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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

Matheus de Oliveira Santiago

PRINCIPAIS DOENÇAS INFECCIOSAS QUE AFETAM


O SISTEMA REPRODUTOR DOS ANIMAIS

Goiânia
2021
Matheus de Oliveira Santiago

PRINCIPAIS DOENÇAS INFECCIOSAS QUE AFETAM


O SISTEMA REPRODUTOR DOS ANIMAIS

Trabalho apresentado ao professor


de Fisiologia da Reprodução e
Obstetrícia Veterinária.

Professor: Gustavo Lage da Costa

Goiânia
2021
1. Metais tóxicos e seus efeitos sobre a reprodução dos
animais

Os metais tóxicos constituem um grupo que não possui funcionalidades fisiológicas benéficas
nem fundamentais para os organismos vivos. Posto isto, cabe salientar que muitos desses
metais apresentam um elevado nível de toxicidade, podendo desencadear efeitos adversos
no metabolismo dos seres vivos, ainda que em quantidades ínfimas. Dentre os metais tóxicos
estão: o mércúrio, o cádmio e o chumbo, todos com um elevado peso específico, sendo
enquadradados na terminologia genérica de metais pesados, bem como outros elementos
que têm o mesmo efeito desses metais.

Os metais podem acometer os animais com diversas doenças, seja pela ausência, presença
ou excedente dos mesmos. Perante essa perspectiva, os metais e os mineirais são
caracterizados como macroelementos essenciais (sódio, cálcio, potássio e cobre),
microelementos essenciais (cromo, zinco, ferro e cobalto) e microcontaminantes ambientais
não essenciais (chumbo, titânio, estanho e tungstênio).

Outro ponto relevante que convém ser frisado, é que o nível de toxicidade dos metais é
determinado pela dose, tempo de exposição e via de exposição. Desse modo, quando a
concentração desses metais se eleva no organismo, começam a surgir alterações clínicas no
organismo do indíviduo.

Os animais domésticos e de produção, por sua vez, costumam ser afetados pelos efeitos
tóxicos dessas substâncias, havendo reflexo nos sistemas reprodutivo, endócrino,
neurológico e enzimático. Em relação aos animais de produção, particularmente, a exposição
aos metais tóxicos tende a ser mais acentuada, tendo em vista que em determinados tipos de
sistemas da pecuária, os animais tendem a ficar diretamente expostos a muitos
contaminantes químicos, podendo estar presentes na água e (ou) em alimentos fornecidos ao
rebanho. Nesse sentido, muitos mananciais superficiais e pastagens costumam ser
prejudicados pela ação de contaminantes que, muitas das vezes, são oriundos de práticas
inapropriadas ligadas a mineiração de certas empresas desse setor.
Alterações reprodutivas em animais promovidas por metais tóxicos

No tocante a fisiologia da reprodução, em especial na fêmea, o hipotálamo, a hipófise e outros


componentes do sistema endócrino são imprescindíveis para o desencadeamento de diversos
eventos reprodutivos nas mais variadas espécies, uma vez que atuam na liberação de certos
hormônios como FSH, LH, TSH e GH, que atuam direta ou indiretamente no desenvolvimento
e na maturação dos folículos ovarianos. Não obstante, por conta da exposição aos metais
tóxicos, há muitos casos de animais que são acometidos por intoxicação, que por sua vez,
provoca alterações no sistema endócrino, ocasionando um descontrole hormonal e, por
conseguinte, desgaste na saúde ovarina do animal.

O quadro clínico e gravidade das alterações ovarianas dependem da dose e tempo de


exposição, assim como idade, fase reprodutiva e produtiva em que se encontra o animal.
Diante desse cenário, algumas das alterações provocadas são: puberdade precoce, disfunção
anovulatória com infertilidade durante a vida reprodutiva, síndrome metabólica e virilização.

Ainda nesse sentido, os metais tóxicos são conhecidos por apresentarem dificuldades no que
tange a eliminação por parte do organismo, podendo gerar modificações de
neurotransmissores do sistema nervoso central, que são essenciais para o processo
reprodutivo. Com base nisso, a seguir serão destacados alguns metais tóxicos e suas
respectivas interferências no tocante ao sistema reprodutivo dos animais:

- Mercúrio: caso haja bastante bioacumulação, pode afetar a glândula adrenal, provocando
o bloqueio de muitas enzimas fundamentais para o funcionamento adequado do organismo.
Em machos, é comum do hiperandrogenismo, e nas fêmeas, a síndrome do ovário policístico.
- Cádmio: provoca o aumento da peroxidação lipídica no tecido ovariano, bem como a inibição
significante na atividade da enzima delta aminolevulinato desidratase. Ademais, causa
patologias teciduais e ovarianadas, originando principalmente estresse oxidativo.
- Chumbo: altera o equilíbrio pró-oxidante/antioxidante e pode afetar os sistemas de defesa
antioxidante, reduzindo a integridade das membranas e do DNA espermático. Além disso,
caso o animal gestante seja exposto a altas concentrações, pode haver abortos,
malformações fetais, danos neurológicos, insuficiência placentária e nascimento prematuro e
baixo peso ao nascimento.
Influência dos MT na determinação sexual e reprodução dos animais

aquáticos

Há um vasto número de compostos, tais como remédios, produtos químicos, hormônios e


metais tóxicos, que, caso sejam descartados de modo impróprio no ambiente, principalmente
o aquático, pode determinar direta ou indiretamente o sucesso reprodutivo de várias espécies
aquáticas.

Diante dessa ótica, esses fatores são extremamentes relevantes no que concerne os
processos fisiológicos de muitas espécies de animais aquáticos, uma vez que a expressão ou
supressão de genes em um determinado organismo pode ser originada por atuação do meio
ambiente externo, assim como, o ambiente interno do organismo, neste caso, podemos
destacar fatores ligados ao metabolismo e a influência hormonal.

A determinação sexual está diretamente ligada ao genótipo, a diferenciação sexual, por outro
lado, arca com o desenvolvimento das gônadas, implicando nas características fenotípicas do
animal. No que tange algumas espécies peixes, as gônadas desenvolvem-se inicialmente em
estruturas semelhantes a ovários, contudo não diferenciadas. Dessa forma, geralmente
metade dos indivíduos dessas espécies podem se tornar machos ou fêmeas se ocorrerem
pressões do ambiente externo e interno de maneira randômica e natural.

Exemplificando, caso uma mineradora promova uma alta interferência no equilíbrio químico
de um dado ambiente aquático, consequentemente poderá haver o compromentimento da
fertildade em alguns grupos de peixes, haja visto que, em certas espécies aquáticas, quando
o macho reprodutor desaparece, a fêmea modifica fisiologicamente suas gônadas, a fim de
transformar seus ovários em testículos. Logo, se diversas alterações ambientais vierem a
impedir o processo de reversão sexual, a continuidade de muitas espécies aquáticas pode
ficar comprometida.
2. Doenças infecciosas que impactam a reprodução de bovinos

Na pecuária bovina de corte e leite, muitas conquistas foram alcançadas quanto aos aspectos
genéticos, sanitários, zootécnicos, nutricionais e reprodutivos. Todavia, infelizmente ainda há
muitos desafios no que concerne a saúde animal que, por seu turno, requer muita atenção
por parte dos profissionais que compõem o setor médico veterinário, tendo em vista a
relevância que algumas infeccções apresentam para a produção animal, e até mesmo a saúde
pública de modo geral.

Nesse sentido, é mister atentar-se para as enfermidades epidêmicas que, por sua vez, se
apresentam de forma aguda e com sinais clínicos evidentes. Em contrapartida, as infecções
endêmicas costumam apresentar cronicidade e manifestar sinais menos evidentes no
rebanho. Posto isto, convém salientar que infecções do trato reprodutivo são um impasse na
expansão da pecuária bovina mundial e, sendo assim, diversos parâmetros empregados para
avaliar a eficácia reprodutiva de bovinos acabam sendo afetados em virtude da ação
patogênica de um ou múltiplos micro-organismos.

Dentre os principais parâmetros utilizados, pode-se destacar: intervalo entre partos; taxa de
retorno ao cio; taxa de abortamento; taxas de gestação aos 30, 60 e 90 dias pós-cobertura ou
inseminação artificial; número de doses de sêmen por prenhez positiva, entre outros como
fundo de maternidade.

Sabe-se que as infecções que causam mortalidade do concepto são responsáveis por mais
de 50% dos problemas ligados a reprodução de bovinos ao redor de todo o globo terrestre.
Há múltiplas classses de micro-organismos que podem acometer os rebanhos de bovinos,
sendo elas bactérias, vírus e protozoários. Esses agentes etiológicos, por sua vez, afetam
especialmente a fêmea bovina e o feto, de modo que acarretam graves consequências e
prejuízos para toda a cadeia produtiva relacionada a espécie bovina.

Existem muitos patógenos que se adaptaram aos bovinos, de maneira que são considerados
de extrema importância para os rebanhos de corte e leite de todo o país. Com isso, foi
realizada uma relação com as principais infecções endêmicas para elucidar o agente
etiológico e o principal mecanismo utilizado para manutenção da endemicidade da infecção
no rebanho.
Em relação as principais enfermidades infecciosas, podemos frisar aquelas que têm algum de
relevância para os rebanhos brasileiros, sendo elas: brucelose, campilobacteriose,
tricomonose ou tricomoníase, neosporose, micoplasmose, ureaplasmose, histofilose e
tripanossomose. Contudo, levando em conta a frequência de ocorrência nas regiões
geográficas do país, não resta a menor dúvida, que a IBR, BVD e leptospirose são as mais
importantes tanto clínica quanto epidemiologicamente.

IBR/BVD/Leptospirose

Rinotraqueíte Infecciosa Bovina: o agente etiológico da IBR (Infectious Bovine


Rhinotracheitis) é o BoHV-1. O vírus se caracteriza por estabelecer infecções latentes.
Dessarte, o animal, ainda que tenha apresentado resposta imunológica contra o patógeno,
não consegue eliminar por completo a infecção, pois o genoma viral permanece na forma
latente em células ganglionares. Por essa razão, o bovino contaminado é considerado um
pontecial transmissor e portador vitalício do vírus.

Diarreia Viral Bovina: o agente etiológico da BVD (Bovine Viral Diarrhea) é o vírus da diarreia
viral bovina, tendo como principal peculiaridade a probabilidade de ocorrência do nascimento
de animais persistentemente infectados (PI) pelo vírus. Estes animais, por seu turno, fazem
parte do principal elo da cadeia epidemiológica da BVD, visto que eliminam o patógeno por
todas as vias de secreção e excreção.

Leptospirose Bovina: seu principal agente etiológico é a Leptospira hardjo, possui como
peculiaridade mais relevante o estabelecimento de infecções crônicas. Dessarte, o animal
elimina a leptospira através da urina, de maneira esporádica, durante longos períodos de
tempo, servindo como fonte de infecção para todo o rebanho.

Micotoxinas: podem afetar o trato reprodutivo da fêmea bovina por meio da ingestão de
zearalenona que pertence a espécies de fungos do gênero Fusarium spp., estando presentes
no milho. Ao consumirem silagem de milho com altas concentrações de zearalenona, vacas
em gestação têm sua dinâmica alterada em virtude do efeito estrogênico da mesma. No mais,
todas as micotoxinas, em algum grau, são naturalmente imunodepressoras.
Diagnóstico

Existem diversos métodos utilizados para se obter o diagnóstico de infecções, podendo ser
classificados em técnicas de diagnóstico direta ou indireta. No diagnóstico direto os micro-
organismos são identificados através de seu isolamento e/ou detecção de suas proteínas ou
do seu genoma. Por outro lado, o diagnóstico indireto é empregado para detectar evidências
de infecções passadas, recentes e presentes. Nesse cenário, objetiva-se a detecção de
anticorpos por intermédio de técnicas de sorologia.

Nas técnicas de sorologia têm-se duas variações, sendo denominadas como quantitativas e
qualitativas.

Qualitativas: nelas, o resultado é expresso como reagente ou não reagente, o que serve para
identificar a presença ou ausência de certos anticorpos contra um antígeno específico.
Quantitativos: nessa metodologia, é possível indentificar-se a ausência ou presença de um
anticorpo específico nas análises dos soros, de modo que ainda é viabilizada a definição do
título do anticorpo em questão. Em suma, em amostras positivas é possível constatar títulos
e classificá-los em títulos basais, intermediários ou altos títulos de anticorpos.

Por fim, ter consciência do perfil sorológica perante os principais agentes infecciosos do trato
reprodutivo da espécie bovina é imprescindível para o funcionamento apropriado do setor
pecuarista.

Controle e Profilaxia

A fim de que haja uma expansão quantitativa e qualitativa dos rebanhos bovinos é
fundamental que os objetivos e os índices dos principais parâmetros usados para mensurar a
eficiência reprodutiva sejam trabalhos da forma mais apropriada possível. Diante desse
quadro, destacam-se algumas medidas de controle e profilaxia para as doenças abordadas
anteriomente, dentre as quais podemos frisar:
- Vacinação semestral para controle de leptospirose, IBR e BVD em bovinos de corte e,
principalmente em leiteiros;
- Reprodução por inseminação artifical na bovinocultura de leite (prevenção de doenças
venéreas);
- Eliminação imediata de animais PI com o BVDV, principalmente no caso de rebanhos
leiteiros e de corte de elite;
3. Diagnóstico diferencial de doenças da reprodução em

bovinos

A etiologia das enfermidades que acometem o trato reprodutivo dos animais é composta de
muitos fatores, sendo que podem ser de origem infecciosa ou não infecciosa. Dentre os
agentes causadores de doenças estão: vírus, bactérias, parasitas. Estes agentes
patogênicos, por seu turno, provocam a mortalidade embrionária, fetal e natimortalidade em
muitos rebanhos de bovinos.

Diante desse cenário, há uma tarefa muito complexa no que tange o uso de conceitos médicos
de rebanho, pois o planejamento de saúde animal abrange a identificação de fatores de risco,
diagnóstico e boas práticas de manejo. Portanto, o técnico responsável precisa estar
totalmente consciente das metodologias estabelecidas para este fim, uma vez que saúde,
competitividade e sucesso financeiro da propriedade dependem de alguns critérios avaliados.

Deve-se levar em consideração que cada criatório do país pode apresentar uma situação
epidemiológica distinta, podendo haver a presença de um ou mais fatores de risco interligados
numa região específica. Posto isto, a fim de identificar melhor a situação de cada rebanho são
empregados alguns critérios estabelecidos por um modelo que, no que lhe concerne,
necessita conter:

1) identificação do proprietário e da propriedade;

2) número de animais por sexo, idade, categoria zootécnica, raça ou aptidão;

3) histórico de vacinação;

4) tuberculinização e sorodiagnóstico para brucelose e outros exames sanitários;

5) informações epidemiológicas, tais como: início dos sintomas, número de animais


acometidos por idade, sexo e categoria zootécnica, mortalidade, trânsito de animais na
propriedade, quarentena, presença de vetores e animais vertebrados que podem ser
reservatórios;

6) informações clínicas: sinais clínicos, exames realizados (ginecológico, andrológico,


sorodiagnóstico, microbiológico, parasitológico, outros);

7) manejo nutricional: formulação da ração e sal mineral, quantidade fornecida, tipo de


forragem;

8) manejo zootécnico: extensivo, semi-intensivo, intensivo;


9) manejo reprodutivo: monta natural, inseminação artificial, transferência de embriões, data
da cobertura ou período da estação de monta, utilização de rufião, diagnóstico de gestação,
exame andrológico antes da estação de monta;

10) informações produtivas: produção de leite, pesagem e escore corporal, índices de


prenhez, parição, taxa de desfrute; destino dos dejetos, produtos químicos, lixo e cadáveres;
quantidade e qualidade da água;

Perante o que foi apresentado, após a avaliação conjunta dos dados zootécnicos e clínicos,
faz-se mister ter total suporte laboratorial, a fim de confirmar corretamente qual o diagnóstico
da doença reprodutiva do caso. Para tanto, é necessário a realização de pesquisas de
antígeno (exame direto) ou pesquisas de anticorpos (exame indireto). Além disso, a pesquisa
de anticorpos pode ser feita a partir do uso de soro sanguíneo, plasma, fluido tóraco-
abdominal, leite e sêmen. Para identificar a presença do agente infeccioso ou de seu antígeno,
deve-se empregar a utilização de sangue com anticoagulante, plasma, soro, liquor, secreção
cervico-vaginal e prepucial, sêmen, placenta, líquido amniótico, conteúdo de vesículas ou
epitélio e mucosa, órgãos e SNC, placenta, conteúdo abomasal, fezes, mecônio e urina.
Convém, também, salientar que é preciso ter conhecimento prévio do órgão em que há
suspeita de haver a presença do agente infecciooso, fator que auxiliará na escolha do tipo de
material clínico a ser coletado.

Necropsia Fetal

A necropsia fetal é de suma importância para o diagnóstico de doenças infecciosas e


parasitárias que acometem o trato reprodutivo dos animais, tendo em vista que através dela
é possível constatar a infecção por meio da presença de anticorpos ou antígenos encontrados
no feto. Nesse contexto, o material indicado para pesquisa de anticorpos, é o soro ou o fuildo
tóraco-abdominal, especialmente caso a idade seja maior do que quatro meses, podendo
incluir-se natimortos. Por conseguinte, sucede-se a necropsia e coleta dos órgãos eleitos,
seja sistema nervoso central, anexos ou fluídos fetais.

Esse processo, por sua vez, deve ser realizado da maneira mais agilizada possível, pois o
feto pode se encontrar em autólise. Fluídos e órgãos fetais geralmente são guardados e
enviados refrigerados ou congelados para isolamento bacteriano e viral, de modo que são
refrigerados, embalados em sacos plásticos e postos em caixas do tipo isotérmica.
Caso não seja possível realizar a necropsia realização de necropsia a campo, o feto deverá
ser inteiramente ou parcialmente esquartejado, de modo que sejam retirados seus membros
anteriores e posteriores para que sejam enviados ao laboratório.

Em síntese, se um agente infeccioso for identificado como o causador do abortamento, certas


medidas deverão ser adotas para reduzir ao máximo os danos acarretados por doenças dessa
natureza. Para tanto, é mister que o proprietário adote as seguintes medidas:

- Isolamento;

- Sacrifício;

- vacinação;

- Aplicação de medicamentos;

- Interdição da propriedade;

- Quarentena entre outras;

- Boas práticas de produção;

Não menos relevante, o proprietário também deve estar atento quanto a adoção de medidas
isoladas perante a impasses de caráter multifatorial que, muitas das vezes, são a causa do
insucesso na resolução de problemas sanitários. Logo, é mister analisar com total afinco se o
caso em questão necessita ou não de intervenção sistêmica.
4. Doenças Infectocontagiosas Ligadas à Reprodução

As enfermidades infecciosas têm uma relevância exorbitante para o meio veterinário, uma vez
que costumam ser transmitidas interespécies, isto é, entre os animais e os seres humanos.
Nesse panorama, é primordial identificar os fatores de ricos relacionados aos agentes
infecciosos, sendo esta a etapa inicial para se prevenir enfermidades de natureza infecciosa.

Porquanto, os profissionais da medicina veterinária devem se aprofundar quanto às


características biológicas de cada um desses agentes, a fim de que consigam orientar os
tutores dos animais e as equipes sobre as melhores medidas para a prevenir esses
patologias.

Dessarte, a seguir foi elaborada uma análise sucinta em relação às principais peculiaridades
das doenças causadoras de infecções que podem corroborar para com a derrocada do
desempenho da fertilidade dos animais de companhia. Diante disso, alguns dos principais
pontos abordados são: o que é, causas, transmissão, sintomas, diagnóstico, tratamento,
profilaxia e efeitos ligados à reprodução animal.

Brucelose

O que é: a Brucelose se trata de uma enfermidade zoonótica infecciosa caracterizada por


acometer e comprometer o trato reprodutivo de animais, de forma que canis em todo o país
sofrem com perdas econômicas em razão da Brucelose canina. Esta, por sua vez, é um
cocobacilo pequeno Gram-negativo, capaz de infecctar os canídeos e, com muita raridade, a
espécie humana.

Causas: pode ser provocada por até quatro tipos de de Brucella, sendo elas a Brucella canis,
Brucella abortus, Brucela melitensis e Brucella suis.

Transmissão: pode ser transmitida por meio das maneiras a seguir: contato com sêmem
contaminado na hora do coito, ingestão de agentes patogênicos presentes na placenta ou em
fetos abortados, através da via transplacentária e pela secreção vaginal de fêmeas infectadas.
Sintomas: não são muito evidentes, porém geralmente são: apatia, dores nas articulações,
letargia, linfomegalia e intolerância a exercícios físicos.

Diagnóstico: feito por intermédio da análise clínica do animal. Contudo, geralmente precisa
de confirmação laboratorial, portanto, é realizado o isolamento bacteriológico do micro-
organismo obtido de amostras de sangue do animal, coletado de tecidos, secreções e
linfonodos contaminados. Ademais, tendo em vista que o exame bacteriológico pode ser bem
demorado, o teste sorológico é o mais empregado, mas que podem apresentar resultados
positivos falsos e, nos casos de brucelose canina crônica, podem apontar falsos negativos.
Um dos exemplos mais conhecidos é perpetrado pelo teste de ensaio enzimático
imunoabsorvente (ELISA).

Tratamento: é realizado com uso de medicamentos antibióticos, entretanto, não costuma


apresentar um alto grau de eficácia no combate contra essas bactérias presentes no meio
intracelular do animal. Exemplos de antibióticos utilizados: tetraciclina e estreptomicina.

Profilaxia: identificação e posterior isolamento de indivíduos e ambientes potencialmente


contaminados com a bactéria. Em canis, deve haver inspeções de rotina, testes sorológicos
mensais e, caso haja o resultado seja positivo, recomenda-se a eutanásia do animal em
questão, a fim de prevenir que o patógeno se espalhe.

Efeitos no ligados à reprodução animal: em fêmeas, pode ocasionar abortamento (entre


45 e 55 dias de gestação), morte embrionária, retenção de placenta, corrimento vaginal
saguinolento, natimortos e/ou nascimento de neonatos fracos. Por outro lado, em machos, o
agente patológico localiza-se no epididímo e na próstata, provocando dermatite de bolsa
escrotal, atrofia testicular, infertilidade, anormalidades espermáticas, linfoadenopatia,
meningoencefalite, uveíte e discospondilite.

Campilobacteriose

O que é: a Campilobacteriose é uma enfermidade caracterizada por acometer o trato intestinal


e reprodutor de animais domésticos. Seu agente etiológico é um descrito como um bacilo
Gram-negativo, fino, curvo e móvel por flagelo. Além disso, pode apresentar caráter zoonótico.
Causas: é provocada por uma bactéria denominada Campylobacter, podendo haver
variações como C. fetus, C. coli e C. Jejuni.

Transmissão: pode ser transmitida pela ingestão de alimentos ou água contaminada com o
patógeno. Em casos bem raros, o contato entre animais e pessoas também pode transmitir
essa enfermidade.

Sintomas: diarreia, náuseas, cólicas, febre, apatia e sangue nas fezes.

Diagnóstico: consiste na coleta e análise de cultura bacteriana a partir de tecidos neonatais,


conteúdo estomacal (fezes), placenta e secreção vaginal. Nesse sentido, o material coletado
é enviado ao laboratório para posterior avaliação do mesmo.

Tratamento: a terapia antimicrobiana se dá baseada nos resultados da cultura e sensitividade


da bactéria. Nesse panorama, antibióticos são empregados até que os sinais clínicos diminuam
em até cinco dias, porém infecções crônicas podem requerer um tratamento mais prolongado
do que o usual. Exemplos de antibióticos usados: tetraciclina e cloranfenicol.

Profilaxia: cuidados com a sanidade dos alimentos e água fornecidos aos animais, assim
como a higienização constante do ambiente em que estão inseridos. Ademias, caso haja a
detecção do patógeno em um animal, é mister haver o isolamento deste.

Efeitos no ligados à reprodução animal: em cadelas, há relatos de abortos e inferlitidade


por conta da ação da bactéria. Também, foi observado profusa secreção vaginal de odor fétido
e aspecto hemorrágico.

Salmonelose

O que é: a Salmonelose é uma infecção responsável por acarretar muitas implicações no


trato gastrointestinal e, até mesmo no trato reprodutor de algumas espécies de animais. Seu
agente etiológico é caracterizado por apresentar aspecto Gram-negativo, forma de bacilo, com
flagelos, não esporulado e não capsulado.
Causas: é provocada por uma bactéria do gênero Salmonella spp., sendo pertencente à
família Enterobacteriaceae.

Transmissão: pode ser transmitida por meio da ingestão de alimentos e água contaminada.
Todavia, também pode acontecer através das mucosas do trato respiratório superior e da
conjuntiva.

Sintomas: costuma ser subclínica, contudo formas graves da doença podem ocasionar
diarreia, vômito, febre, depressão e até a morte.

Diagnóstico: é perpetrado por meio de exames clínicos e laboratoriais que, por seu turno,
envolvem hemocultura e análise de bactérias provenientes da cultura de micro-organismos
de fezes ou de mucosa. Ademais, o diagnóstico para problemas reprodutivos provém da
análise da cultura de tecido fetal e/ou membranas.

Tratamento: muitas das vezes, é uma doença autolimitada, logo, o animal pode acabar
superando os sintomas. Porém, dependendo do resultado do teste de sensibilidade, pode-se
optar por administrar medicamentos antimicrobianos. Exemplos de antibióticos usados:
amoxilina e trimetropim.

Profilaxia: cautela com a higiene dos alimentos e água oferecidos aos animais, assim como
isolamentos de animais infectados de outros animais e limpeza adequada do ambiente com o
uso de determinados desinfetantes.

Efeitos ligados à reprodução animal: em fêmeas, já foram observados relatos de


natimortalidade e abortos.

Escherichia Coli

O que é: é uma bactéria bacilar Gram-negativa, que faz parte da família Enterobacteriaceae.
Costuma acometer o trato intestinal, urinário e genital dos animais.

O que causa: é conhecida por provocar doenças infecciosas como infecções urinárias,
diarreia e a colite hemorrágica e síndrome hemolítico-urêmica. Ademais, em animais adultos,
pode ocasionar infecções envolvendo as glândulas mamárias e o útero.

Transmissão: se dá através dos sedimentos ou por via oral de alimentos ou água


contaminada.

Sintomas: os principais conhecidos são a diarreria com ou sem sangue, anorexia,


desidratação e, em certos casos, febre.

Diagnóstico: é feito ocorre por meio do isolamento de cultura bacteriana e, posteriomente,


análise laboratorial da mesma.

Tratamento: as medidas empregadas são relativas ao uso de antibióticos semelhantes aos


usados para casos de Salmonelose.

Profilaxia: ter cuidado com a limpeza de ambientes como canis, de modo que sejam
empregados desinfetantes comuns (formol, produtos clorados e compostos fenólicos).

Efeitos ligados à reprodução animal: nas fêmeas, foram observados abortos, secreção
vaginal hemorrágica e anemia. Nos machos, por sua vez, a invasão da bactéria está
associada à prostatite.

Mycoplasma e Ureaplasma

O que é: são dois gêneros de bactérias livres, sendo que compõem a família
Mycoplasmataceae, e são capazes de acometer os tratos genital e intestinal dos animais. Por
possuírem o menor código genético, lhe faltam muitas vias metabólicas.

O que causam: em determinadas situações, podem provocar processos infecciosos que


podem levar a endometrites, salpingites e, desse modo, causar infertilidade.

Transmissão: se dá por meio do contato de animais infecctados ou em ambientes pouco


higienizados e, por essa razão, pode haver uma maior concentração dessas bactérias no
local.

Sintomas: febre, vaginite recidivante, baixa taxa de concepção, dentre outros.

Diagnóstico: a análise laboratorial da cultura bacteriana é essencial, pois nem todos os


animais infecctados chegam a apresentar sinais clínicos aparentes.

Tratamento: são empregados o uso de certos antibióticos. Exemplos: doxiciclina, eritromicina,


quinolonas e cloranfenicol.

Profilaxia: higienização correta de canis e gatis, alternação de machos e fêmeas que estão
sendo acasalados, limitar animais por baia e isolar animais enfermos dos demais do local.

Efeitos ligados à reprodução animal: nas fêmeas, foram observados abortos, nascimentos
de neonatos fracos, morte neonatal e endometrite. Nos machos, por seu turno, o Mycoplasma
causa orquite, epidemite e prostatite.

Streptococcus spp.

O que é: são um gênero de bactérias Gram-positivas, anaeróbicas facultativas e imóveis. São


encontrados no trato respiratório superior e no trato urogenital inferior. Ademais, são
classificados conforme sua capacidade de causar lise (morte celular) em eritrócitos, em alfa
(hemólise incompleta), beta (hemólise total) ou gama (nenhuma hemolise)-hemolítico.

O que causam: são responsáveis por inúmeras infecções supurativas, como mastite, metrite,
poliartrite e meningite.

Diagnóstico: a análise laboratorial da cultura bacteriana coletada em sangue, urina e tecidos.

Tratamento: se dá através da antibioticoterapia parenteral.

Efeitos ligados à reprodução animal: os estreptococos beta-hemolíticos provocam


problemas reprodutivos em animais, dentre eles estão: aborto, infertilidade e morte neonatal.
Leptospirose

O que é: é uma doença infecciosa que acomete moderadamente os sistemas urinários,


genital e mais seriamente outros sistemas. Seu agente etiológico se apresenta de forma
helicoidal, Gram-negativo e endoflagelos (ficam dentro do periplasma).

Causa: é provocada por uma bactéria conhecida como Leptospira spp..

Transmissão: ocorre por mordidas, contato venéreo, via transplacentária e ingestão de


material contamidado com o patógeno.

Sintomas: diarreia, vômito, dores pelo corpo do indivíduo, perda de apetite e febre.

Diagnóstico: realizada por meio de uma análise laboratorial da cultura de urina, sangue ou
tecidos, estando ligada a testes sorológicos.

Tratamento: são utilizados alguns antibióticos específicos. Exemplos: ampicilina, penicilina,


estreptomicina e diidroestreptomicina.

Profilaxia: isolamento de animais infectados, limpeza de ambientes possivelmente


contaminados com detergentes e desinfetantes e cuidados com a higiene alimentar do animal.

Efeitos ligados à reprodução animal: os sinais mais recorrentes são o aborto e a


infertilidade.

Toxoplasmose

O que é: é uma doença zoonótica que acomete com bastante prevalência os vertebrados de
sangue quente, sendo os mais comuns o cão e o gato. Seu agente etiológico possui três
formas infectantes: os esporozoítos, os taquizoítos e os bradizoítos.

Causa: é ocasinada pelo protozoário Toxoplasma gondii.


Transmissão: se dá por infecção genital, ingestão de tecido contaminado e ingestão de
oocistos presentes em comida ou água.

Sintomas: anorexia, perda de peso, letargia, efusão abdominal, dor no momento da palpação,
vômito e dispneia.

Diagnóstico: ocorre por meio de análises laboratoriais, em que há o isolamento do agente


patogênico a partir de tecidos fetais ou neonatais. Ademais, exames sorológicos também são
utilizados.

Tratamento: acontece pelo uso de antibióticos. Exemplos: clidamicina (escolhida para tratar a
forma clínica da doença) e a pirimetamina.

Profilaxia: está ligada à diminuir a incidência da infecção em felinos, sendo estes os animais
mais afetados. Nesse sentido, deve-se atentar para limpezas rotineiras de caixas de areia,
assim como o descarte correto dessas fezes, higiene dos alimentos fornecidos ao animal e
restrição do acesso de crianças à caixa de areia, tendo em vista o pontecial zoonótico da
enfermidade.

Efeitos ligados à reprodução animal: por conta da infecção, os animais acometidos


apresentam: desordens reprodutivas, morte fetal e parto prematuro.

Neosporose

O que é: é uma doença infecciosa que acomete animais domésticos e de produção. Seu
agente etiológico é intracelular obrigatório e possui duas formas infectantes: os taquizoítos e
bradizoítos.

Causa: é causada pelo protozoário Neospora caninum.

Transmissão: é transplacentária.
Sintomas: são semelhantes aos descritos para a toxoplasmose, porém também apresenta
problemas neurológicos e musculares.

Diagnóstico: é embasado na análise laboratorial do líquido cefalorraquidiano e dos tecidos


coletados, de modo que é verificado se há a presença do micro-organismo no material.

Tratamento: acontece pelo uso de certos fármacos. Exemplos: trimetoprima-sulfadiazina


associada à pirimetamina.

Profilaxia: evitar cruzar cadelas que pariram filhotes clinicamente acometidos e a realização
de OSH (ovariosalpingo-histerectomia).

Efeitos ligados à reprodução animal: abortos são mais incomuns, porém a morte neonatal
é muito mais recorrente.

Herpes canino

O que é: é uma doença infecciosa que atua nas vias oronasais e genitais de animais
domésticos. Diante desse panorama, essa infecção está distribuída mundialmente em cães
domésticos e também em canídeos selvagens. Seu agente etiológico é instável em pH abaixo
de 5 e maior do que 8, sendo sensível a solventes líquidos (detergentes) e a desinfetantes.

Causa: em cães, é causada pelo vírus herpesvírus canino, sendo um típico alfa-herpes-vírus.

Transmissão: se dá pelo coito, por contato com secreções oronasais e, em alguns casos,
pela via transplacentária.

Sintomas: anorexia, dispneia, incoordenação motora, diarreia, secreção nasal hemorrágica


e petéquias nas mucosas.

Diagnóstico: depende dos dados obtidos na anamnese, exames clínicos e mudanças


patológicas. O diagnóstico definitivo, por seu turno, ocorre por meio da análise em laboratório
de antígenos virais em cortes de tecidos através de uma técnica conhecida como
imunofluorescência indireta ou pelo isolamento do vírus.

Tratamento: são empregados o uso de antibióticos antivirais e vacinação. Exemplos:


lactoferrina.

Profilaxia: evitar o contato de fêmeas gestantes com outros animais e a eliminação do vírus
no ambiente por meia da limpeza com o uso de formol, produtos clorados, solventes lipídicos
e amônia quaternária.

Efeitos ligados à reprodução animal: é caracterizado por apresentar infertilidade, morte


embrionária precoce, abortos, natimortos, nascimento de neonatos fragilizados e morte do
feto.

Herpes-vírus felino

O que é: são vírus semelhantes ao herpes-vírus canino, de maneira que afetam


exponencialmente o bom funcionamento de diversos sistemas de felinos.

O que causa: são responsáveis por infecções generalizadas, levando à pneumonia,


especialmente em animais muito jovens ou com alguma debilidade.

Transmissão: se dá pela via transplacentária ou pelo contato com animais infectados.

Sintomas: depressão, espirros, pirexia, inapetência e secreção nasal e ocular.

Diagnóstico: se dá por análise laboratorial de tecidos coletados de felinos.

Tratamento: se dá por meio do uso de vacinas e antivirais, como ganciclovir e cidofovir.

Efeitos ligados à reprodução animal: aborto de fetos vivos ou mortos, assim como morte
fetal dentro do útero da gata com a presença de maceração fetal e autólise.

Parvovírus canino tipo 1

O que é: são vírus da família Parvoviridae que acometem os canídeos. Nesse cenário, apenas
os cães possuem predisposição a esse agente agente patológico.

O que causa: em cães adultos seu efeito é quase imperceptível, porém em neonatos provoca
diversas lesões microscópicas e macroscópicas, podendo levar o filhote ao óbito.

Transmissão: se dá pela via transplacentária ou pela inoculação direta.

Sintomas: em neonatos, problemas no trato respiratório (bronquite, pneumonia) e diarreia.

Diagnóstico: realizado por meio de exames laboratoriais como imunocitoquímica e


imunofluorescência.

Tratamento: nenhum apresentou resultados eficazes.

Efeitos ligados à reprodução animal: causa reabsorção fetal e as cadelas podem parir os
neonatos bem debilitados ou mortos.

Vírus da leucemia felina

O que é: é um vírus que pertence ao gênero Gamaretrovirus. Este, por sua vez, também é
conhecido como FeLV e possui grande prevalência em locais com altas concentrações de
felinos, tais como gatis e abrigos.

O que causa: provoca doenças como a leucemia felina e infecções no trato respiratório e
genital do animal, levando, assim, ao agravo do estado de saúde do indivíduo.

Transmissão: se dá por contato com saliva contaminada, brigas entre os animais e por meio
da via transplacentária.

Sintomas: perda de peso, anemia, apatia, febre, anorexia, dentre outros.

Diagnóstico: feito por exames laboratoriais a partir de material coletado de gatos, assim,
pode se fazer a detecção do antígeno viral p27.

Profilaxia: isolamento e eliminação de gatos atestados como positivos para a doença.

Efeitos ligados à reprodução animal: perda da gestação, problemas de infertilidade e morte


do neonato.

Vírus da imunodeficiência felina

O que é: se trata de um vírus que pertence ao gênero Lentivirus, sendo conhecido também
como FIV. Nesse contexto, etima-se que em todo o mundo a taxa de prevalência desse
patógeno em felinos é de 12%.

O que causa: compromete o sistema imune do animal, semelhante ao HIV, e pode afetar o
trato reprodutor de gatas no decorrer da gestação.

Transmissão: se dá pelo contato íntimo entre gatos ou por via transplacentária.

Sintomas: lesões na pele, sepse, infecções, dentre outros.

Diagnóstico: é feito através de exames laboratoriais, destacando-se o ELISA.

Profilaxia: a mesma empregada para o controle da FeLV.

Efeitos ligados à reprodução animal: nascimento de filhotes subdesenvolvidos, abortos,


interrupção do desenvolvimento fetal e, também, são observados natimortos.

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