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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA

CENTRO DAS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

Andreza Honório dos Santos Costa

Taynara de Oliveira Menezes

FARMÁCIA HOSPITALAR:

Avaliação da Prescrição

Barreiras - BA

2021
Andreza Honório dos Santos Costa

Taynara de Oliveira Menezes

FARMÁCIA HOSPITALAR:

Avaliação da Prescrição

Trabalho apresentado como requisito parcial para


avaliação no componente curricular Farmácia Hospitalar,
no curso de Farmácia, na Universidade Federal do Oeste
da Bahia.

Docente: Gabriella Fernandes Magalhaes

Barreiras - BA

2021
1. INTRODUÇÃO

A paciente do sexo feminino Cristina Ferreira Silva de 78 anos de idade, viúva, foi
regulada da unidade de pronto atendimento por taquidispnéia e Pico hipertensivo,
Saturação <89%, Frequência respiratória: 36 IRPM. PA 160/100 mm/hg.

Deu entrada no Hospital Municipal com diagnóstico de insuficiência cardíaca


congestiva (ICC), apresentando bom estado geral, lúcido, orientado no tempo e no
espaço, afebril, acianótica, eupneica, anictérica, hipocorada (++/4+), Hidratada (+
+/4+), edemas nos membros inferiores (++/4+), refere cefaleia, sem outras queixas.

O aparelho cardio respiratório demonstrou PA 120/80 mm/hg. ACV arrítmica, com


terceira bulha audível em todos os focos de ausculta. Sem sopros audíveis.
Aparelho respiratório: Murmúrio vesicular universalmente diminuído em ambos os
hemitórax. Frequência Respiratória: 19 irpm. Saturação: 89%. Em ar ambiente o
paciente não apresenta desconforto respiratório.

A paciente apresenta Peso: 65. Altura: 1,65. Aguarda exames laboratoriais,


acompanhamento clínico, e aguarda ultrassom de abdome total, pois no exame
físico de abdômen apresentou abdome flácido timpânico sem dor à palpação, sem
visceromegalias, com provável massa palpável em flanco direito mesogástrio.

Responsável: Emanuel Santos. CRM: 2525

2. DESENVOLVIMENTO

Medicamentos prescritos:

 Soro Fisiológico 0,9% 500 ML, endovenoso 24/ HS.


 Espironolactona 25 MG, uma vez ao dia, às 16h via oral.
 Carvedilol: 3,125 MG, uma vez ao dia, via oral.
 Furosemida: 40 MG, 12/12h, via oral.
 Losartana: 50 MG, uma vez ao dia, via oral.
 Dipirona: Uma ampola, 6/6, endovenosa, se necessário.
 Plasil: Uma ampola mais AD 10 ML, endovenosa, de 8/8horas, Se náuseas e
ou vômitos.
3. RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA PRESCRIÇÃO

De acordo com a avaliação dos itens descritos na prescrição é possível verificar que
esta prescrição possui alguns erros que limitam a melhor avaliação dos
medicamentos, pois ela não apresenta informações importantes como, por exemplo,
a concentração do dipirona. Outro erro é o nome comercial ao invés de DCB ou
DCL, o correto seria usar metoclopramida ao invés do nome comercial Plasil. Além
disso, foi observada a ausência da forma farmacêutica para a losartana,
espironolactona, furosemida e caverdilol. Esses erros impossibilitam a avaliação do
aprazamento devido à falta dos horários de administração e o tempo e velocidade da
administração. Em relação ao horário prescrito para a espironolactona, o ideal seria
o paciente usar esse diurético pela manhã, assim como a furosemida.

Mediante o boletim dos medicamentos potencialmente perigosos nenhum destes


medicamentos prescritos consta na lista. Em relação às interações medicamentosas,
uso concomitante da espironolactona com a losartana apresenta um risco para a
paciente, pois bloqueadores dos receptores da angiotensina II e diuréticos
poupadores de potássio podem aumentar o risco de hipercalemia. Embora sejam
frequentemente combinados na prática clínica, à combinação de espironolactona ou
furosemida com caverdiol, pode aumentar o risco de prolongamento do intervalo QT
e arritmias devido ao sotalol que pode ser aumentado por diuréticos depletores de
potássio. Portanto é recomendado o monitoramento dos níveis séricos de potássio
desse paciente.

Em relação ao carvedilol o ideal é que a dose desse medicamento seja estabilizada


antes de iniciar o tratamento. Então a dose inicial recomendada é 3,125 MG, duas
vezes ao dia, por duas semanas. Como a paciente está usando 3,125 MG apenas
uma vez ao dia, isso pode está favorecendo com que o medicamento não atinja sua
dose terapêutica.

Pelo que foi relatado a paciente não apresenta dor, mas foi prescrito dipirona, uma
ampola de 6/6 horas, endovenosa, e não foi informada a concentração. Mas como o
paciente não apresenta o diagnóstico de insuficiência renal ou hepática, não há
riscos evidentes nessa prescrição.
Em relação à metoclopramida (Plasil), o tratamento não deve exceder três meses
devido ao risco de ocorrer discinesia tardia, principalmente em idosos. É preciso
respeitar o intervalo de dose ao menos 6 horas entre cada administração de
metoclopramida, mesmo em caso de vômito e rejeição da dose, para evitar
superdose. Em relação à dose, está correta na prescrição visto que não ultrapassa 6
horas.

A dose endovenosa do Plasil precisa ser administrada lentamente (o mínimo em


três minutos) e na prescrição não consta a velocidade nem o tempo da
administração. A administração deve ser lenta para evitar crises de ansiedade,
agitação seguida de sonolência. Além disso, o Plasil injetável é indicado para o
tratamento de enjoos e vômitos de origem cirúrgica, doenças metabólicas e
infecciosas, secundárias a medicamentos. Também é indicado para facilitar os
procedimentos que utilizam os raios-X no trato gastrintestinal. Portanto, é possível
que a administração endovenosa do Plasil não seja necessária, favorecendo então a
via oral, que seria mais cômodo para a paciente visto que ela não apresenta
dificuldade de deglutição.
REFERÊNCIAS

 Drugs.com. Disponível em: https://www.drugs.com/drug_interactions.html.


Acesso em: 03/09/2021

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