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COMEÇANDO PROJETOS

DE SAÚDE EM 05 PASSOS
AULA 1 - JORNADA DA AQUIITETURA HOSPITALAR
Quem sou eu?
Olá, meu nome é Moonniqui Pinho. Sou carioca e arquiteta especialista em arquitetura
hospitalar. Trabalho com projetos de reforma, de legalização e consultorias na área de
saúde , além de ter 2 cursos on-line.
Sou formada em arquitetura e urbanismo pela Universidade Santa Úrsula – RJ desde 2001.
O início da minha trajetória foi no escritório Arqhospitalar, onde participei
do desenvolvimento de alguns centros médicos, clínicas e reformas de hospitais e a
legalização de projetos junto à SES (Secretaria Estadual de Saúde do RJ).
Em 2008, fui contratada pela Rede D’or para fazer o Hospital Niterói D’or, que antes era uma
clínica de cirurgia plástica e passou a ser um hospital com emergência e CTI.
Meu trabalho foi altamente elogiado e me rendeu outros bons trabalhos na empresa, como
a coordenação do novo setor de Legalização de projetos, com a tarefa de ajustar todas as
unidades da empresa, incluindo o Labs D’or – na época, eram 8 hospitais e quase 50 unidades
do Labs D’or.
Em 2012, quando o Labs D’or foi vendido para o Grupo Fleury, aproveitei o momento para
abrir a Moon Arquitetura e passei então a trabalhar para os dois grandes nomes do ramo de
saúde no Brasil – Rede D’or São Luiz e Grupo Fleury.
Desde então, com a Moon Arquitetura, tenho atuado tanto em projetos de hospitais e
clínicas, fizemos também em projetos comerciais, e projetos residenciais, grande parte
localizada no Rio de Janeiro e São Paulo.
Em 2018 criei o primeiro curso on-line sobre clínicas e em 2019 o curso Arquitetura
Hospitalar para Iniciantes
Objetivo: Através de alguns passos, vou te ajudar a começar
projetar Ambientes de saúde como clínicas, centros médicos e hospitais.

 1° PASSO: DOMINAR A LEGISLAÇÃO;

 2°PASSO: FAZER UM BRIEFING CORRETO;

 3° PASSO: ENTENDER OS PROCESSOS / PROCEDIMENTOS, CONHECER OS FLUXOS E

OS PÚBLICOS;

 4°PASSO: MATERIAIS CORRETOS PARA USO EM PROJETOS DE SAÚDE;

 5°PASSO: HUMANIZAÇÃO DO ESPAÇO – ILUMINAÇÃO, CONFORTO ACÚSTICO,

TÉRMICO, CONFORTO VISUAL, DESIGN BIOFÍLICO.


Breve História do Hospital
Até séc. XVIII o hospital, até então, não tinha por foco tratar seus pacientes,
dedicando-se apenas a prestar assistência espiritual aos que aguardavam
“pacientemente” a hora da morte, ou a funcionar como estrutura de exclusão
para os loucos, as prostitutas, os portadores de doenças contagiosas, entre
outros que poderiam constituir uma ameaça à sociedade.(TOLEDO)

O HOSPITAL CONTEMPORÂNEO (TERAPÊUTICO)


“O hospital como instrumento terapêutico é uma invenção relativamente nova,
que data do final do século XVIII. A consciência de que o hospital pode e deve ser
um instrumento destinado a curar aparece claramente em torno de 1780 e é
assinalada por uma nova prática: a visita e a observação sistemática e
comparada dos hospitais” (FOCAULT, Michel. Microfísica do poder).
Médico Jacques Tenon
Tenon foi o primeiro estudioso a relacionar a propagação das infecções
hospitalares à proximidade das enfermarias onde se tratavam os feridos, à
circulação das roupas e bandagens sujas de sangue pelo hospital, assim como dos
demais fluxos de materiais contaminados.
Tenon se preocupa, particularmente, com os cruzamentos entre os fluxos de
materiais limpos e contaminados, estudando para isso as trajetórias espaciais
seguidas pela roupa branca, lençol, roupa velha e as bandagens utilizadas para o
tratamento das feridas.

Eng. Casimir Tollet


As Salas Tollet receberam, em 1878, o primeiro prêmio do júri da
Exposição Universal de Paris (CABANAS; IBANEZ, 2006).
Sua invenção conviveu com inúmeras outras propostas para
melhorar as condições de ventilação e exaustão do
edifício hospitalar, que surgiram devido à necessidade de se
eliminar o contágio miasmático, medida fundamental, segundo os
saberes da época.
A solução proposta por Casimir Tollet baseava-se na utilização
de uma forma geométrica ogival nas abóbadas das
enfermarias e de outros ambientes considerados críticos em
termos miasmáticos pelo médico Jacques Tenon.
Enfermeira Florence
Nightingale
Sua obra precede em algumas décadas a
contribuição da enfermeira Florence Nightingale
(1820-1910), grande defensora do partido
pavilhonar e precursora dos princípios de
planejamento que deram origem ao hospital
moderno e que ajudaram a criar a famosa
“enfermaria Nightingale”.
Para ela, os principais defeitos do hospital eram
a falta de ventilação e iluminação adequadas e
a superlotação, os quais serão solucionados na
sua enfermaria.
Seu conceito contribuiu muito para a
humanização dos hospitais, transformando-o
então em uma instituição voltada para o
enfermo.
COMO SERÁ O HOSPITAL DO FUTURO?

O QUE SABEMOS:
É QUE NÃO SERÁ APENAS A “MÁQUINA DE
CURAR” DO SÉC.XX

AINDA ESTAMOS PASSANDO PELA GRANDE


MUDANÇA DO SÉC.XIX

O QUE É O “NOVO NORMAL”?


1°passo - Dominar a Legislação

www.lp.moonarquitetura.com
SÓ DOMINAR A LEGISLAÇÃO JÁ TE
FAZ APTO A PROJETAR?

NÃO, NORMA/LEGISLAÇÃO NÃO É MANUAL.

VOCÊ PRECISA SABER INTERPRETAR A LEGISLAÇÃO.


2°passo - Fazer um Briefing Correto
Mas não é o cliente que me passa o Briefing?

 1ª parte do Briefing ainda na proposta


 2ª parte do Briefing já com os ajustes dos ambientes de apoio
como: D.M.L (deposito de material de limpeza) / Resíduos /
Área para funcionários, expurgo, material esterilizado.....
 Quais os equipamentos? (ex: negatoscópio, carrinhos de apoio,
mobiliário existente)
 Quais procedimentos? Quais as especialidades? Quais exames?
 Jornada do paciente (caminho do paciente)?
 Acesso e trajetos dos colaboradores e terceirizados (caminho
do funcionário)?
 Chegada de materiais (almox. , farmácia, alimentos)
 Saída do Resíduos , roupa suja, cadáver
BRIEFING CLIENTE

AJUSTES DE BRIEFING
3°passo - Público, fluxos, processo/ procedimentos:
Entender a importância dos fluxos de pessoas, insumos e resíduos, assim
como acessos, setores de um projeto de saúde.

Melhor amiga é a enfermeira – processos /procedimentos

Públicos: Paciente, acompanhante, visitante, funcionários e equipe


médica...

Fluxos: Limpo, sujo, pessoas

Processos / Procedimentos: o que pode acontecer em áreas não


críticas, semi-críticas e críticas.
4° passo - Materiais
Regra básica: precisam ser laváveis / fácil
limpeza e sem ranhura

 PISO: Preciso usar manta em tudo?


 PAREDE: Qual pintura correta?
 TETO: onde pode usar forro removível?
 RODAPÉ: Tem que ser rodapé curvo em tudo?
 TORNEIRA: De preferência com fechamento
automático.
 BANCADAS: Limpeza com produtos
antibactericida.
 PORTAS: Posso usar porta de folha de
madeira envernizada?
 MOBILIÁRIO: Posso usar qualquer tecido?
5°passo: Humanização do ambiente

Iluminação, Conforto Acústico, Térmico,


Conforto Visual, Design Biofílico,
Conforto tátil e olfativo.

Trazer um acolhimento ao paciente, não ser apenas um adorno e sim


causar de alguma forma uma reação/transformação nos usuários,
esse é o objetivo na minha opinião sobre humanização hospitalar.
Quartos Hospitalares - iluminação

Fotos tiradas do instagram. Nenhum direito autoral


Design Biofílico

Fotos tiradas do instagram. Nenhum direito autoral


CONFORTO VISUAL E SENSORIAL

Fotos tiradas do instagram. Nenhum direito autoral


CONFORTO VISUAL

Fotos tiradas do instagram. Nenhum direito autoral


CONFORTO VISUAL, TÉRMICO

Projeto autoral
Obrigada!
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e-mail: contato@moonarquitetura.com
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