito urinário de pelo menos 30ml/hora; • Náuseas e
Dantrolene Sódico (relaxante da musculatura esquelética) e vômitos ausentes ou sob controle;
o bicarbonato de sódio, além de monitorizar todos os sinais • Dor mínima.
vitais. Atenção: embra em geral a hipertermia malígna se • Pontuação suficiente pela análise da Escala de Aldrete e
manisfeste em cerca de 10- 20 minutos após a indução Kroulik para alta da RPA
anestésica, ela também pode ocorrer durante as primeiras
24h após a cirurgia. - Gerais
• Observar a hipotensão arterial nas transferências;
PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO • Posicionar o pacte com vistas a evitar complicações;
Inicia-se a partir da saída do cliente da sala de operação e • Observar nível de consciência;
perdura até sua total recuperação. • Conectar tubos de drenagem e sondas bem como avaliar
• Pós-Operatório Imediato (POI): (até às 24 horas os volumes drenados (secreção, diurese);
posteriores à cirurgia): período de 24h que se inicia com o • Aliviar a dor: posiciona/o no leito, ambiente tranquilo,
retorno do processo anestésico. Essa fase, em geral, tem conforto no leito e analgesia adequada;
início na Recuperação Pósanestésica (R.P.A.), para onde o • Observar gotejamento das infusões venosas;
cliente é transferido após o procedimento cirúrgico. • Observar sinais de estado de choque;
• Pós-Operatório Mediato: após as 24 horas e até 7 dias • Avaliar retorno do peristaltismo;
depois; • Manter o paciente cirúrgico confortável;
• Período Pós-Operatório Tardio: após 7 dias do
recebimento da alta PÓS-OPERATÓRIO MEDIATO
• A deambulação é precoce na maioria dos casos, ou seja,
CUIDADOS PÓS-OP. IMEDIATO 24 horas após o ato cirúrgico;
RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA - RPA • Ajudar na higiene corporal se necessário ou supervisionar;
• OBJETIVOS • Curativo diário ou de acordo com as necessidades
– Manter a ventilação pulmonar (drenagens abundantes requerem mais de um curativo ao
– Prevenir hipoxemia e hipercapnia. Essa situação pode dia). Os pontos serão retirados em torno do 7º P.O.,
ocorrer se a via aérea estiver obstruída e a ventilação alternadamente ou não;
reduzida.
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apresentar agitação, confusão, taquicardia, seguida de B) na posição de Fowler o risco de alterações respiratórias
bradicardia, e cianose. aumenta devido ao aumento da pressão abdominal contra o
( ) Na presença de vômitos, administrar antieméticos, diafragma.
conforme prescrição médica, C) na posição de litotomia ou ginecológica é
auxiliar o paciente a lateralizar a cabeça e elevar o decúbito recomendadoretornar os membros inferiores rapidamente a
entre 30º e 45º - se não houver posição inicial, para aumentar a pressão intracraniana.
contraindicação, para evitar aspiração do conteúdo gástrico. D) a posição de Trendelenburg é uma variação
( ) A Hipertermia Maligna é uma complicação potencialmente dodecúbito dorsal, em que a parte superior do dorso
fatal, que consiste no éabaixada e os pés elevados.
aumento descontrolado do metabolismo da musculatura E) os membros superiores ficam ao longo do corpo
esquelética com elevação ouabduzidos em ângulo de até 180º.
dos níveis de cálcio após um estímulo desencadeador. 05.Os principais objetivos da terminologia cirúrgica são:
Inicialmente ocasiona taquicardia, fornecer por meio da forma verbal ou escrita uma
rigidez muscular, instabilidade hemodinâmica, taquipneia, definição do termo cirúrgico e descrever os tipos de
cianose e hipertermia. cirurgia. Ao solicitar a um paciente informações sobre a
A) F – F – F – V – V. história de doenças e cirurgias em sua família, o
B) V – V - V – V – V. enfermeiro obteve as seguintes respostas:
C) F – V – V – F – F. • a mãe foi submetida à retirada da bexiga.
D) V – F – V – V – V. • a irmã foi submetida à retirada das trompas uterinas.
E) V – V – V – F – V. • o pai foi submetido à retirada do baço.
02. A “Aliança Mundial para Segurança do • um irmão foi submetido à fixação do testículo na bolsa
Paciente/Doente”, da OMS, propôs dez metas para a escrotal.
promoção da segurança do paciente, apoiada e Assinale a alternativa CORRETA. Ao fazer as anotações
publicada pelo COREN. A quarta meta é a Cirurgia utilizando os termos técnicos adequados, o profissional
Segura. Em 2009 o Ministério da Saúde publicou, em registrou:
português, o Manual de Implementação de Medidas para A) histerectomia – ooforectomia – hepatectomia –
o projeto Segurança do Paciente:”Cirurgias Seguras postectomia.
Salvam Vidas”. Sobre isso, assinale a alternativa B) cistectomia – histerectomia – colecistectomia –
INCORRETA. orquipexia.
A) A anestesiologia segura requer: presença de um C) cistectomia – salpingectomia – esplenectomia –
profissional capacitado em anestesiologia, verificação de orquipexia.
segurança de máquinas e dos medicamentos, oximetria de D) cistostomia – trompectomia – bacectomia –
pulso, monitoração da frequência cardíaca, temperatura e postectomia.
pressão sanguínea. E) cistectomia – salpingoplastia – hepatectomia –
B) Dentre os objetivos essenciais para a cirurgia segura, testiculoplastia.
inclui-se: a equipe impedirá aretenção inadvertida de 06.Michael, 45 anos, foi submetido à craniotomia para
instrumentais ou compressas nas feridas cirúrgicas. drenagem de hematoma subdural após acidente de
C) Dentre os objetivos essenciais para a cirurgia segura esqui. Não apresenta lesões externas. Esse tratamento
inclui-se: a equipe operará o paciente certo e o local certo. cirúrgico pode ser classificado quanto ao Momento
D) Não está contemplado o reconhecimento e efetiva Operatório, Finalidade e Potencial de Contaminação,
preparação para o risco de grandes perdas sanguíneas, já respectivamente como
que dificilmente isso ocorre nas cirurgias. A) Emergência – Diagnóstico – Limpo.
E) Dentre os objetivos essenciais para a cirurgia segura, B) Urgência – Curativo – Limpo.
inclui-se: a equipe reconhecerá e estará efetivamente C) Emergência – Paliativo – Potencialmente
preparada para a perda de via aérea ou de Contaminado.
funçãorespiratória que ameace a vida. D) Urgência – Radical – Potencialmente Contaminado.
03. São medidas altamente recomendadas para E) Emergência – Curativo – Limpo.
prevenção de infecção no sítio cirúrgico, EXCETO 07.O centro cirúrgico é uma área complexa e de acesso
A) sempre que possível, identificar e tratar todas restrito. Dessa forma, no planejamento, alguns aspectos
asinfecções à distância antes de cirurgias eletivas; adiar o importantes devem ser observados, pois implicam na
procedimento até que a infecção seja resolvida. qualidade e segurança da assistência prestada ao
B) não remover os pelos, exceto quando estiverem ao redor paciente. Sobre esse assunto, assinale a alternativa
da incisão e interferirem no ato cirúrgico. INCORRETA.
C) se for necessário realizar tricomia, fazê-la imediatamente A) Os vestiários devem estar localizados na entrada do
antes da cirurgia, com o uso de centro cirúrgico, onde se realiza a troca de roupasprivativas,
aparelho elétrico. e permite-se o acesso livre de pessoas.
D) aderir aos princípios de assepsia quando instalar B) A iluminação artificial da sala operatória só deve
dispositivos intravasculares ou cateteres de anestesia serutilizada em dias nublados ou à noite, para possibilitar a
epidural e raquidiana, ou quando preparar e administrar percepção do ciclo circadiano pela equipe cirúrgica.
drogas intravenosas. C) O foco cirúrgico precisa ter como
E) aplicar mupirocina tópica nas narinas de todos os características:ausência de sombras,redução de reflexos e
pacientes para prevenção de estafilococcia. eliminaçãodo excesso de calor.
04.A posição adequada do paciente é essencial para que D) O centro cirúrgico sempre deve dispor de
os procedimentos cirúrgicos sejam iluminaçãode emergência auxiliar para que intervenções
bem sucedidos. Quanto aos cuidados com o cirúrgicas não fiquem comprometidas por falta de luz.
posicionamento cirúrgico do paciente, é correto E) O centro cirúrgico deve possuir um sistema de ar
afirmar que condicionado, com finalidade de remover gasesanestésicos,
A) a posição supina ou dorsal é indicada nas cirurgias controlar a temperatura e a umidade,promover uma
da coluna vertebral. adequada troca de ar, remover partículas em suspensão e
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impedir a entrada de partículas oriundas de áreas D) A cefaleia por hipotensão do líquor é muito
adjacentes maisfrequente após realização da anestesia peridural do que
08.Antonio, 67 anos, sexo masculino, economista, viúvo. após raquianestesia, e está diretamente relacionada com o
O diagnóstico médico atual é de hiperplasia benigna de calibre da agulha.
próstata. Diz ser hipertenso em uso de medicação oral. E) Operações em crianças normalmente não devem ser
Apresenta tosse seca. Nega alergia. Queixas principais: realizadas com anestesia geral, para evitar que elas se
dificuldades para iniciar a micção, vontade frequente de traumatizem ou fiquem inquietas durante a cirurgia.
urinar e dor, noctúria, hematúria e sensação de 11.Em relação à sonda vesical de 3 vias para irrigação
esvaziamento incompleto da bexiga. Admitido no em drenagem sistema fechado, assinale a alternativa
Hospital Municipal hoje, às 06 horas, para ser submetido correta.
à ressecção transuretral da próstata às 13:00 horas. A) Como há uma via para irrigação, não há risco de infecção
Administrado pré-anestésico, conforme prescrição urinária quando se desconecta a bolsa coletora da sonda
médica. Na admissão na Sala Operatória, apresentava para desprezar a drenagem.
PA 150x100 mmHg, pulso 88bpm, T 37°C, FR 26 mrm. B) Na sonda vesical de 3 vias: − 1ª via: drenagem
Realizado prostatectomia transuretral sob daurina. – 2ª via: insuflação do balão com água destilada.–
raquianestesia. Placa de eletrocautério em panturrilha 3ª via: irrigação contínua. O material introduzido por essa via
esquerda. Apresentou pico hipertensivo (PA 220x120 será eliminado juntamente com a urina.
mmHg) no transoperatório, com normalização após C) A sondagem vesical com sonda de 3 vias só pode ser
medicação. FC 100 bpm T 36,4°C. Término da cirurgia realizada sob anestesia raquidiana ou peridural.
16:00 horas. Encaminhado para SRPA, sonolento, só D) A remoção da sonda vesical de 3 vias é
acorda para responder a solicitações verbais, pálido, PA procedimento privativo do médico.
140x90 mmHg, FC 100bpm, T 35,4°C, Sat O2 95% em ar E) Todas as alternativas estão corretas.
ambiente, eupneico, ainda sem mobilidade de MMII. 12. (AOCP- 2014) O tempo cirúrgico abrange, de modo
Presença de sonda vesical 3 vias, em sistema fechado, geral, a sequência dos quatro procedimentos realizados
com irrigação com soro fisiológico 0,9%. Fazem parte pelo cirurgião durante o ato operatório. O procedimento
dos cuidados de enfermagem no período pré-operatório feito com objetivo de prevenir, deter ou impedir o
imediato para esse paciente, EXCETO sangramento recebe o nome de:
A) suspender medicação antihipertensiva. A) sutura.
B) jejum de 06 a 08 horas. B) hemostasia.
C) orientar e supervisionar a retirada de próteses e C) diérese.
possíveis adornos. D) exérese.
D) controle de sinais vitais. E) síntese
E) encaminhar ao banho de aspersão, antes da 13.São cirurgias realizadas em tecidos estéreis, onde
administração do pré-anestésico. não há presença de processo infeccioso, cicatrização
09.O Índice Aldrete e Kroulik é utilizado na avaliação dos por primeira intenção, não há penetração dos tratos
sistemas cardiovascular, respiratório, nervoso central e respiratório, digestório e
muscular dos pacientes submetidos à ação dos geniturinário, não há falha na técnica asséptica e não
fármacos e técnicas anestésicas. Com relação a tem drenos.
avaliação do paciente na admissão na Sala de Exemplos: herniorrafia e mamoplastia.
Recuperação Pós-Anestésica, assinale a alternativa A) Cirurgia Primária;
correta. B) Cirurgias Potencialmente Contaminadas;
A) Na avaliação da circulação, recebeu 2 pontos – C) Cirurgia Infectada;
variação inferior a 20%, na avaliação do nível de consciência D) Cirurgia Limpa.
1 ponto e 2 pontos na avaliação da saturação de oxigênio. 14.O protocolo para Cirurgia Segura deverá ser aplicado
B) Na avaliação do nível de consciência, recebeu 2 pontos, em todos os locais dos estabelecimentos de saúde em
pois desperta ao ser chamado; e 1 ponto na avaliação que sejam realizados procedimentos, quer terapêuticos,
respiratória – pois apresenta saturação demenos de 100%. quer diagnósticos, que impliquem em incisão no corpo
C) Na avaliação da saturação de oxigênio, recebeu 1 ponto, humano ou em introdução de equipamentos
pois a saturação de O2 é maior que 92%respirando em ar endoscópios, dentro ou fora de centro cirúrgico, por
ambiente e 1 ponto na avaliação do nível de consciência - qualquer profissional de saúde. De acordo com a Lista
desperta ao ser chamado. de Verificação, antes da indução anestésica, devemos:
D) Na avaliação da circulação, recebeu 1 ponto – EXCETO.
variaçãoinferior a 20% ; 3 pontos na avaliação do nível de A) Revisar verbalmente com o próprio paciente, sempre que
consciência e 2 pontos na avaliação da saturação de possível, que sua identificação tenha sido confirmada;
oxigênio. B) Confirmar o consentimento para cirurgia e a anestesia;
E) Na avaliação da saturação de oxigênio recebeu 1 ponto; C) Revisar verbalmente com o anestesiologista, o risco de
1 ponto na avaliação do nível de consciência –desperta ao perda sanguínea do paciente, dificuldades nas vias aéreas,
ser chamado e na avaliação da circulação recebeu 0 ponto – histórico de reação alérgica e se a verificação completa de
variação inferior a 20%. segurança anestésica foi concluída;
10.Com relação à anestesia, assinale a alternativa D) A confirmação da administração de antimicrobianos
correta. profiláticos nos últimos 60 minutos da incisão cirúrgica.
A) A anestesia peridural é geralmente administrada 15.Indique a posição cirúrgica mais indicada numa
aonível da coluna lombar, obtida pelo bloqueio dos nervos cirurgia plástica na face e no nariz:
espinhais do espaço subaracnoide. O anestésico é A) Posição de litotomia ou ginecológica;
depositado junto ao líquor, ocorrendo perfuração da B) Posição de Trendelenburg reversa ou proclive;
duramater. C) Posição de Kraske ou Jacknife;
B) Para esse paciente é contraindicada a anestesia D)Posição prona.
geral devido a sua idade.
C) O posicionamento do paciente para ser submetido à
anestesia raquidiana e peridural é o mesmo.
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16.Para uma cirurgia de urgência o paciente necessita 20.Paciente em pós-operatório iniciou quadro de
de uma abordagem rápida, dentro de 24 à 30h. Dentre as confusão mental, hipotensão, taquicardia,
opções abaixo assinale a alternativa que informa uma cianose labial e pele úmida e fria. A enfermeira logo
cirurgia de urgência: identifica que esses são sintomas
A) Fratura do crânio; clássicos de
B) Obstrução vesical ou intestinal; A) edema pulmonar.
C)Infecção aguda da vesícula; B) embolia.
D)Feridas por arma de fogo ou branca. C) trombose.
17.Em relação a estrutura física do Centro Cirúrgico, D) infarto.
marque a alternativa correta: E) choque.
A)Não são permitidos ralos no centro cirúrgico, com exceção 21.Considerando a lista de verificação para Cirurgia
apenas das áreas molhadas e das salas de operações, Segura recomendada pela Organização Mundial da
porém os ralos devem ter fechos hídricos e tampa com Saúde (OMS), leia as frases abaixo e marque (F) se a
fechamento escamoteável; afirmativa for falsa ou (V) se for verdadeira. Em seguida,
B) As áreas semirrestritas são aquelas em que a circulação assinale a alternativa que contém a sequência correta.
de pessoas é livre, não exigindo cuidados especiais e nem ( ) Ela define três fases distintas: 1)checar imediatamente
uso de uniforme privativo; antes (sign in - realizado antes da indução anestésica);
C) As áreas não restritas são aquelas que permitem a 2)checar antes (time out - realizado antes da incisão na
circulação de pessoal e equipamentos, de modo a não pele); e 3)checar depois (sign out - realizado antes de o
interferir no controle e na manutenção da assepsia cirúrgica, paciente sair da sala de cirurgia).
sendo necessário o uso de uniforme privativo e de calçados ( ) Tem a finalidade de realização exclusiva do check-list do
adequados; material a ser utilizado no paciente durante o ato cirúrgico,
D)As áreas restritas são aquelas que possuem limites garantindo que tenha registro na ANVISA.
definidos para circulação de pessoal e equipamentos, onde ( ) Trata-se de um manual de conduta cirúrgica para
se deve estabelecer rotinas próprias para controlar e manter profissionais iniciantes, garantindo o conhecimento do
a assepsia local. Nesse ambiente é necessário o uso de fluxograma dos que atuam diretamente ou circulam nas
máscara, cobrindo a boca e o nariz, e do uniforme privativo. salas cirúrgicas.
18.De acordo com a classificação de cirurgias segundo A) V, V, V.
o potencial de contaminação, marque a alternativa B) V, F, F.
correta: C) F, V, V.
A) Cirurgia limpa: realizadas em tecidos colonizados por D) F, F, F.
flora microbiana residente pouco numerosa ou em tecidos 22.Um paciente, adulto, receberá uma bolsa de
de difícil descontaminação. Exemplo: colecistectomia; concentrado de hemácias. O tempo de infusão dessa
B) Cirurgia potencialmente contaminada: realizada em tecido bolsa deverá ser de:
estéril ou passivo de contaminação, na ausência de A) 30 minutos a 1 hora, não devendo exceder a 4 horas.
processo infeccioso e inflamatório local. Exemplo: B) 3 horas, não devendo exceder a 6 horas.
Herniorrafia; C) 4 a 6 horas, não devendo exceder a 8 horas.
C) Cirurgias contaminadas: realizadas em tecidos D) 30 minutos, não devendo exceder a 2 horas.
colonizados por abundante flora bacteriana, cuja 23.Os cuidados de enfermagem na instalação e
descontaminação seja difícil; incisão na presença de administração de hemocomponentes compreendem
inflamação aguda sem supuração local. Exemplo: entre outras ações:
apendicectomia; A) conservar os componentes eritrocitários à temperatura
D)Cirurgias infectadas: realizadas em tecidos colonizados ambiente, por no máximo 50 minutos antes da transfusão.
por abundante flora microbiana, com presença de pus; B) permanecer ao lado do paciente durante os primeiros 5
feridas traumáticas recentes, de abordagem rápida. minutos da transfusão.
Exemplo: cirurgia de reto e ânus. C) conferir os dados de identificação do paciente na
19.Em relação ao tipo de limpeza específica realizada de pulseira, na prescrição médica e no rótulo do
acordo com o momento de funcionamento da sala hemocomponente antes da instalação, e se possível,
cirúrgica, marque a alternativa correta: preferencialmente em dois profissionais, sendo um
A) Limpeza preparatória: realizada após o término de uma enfermeiro e outro profissional de saúde.
cirurgia e antes do início da outra, visando à remoção de D) desprezar a bolsa de sangue na caixa de materiais
sujidades e matéria orgânica em mobiliários, equipamentos perfurocortantes.
superfícies e chão; E) manter a infusão por no máximo 06 horas
B) Limpeza terminal: é realizada diariamente, após o término 24.O banho no leito é uma prática diária da equipe de
do último procedimento cirúrgico, ou uma vez por semana, enfermagem, devendo seguir alguns passos para a
no caso de baixo movimento cirúrgico. Inclui os processos correta realização. É correto afirmar que o sentido da
de limpeza e desinfecção; lavagem dos membros do paciente ocorre no sentido:
C) Limpeza operatória: realizada pelo profissional de A) proximal-distal.
enfermagem, com uso de EPI adequado, pouco tempo antes B) proximal-longitudinal.
do início da montagem da sala para a primeira cirurgia do C) longitudinal-distal.
dia; D) distal-proximal.
D)Limpeza concorrente: realizada pelo profissional de 25.Na humanização do cuidado ao paciente, a avaliação
enfermagem, com uso de EPI adequado, durante o da dor ocupa um importante papel. Para tal, pode ser
procedimento cirúrgico, quando ocorre a contaminação do aplicada, entre outros instrumentos, a escala de
chão com matéria orgânica, ou queda de material. A) Richmond.
B) EVN (Escala Visual Númerica).
C) Glasgow.
D) Lawton.
E) Fugulin.
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26.Sobre a anestesia espinhal epidural ou peridural e a B)A posição do leito deve ser alterada para a posição
anestesia espinhal raquianestesia, Trendelenburg reversa.
pode-se afirmar corretamente que C)O leito deve ser colocado na posição de fowler.
A) a anestesia espinhal peridural é obtida pela injeção de um D)A leito deve ser rapidamente colocado na posição de
anestésico local no canal medular, no espaço ao redor da semi-fowler.
dura-máter. E)O paciente deve ser colocado em decúbito lateral evitando
B) a anestesia espinhal raquianestesia é obtida pela punção o risco de broncoaspiração.
lombar e, no mesmo ato, injeta-se a solução no espaço ao
redor da dura-máter.
C) tanto na anestesia espinhal peridural como na anestesia
espinhal raquianestesia, a dose de anestésico injetado é a
mesma.
D) as principais complicações da anestesia peridural são:
hematoma epidural, reações tóxicas, dor lombar pós-
punção, disfunção vesical, cefaleia intensa, dor abdominal e
distúrbios gastrintestinais.
27.Na área hospitalar, é comum encontrarmos pacientes
que necessitam ficar no leito, sendo alimentados e
atendidos em sua necessidade de higiene e conforto.
Com relação aos objetivos da higiene corporal, assinale
com (V) as afirmativas verdadeiras e com (F) as
afirmativas falsas.
( ) Proporciona diminuição da circulação sanguínea.
( ) Proporciona conforto e relaxamento.
( ) Possibilita a avaliação de enfermagem.
( ) Estabelece a relação pessoa-pessoa.
( ) Proporciona um meio biologicamente seguro, através da
limpeza e de exercícios passivos e ativos.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência
CORRETA, de cima para baixo.
A) V – V – V – V – V
B) F – V – V – V – F
C) F – V – V – V – V
D) V – V – F – F – V
E) F – F – V – V – V
28. O banho de leito tem objetivo de proporcionar
higiene e conforto ao paciente acamado e manter a
integridade cutânea. Sobre o banho de leito, é correto
afirmar, EXCETO:
A) Sempre que possível, o banho de leito deve ser feito por
duas pessoas.
B) As mãos e os pés do paciente devem ser colocados na
água.
C) A água para o banho de leito deve estar à temperatura
corporal (de morna para quente).
D) Durante o banho de leito, evite conversar com o paciente,
converse apenas com seu colega de trabalho.
E) Ofereça o material para o paciente fazer sua higiene
íntima. Caso não seja possível, proceda à higiene conforme
técnica descrita.
29. A manutenção da higiene pessoal é importante
para o conforto, a segurança e o bem-estar de uma
pessoa. Assinale a opção correta acerca desse tema.
A)Não se deve limpar a região da narina onde está fixada a GABARITO
sonda nasogástrica de um paciente.
B)Um paciente com sensibilidade diminuída tem maior risco
de apresentar comprometimento da pele. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C)A limpeza das nádegas e do ânus de um paciente D D E D C E B A A C
acamado deve ser feita em direção à genitália.
D)A higiene oral de um paciente inconsciente deve ser feita 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
com escova, pasta de dente, água e luvas. B A D D B C D C B E
30. O banho de leito muitas vezes esgota o paciente.
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Virar o paciente durante o banho completo e prestar
cuidados às costas aumenta consumo de oxigênio. B A C D B A C D B C
Durante o banho, caso o paciente sinta-se dispneico
no momento em que o leito se encontra na posição
plana, qual conduta que se deve ter relação a isso?
A)O leito deve ser rapidamente colocado na posição
Trendelenburg.
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Conforme Constituição Federal de 1988 no artigo 199 -Repor componentes específicos do sangue cuja deficiência
(parágrafo 4 – a lei disporá sobre as condições e os deteriora clinicamente o paciente
requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e A transfusão de sangue e seus componentes deve ser
substâncias humanas para fins de transporte, pesquisa e utilizada criteriosamente na medicina, uma vez que toda
transfusão traz em si um risco ao receptor, seja imediato ou
tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão
tardio, devendo ser indicada de forma criteriosa. A indicação
de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de de transfusão de sangue poderá ser objeto de análise e
comercialização). aprovação pela equipe médica do serviço de hemoterapia.
Os hemocomponentes e hemoderivados se originam da
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL DE doação de sangue por um doador. No Brasil, este processo
SANGUE está regulamentado pela Lei nº 10.205, de 21 de março de
2001, e por regulamentos técnicos editados pelo Ministério
I. Universalização do atendimento à população da Saúde.
II. Utilização exclusiva da doação voluntária, não A doação de sangue deve ser voluntária, anônima e
remunerada, do sangue altruísta, não devendo o doador, de forma direta ou indireta,
receber qualquer remuneração ou benefício em virtude da
III. Proibição da comercialização de coleta, processamento,
sua realização.
estocagem, distribuição e transfusão do sangue,
componentes e hemoderivados O sigilo das informações prestadas pelo doador antes,
IV.Permissão de remuneração dos custos dos insumos, durante e depois do processo de doação de sangue deve
reagentes, materiais descartáveis e da mão-de-obra ser absolutamente preservado, respeitadas outras
especializada, inclusive honorários médicos determinações previstas na legislação vigente.
Com a finalidade de proteger os doadores, serão adotadas,
V. Proteção da saúde do doador e do receptor.
tanto no momento da seleção de candidatos quanto no
VI. Obrigatoriedade de responsabilidade, supervisão e momento da doação, as seguintes medidas e critérios
assistência médica na triagem de doadores, para avaliação estabelecidos neste regulamento:
do estado de saúde do doador, na coleta de sangue e I - a frequência anual máxima de doações e o intervalo
durante o ato transfusional, assim como nos atos pré e pós- mínimo entre as doações;
transfusional imediatos II - as idades mínima e máxima para doação;
VII.Direito a informação sobre a origem e procedência do III - a massa corpórea mínima;
IV - a aferição do pulso;
sangue, dos componentes e hemoderivados.
V - a aferição da pressão arterial;
VIII.Fiscalização obrigatória, a fim de certificar que todos os VI - os níveis de hematócrito/hemoglobina;
materiais ou substâncias que entrem em contato com o VII - a história médica e os antecedentes patológicos do
sangue coletado com finalidade transfusional, bem como doador;
seus componentes e derivados, sejam estéreis, apirogênicos VIII - a utilização de medicamentos;
e descartáveis IX - as hipóteses de gestação, lactação, abortamento e
IX. Segurança na estocagem e transporte do sangue, menstruação;
X - o jejum e a alimentação adequada;
componentes e hemoderivados.
XI - o consumo de bebidas alcoólicas;
X. Obrigatoriedade de testagem individualizada de cada XII - os episódios alérgicos;
amostra ou unidade de sangue coletado. XIII - as ocupações habituais; e
XIV - o volume a ser coletado.
DOAÇÃO DE SANGUE: Voluntária, altruísta, não
remunerada. A frequência máxima admitida é de 4 (quatro) doações
anuais para o homem e de 3 (três) doações anuais para a
mulher, exceto em circunstâncias especiais, que devem ser
Uma transfusão sanguínea é a transferência de sangue ou
avaliadas e aprovadas pelo responsável técnico do serviço
hemocomponentes de um indivíduo a outro, denominados de hemoterapia.
doador e receptor, respectivamente.
Entre as funções que o sangue desempenha se encontram a O intervalo mínimo entre doações deve ser de 2 (dois)
distribuição de nutrientes do aparelho digestivo aos tecidos, meses para os homens e de 3 (três) meses para as
o intercâmbio e transporte de gases e produtos de detrito mulheres.
celular, o transporte de hormônios das glândulas até o Em caso de doador autólogo, a frequência e o intervalo
tecido-alvo, a proteção diante de microorganismos e agentes entre as doações devem ser programados de acordo com o
lesivos e o desenvolvimento da atividade da cascata de protocolo aprovado pelo responsável técnico do serviço de
coagulação em caso de hemorragia. Portanto, são três hemoterapia.
situações clínicas nas quais se indica a terapia com
hemocomponentes: O doador de sangue ou componentes deverá ter idade entre
16 (dezesseis) anos completos e 69 (sessenta e nove) anos,
-Manter ou restaurar um volume adequado de sangue
11 (onze) meses e 29 (vinte e nove) dias.
circulante com a finalidade de prevenir e tratar choque
hipovolêmico Os candidatos à doação de sangue com idade entre 16
-Manter ou restaurar a capacidade de transporte de oxigênio (dezesseis) e 17 (dezessete) anos devem possuir
do sangue
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consentimento formal, por escrito, do seu responsável legal Não será coletado sangue de candidatos que tenham feito
para cada doação que realizar. refeição copiosa e rica em substâncias gordurosas há
menos de 3 (três) horas da coleta.
O limite para a primeira doação será de 60 (sessenta) anos,
11 (onze) meses e 29 (vinte e nove) dias. Após a doação, é obrigatória a oferta de hidratação oral
adequada ao doador, objetivando a reposição de líquidos.
Para ser selecionado para doação, o candidato deve ter, no
mínimo, peso de 50 kg (cinquenta quilogramas). É recomendável que o doador permaneça por 15 (quinze)
minutos no serviço de hemoterapia após a doação.
Não serão selecionados os candidatos à doação que
apresentarem perda de peso inexplicável superior a 10% Qualquer evidência de alcoolismo crônico é motivo para
(dez por cento) da massa corporal nos 3 (três) meses que caracterizar o candidato como doador inapto definitivo.
antecederem à doação.
A ingestão de bebidas alcoólicas contraindica a doação por
Na aferição do pulso do candidato, a pulsação deverá 12 (doze) horas após o consumo.
apresentar características normais, ser regular e sua
frequência não deve ser menor que 50 (cinquenta) nem O doador alérgico somente será aceito se estiver
maior que 100 (cem) batimentos por minuto. assintomático no momento da doação.
Na aferição da pressão arterial do candidato, a pressão São doadores inaptos definitivos aqueles que referem
sistólica não deve ser maior que 180 mmHg (cento e oitenta enfermidades atópicas graves, como asma brônquica grave
milímetros de mercúrio) e a pressão diastólica não deve ser e antecedente de choque anafilático.
maior que 100 mmHg (cem milímetros de mercúrio).
Os tratamentos dessensibilizantes contraindicam a doação
No momento da seleção, será determinada a concentração até 72 (setenta e duas) horas depois da última aplicação.
de hemoglobina (Hb) ou de hematócrito (Ht) em amostra de
sangue do candidato à doação obtida por punção digital ou Os candidatos à doação de sangue que exerçam
por venopunção ou por método validado que possa vir a ocupações, "hobbies" ou esportes que ofereçam riscos para
substituí-los. Os valores mínimos aceitáveis do nível de si ou para outrem somente serão selecionados caso possam
hemoglobina/hematócrito são: interromper tais atividades pelo período mínimo de 12 (doze)
I - mulheres: Hb =12,5g/dL ou Ht =38%; e horas após a doação.
II - homens: Hb =13,0g/dL ou Ht =39%. Consideram-se ocupações, "hobbies" ou esportes de risco,
dentre outros:
O candidato que apresente níveis de Hb igual ou maior que I - pilotagem de avião ou helicóptero;
18,0g/dL ou Ht igual ou maior que 54% será impedido de II - condução de veículos de grande porte, como ônibus,
doar e encaminhado para investigação clínica. caminhões e trens;
III - operação de maquinário de alto risco, como na indústria
Cada medicamento será avaliado individualmente e em e construção civil;
conjunto e, sempre que possa apresentar alguma correlação IV - trabalho em andaimes; e
com a doação de sangue, registrado na ficha de triagem. A V - prática de paraquedismo ou mergulho.
ingestão do ácido acetilsalicílico (aspirina) e/ou outros anti-
inflamatórios não esteroides (AINE) que interfiram na função O volume de sangue total a ser coletado deve ser, no
plaquetária, nos 3 (três) dias anteriores à doação, exclui a máximo, de 8 (oito) mL/kg de peso para as mulheres e de 9
preparação de plaquetas para esta doação, mas não implica (nove) mL/kg de peso para os homens.
a inaptidão do candidato.
O volume admitido por doação é de 450 mL ± 45 mL, aos
A gestação é motivo de inaptidão temporária para doação de quais podem ser acrescidos até 30 mL para a realização dos
sangue até 12 (doze) semanas após o parto ou exames laboratoriais exigidos pelas leis e normas técnicas.
abortamento.
Com a finalidade de proteger os receptores, serão adotadas,
Não serão aceitas como doadoras as mulheres em período tanto no momento da seleção de candidatos quanto no
de lactação, a menos que o parto tenha ocorrido há mais de momento da doação, a avaliação das seguintes medidas e
12 (doze) meses. critérios, de acordo com os parâmetros estabelecidos por
este regulamento:
Em caso de necessidade técnica, a doação da mãe para o I - aspectos gerais do candidato, que deve ter aspecto
recém-nascido poderá ser realizada, desde que haja saudável à ectoscopia e declarar bem-estar geral;
consentimento por escrito do hemoterapeuta e do médico II - temperatura corpórea do candidato, que não deve ser
obstetra, com apresentação de relatório médico que a superior a 37oC (trinta e sete graus Celsius);
justifique. III - condição de imunizações e vacinações do candidato,
nos termos do Anexo IV;
A doação autóloga de gestantes será aceita se contar com a IV - local da punção venosa em relação à presença de
aprovação formal do obstetra responsável e do médico do lesões de pele e características que permitam a punção
serviço de hemoterapia. adequada;
V - histórico de transfusões recebidas pelo doador, uma vez
A menstruação não é contraindicação para a doação. que os candidatos que tenham recebido transfusões de
sangue, componentes sanguíneos ou hemoderivados nos
Será oferecida ao doador a possibilidade de hidratação oral últimos 12 (doze) meses devem ser excluídos da doação;
antes da doação e os doadores que se apresentarem em VI - histórico de doenças infecciosas;
jejum prolongado receberão um lanche antes da doação. VII - histórico de enfermidades virais;
VIII - histórico de doenças parasitárias;
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IX - histórico de enfermidades bacterianas; I - que tenha tido malária nos 12 (doze) meses que
X - estilo de vida do candidato a doação; antecedem a doação;
XI - situações de risco vivenciadas pelo candidato; e II - com febre ou suspeita de malária nos últimos 30 (trinta)
XII - histórico de cirurgias e procedimentos invasivos. dias; e
III - que tenha se deslocado ou procedente de área de alto
Em relação ao histórico de doenças infecciosas, o candidato risco (IPA maior que 49,9) há menos de 30 (trinta) dias.
à doação não deve apresentar enfermidade infecciosa Em áreas não endêmicas de malária, considerar-se-á inapto
aguda nem deve ter antecedentes de infecções o candidato que tenha se deslocado ou que seja procedente
transmissíveis pelo sangue. de Municípios localizados em áreas endêmicas há menos de
30 (trinta) dias.
No caso de infecções e uso de antibióticos, o candidato Em áreas não endêmicas de malária, considerar-se-á apto o
estará apto à doação 2 (duas) semanas após o fim do candidato:
tratamento e desaparecimento dos sintomas. I - procedente de Municípios localizados em áreas endê-
micas, após 30 (trinta) dias e até 12 (doze) meses do
Candidatos à doação que tenham se deslocado ou que deslocamento, sendo que, nesse período, é necessária a
sejam procedentes de regiões, nacionais ou internacionais, realização de testes de detecção do plasmódio ou de
endêmicas ou com epidemias confirmadas de doenças antígenos plasmodiais.
infecciosas que não sejam prevalentes na região da doação II - procedente de Municípios localizados em áreas
(não endêmicas) serão considerados aptos somente após endêmicas, após 12 (doze) meses do deslocamento, sem
30 dias da saída dessas regiões, excetuando-se os casos de necessidade de realização de testes de detecção; e
Malária. III - que tenha manifestado malária após 12 (doze) meses do
tratamento e comprovação de cura.
Quanto ao histórico de enfermidades virais, é
considerado definitivamente inapto para a doação de Independentemente da endemicidade da área, será
sangue o indivíduo que: considerado inapto definitivo o candidato que teve infecção
I - tenha antecedente de hepatite viral após os 11 (onze) por "Plasmodium malariae" (Febre Quartã).
anos de idade, exceto para caso de comprovação de Em casos de surtos de malária, a decisão quanto aos
infecção aguda de hepatite A (IgM reagente) à época do critérios de inaptidão deve ser tomada após avaliação
diagnóstico clínico, hipótese em que o doador poderá ser conjunta com a autoridade epidemiológica competente.
considerado apto após avaliação do resultado pelo médico
do serviço de hemoterapia; ou Para Doença de Chagas, o candidato com antecedente
II - tenha antecedente clínico, laboratorial ou história atual de epidemiológico de contato domiciliar com Triatomíneo em
infecção pelos agentes HBV, HCV, HIV ou HTLV. área endêmica ou com diagnóstico clínico ou laboratorial de
O candidato com sintoma de gripe ou resfriado associado à Doença de Chagas deve ser excluído de forma permanente,
temperatura corporal maior ou igual 38oC (trinta e oito graus sendo considerado doador inapto definitivo.
Celsius) é inapto por 2 (duas) semanas após o
desaparecimento dos sintomas. Os casos de contato em área não endêmica deverão ser
Aquele que relatar resfriado comum, mas não se enquadrar submetidos a teste sorológico pré-doação, utilizando-se
nas condições descritas no § 1º, poderá ser aceito desde métodos de alta sensibilidade.
que assintomático no momento da doação.
Para casos de Encefalopatia Espongiforme Humana e suas
Todos os doadores serão questionados sobre situações ou variantes, causadores da Doença de Creutzfeldt-Jakob
comportamentos que levem a risco acrescido para infecções (DCJ), será definitivamente excluído como doador o
sexualmente transmissíveis, devendo ser excluídos da candidato que se enquadre em uma das seguintes
seleção quem os apresentar. situações:
A entrevista do doador deve incluir, ainda, perguntas I - tenha tido diagnóstico de Encefalopatia Espongiforme
vinculadas aos sintomas e sinais sugestivos de Síndrome de Humana ou qualquer outra forma da doença;
Imunodeficiência Adquirida (SIDA) como: II - tenha história familiar de Encefalopatia Espongiforme
a) perda de peso inexplicada; Humana;
b) suores noturnos; III - tenha permanecido no Reino Unido e/ou na República
c) manchas azuladas ou purpúricas mucocutâneas (sarcoma da Irlanda por mais de 3 (três) meses, de forma cumulativa,
de Kaposi); após o ano de 1980 até 31 de dezembro de 1996;
d) aumento de linfonodos com duração superior a 30 (trinta) IV - tenha permanecido 5 (cinco) anos ou mais, consecutivos
dias; e) manchas brancas ou lesões ulceradas não usuais ou intermitentes, na Europa após 1980 até os dias atuais;
na boca; V - tenha recebido hormônio de crescimento ou outros
f) febre inexplicada por mais de 10 (dez) dias; g) tosse medicamentos de origem hipofisária não recombinante;
persistente ou dispneia; e h) diarreia persistente. VI - tenha feito uso de insulina bovina;
VII - tenha recebido transplante de córnea ou implante de
Serão observadas as hipóteses de inaptidão para doação material biológico à base de dura-máter; e
em virtude do histórico das seguintes doenças parasitárias: VIII - tenha recebido transfusão de sangue ou componentes
I - malária; no Reino Unido após 1980.
II - doença de Chagas; e
III - Encefalopatia Espongiforme Humana ou Doença de Quanto ao histórico de enfermidades bacterianas, os
Creutzfeldt-Jakob (DCJ) e suas variantes. doadores portadores de enfermidades agudas serão
excluídos temporariamente, até a cura definitiva.
Para malária, a inaptidão de candidato à doação de sangue Quanto ao estilo de vida do candidato a doação, a história
deve ocorrer usando-se, como critério de referência, a atual ou pregressa de uso de drogas injetáveis ilícitas é
Incidência Parasitária Anual (IPA) do Município. contraindicação definitiva para a doação de sangue.
Em áreas endêmicas com antecedentes epidemiológicos de Serão inspecionados ambos os braços dos candidatos para
malária, considerar-se-á inapto o candidato: detectar evidências de uso repetido de drogas parenterais
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ilícitas, sendo que a presença desses sinais determina a Quanto ao histórico de cirurgias e procedimentos invasivos,
inaptidão definitiva do doador. deve ser observado o disposto no Anexo II.
O uso de anabolizantes injetáveis sem prescrição mé- dica, O candidato submetido a cirurgia deve ser considerado
crack ou cocaína por via nasal (inalação) é causa de inapto por tempo variável de acordo com o porte do
exclusão da doação por um período de 12 (doze) meses, procedimento e a evolução clínica.
contados a partir da data da última utilização. O candidato submetido a procedimento odontológico deve
O uso de maconha impede a doação por 12 (doze) horas. ser considerado inapto por tempo variável de acordo com o
A evidência de uso de qualquer outro tipo de droga deve ser procedimento e a evolução clínica.
avaliada. Qualquer procedimento endoscópico leva a uma inaptidão à
No caso do uso de drogas ilícitas, deve ser realizada doação de sangue por 6 (seis) meses.
também a avaliação criteriosa do comportamento individual
do candidato e do grau de dependência, dando foco à Os registros dos doadores serão mantidos com a finalidade
exposição a situações de risco acrescido de transmissão de de garantir a segurança do processo da doação de sangue e
infecções por transfusão, e especial atenção à utilização a sua rastreabilidade.
compartilhada de seringas e agulhas no uso de substâncias Para doação de sangue, é obrigatório apresentar documento
injetáveis. de identificação com fotografia, emitido por órgão oficial,
sendo aceita fotocópia autenticada do documento, desde
Em situações de risco acrescido vivenciadas pelos que as fotos e inscrições estejam legíveis e as imagens
candidatos, considerar-se-á inapto definitivo o candidato que permitam a identificação do portador.
apresente qualquer uma das situações abaixo: Todo candidato a doação deve ter um registro no serviço de
I - ter evidência clínica ou laboratorial de infecções hemoterapia, que será, preferencialmente, em arquivo
transmissíveis por transfusão de sangue; eletrônico;
II - ter sido o único doador de sangue de um paciente que Serão adotadas ações que garantam a confiabilidade, o
tenha apresentado soroconversão para hepatite B ou C, HIV sigilo e a segurança das informações constantes do registro
ou HTLV na ausência de qualquer outra causa provável para dos doadores.
a infecção; Constarão do registro dos doadores as seguintes
III - possuir "piercing" na cavidade oral e/ou na região informações:
genital, devido ao risco permanente de infecção, podendo I - nome completo do candidato;
candidatar-se a nova doação 12 (doze) meses após a II - sexo;
retirada; e III - data de nascimento;
IV - ter antecedente de compartilhamento de seringas ou IV - número e órgão expedidor do documento de
agulhas; identificação;
V - nacionalidade e naturalidade;
Considerar-se-á inapto temporário, por 12 (doze) meses VI - filiação;
após a cura, o candidato a doador que teve alguma Doença VII - ocupação habitual;
Sexualmente Transmissível (DST). VIII - endereço e telefone para contato;
Nos casos em que se evidenciem infecções repetidas por IX - número do registro do candidato no serviço de
DST e consequente maior risco de reinfecção, o candidato hemoterapia ou no programa de doação de sangue; e
deve ser considerado inapto definitivamente. X - registro da data de comparecimento.
Considerar-se-á inapto temporário por 12 (doze) meses o O serviço de hemoterapia, a seu critério, poderá oferecer ao
candidato que tenha sido exposto a qualquer uma das doador a oportunidade de se auto excluir por motivos de
situações abaixo: risco acrescidos não informados ou deliberadamente
I - que tenha feito sexo em troca de dinheiro ou de drogas ou omitidos durante a triagem, de forma confidencial.
seus respectivos parceiros sexuais; Antes de assinar o termo de consentimento, o doador será
II - que tenha feito sexo com um ou mais parceiros informado sobre os cuidados a serem observados durante e
ocasionais ou desconhecidos ou seus respectivos parceiros após a coleta e orientado sobre as possíveis reações
sexuais; adversas.
III - que tenha sido vítima de violência sexual ou seus
respectivos parceiros sexuais; O doador deverá ser informado sobre os motivos de
IV - homens que tiveram relações sexuais com outros inaptidão temporária ou definitiva para doação de sangue,
homens e/ou as parceiras sexuais destes; identificados na triagem clínica.
V - que tenha tido relação sexual com pessoa portadora de O motivo da inaptidão identificada na triagem clínica será
infecção pelo HIV, hepatite B, hepatite C ou outra infecção registrado na ficha de triagem.
de transmissão sexual e sanguínea; O serviço de hemoterapia disporá de um sistema de
VI - que tenha vivido situação de encarceramento ou de comunicação ao doador.
confinamento obrigatório não domiciliar superior a 72 A inaptidão identificada na triagem laboratorial será
(setenta e duas) horas, durante os últimos 12 (doze) meses, comunicada ao doador com objetivo de esclarecimento e
ou os parceiros sexuais dessas pessoas; encaminhamento do caso.
VII - que tenha feito "piercing", tatuagem ou maquiagem Antes da comunicação ao doador, o serviço de hemoterapia
definitiva, sem condições de avaliação quanto à segurança realizará repetição em duplicata dos testes com resultados
do procedimento realizado; inicialmente reagentes.
VIII - que seja parceiro sexual de pacientes em programa de
terapia renal substitutiva e de pacientes com história de HEMOCOMPONENTES E HEMODERIVADOS
transfusão de componentes sanguíneos ou derivados; e
IX - que teve acidente com material biológico e em Hemocomponentes e hemoderivados são produtos distintos.
consequência apresentou contato de mucosa e/ou pele não Os produtos gerados um a um nos serviços de hemoterapia,
íntegra com o referido material biológico. a partir do sangue total, por meio de processos físicos
(centrifugação, congelamento) são denominados
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hemocomponentes. Já os produtos obtidos em escala validade de 35 dias a partir da coleta e de 21 dias quando
industrial, a partir do fracionamento do plasma por coletado em ACD (ácido cítrico, citrato de sódio, dextrose),
processos físico-químicos são denominados hemoderivados. CPD (ácido cítrico, citrato de sódio, fosfato de sódio,
A figura 1 apresenta os produtos originados a partir do dextrose) e CP2D (citrato, fosfato e dextrose-dextrose).
sangue total. As soluções aditivas são utilizadas para aumentar a
Existem duas formas para obtenção dos hemocomponentes. sobrevida e a possibilidade de armazenamento das
A mais comum é a coleta do sangue total. A outra forma, hemácias por até 42 dias em 4 ± 2° C. Um exemplo de
mais específica e de maior complexidade, é a coleta por solução aditiva é o SAG-M composto por soro fisiológico,
meio de aférese. adenina, glicose e manitol.
Aférese é um procedimento caracterizado pela retirada do
sangue do doador, seguida da separação de seus Uma bolsa de sangue total é coletada de um único doador e
componentes por um equipamento próprio, retenção da podemos fracionar em hemocomponentes (concentrado de
porção do sangue que se deseja retirar na máquina e hemácias, concentrado de plaquetas, plasma fresco, plasma
devolução dos outros componentes ao doador. simples, concentrado de granulócitos e crioprecipitado) e
hemoderivados (albumina humana, imunoglobulinas, fator
VIII, fator IX) derivados do plasma.
Em cada doação, são coletados 450ml (+-50) de sangue
total.
SANGUE TOTAL
Em função das diferentes densidades e tamanhos das
Consiste em eritrócitos, plasma, proteínas plasmáticas e,
células sanguíneas, o processo de centrifugação possibilita
aproximadamente, 60 ml de solução
a separação do sangue total em camadas (figura 2), sendo
que as hemácias ficam depositadas no fundo da bolsa. anticoagulante/conservante em um volume total de cerca de
Acima delas forma-se o buffy coat (camada 500ml.
leucoplaquetária), ou seja, uma camada de leucócitos e INDICAÇÕES: incluem perda de sangue aguda maciça,
plaquetas. Acima do buffy coat fica a camada de plasma que superior a 1.000ml, exigindo as propriedades de transporte
contém plaquetas dispersas. de oxigênio dos eritrócitos e a expansão de volume
proporcionada pelo plasma. Em geral, a perda aguda de até
mesmo um terço do volume sanguíneo total do paciente
(1.000 a 1.200ml) pode ser reposta com segurança e
rapidez por meio de soluções salinas e coloidais.
TIPOS DE HEMOCOMPONENTES
Concentrado de hemácias
O concentrado de hemácias (CH) é obtido por meio da
centrifugação de uma bolsa de sangue total (ST) e da
remoção da maior parte do plasma. O CH também pode ser
obtido por aférese, coletado de doador único. Nesse caso,
frequentemente o procedimento permite a obtenção de duas
unidades em um único procedimento (coleta de hemácias
duplas). Seu volume varia entre 220mL e 280mL.
Soluções anticoagulantes-preservadoras e soluções aditivas Assim como o ST, o concentrado de hemácias deve ser
são utilizadas para a conservação dos produtos sanguíneos, mantido entre 2°C e 6°C e sua validade varia entre 35 e 42
pois impedem a coagulação e mantêm a viabilidade das dias, dependendo da solução conservadora. Os
células do sangue durante o armazenamento. A depender
concentrados de hemácias sem solução aditiva devem ter
da composição das soluções anticoagulantes-
hematócrito entre 65% e 80%. No caso de bolsas com
preservadoras, a data de validade para a preservação do
solução aditiva, o hematócrito pode variar de 50% a 70%.
sangue total e concentrados de hemácias pode variar. O
sangue total coletado em solução CPDA-1 (ácido cítrico, Os CH podem ser desleucocitados com a utilização de filtros
citrato de sódio, fosfato de sódio, dextrose e adenina) tem para leucócitos ou desplamatizados pela técnica de lavagem
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com solução salina fisiológica preferencialmente em sistema Critérios para transfusão de CH em adultos
fechado. • Hb ≤ 5,0 g/dL deve-se transfundir independentemente de
fatores de risco cardiovascular e/ou de sinais de hipóxia;
Indicações • Hb > 6 e ≤ 8 deve-se transfundir apenas com a presença
A transfusão de concentrado de hemácias (CH) deve ser de fatores de risco cardiovascular e/ou de sinais de hipóxia;
realizada para tratar, ou prevenir iminente e inadequada • Hb > 8 e ≤ 10 deve-se transfundir somente com a presença
liberação de oxigênio (O2) aos tecidos, ou seja, em casos de de sinais de hipóxia e ainda assim há baixo nível de
anemia, porém nem todo estado de anemia exige a evidência clínica;
transfusão de concentrado hemácias. Em situações de • Hb > 10 habitualmente não se deve transfundir.
anemia, o organismo lança mão de mecanismos
compensatórios, tais como a elevação do débito cardíaco e Contra-indicações para transfusão de CH
a diminuição da afinidade da hemoglobina (Hb) pelo O2, o A transfusão de concentrado de hemácias não deve ser
que muitas vezes consegue reduzir o nível de hipóxia considerada nas seguintes situações:
tecidual. • Para promover aumento da sensação de bem-estar.
A fisiologia do sangramento e a resposta à hemorragia são • Para promover a cicatrização de feridas.
situações bem conhecidas. O volume sanguíneo normal • Profilaticamente.
corresponde a aproximadamente 8% do peso corpóreo (4,8 • Para expansão do volume vascular, quando a capacidade
L em indivíduo adulto com 60 kg). As perdas sanguíneas de transporte de O2 estiver adequada.
podem ser classificadas em:
• Hemorragia classe I - perda de até 15% do volume Transfusão de CH em hemorragias agudas e pacientes
sanguíneo críticos
• Hemorragia classe II - perda sanguínea de 15% a 30% Nas hemorragias agudas, a reposição inicial deve ser com
• Hemorragia classe III - perda de 30% a 40% cristalóide e/ou substitutos sintéticos do plasma. O uso de
• Hemorragia classe IV - perda maior que 40% concentrado de hemácias fica reservado para perdas
sanguíneas estimadas superiores a 30% da volemia
Pacientes com hemorragia classe III e IV podem evoluir para (aproximadamente 1.500mL). Acredita- -se que ocorra
óbito por falência múltipla de órgãos se não forem oxigenação adequada na maioria dos indivíduos com
submetidos a esquemas de ressuscitação na primeira hora. concentração de hemoglobina baixa, até 6g/dL. A
A transfusão de CH está recomendada após perda volêmica concentração de hemoglobina deve ser considerada
superior a 25% a 30% da volemia total. associada a outros fatores como, por exemplo, a velocidade
da perda, comorbidades, parâmetros hemodinâmicos e de
O hematócrito (Ht) não é bom parâmetro para nortear a perfusão sanguínea.
decisão de transfundir, uma vez que só começa a diminuir
uma a duas horas após o início da hemorragia. Em Recomendações
hemorragias agudas o paciente deve ser imediatamente A transfusão em geral não está indicada quando
transfundido quando apresentar sinais e sintomas clínicos, Hemoglobina (Hb) >10g/dL, e está habitualmente quando Hb
como os a seguir: ≤5g/dL.
• Frequência cardíaca acima de 100 bpm a 120 bpm.
• Hipotensão arterial. • Queda no débito urinário. ATENÇÃO!
• Frequência respiratória aumentada. - Portadores de doenças pulmonares obstrutivas crônicas:
• Enchimento capilar retardado (> 2 segundos). manter Hb acima de 10g/dL;
• Alteração no nível de consciência. - Pacientes com cardiopatias isquêmicas, se beneficiam com
níveis de Hb acima de 9g/dL;
Deve ser transfundida a quantidade de hemácias suficiente - Pacientes acima de 65 anos de idade, sintomáticos, é
para a correção dos sinais/sintomas de hipóxia, ou para que aceitável transfundir com níveis de Hb.
a Hb atinja níveis aceitáveis. Em indivíduo adulto de estatura
média, a transfusão de uma unidade de CH normalmente De maneira ideal, a decisão da realização da transfusão de
eleva o Ht em 3% e a Hb em 1 g/dL. Em pacientes CH deve ser baseada na constatação de fatores clínicos e
pediátricos, o volume a ser transfundido para obtenção dos laboratoriais, tais como: idade do paciente, velocidade de
mesmos resultados deve ser de 10 a 15mL/kg. instalação da anemia, história natural da anemia, volume
O tempo de infusão de cada unidade de CH deve ser de intravascular, uso de medicações e a presença de cofatores
60min a 120 minutos (min) em pacientes adultos. Em fisiológicos que afetam a função cardiopulmonar.
pacientes pediátricos, não exceder a velocidade de infusão O hematócrito ou a hemoglobina isoladamente não são bons
de 20-30mL/kg/hora. A avaliação da resposta terapêutica à parâmetros para nortear a decisão de transfundir, uma vez
transfusão de CH deve ser feita através de nova dosagem que só começa a diminuir uma a duas horas após o início da
de Hb ou Ht 1-2 horas (h) após a transfusão, considerando hemorragia.
também a resposta clínica. Em pacientes ambulatoriais, a
avaliação la- boratorial pode ser feita 30min após o término Concentrado de plaquetas
da transfusão e possui resultados comparáveis. O concentrado de plaquetas (CP) pode ser obtido a partir de
unidade individual de sangue total ou por aférese, coletadas
de doador único. Cada unidade de CP unitários contém
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aproximadamente 5,5 x 1010 plaquetas em 50-60mL de volume aproximado de 150mL a 200mL. É depletado de
plasma, já as unidades por aférese contém pelo menos 3,0 x FVIII, fibrinogênio e multímeros de alto peso molecular de
1011 plaquetas em 200-300mL de plasma (correspondente Fator de von Willebrand, embora contenha a
de 6 a 8 unidades de CP unitários). metaloproteinase responsável por sua metabolização.
Dois métodos diferentes são utilizados para a obtenção de O plasma fresco congelado de 24 horas (PFC24) é o
plaquetas pela centrifugação de sangue total. O primeiro hemocomponente separado do sangue total por
consiste na centrifugação do sangue em duas etapas. Na centrifugação entre 8 e 24 horas após a coleta e congelado
primeira etapa, é feita uma centrifugação leve, em que se completamente, no máximo em uma hora, atingindo
obtém o plasma rico em plaquetas (PRP); este plasma é temperaturas iguais ou inferiores a 30°C negativos. Deve ser
novamente centrifugado, desta vez em alta rotação, para a arma- zenado à temperatura de, no mínimo, 18°C negativos,
obtenção do CP. sendo, porém, recomendada temperatura igual ou inferior a
O segundo método baseia-se na extração do buffy coat, ou 25°C negativos. Sua validade é a mesma do PFC e seu
camada leucoplaquetária, geralmente com a utilização de volume aproximado de 200 a 250mL. Apresenta uma
extratores automati- zados de plasma e com o uso de bolsas redução variável de alguns fatores da coagulação em
top and bottom. O sangue total é submetido à centrifugação, relação ao PFC, principalmente fatores V e VIII, porém esta
visando à separação da camada leucoplaquetária. O plasma redução não tem significado clínico, portanto possui as
sobrenadante é transferido para uma bolsa-satélite, pela mesmas indicações que o PFC.
saída superior (top) da bolsa e o concentrado de hemácias é A unidade de plasma deve apresentar volume superior a 180
extraído pela saída inferior (bottom) da bolsa. A camada mL, quando utilizado para fins transfusionais, além de não
leucoplaquetária permanece na bolsa original. O buffy coat conter anticorpos eritrocitários irregulares de importância
de cada bolsa pode ser agrupado com outros por meio de clínica.
metodologia estéril, seguido de sedimentação ou
centrifugação para a separação e transferência das Indicações
plaquetas para uma bolsa-satélite, onde ficam armazenadas As indicações para o uso do plasma fresco congelado (PFC)
em pool. Este método possibilita a redução no teor de são res- tritas e correlacionadas a sua propriedade de conter
leucócitos contaminantes em aproximadamente 90% (1 log). as proteínas da coagulação. O componente deve ser usado,
portanto, no tratamento de pacientes com distúrbio da
Indicações coagulação, particularmente naqueles em que há deficiência
Basicamente, as indicações de transfusão de CP estão de múltiplos fatores e apenas quando não estiverem
associadas às plaquetopenias desencadeadas por falência disponíveis produtos com concentrados estáveis de fatores
medular, raramente indicamos a reposição em da coagula- ção e menor risco de contaminação viral.
plaquetopenias por destruição periférica ou alterações Portanto, as indicações são:
congênitas de função plaquetária. -Sangramento ou risco de sangramento causado por
deficiência de múltiplos fatores da coagulação
Plasma -Sangramento severo causado por uso de anticoagulantes
O plasma fresco congelado (PFC) consiste na porção orais antagonistas da vitamina K (Warfarina) ou necessidade
acelular do san- gue obtida por centrifugação a partir de uma de reversão urgente da anticoagulação
unidade de sangue total e transferência em circuito fechado -Transfusão maciça com sangramento por coagulopatia
para uma bolsa satélite. Pode ser obtido também a partir do - Sangramento ou profilaxia de sangramento causado por
processamento em equipamentos automáticos de aférese. É deficiência isolada de fator da coagulação para a qual não
constituído basicamente de água, proteínas (albumi- na, há produto com menor risco de contaminação viral
globulinas, fatores de coagulação e outras), carboidratos e (concentrado de fator da coagulação) disponível
lipídios. É completamente congelado até 8 horas após a - Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT)
coleta e mantido, no mínimo, a 18°C negativos, sendo, - Plasma isento de crioprecipitado (PIC) e plasma fresco
porém, recomendada a temperatura igual ou inferior a 25°C congelado de 24 horas (PFC24)
negativos. Sua validade se armazenado entre 25°C
negativos e 18°C negativos é de 12 meses. Se mantido Crioprecipitado
congelado a temperaturas inferiores a 25°C negativos sua O crioprecipitado (CRIO) é uma fonte concentrada de
validade é de 24 meses. O congelamento permite a algumas proteínas plasmáticas que são insolúveis a
preservação dos fatores da coagulação, fi- brinólise e temperatura de 1°C a 6°C. É preparado descongelando-se
complemento, além de albumina, imunoglobulinas, outras uma unidade de PFC à temperatura de 1°C a 6°C. Depois
proteínas e sais minerais, e mantém constantes suas de descongelado, o plasma sobrenadante é removido
propriedades. O componente assim obtido contém ≥ 70UI de deixando-se na bolsa a proteína precipitada e 10-15mL
Fator VIII/100mL e, pelo menos, quantidades semelhantes deste plasma. Este material é então recongelado no período
dos outros fatores lábeis e inibidores naturais da de 1 hora e tem validade de 12 meses.
coagulação. O crioprecipitado contém glicoproteínas de alto peso
O plasma isento de crioprecipitado (PIC) é aquele do qual foi molecular como de Fator VIII, Fator VIII:vWF (fator von
retirado, em sistema fechado, o crioprecipitado. Deve ser Willebrand), fibrinogênio, Fator XIII e fibronectina. Cada
armazenado à tem- peratura de, no mínimo, 18°C negativos, bolsa contém 15mL de crioprecipitado com
sendo, porém, recomendada temperatura igual ou inferior a aproximadamente 80-150 unidades de Fator VIII, pelo
25°C negativos. Sua validade é a mesma do PFC e seu menos 150mg de fibrinogênio e cerca de 20%-30% (50-75U)
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do Fator XIII presente na bolsa inicial de PFC. Portadores de disfunção de neutrófilos: são também
Aproximadamente 40%-70% (100-150U) do fator de von candidatos a receber transfusões de granulócitos os
Willebrand presente na unidade inicial de PFC é recuperado pacientes com graves defeitos hereditários da função
no crioprecipitado. neutrofílica, como os portadores de doença granulomatosa
Cada crioprecipitado dever conter no mínimo 80UI de Fator crônica, durante episódios infecciosos que coloquem em
VIII e 150mg de fibrinogênio e cada pool deve conter os risco suas vidas. Como são poucos os casos, a eficácia
mesmos fatores multiplicado pelo número de bolsas que o destas transfusões parece ser convincente no manuseio
compõe. individual de pacientes com infecções bacterianas ou
fúngicas recorrentes não-responsivas à terapêutica,
Indicações lembrando-se, entretanto, que por serem indivíduos cujo
• Repor fibrinogênio em pacientes com hemorragia e sistema imunológico é usualmente normal, a aloimunização
deficiência isolada congênita ou adquirida de fibrinogênio, pode se tornar um problema significante.
quando não se dispuser do concentrado de fibrinogênio
industrial purificado. TIPOS DE HEMODERIVADOS
• Repor fibrinogênio em pacientes com coagulação Imunoglobulinas
intravascular disseminada (CID) e graves Indicada para pacientes imunodeprimidos, porém em
hipofibrinogenemias algumas doenças específicas são recomendadas para
• Repor Fator XIII em pacientes com hemorragias por indivíduos normais. Exemplo: hepatite B e tétano.
deficiência deste fator, quando não se dispuser do
concentrado de Fator XIII industrial purificado. Albumina
• Repor Fator de von Willebrand em pacientes que não têm Indicada para tratamento das ascites volumosas por
indicação de DDAVP ou não respondem ao uso de DDAVP, paracenteses repetidas, após paracenteses evacuadoras
quando não se dispuser de concentrados de Fator de von nas ascites volumosas, cirrose hepática e síndrome
Willebrand ou de concentrados de Fator VIII ricos em nefrótica, quando houver edemas refratários ou diuréticos
multímeros de von Willebrand. que coloquem em risco iminente a vida dos pacientes,
grandes queimados, após as primeiras 24 horas pós
Concentrado de granulócitos queimados, pós-operatório de transplante de fígado, quando
Os concentrados de granulócitos (CG) são a albumina sérica for inferior a 2,5g%.
hemocomponentes obtidos por aférese de doador único, por
meio de máquinas separadoras de células, de fluxo contínuo Concentrado de Fator VIII: indicados para pacientes com
ou descontínuo, cujo rendimento de coleta pode ser hemofilia A.
melhorado pela utilização de doadores estimulados com a
ad- ministração de fator estimulador de colônias de Concentrado de Fator IX: indicados para pacientes com
granulócitos (G-CSF) e corticosteroides. hemofilia B.
Cada concentrado deve conter no mínimo 1,0 x 1010 REAÇÕES TRANSFUSIONAIS
granulócitos em 90% das unidades avaliadas, em um
volume final inferior a 500mL, (geralmente 200-300mL) A transfusão é um evento irreversível que acarreta
incluindo anticoagulante, plasma e também resíduo do benefícios e riscos potenciais ao receptor. Apesar da
agente hemossedimentante utilizado no procedimento de indicação precisa e administração correta, reações às
coleta. Além dos granulócitos, usualmente estes transfusões podem ocorrer. Portanto, é importan- te que
concentrados contêm outros leucócitos e plaquetas e cerca todos profissionais envolvidos na prescrição e administração
de 20-50mL de hemácias. de hemocomponentes estejam capacitados a prontamente
Como a função dos granulócitos se deteriora mesmo identificar e utilizar estratégias adequadas para resolução e
durante curto armazenamento, os CG devem ser prevenção de novos episódios de reação transfusional.
transfundidos assim que possível após a coleta, e, se for A ocorrência destas reações está associada a diferentes
inevitável, seu armazenamento deve ser em temperatura causas, den- tre as quais fatores de responsabilidade da
entre 20°C e 24°C, em repouso e por, no máximo, 24 horas. equipe hospitalar como erros de identificação de pacientes,
Para transporte deste hemocomponente, recomenda-se o amostras ou produtos, utilização de insumos inadequados
uso de recipientes próprios, com produto refrigerante (equipos, bolsa, etc.), fatores relacionados ao receptor e/ou
comercial que assegure a manutenção desta temperatura. doador como existência de anticorpos irregulares não
detectados em testes pré-transfusionais de rotina.
Pacientes neutropênicos: as transfusões de CG são
tipicamente utilizadas em pacientes neutropênicos, Definição: A reação transfusional é, portanto, toda e
geralmente com neutrófilos abaixo de 500/µL, com qualquer intercorrência que ocorra como consequência da
hipoplasia mielóide de recuperação provável, porém não transfusão sanguínea, durante ou após a sua administração.
para os próximos 5-7 dias, que apresentem febre por 24 a
48 horas e estejam com infecção bacteriana ou fúngica Classificação: As reações transfusionais podem ser
documentadas por culturas ou por infecção parenquimatosa classificadas em imediatas (até 24 horas da transfusão) ou
progressiva não-responsiva ao uso de antibioticoterapia tardias (após 24 horas da transfusão), imunológicas e não
adequada. imunológicas, conforme apresentado no Quadro.
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MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA
Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998.
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REAÇÃO HEMOLÍTICA TRANSFUSIONAL CRÔNICA OU alogênicos, como métodos que diminuam sangramentos e
TARDIA realização de doação para transfusão autóloga. Todo
São reações que ocorrem dias ou anos após a transfusão. paciente candidato à transfusão deve ser esclarecido sobre
Os sintomas podem variar desde leves até graves. o procedimento, seus riscos e benefícios, e que, apesar de
DEFINIÇÃO MANIFESTAÇÕES todos os testes sorológicos e de compatibilidade doador-
CLÍNICAS receptor, ainda há possibilidade de ocorrer reação
transfusional. A indicação de transfusão deve ser feita
1.Hemossiderose Diabetes, diminuição da
exclusivamente por médico e baseada principalmente em
(sobrecarga de ferro) função da tireoide, arritmias,
critérios clínicos e não somente em resultados laboratoriais
insuficiência cardíaca e e está sujeita a análise do hemoterapeuta.
outros sintomas relacionados
à insuficiência de órgãos A requisição de transfusão deve estar devidamente
importantes. preenchida e legível com dados completos do paciente
2.Doença infecciosa Variada de acordo com a (nome sem abreviatura, RG, data de nascimento, nome da
(hepatite B, hepatite C, patologia desenvolvida desde mãe, sexo, peso), resultados laboratoriais que justifiquem a
AIDS, Sífilism Malária e uma febre à esplenomegalia, transfusão (Ht, Hb, TTPa, TP, plaquetas, fibrinogênio, etc),
Leucemias de células T do hepatomegalia e etc. sinais vitais (PA, FC, FR e Temperatura), diagnóstico do
adulto paciente, indicação da transfusão, tipo de transfusão
3.Reação hemolítica tardia Febre, icterícia leve, (programada, não urgente, urgente e de extrema urgência),
diminuição do hematócrito. quantidade e hemocomponente solicitado, histórico
transfusional, medicamentos em uso (devidamente assinado
4.Reação enxerto x Os sintomas aparecem
pelo médico responsável com seu nome completo e CRM).
hospedeiro: refere-se a uma geralmente após 10 a 12 dias
complicação geralmente após a transfusão, febre, As transfusões devem ser classificadas como:
fatal associada à dermatite, eritrodermia, • Programada (determinado dia e horário);
proliferação clonal de diarreia aquosa profusa. • Não urgente (deve ocorrer entre as próximas 24 horas);
linfócito T do doador em • Urgente (deve ocorrer entre as próximas 3 horas);
receptor imunossuprimido. • Extrema urgência (quando qualquer retardo na
5.Púrpura pós-transfusional: Hemorragia intracraniana. administração da transfusão pode acarretar risco para a vida
caracteriza-se pela do paciente). Na requisição de extrema urgência deverá
ocorrência súbita e constar assinatura, CRM e carimbo do médico solicitante
plaquetopênica grave (< (termo de responsabilidade). Nesse caso, na hora de
10000/mm3, cerca de 5 a 10 entregar a requisição e a amostra na Agência transfusional a
dias após transfusão em enfermagem da clínica solicitante deverá vir de posse da
mulheres com gestação maleta de transporte de hemocomponentes e imediatamente
levar o concentrado solicitado.
prévias e/ou transfusões
prévias.
A transfusão sanguínea de CH - Concentrado de Hemácias -
deve ser realizada durante, no máximo, 4 horas, devendo a
No Brasil, a regulamentação das práticas hemoterápicas é bolsa ser retirada e descartada caso atinja o tempo limite,
realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária para CP - Concentrado de plaquetas - e PFC - Plasma -
(ANVISA), atualmente através da Resolução da Diretoria deve-se correr aberto em no máximo 1 hora e para CRIO -
Colegiada (RDC) n° 34 de 11 junho de 2014 e da Portaria crioprecipitado - deve-se correr em no máximo 30 minutos.
Ministerial Nº 158 de 04 de fevereiro de 20162, que O PFC e o CRIO assim que descongelados devem ser
normatizaram os procedimentos, da coleta à utilização, transfundidos o mais breve possível, a fim de preservar os
visando garantir a qualidade dos hemocomponentes e a fatores de coagulação, que são termolábeis, em quantidade
segurança do processo transfusional. suficiente para manter a eficácia terapêutica.
A terapia transfusional é um procedimento de suporte Pacientes com febre, preferencialmente, não devem ser
essencial para o cuidado do paciente clínico e cirúrgico que transfundidos e na sua necessidade podem ser medicados
envolve riscos, mesmo sendo realizada por meio de previamente à transfusão com antitérmico, pois a febre deixa
indicação precisa e respeitando todas as normas técnicas de ser um importante parâmetro avaliado para reação
preconizadas. Há sempre um risco potencial de ocorrer transfusional aguda.
reações transfusionais, quer sejam imediatas ou tardias. Nenhuma transfusão pode ser infundida em acesso venoso
concomitante com qualquer tipo de medicação. Ex: certas
A transfusão de sangue e hemocomponentes é usada para drogas podem antagonizar o efeito da solução
corrigir deficiências no transporte de oxigênio e hemostasia, anticoagulante como soluções ricas em cálcio. O soro
a partir de perdas agudas ou crônicas de sangue e/ou glicosado a 5% é hipotônico e pode causar hemólise no
alterações na produção de hemácias, plaquetas ou sangue que está sendo transfundido. Além disso, efeitos
proteínas da coagulação sanguínea. adversos da transfusão podem ser mascarados pela
presença simultânea de algumas drogas (Ex.:corticóides,
É importante lembrar que toda transfusão de sangue traz em anti-histamínicos). Outras drogas podem causar efeitos
si um risco, imediato ou tardio, devendo ser criteriosamente adversos que podem ser atribuídos erroneamente à
indicada. Em cirurgias eletivas, devem ser consideradas transfusão (ex.: reações urticariformes da vancomicina ou
ações que reduzam o consumo de hemocomponentes sua febre associada, febre da anfotericina). A transfusão que
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for realizada fora dos parâmetros normais, por exemplo: Caso o tempo seja atingindo, o componente será
paciente com febre, PA alterada, concomitante com outros recolocado, imediatamente, em temperatura adequada de
fluidos ou medicamentos, etc. deve constar a autorização e armazenamento.
ciência médica por escrito no prontuário do paciente.
ATENÇÃO! Nenhum medicamento será adicionado à
A utilização de equipo com filtro para retenção de partículas bolsa do componente sanguíneo ou infundido na
(exemplo: coágulos) é obrigatório, assim como a
mesma linha venosa, exceto a solução de cloreto de
permanência do médico ou do enfermeiro à beira do leito
sódio a 0,9%, em casos excepcionais.
durante os 10 primeiros minutos da transfusão.
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da assistência de enfermagem de qualidade e livre de riscos 1. Garantir, sempre que possível, a assinatura do Termo de
e danos. Consentimento informado, pelo paciente ou
familiar/responsável;
NORMAS GERAIS PARA ENFERMEIROS E TÉCNICOS 2. Verificar a permeabilidade da punção, o calibre do cateter,
DE ENFERMAGEM NA CAPTAÇÃO DO SANGUE presença de infiltração e sinais de infecção, para garantir a
O processo de coleta do sangue pode se dar de duas disponibilidade do acesso;
formas, sendo a mais comum a coleta do sangue total. A 3. Confirmar obrigatoriamente a identificação do receptor, do
outra forma, mais específica e de maior complexidade, rótulo da bolsa, dos dados da etiqueta de liberação, validade
realiza-se por meio de aférese. do produto, realização de inspeção visual da bolsa (cor e
Compete ao Enfermeiro: integridade) e temperatura, através de dupla checagem
1. Proceder a triagem clínica, através de entrevista com o (Enfermeiro e Técnico de Enfermagem) para segurança do
provável doador para avaliar os antecedentes clínicos e o receptor;
estado de saúde atual, em ambiente que garanta a 4. Garantir que os sinais vitais sejam aferidos e registrados
privacidade e o sigilo das informações prestadas; para analisá-los;
2. Implementar ações visando preparar e orientar o 5. Garantir acesso venoso adequado, exclusivo e equipo
doador/receptor e familiares quanto à Hemoterapia, seus com filtro sanguíneo;
riscos e benefícios, tanto em nível hospitalar como 6. Prescrever os cuidados de enfermagem relacionados ao
ambulatorial e residencial; procedimento;
3. Solicitar assinatura do doador no termo de consentimento Intra-procedimento
livre e esclarecido, no qual declara consentir em doar o seu 1. Confirmar, novamente a identificação do receptor,
sangue e na realização de testes laboratoriais; confrontando com a identificação na pulseira, e rótulo do
4. Comunicar à equipe Multiprofissional, as intercorrências insumo a ser infundido;
relacionadas à coleta de sangue de doadores; a. Verificar duas vezes o rótulo da bolsa do sangue ou
5. Garantir o pronto atendimento ao doador que apresentar hemoderivado para assegurar-se de que o grupo e tipo Rh
alguma reação adversa; concordam com o registro de compatibilidade;
6. Notificar ao doador a causa motivante da rejeição, b. Verificar se o número e tipo no rótulo do sangue ou
garantindo total sigilo das informações e quando necessário, hemoderivado no prontuário do paciente estão corretos
proceder encaminhamento ao serviço de saúde de confirmando mais uma vez em voz alta, o nome completo do
referência; paciente;
7. Manter medicamentos e equipamentos necessários para c. Verificar o conteúdo da bolsa, quanto a bolhas de ar e
a assistência ao doador que apresente eventos adversos, qualquer alteração no aspecto e cor do sangue ou
assim como ambiente privativo para o seu atendimento. hemoderivado (as bolhas de ar podem indicar crescimento
8. Proceder as anotações de enfermagem. bacteriano; a coloração anormal ou turvação podem ser
sinais de hemólise);
Compete ao Técnico de Enfermagem: d. Assegurar que a transfusão seja iniciada nos 30 (trinta)
1. Participar de treinamento, conforme programas minutos após a remoção da bolsa do refrigerador do banco
estabelecidos, garantindo a capacitação e atualização de sangue;
referente às boas práticas em hemoterapia; 2. A transfusão deve ser monitorada durante todo seu
2. Promover cuidados gerais ao paciente de acordo com a transcurso e o tempo máximo de infusão não deve
prescrição de enfermagem ou protocolo pré-estabelecido; ultrapassar 4 (quatro) horas.
3. Realizar os procedimentos prescritos ou de protocolo pré- 3. A transfusão deve ser acompanhada pelo profissional que
estabelecido, com utilização de técnica asséptica; a instalou durante os 10 (dez) primeiros minutos à beira do
4. Promover atenciosa identificação da bolsa e dos tubos leito;
com as amostras de sangue simultaneamente; a. Nos primeiros 15 (quinze) minutos, infundir lentamente,
5. Comunicar ao Enfermeiro qualquer intercorrência advinda não devendo ultrapassar a 5 ml/min;
dos procedimentos hemoterápicos; b. Observar rigorosamente o paciente quanto aos efeitos
6. Proceder o registro das ações efetuadas, no adversos, e na negativa, aumentar a velocidade do fluxo;
prontuário/ficha do doador, de forma clara, precisa e pontual. c. Garantir o monitoramento dos sinais vitais a intervalos
regulares, comparando-os;
NORMAS GERAIS PARA ENFERMEIROS E TÉCNICOS d. Interromper a transfusão imediatamente e comunicar ao
DE ENFERMAGEM NA HEMOTRANSFUSÃO médico, na presença de qualquer sinal de reação adversa,
Compete ao Enfermeiro tais como: inquietação, urticária, náuseas, vômitos, dor nas
1. Atentar para os tempos de início da transfusão, após o costas ou no tronco, falta de ar, hematúria, febre ou
recebimento na unidade, conforme preconizado: calafrios;
a. Eritrócitos e Concentrados de Hemácias: O tempo de e. Nos casos de intercorrência com interrupção da infusão,
infusão de cada unidade deve ser de 60 a 120 minutos em encaminhar a bolsa para análise;
pacientes adultos. Em pacientes pediátricos, não exceder a f. Recomenda-se a prescrição da troca do equipo de sangue
velocidade de infusão de 20- 30ml/kg/hora. a cada duas unidades transfundidas a fim de minimizar
b. Concentrado de Plaquetas: o tempo de infusão da dose riscos de contaminação bacteriana
deve ser de aproximadamente 30 minutos em pacientes Pós-procedimento:
adultos ou pediátricos, não excedendo a velocidade de 1. Garantir que os sinais vitais sejam aferidos e compará-lo
infusão de 20-30ml/kg/hora; com as medições de referência;
c. Plasma Fresco Congelado: o tempo máximo de infusão 2. Descartar adequadamente o material utilizado e
deve ser de uma hora. assegurar que todos os procedimentos técnicos,
Pré-procedimento administrativos, de limpeza, desinfecção e do gerenciamento
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de resíduos, sejam executados em conformidade com os geladeira. Nas etiquetas ainda devem constar a data, a hora
preceitos legais e critérios técnicos cientificamente da coleta (as amostras têm validade de 48 horas) e a
comprovados, os quais devem estar descritos em identificação de quem as coletou.
procedimentos operacionais padrão (POP) e documentados ( ) Para se realizar a coleta, devem ser utilizados
nos registros dos respectivos setores de atividades. equipamentos de proteção individual (EPI) – avental, luvas e
3. Todas as atividades desenvolvidas pelo serviço de protetor facial que devem ser descartados, respeitando-se
hemoterapia devem ser registradas e documentadas de as normas de biossegurança.
forma a garantir a rastreabilidade dos processos e produtos,
( ) Os hemocomponentes só devem ser transfundidos após
desde a obtenção até o destino final, incluindo a
a conclusão desses testes pré-transfusionais. Contudo,
identificação do profissional que realizou o procedimento.
existem situações em que o tempo necessário para isso
Devendo constar obrigatoriamente:
a. Data; pode colocar em risco a vida do paciente. Nessas situações,
b. Horário de início e término; permite-se a liberação do hemocomponente para transfusão
c. Sinais vitais no início e no término; com a autorização do médico antes da conclusão do teste.
d. Origem e identificação das bolsas dos hemocomponentes ( ) As amostras devem ser encaminhadas ao laboratório
transfundidos; acondicionadas em suporte que possibilite a visualização
e. Identificação do profissional que a realizou; e dos tubos e estar devidamente identificadas com o símbolo
f. Registro de reações adversas, quando for o caso. de risco biológico.
4. Monitorar o paciente quanto a resposta e a eficácia do A) F, F, V, V.
procedimento; B) V, F, F, V.
C) F, V, V, F.
Compete ao Técnico de Enfermagem: D) F, F, V, F.
1. Cumprir a prescrição efetuada pelo Enfermeiro; 03. (EBSERH-2014)Os candidatos à doação devem
2. Aferir sinais vitais no pré, intra e pós – procedimento
passar por uma “seleção” antes de doarem sangue.
transfusional;
Essa seleção, de responsabilidade do serviço de
3. Observar e comunicar ao Enfermeiro qualquer
hemoterapia que realiza a coleta do sangue, é chamada
intercorrência;
4. Monitorar rigorosamente o gotejamento do sangue ou de triagem clínica e deve ser realizada por profissional
hemoderivado; de saúde habilitado, sob supervisão médica, no mesmo
5. Proceder ao registro das ações efetuadas, no prontuário dia da doação/coleta. É realizada com o intuito de
do paciente, de forma clara, precisa e pontual; selecionar, dentre os candidatos apresentados, somente
6. Participar de treinamentos e programas de educação aqueles que preencherem os critérios desejáveis para
permanente. um doador de sangue. Desse modo, como a triagem
clínica visa a proteger a saúde do doador e a saúde do
QUESTÕES receptor, devem ser verificados os seguintes dados,
01. A transfusão de sangue e hemoderivados é um EXCETO
evento irreversível que acarreta benefícios e riscos A) peso.
potenciais ao receptor. Apesar da indicação precisa e da B) pressão arterial (PA).
administração correta, reações às transfusões podem C) temperatura.
ocorrer. É reação transfusional imediata: D) dosagem de Hemoglobina (Hb) ou do Hematórito (Ht).
A) reação febril não hemolítica. E) imagem radiológica de tórax.
B) reação enxerto versus hospedeiro. 04. (EBSERH-2014) Qual é o critério para considerar o
C) aloimunização eritrocitária. candidato a doador de sangue como inapto definitivo?
D) hemossiderose. A) Ter antecedente de compartilhamento de seringas ou
02. Na etapa pré-transfusional, é realizada a coleta de agulhas.
amostras para exames, utilizando-se dois tubos, um B) Ter feito sexo com um ou mais parceiros ocasionais ou
deles com EDTA, para a tipagem sanguínea e outro, sem desconhecidos ou seus respectivos parceiros sexuais.
anticoagulante, para os testes pré-transfusionais. Este é C) Ter sofrido acidente com material biológico e em
um momento crítico em que a ocorrência de erros pode consequência apresentou contato de mucosa e/ou pele não
comprometer todo o processo transfusional e provocar íntegra com o referido material biológico.
sérios danos ao receptor. Sobre os testes pré- D) Ter colocado piercing, feito tatuagem ou maquiagem
transfusionais, escreva V para verdadeiro e F para falso definitiva, sem condições de avaliação quanto à segurança
sobre o que se afirma nos itens abaixo e assinale a do procedimento realizado.
alternativa correta que preenche corretamente os E) Homens que tiveram relações sexuais com outros
parênteses de cima para baixo. homens e/ou com as parceiras sexuais destes.
( ) Os tubos devem ser identificados imediatamente após a 05. (EBSERH-2014) Conforme o ato da portaria que
coleta das amostras, ainda ao lado do paciente, com aprova o Regulamento Técnico de Procedimentos
etiquetas manuscritas ou impressas, preferencialmente com Hemoterápicos, sobre os tipos de doação, assinale a
código de barras, quando houver tecnologia disponível. alternativa correta.
Essas etiquetas devem conter pelo menos dois dados A) Doação espontânea - doação advinda do indivíduo que
diferentes de identificação (ex.: nome completo e registro), doa para atender à necessidade de um paciente. São feitas
ser legíveis, sem abreviaturas e resistentes à umidade, uma por pessoas motivadas pelo próprio serviço, pela família e
vez que as amostras poderão ficar conservadas em
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A)durante a transfusão ou até 24 horas após a transfusão. E)estar em ótimas condições de saúde, estar em jejum de
B)durante a transfusão ou até 12 horas após a transfusão. no mínimo 8h, pesar no mínimo 50 kg, não ter ingerido
C)até 48 horas após a transfusão. bebida alcóolica nas últimas 12 horas.
D)durante a transfusão ou até 8 horas após a transfusão. 17. Várias vacinas podem impedir, por um determinado
E)até 36 horas após a transfusão. tempo, a doação de sangue, segundo a portaria vigente
13.Qual é o tempo ideal para a realização da coleta da em nosso país. As vacinas de febre amarela, tríplice
bolsa de sangue total? viral e rotavírus inaptam o doador de sangue por quanto
A)o tempo de coleta não ultrapassará 14 minutos, sendo o tempo?
tempo ideal de até 12 minutos. A)6 semanas
B) o tempo de coleta não ultrapassará 12 minutos, sendo o B)4 semanas
tempo ideal de até 10 minutos. C)12 meses
C) o tempo de coleta não ultrapassará 14 minutos, sendo o D)40 dias
tempo ideal de até 10 minutos. E)10 semanas
D) o tempo de coleta não ultrapassará 15 minutos, sendo o 18. O candidato à doação de sangue que fizer uso da
tempo ideal de até 08 minutos. maconha não deve doar sangue por quanto tempo,
E) o tempo de coleta não ultrapassará 15 minutos, sendo o segundo a portaria brasileira?
tempo ideal de até 12 minutos. A)por 24 horas
14. Foi prescrito crioprecipitado para um paciente B)por 12 horas
internado com quadro de coagulação intravascular C)por 01 semana
disseminada (CID). Ele chegou à unidade em que você D)por 24 meses
está atuando como enfermeiro às 16 horas, tendo sido E)por 12 meses
descongelado o material às 15 horas. Sobre essa 19. O uso de anabolizantes injetáveis, crack ou cocaína
prática, assinale a alternativa correta. por via nasal (inalação) é causa de exclusão da doação
A) Além da utilização nos casos de CID, o crioprecipitado A)por um período de 03 meses, contados a partir da data da
pode ser prescrito em outras condições como última utilização.
hipofibrinogemia congênita e deficiência de fator V, quando B)por um período de 24 meses, contados a partir da data da
não se dispuser do concentrado de fibrinogênio industrial. última utilização.
B) O crioprecipitado pode ser instalado até as 15 horas do C) por um período de 06 meses, contados a partir da data
dia seguinte. da última utilização
C) O período de infusão no paciente com CID deve ser D)inaptam definitivamente o doador.
rápido, em aproximadamente 15 minutos. E) por um período de 12 meses, contados a partir da data da
D) Como não possui muitas partículas de proteínas última utilização
plasmáticas, utiliza-se equipo normal, desde que não seja de 20.(2014) Quais são as modalidades de transfusão?
microgotas. A) Programada; de Rotina; de Urgência; de Emergência.
15.O que é doação autóloga? B) Rápida; Lenta; Demorada; Veloz.
A)consiste em coletar, antes de uma cirurgia, o sangue de C) De Emergência; Parada; de Urgência; Programada.
um familiar do paciente que deverá utilizá-lo. D) Rotina; Emergência; Preparada; Urgência.
B)consiste em coletar, antes de uma cirurgia, o sangue do E) Urgência; Conveniada; Emergência; Indispensável.
paciente que deverá utilizá-lo.
C)consiste em coletar, durante uma cirurgia, o sangue do
paciente que deverá utilizá-lo.
D)consiste em coletar, antes de uma cirurgia, o sangue do
pai ou da mãe do paciente que deverá utilizá-lo.
E)consiste em coletar, após uma cirurgia, o sangue do GABARITO
paciente que utilizou esta bolsa, para repor ao banco de
sangue.
16. O doador de sangue deve preencher alguns 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
requisitos básicos para conseguir realizar sua doação.
A C E A C E C B A E
Assinale a alternativa que apresenta alguns desses
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
requisitos.
A)estar alimentado, pesar no mínimo 55kg, ter um excelente D A E C B C B B E A
acesso venoso, não ter praticado exercícios físicos antes da
doação.
B)estar bem alimentado, pesar no mínimo 50 kg, as
mulheres não podem estar menstruadas.
C)estar em ótimas condições de saúde, estar bem
alimentado, pesar no mínimo 50 kg, não ter ingerido bebida
alcóolica nas últimas 12 horas.
D)estar em ótimas condições de saúde, estar bem
alimentado, pesar no mínimo 50kg, não ter ingerido bebida
alcóolica nas últimas 24 horas.
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SEGURANÇA DO PACIENTE
ADMNISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
“A vontade de se preparar tem que ser maior que a vontade de vencer!”
A Segurança do Paciente é um dos pilares de atuação para exponencialmente. É de fato um problema de saúde pública
prevenir, eliminar e/ou minimizar os riscos de falhas na com discussão inadiável, pois possuem uma elevada
assistência entre os principais objetivos em uma instituição magnitude e transcendência.
de saúde. O relatório foi fruto de pesquisadas desenvolvidas por
James Reason, psicólogo britânico, publica Human Error, o
primeiro da série de relatos sobre a segurança do paciente,
onde mostra que a abordagem individualizada do problema
é obsoleta e propõe a quebra deste paradigma. Ele mostrou
que um erro é fruto da falha de sistema e por isso deve ser
abordado de forma holística (WACHTER, 2010).
Define-se erro como: “as the failure of a planned action to be
completed as intended (i.e., error of execution) or the use of
a wrong plan to achieve an aim (i.e., error of planning)”. Ou
seja, “é a incapacidade de uma ação planejada para ser
concluída ou entendida (erro de execução) ou o uso de um
Ao longo da história, diversas personalidades tiveram a plano errado para atingir um objetivo (erro de
preocupação com a segurança do paciente. planejamento)”, Reason (1990, tradução nossa).
No quarto século antes de Cristo, Hipócrates, já falava de Através de inúmeras observações de acidentes, Reason,
não causar dano ao paciente “Nunca causarei dano a propôs o Modelo do Queijo Suíço, onde um erro ativo (na
ninguém” que após um tempo é traduzido como “Primum ponta) é o resultado de uma sequência alinhada de erros
non nocere” ou “primeiro não causar dano”. Através deste latentes (no processo) – são os orifícios do queijo. Ele trouxe
legado é possível notar que mesmo num contexto a premência de tentar obstruir esses buracos e criar
assistencial elementar, Hipócrates admitiu que os atos camadas sobrepostas a fim de impedir o realinhamento e
assistenciais são passíveis de equívoco e a segurança do assim ratifica que é preciso não ceder ao desejo veemente
paciente já era vista como prioridade. de concentrar a atenção na ponta e convergir às causasraiz,
Em 1847, Ignaz Phillip Semmelweis chamava atenção para Wachter (2010).
a importância da higienização das mãos na prevenção da
mortalidade materna.
Com o passar dos anos, em 1863, Florence Nightingale foi a
primeira líder em segurança do paciente a fazer a análise
estatística para mensurar o resultado da assistência e
reduzir óbitos preveníveis na guerra da Criméia de 42% para
2%. Em seu livro Notes on Hospitals, diz: “Pode parecer
estranho enunciar que a principal exigência em um hospital
seja não causar dano aos doentes”. Nightingale, que
possuía uma mente avançada para sua época, dotava um
vasto conhecimento em ciências, matemática, literatura,
artes, filosofia, história, política e economia, constatou que
existiam falhas nas condutas profissionais as quais eram um Em outubro de 2004, a Organização Mundial de Saúde
sério problema e alerta para a realidade. Ela classificava lançou a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente,
como primordial a segurança dos doentes devido às que incorporou como primeiro desafio a infecção relacionada
consequências observadas. à Assistência à Saúde. O segundo escolhido foi a
Em 1999, a partir da publicação do relatório “To Err is Segurança da Assistência Cirúrgica – Cirurgias Seguras
Human: Buidilng a Safer Health Care System (Errar é salvam vidas.
Humano: Construindo um Sistema de Saúde mais Seguro), Em 2007, na XXII Reunião de Ministros da Saúde do
pelo Instituto de Medicina dos Estados Unidos, surgiu o Mercado Comum do Cone Sul (MERCOSUL) apoiaram a
Movimento Internacional para a Segurança do Paciente que primeira meta da Aliança Mundial para a Segurança do
vem ocupando um espaço cada vez mais amplo no debate Paciente “una atención limpia, es uma atención mas
sobre a qualidade e segurança da assistência à saúde ao segura”. Os países assumiram o compromisso internacional
redor do Mundo e Brasil. de desenvolver Planos Nacionais de Segurança do Paciente
Este relatório chamou atenção e veio à público ao revelar a e Ministros dos Estados-Membros assinaram a Declaração
alta taxa de mortalidade nos hospitais dos EUA decorrentes de Compromisso na Luta Contra as Infecções Relacionadas
de erros na assistência a saúde que estavam entre 44.000 e à Assistência à Saúde (IRAS).
98.000 mortes/ano. Se for realizada uma estimativa ao redor No Brasil, pesquisas nesta área surgiram no início da
do mundo, certamente, esses dados iriam crescer década de 2000, influenciados pelo panorama mundial cuja
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temática já vinha e continua sendo amplamente discutida, V - Cultura de Segurança: configura-se a partir de cinco
vide as certificações das instituições de saúde com métodos características operacionalizadas pela gestão de segurança
de avaliação de caráter não-obrigatório e renovável sob a da organização:
forma de acreditação, demonstraram que os processos a) cultura na qual todos os trabalhadores, incluindo
hospitalares não se encontravam organizados e adequados profissionais envolvidos no cuidado e gestores, assumem
para garantir uma assistência segura e associado a essa responsabilidade pela sua própria segurança, pela
complexidade, a limitação humana que, inevitavelmente, tem segurança de seus colegas, pacientes e familiares;
como efeito os erros. b) cultura que prioriza a segurança acima de metas
Em 2013, o Programa Nacional de Segurança do financeiras e operacionais;
Paciente – PNSP foi lançado em 1º de abril pelo Ministério c) cultura que encoraja e recompensa a identificação, a
da Saúde e ANVISA e propõe um conjunto de medidas para notificação e a resolução dos problemas relacionados à
prevenir e reduzir a ocorrência de incidentes nos serviços de segurança;
saúde – eventos ou circunstâncias que poderiam resultar ou d) cultura que, a partir da ocorrência de incidentes, promove
que resultaram em dano desnecessário para o paciente. o aprendizado organizacional; e
O PNSP foi instituído pela Portaria nº 529, de 1ºde abril de e) cultura que proporciona recursos, estrutura e
2013, que definiu os conceitos relevantes na área da responsabilização para a manutenção efetiva da segurança;
Segurança do Paciente e as principais estratégias para e
implementação do Programa: suporte à implementação de VI - gestão de risco: aplicação sistêmica e contínua de
práticas seguras nos hospitais, criação de um sistema de iniciativas, procedimentos, condutas e recursos na avaliação
notificação de incidentes, elaboração de protocolos e e controle de riscos e eventos adversos que afetam a
promoção de processos de capacitação. segurança, a saúde humana, a integridade profissional, o
meio ambiente e a imagem institucional.
POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE Art. 5º Constituem-se estratégias de implementação do
PNSP:
PORTARIA Nº 529, DE 1º DE ABRIL DE 2013 I - elaboração e apoio à implementação de protocolos, guias
Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente e manuais de segurança do paciente;
(PNSP). II - promoção de processos de capacitação de gerentes,
profissionais e equipes de saúde em segurança do paciente;
Art. 1º Fica instituído o Programa Nacional de Segurança do III - inclusão, nos processos de contratualização e avaliação
Paciente (PNSP). de serviços, de metas, indicadores e padrões de
Art. 2º O PNSP tem por objetivo geral contribuir para a conformidade relativosà segurança do paciente;
qualificação do cuidado em saúde em todos os IV - implementação de campanha de comunicação social
estabelecimentos de saúde do território nacional. sobre segurança do paciente, voltada aos profissionais,
Art. 3º Constituem-se objetivos específicos do PNSP: gestores e usuários de saúde e sociedade;
I - promover e apoiar a implementação de iniciativas V - implementação de sistemática de vigilância e
voltadasà segurança do paciente em diferentes áreas da monitoramento de incidentes na assistência à saúde, com
atenção, organização e gestão de serviços de saúde, por garantia de retornoàs unidades notificantes;
meio da implantação da gestão de risco e de Núcleos de VI - promoção da cultura de segurança com ênfase no
Segurança do Paciente nos estabelecimentos de saúde; aprendizado e aprimoramento organizacional, engajamento
II - envolver os pacientes e familiares nas ações de dos profissionais e dos pacientes na prevenção de
segurança do paciente; incidentes, com ênfase em sistemas seguros, evitando-se os
III - ampliar o acesso da sociedade às informações processos de responsabilização individual; e
relativasà segurança do paciente; VII - articulação, com o Ministério da Educação e com o
IV - produzir, sistematizar e difundir conhecimentos sobre Conselho Nacional de Educação, para inclusão do tema
segurança do paciente; e segurança do paciente nos currículos dos cursos de
V - fomentar a inclusão do tema segurança do paciente no formação em saúde de nível técnico, superior e de pós-
ensino técnico e de graduação e pós-graduação na área da graduação.
saúde. Art. 6º Fica instituído, no âmbito do Ministério da Saúde,
Art. 4º Para fins desta Portaria, são adotadas as seguintes Comitê de Implementação do Programa Nacional de
definições: Segurança do Paciente (CIPNSP), instância colegiada, de
I - Segurança do Paciente: redução, a um mínimo aceitável, caráter consultivo, com a finalidade de promover ações que
do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de visem à melhoria da segurança do cuidado em saúde
saúde; através de processo de construção consensual entre os
II - dano: comprometimento da estrutura ou função do corpo diversos atores que dele participam.
e/ou qualquer efeito dele oriundo, incluindo-se doenças, Art. 7º Compete ao CIPNSP:
lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção, I - propor e validar protocolos, guias e manuais voltados à
podendo, assim, ser físico, social ou psicológico; segurança do paciente em diferentes áreas, tais como:
III - incidente: evento ou circunstância que poderia ter a) infecções relacionadas à assistência à saúde;
resultado, ou resultou, em dano desnecessário ao paciente; b) procedimentos cirúrgicos e de anestesiologia;
IV - Evento adverso: incidente que resulta em dano ao c) prescrição, transcrição, dispensação e administração de
paciente; medicamentos, sangue e hemoderivados;
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#PROVA!
CONCEITOS IMPORTANTES PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE
TERMO DEFINIÇÃO
SEGURANÇA DO PACIENTE Redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado ao cuidado
de saúde.
INCIDENTE Evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano desnecessário
ao paciente.
DANO Comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito dele oriundo,
incluindo-se doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção, podendo,
assim, ser físico, social ou psicológico.
EVENTO ADVERSO Incidente que resulta em dano ao paciente.
ERRO Falha na finalização de uma ação planejada ou aplicação de um plano incorreto.
RISCO Probabilidade de ocorrência de um incidente.
PERIGO Circunstância, agente ou ação com potencial de causar danos.
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CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Seção I-Objetivo
Art. 1º Esta Resolução tem por objetivo instituir ações para
a promoção da segurança do paciente e a melhoria da
qualidade nos serviços de saúde.
Seção II-Abrangência
Art. 2º Esta Resolução se aplica aos serviços de saúde,
sejam eles públicos, privados, filantrópicos, civis ou
militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e
pesquisa.
Parágrafo único. Excluem-se do escopo desta Resolução os
consultórios individualizados, laboratórios clínicos e os
serviços móveis e de atenção domiciliar.
Seção III-Definições
Art. 3º Para efeito desta Resolução são adotadas as
seguintes definições:
I - boas práticas de funcionamento do serviço de saúde:
componentes da garantia da qualidade que asseguram que
os serviços são ofertados com padrões de qualidade
adequados;
II - cultura da segurança: conjunto de valores, atitudes,
competências e comportamentos que determinam o
comprometimento com a gestão da saúde e da segurança,
substituindo a culpa e a punição pela oportunidade de
aprender com as falhas e melhorar a atenção à saúde;
III - dano: comprometimento da estrutura ou função do
corpo e/ou qualquer efeito dele oriundo, incluindo doenças,
lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção,
podendo, assim, ser físico, social ou psicológico;
IV - evento adverso: incidente que resulta em dano à
ATENÇÃO! Leitura obrigatória dos protocolos! saúde;
V - garantia da qualidade: totalidade das ações
Identificação do Cirurgia Segura
sistemáticas necessárias para garantir que os serviços
Protocolos Paciente prestados estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos
Básicos de Prevenção de Prática de para os fins a que se propõem;
Segurança do úlcera por pressão higiene das VI - gestão de risco: aplicação sistêmica e contínua de
Paciente mãos em políticas, procedimentos, condutas e recursos na
serviços de identificação, análise, avaliação, comunicação e controle de
riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a saúde
saúde
humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a
Segurança na Prevenção de imagem institucional;
prescrição, uso e quedas VII - incidente: evento ou circunstância que poderia ter
administração de resultado, ou resultou, em dano desnecessário à saúde;
medicamentos VIII - núcleo de segurança do paciente (NSP): instância
do serviço de saúde criada para promover e apoiar a
implementação de ações voltadas à segurança do paciente;
RESOLUÇÃO - RDC Nº 36, DE 25 DE JULHO DE 2013
IX - plano de segurança do paciente em serviços de
saúde: documento que aponta situações de risco e
Institui ações para a segurança do paciente em serviços
descreve as estratégias e ações definidas pelo serviço de
de saúde e dá outras providências.
saúde para a gestão de risco visando a prevenção e a
mitigação dos incidentes, desde a admissão até a
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de
transferência, a alta ou o óbito do paciente no serviço de
Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe conferem
saúde;
os incisos III e IV, do art. 15 da Lei n.º 9.782, de 26 de
X - segurança do paciente: redução, a um mínimo
janeiro de 1999, o inciso II, e §§ 1° e 3° do art. 54 do
aceitável, do risco de dano desnecessário associado à
Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da
atenção à saúde;
Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006,
XI - serviço de saúde: estabelecimento destinado ao
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, e suas
desenvolvimento de ações relacionadas à promoção,
atualizações, tendo em vista o disposto nos incisos III, do
proteção, manutenção e recuperação da saúde, qualquer
art. 2º, III e IV, do art. 7º da Lei n.º 9.782, de 1999, e o
que seja o seu nível de complexidade, em regime de
Programa de Melhoria do Processo
internação ou não, incluindo a atenção realizada em
de Regulamentação da Agência, instituído por meio da
consultórios, domicílios e unidades móveis;
Portaria nº 422, de 16 de abril de 2008, em reunião realizada
XII - tecnologias em saúde: conjunto de equipamentos,
em 23 de julho de 2013, adota a seguinte Resolução da
medicamentos, insumos e procedimentos utilizados na
Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente , determino a
atenção à saúde, bem como os processos de trabalho, a
sua publicação:
infraestrutura e a organização do serviço de saúde.
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CAPÍTULO II Seção II
DAS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS Do Plano de Segurança do Paciente em Serviços
Seção I de Saúde
Da criação do Núcleo de Segurança do Paciente Art. 8º O Plano de Segurança do Paciente em Serviços de
Art. 4º A direção do serviço de saúde deve constituir o Saúde (PSP), elaborado pelo NSP, deve estabelecer
Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) e nomear a sua estratégias e ações de gestão de risco, conforme as
composição, conferindo aos membros autoridade, atividades desenvolvidas pelo serviço de saúde para:
responsabilidade e poder para executar as ações do Plano I - identificação, análise, avaliação, monitoramento e
de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde. comunicação dos riscos no serviço de saúde, de forma
§ 1º A direção do serviço de saúde pode utilizar a estrutura sistemática;
de comitês, comissões, gerências, coordenações ou núcleos II - integrar os diferentes processos de gestão de risco
já existentes para o desempenho das atribuições do NSP. desenvolvidos nos serviços de saúde;
§ 2º No caso de serviços públicos ambulatoriais pode ser III - implementação de protocolos estabelecidos pelo
constituído um NSP para cada serviço de saúde ou um NSP Ministério da Saude;
para o conjunto desses, conforme decisão do gestor local do IV - identificação do paciente;
SUS. V - higiene das mãos;
Art. 5º Para o funcionamento sistemático e contínuo do NSP VI - segurança cirúrgica;
a direção do serviço de saúde deve disponibilizar: VII - segurança na prescrição, uso e administração de
I - recursos humanos, financeiros, equipamentos, insumos e medicamentos;
materiais; VIII - segurança na prescrição, uso e administração de
II - um profissional responsável pelo NSP com participação sangue e hemocomponentes;
nas instâncias deliberativas do serviço de saúde. IX - segurança no uso de equipamentos e materiais;
Art. 6º O NSP deve adotar os seguintes princípios e X - manter registro adequado do uso de órteses e próteses
diretrizes: quando este procedimento for realizado;
I - A melhoria contínua dos processos de cuidado e do uso XI - prevenção de quedas dos pacientes;
de tecnologias da saúde; XII - prevenção de úlceras por pressão;
II - A disseminação sistemática da cultura de segurança; XIII - prevenção e controle de eventos adversos em serviços
III - A articulação e a integração dos processos de gestão de de saúde, incluindo as infecções relacionadas à assistência
risco; à saúde;
IV - A garantia das boas práticas de funcionamento do XIV- segurança nas terapias nutricionais enteral e
serviço de saúde. parenteral;
Art.7º Compete ao NSP: XV - comunicação efetiva entre profissionais do serviço de
I - promover ações para a gestão de risco no serviço de saúde e entre serviços de saúde;
saúde; XVI - estimular a participação do paciente e dos familiares
II - desenvolver ações para a integração e a articulação na assistência prestada.
multiprofissional no serviço de saúde; XVII - promoção do ambiente seguro
III - promover mecanismos para identificar e avaliar a CAPÍTULO III
existência de não conformidades nos processos e DA VIGILÂNCIA, DO MONITORAMENTO E DA
procedimentos realizados e na utilização de equipamentos, NOTIFICAÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS
medicamentos e insumos propondo ações preventivas e Art. 9º O monitoramento dos incidentes e eventos adversos
corretivas; será realizado pelo Núcleo de Segurança do Paciente -
IV - elaborar, implantar, divulgar e manter atualizado o Plano NSP.
de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde; Art. 10 A notificação dos eventos adversos, para fins desta
V - acompanhar as ações vinculadas ao Plano de Resolução, deve ser realizada mensalmente pelo NSP, até o
Segurança do Paciente em Serviços de Saúde; 15º (décimo quinto) dia útil do mês subsequente ao mês de
VI - implantar os Protocolos de Segurança do Paciente e vigilância, por meio das ferramentas eletrônicas
realizar o monitoramento dos seus indicadores; disponibilizadas pela Anvisa.
VII - estabelecer barreiras para a prevenção de incidentes Parágrafo único - Os eventos adversos que evoluírem para
nos serviços de saúde; óbito devem ser notificados em até 72 (setenta e duas)
VIII - desenvolver, implantar e acompanhar programas de horas a partir do ocorrido.
capacitação em segurança do paciente e qualidade em Art. 11 Compete à ANVISA, em articulação com o Sistema
serviços de saúde; Nacional de Vigilância Sanitária:
IX - analisar e avaliar os dados sobre incidentes e eventos I - monitorar os dados sobre eventos adversos notificados
adversos decorrentes da prestação do serviço de saúde; pelos serviços de saúde;
X - compartilhar e divulgar à direção e aos profissionais do II - divulgar relatório anual sobre eventos adversos com a
serviço de saúde os resultados da análise e avaliação dos análise das notificações realizadas pelos serviços de saúde;
dados sobre incidentes e eventos adversos decorrentes da III - acompanhar, junto às vigilâncias sanitárias distrital,
prestação do serviço de saúde; estadual e municipal as investigações sobre os eventos
XI - notificar ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária os adversos que evoluíram para óbito.
eventos adversos decorrentes da prestação do serviço de CAPÍTULO IV
saúde; DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
XII- manter sob sua guarda e disponibilizar à autoridade Art. 12 Os serviços de saúde abrangidos por esta
sanitária, quando requisitado, as notificações de eventos Resolução terão o prazo de 120 (cento e vinte) dias para a
adversos; estruturação dos NSP e elaboração do PSP e o prazo de
XIII - acompanhar os alertas sanitários e outras 150 (cento e cinquenta) dias para iniciar a notificação
comunicações de risco divulgadas pelas autoridades mensal dos eventos adversos, contados a partir da data da
sanitárias. publicação desta Resolução.
Art. 13 O descumprimento das disposições contidas nesta
Resolução constitui infração sanitária, nos termos da Lei n.
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O produto mais comumente disponível é a preparação • Trocar de luvas durante o contato com o paciente se for
alcóolica para as mãos, que deve estar em dispensadores mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo;
fixados na parede, frascos fixados na cama / na mesa de • Trocar de luvas quando estas estiverem danificadas;
cabeceira do paciente, nos carrinhos de curativos / • Nunca tocar desnecessariamente superfícies e materiais
medicamentos levados para o ponto de assistência, (tais como telefones, maçanetas, portas) quando estiver com
podendo também ser portado pelos profissionais em frascos luvas;
individuais de bolso. • Higienizar as mãos antes e após o uso de luvas;
“Higiene das mãos” é um termo geral, que se refere a
qualquer ação de higienizar as mãos para prevenir a PROTOCOLO PARA CIRURGIA SEGURA
transmissão de micro-organismos e consequentemente A finalidade deste protocolo é determinar as medidas a
evitar que pacientes e profissionais de saúde adquiram serem implantadas para reduzir a ocorrência de incidentes e
IRAS. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância eventos adversos e a mortalidade cirúrgica, possibilitando o
Sanitária – Anvisa, o termo engloba a higiene simples, a aumento da segurança na realização de procedimentos
higiene antisséptica, a fricção antisséptica das mãos com cirúrgicos, no local correto e no paciente correto, por meio
preparação alcoólica e a antissepsia cirúrgica das mãos. do uso da Lista de Verificação de Cirurgia Segura
desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde – OMS.
As mãos devem ser higienizadas em momentos essenciais e O protocolo para Cirurgia Segura deverá ser aplicado em
necessários de acordo com o fluxo de cuidados assistenciais todos os locais dos estabelecimentos de saúde em que
para prevenção de IRAS causadas por transmissão cruzada sejam realizados procedimentos, quer terapêuticos, quer
pelas mãos: “Meus cinco momentos para a higiene das diagnósticos, que impliquem em incisão no corpo humano
mãos”. ou em introdução de equipamentos endoscópios, dentro ou
1.Antes de tocar o paciente fora de centro cirúrgico, por qualquer profissional de saúde.
2.Antes de realizar procedimento limpo/asséptico
-Antes de manusear um dispositivo invasivo, A Lista de Verificação divide a cirurgia em três fases:
independentemente do uso ou não de luvas. I - Antes da indução anestésica;
-Ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro II - Antes da incisão cirúrgica; e
durante o atendimento do mesmo paciente. III - Antes do paciente sair da sala de cirurgia.
3. Após o risco de exposição a fluidos corporais ou
excreções Cada uma dessas fases corresponde a um momento
-Após contato com fluidos corporais ou excretas, específico do fluxo normal de um procedimento cirúrgico.
membranas mucosas, pele não íntegra ou curativo. Para a utilização da Lista de Verificação, uma única pessoa
-Ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro deverá ser responsável por conduzir a checagem dos itens.
durante o atendimento do mesmo paciente. Em cada fase, o condutor da Lista de Verificação deverá
-Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas confirmar se a equipe completou suas tarefas antes de
4. Após tocar o paciente prosseguir para a próxima etapa. Caso algum item checado
-Antes e depois do contato com o paciente não esteja em conformidade, a verificação deverá ser
-Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas interrompida e o paciente mantido na sala de cirurgia até a
5.Após tocar superfícies próximas ao paciente sua solução.
-Após contato com superfícies e objetos inanimados
(incluindo equipamentos para a saúde) nas proximidades do Antes da indução anestésica
paciente O condutor da Lista de Verificação deverá:
-Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas 1. Revisar verbalmente com o próprio paciente, sempre que
possível, que sua identificação tenha sido confirmada.
Cuidado com o uso de luvas 2. Confirmar que o procedimento e o local da cirurgia estão
O uso de luvas não altera nem substitui a higienização das corretos.
mãos, seu uso por profissionais de saúde não deve ser 3. Confirmar o consentimento para cirurgia e a anestesia.
adotado indiscriminadamente, devendo ser restrito às 4. Confirmar visualmente o sítio cirúrgico correto e sua
indicações a seguir: demarcação.
• Utilizá-las para proteção individual, nos casos de contato 5. Confirmar a conexão de um monitor multiparâmetro ao
com sangue e líquidos corporais e contato com mucosas e paciente e seu funcionamento.
pele não íntegra de todos os pacientes; 6. Revisar verbalmente com o anestesiologista, o risco de
• Utilizá-las para reduzir a possibilidade de os micro- perda sanguínea do paciente, dificuldades nas vias aéreas,
organismos das mãos do profissional contaminarem o histórico de reação alérgica e se a verificação completa de
campo operatório (luvas cirúrgicas); segurança anestésica foi concluída.
• Utilizá-las para reduzir a possibilidade de transmissão de
micro-organismos de um paciente para outro nas situações Antes da incisão cirúrgica (Pausa Cirúrgica)
de precaução de contato; Neste momento, a equipe fará uma pausa imediatamente
• Trocar de luvas sempre que entrar em contato com outro antes da incisão cirúrgica para realizar os seguintes passos:
paciente; 1.A apresentação de cada membro da equipe pelo nome e
função.
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PROTOCOLO PARA PREVENÇÃO DE ÚLCERA POR maléolos não têm tecido subcutâneo (adiposo) e uma úlcera
PRESSÃO de estágio III pode ser superficial.
Finalidade do protocolo: Promover a prevenção da Em contrapartida, em zonas com tecido adiposo abundante
ocorrência de úlcera por pressão (UPP) e outras lesões da podem desenvolver-se úlceras por pressão de estágio III
pele. extremamente profundas. O osso e o tendão não são
As recomendações para a prevenção devem ser aplicadas a visíveis ou diretamente palpáveis.
todos os indivíduos vulneráveis em todos os grupos etários.
As intervenções devem ser adotadas por todos os Estágio IV: Perda total da espessura dos tecidos
profissionais de saúde envolvidos no cuidado de pacientes e Perda total da espessura dos tecidos com exposição dos
de pessoas vulneráveis, que estejam em risco de ossos, tendões ou músculos. Neste caso, o tecido
desenvolver úlceras por pressão e que se encontrem em desvitalizado (fibrina úmida) e/ou tecido necrótico podem
ambiente hospitalar, em cuidados continuados, em lares, estar presentes. A profundidade de uma úlcera por pressão
independentemente de seu diagnóstico ou das de estágio IV varia com a localização anatômica.
necessidades de cuidados de saúde. Frequentemente são cavitadas e fistulizadas. A asa do nariz,
orelhas, região occipital e maléolos não têm tecido
Úlcera por pressão (UPP): lesão localizada da pele e/ou subcutâneo (adiposo) e estas úlceras podem ser
tecido subjacente, geralmente sobre uma proeminência superficiais. Uma úlcera de estágio IV pode atingir o
óssea, resultante da pressão ou da combinação entre músculo e/ou estruturas de suporte (i.e. fáscia, tendão ou
pressão e cisalhamento, causado pela fricção. Outros cápsula articular), tornando a osteomielite e a osteíte
fatores estão associados à UPP, mas seu papel ainda não prováveis de acontecer. Existe osso ou músculo visível ou
foi completamente esclarecido. diretamente palpável.
Estágio III: Perda total da espessura da pele A maioria dos casos de UPP pode ser evitada por meio da
Perda total da espessura tecidual. Neste caso, o tecido identificação dos pacientes em risco e da implantação de
adiposo subcutâneo pode ser visível, mas não estão estratégias de prevenção confiáveis para todos os pacientes
expostos os ossos, tendões ou músculos. Pode estar identificados como de risco. As seis etapas essenciais de
presente algum tecido desvitalizado (fibrina úmida), mas uma estratégia de prevenção de UPP são:
este não oculta a profundidade da perda tecidual. Pode
incluir lesão cavitária e encapsulamento. A profundidade de
uma úlcera de estágio III varia de acordo com a localização
anatômica. A asa do nariz, orelhas, região occipital e
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ETAPA 1: Avaliação de úlcera por pressão na admissão de dispensação e administração de medicamento ao qual o
todos os pacientes. paciente é alérgico.
ETAPA 2: Reavaliação diária de risco de desenvolvimento
de UPP de todos os pacientes internados. Expressões vagas como “usar como de costume”, “usar
ETAPA 3: Inspeção diária da pele. como habitual”, “a critério médico”,“se necessário” (sem
ETAPA 4: Manejo da Umidade: manutenção do paciente indicação de dose máxima, posologia e condição de uso),
seco e com a pele hidratada. “uso contínuo” e “não parar” devem ser abolidas das
ETAPA 5: Otimização da nutrição e da hidratação. prescrições.
ETAPA 6: Minimizar a pressão. Quando for preciso utilizar a expressão “se necessário”,
deve-se obrigatoriamente definir:
Dose;
PROTOCOLO DE SEGURANÇA NA PRESCRIÇÃO, USO posologia;
E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS dose máxima diária deve estar claramente descrita; e
condição que determina o uso ou interrupção do uso do
Promover práticas seguras no uso de medicamentos em medicamento.
estabelecimentos de saúde.
O protocolo de segurança na prescrição, uso e ATENÇÃO! As prescrições verbais devem ser restritas às
administração de medicamentos deverá ser aplicado em situações de urgência/emergência, devendo ser
todos os estabelecimentos que prestam cuidados à saúde, imediatamente escritas no formulário da prescrição após a
em todos os níveis de complexidade, em que medicamentos administração do medicamento. A prescrição verbal deve
sejam utilizados para profilaxia, exames diagnósticos, ser validada pelo prescritor assim que possível. Quando a
tratamento e medidas paliativas. ordem verbal for absolutamente necessária, o prescritor
deve falar o nome, a dose e a via de administração do
A identificação do paciente na prescrição deverá utilizar medicamento de forma clara. Quem recebeu a ordem verbal
exclusivamente o nome completo do paciente. A utilização deve repetir de volta o que foi dito e ser confirmado pelo
do nome incompleto e do nome abreviado deve ser excluída prescritor antes de administrar o medicamento.
da prática cotidiana dos estabelecimentos de saúde.
A identificação do prescritor deverá ser realizada contendo o As doses dos medicamentos potencialmente perigosos ou
nome completo e número de registro do conselho de alta vigilância deverão ser conferidas com dupla
profissional e assinatura. Esse registro poderá ser checagem na fase dos cálculos para prescrição e análise
manuscrito ou com a utilização de carimbo contendo os farmacêutica da prescrição para dispensação.
elementos de identificação. A identificação do prescritor
deverá ser legível para conferir autenticidade à prescrição. ATENÇÃO! Erro de Medicação é definido como qualquer
Problemas na legibilidade da prescrição podem evento evitável que pode causar ou levar ao uso
comprometer a comunicação entre prescritor e paciente e inadequado de medicamentos ou dano ao paciente
entre prescritor e demais profissionais de saúde, sendo enquanto a medicação está sob o controle do profissional de
geradora importante de erros de medicação, sobretudo, a saúde, paciente ou consumidor.
troca de medicamentos com nomes parecidos.
Tais eventos podem estar relacionados à prática
Recomenda-se que os medicamentos sejam prescritos sem profissional, produtos de saúde, procedimentos e sistemas,
o uso de abreviaturas, pois seu uso aumenta a chance de incluindo prescrição; comunicação; monitoramento;
erro de medicação. rotulagem dos produtos, embalagem e nomenclatura;
As abreviaturas “U” e “UI” significando “unidades” e composição; dispensação; distribuição; administração;
“unidades internacionais”, respectivamente, são educação e uso.
consideradas as mais perigosas de todas, pois podem levar Práticas seguras na administração de medicamentos
à administração de doses 10 ou 100 vezes maior do que a I. Paciente certo
prescrita. Desta maneira, deve-se abolir o uso de II. Medicamento certo
abreviaturas “U” e “UI”, escrevendo a palavra “unidade” por III. Via certa
extenso no lugar de “U” ou “unidade internacional” no lugar IV. Hora certa
de “UI”. Caso exista padronização de abreviatura para via de V. Dose certa
administração, preferir o uso de “EV” (para endovenosa) em VI. Registro certo da administração
vez de IV (intravenosa), em função do risco de erro de VII. Orientação correta
interpretação do “IV” como “IM”, sobretudo quando VIII. Forma certa
associado a pouca legibilidade da prescrição. IX. Resposta certa
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ATENÇÃO! Diluição de Penicilina Cristalina: O frasco- >>>Via retal: com frequência, a via retal é utilizada quando
ampola vem em concentrações de 5.000.000 UI e a ingestão não é possível por causa de vômitos ou porque o
10.000.000 UI. paciente se encontra insconsciente.
Vantagens: tem como objetivo deixar o fármaco livre do
metabolismo de primeira passagem, no fígado, pois a droga
entra em vasos que a levam direto à veia cava inferior.
Desvantagens: desconforto que pode proporcionar ao
paciente. Além disso, a absorção retal costuma ser irregular
e incompleta e muitos fármacos provocam irritação da
mucosa retal.
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A
I. Fortalecer a APS para realizar a coordenação do
cuidado e ordenar a organização da rede de atenção
II. Fortalecer o papel dos CGRs no processo de
T governança da RAS
III. Fortalecer a integração das ações de âmbito coletivo
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São Redes Temáticas de Atenção à Saúde: situações de perigo iminente, de calamidades públicas e de
I - Rede Cegonha acidentes com múltiplas vítimas, a partir da construção de
II - Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) mapas de risco regionais e locais e da adoção de protocolos
III - Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças
de prevenção, atenção e mitigação dos eventos;
Crônicas
IV - Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) XIII - regulação articulada entre todos os componentes da
V - Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência Rede de Atenção às Urgências com garantia da equidade e
integralidade do cuidado; e
Portaria Nº 1.600, DE 7 DE JULHO DE 2011. Reformula a XIV - qualificação da assistência por meio da educação
Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a permanente das equipes de saúde do SUS na Atenção às
Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Urgências, em acordo com os princípios da integralidade e
Saúde (SUS). humanização.
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ABORDAGEM PRIMÁRIA
Visa identificar e manejar situações de ameaça à vida. É
feita sem mobilizar a vítima de sua posição inicial, salvo em
condições risco para a vítima e para o socorrista. Identificar
vítimas de maior gravidade para priorizar o atendimento:
vítimas com risco de vida, risco de perder um membro e
todas as demais condições. Identificar as condições de risco
de vida, iniciar o suporte básico de vida, Desencadear os
recursos de apoio. Leva de 15 a 30 seg.
CONSISTE:
A- Controle de vias aéreas;Oferta de O2 e coluna cervical.
Manobras de liberação de vias aéreas:
Manobra de Chin-Lift (INCLINAÇÃO DA CABEÇA +
ELEVAÇÃO DO QUEIXO) - Elevação do queixo: Apóia-se
os dedos indicador, médio e anular de uma de suas mãos
abaixo do queixo da vítima e com o polegar da mesma mão
posicionado anteriormente ao mento, traciona a mandíbula
para frente e para cima, segurando-a firmemente, mantendo
a boca aberta. A outra mão deverá estar sobre a região
frontal (testa), mantendo a cabeça fixa.
Manobra de Jaw Thrust (ELEVAÇÃO ÂNGULO DA
MANDIBULA) - Elevação e tração da mandíbula: posicionar-
se atrás da cabeça da vítima, apoiando suas mãos em
ambos os lados da face, posicionando seus dedos indicador,
médio e anular abaixo do ângulo da mandíbula,
empurrando-a para frente e para cima sem hiperestender o
pescoço; com os polegares promove a abertura da boca.
B – Controle de respiração e ventilação.
C – Circulação e controle de hemorragias.
D – Exame neurológico (Escala de Glasgow)
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Avaliação Neurológica: Consiste em uma rápida avaliação usada durante as primeiras 24 horas posteriores ao trauma
do nível de consciência e da reatividade pupilar do paciente. e avalia três parâmetros: 1. Abertura ocular, 2. Resposta
motora 3. Resposta verbal. A escala pontua de 3 (mínimo→
A-alerta pior prognóstico) a 15 (máximo →bom prognóstico). Escore
V-responde ao estímulo verbal < 8 → indicação de intubação do paciente.
D-responde ao estímulo doloroso
I/N-Não responde Pontuação total da escala de Glasgow: de 3 a 15
Lesão gravíssima: 3
Lesão grave: 8 a 3
Escala de coma de Glasgow com resposta pupilar (ECG-
Lesão moderada: 12 a 9
P).
Lesão leve:13 a 15
Abertura ocular
Ausência de lesão: 15
Classificação Pontuação
Espontânea 4
Ao Som 3 E – Exposição e controle da hipotermia.
À pressão 2
Ausente 1 Dentre todas as situações que caracterizam risco de morte
Não testáve NT iminente, nenhuma emergência supera a prioridade do
Resposta Verbal atendimento da PCR (parada cardiorrespiratória).
Classificação Pontuação
Orientada 5 PARADA CARDÍACA
Confusa 4
É uma situação caracterizada pela perda da capacidade de
Palavras 3
Sons 2 bomba cardíaca eficaz (contração/dilatação) e pela
Ausente 1 interrupção do fluxo sanguíneo no coração e no corpo.
Não testável NT PCR – Inconsciência, ausência de respiração e ausência de
Melhor Resposta Motora pulso central.
Classificação Pontuação Como detectar uma PCR? → É comprovada pela ausência
A ordens 6 de pulso central – carotídeo ou femoral, ausência de
Localizadora 5 movimentos respiratórios (apneia), respiração agônica
Flexão normal 4 (gasping), inconsciência que ocorre de 8 a 12 segundos
Flexão anormal 3 após a PCR e midríase (dilatação da pupila) completa em
Extensão 2
menos de 3 minutos.
Ausente 1
Não testável NT
Reatividade Pupilar (atualização 2018)
(2) Inexistente: nenhuma pupila reage ao estímulo de
luz
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ATENÇÃO! Em caso de Parada Cardiorrespiratória, manutenção da vida, que poderiam ser aplicadas até a
considerar a sequência: chegada do atendimento pré-hospitalar.
C – Circulação com controle de hemorragia
A - Vias Aéreas A atualização das Diretrizes de 2015 fornece às partes
B – Respiração interessadas uma nova perspectiva sobre os sistemas de
As Diretrizes da AHA 2015 para RCP e ACE recomendam o atendimento, diferenciando as PCR ocorridas no ambiente
procedimento de SBV de C-A-B em adultos, crianças e hospitalar ou intra-hospitalares (PCRIH) das PCR
bebes (excluindo-se recém-nascidos). extrahospitalares (PCREH). Os principais destaques são:
CAB • compressões torácicas • via aérea • respiração • Uma taxonomia universal para os sistemas de atendimento
• Separação da Cadeia de sobrevivência do adulto da AHA
A PCR pode ocorrer intra hospitalar (PCRIH) ou extra em duas: uma para sistemas de atendimento intra-hospitalar
hospitalar (PCREH). Na maioria das vezes, ocorre fora do e outra para o ambiente extra-hospitalar.
ambiente hospitalar e é geralmente presenciado pela família,
colegas de trabalho ou por pessoas desconhecidas, que não
possuem conhecimento sobre as ações básicas para
REANIMAÇÃO CARDIORESPIRATÓRIA
RCR é uma técnica que foi desenvolvida para restaurar artificialmente o fluxo sanguíneo através do coração e promover trocas
gasosas nos pulmões.
• Isto é alcançado pela compressão do tórax e insuflação de ar para dentro dos pulmões.
O atendimento inicial dado de forma adequada e em tempo hábil, melhora significativamente o resultado do tratamento a agravos
agudos,
Vamos agora aprofundar em cada uma das etapas da cadeia de sobrevivência intra hospitalar, e dessa forma entender
a RCP de alta qualidade de acordo com as novas diretrizes e também o suporte avançado de vida.
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VIGILÂNCIA E PREVENÇÃO
• Pacientes no ambiente hospitalar dependem de um sistema de vigilância adequado a fim de prevenir a PCR, mas, caso a PCR
ocorra, é preciso uma interação harmoniosa dos vários departamentos e serviços da instituição e de um time multidisciplinar de
profissionais, que inclua médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros (time de resposta rápida).
• A nova diretriz preconiza o acionamento imediato do time de resposta rápida na iminência de pacientes com deterioração clínica
aguda, com o objetivo de prevenir a PCRIH. Acredita-se que equipes treinadas na complexa coreografia da ressuscitação pode
diminuir a ocorrência de uma PCIH e caso ocorra, aumenta a chance de um melhor desfecho no atendimento da PCR.
Geralmente, a instituição possui um protocolo para o acionamento da equipe médica ou time de resposta rápida, um sistema de
alerta imediato, por exemplo.
• Após os comandos, iniciar imediatamente a Sequência de Atendimento C – A – B:
• C: Compressões torácicas de alta qualidade;
• A: Vias aéreas – abrir vias aéreas;
• B: Boa ventilação – garantir via aérea avançada.
A ênfase no Suporte Básico de Vida (BLS – Basic Life Suport) nas Diretrizes 2015 continua na qualidade da massagem cardíaca.
Portanto, uma RCP de qualidade significa comprimir o tórax na frequência e profundidade adequadas, permitir o retorno do tórax a
cada compressão, minimizar interrupções nas compressões e evitar ventilação excessiva.
• Após o acionamento do serviço médico, deve-se iniciar as compressões torácicas e ventilação em todos os pacientes adultos
com PCR, seja por causa cardíaca ou não cardíaca.
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Frequência: Em vítimas adultas de PCR, o correto é que os socorristas apliquem compressões torácicas a uma frequência de 100
a 120/min.
Profundidade: Durante a RCP manual, os socorristas devem aplicar compressões torácicas até uma profundidade de, pelo
menos, 2 polegadas (5 cm) para um adulto médio, evitando excesso na profundidade das compressões torácicas (superiores a 2,4
polegadas (6 cm).
• Com via aérea avançada: Compressões contínuas a uma frequência 100 a 120/ minuto e 1 ventilação a cada 6 segundos (10
respirações por minuto).
ATENÇÃO!! “Socorristas leigos sem treinamento devem fornecer RCP somente com as mãos, com ou sem orientação
de um atendente, para adultos vítimas de PCR. O socorrista deve continuar a RCP somente com compressão até a
chegada de um DEA ou de socorristas com treinamento adicional. Todos os socorristas leigos devem, no mínimo,
aplicar compressões torácicas em vítimas de PCR. Além disso, se o socorrista leigo treinado puder realizar ventilações
de resgate, as compressões e as ventilações devem ser aplicadas na proporção de 30 compressões para cada 2
ventilações. O socorrista deve continuar a RCP até a chegada e a preparação de um DEA para uso, ou até que os
profissionais do SME assumam o cuidado da vítima ou que a vítima comece a se mover”
Segundo as novas diretrizes da AHA, o procedimento segue então para a desobstrução das vias aéreas mediante a retirada de
próteses, corpos estranhos e secreções. A seguir, são realizados os procedimentos de abertura das vias aéreas superiores.
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No caso da vítima não apresentar trauma, deve-se Nos casos de suspeita de lesão de coluna cervical ou
hiperextender seu pescoço colocando uma das mãos desconhecimento das circunstâncias, a hiperextensão do
sob sua nuca, levantando-a ligeiramente; com a outra pescoço é contraindicada porque pode provocar lesão na
mão posicionada sobre sua testa, traciona-se a cabeça medula espinhal. Neste caso, utiliza-se a técnica da tração
para trás. da mandíbula para frente.
A manobra de ventilação artificial inicia-se com a adaptação da máscara facial do ambú cobrindo nariz e boca da vítima, de modo
que não ocorra vazamento de ar. Na indisponibilidade de um ambú, pode-se ventilar diretamente sobre a máscara facial da vítima
(ventilação boca-máscara), mas um profissional não deve realizar este procedimento sem nenhum tipo de proteção. Ventila-se 2
vezes a cada 30 compressões torácicas, observando-se a expansibilidade do tórax da vítima e procurando interromper o mínimo
possível a continuidade das compressões torácicas.
RÁPIDA DESFIBRILAÇÃO
ATENÇÃO! Em PCR de adultos presenciada, quando há um DEA disponível imediatamente, deve-se usar o desfibrilador o mais
rapidamente possível. Em adultos com PCR sem monitoramento ou quando não houver um DEA prontamente disponível, deve-se
iniciar a RCP enquanto o desfibrilador é obtido e aplicado e tentar a desfibrilação, se indicada, assim que o dispositivo estiver
pronto para uso.
Assim que chegar o Desfibrilador Externo Automático (DEAs/DAEs): Verificar o ritmo; • Em caso de ritmo chocável (Fibrilação
Ventricular ou Taquicardia Ventricular sem Pulso):
IMPORTANTE → Aplique 1 choque → Reinicie a RCP por 2 minutos até o DEA avisar sobre a verificação do ritmo →
Continue até que o Suporte Avançado de Vida assuma ou a vítima se movimente.
• A utilização do DEAs/DAEs no ambiente hospitalar, pode ser considerada para facilitar a desfibrilação precoce (meta de
administração de choques em tempo ≤ 3 minutos do colapso), especialmente nas áreas cujo pessoal não esteja capacitado para
reconhecer ritmos ou em que o uso de desfibriladores não seja frequente. O DEA pode ser utilizado pelo Enfermeiro ou pela
equipe de enfermagem sob sua supervisão, na presença ou ausência do profissional médico, conforme previsto no protocolo de
Suporte Básico de Vida.
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O Suporte Avançado de Vida engloba recursos adicionais como monitorização cardíaca, administração de fármacos,
desfibriladores, equipamentos especiais para ventilação, marcapasso e cuidados após o retorno a circulação espontânea.
Acabamos de falar da desfibrilação manual, mas a desfibrilação manual é utilizada no Suporte Avançado de Vida (SAV), em que a
equipe multiprofissional está presente, incluindo o Médico, e existe equipamento disponível, preferencialmente desfibrilador
manual bifásico. Ladeira (2013) afirma que quando indicado, o choque inicial é aplicado de forma única, na energia máxima do
DEA ou do desfibrilador manual disponível (360 J no aparelho monofásico ou 180 a 220 J no aparelho bifásico). Vamos relembrar
a diferença entre Desfibrilação e a Cardioversão, que eventualmente causam dúvidas nos profissionais:
• Cardioversão elétrica: procedimento eletivo no qual se aplica o choque elétrico de maneira ‘sincronizada’, ou seja, a descarga
elétrica é liberada na onda R, no período refratário da despolarização cardíaca. Está indicada no tratamento de taquiarritmias
como a Fibrilação atrial (FA) flutter atrial, taquicardia paroxística supraventricular e taquicardias com complexo largo e com pulso.
• Desfibrilação elétrica: procedimento terapêutico que consiste na aplicação de uma corrente elétrica contínua ‘não sincronizada’
no músculo cardíaco. Esse choque despolariza em conjunto todas as fibras musculares do miocárdio, tornando possível a
reversão de arritmias graves como a TV e a FV, permitindo ao nó sinusal retomar a geração e o controle do ritmo cardíaca.
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diagnósticos. A gravidez pode também afetar os padrões do No final da gestação, o descolamento da placenta pode
trauma e a gravidade das lesões. ocorrer após lesões relativamente pequenas. A ruptura
O profissional que atende uma mulher grávida vítima de uterina é uma lesão rara, sugerida pelo achado de dor
trauma deve lembrar que está atendendo dois doentes: mãe abdominal, defesa, rigidez ou descompressão brusca
e feto. Entretanto, as prioridades do atendimento inicial positiva, especialmente se existe choque grave.
adotadas para uma mulher grávida traumatizada são as Frequentemente, sinais peritoneais são difíceis de serem
mesmas aplicadas para a não grávida. O melhor tratamento avaliados na gestação avançada em decorrência da
inicial para o feto, além de sua avaliação precoce, é a expansão e do adelgaçamento da musculatura da parede
adoção das melhores medidas de reanimação para a mãe. abdominal. Outros achados anormais sugestivos de ruptura
Técnicas de avaliação e monitoração devem permitir o uterina incluem a posição anormal do feto (por exemplo,
acompanhamento tanto da mãe quanto do feto. O estudo posição oblíqua ou transversa), a facilidade de palpar partes
radiológico, se necessário na fase aguda do tratamento, não fetais que se exteriorizam através de rupturas do útero e
deve ser contraindicado devido à gravidez. impossibilidade de palpar facilmente o fundo uterino quando
existe ruptura. Evidências radiológicas de ruptura uterina
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA E REANIMAÇÃO incluem extremidades fetais estendidas, posição fetal
Mãe anormal ou ar livre intraperitoneal. A exploração cirúrgica
Assegure-se da permeabilidade da via aérea, da ventilação pode ser necessária para se diagnosticar a ruptura uterina.
e oxigenação adequadas e do volume circulatório efetivo. Na maioria dos casos de ruptura uterina ou de descolamento
Quando se torna necessário o suporte ventilatório, deve-se de placenta, a doente queixa-se de dor abdominal ou de
realizar a intubação e considerar a manutenção da PC02 cólicas. Sinais de hipovolemia podem estar presentes em
ideal para a idade gestacional da doente (aproximadamente ambas as situações acima mencionadas. Os batimentos
30 mmHg no final da gestação). cardíacos fetais podem ser ouvidos com um Doppler
A compressão da veia cava pelo útero pode reduzir o (gestação a partir da 1 0° semana). A monitoração fetal
retorno venoso ao coração, diminuindo o débito cardíaco e contínua com cardiotocografia deve ser feita após 20 a 24
agravando o choque. O útero deve ser deslocado semanas de gestação. As doentes que não apresentam
manualmente para a esquerda a fim de aliviar a pressão fatores de risco para perda fetal devem ficar com
sobre a veia cava inferior. Se a doente necessitar de monitoração contínua por 6 horas; aquelas com fatores de
imobilização em posição supina, ela ou a prancha risco para perda fetal ou descolamento da placenta devem
podem ser rodadas 15 a 30 graus, em bloco, para seu ser monitoradas por 24 horas. Os fatores de risco para
lado esquerdo e apoiadas com um estabilizador, perda fetal ou descolamento da placenta são: frequência
mantendo as precauções com a coluna e cardíaca materna > 1 10, evidência de descolamento de
descomprimindo a veia cava. placenta, frequência cardíaca fetal > 160 ou < 120, se foi
ejetada do veículo em uma colisão de automóvel,
ATENÇÃO!! Em virtude do aumento de seu volume atropelamento ou colisão de motocicleta.
intravascular, a gestante pode perder uma quantidade
significativa de seu volume circulante antes que ocorram ATENÇÃO! Poucas são as evidências a favor da cesárea
taquicardia, hipotensão e outros sinais de hipovolemia. perimortem em gestantes vítimas de trauma e que sofrem
Dessa maneira, o feto pode estar em sofrimento e a parada cardíaca por hipovolemia. Lembre, o sofrimento fetal
placenta privada de perfusão vital, enquanto as condições pode existir quando a mãe não tem alterações
da mãe e os sinais vitais parecem estar estáveis. hemodinâmicas e, à medida que progride, a instabilidade
A reanimação com cristaloides e a reposição precoce de materna compromete a sobrevida do feto. Quando a mãe
sangue tipo específico são indicadas para manter a apresenta parada cardíaca por hipovolemia, o feto já sofreu
hipervolemia fisiológica da gravidez. Vasopressores devem um prolongado período de hipóxia. Quando a parada
ser o último recurso para restaurar a pressão sanguínea cardíaca da mãe ocorre por outras causas, a cesárea
materna, pois sua ação reduz o fluxo sanguíneo uterino, perimortem pode ser ocasionalmente bem sucedida, desde
resultando em hipóxia fetal. que seja realizada dentro de 4 a 5 minutos após a parada
cardíaca.
Feto
O exame do abdome na gestante traumatizada reveste-se IMPORTANTE!
de importância crítica, pois a identificação rápida de lesões Durante a gestação ocorrem alterações anatômicas e
maternas graves e a determinação da viabilidade fetal fisiológicas importantes e previsíveis que podem influenciar
dependem de um exame bem conduzido. A principal causa a avaliação e o tratamento da doente grávida traumatizada.
de morte fetal é o choque materno e a morte da mãe. A Atenção deve também ser dada ao feto, o segundo doente
segunda causa de óbito fetal é o descolamento de placenta. dessa dupla peculiar, tão logo a mãe, seu "meio ambiente",
O descolamento de placenta pode ser sugerido por tenha sido estabilizada.
hemorragia vaginal (70% dos casos), dor à palpação uterina, A parede abdominal, miométrio uterino e o líquido amniótico
contrações uterinas frequentes, tetania uterina ou agem como ' amortecedor do trauma direto no feto em um
irritabilidade do útero (que se contrai quando tocado). Trinta trauma fechado. A medida que o útero gravídico aumenta de
por cento dos descolamentos de placenta após trauma tamanho, o restante das vísceras abdominais são
podem não exibir hemorragia vaginal. A ultrassonografia relativamente protegidas no trauma penetrante, enquanto a
uterina pode mostrar a lesão, porém o teste não é definitivo. probabilidade da lesão uterina aumenta.
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A reposição de líquidos e sangue deve ser adequada para um estado crítico e necessitam tratamento e transporte
corrigir e prevenir o choque hipovolêmico da mãe e do feto. imediato.
Avaliar e reanimar primeiro a mãe, a seguir avaliar o feto • Cor Amarela Significa segunda prioridade: São as vítimas
antes de conduzir a avaliação secundária da mãe. que apresentam sinais e sintomas que permitem adiar a
atenção e podem aguardar pelo transporte.
CUIDADO DE ENFERMAGEM EM URGÊNCIAS E • Cor Verde Significa terceira prioridade: São as vítimas que
EMERGÊNCIAS apresentam lesões menores ou sinais e sintomas que não
requerem atenção imediata.
SITUAÇÕES COM MULTIPLAS VÍTIMAS • Cor Preta Significa sem prioridade (morte clínica): São as
• MÉTODO START ( SIMPLES TRIAGEM E RÁPIDO vítimas que apresentam lesões obviamente mortais ou para
TRATAMENTO). identificação de cadáveres.
• Cor Vermelha -Significa primeira prioridade: São as
vítimas que apresentam sinais e sintomas que demonstram
Legenda:Irrecuperável: cor preta; Pode aguarda: cor verde; Crítico: cor vermelha; Urgente: cor amarela
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
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FRATURA ESPIRAL • É quando o traço de fratura encontra-se ao são capazes de produzir calor excessivo que danifica os
redor e através do osso. Estas fraturas são decorrentes de lesões tecidos corporais e acarreta a morte celular. As queimaduras
que ocorrem com uma torção. podem lesar a pele, os músculos, os vasos sanguíneos, os
FRATURA TRANSVERSA • É quando o traço de fratura atravessa
nervos e os ossos.
o osso numa linha mais ou menos reta.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Queimaduras são
FRATURA ABERTA OU EXPOSTA • São as fraturas em que os
ossos quebrados saem do lugar, rompendo a pele e deixando feridas traumáticas causadas, na maioria das vezes, por
exposta uma de suas partes, que pode ser produzida pelos próprios agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos.
fragmentos ósseos ou por objetos penetrantes. • Este tipo de fratura Atuam nos tecidos de revestimento do corpo humano,
pode causar infecções. determinando destruição parcial ou total da pele e seus
CUIDADOS GERAIS COM FRATURA anexos, podendo atingir camadas mais profundo como
Evite movimentar o local fraturado; tecido celular subcutâneo, músculos, tendões e ossos.
Se a fratura for em braço ,dedo ou perna, retire objetos que possam
Os principais agentes causais de queimaduras são: líquidos
interferir na circulação (relógio, anéis, calçados, etc.), devido ao
edema que ocorre no membro atingido.
superaquecidos; combustível; chama direta; superfície
Em caso de fratura exposta, há sangramento, podendo ser intenso superaquecida; eletricidade; agentes químicos; agentes
ou de pouco fluxo, proteja a área com um pano limpo e enrole com radioativos; radiação solar; frio; fogos de artifícios.
uma atadura no local do sangramento; As causas das queimaduras são: térmicas, químicas,
Evite comprimir o osso; elétricas e radiação.
Improvise uma tala. Utilize revistas, papelão, madeiras. Imobilize o Térmicas - por calor (fogo, vapores quentes, objetos
membro da maneira que se encontra, sem movimentá-lo; quentes) e por frio (objetos congelados, gelo).
Não fixe com tiras em cima da área fraturada, em função do edema
Químicas - inclui vários cáusticos, tais como substâncias
e também para observar a evolução e para não forçar o osso para
dentro, podendo romper vasos sanguíneos e causar intensa dor;
ácidas e álcalis;
Não tente recolocar o osso no lugar; Elétricas - materiais energizados e descargas atmosféricas;
Se suspeita de fratura no crânio ou coluna cervical, proteja a cabeça Substâncias radioativas - materiais radioativos e raios
da vítima de maneira que ela não possa realizar movimentos, não ultravioletas (incluindo a luz solar).
lateralize a cabeça e não eleve-a
Verificação de pulso, perfusão, motricidade e sensibilidade.(PPMS). As queimaduras constituem causa importante de morbidade
e mortalidade.
DICA!!
A observação dos princípios básicos de reanimação inicial,
RICE:
• R-REPOUSO;
em tempo apropriado, de medidas emergenciais simples
• I - ICE- GELO( 20 minutos 4xdia/ 48 a 72 h). minimizam a morbidade e a mortalidade dessas lesões.
• C- COMPRESSÃO (BANDAGEM). Esses princípios incluem a constante atenção para a
• E – ELEVÇÃO. possível presença de comprometimento da via aérea por
CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PACIENTES VÍTIMAS inalação de fumo (fumaça), identificação e tratamento de
DE QUEIMADURAS lesões mecânicas associadas e a manutenção da
normalidade hemodinâmica através da reanimação com
As queimaduras são lesões decorrentes de agentes (tais infusão de volume.
como a energia térmica, química ou elétrica) capazes de Deve-se estar alerta para as medidas a serem adotadas
produzir calor excessivo que danifica os tecidos corporais e com o intuito de evitar e tratar potenciais complicações das
acarreta a morte celular. Tais agravos podem ser lesões térmicas como a rabdomiólise e as arritmias
classificados como queimaduras de primeiro grau, de cardíacas, algumas vezes vistas em queimaduras elétricas.
segundo grau ou de terceiro grau. Outros princípios importantes do tratamento das lesões
térmicas são o controle da temperatura e a remoção do
Entre os órgãos atingidos pelas queimaduras, a pele é a doente do ambiente causador da lesão.
mais frequentemente afetada. Considerada o maior órgão do
corpo humano, a pele é a parte do organismo que recobre e ATENÇÃO! Queimaduras podem causar grande edema e,
resguarda a superfície corporal, tendo algumas funções, tais por isso, a via aérea superior está em risco de obstrução. Os
como controlar a perda de água e proteger o corpo contra sinais de obstrução podem ser inicialmente sutis até o
atritos. A pele desempenha também um papel importante na doente entrar em crise; portanto, a avaliação precoce da
manutenção da temperatura geral do corpo, devido à ação necessidade de intubação endotraqueal é essencial. Fatores
das glândulas sudoríparas e dos capilares sanguíneos nela que aumentam o risco de obstrução da via aérea são
encontrados. profundidade e extensão de queimaduras maiores,
A pele forma uma barreira protetora contra a atuação de queimaduras na cabeça e na face, lesões inalatórias e
agentes físicos, químicos ou bacterianos sobre os tecidos queimaduras no interior da boca. Queimaduras localizadas
mais profundos do organismo. Além disso, a pele é na face e na boca causam edema mais localizado e
composta por camadas que detectam as diferentes apresentam maior risco de comprometimento da via aérea.
sensações corporais, como o sentido do tato, a temperatura Por terem a via aérea menor, as crianças têm maior risco de
e a dor. problemas na via aérea.
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TRATAMENTO DA DOR
Instale acesso intravenoso e administre:
• Para adultos:
Dipirona = de 500mg a 1 grama em injeção endovenosa
(EV); ou
Morfina = 1ml (ou 10mg) diluído em 9ml de solução
fisiológica (SF) a 0,9%, considerando-se que cada 1ml é
igual a 1mg. Administre de 0,5 a 1mg para cada 10kg de
peso.
• Para crianças:
Dipirona = de 15 a 25mg/kg em EV; ou
Morfina = 10mg diluída em 9ml de SF a 0,9%, considerando-
se que cada 1ml é igual a 1mg. Administre de 0,5 a 1mg
para cada 10kg de peso.
Fórmula de Parkland = 2 a 4ml x % SCQ x peso (kg) • Extensão/profundidade maior do que 20% de SCQ em
adultos.
• 2 a 4ml/kg/% SCQ para crianças e adultos. • Extensão/profundidade maior do que 10% de SCQ em
• Idosos, portadores de insuficiência renal e de insuficiência crianças.
cardíaca congestiva (ICC) devem ter seu tratamento iniciado • Idade menor do que 3 anos ou maior do que 65 anos.
com 2 a 3ml/kg/%SCQ e necessitam de observação mais • Presença de lesão inalatória.
criteriosa quanto ao resultado da diurese. • Politrauma e doenças prévias associadas.
• Use preferencialmente soluções cristaloides (ringer com • Queimadura química.
lactato). • Trauma elétrico.
• Faça a infusão de 50% do volume calculado nas primeiras • Áreas nobres/especiais: Olhos, orelhas, face, pescoço,
8 horas e 50% nas 16 horas seguintes. mão, pé, região inguinal, grandes articulações (ombro, axila,
• Considere as horas a partir da hora da queimadura. cotovelo, punho, articulação coxofemural, joelho e tornozelo)
• Mantenha a diurese entre 0,5 a 1ml/kg/h. e órgãos genitais, bem como queimaduras profundas que
• No trauma elétrico, mantenha a diurese em torno de atinjam estruturas profundas como ossos, músculos, nervos
1,5ml/kg/hora ou até o clareamento da urina. e/ou vasos desvitalizados.
• Observe a glicemia nas crianças, nos diabéticos e sempre • Violência, maus-tratos, tentativa de autoextermínio
que necessário. (suicídio), entre outras.
• Na fase de hidratação (nas 24h iniciais), evite o uso de
coloide, diurético e drogas vasoativas. MEDIDAS GERAIS IMEDIATAS E TRATAMENTO DA
FERIDA
PROVA!! A reposição volêmica inicial do queimado • Limpe a ferida com água e clorexidina desgermante a 2%.
(Fórmula de Parkland) Na falta desta, use água e sabão neutro.
O doente queimado necessita de 2 a 4 mL de Ringer • Posicionamento: mantenha elevada a cabeceira da cama
lactato por kg de peso corporal por percentagem de do paciente, pescoço em hiperextensão e membros
ASC com queimadura de segundo e terceiro graus, nas superiores elevados e abduzidos, se houver lesão em
primeiras 24 horas, para manter um volume sanguíneo pilares axilares.
circulante adequado e produzir um débito urinário • Administre toxoide tetânico para profilaxia/ reforço
satisfatório. antitétano.
O volume de líquido estimado é então oferecido da seguinte • Administre bloqueador receptor de H2 para profilaxia da
maneira: metade do volume total estimado é administrada úlcera de estresse.
nas primeiras 8 horas após a queimadura. O restante deve • Administre heparina subcutânea para profilaxia do
ser administrado nas 16 horas seguintes. tromboembolismo.
Por exemplo: um homem de 100 Kg com 80% de ASC • Administre sulfadiazina de prata a 1% como antimicrobiano
queimada necessita de 2 a 4 x 80 x 100 = 16.000 a 32.000 tópico.
• Curativo exposto na face e no períneo.
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• Curativo oclusivo em quatro camadas: atadura de morim são preferíveis aos inferiores para o acesso venoso. Deve-
ou de tecido sintético (rayon) contendo o princípio ativo se iniciar a infusão com solução cristaloide isotônica,
(sulfadiazina de prata a 1%), gaze absorvente/gaze de preferencialmente com solução de Ringer lactato.
queimado, algodão hidrófilo e atadura de crepe.
• Restrinja o uso de antibiótico sistêmico profilático apenas TRAUMA ELÉTRICO
às queimaduras potencialmente colonizadas e com sinais de • Identifique se o trauma foi por fonte de alta tensão, por
infecção local ou sistêmica. Em outros casos, evite o uso. corrente alternada ou contínua e se houve passagem de
• Evite o uso indiscriminado de corticosteroides por qualquer corrente elétrica com ponto de entrada e saída.
via. • Avalie os traumas associados (queda de altura e outros
• As queimaduras circunferenciais em tórax podem traumas).
necessitar de escarotomia para melhorar a expansão da • Avalie se ocorreu perda de consciência ou parada
caixa torácica. cardiorrespiratória (PCR) no momento do acidente.
• Para escarotomia de tórax, realize incisão em linha axilar • Avalie a extensão da lesão e a passagem da corrente.
anterior unida à linha abaixo dos últimos arcos costais (veja • Faça a monitorização cardíaca contínua por 24h a 48h e
a figura 2). faça a coleta de sangue para a dosagem de enzimas (CPK e
• Para escarotomia de membros superiores e membros CKMB).
inferiores, realize incisões mediais e laterais (veja a figura 2). • Procure sempre internar o paciente que for vítima deste
• Habitualmente, não é necessária anestesia local para tais tipo de trauma.
procedimentos; porém, há necessidade de se proceder à • Avalie eventual mioglobinúria e estimule o aumento da
hemostasia. diurese com maior infusão de líquidos.
• Na passagem de corrente pela região do punho (abertura
do túnel do carpo), avalie o antebraço, o braço e os
membros inferiores e verifique a necessidade de
escarotomia com fasciotomia em tais segmentos.
QUEIMADURA QUÍMICA
• A equipe responsável pelo primeiro atendimento deve
utilizar proteção universal para evitar o contato com o agente
químico.
• Identifique o agente causador da queimadura: ácido, base
ou composto orgânico.
• Avalie a concentração, o volume e a duração de contato.
• Lembre que a lesão é progressiva, remova as roupas e
retire o excesso do agente causador.
• Remova previamente o excesso com escova ou panos em
caso de queimadura por substância em pó.
• Dilua a substância em água corrente por no mínimo 30
minutos e irrigue exaustivamente os olhos no caso de
queimaduras oculares.
• Interne o paciente e, na dúvida, entre em contato com o
centro toxicológico mais próximo.
ATENÇÃO! Síndrome compartimental também pode estar • Nas queimaduras por ácido fluorídrico com repercussão
presente com queimaduras circunferenciais de tórax e sistêmica, institua a aplicação por via endovenosa lenta de
abdome, causando aumento das pressões de pico soluções fisiológicas com mais 10ml de gluconato de cálcio
inspiratórias. Escarotomias torácicas e abdominais a 10% e acompanhe laboratorialmente a reposição do cálcio
realizadas abaixo das linhas axilares anteriores combinadas iônico.
com uma incisão na transição toracoabdominal geralmente • Aplique gluconato de cálcio a 2,5% na forma de gel sobre a
aliviam o problema. lesão, friccione a região afetada durante 20 minutos (para
atingir planos profundos) e monitore os sintomas dolorosos.
Qualquer doente com queimaduras que acometem mais de • Caso não haja melhora, infiltre o subcutâneo da área da
20% da superfície corporal necessita de reposição de lesão com gluconato de cálcio diluído em soro fisiológico a
volume. Após estabelecer a permeabilidade da via aérea e 0,9%, na média de 0,5ml por centímetro quadrado de lesão,
identificar e tratar as lesões que implicam risco iminente de com o uso de agulha fina de 0,5cm, da borda da queimadura
vida, devem ser providenciados acessos venosos. Para com direção ao centro (assepsia normal).
tanto, devem-se estabelecer imediatamente acessos • Nos casos associados à dificuldade respiratória, poderá ser
venosos com cateter de grosso calibre (no mínimo 16 G) necessária a intubação endotraqueal.
introduzido em veia periférica. Se a extensão da queimadura
não permitir a introdução do cateter através de pele íntegra,
isso não deve impedir a punção de veia acessível através da
pele queimada. Tendo em vista a alta incidência de flebites e
flebites sépticas nas veias safenas, os membros superiores
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-Pacientes que estão acordados e falando são espontânea pode proporcionar uma indicação indireta
suscetíveis de ter os reflexos da via aérea íntegros, mas da capacidade do paciente de proteger a via aérea. Se
devem ser rigorosamente monitorados, porque a piora houver qualquer dúvida, é melhor realizar entubação
da intoxicação pode resultar em uma rápida perda de endotraqueal.
controle da via aérea.
-Em paciente letárgico: a resposta à estimulação da
nasofaringe ou a presença de um reflexo de tosse
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2)Abordagem secundária
O diagnóstico e o tratamento da intoxicação frequentemente devem ser realizados, sem os resultados de exames toxicológicos
extensos. Felizmente, na maioria dos casos, o diagnóstico pode ser feito utilizando-se cuidadosamente os dados recolhidos a
partir da história, exame físico direcionado e de testes de laboratório comumente disponíveis.
História: embora frequentemente pouco confiável ou incompletos, a história de ingestão pode ser muito útil se obtida de maneira
cuidadosa.
-Perguntar ao paciente sobre todos os medicamentos tomados, como aqueles isentos de prescrição, os fitoterápicos e as
vitaminas.
-Perguntar aos membros da família, amigos e equipe paramédica sobre qualquer medicamento prescrito ou isento de prescrição.
-Obter quaisquer medicamentos disponíveis para exame posterior, mas deve-se manuseá-los com muito cuidado para evitar
intoxicação por contato com a pele ou contato inadvertido.
-Verificar com a farmácia onde os medicamentos encontrados com o paciente foram obtidos para determinar se outros
medicamentos prescritos foram obtidos no mesmo local.
3)Descontaminação
◼ Inalatória → geralmente indica-se nebulização
◼ Ocular → indica-se lavar os olhos com água em abundância
◼ Cutâneo-mucosa → retirar roupas do paciente e dar banho
◼ Digestiva:
-indução de vômitos (ATENÇÃO! Emêse → Contraindicado! Xarope de ipeca não é mais recomendado!)
-lavagem gástrica:
INDICAÇÃO: Toxicidade sistêmica alta da substância
• 5-10 ml/Kg de SF 0,9%, máximo 250 ml por vez
• Maior efeito até entre 30 a 60 minutos após acidente
• Atentar para a proteção de vias aéreas
• Maior risco de aspiração na criança
CONTRA-INDICAÇÕES:
◼ Ácidos e bases fortes
◼ Varizes de esôfago
◼ Cirurgia recente de TGI
◼ Corrosivos
◼ Hidrocarbonetos
◼ ECG < 8, sem proteção de vias aéreas
4)Redução da absorção
◼ Carvão ativado
◼ Dose de ataque: Criança: 1g/Kg ; Adulto: 50 a 30g de carvão em 200ml SF0,9%
◼ Doses seriadas: Criança: 0,5g/Kg; Adulto: 25g em 100ml SF0,9% (4/4 ou 6/6h, conforme prescrição médica por 48 horas)
Contraindicação ao uso de carvão ativado
◼ Substâncias pouco adsorvidas
◼ Ácidos e bases fortes
◼ Corrosivos
◼ Hidrocarbonetos
◼ Antídotos orais
5) Uso de antídotos
6)Tratamento específico (Diurese forçada, Alcalinização, Hemodiálise)
SÍNDROMES TÓXICAS; Alguns autores caracterizam as síndromes tóxicas como conjunto de sinais e sintomas agrupados e de
forma consistente que quando identificados ajudam os profissionais a estabelecer um diagnóstico diferencial e orientar na indução
de terapias definitivas.
SÍNDROMES QUADRO CLÍNICO CAUSAS
Anticolinérgicas Boca seca, pele seca, rubor facial, midríase, íleo paralítico, Anti-histaminícos, atropina,
desorientação, hipertermia, retenção urinária, visão turva, alucinações, escopolamina, antidepressivos
convulsão, coma e taquicardia tricíclicos, vegetais beladona.
Colinérgica Lacrimejamento, sialorreia, miose, sudorese, broncorreia, incontinência Carbamatos, fosfatos, fisostigmina e
fecal, vômito, bradicardia, tremores, diarreia alguns cogumelos.
Simpaticomimética Ansiedade, vômitos, taquicardia, tremores, convulsão, midríase, Cocaína, teofilina, anfetamina
sudorese
Extrapiramidal Coréia, atetose, hiperreflexia, hipertonia, trismo, rigidez, tremores, Haloperidol
opistótono
Narcótica Depressão respiratória, coma, miose, bradicardia, hipotermia Heroína, Codeína, Morfina
Hipnótico-sedativa Confusão, estupor, depressão respiratória, delirium, letargia, disartria, Benzodiazepínicos, anticonvulsivante,
hipotermia, parestesia, dipoplia, visão turva, lentificação da fala, antipsicótico, barbitúricos, etanol,
nistagmo fentanil
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RECONHECIMENTO CONDUTA
• Relato da vítima; • Manter vítima em repouso;
• Marca da picada; • Lave a ferida com água e sabão;
• Dor o local; • Não se deve amarra ou fazer torniquete;
• Hematoma, inchaço; • Não cotar o local da ferida;
• Queda das pálpebras; • Dê bastante liquido a vítima;
• Dificuldade respiratória; • Transporte urgente para o hospital mais próximo ou se possível
• Diminuição do nível consciência; de referência.
• Choque anafilático.
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ESCORPIONISMO
De caráter predominantemente urbano, o escorpionismo tem se elevado, particularmente nos estados das regiões Nordeste e
Sudeste. Na época de calor e chuvas, período de maior atividade dos escorpiões, há um incremento no número de acidentes.
A maioria dos casos tem evolução benigna. Casos graves e óbitos são mais frequentes em crianças menores de 10 anos,
principalmente quando causados pela espécie T. serrulatus.
O envenenamento é causado pela inoculação de toxinas, por intermédio do aparelho inoculador (ferrão) de escorpiões, podendo
determinar alterações locais e sistêmicas.
Agentes causais
Os escorpiões de importância médica no Brasil pertencem ao gênero Tityus, com quatro espécies principais:
• T. serrulatus (escorpião-amarelo);
• T. bahiensis (escorpião-marrom);
• T. stigmurus (escorpião-amarelo do Nordeste); e
• T. obscurus (escorpião-preto da Amazônia).
Podem ser encontrados em áreas secas, biotas úmidos, áreas costeiras e regiões urbanas. O hábito noturno é registrado para a
maioria das espécies. Dentro do domicílio, podem se esconder em armários, calçados ou sob peças de roupas deixadas no chão,
aumentando o risco de acidentes.
São animais carnívoros e alimentam-se principalmente de insetos, como grilos e baratas. Seus predadores incluem lacraias,
aranhas, formigas, lagartos, serpentes, sapos, aves e alguns mamíferos.
Manifestações clínicas
• Manifestações locais – a dor (instalação imediata em praticamente todos os casos) é o principal sintoma, podendo se irradiar
para o membro e ser acompanhada de parestesia, eritema e sudorese local. Em geral, o quadro mais intenso de dor ocorre nas
primeiras horas após o acidente.
• Manifestações sistêmicas – após intervalo de minutos até poucas horas (duas a três) podem surgir, principalmente em crianças,
os seguintes sintomas: sudorese profusa, agitação psicomotora, tremores, náuseas, vômitos, sialorreia, hipertensão ou hipotensão
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arterial, arritmia cardíaca, insuficiência cardíaca congestiva, edema pulmonar agudo e choque. A presença dessas manifestações
indica a suspeita do diagnóstico de escorpionismo, mesmo na ausência de história de picada ou identificação do animal.
Apesar de a intensidade das manifestações clínicas depender da quantidade de veneno inoculada, os adultos apresentam quadro
local benigno, enquanto crianças constituem o grupo mais suscetível ao envenenamento sistêmico grave.
Diagnóstico
É eminentemente clínico-epidemiológico, não sendo empregado exame laboratorial de rotina para confirmação do tipo de veneno
circulante. Alguns exames complementares são úteis para auxílio no diagnóstico e acompanhamento de pacientes com
manifestações sistêmicas (Quadro 2).
Quadro 2 – Exames complementares para o diagnóstico e acompanhamento de vítimas de escorpionismo com manifestações
sistêmicas.
Exame Alterações
Eletrocardiograma Taqui ou bradicardia sinusal, extrassístoles ventriculares, distúrbios na repolarização ventricular,
presença de ondas U proeminentes, alterações semelhantes às observadas no infarto agudo do
miocárdio e bloqueio na condução ventricular
Radiografia de tórax Aumento da área cardíaca e sinais de edema pulmonar agudo
Ecocardiografia Hipocinesia do septo interventricular e de parede, às vezes associada a regurgitação mitral
Bioquímicos Creatinofosfoquinase (CPK) e sua fração MB elevadas, hiperglicemia, hiperamilasemia,
hipopotassemia e hiponatremia
Diagnóstico diferencial
Quando não há histórico de picada e/ou identificação do agente causal, o diagnóstico diferencial deve ser feito com acidente por
aranha do gênero Phoneutria (aranha-armadeira), que provoca quadro local e sistêmico semelhante ao do escorpionismo.
Tratamento
Na maioria dos casos, onde há somente quadro local, o tratamento é sintomático e consiste no alívio da dor por infiltração de
anestésico sem vasoconstritor, como lidocaína 2%, ou analgésico sistêmico, como dipirona 10mg/kg.
O tratamento específico consiste na administração do soro antiescorpiônico (SAEsc) ou soro antiaracnídico (Loxosceles,
Phoneutria, Tityus) (SAA) aos pacientes clinicamente classificados como moderados ou graves (Quadro 3). Em acidentes
escorpiônicos, deve-se utilizar prioritariamente o SAEsc. O SAA é indicado em casos de impossibilidade de diferenciação entre os
acidentes com aranhas do gênero Phoneutria e escorpiões do gênero Tityus, ou em situação de falta do SAEsc.
Quadro 3 – Número de ampolas de soro antiescorpiônico ou antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria, Tityus) específico de acordo
com a gravidade do acidente.
Antivenenos Gravidade Nº de ampolas
Acidente Leve: dor e parestesia locaisc −
Escorpiônico Moderado: dor local intensa associada a uma ou mais 2a3
manifestações (náuseas, vômitos, sudorese, sialorreia, agitação,
taquipneia e taquicardia)
SAEsca ou SAAb Grave: além das manifestações clínicas citadas na forma 4a6
moderada, há presença de uma ou mais das seguintes
manifestações: vômitos profusos e incoercíveis, sudorese
profusa, sialorreia intensa, prostração, convulsão, coma,
bradicardia, insuficiência cardíaca, edema pulmonar agudo e
choque
Fonte: Adaptado do Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos (2001).
aSAEsc = Soro antiescorpiônico.
bSAA = Soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria, Tityus).
cTempo de observação das crianças picadas: 6 a 12 horas.
No escorpionismo, o tempo entre o acidente e o início de manifestações sistêmicas graves é relativamente mais curto do que nos
acidentes ofídicos. Desse modo, em especial quanto às crianças, o diagnóstico e o tratamento oportunos são cruciais na reversão
do quadro de envenenamento, sendo o suporte às condições vitais do acidentado indispensáveis para o sucesso do tratamento.
Devido à natureza heteróloga, a administração dos antivenenos pode causar reações adversas precoces ou tardias. No entanto,
testes de sensibilidade cutânea não são recomendados, pois, além de terem baixo valor preditivo, retardam o início da
soroterapia.
ARANEÍSMO
Os acidentes por Loxosceles ocorrem com maior frequência nos meses de outubro a março, com sazonalidade semelhante à dos
acidentes ofídicos e escorpiônicos.
O maior número de acidentes fonêutricos é registrado de janeiro a maio, sendo que a região Sul do país concentra a maioria das
notificações.
O latrodectismo é de baixa incidência. Os estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Pernambuco apresentam o maior número
de notificações.
Envenenamento causado pela inoculação de toxinas, por intermédio do aparelho inoculador (quelíceras) de aranhas, podendo
determinar alterações locais e sistêmicas.
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Agentes causais
As aranhas de interesse médico no Brasil são representadas pelos gêneros:
• Loxosceles (aranha-marrom) – podem atingir 1cm de corpo e até 4cm de envergadura de pernas. Constroem teias irregulares
em fendas de barrancos, sob cascas de árvores, telhas e tijolos, atrás de quadros e móveis e em vestimentas, geralmente ao
abrigo da luz. Não são agressivas e picam, em especial, quando comprimidas contra o corpo. As principais causadoras de
acidentes são: L. intermedia, L. laeta e L. gaucho.
• Phoneutria (aranha-armadeira, aranha-macaca, aranha-da-banana) – atingem 3 a 4cm de corpo e até 15cm de envergadura de
pernas. Não constroem teia geométrica e são de hábito predominantemente noturno. Os acidentes ocorrem, frequentemente,
dentro das residências, ao se calçar sapatos e botas ou manusear materiais de construção, entulho ou lenha. No Brasil, ocorrem
as espécies: P. nigriventer, P. bahiensis, P. keyserlingi, P. fera, P. reidyi, P. boliviensis, P. pertyi e P. eickstedtae.
• Latrodectus (viúva-negra) – constroem teias irregulares entre vegetações arbustivas e gramíneas, podendo apresentar hábitos
domiciliares e peridomiciliares. Somente as fêmeas, que apresentam corpo de 1cm de comprimento e até 3cm de envergadura de
pernas, são causadoras de acidentes, que ocorrem normalmente quando são comprimidas contra o corpo. No Brasil, até o
momento são conhecidas duas espécies: L. geometricus e L. curacaviensis (ou L. gr. mactans).
Outras aranhas comuns no peridomicílio, como as representantes da família Lycosidae (aranha-de- -grama, aranha-de-jardim) e
as caranguejeiras, não representam um problema de saúde pública. Eventualmente podem ocasionar acidente com picada
dolorosa, porém sem potencial de repercussão sistêmica de importância.
Manifestações clínicas
Loxoscelismo
• Manifestações locais – picada, usualmente pouco dolorosa, que pode não ser percebida. Após algumas horas: dor, eritema e
edema na região da picada; equimose central e áreas de palidez (placa marmórea). Eventualmente, bolhas com conteúdo sero-
hemorrágico; área endurecida à palpação. A lesão cutânea pode evoluir para necrose seca e úlcera.
• Manifestações sistêmicas – queixas inespecíficas (mal-estar, cefaleia, febre, exantema). A presença de hemólise intravascular
caracteriza a chamada forma cutâneo-hemolítica (cutâneo-visceral) do loxoscelismo, observada na minoria dos casos, em geral
nas primeiras 72 horas após a picada. Os casos graves podem evoluir para insuficiência renal aguda.
Foneutrismo
• Manifestações locais – dor irradiada e de início imediato (sintoma mais característico), que pode ser bastante intensa nas
primeiras 3 a 4 horas após a picada; o quadro pode ser acompanhado por edema e sudorese no local e parestesia ao longo do
membro. As marcas dos pontos de inoculação podem ou não serem visualizadas.
• Manifestações sistêmicas – associados ao quadro local, os pacientes podem apresentar taquicardia, hipertensão arterial,
agitação psicomotora e vômitos. Crianças podem apresentar manifestações graves, como sudorese profusa, sialorreia, priapismo,
hipotensão, choque e edema pulmonar agudo, que ocasionalmente podem evoluir para óbito.
Latrodectismo
• Manifestações locais – dor local de pequena intensidade, que evolui com sensação de queimação; pápula eritematosa e
sudorese localizada.
• Manifestações sistêmicas – são frequentemente alterações motoras (dor irradiada; contrações espasmódicas dos membros
inferiores; contraturas musculares intermitentes; tremores; dor com rigidez abdominal, que pode simular abdome agudo) e fácies
latrodectísmica (contratura facial e trismo dos masseteres). Manifestações menos frequentes: opressão precordial, taquicardia e
hipertensão arterial, náuseas, vômitos, sialorreia e priapismo.
Diagnóstico
É eminentemente clínico-epidemiológico, não sendo empregado na rotina hospitalar exame laboratorial para confirmação do tipo
de veneno circulante.
Na forma cutâneo-hemolítica, as alterações laboratoriais podem ser subclínicas, com anemia aguda e hiperbilirrubinemia indireta.
Elevação dos níveis séricos de ureia e creatinina é observada somente quando há insuficiência renal aguda.
No latrodectismo, as alterações laboratoriais são inespecíficas. São descritos distúrbios hematológicos (leucocitose, linfopenia),
bioquímicos (hiperglicemia, hiperfosfatemia), do sedimento urinário (albuminúria, hematúria, leucocitúria) e eletrocardiográficos
(fibrilação atrial, bloqueios, diminuição de amplitude do QRS e da onda T, inversão da onda T, alterações do segmento ST e
prolongamento do intervalo QT).
As alterações laboratoriais do foneutrismo são semelhantes às do escorpionismo, notadamente aquelas decorrentes de
comprometimento cardiovascular.
Diagnóstico diferencial
Os quadros de dor local observados nos acidentes por aranha Phoneutria e escorpiônicos são indistinguíveis. Nesses casos,
mesmo que o agente não seja identificado, é realizado o tratamento sintomático e, se houver indicação de soroterapia, deve ser
utilizado o SAA.
TRATAMENTO
Loxoscelismo O tratamento soroterápico é indicado em pacientes classificados clinicamente como moderados ou graves (Quadro
4).
A administração dos antivenenos deve ser feita por via intravenosa, conforme descrito para os soros antiofídicos, devendo ser
tomado cuidados perante a possibilidade de ocorrência de reações adversas.
A limitação ao uso de antiveneno se deve ao diagnóstico tardio, muitas vezes realizado já com a necrose cutânea delimitada.
Nesse caso, medidas de suporte, como uso de antissépticos, lavagem com permanganato de potássio (KMnO4 ) 1:40.000 (1
comprimido em 4 litros de água) e curativos são recomendados até ser realizada a remoção da escara. Pode ser necessário
tratamento cirúrgico para o manejo da úlcera e correção da cicatriz.
Foneutrismo
Tratamento sintomático: compressa morna no local da picada e analgésico sistêmico; infiltração anestésica local ou troncular sem
vasoconstritor, como lidocaína 2%. Havendo recorrência da dor, pode ser necessária nova infiltração, em geral, em intervalos de
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60 minutos. Caso não haja resposta satisfatória ao anestésico, recomenda-se o uso de meperidina 50-100mg para adultos ou
1mg/kg para crianças, por via intramuscular. A soroterapia tem indicação restrita, conforme a gravidade do acidente, sendo
utilizado o SAA (Quadro 4).
Latrodectismo
Tratamento sintomático e de suporte:
• antissepsia local;
• aplicação de gelo, inicialmente, ou compressa de água morna, posteriormente, no local da picada;
• benzodiazepínicos do tipo Diazepan: 5 a 10mg para adultos e 1 a 2mg/dose para crianças, intravenoso, de 4 em 4 horas, se
necessário;
• gluconato de cálcio 10%: 10 a 20mL para adultos e 1mg/kg para crianças, intravenoso lentamente, de 4 em 4 horas, se
necessário;
• clorpromazina: 25 a 50mg para adultos e 0,55mg/kg/dose para crianças, intravenoso, de 8 em 8 horas, se necessário;
• analgésicos, se necessário;
• outros medicamentos: morfina, prostigmina, fenobarbital e fenitoína;
• observação mínima por 24 horas
Quadro 4 – Número de ampolas de soro antiaracnídico (Phoneutria, Loxosceles e Tityus) ou antiloxoscélico indicado para cada
tipo e gravidade do acidente.
Acidentes Antivenenos Gravidade Nº de ampolas
Fonêutrico SAAa Leve: dor local, edema, eritema, sudorese, piloereção −
Moderado: dor local intensa, sudorese, vômitos ocasionais, agitação 2a4
psicomotora, hipertensão arterial
Grave: sudorese profusa, sialorreia, vômitos profusos, priapismo, choque, 5 a 10
edema pulmonar agudo
Loxoscélico SALoxb ou Leve: aranha identificada, lesão incaracterística, ausência de −
SAA comprometimento sistêmico
Moderado: independentemente da identificação do agente, lesão sugestiva ou 5c
característica, manifestações sistêmicas inespecíficas (exantema, febre),
ausência de hemólise
Grave: lesão característica, manifestações clínicas e/ou evidências 10c
laboratoriais de hemólise intravascular
Fonte: Adaptado do Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos (2001).
a SAA = Soro antiaracnídico (Phoneutria, Loxosceles e Tityus).
bSALox = Soro antiloxoscélico (trivalente).
c Recomenda-se a associação com prednisona: em adultos, 40 mg/dia; e em crianças, 1 mg/kg/dia, durante 5 dias.
Em acidentes loxoscélicos, deve-se utilizar prioritariamente o soro antiloxoscélico (trivalente) (SALox). O SAA é indicado em
situação de falta do SALox.
Devido à natureza heteróloga, a administração dos antivenenos pode causar reações adversas precoces ou tardias. No entanto,
testes de sensibilidade cutânea não são recomendados, pois, além de terem baixo valor preditivo, retardam o início da
soroterapia.
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PACIENTE CRÍTICO
“Os únicos limites de sua mente são aqueles que você acredita ter.”
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Choque cardiogênico: ocorre quando a capacidade do Fazer reposição volêmica com cristalóides e uso drogas
coração em bombear o sangue está comprometida, não vasoativas (Dopamina ou Noradrenalina), ambos para
suprindo a necessidade desejada pelo organismo. Há a melhorar PA e perfusão;
falência da “bomba cardíaca”. Essa condição é uma Controlar temperatura com antitérmicos;
emergência médica, que é fatal se não for tratada Posição de fowler é adequada.
imediatamente.
Infarto Agudo do Miocárdio – IAM e Insuficiência Cardíaca MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Congestiva – ICC são as principais causas de Choque No Choque séptico a fase inicial 1 é chamada de
Cardiogênico; HIPERDINÂMICA (QUENTE), fase em que há aumento da
Dobutamina é a droga de escolha para reversão do produção de leucócitos (Leucocitose), febre (≥37,8◦C) e
Choque Cardiogênico por ICC; Nitroglicerina já está mais taquicardia;
adequada para compensação do Choque Cardiogênico por É seguida pela HIPODINÂMICA (FRIA) ou fase 2, momento
IAM. em que há baixa de leucócitos (Leucopenia), hipotermia
(≤35,6◦C), cianose de extremidades.
CHOQUE DISTRIBUTIVO
Ocorre quando o contingente sanguíneo acumula-se na CHOQUE NEUROGÊNICO: é o choque que decorre da
periferia circulatória o que leva a VASODILATAÇÃO redução do tônus vasomotor normal por distúrbio da função
periférica e isso por sua vez resulta em má distribuição nervosa. Este choque pode ser causado, por exemplo, por
sanguínea, má perfusão de órgãos e tecidos sequenciando transecção da medula espinhal ou pelo uso de
em choque circulatório, distributivo ou vasogênico. medicamentos, como bloqueadores ganglionares ou
depressores do sistema nervoso central.
Principal causa por lesão de medula espinal ou Trauma
Crânio Encefálico grave – TCE, há desequilíbrio entre o
sistema nervoso parassimpático e simpático, predominando
o parassimpático, que leva a vasodilatação sistêmica;
A ação PARASSINPÁTICA atua fazendo acontecer
bradicardia, bradipnéia, pele quente e seca.
CAUSAS:
• lesão da medula espinhal;
• Anestesia espinhal;
CHOQUE SÉPTICO • Lesão do sistema nervoso;
• É uma infecção generalizada que acontece quando as • Efeito depressor de medicamentos;
bactérias de uma infecção local, como uma ferida na pele, • Uso de drogas e ainda estados hipoglicemiantes
chegam à corrente sanguínea e atingem todo o corpo. Manifestações Clínicas:
Originado por uma Síndrome da Resposta Inflamatória •Pele seca e quente;
Sistêmica – SIRS (localizada) que evolui para SEPSE •Hipotensão;
(infecção generalizada) e assim distribui-se levando a má •Bradicardia
perfusão, queda abrupta de Pressão Arterial e choque;
Está entre os maiores índices de mortalidade das UTIs. CHOQUE ANAFILÁTICO
Coletar culturas (Hemocultura pareada, urocultura e se • A anafilaxia ou reação anafilática é uma reação alérgica
possível secreção traqueal) são passos primários ao melhor grave e potencialmente fatal.
tratamento; Acontece devido a uma reação de Hipersensibilidade
Iniciar Antibioticoterapia de largo espectro na primeira hora; aguda a um agente antígeno, levando a uma Insuficiência
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Respiratória Aguda (IRpA), edemas generalizados mental e perda da consciência; • Pode haver parada
principalmente na glote; Administrar oxigenoterpia; cardíaca.
Adrenalina ou Epinefrina são ótimas escolhas na
emergência, vias Inalatória, IM ou SC; Corticóides CHOQUE OBSTRUTIVO
sistêmicos são bem utilizados, via EV; • Resulta de um bloqueio mecânico ao fluxo sanguíneo na
Manter cabeceira elevada; circulação pulmonar ou sistêmica. A embolia pulmonar pode
Deixar material de intubação em pronto atendimento ser um exemplo.
Ocasionado por compressão ou obstrução do sistema
CAUSAS circulatório nos grandes vasos; Tamponamento Cardíaco
• alimentos e aditivos alimentares; • picadas e mordidas de evidenciado pela Tríade de Back (Hipotensão, Abafamento
insetos; • agentes usados na imunoterapia; • drogas como a de Bulhas Cardíacas e Turgência/Distensão Julgular) e;
penicilina; • drogas usadas como anestésicos locais Pneumotórax Hipertensivo evidenciado por desvio de
(benzocaína e lidocaína); • vacinas como o soro antitetânico; traquéia contralateral, hipoxemia abrupta vista na oximetria
• poeiras e substâncias presentes no ar (casos raros). de pulso, ausculta pulmonar abolida e hipertimpanismo
ipsilateral (do mesmo lado), além de taquicardia, são as
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS duas principais causas deste choque;
• Sensação de desmaio; • Pulso rápido; • Dificuldade TEP (Trombo Embolismo Pulmonar) também está entre
respiratória; • Náuseas e vômito; • Dor de estômago • causas de Choque Obstrutivo;
Inchaço nos lábios, língua ou garganta (edema de • glote); • Posição de fowler recomendada.
Urticária; • Pele pálida, fria e úmida; • Tonteira, confusão
RESUMINDO...
O estudo dos distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-basicos é de grande importância clínica. São distúrbios frequentes e muitas
vezes determinantes prognósticos para a doença do paciente,
-ATENÇÃO AO QUADRO!!
ELETRÓLITO FÓRMULA ELEVAÇÃO REDUÇÃO VALOR DE
IÔNICA REFERÊNCIA
Sódio Na+ Hipernatremia Hiponatremia 135-145mmol/L
Potássio K+ Hiperpotassemia/ Hipopotassemia/Hipocalemia 3,5-5,5mmol/L
Hipercalemia
Cálcio Ca2+ Hipercalcemia Hipocalcemia 8,5-10,2mg/dL
Magnésio Mg2+ Hipermagnesemia Hipomagnesemia 1,7-2,6mg/dL
Cloro Cl- Hipercloremia Hipocloremia 98-107mmol/L
Fosfato PO43- Hiperfosfatemia Hipofosfatemia 2,5-4,5mg/dL
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Alterações Eletrolíticas:
Sódio O Na é o íon mais importante do meio extracelular
Hiponatremia: Diarréia, vômitos, queimadura, uso de Hipernatremia: Deficiência de ADH, diurético osmótico
diuréticos Sinais e Sintomas: Manifestações neurológicas
Sinais e Sintomas: Mucosa seca, cefaléia, diminuição da inquietação, edema, hipotensão postural, fraqueza
PA Turgor diminuído Se redução rápida: edema cerebral. muscular e sede.
Tratamento: Reposição de de sódio Tratamento: Reduzir o Na, SG 5%
Magnésico (Mg) Indispensável para as atividades enzimáticas e neuroquímicas, assim como para a excitabilidade dos músculos.
Hipomagnesemia: Desnutrição, queimadura, sepse, Hipermagnesia: uso de laxantes
alcoolismo, pancreatite Sinais e sintomas: Depressor do SNC, náuseas,
Sinais e sintomas: Anorexia, náuseas, vômito, sedação, hipoventilação, acidose respiratória, reduz
parestesia, cãimbras musculares, irritabilidade, tremor, reflexos tendinosos, fraqueza muscular, hipotensão,
ataxia e convulsões. vasodilatação, Parada respiratória
Tratamento: Dieta rica em Mg, administração de Mg IV ou Tratamento: Suspender o Mg Infusão de Cálcio
oral (diarréia) (antagonista) e Hemodiálise
GASOMENTRIA ARTERIAL 2. Renal => Objetiva reabsorver o HCO3 dos túbulos renais
A avaliação do estado ácido-básico do sangue é feita na e secretar hidrogênio na urina, de modo que o pH sanguíneo
grande maioria dos doentes que são atendidos em uti, seja ideal (7,4) e a urina seja ácida (pH 4,6 – 6).
qualquer que seja a doença de base; essa avaliação é A gasometria é o estudo dos gases do sangue da arterial
fundamental, pois, além dos desvios do equilíbrio ácido-base para avaliação do equilíbrio ácido-básico e da troca gasosa.
(eab) propriamente dito, pode fornecer dados sobre a função O sangue arterial é colhido principalmente através de
respiratória e sobre as condições de perfusão tecidual. punção das artérias radial, pediosa, braquial ou femoral. O
O pH (Potencial Hidrogeniônico) é o parâmetro utilizado para teste de Allen deve ser realizado antes da punção na artéria
quantificar o equilíbrio entre a produção de ácidos e bases. radial para avaliar a circulação colateral ulnar.
O pH varia de 0 à 14, sendo 7 o pH neutro, 7 básico ou
alcalino. No nosso sangue, embora o metabolismo celular TÉCNICA DE CATETERIZAÇÃO DA ARTÉRIA RADIAL
produza radicais H+ constantemente, o bicarbonato (HCO3), Realizar o teste de Allen: comprimir, simultaneamente, a
principal sistema tampão, é responsável por manter o pH artérias radial e ulnar com os polegares. Estimular o
levemente alcalinizado. O pH ótimo do sangue é 7,4 (7,35- paciente para abrir e fechar a mão repetidamente. Em
7,45), a manutenção deste equilíbrio é vital para todas as seguida, pedir ao paciente para relaxar a mão. Enquanto
reações enzimáticas e bioquímicas do sangue, pequenas exercer compressão sobre a artéria radial, soltar a artéria
variações para mais ou para menos são potencialmente ulnar e observar a coloração da mão. Quando a circulação
fatais. colateral par meio da artéria ulnar está adequada, a mão
Para manter a homeostase ácido básica, rins e pulmões recupera a coloração em 5 a 10 segundos.
trabalham juntos da seguinte maneira:
1. Mecanismo Pulmonar=> Objetiva regular o nível de Gas ACIDOSE (PH < 7,35) ALCALOSE (PH < 7,45)
Carbônico no sangue (paCO2), uma vez que o acúmulo de A acidose pode ser do tipo: A alcalose pode ser do tipo:
CO@ provoca acidose e a perda excessiva deste gás causa respiratória (paCO2> 45mmHg) respiratória (paCO2< 45mmhg)
alcalose. CO2 + H2O = H2CO3 (ácido carbônico) metabólica (HCO3- < 22meq/l) metabólica (HCO3- > 22meq/l).
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AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
ESCALA DE CINCINNATI
É uma escala de avaliação usada para diagnosticar a presença de um Acidente Vascular Encefálico-Cerebral (AVE-C) utilizada
no atendimento pré-hospitalar.
• A Escala Pré-hospitalar para AVC de Cincinnati avalia três achados físicos em menos de um minuto: a queda facial, a debilidade
dos braços e a fala anormal. Sua resposta é eficaz cerca de 72% em um único item positivo, caso seja os três seu percentual
chega a quase 90%
• No acidente vascular hemorrágico existe hemorragia sentido, com grande dificuldade para compreensão da
(sangramento) local, com outros fatores complicadores tais linguagem. Familiares e amigos podem descrever ao médico
como aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) este sintoma como um ataque de confusão ou estresse.
cerebral, entre outros.
PRESSÃO INTRACRANIANA
Há duas formas dessas hemorragias:
• Sub-aracnóide - um vaso da superfície se rompe, A assistência de enfermagem é de vital importância na
derramando sangue no espaço entre o cérebro e o crânio. A monitorização neurológica, pois está envolvida desde o
causa mais comum é o rompimento de um aneurisma, as preparo do material e do paciente até a manutenção
dilatações nas artérias que ficam cheias de sangue como adequada desta monitorização, bem como a prevenção de
um balão. Em geral o gatilho para esse estouro é a pressão complicações.
alta. A pressão intracraniana é exercida pelo volume combinado
• Hemorragia intra-cerebral - o derramamento de sangue é dos três componentes intracranianos (TEORIA DE MONRO-
no meio da massa cinzenta, normalmente por causa do KELLIE).
envelhecimento dos vasos ou da hipertensão crônica. Componente parenquimatoso: constituído pelas
estruturas encefálicas (tecido ou massa encefálico).
Fatores de Risco do AVC Componente liquórico: constituído pelo líquido
• Pressão Arterial cefalorraquidiano (LCR) das cavidades ventriculares e do
• Diabetes : a doença lesa a parede dos vasos, facilitando a espaço subaracnoide (líquido cerebroespinhal).
formação de placas Componente vascular: caracterizado pelo sangue
• Colesterol alto - conhecido formador de placas circulante.
• Sedentarismo A teoria de Monro-Kellie afirma que o volume intracraniano é
• Obesidade igual ao volume encefálico mais o volume do sangue
• Problemas cardíacos - A fibrilação atrial, por exemplo, gera cerebral acrescido do volume do líquido cefalorraquidiano
um descompasso nas batidas do coração que pode (LCR). Qualquer alteração no volume de algum destes
favorecer a formação de coágulos. Soltos na corrente componentes, bem como adição de uma lesão, pode levar a
sanguínea, podem ir parar no cérebro. um aumento da PIC.
• A monitorização da pressão intracraniana (PIC) pretende
Sinais estabelecer os níveis de pressão e também orienta e
• Fraqueza: O início súbito de uma fraqueza em um dos racionaliza o emprego das medidas terapêuticas, além de
membros (braço, perna ou face) é o sintoma mais comum avaliar sua eficácia ao longo do tratamento.
dos acidentes vasculares cerebrais. Pode significar a Os valores normais da PIC citados por muitos autores é de 0
isquemia de todo um hemisfério cerebral ou apenas de uma a 15 mmHg, entretanto, na prática clínica, é aceitável
área pequena e específica. Podem ocorrer de diferentes valores de até 20 mmHg.
formas apresentando-se por fraqueza maior na face e no
braço que na perna; ou fraqueza maior na perna que no HIPERTENSÃO INTRACRANIANA
braço ou na face; ou ainda a fraqueza pode se acompanhar É causada pelo aumento do tamanho do cérebro ou pela
de outros sintomas. Estas diferenças dependem da quantidade aumentada de líquido devido a um tumor
localização da isquemia, da extensão e da circulação cerebral, hemorragias (rompimento de aneurismas como nos
cerebral acometida. AVE-C Hemorrágicos ou Isquêmicos, além dos TCE),
infecções ou efeito colateral de algum medicamento.
• Perda Sensitiva: A dormência ocorre mais comumente ATENÇÃO! Tríade de Cushing (Hipertensão Arterial,
junto com a diminuição de força (fraqueza), confundindo o Bradicardia, Alteração do padrão respiratório-
paciente; a sensibilidade é subjetiva. Bradipneia)
HEMODINÂMICA
Deve-se pensar em primeira instância a realização da
ANGIOPLASTIA TRANSLUMINAL CORONÁRIA (ATC), que
é a chamada Revascularização Mecânica.
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PRINCIPAIS DROGAS UTILIZADAS EM TERAPIA hipotensão severa exceto por hipovolemia, oligúria, choque
INTENSIVA séptico.
miocárdica, angina instável, ICC, IAM, EAP/HAP. fatal, que ocorrem após infusão contínua de altas doses de
Complicações: cefaléia e tonteira, palidez cutâneo-mucosa, propofol. As alterações incluem falência cardíaca, disritmias
taquicardia ou bradicardia, hipternsão e desconforto cardíacas, acidose metabólica, hipertrigliceridemia,
retroesternal, flebite (preferencialmente administrar em veia rabdomiólise e insuficiência renal. Também ocorre infiltração
central). O dripping deve ser trocado a cada 24h, de gordura no fígado, nos pulmões e em outros órgãos.
incompatível com o PVC do equipo = usar equipo próprio
(PVC free) ou impregnar o equipo com a solução por 15min QUESTÕES
antes de instalar, atentar para suspensão após 48h de 01(INSTITUTO AOCP-2016) Você é enfermeiro
terapia e transição para nitrato oral. supervisor da UTI e todos os seus dois módulos de PAI
(Pressão Arterial Invasiva) deram problemas e foram
Midazolam para manutenção. Diante de tal problema, você acaba de
É um benzodiazepínico de ação direta sobre o SNC que receber um paciente pós-operatório de cirurgia
potencializa a ação inibitória do GABA na trasmissão neurológica com cateter de PIC cujo médico plantonista
neuronal. Indicações: Sedação, indução de amnésia e solicita a passagem de cateter para PAI (Pressão Arterial
tratamento de convulsões. Complicações: alteração nível de Invasiva), para mensurar o valor de PAM e relacionar
consciência, bradicardia, hipotensão, depressão respiratória, com a PIC. Isso, todavia, não vai adiantar devido à falta
pode ser contra-indicada ou indicada cautelosamente nos de módulo de PAM.
casos de insuficiência renal ou hepática e miastenia. Utilizar Assim o médico solicita o cálculo de PAM de acordo
a escala de Ramsay, SAS ou RASS de 6/6h para avaliar o com PANI (Pressão Arterial Não Invasiva). Qual é o valor
grau de resposta a sedação. Após a retirada da medicação de PAM se a PANI foi de 148/82 mmHg?
sedativa utiliizar escala de coma de Glasgow. No caso de A) 126.
necessitar reverter a ação dos Benzodiazepínicos, a droga B) 104.
de escolha é o Flumazenil. C) 112.
D) 115.
Tracrium (atracúrio/cisatracúrio) E) 156.
É uma droga curalizante, ou seja, bloqueadora neuro- 02.(INSTITUTO AOCP-2016) A hipotermia terapêutica,
muscular. Indicações: intubação endotraqueal, anestesia, também chamada de “provocada”, é instituída,
diminuição da rigidez muscular e barotrauma. Administrado conscientemente, pela equipe médica, com objetivos
em bollus (lentamente) e eventualmente em dripping. bem definidos, sendo classificada como: leve
Complicações: desconfortável para o paciente, sempre (temperatura entre 32° e 34°C), moderada (temperatura
administrar um sedativo antes, broncoespasmo, espasmo entre 28° e 32°C) e profunda (temperatura inferior a
muscular, bradicardia, hipotensão, depressão respiratória 28°C). A hipotermia terapêutica tem a finalidade de
(instalar VM controlada), seu uso nos pacientes com A) reduzir a dor em casos de queimadura.
miastenia, insuficiência renal e hepática deve ser cauteloso. B) melhorar o quadro infeccioso com temperatura acima 37º
C, evitando o choque séptico.
Fentanil C) tratar arritmias.
Opiáceo, assim como a morfina, tem efeito bimodal pois D) proteção neurológica em casos de pós-Reanimação
causa depressão das áreas cerebrais como córtex cerebral, Cardiopulmonar (RCP).
tálamo, centro respiratório e estimula medula espinhal, nervo E) melhorar troca gasosas em patologia relacionadas à
vago e centros do vômito. Tem efeito sedativo/analgésico. hipertermia.
Complicações: alterações comportamentais e 03.(REIS&REIS-2016) Uma das grandes preocupações
gastrointestinais (náuseas, vômitos, constipação), com os pacientes internados em UTI, é a elevação da
bradicardia, hipotensão, depressão respiratória, pode Pressão Intracraniana (PIC) e consequentemente,
ocorrer alterações de pele e contratura muscular (tórax alteração do fluxo sanguíneo cerebral. Analise as
rígido). No caso de necessitar reverter a ação dos Opiáceos, alternativas abaixo em relação aos cuidados de
a droga de escolha é o Naloxone. enfermagem e marque a opção INCORRETA:
A) Deve-se manter a cabeceira do leito elevada em 30°
Propofol mantendo o alinhamento da cabeça com o corpo para
Fármaco de ultracurta-duração da classe dos facilitar o retorno venoso;
sedativos/hipnóticos não barbitúrcos. A injecção endovenosa B) A tosse deve ser estimulada, pois assim ajuda na
de uma dose terapêutica (1,5 - 2,5 mg/kg para indução) de depuração das secreções, de modo a manter uma via aérea
propofol induz a hipnose, com excitação mínima, permeável;
usualmente em menos de 40 s (o tempo de uma circulação C) A manobra de Valsalva deve ser evitada, pois eleva a
braço-cérebro). O mecanismo de ação proposto é atividade PIC;
agonista de receptores do tipo GABA (ácido gama-amino- D) Deve-se evitar a flexão do quadril, pois esta posição
butírico). Sua ligação provocaria a abertura de canais de provoca aumento na pressão intra-abdominal e intratorácica
íons cloreto levando à hiperpolarização neuronal. Por ser podendo elevar a PIC.
uma emulsão lipídica, o equipo deve ser trocado a cada uso 04. Quanto ao uso do balão intra aórtico, qual dos
ou, no caso de infusão contínua, no máximo a cada 24h seguintes enunciados não está correto:
para evitar infecção. Síndrome da Infusão do Propofol: A) O IABP é recomendado para o choque cardiogênico que
conjunto de eventos adversos, quase sempre de evolução não reverteu rapidamente com a terapia farmacológica;
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vem sendo utilizada uma estratégia de posicionamento 30.(CAIPIMES-2013) A nitroglicerina é utilizada nos
do paciente que parece adequada ao recrutamento de casos de angina pectoris, pois é um vasodilatador
unidades alveolares, melhorando a relação de PaO coronariano com ação farmacológica de relaxamento da
/FiO.Trata-se da utilização de posição: musculatura vascular lisa, consequentemente sua
A) peitoral. principal função:
B) sims. A) diminui a dor.
C) litotômica. B) diminui a ansiedade.
D) trendelemburg. C) mantém o consumo de oxigênio pelo miocárdio.
E) prona. D) diminui o consumo de oxigênio pelo miocárdio.
26.(CONSULPLAN-2013) Analise os tipos de 31. Assinale a alternativa com o medicamento inicial de
monitorização de pressões a seguir. escolha em uma situação em que o paciente apresenta
I - Pressão arterial sistólica. assistolia.
II - Pressão arterial diastólica. A) Epinefrina 3mg.
III. Pressão da artéria pulmonar. B) Atropina 1mg.
IV - Pressão capilar pulmonar. C) Epinefrina 1mg.
Pressão venosa central. A pressão de pulso é determinada D) Atropina 3mg.
pela diferença entre as medidas das pressões citadas 32. A ventilação mecânica (VM) é um método usual em
apenas nas alternativas unidade de terapia intensiva (UTI), sendo utilizada em
A) I e II. pacientes com insuficiência respiratória. Assinale uma
B) II e V. possível complicação.
C) III e IV. A) Gripe.
D) II e IV. B) Barotrauma.
E) I e V. C) DPOC.
27. (FUNRIO-2008) No ECG (eletrocardiograma), o D) Câncer.
complexo QRS representa a 33.(UEPB-2014) A monitorização da Pressão Venosa
A) despolarização ventricular. Central refere-se à:
B) repolarização ventricular A) pré-carga do ventrículo direito
C) despolarização atrial. B) pré-carga do Ventrículo esquerdo e pós-carga do
D) repolarização atrial. ventrículo direito
E) tempo da repolarização C) pós-carga do ventrículo direito
28. (FGV – 2015) Paciente masculino, 23 anos, D) pós-carga do ventrículo esquerdo
internado na unidade de terapia intensiva com E) pré-carga do átrio direito
histórico de acidente automobilístico com 34.(UEPB-2014) Para favorecer a monitorização da PIC,
traumatismo crânio-encefálico, apresenta abertura são considerados como padrão ouro:
ocular espontânea, pronuncia palavras desconexas e A) cateteres durais
apresenta reflexo de retirada a estímulos dolorosos. B) cateteres subaracnóideos
De acordo com os parâmetros da escala de coma de C) cateteres parenquimatosos
Glasgow, esse paciente está em: D) cateteres epidurais
A)estado normal; E) cateteres intraventriculares
B)coma intermediário; 35.(ACP-2015) A Hemorragia Digestiva Alta (HDA) é um
C)coma superficial; sangramento do trato gastrointestinal com origem
D)coma profundo; proximal ao ângulo de Treitz. Qual das alternativas a
E)estado vegetativo. seguir é utilizada para controlar e para cessar a
29. (FCC-2012 /ADAPTADA) Segundo as diretrizes hemorragia digestiva, por rompimento de varizes
da American Heart Association (AHA), conforme a esofagianas:
etiologia da parada cardiorrespiratória, na terapia A) Sonda de Sengstaken-Blakemore.
medicamentosa para uso endovenoso, no B) Sonda de Folley.
atendimento de indivíduo adulto, é possível utilizar C) Sonda de Levine.
A)1 mg de atropina a cada 3 minutos; 15 mg de dobutamina D) Sonda Nasoenteral.
em bolus; 3 mg adrenalina. 36. As drogas vasoativas são utilizadas em terapia
B)2 mg de adrenalina a cada 1 minuto; 2 mg de atropina em intensiva com grande frequência. Pode-se afirmar que a
bolus; 40 mg de adenosina. dobutamina e a noradrenalina são indicadas,
C)1 mg de adrenalina a cada 3 a 5 minutos; 300 mg de respectivamente, nos casos de:
amiodarona em bolus (1ª dose). A) crise hipertensiva e dissecção de aorta.
D)5 mg de adrenalina; 10 mg de vasopressina (1ª dose); 1 B) insuficiência cardíaca aguda e hipertensão.
mg de atropina a cada 2 minutos. C) insuficiência do enchimento vascular e hipotensão.
E)2 mg de atropina; 20 mg de amiodarona (1ª dose); 100 mg D) trombocitopenia e insuficiência cardíaca congestiva.
de bicarbonato de sódio em bolus. 37. As secreções traqueais devem ser aspiradas
somente quando necessário, pois a aspiração expõe o
paciente a riscos como lesão da mucosa traqueal,
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GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
B D B C B D D C B C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
B A C A E D A B D E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
B C B D E A A C C D
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
C B A E A C A C B E
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
B C B B A C B B B D
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A pele é o maior órgão do corpo humano, é composta por Termorregulação : regula a temperatura corporal mediante
três camadas de tecidos que regulam a temperatura, vasoconstricção e vasodilatação e sudorese.
revestem o corpo, recebem as sensações nervosas dentre • Proteção :contra bactéria microorganismo, infecção e
outras importantes funções. perda excessiva de líquidos.
• Imunobiógica: atuação dos linfócitos e macrófagos como
defesa
• Sensibilidade: Percepção capta estimulo doloroso térmico
tátil.
• Metabolismo:síntese da vitamina D por exemplo. Ativa o
metabolismo de cálcio, fosfato e minerais , que desempenha
papel importante na formação óssea;
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Traumatismos e edema – feridas cicatrizam lentamente Tabagismo – reduz a hemoglobina funcional e causa
quando repetidamente traumatizadas ou privadas de disfunção pulmonar, predispondo a privação da oxigenação
irrigação sanguínea local por edema. nos tecidos. A nicotina produz vasoconstrição, que aumenta
Necrose – o tecido necrótico impede a cicatrização e deve o risco de necrose e lesões periféricas.
ser removido para permitir a cicatrização. Alcoolismo – consome vitaminas do complexo B, para o
Agentes tópicos inadequados - pode retardar a seu metabolismo. pode ocasionar lesão no cérebro, coração,
epitelização e a granulação (como os corticóides) e provoca fígado e pâncreas, e interfere na adesão ao tratamento.
a citólise (destruição celular). Como exemplo, os Uso de medicamento – o uso de medicamentos sistêmicos,
degermantes e antissépticos tópicos (derivados do como os antiinflamatórios, retarda a resposta inflamatória da
permanganato, do iodo, sabões etc). Os antibióticos locais primeira fase do processo de cicatrização. Os
(neomicina, bacitracina, gentamicina etc) podem imunossupressores, os quimioterápicos e a radioterapia são
desenvolver a resistência bacteriana e ainda, têm a fatores que podem eliminar as respostas imunes e reduzir a
capacidade de induzir a reações de hipersensibilidade que cicatrização. A quimioterapia interfere na síntese de
retardam o processo de cicatrização. Ressalta-se que o fibroblastos e na produção de colágeno, e doses elevadas
tecido de granulação é constituído de capilares que são de radioterapia podem levar ao aumento do risco de necrose
frágeis e sensíveis a pequenos traumas, sendo mais lábeis tecidual.
que o epitélio normal. Estresse, ansiedade e a depressão –têm sido identificados
Incontinência – a incontinência urinária e fecal pode alterar como fatores de risco para o agravamento e/ou
a integridade cutânea. retardamento da cicatrização, pois provocam alterações
hormonais, inibem o sistema imunológico, diminuem a
FATORES SISTÊMICOS resposta inflamatória e reduzem o processo fisiológico da
Idade – é fator importante na cicatrização. Nas crianças, a cicatrização.
cicatrização ocorre rapidamente, porém são propensas a
cicatrizes hipertróficas. Entre os jovens a cicatrização pode CURATIVO: Curativo é um meio terapêutico que consiste na
ser retardada por processos sistêmicos acrescidos ao limpeza e aplicação de uma cobertura estéril em uma ferida,
processo psicossocial e às atividades da vida diária. Com o quando necessário, com o objetivo de proteger o tecido
avanço da idade, a resposta inflamatória diminui, reduzindo recém-formado da invasão microbiana, aliviar a dor, oferecer
o metabolismo do colágeno, a angiogênese e a epitelização, conforto para o paciente, manter o ambiente úmido,
especialmente se, associada às condições que promover a rápida cicatrização e prevenir a contaminação
frequentemente acompanham a senilidade como má ou infecção.
nutrição, insuficiência vascular e doenças sistêmicas. Princípios para o curativo ideal
Infecção – Na infecção, a presença de corpos estranhos e 1 Manter elevada umidade entre a ferida e o curativo;
tecidos desvitalizados ou necróticos prolongam a fase 2 Remover o excesso de exsudação;
inflamatória do processo de cicatrização, provocam a 3 Permitir a troca gasosa;
destruição do tecido, inibem a angiogênese, retardam a 4 Fornecer isolamento térmico;
síntese de colágeno e impedem a epitelização. Esses 5 Ser impermeável a bactérias;
devem ser removidos por processo mecânico ou autolítico, 6 Ser asséptico;
para ocorrer a fase reparadora. 7 Permitir a remoção sem traumas e dor.
Edema – caracteriza-se pelo acúmulo de líquidos no Qualidade preconizada para um produto tópico eficaz
organismo (sangue, linfa e outros), devido a traumas, para o tratamento de feridas
infecções, iatrogenias, doenças infecciosas e inflamatórias. 1 Facilidade na remoção;
Ele interfere na oxigenação e na nutrição dos tecidos em 2 Conforto;
formação, impede a síntese do colágeno, diminuindo a 3 Não exigir trocas frequentes;
proliferação celular e reduzindo a resistência dos tecidos à 4 Manter o leito da ferida com umidade ideal e as áreas
infecção. periféricas secas e protegidas;
Doenças Crônicas – diabetes, cardiopatias, doença 5 Facilidade de aplicação;
vascular periférica. 6 Adaptabilidade (conformação às diversas partes do corpo).
Condições Nutricionais – aporte nutricional adequado de
proteínas e de calorias, além de vitaminas, como a vitamina Limpeza da Ferida
C e o zinco. Esse aporte poderá estar comprometido nos 1 Utilizar Soro Fisiológico (SF) 0,9% morno em jato, frasco
casos de desnutrição, má absorção gastro intestinal e dietas de 500 ml com ponteiras para irrigação.
inadequadas. A obesidade dificulta a mobilização e a 2 Deve ser exaustiva até a retirada dos debris, crostas e do
deambulação, levando ao sedentarismo, o que pode exsudato presente no leito da ferida
provocar transtornos como a hipertensão venosa, que
dificulta a cicatrização de lesões. Por outro lado, é Tipos de Curativos:
conhecido que a obesidade atua como doença A escolha do curativo depende do tipo de ferida, estágio de
imunossupressora o que pode causar inibição da reação cicatrização e processo de cicatrização de cada paciente.
inflamatória e conseqüentemente, alteração da cicatrização. Os apectos da ferida com relação à presenção de
A anemia tem sido referida como fator de interferência na inflamação, infecção, umidade e condições das bordas da
reparação da lesão. ferida devem ser avaliados.
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Curativo semi-oclusivo: é uma espécie de curativo Curativo compressivo: usado para diminuir o fluxo
absorvente, ou seja, normalmente utilizado em feridas sangüíneo, favorecendo a estase e também ajuda na
cirúrgicas, drenos, feridas exsudativas, absorvendo o aproximação das extremidades da lesão.
exsudato e isolando-o da pele adjacente saudável. Curativos abertos: usados em ferimentos que não há
Curativo oclusivo: não libera a entrada de ar ou fluídos, urgência de serem ocluídos. Exemplo: cortes pequenos,
exerce uma barreira mecânica que inibe a perda de fluídos, suturas, escoriações, etc.
favorece o isolamento térmico e formação de crosta.
Feridas com cicatrização por primeira intenção (bordos 2 Feridas cavitárias: utilizar alginato de cálcio, carvão
aproximados por sutura) (cuidado com as proeminências ósseas), hidropolímero e
1 Recomenda-se permanecer com curativo estéril por 24 h a hidrogel;
48 h, exceto se houver drenagem da ferida ou indicação 3 Feridas com hipergranulação: utilizar rayon com petrolato,
clínica; bastão com nitrato de prata e curativos de silicone;
2 O primeiro curativo cirúrgico deverá ser realizado pela 4 Feridas com fibrina viável (branca): utilizar coberturas que
equipe médica ou enfermeiro especializado. O enfermeiro mantenham o meio úmido, como hidropolímero, hidrogel,
poderá realizar o curativo a partir do segundo dia de pós- AGE, alginato de cálcio, carvão ativado e rayon com
operatório (PO) ou conforme conduta; petrolato. Remover apenas quando apresentar excessos;
3 Substituir o curativo antes das 24 h ou 48 h se molhar, 5 Feridas com tecido necrótico: utilizar hidrogel ou
soltar, sujar ou a critério médico; colagenase. Caso não ocorra melhora evolutiva, solicitar a
4 Remover o curativo anterior com luvas de procedimento; avaliação da cirurgia plástica;
5 Realizar o curativo com toque suave de SF 0,9% em 6 Feridas infectadas: sugerir avaliação da clínica médica e
incisão cirúrgica; CCIH quanto à necessidade de identificação do
6 Avaliar local da incisão, se não apresenta exsudato manter microrganismo para terapêutica adequada. Utilizar carvão
as incisões expostas até a remoção da sutura. Nestes casos ativado, hidropolímero com prata e alginato com prata;
recomenda-se higienizar as incisões com água e sabão 7 Feridas com tecido de epitelização e bordas: proteger o
comum durante o banho e secar o local com toalhas limpas frágil tecido neoformado com AGE ou rayon com petrolato.
e secas;
7 Registrar o procedimento e comunicar a equipe médica em Conduta para a Realização de Curativo em Paciente com
casos de sangramento excessivo, deiscências e sinais Fixador Externo
flogísticos. Limpar os locais de inserção dos pinos com Soro Fisiológico
0,9% removendo crostas e sujidades. Após, realizar toque
Feridas com cicatrização por segunda e terceira de álcool a 70%; primeiro na inserção dos pinos, depois na
intenção (bordos separados) área periferida e por último, no fixador. Posteriormente,
1 Feridas com tecido de granulação: utilizar coberturas que ocluir com gazes, acolchoado e atadura de crepom.
mantenham o meio úmido, como: hidropolímero, hidrogel,
AGE, alginato de cálcio e rayon com petrolato; Realização de curativos em feridas com drenos
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• Posicionar o paciente expondo apenas a área a ser • Usando a mesma pinça e gaze estéril, secar o local de
tratada; inserção do dreno ou cateter aplicar álcool a 70%;
• Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica; • Ocluir o local de inserção com gaze estéril;
• Colocar gaze em quantidade suficiente sobre o campo • Retirar luvas de procedimento (observar técnica correta);
estéril; • Higienizar as mãos com água e sabonete líquido ou com
• Calçar luvas; preparação alcoólica específica para as mãos;
• Remover o curativo anterior com uma das pinças usando • Recolher, organizar e guardar os materiais;
soro fisiológico; • Registrar o procedimento realizado;
• Desprezar esta pinça; • Fazer a evolução da ferida e demais anotações referentes
• Com a outra pinça pegar uma gaze e umedecê-la com soro aos materiais utilizados.
fisiológico;
• Limpar a incisão do dreno e depois o dreno;
• Limpar as regiões laterais da incisão do dreno;
• Ainda com a mesma pinça secar a incisão e as laterais
com gaze estéril;
• Mobilizar dreno a critério médico;
• Ocluir o dreno mantendo uma camada de gaze entre o
dreno e a pele ou quando ocorrer hipersecreção colocar
bolsa simples para colostomia;
• Recolher, organizar e guardar os materiais;
• Registrar o procedimento realizado;
• Fazer a evolução de enfermagem;
• Fazer a evolução da ferida e demais anotações referentes
aos materiais utilizados.
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Segundo o American National Pressure Ulcer Panel (NPUAP), a úlcera por pressão é uma lesão na pele ou tecidos subjacentes,
normalmente sobre uma proeminência óssea, secundárias a um aumento de pressão externa, em combinação com cisalhamento,
importante causa de morbidade e mortalidade as úlceras devem ser evitadas e tratadas em seu estágio inicial evitando-se
complicações. O cisalhamento é fenômeno de deformação da pele que ocorre quando as forças que agem sobre ela provocam um
deslocamento, por exemplo, lençóis mal posicionados em planos diferentes. Idosos, pessoas com sensibilidade diminuída (lesado
medular ou cerebral), pessoas com doenças degenerativas, pele frágil, incontinência urinária ou fecal, pacientes com desnutrição
ou obesidade, imobilidade prolongada, ou acamadas estão mais propensas à aquisição de úlceras por pressão. Os locais de
maior risco das úlceras são as regiões mentoniana, occipital, escapular, cotovelo, sacral, ísqueo, trocanter, crista ilíaca, joelho,
maléolo e calcâneo.
ESCALA DE BRADEN
A escala de Braden é uma ferramenta clinicamente validada, que permite aos enfermeiros registrarem o nível de risco de uma
pessoa desenvolver úlceras por pressão pela análise de seis critérios em níveis de estratificação.
A escala de Braden é composta de 6 subclasses que refletem o grau de percepção sensorial, umidade, atividade física, nutrição,
mobilidade, fricção e cisalhamento.
Todas as subclasses são graduadas de 1 a 4, exceto fricção e cisalhamento, cuja variação é de 1 a 3.
Variação da Pontuação da Escala: 6 a 23 pontos.
• Sem risco: 19 a 23 pontos
• Médio Risco: 15 a 18 pontos
• Risco Moderado: 13 a 14 pontos
• Alto Risco: 10 a 12 pontos
• Altíssimo Risco: 9 a 6 pontos
Quanto menor a pontuação, maior é o risco de desenvolver úlceras por pressão.
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A) O cuidado com feridas traumáticas é determinado pela C) A fase de maturação dura de 4 a 24 dias, em caso de
forma como são tratadas. Cada tipo de ferimentos abertos caracteriza-se por tecido de granulação.
fechamento da ferida tem um efeito sobre a cicatrização. A D) A cicatrização ocorre em 2 fases, primeira intenção –
cicatrização ocorre por primeira ou segunda intenção. onde a cicatrização se dá por aproximação das bordas da
B) Nas feridas limpas, não drenadas, recomenda-se o uso pele, e por segunda intenção – onde a cicatrização se dá
de curativos nas primeiras 36 horas após a cirurgia. Se a sem aproximação das bordas da pele, prolongando o tempo.
incisão estiver seca, recomenda-se limpeza com água e 11.Marque a alternativa que representa os fatores que
sabão e secagem com gaze estéril. Não é recomendado uso afetam o processo de cicatrização:
de PVP-I nestas feridas. A)idade e estado nutricional
C) Curativos que utilizam coberturas auto-aderentes (à base B)idade e sexo
de hidrocolóides, filme transparente) dispensam o uso de C)infecção e sexo
instrumental (pacote de curativo). Recomendam-se luvas de D)fumo e raça
procedimento, uma vez que o leito da ferida não vai ser E)sexo e fumo
tocado. 12.(IBFC-2016) Considerando os tipos de regeneração e
D) Curativos secundários (alginato de cálcio, carvão ativado) os processos usados para fechamento de feridas,
ficam em contato direto com a lesão e exigem uma correlacione as colunas abaixo, enumerando-as de cima
cobertura. Devem-se usar obrigatoriamente luvas estéreis para baixo, e a seguir assinale a alternativa correta.
no momento da manipulação da placa e da adaptação dela 1. Primeira Intenção
no leito da ferida. 2. Segunda Intenção
06.O tratamento aberto, nos casos de feridas infectadas, 3. Terceira Intenção
necessita ( ) Deixar que a ferida se feche por si só.
A) de cobertura por gaze esterilizada, umedecida por ( ) Obtida por sutura, colocação de grampos ou uso de
solução salina. adesivos.
B) de drenagem mecânica, mediante a compressão do ( ) Deixar a ferida aberta até que seu fechamento seja
tecido subjacente. adequado, ou seja, quando a ferida é considerada limpa e
C) da irrigação com antissépticos no leito da ferida a cada 8 estável, ela é fechada com sutura ou grampos.
horas, durante 3 dias. A) 2,1,3.
D) do uso de cautério para realizar a hemostasia, facilitando B) 1,2,3.
a ligadura em massa. C) 3,2,1.
07.Acerca das competências do enfermeiro no cuidado D) 2,3,1.
com as feridas, NÃO é permitido que ele E) 1,3,2.
A) participe de testes de produtos e medicamentos para 13.(IBFC-2016) O Enfermeiro da Comissão de Curativos
prevenção e tratamento de feridas. foi chamado para realizar avaliação de uma ferida de um
B) abra consultórios autônomos para prevenção e cuidado paciente do sexo masculino, 58 anos, internado na
de feridas, sem a presença do profissional médico. Unidade de Clínica Médica. A ferida caracteriza-se por
C) utilize de tecnologias na prevenção e no tratamento das presença de úlcera profunda, com comprometimento
feridas, sem comprovação científica e aprovação da Agência total da pele e necrose de tecido subcutâneo, entretanto
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). a lesão não se estende até a fáscia muscular. De acordo
D) realize o registro fotográfico para o acompanhamento das com o comprometimento tecidual da ferida, o
feridas, mesmo com autorização formal do paciente ou do Enfermeiro classificou-a como.
responsável. A) Estágio I.
08.O curativo com filme transparente de poliuretano B) Estágio IV.
deve ser trocado após: C) Estágio II.
A) 48 horas, ou antes, se sujo ou solto. D) Estágio III.
B) 2 dias, ou antes, se sujo ou solto. E) Celulite
C) 7 dias, ou antes, se sujo ou solto. 14.(IBFC-2016) Feridas ulcerativas são: Assinale a
D) 15 dias, ou antes, se sujo ou solto. alternativa correta.
E) Diariamente após o banho. A) Lesões ocorridas com tempo maior que 6 horas entre o
09.Sobre a Papaína no uso de curativos, é INCORRETO trauma e o atendimento, sem sinal de infecção.
afirmar que: B) Lesões escavadas, circunscritas na pele (formadas por
A) É uma enzima proteolítica retirada do látex do vegetal necrose, sequestração do tecido), resultantes de
mamão papaia (CaricaPapaya). traumatismo ou doenças relacionadas com o impedimento
B) Provoca dissociação das moléculas de proteínas, do suprimento sanguíneo.
resultando em desbridamento químico. C) Lesões que não apresentam a fase de regeneração no
C) Tem ação bactericida e bacteriostática, estimula a força tempo esperado, havendo um retardo na cicatrização.
tênsil da cicatriz e acelera a cicatrização. D) Aquelas em que houve a proliferação de microrganismos,
D) É indicada para tratamento de úlceras fechadas e não levando a um processo infeccioso, de início localizado, mas
infectadas. que pode sob determinadas condições, estender-se aos
10. O processo de cicatrização inicia-se tão logo ocorra tecidos vizinhos, formar novos focos a distância ou
alguma alteração na integridade da pele. Quando o generalizar-se por todo o organismo.
cliente não apresenta comprometimento sistêmico, as E) Aquelas produzidas voluntariamente no ato cirúrgico, em
fases de cicatrização ocorrem de forma rápida e local passível de assepsia ideal e condições apropriadas,
satisfatória. Sobre as fases, é correto afirmar: não contendo microrganismos patogênicos.
A) A fase inflamatória caracteriza-se pela presença de 15.(AOCP-2016) A abordagem terapêutica em pacientes
edema, calor, eritema e dor, e inicia-se no momento em que portadores de úlcera venosa, na maior parte dos casos,
ocorre a lesão, durando de 4 a 6 dias. deve ser fundamentada na terapia compressiva e no
B) A fase proliferativa pode durar de 21 dias a 2 anos, onde tratamento tópico da úlcera. Dentre as alternativas a
as fibras de colágeno se reorganizam, remodelam e seguir, assinale a que apresenta melhores resultados no
amadurecem, ganhando força de tensão. tratamento de úlceras venosas.
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GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
B B A B C A C C D A
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
A A D B D E D A E A
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
E D A B A A D E A B
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A Política Nacional de Humanização (PNH) existe desde 👉🏻Estimular trocas solidárias entre gestores, trabalhadores
2003 para efetivar os princípios do SUS no cotidiano das e usuários para a produção de saúde e a produção de
práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública sujeitos;
no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gestores, 👉🏻Qualificar práticas de gestão e de atenção em saúde.
trabalhadores e usuários.
A PNH deve se fazer presente e estar inserida em todas as Valores do HUMANIZA SUS
políticas e programas do SUS. Promover a comunicação
👉🏻Autonomia e protagonismo dos sujeitos
entre estes três grupos pode provocar uma série de
debates em direção a mudanças que proporcionem melhor 👉🏻Corresponsabilidade entre eles
forma de cuidar e novas formas de organizar o trabalho. 👉🏻Estabelecimento de vínculos solidários
👉🏻Construção de redes de cooperação
A Humanização implica: 👉🏻Participação coletiva no processo de gestão
• Fortalecer os princípios do SUS;
• Construir trocas solidárias e comprometidas; A Política Nacional de Humanização se pauta em três
• Oferecer práticas em saúde; alicerces/princípios:
• Contagiar por atitudes e ações humanizadoras a rede do 👉🏻INDISSOCIABILIDADE entre a atenção e a gestão dos
SUS, incluindo gestores, trabalhadores da saúde e usuários. processos de produção de saúde:
XI Conferência Nacional de Saúde (2000): com o título As decisões da gestão interferem diretamente na atenção à
“Acesso, qualidade e humanização na atenção à saúde com saúde. Por isso, trabalhadores e usuários devem buscar
controle social”. conhecer como funciona a gestão dos serviços e da rede de
saúde, assim como participar ativamente do processo de
A Política de Humanização da Atenção e da Gestão foi tomada de decisão nas organizações de saúde e nas ações
uma iniciativa inovadora no SUS. Criada em 2003. de saúde coletiva.
Uma tarefa desafiadora, sem dúvida, uma vez que na 👉🏻TRANSVERSALIDADE
perspectiva da humanização, isso corresponde à produção É reconhecer que as diferentes especialidades e práticas de
de novas atitudes por parte de trabalhadores, gestores e saúde podem conversar com a experiência daquele que é
usuários, de novas éticas no campo do trabalho, incluindo aí assistido. Juntos, esses saberes podem produzir saúde de
o campo da gestão e das práticas de saúde, superando forma mais corresponsável.
problemas e desafios do cotidiano do trabalho.
👉🏻AUTONOMIA E PROTAGONISMO DOS SUJEITOS
A Humanização é entendida como: Um SUS humanizado reconhece cada pessoa como legítima
• Valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo cidadã de direitos e valoriza e incentiva sua atuação na
de produção de saúde: usuários, trabalhadores e gestores; produção de saúde.
• Valorização do protagonismo desses sujeitos;
• Aumento do grau de co-responsabilidade na produção de PRINCÍPIOS NORTEADORES DA POLÍTICA DE
saúde; HUMANIZAÇÃO
• Identificação das necessidades sociais de saúde;
• Mudança nos modelos de atenção e gestão dos processos Destacamos, então, os princípios norteadores da política de
de trabalho tendo como foco as necessidades dos cidadãos; humanização:
• Compromisso com a melhoria das condições de trabalho e - Valorização da dimensão subjetiva e social em todas as
de atendimento. práticas de atenção e gestão no SUS, fortalecendo o
compromisso com os direitos do cidadão, destacando-se o
Operacionalização da Humanização: respeito às questões de gênero, etnia, raça, orientação
• A troca e a construção de saberes; sexual e às populações específicas (índios, quilombolas,
• O trabalho em rede com equipes multiprofissionais; ribeirinhos, assentados, etc.);
• A identificação das necessidades, desejos e interesses; - Fortalecimento de trabalho em equipe
• Construção de redes solidárias e interativas, participativas multiprofissional,fomentando a transversalidade e a
do SUS. grupalidade;
• O pacto entre as diferentes instâncias, assim como entre - Apoio à construção de redes cooperativas, solidárias e
gestores, trabalhadores e usuários desta rede; comprometidas com a produção de saúde e com a produção
• O resgate dos fundamentos básicos que norteiam as de sujeitos;
práticas de saúde no SUS, reconhecendo os gestores, - Construção de autonomia e protagonismo dos sujeitos e
trabalhadores e usuários como sujeitos ativos e coletivos implicados na rede do SUS;
protagonistas das ações de saúde; - Co-responsabilidade desses sujeitos nos processos de
gestão e atenção;
Objetivos do HUMANIZA SUS - Fortalecimento do controle social com caráter participativo
👉🏻Efetivar os princípios do Sistema Único de Saúde no em todas as instâncias gestoras do SUS;
cotidiano das práticas de atenção e de gestão; - Compromisso com a democratização das relações de
trabalho e valorização dos profissionais de saúde,
estimulando processos de educação permanente.
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autonomia dos sujeitos individuais e coletivos com a • No eixo da atenção, propõe-se uma política incentivadora
intenção de valorizar o sistema de saúde junto à sociedade. e da ampliação da atenção integral à saúde, promovendo a
intersetorialidade;
DISPOSITIVOS DA PNH • No eixo da educação permanente, indica-se que a PNH
componha o conteúdo profissionalizante na graduação, pós-
Dispositivo é um arranjo de elementos, que podem ser graduação e extensão em saúde, vinculando-a aos Pólos de
concretos (ex.: uma reforma arquitetônica, uma decoração, Educação Permanente e às instituições de formação;
um manual de instruções) e/ou imateriais (ex.: conceitos, • No eixo da informação/comunicação - indica-se por meio
valores, atitudes) mediante o qual se faz funcionar, se de ação de mídia e discurso social amplo a inclusão da PNH
catalisa ou se potencializa um processo. Na PNH, foram no debate da saúde;
desenvolvidos vários dispositivos que são acionados nas • No eixo da gestão da PNH, indica-se o acompanhamento
práticas de produção de saúde, envolvendo coletivos e e avaliação sistemáticos das ações realizadas, estimulando
visando promover mudanças nos modelos de atenção e de a pesquisa relacionada às necessidades do SUS na
gestão: perspectiva da humanização.
- Acolhimento com Classificação de Risco;
- Equipes de Referência e de Apoio Matricial; Diretrizes gerais para a implementação da PNH nos
- Projeto Terapêutico Singular e Projeto de Saúde Coletiva; diferentes níveis de atenção
- Projetos Co-Geridos de Ambiência 1. Ampliar o diálogo entre os profissionais, entre os
- Colegiado Gestor; profissionais e a população, entre os profissionais e a
- Contrato de Gestão; administração, promovendo a gestão participativa.
- Sistemas de escuta qualificada para usuários e 2. Implantar, estimular e fortalecer Grupos de Trabalho de
trabalhadores da saúde: gerência de “porta aberta”; Humanização com plano de trabalho definido.
ouvidorias; grupos focais e pesquisas de satisfação, etc.; 3. Estimular práticas resolutivas, racionalizar e adequar o
- Visita Aberta e Direito à Acompanhante; uso de medicamentos, eliminando ações intervencionistas
- Programa de Formação em Saúde do trabalhador (PFST) e desnecessárias.
Comunidade Ampliada de Pesquisa (CAP); 4. Reforçar o conceito de clínica ampliada: compromisso
- Programas de Qualidade de Vida e Saúde para os com o sujeito e seu coletivo, estímulo a diferentes práticas
Trabalhadores da Saúde; terapêuticas e co-responsabilidade de gestores,
- Grupo de Trabalho de Humanização (GTH); trabalhadores e usuários no processo de produção de
- Câmaras Técnicas de Humanização (CTH); saúde.
- Projeto Memória do SUS que dá certo. 5. Sensibilizar as equipes de saúde em relação ao problema
da violência intrafamiliar (criança, mulher e idoso) e quanto à
MARCAS/PRIORIDADES questão dos preconceitos (sexual, racial, religioso e outros)
Com a implementação da Política Nacional de Humanização na hora da recepção e dos encaminhamentos.
(PNH), trabalhamos para consolidar, prioritariamente, quatro 6. Adequar os serviços ao ambiente e à cultura local,
marcas específicas: respeitando a privacidade e promovendo uma ambiência
1. Serão reduzidas as filas e o tempo de espera com acolhedora e confortável.
ampliação do acesso e atendimento acolhedor e resolutivo 7. Viabilizar a participação dos trabalhadores nas unidades
baseados em critérios de risco. de saúde por meio de colegiados gestores.
2. Todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais 8. Implementar um sistema de comunicação e de informação
que cuidam de sua saúde, e os serviços de saúde se que promova o autodesenvolvimento e amplie o
responsabilizarão por sua referência territorial. compromisso social dos trabalhadores de saúde.
3. As unidades de saúde garantirão as informações ao 9. Promover ações de incentivo e valorização da jornada
usuário, o acompanhamento de pessoas de sua rede social integral ao SUS, do trabalho em equipe e da participação em
(de livre escolha) e os direitos do código dos usuários do processos de educação permanente que qualifiquem a ação
SUS. e a inserção dos trabalhadores na rede SUS.
4. As unidades de saúde garantirão gestão participativa aos
seus trabalhadores e usuários, assim como educação Diretrizes específicas por nível de atenção
permanente aos trabalhadores.
👉🏻 Na Atenção Básica
Eixo de ação da Política Nacional de Humanização 1. Elaborar projetos de saúde individuais e coletivos para
usuários e sua rede social, considerando as políticas
A implementação da PNH pressupõe vários eixos de ação intersetoriais e as necessidades de saúde.
que objetivam a institucionalização, difusão desta estratégia 2. Incentivar práticas promocionais de saúde.
e, principalmente, a apropriação de seus resultados pela 3. Estabelecer formas de acolhimento e inclusão do usuário
sociedade. que promovam a otimização dos serviços, o fim das filas, a
hierarquização de riscos e o acesso aos demais níveis do
• No eixo das instituições do SUS – pactuar na agenda de sistema.
saúde, a PNH como parte do Plano Nacional, dos Estaduais 4. Comprometer-se com o trabalho em equipe, de modo a
e Municipais pelos gestores e pelo Conselho de Saúde aumentar o grau de co-responsabilidade, e com a rede de
correspondente; apoio profissional, visando a maior eficácia na atenção em
• No eixo da gestão do trabalho - propõe-se a promoção saúde.
de ações que assegurem a participação dos trabalhadores
nas decisão, valorização e o crescimento profissional; 👉🏻 Na Urgência e Emergência, nos Pronto-Socorros,
• No eixo do financiamento - propõe-se recursos Pronto Atendimentos, Assistência Pré-Hospitalar e
vinculados a programas específicos de humanização, com outros
repasse fundo a fundo mediante o compromisso dos 1. Acolher a demanda por meio de critérios de avaliação de
gestores com a PNH; risco, garantindo o acesso referenciado aos demais níveis
de assistência.
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C) Pode atuar com uma ou mais equipes de profissionais, a 12. Com a implementação da Política Nacional de
depender da área de abrangência e do número de Humanização (PNH), trabalhamos para consolidar,
habitantes vinculados a esta unidade. prioritariamente, quatro marcas específicas. Marque o
D) Adota instrumentos permanentes de acompanhamento e item correto:
avaliação. A) Serão reduzidas as filas e o tempo de espera com
E) Estimula a ação intersetorial. restrição do acesso e atendimento acolhedor e resolutivo
07.São propósitos da Política Nacional de Humanização baseados em critérios de risco.
da Atenção e Gestão do SUS, EXCETO: B) Todo usuário do SUS não poderá saber quem são os
A) Contagiar trabalhadores, gestores e usuários do SUS profissionais que cuidam de sua saúde, e os serviços de
com os princípios e as diretrizes da humanização. saúde se responsabilizarão por sua referência territorial.
B) Fortalecer iniciativas de humanização existentes. C) As unidades de saúde garantirão as informações ao
C) Desenvolver tecnologias relacionais e de usuário, o acompanhamento de pessoas de sua rede social
compartilhamento das práticas de gestão e de atenção. (determinada pelo profissional) e os direitos do código dos
D) Aprimorar, ofertar e divulgar estratégias e metodologias usuários do SUS.
de apoio a mudanças não sustentáveis dos modelos de D) As unidades de saúde garantirão gestão participativa aos
atenção e de gestão. seus trabalhadores e usuários, assim como educação
E) Implementar processos de acompanhamento e avaliação, permanente aos trabalhadores.
ressaltando saberes gerados no SUS e experiências 13. A PNH tem como princípio a transversalidade, a
coletivas bem-sucedidas. indissociabilidade entre atenção e gestão e o
08.Segundo a PNH (Política Nacional de Humanização), acolhimento.
podemos considerar como conceito de Clínica A) CERTO
Ampliada: B) ERRADO
A) o elemento estruturante da clínica, pois permite a 14. O acolhimento compreende, entre outros aspectos, a
produção do contrato de cuidado. escuta qualificada oferecida pelos trabalhadores de
B) a clínica degradada, reduzida à tecnologia da queixa- saúde às necessidades do usuário, permitindo o acesso
conduta. oportuno do cidadão a tecnologias adequadas às suas
C) a prestação de atendimento multiprofissional. necessidades.
D) a complexidade que abrange o sujeito e o processo de A) CERTO
adoecimento, nas conexões, muitas vezes ocultas, entre o B) ERRADO
biológico, o subjetivo e o social; clínica interdisciplinar. 15. A clínica ampliada é uma ferramenta puramente
09. De acordo com a Política Nacional de prática cuja finalidade é contribuir para uma abordagem
Humanização/Humaniza SUS do Ministério da Saúde, clínica do adoecimento e do sofrimento, que atua, de
humanizar se traduz em maneira universal, sobre todos os sujeitos.
A) mudanças construídas por grupos isolados de trabalho. A) CERTO
B) reunir recursos e tecnologia de alta complexidade. B) ERRADO
C) inclusão das diferenças nos processos de gestão e de 16. Na abordagem clínica da doença e do sofrimento, a
cuidado. Política Nacional de Humanização propõe uma
D) melhorias relacionadas aos ambientes de atendimento, ferramenta teórico-prática que se baseia no princípio de
prioritariamente. núcleo e campo de competência, onde um profissional
E) melhoria nos indicadores de estruturas e processos pode realizar atividades e ações que não pertencem
administrativos. somente à sua especialidade, mas sim diz respeito às
10. São princípios da Política Nacional de Humanização suas atribuições como profissional de saúde. A qual
(PNH), definida em 2003: ferramenta essa noção se refere?
A) Protagonismo dos sujeitos, acolhimento e racionalização A) Acolhimento.
das ações intervencionistas e medicamentosas B) Clínica ampliada.
desnecessárias. C) Transversalidade.
B) Acolhimento, clínica ampliada e equipes D) Interdisciplinaridade.
multiprofissionais. E) Transdisciplinaridade.
C) Transversalidade, indissociabilidade da atenção e gestão 17. A implementação da Política Nacional de
e protagonismo dos sujeitos. Humanização‐PNH pressupõe vários eixos de ação que
D) Indissociabilidade da atenção e gestão, racionalização objetivam a institucionalização, difusão desta estratégia
das ações intervencionistas e medicamentosas e, principalmente, a apropriação de seus resultados pela
desnecessárias e clínica ampliada. sociedade. Considerando o que propõe cada um desses
E) Clínica ampliada, transversalidade e gestão da atenção à eixos, analise os itens.
saúde. I. No eixo da gestão do trabalho, pretende-se que a PNH
11. Marque o item que apresenta somente diretrizes da faça parte dos planos estaduais e municipais dos vários
Política Nacional de Humanização (PNH): governos, aprovados pelos gestores e pelos conselhos de
A) Clínica Ampliada, Valorização do Trabalho/Trabalhador, saúde correspondentes.
Acolhimento, Transversalidade. II. No eixo das instituições do SUS, propõe-se a promoção
B) Co-gestão, defesa dos Direitos do Usuário, de ações que assegurem a participação dos trabalhadores
Indissociabilidade da atenção e gestão, protagonismo dos nos processos de discussão e decisão, reconhecendo,
sujeitos. fortalecendo e valorizando seu compromisso com o
C) Clínica Ampliada, Priorização do Trabalho/Trabalhador, processo de produção de saúde e seu crescimento
Acolhimento, da defesa dos Direitos do Usuário. profissional.
D) Acolhimento, clínica ampliada e equipes III. No eixo da educação permanente, indica-se que a PNH
multiprofissionais, Valorização do Trabalho/Trabalhador. componha o conteúdo profissionalizante na graduação, na
pós-graduação e na extensão em saúde, vinculando-a aos
Pólos de Educação Permanente e às instituições
formadoras.
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A epidemiologia é uma ciência importante para a saúde risco, a suscetibilidades aos mesmos, ou a uma combinação
pública e contribui significativamente para a melhoria da de ambos.
saúde das populações. Tempo: As doenças infecciosas costumam ser agudas e
algumas como a influenza tem sazonalidade (um padrão
A palavra “epidemiologia” deriva do grego (epi = sobre; regular de variação entre as estações do ano), o que permite
demos = população, povo; logos = estudo). Portanto, em sua antecipar sua ocorrência e adotar medidas preventivas. A
etimologia, significa “estudo do que ocorre em uma identificação dos eventos que ocorrem antes e depois de um
população”. aumento na taxa de doenças permite identificar fatores de
risco. Também é conveniente registrar a ocorrência de
O estudo dos fatores que determinam a frequência e a doenças através de vários anos para descrever e predizer
distribuição das doenças nas coletividades humanas. (IEA – seus ciclos (um padrão regular de variação em períodos
Associação Internacional de Epidemiologia, 1973). maiores de um ano), assim como a sua tendência secular
(seu padrão de variação ou comportamento no tempo).
A epidemiologia é a “ ciência que estuda o processo saúde- Lugar: A localização geográfica dos problemas de saúde é
doença em coletividades humanas, analisando a distribuição fundamental para conhecer sua extensão e velocidade de
e os fatores determinantes das enfermidades, danos à disseminação. A unidade geográfica pode ser o domicílio, a
saúde coletiva, propondo medidas específicas de rua, o bairro, a localidade, o distrito, o município, o estado ou
prevenção, controle ou erradicação de doenças, e outro nível de agregação geopolítica, e o lugar também pode
fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao ser um estabelecimento de saúde, um hospital, a área de
planejamento, administração e avaliação das ações de trabalho, a área rural ou urbana, o lugar de nascimento ou
saúde” (ROUQUAYROL, 2003). outro espaço de interesse. A análise do lugar quanto a suas
características físicas e biológicas permitem gerar hipóteses
sobre possíveis fatores de risco e de transmissão.
OBJETIVOS DA EPIDEMIOLOGIA
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Proposto por Leavell e Clark (1976), esse modelo considera a interação, o relacionamento e o condicionamento de três elementos
fundamentais da chamada ‘tríade ecológica’: o ambiente, o agente e o hospedeiro. A doença seria resultante de um desequilíbrio
nas auto regulações existentes no sistema (figura e Quadro).
O exame dos diferentes fatores relacionados ao surgimento de uma doença e a utilização da estatística nos métodos de
investigação e desenhos metodológicos permitiram significativos avanços na prevenção de doenças. Outra vantagem deste
modelo teórico reside no fato de possibilitar a proposição de barreiras à evolução da doença mesmo antes de sua manifestação
clínica (pré-patogênese).
Quadro – Modelo da história natural da doença
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específica o bastante para não permitir que casos falso- VI - notificação compulsória: comunicação obrigatória à
positivos permaneçam no sistema. autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais
Eles podem ser classificados como: de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde,
a) Caso suspeito: Pessoa cuja história clínica e públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou
epidemiológica, sintomas e possível exposição a uma fonte confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública,
de infecção/contaminação sugerem estar desenvolvendo ou descritos no anexo, podendo ser imediata ou semanal;
em vias de desenvolver alguma doença. VII - notificação compulsória imediata (NCI): notificação
b) Caso confirmado: Pessoa ou animal de quem foi isolado compulsória realizada em até 24 (vinte e quatro) horas, a
e identificado o agente etiológico ou de quem foram obtidas partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou
outras evidências epidemiológicas ou laboratoriais da evento de saúde pública, pelo meio de comunicação mais
presença do agente etiológico. A confirmação do caso está rápido disponível;
condicionada, sempre, à observância dos critérios VIII – notificação compulsória semanal (NCS): notificação
estabelecidos, para a sua definição, pelo sistema de compulsória realizada em até 7 (sete) dias, a partir do
vigilância. conhecimento da ocorrência de doença ou agravo;
c) Caso descartado: Pessoa que não preenche os critérios IX - notificação compulsória negativa: comunicação
de confirmação e compatibilidade; ou para a qual é semanal realizada pelo responsável pelo estabelecimento de
diagnosticada outra patologia que não aquela que se está saúde à autoridade de saúde, informando que na semana
apurando. epidemiológica não foi identificado nenhuma doença, agravo
ou evento de saúde pública constante da Lista de
Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada Notificação Compulsória; e
doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por X - vigilância sentinela: modelo de vigilância realizada a
profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de partir de estabelecimento de saúde estratégico para a
adoção de medidas de intervenção pertinentes. vigilância de morbidade, mortalidade ou agentes etiológicos
A notificação compulsória de doenças tem sido a principal de interesse para a saúde pública, com participação
fonte da vigilância epidemiológica. facultativa, segundo norma técnica específica estabelecida
A lista nacional das doenças de notificação vigente está pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS).
restrita a alguns agravos e doenças de interesse sanitário
para o País, e compõe o Sistema de Doenças de Notificação CAPÍTULO II
Compulsória. DA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
Art. 3º A notificação compulsória é obrigatória para os
PRC N° 4, DE 28 DE SETEMBRO DE 2017 médicos, outros profissionais de saúde ou responsáveis
PORTARIA DE ORIGEM: Nº- 204, DE 17 DE FEVEREIRO pelos serviços públicos e privados de saúde, que prestam
DE 2016 assistência ao paciente, em conformidade com o art. 8º da
Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975.
doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços § 1º A notificação compulsória será realizada diante da
de saúde públicos e privados em todo o território nacional, suspeita ou confirmação de doença ou agravo, de acordo
nos termos do anexo, e dá outras providências. com o estabelecido no anexo, observando-se, também, as
normas técnicas estabelecidas pela SVS/MS.
CAPÍTULO I § 2º A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS pública de notificação compulsória à autoridade de saúde
Art. 1º Esta Portaria define a Lista Nacional de Notificação competente também será realizada pelos responsáveis por
Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde estabelecimentos públicos ou privados educacionais, de
pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o cuidado coletivo, além de serviços de hemoterapia, unidades
território nacional, nos termos do anexo. laboratoriais e instituições de pesquisa.
Art. 2º Para fins de notificação compulsória de importância § 3º A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde
nacional, serão considerados os seguintes conceitos: pública de notificação compulsória pode ser realizada à
I - agravo: qualquer dano à integridade física ou mental do autoridade de saúde por qualquer cidadão que deles tenha
indivíduo, provocado por circunstâncias nocivas, tais como conhecimento.
acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de Art. 4º A notificação compulsória imediata deve ser
drogas ou lesões decorrentes de violências interpessoais, realizada pelo profissional de saúde ou responsável pelo
como agressões e maus tratos, e lesão autoprovocada; serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao
II - autoridades de saúde: o Ministério da Saúde e as paciente, em até 24 (vinte e quatro) horas desse
Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal e atendimento, pelo meio mais rápido disponível.
Municípios, responsáveis pela vigilância em saúde em cada Parágrafo único. A autoridade de saúde que receber a
esfera de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS); notificação compulsória imediata deverá informa-la, em até
III - doença: enfermidade ou estado clínico, independente 24 (vinte e quatro) horas desse recebimento, às demais
de origem ou fonte, que represente ou possa representar um esferas de gestão do SUS, o conhecimento de qualquer uma
dano significativo para os seres humanos; das doenças ou agravos constantes no anexo.
IV - epizootia: doença ou morte de animal ou de grupo de Art. 5º A notificação compulsória semanal será feita à
animais que possa apresentar riscos à saúde pública; Secretaria de Saúde do Município do local de atendimento
V - evento de saúde pública (ESP): situação que pode do paciente com suspeita ou confirmação de doença ou
constituir potencial ameaça à saúde pública, como a agravo de notificação compulsória.
ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de Parágrafo único. No Distrito Federal, a notificação será feita
causa desconhecida, alteração no padrão clínico à Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
epidemiológico das doenças conhecidas, considerando o Art. 6º A notificação compulsória, independente da forma
potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a como realizada, também será registrada em sistema de
severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem como informação em saúde e seguirá o fluxo de compartilhamento
epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou entre as esferas de gestão do SUS estabelecido pela
acidentes; SVS/MS.
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CAPÍTULO III DAS DISPOSIÇÕES FINAIS suas diretrizes constarão em ato específico do Ministro de
Art. 7º As autoridades de saúde garantirão o sigilo das Estado da Saúde.
informações pessoais integrantes da notificação compulsória Art. 12. A relação das epizootias e suas diretrizes de
que estejam sob sua responsabilidade. notificação constarão em ato específico do Ministro de
Art. 8º As autoridades de saúde garantirão a divulgação Estado da Saúde. Art. 13. Esta Portaria entra em vigor na
atualizada dos dados públicos da notificação compulsória data de sua publicação.
para profissionais de saúde, órgãos de controle social e Art. 14. Fica revogada a Portaria nº 1.271/GM/MS, de 06 de
população em geral. junho de 2014, publicada no Diário Oficial da União, nº 108,
Art. 9º A SVS/MS e as Secretarias de Saúde dos Estados, Seção 1, do dia 09 de junho de 2014, p. 37. JOSÉ AGENOR
do Distrito Federal e dos Municípios divulgarão, em ÁLVARES DA SILVA
endereço eletrônico oficial, o número de telefone, fax,
endereço de e-mail institucional ou formulário para
notificação compulsória.
Art. 10. A SVS/MS publicará normas técnicas
complementares relativas aos fluxos, prazos, instrumentos,
definições de casos suspeitos e confirmados, funcionamento
dos sistemas de informação em saúde e demais diretrizes
técnicas
para o cumprimento e operacionalização desta Portaria, no
prazo de até 90 (noventa) dias, contados a partir da sua
publicação.
Art. 11. A relação das doenças e agravos monitorados por
meio da estratégia de vigilância em unidades sentinelas e
ATENÇÃO! É importante voltar e ler mais duas ou três vezes cada uma das doenças.
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Lista Nacional de Doenças e Agravos a serem monitorados pela Estratégia de Vigilância Sentinela
I. Vigilância em Saúde do Trabalhador
1 Câncer relacionado ao trabalho
2 Dermatoses ocupacionais
3 Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT)
4 Perda Auditiva Induzida por Ruído - PAIR relacionada ao trabalho
5 Pneumoconioses relacionadas ao trabalho
6 Transtornos mentais relacionados ao trabalho
Merecem destaque as ações sistemáticas e contínuas de coleta, análise, interpretação e disseminação de informação com a
finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle de problemas de saúde. Nesse cerne, o conhecimento sobre
endemias, epidemias e pandemias é fundamental. Ainda que tradicionalmente esse conhecimento direcione a focalização de
doenças infecciosas, atualmente esses conceitos também incluem seu uso para doenças crônico-degenerativas, os acidentes, as
violências, entre outros.
A endemia é definida como a presença habitual de uma doença, dentro dos limites esperados, em uma determinada área
geográfica, por um período de tempo ilimitado. Pode, também, referir-se à ocorrência usual de uma determinada doença, dentro
de uma área (GORDIS, 2010).
Esse fenômeno ocorre quando há uma constante renovação de suscetíveis na comunidade, exposição múltipla e repetida destes
a um determinado agente, isolamento relativo sem deslocamento importante da população em uma zona territorial. Por exemplo:
malária, febre amarela, doença de Chagas, esquistossomose etc. (MEDRONHO; WERNECK; PEREZ, 2009).
A epidemia, por sua vez, é definida como a ocorrência em uma comunidade ou região, de um grupo de doenças de natureza
similar, excedendo claramente a expectativa normal, derivada de uma fonte comum de propagação.
Resulta, portanto, em um “claro excesso de casos em relação ao esperado” quando comparado à frequência esperada (ou
habitual) de uma doença em uma determinada população, em um período determinado, não sendo necessariamente a “ocorrência
de muitos casos” (RIBEIRO, 2012).
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O número de casos de uma epidemia vai variar de acordo com o agente, o tipo e o tamanho da população exposta, além do
período e do local de ocorrência. A ocorrência de um único caso autóctone em uma região onde nunca tenha ocorrido ou que
esteja há muitos anos livre de uma determinada doença, representa uma epidemia, pois demonstra uma alteração substantiva na
estrutura epidemiológica relacionada à doença (MEDRONHO; WERNECK; PEREZ, 2009).
Quando as condições facilitam a propagação de agentes infecciosos no ambiente e associam-se a um grande número de pessoas
suscetíveis, pode ser dado espaço para o desenvolvimento de uma pandemia. O termo pandemia refere-se a uma epidemia de
grandes proporções geográficas, ou seja, atingindo vários países, inclusive mais de um continente. Como exemplo, podemos citar
a doença influenza A (H1N1) no ano de 2009, cujos primeiros casos ocorreram no México, expandindo-se para Europa, América
do Sul, América Central, África e Ásia (RIBEIRO, 2012).
A ocorrência de uma epidemia restrita a um espaço geográfico circunscrito é denominada surto. O surto consiste em uma
ocorrência epidêmica, em que todos os casos estão relacionados entre si, acometendo uma área geográfica pequena e delimitada
(como vilas ou bairros) ou uma população institucionalizada (como creches, asilos, escolas e presídios). Podemos citar como
exemplo, a ocorrência de inúmeros casos de intoxicação alimentar em um asilo, após ingestão de alimentos contaminados.
As três primeiras etapas são fundamentais. Em geral, no início da investigação, emprega-se uma definição de caso mais sensível,
que envolve casos confirmados e casos prováveis. A intenção é facilitar a identificação, a extensão do problema e os grupos
populacionais mais atingidos. Esse processo é fundamental, pois pode levar a elaboração de hipóteses importantes.
O processo de confirmação de uma epidemia ou surto envolve o estabelecimento do diagnóstico da doença e do estado
epidêmico. Torna-se imprescindível conhecer a frequência habitual de casos no lugar e período. A confirmação decorre da
comparação dos coeficientes de incidências (antes e depois).
As hipóteses são formuladas com vistas a identificar: fonte de infecção, transmissibilidade, agente etiológico, população em maior
risco e período de exposição. O relatório final deverá ser enviado aos profissionais que prestaram assistência médica aos casos e
aos participantes da investigação clínica e epidemiológica, representantes da comunidade, autoridades locais, administração
central dos órgãos responsáveis pela investigação e controle do evento (BRASIL, 2009).
RECAPITULANDO...
Endemia: o conceito de doença endêmica abrange uma condição clínica que ocorre com certa frequência em uma determinada
região. Essa frequência já é esperada.
Epidemia: é um aumento no número de casos de uma doença ou condição clínica (agravo).
Surto: caracteriza-se por um aumento do número de casos de uma doença de forma repentina e inesperada, havendo um número
maior do que aquele esperado pelas autoridades. Ele se restringe a uma população de uma região específica, podendo ser uma
população de uma instituição, por exemplos, surtos em uma unidade de um hospital (UTI, berçário etc), hospital, asilo etc.
Pandemia: ela ocorre quando a epidemia passa de um continente para outro, ou seja, quando toma proporções mundiais.
Vale ressaltar que as epidemias podem ser classificadas didaticamente quanto à origem e quanto à duração. Quanto à origem,
elas podem ser de fonte comum pontual ou fonte comum persistente (ou propagada). Quanto à duração, as epidemias podem ser
classificadas como explosivas ou lentas. Acompanhe o detalhamento da classificação das epidemias na figura a seguir.
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A morbidade é um termo genérico usado para designar o ATENÇÃO: A incidência representa o risco de ocorrência
conjunto de casos de uma dada afecção ou a soma de de uma doença.
agravos à saúde que atingem um grupo de indivíduos.
0 #IMPORTANTE!
Os coeficientes de prevalência e de incidência são medidas
Sempre que nos referimos ao termo morbidade, devemos muito utilizadas e de grande importância, pois possibilitam a
pensar em uma população predefinida, com localização análise do nível da saúde e da qualidade de vida de uma
espacial bem determinada, assim como um intervalo de determinada população, bem como indicam a necessidade
tempo e abrangência do estudo bem claros. Em resumo, a ou não da implementação de programas de assistência ou de
morbidade se refere aos indivíduos que se tornaram doentes controle epidemiológico de uma dada enfermidade.
num intervalo de tempo.
A incidência é mais utilizada para avaliação do
As medidas de morbidade mais utilizadas são: comportamento de doenças agudas, de curta duração,
1.Medida da prevalência: mede o número total de casos, enquanto a prevalência se dirige mais ao
episódios ou eventos existentes em um determinado ponto acompanhamento de doenças crônicas, de longa
do tempo. duração, em que os casos se acumulam ao longo dos
ATENÇÃO: A prevalência é considerada um retrato da anos.
população em dado período.
A prevalência e a incidência estão relacionadas, uma vez que
a prevalência é uma função da incidência mediada pelo
tempo de duração da doença. Veja na Figura a seguir como
determinados fatores podem influenciar a incidência de uma
doença.
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• Coeficiente de mortalidade neonatal precoce Veja na figura a seguir a correspondência cronológica para
• Coeficiente de mortalidade neonatal tardia cada tipo de mortalidade infantil comentada anteriormente:
• Coeficiente de mortalidade perinatal
• Coeficiente de mortalidade materna
• Coeficiente de mortalidade específico por doença
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conferem relevância especial à doença ou agravo. Entre D) os casos suspeitos de Síndrome da Imunodeficiência
essas características, destacam-se: Adquirida – AIDS devem ser notificados.
A) a magnitude, a vulnerabilidade e a severidade. E) somente os gestores estaduais e federal do SUS podem
B) a severidade, a relevância social e a relevância acrescentar novos agravos à lista de notificação.
econômica. 31. Os indicadores de saúde referem-se à mortalidade, à
C) o potencial de disseminação, a relevância social e a morbidade, aos fatores de risco ou à incapacidade.
magnitude. Considerando o exposto, assinale a alternativa correta.
D) a vulnerabilidade, a relevância econômica e o potencial de A) Os fatores de risco são estimados por meio de duas
disseminação. medidas: o risco absoluto e o risco atribuível.
28.A Notificação Compulsória de doenças, agravos e B) A taxa de prevalência é particularmente útil para medir a
eventos de saúde faz parte das ações de Vigilância importância das enfermidades de evolução lenta e crônica.
desenvolvidas pelo Ministério da Saúde. Sobre as C) Os indicadores de mortalidade são expressos por meio
disposições legais relacionadas ao processo de das taxas de incidência e de prevalência das enfermidades.
notificação, é correto afirmar que: D) A morbidade, embora, paradoxalmente, seja expressa em
A) agravo é definido como a situação que pode constituir privação total e completa da saúde, permanece como o
potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de fenômeno mais utilizado na referência dos indicadores de
surto ou epidemia de causa desconhecida. saúde.
B) o modelo de vigilância realizada a partir de 32.O conhecimento acerca dos modos de transmissão de
estabelecimento de saúde estratégico para a vigilância de doenças tem importância fundamental no controle e
morbidade e mortalidade de interesse para a saúde pública é vigilância epidemiológica. Sobre o assunto, analise as
denominado vigilância de notificação. afirmativas a seguir:
C) a notificação compulsória realizada em até 7 (sete) dias, a I. São considerados modo de transmissão horizontal aqueles
partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo, é em que o agente infeccioso é passado de uma pessoa a
denominada notificação compulsória negativa. outra, em um grupo de pessoas.
D) os casos de dengue, leishmaniose visceral e hepatites II. São exemplos de doenças de transmissão direta imediata:
virais fazem parte da lista de doenças ou agravos de herpes genital, gonorreia, hanseníase e sarampo.
notificação compulsória imediata. III. Na transmissão indireta, o indivíduo infectado elimina um
E) a notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo substrato vital que carreia o bioagente patogênico e este,
profissional de saúde ou responsável pelo serviço com passagem reduzida pelo meio ambiente, adentrará o
assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, meio interno de um indivíduo susceptível situado nas
em até 24 horas desse atendimento. proximidades, infectando-o.
29.Sobre a vigilância epidemiológica, é correto afirmar IV. A cólera, a esquistossomose, a doença de Chagas e o
que tracoma são exemplos de doenças que requerem hospedeiro
I. a notificação negativa é a notificação da não-ocorrência de intermediário, vetor ou veículo para sua transmissão.
doenças de notificação compulsória na área de abrangência Assinale a alternativa correta.
da unidade de saúde indicando que os profissionais e o A) Apenas I é verdadeira.
sistema de vigilância da área estão alertas para a ocorrência B) Apenas III é verdadeira.
de tais eventos. C) Apenas I, II e IV são verdadeiras.
II. a investigação epidemiológica é um trabalho de campo D) Apenas I, III e IV são verdadeiras.
realizado a partir de casos notificados clinicamente 33. A portaria Nº 204/2016 do Ministério da Saúde dispõe
confirmados com o objetivo de identificar a fonte de infecção, acerca da notificação compulsória de doenças, agravos e
o modo de transmissão, os grupos expostos a maior risco e eventos de saúde pública, e dá outras providências. Com
os fatores de risco a fim de orientar medidas de controle. base na referida publicação, analise as afirmativas a
III. o surto é a elevação do número de casos de uma doença seguir:
ou agravo, em determinado lugar e período de tempo, I. A notificação compulsória deverá ser realizada após a
caracterizando de forma clara um excesso em relação à confirmação de doença ou agravo de saúde.
frequência esperada. Destaca-se que não se restringe a uma II. A notificação compulsória também deverá ser realizada
população bem delimitada. pelos responsáveis por estabelecimentos públicos ou
A) Apenas item I está correto. privados educacionais, de cuidado coletivo, além de serviços
B) I e II estão corretos. de hemoterapia, unidades laboratoriais e instituições de
C) I e III estão corretos. pesquisa.
D) II e III estão corretos. III. A notificação compulsória imediata deverá ser realizada
E) Todos os itens estão corretos. pelo profissional de saúde ou responsável pelo serviço
30. De acordo com a normatização do sistema de assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente,
notificação compulsória de doenças, é correto afirmar em até 24 (vinte e quatro) horas desse atendimento.
que IV. A notificação compulsória mensal será feita à Secretaria
A) só devem ser notificados os casos confirmados. de Saúde do Município do local de atendimento do paciente
B) todo acidente por animal peçonhento deve ser notificado. com suspeita ou confirmação de doença ou agravo de
C) o tétano neonatal é de notificação, mas não o acidental. notificação compulsória.
Assinale a alternativa correta.
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A) hantavirose, febre amarela, peste e paralisia flácida 48. A epidemiologia segundo Almeida Filho e
aguda. Rouquayrol, é a ciência que estuda a distribuição e os
B ) HIV em gestantes, hantavirose, leishmaniose visceral e determinantes dos problemas de saúde (fenômenos e
peste. processos associados) em populações humanas. Para
C ) febre amarela, peste, violência doméstica e hanseníase. tanto, a enfermagem deve conhecer alguns conceitos
D ) toxoplasmose gestacional, malária, raiva e intoxicação básicos para entender e analisar o processo saúde-
exógena. doença. O conceito de Virulência é:
44. A agente comunitária de saúde fez uma visita A) a capacidade do agente, uma vez instalado, de produzir
domiciliar para uma mulher, 78 anos de idade, viúva, sintomas e sinais (doença).
acamada, que depois do AVC mudou-se para a casa da B) a capacidade do agente de, após a infecção, induzir a
filha. A paciente tem diabetes e não tem tomado a imunidade no hospedeiro.
insulina como deveria, pois sua filha, às vezes, não tem C) a capacidade do agente de produzir efeitos graves ou
tempo para aplicar a medicação, por ser muito atarefada. fatais, relaciona-se à capacidade de produzir toxinas, de se
A agente comunitária já ouviu gritos na casa e perguntou multiplicar.
se a paciente vinha sofrendo violência em casa, mas a D) a capacidade de certos organismos (agentes) de penetrar,
paciente não confirmou... disse: "a minha filha grita, mas se desenvolver e/ou se multiplicar em um outro (hospedeiro)
só quando fica nervosa". A agente comunitária despediu- ocasionando uma infecção.
se e foi para a unidade, mas ficou muito preocupada com E) a capacidade do agente de, após a infecção, induzir a
a situação. Na discussão de família, a equipe levantou a imunidade no hospedeiro, por determinado período, voltando
suspeita da paciente estar vivenciando uma situação de a produzir sintomas e sinais.
maus tratos contra o idoso. Diante da suspeita de maus 49.Qual é a consequência imediata do início de programa
tratos contra o idoso, os profissionais de saúde deverão de rastreamento de câncer de colo do útero, num
acompanhar o caso e: determinado munícipio?
A) notificar a suspeita de maus tratos contra o idoso. A) Aumento da incidência
B) notificar, apenas se os maus tratos forem confirmados. B) Aumento da letalidade
C) notificar, apenas se o idoso estiver correndo risco de vida. C) Aumento do coeficiente de mortalidade
D) notificar, apenas se o idoso autorizar a notificação. D) Aumento da mortalidade geral
45. As epidemias podem ser classificadas de acordo com 50. Os dados de uma Secretaria Municipal de Saúde
sua progressão no tempo. Sendo assim, uma epidemia indicam a presença sistemática (habitual) de uma
explosiva é aquela em que determinada doença no município. Essa doença pode ser
A) a curva pode apresentar várias ondas epidêmicas. caracterizada como uma:
B) há uma exposição maciça, comum, seguida de casos A) pandemia;
secundários. B) endemia;
C) há um curto período de incubação e abundância de C) incidência;
formas clinicas. D) prevalência;
D) há uma exposição maciça, comum e de curta duração. E) epidemia.
E) a duração total do surto excede o período de incubação.
46. A etapa da investigação epidemiológica que visa à
identificação dos casos adicionais (secundários ou não)
ainda não notificados, ou aqueles oligossintomáticos
que não buscaram atenção médica, é denominada
GABARITO
A) coleta de dados.
B) processamento.
C) busca ativa. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D) análise parcial.
E) busca de pistas.
D A C C E A B C C B
47. Notificação compulsória é um registro que obriga e 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
universaliza as notificações, visando ao rápido controle A C A C E B A D A C
de eventos que requerem pronta intervenção. Para tanto, 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
foi criada uma Lista de Doenças de Notificação A A C D B B B E A B
Compulsória, na qual estão inseridas todas as doenças
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
da alternativa:
A) Asma, Câncer, Tuberculose, Leptospirose, Varicela. B A A C A D A E B D
B) Antraz, Botulismo, Cólera, Dengue, Sífilis congênita. 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
C) Cólera, Dengue, Febre reumática, Poliomielite, Varicela. E C A A D C B C A B
D) Câncer, Dengue, Hepatite A, Raiva humana, Tuberculose.
E) Febre amarela, Febre reumática, Leishmaniose visceral,
Sarampo.
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