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É com esse pensar de Cândido que entendo a literatura como elemento vivo e
sempre atual. Mesmo quando falado em gerações pré determinadas em tempo cronológico.
Portanto, ao pensar sobre a Poesia do Romantismo Brasileiro, também penso: por que ela
ainda é cobrada como conhecimento básico ao ingresso universitário? Por que se faz
necessária no conteúdo programático do Ensino Médio de nossos estudantes? E como ela
pode ser apresentada aos futuros professores destes seres em formação?
CLASSICISMO ROMANTISMO
Objetivismo Subjetivismo
Condicionamento Liberdade
Razão Sentimento
Contemporaneidade Historicismo
Otimismo Pessimismo
Nobreza Burguesia
Real Fantástico
Sobriedade Embriaguez
Cultura Natureza
Os primeiros românticos:
CARACTERÌSTICAS
Conotação: Por ser a língua uma forma de vida que está sempre e
necessariamente inserida em situações socioculturais e abarcar formas de trabalho
linguísticas e não-linguísticas que se interpretam mutuamente é que podemos entender a
linguagem literária como polissêmica, ambígua e por isso aberta a várias interpretações,
conforme a relação com a mensagem, autor, receptor e a realidade a qual está inserida, ou
seja, referente.
Criatividade: A linguagem poética insurge-se contra o automatismo e
estereotipação do uso linguístico, reavivando arcaísmos, criando neologismos, inventando
novas metáforas, ordenando de modo diferente e surpreendente os lexemas no sintagma.
Os signos poéticos, mais do que expressar conceitos carregam representações sensoriais,
por meio da metrificação, da rima, da assonância, do ritmo, da sinestesia.
Estruturação: A arte é uma construção formal baseada em elementos do mundo
real, e como estes, ela possui a qualidade da estruturação. A literariedade de um texto
reside, portanto, não no fato de ser estruturado, mas na especificidade de sua estrutura ou,
como preferem os formalistas, no processo pelo qual os materiais linguísticos, culturais e
ideológicos são organizados e adquirem forma de arte.
Ficcionalidade: o caráter ficcional é uma prerrogativa indeclinável da obra literária.
Se o fato narrado pudesse ser documentado, se houvesse perfeita correspondência entre
os elementos do texto e do extratexto, teríamos então, não arte mas história, biografia,
jornalismo, crônica social ou esportiva.
Verossimilhança: Distinguimos uma verossimilhança interna à própria arte e uma
verossimilhança externa. A primeira é coerente com os elementos estruturais: motivação e
causalidade das sequências narrativas, a equivalência dos atributos e das ações das
personagens, a isotopia, a homorritmia, o paralelismo; enquanto a segunda refere-se à
lógica formal e opinião comum. Ou seja, se faltar a V. interna, o texto fica incoerente, sem
sentido, enquanto que se faltar a externa tem-se um dos estilos da poesia, o fantástico onde
é possível humanizar animais como em metamorfose de Kafka. A literatura de ficção
supera a antítese do ser e do não ser, do real e do imaginário: a personagem artśtica é,
porque foi criada por um autor, e, ao mesmo tempo, não é, porque nunca existiu no plano
histórico.