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U N I V E R S I DA D E

CANDIDO MENDES

CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA


PORTARIA Nº 1.282 DO DIA 26/10/2010

MATERIAL DIDÁTICO

ANATOMIA

Impressão
e
Editoração

0800 283 8380


www.ucamprominas.com.br
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SUMÁRIO

UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ............................................................................ 3

UNIDADE 2 – ORGANIZAÇÃO DO CORPO HUMANO.................................... 6

2.1 NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO ................................................................................. 6


2.2 PROCESSOS VITAIS ....................................................................................... 11
2.3 HOMEOSTASE ............................................................................................... 12
2.4 O NÍVEL DOS SISTEMAS .................................................................................. 13

UNIDADE 3 – TERMOS ANATÔMICOS ......................................................... 16

3.1 PLANOS, LINHAS E SEÇÕES ............................................................................ 17

UNIDADE 4 – SISTEMA ÓSSEO OU ESQUELÉTICO ................................... 24

4.1 COMPOSIÇÃO DOS OSSOS .............................................................................. 27


4.2 FUNÇÕES DOS OSSOS ................................................................................... 29
4.3 ESTRUTURA DO OSSO .................................................................................... 29
4.4 ARTICULAÇÕES ............................................................................................. 30

UNIDADE 5 – SISTEMA MUSCULAR ............................................................. 37

UNIDADE 6 – FISIOLOGIA HUMANA ............................................................ 46

6.1 DIGESTÃO .................................................................................................... 46


6.2 EXCREÇÃO ................................................................................................... 47
6.3 RESPIRAÇÃO ................................................................................................ 50
6.4 CIRCULAÇÃO ................................................................................................ 52
6.5 CONCEITOS ESSENCIAIS DA FISIOLOGIA PARA CUIDADOS INTENSIVOS EM URGÊNCIA
E EMERGÊNCIA ................................................................................................... 55

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 65
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO

Fisiologia, Anatomia humana e Enfermagem são áreas intimamente ligadas,


justamente porque o trabalho desenvolvido por esta última exige conhecimentos
mínimos das duas primeiras.

A fisiologia humana é de grande importância para o curso de enfermagem,


pois tem como objetivos o estudo das características e mecanismos de
funcionamento do corpo humano que o torna um ser vivo, através de conceitos
básicos de Neurofisiologia, Sistemas Sensoriais, Sistemas Motores, Sistemas
Neurovegetativo, Sistema Circulatório, Fisiologia Cardíaca, Fisiologia da Circulação
Periférica, Fisiologia Respiratória, Fisiologia Renal, Fisiologia do Sistema Digestivo,
Fisiologia Endócrina, Fisiologia da Reprodução Feminina e Masculina.

De acordo com Guyton (2008), a fisiologia humana é uma ciência que


estuda o funcionamento dos organismos vivos e a explicação da própria vida, sendo
que a unidade vital do corpo é a célula, a qual está viva e se reproduz por meio do
líquido extracelular que contém nutrientes necessários à manutenção da vida
celular. O conjunto de células é que permite a formação dos tecidos e órgãos, cada
qual com suas funções. E é necessário o seu estudo para que se possa chegar a
esses funcionamentos.

Entender como um medicamento vai atuar, as causas de uma doença, os


sintomas apresentados são apenas algumas das informações abstraídas quando se
conhece o mínimo da fisiologia humana.

Igualmente conhecer o corpo humano, anatomicamente, é outra questão


fundamental para o profissional de saúde que vai lidar com pacientes que chegam
traumatizados às portas da urgência e emergência.

A anatomia é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a


constituição e o desenvolvimento dos seres organizados compondo neste universo
uma disciplina autônoma e da maior importância para as ciências da vida e da saúde
e, neste sentido, é a disciplina que possui o maior número de horas-aula em todos,
os cursos da área devido à sua importância (VAVRUK, 2012).
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Anatomia é uma palavra grega que significa cortar em partes, cortar


separado sem destruir os elementos componentes. O equivalente em português
seria dissecação, portanto, anatomia é a parte da biologia que estuda a morfologia
ou estrutura dos seres vivos.

Por ser um estudo micro e macro, podemos dividi-la em Anatomia Sistêmica


(estuda o corpo em uma série de sistemas de órgãos, tais como, ósseo, articular,
circulatório, etc.); Anatomia Regional (estuda as regiões do corpo como tórax,
abdome, coxa, braço) e Anatomia Clínica (que enfatiza aspectos da estrutura e da
função do corpo que são importantes no exercício das áreas relacionadas à saúde).

A fisiologia também advém do grego, “physis e logos”, conhecimento e


estudo, ou seja, é a ciência que estuda as funções dos seres multicelulares (vivos).
Muitos dos aspectos da fisiologia humana estão intimamente relacionados com a
fisiologia animal, na qual muita informação hoje disponível tem sido conseguida
graças à experimentação animal (que diga-se de passagem, está num momento de
impasse).

Como a função não pode nunca ser separada da estrutura, os estudos de


fisiologia e anatomia caminham juntos. Veremos que cada estrutura do corpo está
designada para desempenhar uma função específica, ao mesmo tempo em que
cada estrutura determina uma função, por exemplo, os ossos do crânio estão unidos
firmemente para proteger o encéfalo; os ossos dos dedos, ao contrário, estão unidos
de maneira frouxa para permitir vários tipos de movimento.

Enfim, a anatomia e a fisiologia são campos de estudo estreitamente


relacionados nos quais a primeira incide sobre o conhecimento da forma e a
segunda dedica-se ao estudo da função de cada parte do corpo, sendo ambas,
áreas de vital importância para os conhecimentos daqueles que lidam diretamente
com o ser humano.

Estes são nossos dois primeiros campos de estudo neste módulo!

Ressaltamos em primeiro lugar que embora a escrita acadêmica tenha como


premissa ser científica, baseada em normas e padrões da academia, fugiremos um
pouco às regras para nos aproximarmos de vocês e para que os temas abordados
cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos científicos. Em segundo lugar,
deixamos claro que este módulo é uma compilação das ideias de vários autores,
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incluindo aqueles que consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma


redação original e tendo em vista o caráter didático da obra, não serão expressas
opiniões pessoais.

Ao final do módulo, além da lista de referências básicas, encontram-se


outras que foram ora utilizadas, ora somente consultadas, mas que, de todo modo,
podem servir para sanar lacunas que por ventura venham a surgir ao longo dos
estudos.
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UNIDADE 2 – ORGANIZAÇÃO DO CORPO HUMANO

2.1 Níveis de organização

Numa divisão macro, o corpo humano está dividido em cabeça, tronco e


membros, mas temos também a sua organização micro quando voltamos aos
átomos, os quais formam moléculas, que por sua vez, constituem moléculas maiores
(as macromoléculas) que se organizam em células (a unidade básica da vida) que
se especializam formando os tecidos, os quais se arranjam em órgãos como o
coração, o rim, o estômago e, por fim, esses órgãos formam os sistemas orgânicos
que se unem e dão forma o corpo humano. Se pensarmos em nível químico, este
incluirá todas as substâncias químicas necessárias para manter a vida.

As substâncias químicas são constituídas de átomos, a menor unidade de


matéria, e alguns deles, como o carbono (C), o hidrogênio (H), o oxigênio (O), o
nitrogênio (N), o cálcio (Ca), o potássio (K) e o sódio (Na) são essenciais para a
manutenção da vida. Os átomos, dois ou mais unidos, combinam-se para formar
moléculas. Exemplos familiares de moléculas são as proteínas, os carboidratos, as
gorduras e as vitaminas.

As moléculas, por sua vez, combinam-se para formar o próximo nível de


organização: o nível celular. As células são as unidades estruturais e funcionais
básicas de um organismo. Entre os muitos tipos de células existentes no corpo estão
as células musculares, nervosas e sanguíneas. Cada tipo de célula tem uma
estrutura diferente e cada uma desenvolve uma função diferente.

O terceiro nível de organização é o nível tecidual. Os tecidos são grupos de


células semelhantes que, juntas, realizam uma função particular. Os quatro tipos
básicos de tecido são: tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido
nervoso.

Quando diferentes tipos de tecidos estão unidos, eles formam o próximo


nível de organização: o nível orgânico. Os órgãos são compostos de dois ou mais
tecidos diferentes, têm funções específicas e geralmente apresentam uma forma
reconhecível. Como exemplos de órgãos temos o coração, o fígado, os pulmões, o
cérebro e o estômago.
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O quinto nível de organização é o nível sistêmico. Um sistema consiste de


órgãos relacionados que desempenham uma função comum. O sistema digestório,
por exemplo, que funciona na digestão e na absorção dos alimentos, é composto
pelos seguintes órgãos: boca, glândulas salivares, faringe (garganta), esôfago,
estômago, intestino delgado, intestino grosso, fígado, vesícula biliar e pâncreas.

Chegamos ao mais alto nível de organização: é o nível de organismo. Todos


os sistemas do corpo funcionando como um todo compõe o organismo – um
indivíduo vivo (COSTA, 2008).

Voltemos um pouco à célula!

A célula é a menor unidade estrutural básica do ser vivo. Foi descoberta em


1667 pelo inglês Robert Hooke, ao observar uma célula de cortiça (tecido vegetal
morto) usando o microscópio. A partir daí, as técnicas de observação microscópicas
avançaram em função de novas técnicas e aparelhos mais possantes. O uso de
corantes, por exemplo, permite a identificação do núcleo celular e dos
cromossomos, suportes materiais do gene (unidade genética que determina as
características de um indivíduo). Pouco depois, comprovou-se que todas as células
de um mesmo organismo tem o mesmo número de cromossomos. Este número é
característico de cada espécie animal ou vegetal e responsável pela transmissão
dos caracteres hereditários. O corpo humano tem cerca de 100 trilhões de células.

Os tecidos:

Do ponto de vista da biologia, um tecido é um conjunto de células


especializadas, iguais ou diferentes entre si, separadas ou não por líquidos e
substâncias intercelulares, que realizam determinada função num organismo
multicelular.

O estudo dos tecidos biológicos chama-se histologia e na medicina, os


estudos dos tecidos como meio de diagnóstico de uma doença é denominado
histopatologia.

Nos animais vertebrados há quatro grandes grupos de tecidos: o muscular, o


nervoso, o conjuntivo (abrangendo também os tecidos ósseo, cartilaginoso e
sanguíneo) e o epitelial, constituindo subtipos específicos que irão formar os órgãos
e sistemas corporais. Por exemplo: O sangue é considerado um tecido conjuntivo,
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com diversificadas células (as hemácias, os leucócitos e as plaquetas) e o plasma


(água, sais minerais e diversas proteínas).

Nos invertebrados estes tipos de tecido são basicamente os mesmos, porém


com organizações mais simples. A maioria dos tecidos, além de serem compostos
de células, apresentam entre elas substâncias intracelulares (intersticiais).

Especificação dos tecidos básicos:

 epitélio  revestimento da superfície externa do corpo (pele), os órgãos


(fígado, pulmão e rins) e as cavidades corporais internas;

 conjuntivo  constituído por células e abundante matriz extracelular, com


função de preenchimento, sustentação e transporte de substâncias;

 muscular  constituído por células com propriedades contráteis;

 nervoso  formado por células que constituem o sistema nervoso central e


periférico (o cérebro, a medula espinhal e os nervos).

Órgãos:

O corpo humano é constituído por diversas partes que são inter-


relacionadas, ou seja, umas dependem das outras. Cada sistema, cada órgão é
responsável por uma ou mais atividades. Milhares de reações químicas acontecem a
todo instante dentro do nosso corpo, seja para captar energia para a manutenção da
vida, movimentar os músculos, recuperar-se de ferimentos e doenças ou se manter
na temperatura adequada à vida.

O fato é que há milhões de anos, o corpo humano vem se transformando e


evoluindo para se adaptar ao ambiente e desenvolver o seu ser. Nosso corpo é uma
mistura de elementos químicos feita na medida certa. As partes do corpo humano
funcionam de maneira integrada e em harmonia com as outras. É fundamental
entendermos o funcionamento do corpo humano a fim de adquirirmos uma
mentalidade saudável em relação a nossa vida.

Baço, cérebro, coração, pulmão, esôfago, bexiga, estômago, pâncreas,


intestino, fígado são alguns dos principais órgãos e sistemas do corpo humano,
lembrando que a pele é o maior deles.
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Como se observa, vamos de uma organização simples à mais complexa


possível.

Voltemos para a organização macro, na qual temos:

- cabeça – é a primeira parte da divisão do corpo humano, que compreende


uma subdivisão: o crânio e a face;

- pescoço – é a segunda parte da divisão do corpo humano, e está


inteiramente ligada ao tronco. O pescoço é a parte do corpo humano que une a
cabeça ao tronco;

- tronco – é a terceira parte da


divisão do corpo humano. Compreende
o tórax, o abdome e a pelve. O tórax
possui uma cavidade, denominada
cavidade torácica, que separa o
abdome do tórax pelo músculo
diafragmático.

Já a cavidade pélvica é
denominada prolongamento inferior do
abdome. Toda a parte posterior do
tronco é denominada dorso.

Sobre a cavidade, cabe saber: a


cavidade dorsal do corpo está
localizada próxima à superfície posterior ou dorsal do corpo. Ela é composta por
uma cavidade craniana, que é formada pelos ossos cranianos e contém o encéfalo e
suas membranas (chamadas de meninges), e por um canal vertebral que é formado
pelas vértebras (ossos individuais) da coluna vertebral e contém a medula espinhal e
suas membranas (também chamadas de meninges), bem como o começo (raízes)
dos nervos espinhais.

A cavidade ventral do corpo está localizada na porção anterior ou ventral


(frontal) do corpo e contém órgãos coletivamente chamados de vísceras. Como a
cavidade dorsal, a cavidade ventral do corpo apresenta duas subdivisões principais
– uma porção superior, chamada de cavidade torácica, e uma porção inferior,
chamada de cavidade abdominopélvica. O diafragma (diaphragma = partição ou
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parede), uma camada muscular em forma de domo e importante músculo da


respiração, divide a cavidade ventral do corpo em cavidades torácica e
abdominopélvica. A cavidade torácica contém duas cavidades pleurais em torno de
cada pulmão, e a cavidade pericárdica (peri = em volta; cardi = coração), espaço em
torno do coração.

O mediastino (medias = meio; stare = parar, estar), na cavidade torácica,


contém uma massa de tecidos entre os pulmões que se estende do osso esterno à
coluna vertebral. O mediastino inclui todas as estruturas na cavidade torácica,
exceto os próprios pulmões. Entre as estruturas localizadas no mediastino estão o
coração, o esôfago, a traqueia e muitos grandes vasos sanguíneos, como a aorta.

A cavidade abdominopélvica, como o nome sugere, está dividida em duas


porções, embora nenhuma estrutura específica as separe. A porção superior, a
cavidade abdominal, contém o estômago, o baço, o fígado, a vesícula biliar, o
pâncreas, o intestino delgado e a maior parte do intestino grosso. A porção inferior, a
cavidade pélvica, contém a bexiga urinária, porções do intestino grosso e os órgãos
genitais internos (COSTA, 2008);

- membros – é a última divisão do corpo humano, constituída de membros


superiores (MMSS) e membros inferiores (MMII).

Os membros superiores são divididos em braço, antebraço e mão. Cada


membro possui uma raiz que se liga ao ombro. O ombro é uma parte livre que liga o
braço ao antebraço, os dois através do cotovelo e o antebraço à mão. Entre o
antebraço e a mão está localizado o punho. A mão é composta de duas faces: a
face anterior, conhecida como palma da mão, e a face posterior, conhecida como
dorso da mão. A mão possui cinco apêndices, que se denominam dedos, e
cientificamente de quirodáctilos.

Os membros inferiores são divididos em coxa, perna e pé. Cada membro


possui uma raiz que se liga ao quadril. O quadril é uma parte livre que liga a coxa à
perna, e ambas se ligam através do joelho; entre a perna e o pé está o tornozelo. O
pé também é composto por duas faces, a face anterior, chamada de dorso do pé, e
a face posterior, conhecida como planta dos pés ou região plantar. Assim como a
mão, possui cinco apêndices, que se denominam dedos, cientificamente chamados
de pododáctilos (SANTOS, 2012).
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Adiante veremos o sistema ósseo e articular em detalhes que interessam ao


profissional da urgência e emergência.

2.2 Processos vitais

Vários são os processos que diferenciam os seres vivos dos seres não
vivos, mas nos interessa particularmente aqueles processos vitais que são
importantes para os seres humanos.

Neste momento veremos brevemente alguns desses processos e, ao final do


módulo, eles serão analisados em pormenores, além de discutirmos aqueles
importantes (Digestão, Excreção, Respiração e Circulação) para situações de
urgência e emergência clínica.

1. O metabolismo (metabole = mudança) é a soma de todos os processos


químicos que ocorrem no corpo. Uma fase do metabolismo, chamada de
catabolismo (cata = para baixo), envolve o desdobramento de moléculas complexas
em moléculas menores e mais simples. Um exemplo é a quebra de proteínas
alimentares em seus constituintes, os aminoácidos. A outra fase do metabolismo,
chamada de anabolismo (ana = para cima), utiliza energia gerada pelo catabolismo
para a construção dos componentes estruturais e funcionais do corpo. Um exemplo
de anabolismo é a síntese protéica que forma músculos e ossos.

2. A responsividade é a capacidade de detectar e responder às mudanças


no meio externo (ambiente fora do corpo) ou no meio interno (ambiente dentro do
corpo). Células diferentes detectam diferentes alterações e respondem de maneira
característica. Por exemplo, os neurônios (células nervosas) respondem por meio da
geração de sinais elétricos, conhecidos como impulsos nervosos e, algumas vezes,
transportam-nos por longas distâncias, como entre o seu grande dedo do pé e o seu
encéfalo.

3. O movimento inclui o movimento do corpo inteiro, de órgãos individuais,


de células individuais ou mesmo de estruturas intracelulares. Por exemplo, a
contração coordenada de diversos músculos da perna move o seu corpo todo de um
lugar a outro quando você caminha ou corre. Durante a digestão, a comida move-se
para fora do estômago em direção ao intestino delgado.
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4. O crescimento refere-se ao aumento em tamanho. Ele pode ser devido a


um aumento do tamanho das células existentes, do número de células ou da
quantidade de substâncias intercelulares.

5. A diferenciação é o processo pelo qual células não-especializadas


tornam-se células especializadas. As células diferenciadas diferem estrutural e
funcionalmente de suas originárias. Por exemplo, após a união do espermatozóide
com o óvulo, o ovo fecundado sofre uma grande diferenciação e progride por meio
de vários estágios a um indivíduo único, que é similar a seus pais, porém bastante
diferente deles.

6. A reprodução refere-se à formação de novas células para crescimento,


reparo ou reposição, ou à produção de um novo indivíduo.

2.3 Homeostase

A homeostase também é um conceito abrangente e importante que descreve


os maravilhosos processos fisiológicos do corpo humano, responsáveis por manter
estável o ambiente interno, ou seja, por definição, seria o equilíbrio que os
elementos encontram para o estado de harmonia intrínseco, ou seja, “acomodar”
(GUYTON; HALL, 2011).

Acontece um equilíbrio homeostásico quando o ponto de equilíbrio dinâmico


dos corpos, na Física, torna-se estável, instável e indiferente.

Em termos de fisiologia, é equilíbrio aplicado ao conjunto de processos que


previnem flutuações na fisiologia de um organismo, e denomina também a regulação
de variações nos diversos ecossistemas, ou do universo como um todo.

Nos organismos vivos, a homeostase significa o consumo de energia


necessário para manter uma posição num equilíbrio dinâmico. Isto significa que,
embora as condições externas possam estar sujeitas continuamente a variações, os
mecanismos homeostáticos asseguram que os efeitos destas mudanças sobre os
organismos sejam mínimos. No homem e em outros mamíferos superiores, a
homeostase acontece tanto nas células isoladas como nas integradas, nos fluidos
corporais, tecidos e órgãos. Existe um intercâmbio constante de moléculas entre o
sangue e o líquido extracelular que banha cada célula (GUYTON; HALL, 2011).
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Vamos pensar especificamente em relação ao sangue:

Pois bem, é a composição estável do sangue que torna possível a


manutenção da invariabilidade do líquido extracelular. Já a composição constante
deste líquido protege cada célula das mudanças que acontecem no meio externo.

Nesse sentido, o aparelho circulatório é vital para a conservação da


homeostase. Ele proporciona metabólitos aos tecidos e elimina os produtos não-
utilizados e também participa na regulação da temperatura e no sistema
imunológico. Mesmo assim, os níveis de substâncias no sangue estão sob o controle
de outros órgãos:

 o aparelho respiratório (pulmões) e o sistema nervoso regulam o nível de


dióxido de carbono;

 o fígado e o pâncreas controlam a produção, o consumo e as reservas de


glicose;

 os rins são responsáveis pela concentração de hidrogênio, sódio, potássio e


íons fosfato;

 as glândulas endócrinas, por sua vez, controlam os níveis de hormônios no


sangue;

 o hipotálamo recebe informações do cérebro, dos sistemas nervoso e


endócrino e a integração de todos estes sinais torna possível o controle da
termo regulação, o equilíbrio de energia e a regulação dos fluidos corporais,
influindo no comportamento (por exemplo, o hipotálamo é responsável pela
sensação de fome), exteriorizando as sensações através dos sistemas
endócrino e nervoso (GUYTON; HALL, 2011).

2.4 O nível dos sistemas

Falaremos rapidamente sobre os sistemas, suas funções e principais


componentes.

1) Sistema Esquelético. Principais funções: sustentação, movimento e proteção.


Principais componentes: ossos e articulações.

2) Sistema Muscular. Principais funções: sustentação e movimento. Principais


componentes: músculos e tendões.
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3) Sistema Tegumentar. Principais funções: proteção, controle da temperatura.


Principais componentes: pele (epiderme e derme) e tecido subcutâneo
(hipoderme).

4) Sistema Nervoso. Principais funções: ajustamento do organismo ao ambiente.


Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem
como as condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas
que adaptem a essas condições. Função Sensorial, Integrativa e Motora.
Principais componentes: Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula) e
Sistema Nervoso Periférico.

5) Sistema Endócrino. Principais funções: junto com o sistema nervoso, promove


a manutenção do equilíbrio do organismo (homeostase), por meio do controle
das funções biológicas. Principais componentes: Pineal ou Epífise, Hipófise
(Pituitária), Tireóide e Paratireóide (abaixo da laringe), Suprarrenais (superior
aos rins), Pâncreas, Ovários e Testículos.

6) Sistema Circulatório. Principais funções: transporte de O2, nutrientes,


hormônios para as células e remoção de produtos indesejáveis; defesa do
organismo (por meio do transporte de antitoxinas e glóbulos brancos);
também auxilia na manutenção do conteúdo de H2O e íons, pH e temperatura
do corpo. Principais componentes: coração, vasos (artérias, veias e
capilares).

7) Sistema Respiratório. Principais funções: trocas gasosas (captação de O2 –


remoção de CO2). Principais componentes: cavidades (ou fossas) nasais,
faringe, laringe, traqueia (que se ramifica nos brônquios), alvéolos e pulmões.

8) Sistema digestivo. Principais funções: realiza a digestão: quebra de alimentos,


absorção dos componentes nutritivos e eliminação de substâncias
indesejáveis. Principais componentes: boca (língua, dentes, etc.), faringe,
esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus. Possui
glândulas anexas: glândulas salivares, fígado e pâncreas.

9) Sistema Urinário. Principais funções: excreção de substâncias tóxicas, o


equilíbrio hídrico e o controle de íons. Principais componentes: dois rins, dois
ureteres, bexiga e uretra.
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10) Sistema Genital Feminino. Principais funções: reprodução. Principais


componentes: ovários, trompas, útero e vagina.

11) Sistema Genital Masculino. Principais funções: reprodução. Principais


componentes: bolsa escrotal, testículos, epidídimos, canais deferentes,
uretra, vesículas seminais, próstata e pênis.
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UNIDADE 3 – TERMOS ANATÔMICOS

A falta de conhecimento anatômico, bem como do funcionamento normal do


organismo, pode causar sérias lesões às vítimas, muitas vezes irreversíveis, por isso
se faz importante ao profissional que atua nas situações de urgência e emergência
conhecimento do corpo humano, de suas principais partes e funcionamento
(SANTOS, 2012).

Vale lembrar que a anatomia se divide em:

1) Descritiva ou sistêmica: estuda os sistemas do corpo humano


separadamente.

2) Topográfica ou regional: faz um estudo do corpo por regiões.

3) Comparada ou comparativa: estuda comparativamente a anatomia do ser


humano com a do ser animal.

4) De superfície: trata das estruturas que estão abaixo da pele através da


palpação ou visualização do órgão a ser avaliado.

5) Radiológica: é o estudo feito pela imagem do corpo humano através da


radiação.

6) Patológica: relaciona-se às mudanças estruturais de um determinado


órgão causadas por doenças específicas.

7) Microscópica: é o estudo da estrutura do órgão com o auxílio do


microscópio.

8) Desenvolvimento: é o estudo do crescimento e do desenvolvimento do


corpo humano, desde a fecundação até a fase da maturidade e, consequentemente,
a morte.

9) Do movimento: é a cinesiologia propriamente dita, ou seja, o estudo do


movimento do ser humano como um todo e de seus segmentos corporais (SANTOS,
2012).

São estruturas que definem o padrão do corpo humano:

 padrão anatômico – é a descrição morfológica cuja incidência se verifica na


maioria dos casos, portanto obedece a um padrão aceito como normal;
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 variação anatômica – é toda variação morfológica interna ou externa que não


obedece ao padrão denominado normal, no entanto não causa prejuízo
fenomenal;

 anomalia – é o desvio do padrão anatômico, prejudicando a função do


membro, ou quando causa prejuízo fenomenal;

 posição anatômica – é quando o corpo assume a posição ereta, cabeça,


olhos e extremidades dos pododáctilos dirigidos para frente. Os membros
superiores (MMSS) permanecem estendidos ao lado do corpo, com as
palmas das mãos voltadas para frente. Os membros inferiores (MMII)
permanecem unidos, na posição horizontal ou em decúbito dorsal. A posição
anatômica deriva de uma convenção internacional, a qual diz que as
descrições do corpo humano assumem que o corpo esteja em uma posição
específica. Na posição anatômica, o indivíduo está em posição ereta, em pé
(posição ortostática) com a face voltada para a frente e em posição horizontal,
de frente para o observador, com os membros superiores estendidos
paralelos ao tronco e com as palmas voltadas para a frente, membros
inferiores unidos (calcanhares unidos), com os dedos dos pés voltados para a
frente (COSTA, 2008). Toda descrição anatômica é feita considerando o
indivíduo em posição anatômica;

 linhas e planos – são estruturas e figuras geométricas que em anatomia


dividem ou determinam a exata localização de um ângulo ou fenômeno
observado no corpo humano. Isso é possível devido à complexidade e
tamanho da peça em estudo. É importante para a enfermagem ter
conhecimento exato dessas linhas e planos com a finalidade de auxiliar no
exame físico, uma exata conclusão da área a ser descrita em relatórios.

3.1 Planos, linhas e seções

1) Plano mediano: é o plano vertical que divide o corpo em duas partes que
são direita e esquerda.

2) Plano sagital: é definido como qualquer plano paralelo ao mediano.

3) Plano horizontal: corta o corpo humano transversalmente.


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4) Plano frontal: é definido como o plano vertical, formando o ângulo reto


com plano sagital. Está subdividido em frontal mediano, situado no plano mediano;
frontal anterior, situado na parte da frente ou ventral; e posterior, situado na parte de
trás ou dorsal.

Veja as ilustrações abaixo:

Posição anatômica Plano de Inscrição

Planos de seção
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Os Planos de Inscrição são também chamados de Planos de Delimitação,


pois delimitam o corpo humano por planos tangentes à sua superfície, os quais, com
suas intersecções, determinam a formação de um sólido geométrico, um
paralelepípedo.

Têm-se assim, para as faces desse sólido, os seguintes planos


correspondentes:

 ventral ou anterior  plano vertical tangente ao ventre;

 dorsal ou posterior  plano vertical tangente ao dorso;

 lateral direito  plano vertical tangente ao lado do corpo;

 lateral esquerdo  plano vertical tangente ao lado do corpo;

 cranial ou superior  plano horizontal tangente à cabeça;

 podal ou inferior plano horizontal tangente à planta dos pés.

Outros termos elementares para que possamos entender melhor o estudo


anatômico do ser humano são:

 anterior ou ventral – parte da frente do corpo;

 posterior ou dorsal – parte de trás do corpo;

 superior ou supra – parte acima, em relação à outra estrutura do corpo


humano. Também denominada extremidade cefálica ou cranial;

 inferior ou infra – parte abaixo, em relação à outra estrutura do corpo humano.


Também indica a extremidade caudal;

 medial – relacionada ao centro, mais próximo do plano mediano;

 lateral – relacionada ao lado de fora, mais distante do plano mediano;

 proximal – mais próximo ao tronco ou a um ponto de origem do corpo


humano, mais próximo da raiz do membro estudado;

 distal – mais distante do centro de origem ou do ponto de origem;

 decúbito dorsal – mostra a estrutura do corpo humano em posição deitado de


costas, ou seja, com a parte posterior voltada para uma determinada
superfície;
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 decúbito ventral – mostra a estrutura do corpo humano em posição deitado


para baixo, ou seja, com a parte anterior voltada para uma determinada
superfície;

 anterossuperior – na frente e acima;

 anteroinferior – na frente e abaixo;

 anterolateral – na frente e do lado externo;

 anteromedial – na frente e do lado interno;

 postero superior – a posição atrás e acima;

 postero-inferior – a posição atrás e abaixo;

 posterolateral – a posição atrás e do lado externo;

 posteromedial – a parte atrás e do lado interno do corpo humano;

 central – é a posição mais próxima do centro ou em direção ao centro de


origem;

 periférico - é a posição mais distante do centro de origem do corpo humano


(SANTOS, 2012).

Nas duas ilustrações a seguir temos as principais regiões do corpo humano


visto numa posição anterior e posterior.
21
22

A partir dos planos de inscrição são determinados eixos e planos que são
utilizados como pontos de referência para descrever a situação, posição e direção
de órgãos ou segmentos do corpo.

Unindo o centro de dois planos de inscrição opostos obtém-se três eixos:


eixo longitudinal ou craniocaudal; eixo anteroposterior, dorsoventral ou sagital e eixo
latero-lateral. O deslocamento de um eixo sobre o outro define um plano que
secciona o corpo em 2 partes. Estes planos, perpendiculares entre si, são chamados
Planos de Secção: mediano ou sagital, frontal ou coronal e transversal ou horizontal.
23

Os planos de secção são “cortes” feitos no corpo em posição anatômica.

 Mediano ou Sagital  planos de secção paralelos aos planos laterais que


divide o corpo em metades direita e esquerda.

 Frontal ou Coronal  planos de secção paralelos aos planos ventral e dorsal,


que divide o corpo de forma a separar os planos ventral e dorsal.

 Transversal ou Horizontal  planos de secção paralelos aos planos cranial e


podal, que divide o corpo horizontalmente.

Principais planos existentes no corpo humano

Como linhas principais temos:

1) Linha média: é a linha vertical imaginária que tem início na axila e


acompanha toda a extensão lateral do corpo. Chamada de linha axilar ou hemiaxilar.

2) Linha hemiclavicular: é a linha imaginária no sentido vertical do corpo que


tem início na metade da clavícula. Também recebe o nome de linha medioclavicular.

3) Linha axilar anterior: é a que se encontra entre a hemiclavicular e a


hemiaxilar.
24

UNIDADE 4 – SISTEMA ÓSSEO OU ESQUELÉTICO

O sistema ósseo ou sistema esquelético ou esqueleto é um conjunto de


ossos, cartilagens e articulações, que interagem entre si, formando o arcabouço do
corpo humano (SANTOS, 2012).

Os ossos são órgãos passíveis de movimentos, a base de sustentação do


corpo humano, formando uma estrutura sólida.

O esqueleto humano é formado por um total de 206 ossos, divididos em


duas grandes porções, sendo o esqueleto axial e o esqueleto apendicular.

A ilustração abaixo mostra algumas diferenças básicas entre os corpos


masculino e feminino no tocante à estrutura óssea.

O esqueleto axial é composto por um total de 80 ossos, sendo a principal


estrutura de sustentação do corpo humano. Está dividido em:

1) Crânio: 8 ossos.

2) Face: 14 ossos.

3) Hioide: 1 osso.
25

4) Ossículos auditivos: 6 ossos.

5) Coluna vertebral: 26 ossos.

6) Esterno: 1 osso.

7) Costelas: 24 ossos.

O esqueleto apendicular é composto por um total de 126 ossos, formando a


estrutura que permite ao esqueleto os movimentos. Está dividido em:

1) Membros Superiores (MMSS) 2) Membros Inferiores (MMSS)

- clavícula: 2 ossos - ossos do quadril: 2 ossos

- escápula: 2 ossos - fêmur: 2 ossos

- úmero: 2 ossos - fíbula: 2 ossos

- rádio: 2 ossos - tíbia: 2 ossos

- carpo: 16 ossos - patela: 2 ossos

- metacarpo: 10 ossos - tarso: 14 ossos

- falanges: 28 ossos - metatarso: 10 ossos

- falanges: 28 ossos
26

Temos ilustrado a seguir o esqueleto humano na sua visão frontal e


posterior:

Visão frontal dos ossos

Visão posterior dos ossos


27

4.1 Composição dos ossos

Os ossos são formados por duas partes, sendo a parte orgânica e a parte
mineral. A parte orgânica é constituída por colágeno em que estão os aminoácidos,
e também por substância fundamental, em que estão as fibras, colágenos que dão
resistência e elasticidade aos ossos. A porção mineral é responsável pela rigidez
dos ossos, é formada por fosfato de cálcio, carbonato de cálcio, pequenas porções
de fluoreto de cálcio e de magnésio.

Composição dos ossos - corte frontal Partes do osso - vista anterior, sem
mostrando a parte interna do osso. cortes, para melhor identificar as partes
que constituem os ossos.

A classificação mais comum e estudada é aquela em que se considera a


forma dos ossos, classificando-os segundo a predominação das dimensões sobre as
outras partes, seja o comprimento, a largura ou a espessura.

Assim temos:

 osso longo – apresenta um comprimento maior que a largura e a espessura.


Exemplo: fêmur, úmero, rádio, ulna, tíbia, fíbula e falanges;

 osso curto – apresenta equivalência das três dimensões. São os ossos que
suportam o peso do corpo. Exemplo: ossos do carpo e do tarso;

 osso plano – seu comprimento e sua largura são equivalentes, predominando


sobre a espessura. Exemplo: ossos do crânio - parietal, frontal e occipital,
omoplatas e ossos do quadril – ilíaco;
28

 osso irregular – não permite estabelecer relação entre suas dimensões.


Exemplo: as vértebras.

Osso longo – fêmur osso curto – osso do carpo

Algumas terminologias anatômicas são utilizadas para descrever as


superfícies ósseas, bem como suas características. Dentre elas destacam-se:

a) Superfícies articulares:

- cabeça – extremidade articular globosa, por exemplo: cabeça do fêmur;

- côndilo – projeção delgada de grande porte, por exemplo: côndilos


femorais;

- face – superfície achatada, pouco profunda, por exemplo: face articular do


rádio.

b) Superfícies não articulares:

- crista – superfície alongada e estreita, por exemplo: crista ilíaca;

- espinha – eminência delgada e pontiaguda, exemplo: espinha isquiática;

- epicôndilo – processo proeminente acima do côndilo, exemplo: epicôndilos


do úmero;

- processo – saliência óssea acentuada, exemplo: processo mastoide;

- trocanter – grande processo para inserção muscular, exemplo: trocanter


maior e menor do fêmur;
29

- tuberosidade – processo de superfície áspera e rugosa, exemplo:


tuberosidade ulnar;

- tubérculo – processo de forma arredondada, exemplo: tubérculo do úmero.

c) Cavidades, depressões e aberturas:

- articular – encontrada nos ossos, podendo ser rasa ou profunda;

- forame – cavidade de transmissão de um osso para dar passagem a vasos


e nervos;

- fossa – vala, exemplo: fossa mandibular;

- meato – ou canal;

- seio – espaço oco em determinados ossos;

- sulco – depressão alongada, no formato de uma canaleta, por onde


passam os tendões e acomodam vasos e nervos.

4.2 Funções dos ossos

1) Oferecer proteção aos órgãos vitais e vísceras, tais como cérebro,


medula, coração e pulmões.

2) Servir como uma espécie de armação do corpo humano, formando uma


estrutura rígida, fixando os tecidos e as partes moles do corpo.

3) Servir como alavanca para o início da locomoção.

4) Fazer a hematopoese em que a medula produz glóbulos vermelhos,


brancos e plaquetas.

5) Como armazenamento e reserva de minerais, principalmente cálcio e


fósforo.

6) Servir também de reserva em quantidade menor, de magnésio e sódio.

4.3 Estrutura do osso

São partes estruturantes do osso:


30

 periósteo – membrana que reveste a superfície do osso, com exceção da


cartilagem articular. Tem grande concentração de vascularização e é de
extrema importância para a regeneração óssea;

 osso compacto – parte abaixo do periósteo tem textura densa e apresenta


poros, apesar de ser compacto;

 osso esponjoso – fica localizado logo abaixo do compacto, tem aspecto


esponjoso e é altamente poroso. Nele se localiza a medula óssea;

 medula óssea – preenche o interior do osso, responsável pela produção de


células sanguíneas;

 epífise – são as extremidades dos ossos longos;

 diáfise – é o corpo dos ossos longos, em que fica localizada a cavidade


medular;

 metáfise – parte em que ocorre o crescimento do osso em comprimento.

4.4 Articulações

Para que o esqueleto humano tenha movimentos, é necessário que outros


elementos entrem em ação. Esses elementos denominam-se articulações, que são
pontos de união entre dois ou mais ossos que formam o esqueleto, também podem
ser denominados de “juntas”.

Aqui vale observar as seguintes definições:

 artrologia – palavra de origem grega que tem significado de “juntura”;

 sindesmologia – é a parte da anatomia humana que estuda as articulações.

As articulações se classificam em três principais grupos, sendo eles:

Grupo 1 - Sinartroses: denominadas articulações imóveis ou fibrosas.

São as articulações desprovidas de movimento, imóveis, e estão


subdivididas em dois subgrupos: suturas e sindesmoses.

a) Suturas: são articulações fibrosas, que se caracterizam por apresentarem


discreto movimento, ou nenhum movimento, como, por exemplo, os ossos do crânio.
31

b) Sindesmoses: são articulações fibrosas, que contêm feixes longos, que


podem permitir movimentos mais discretos que das suturas. As faces ósseas se
unem por uma membrana ligamentosa, chamada de membrana interóssea, que
permite esse discreto movimento. Como exemplo temos as articulações radioulnar
intermediária e tibiofibular distal.

Grupo 2 - Anfiartroses: denominadas articulações semimóveis ou


cartilaginosas.

São as articulações providas de pequenos movimentos, ou pouco móveis, e


estão subdivididas em dois subgrupos: sincondroses e sínfises.

a) Sincondroses: nessas articulações os ossos aparecem unidos por uma


cartilagem do tipo hialina, como, por exemplo, as articulações condrocostais.

b) Sínfises: os ossos aparecem unidos por um disco fibrocartilaginoso,


variável, formando um ligamento intraósseo, como, por exemplo, o disco
intervertebral que une as vértebras entre si, e a sínfise pubiana que une os ossos do
quadril.

Grupo 3 - Diartroses: articulações de grandes movimentos ou sinoviais.

São providas de grandes movimentos, sendo a maioria das articulações do


corpo humano sinoviais. Possuem alguns elementos de constituição, sendo eles
cartilagem articular, cápsula articular, membrana sinovial, líquido sinovial, ligamentos
e elementos acessórios, como a orla ou lábio e os discos e meniscos.

a) Cartilagem articular: do tipo hialina, constituída de colágeno e fibras


elásticas, desprovida de nervos ou vasos sanguíneos, nutrida pelo líquido sinovial,
confere flexibilidade e sustentação. Estão moldadas aos ossos, porém sofrem
variação de espessura. A cartilagem articular é a responsável pelo amortecimento
das pressões de impacto que o corpo sofre, redistribuindo as forças para os órgãos
e demais articulações, reduzindo e absorvendo o choque entre as articulações
adjacentes.
32

b) Cápsula articular: é uma membrana que envolve a articulação,


promovendo maior fixação, dando segurança e proteção às extremidades ósseas. É
na cápsula articular que o líquido sinovial é produzido.

c) Membrana sinovial: é uma membrana, de tecido vascularizado, que


reveste internamente a cavidade articular.

d) Líquido sinovial: viscoso, pode ser comparado a uma “clara de ovo”,


produzido pela ultrafiltração pela membrana sinovial. Suas funções são nutrir a
cartilagem articular, diminuir a força de atrito entre as cartilagens devido à sua
viscosidade e elasticidade e lubrificar as superfícies articulares.

e) Ligamentos: são fibras que permitem reforçar o conjunto articular,


perfazendo a trajetória de um osso a outro.

f) Elemento acessório – orla ou lábio: consiste em um anel de


fibrocartilagem, que aprofunda a superfície articular para um dos ossos,
estabelecendo maior estabilidade óssea; discos e meniscos: consistem em
fibrocartilagens interpostas entre ossos de uma determinada articulação. Possuem
quatro diferentes funções, sendo elas absorção e distribuição da carga corporal,
proteção da articulação periférica, aumento da área de contato entre as superfícies
articulares e limite do deslizamento entre os ossos.

Importante falar também dos movimentos articulares que estão relacionados


com os principais eixos do corpo humano, os quais lembrando, são linhas reais ou
imaginárias ao redor do corpo, que realizam o seu movimento. Todo eixo é
perpendicular ao plano que estamos tratando. Três eixos básicos servem de
referência para os movimentos do corpo, sendo eles o eixo transverso, o
anteroposterior e o longitudinal.

Os movimentos articulares são produzidos juntamente com a ação dos


músculos, podendo ser classificados da seguinte forma:

a) Flexão: diminuição do ângulo que se forma entre os segmentos que estão


sendo articulados.

b) Extensão: aumento do ângulo que se forma entre os segmentos que


estão sendo articulados.
33

c) Hiperextensão: é o aumento da amplitude de extensão, partindo da


posição anatômica.

d) Abdução: é realizada de forma que o segmento corporal afasta-se da


linha média do corpo.

e) Adução: ocorre quando aproximamos o segmento em direção à linha


média do corpo, ou seja, o inverso da abdução.

f) Pronação e supinação: movimentos específicos do antebraço. A pronação


é o movimento interno e a rotação o movimento externo, ou seja, a supinação.

g) Flexão: movimento específico da coluna, ocorre no plano frontal, ao redor


do eixo anteroposterior. O movimento pode ser para direita ou para esquerda, ou
seja, lateral, ou ainda para baixo e para trás.

h) Rotação: consiste no movimento em torno do eixo longitudinal, ocorrendo


o afastamento do segmento da linha média do corpo. Pode ser também denominada
rotação externa ou rotação lateral. O movimento contrário a este se denomina
rotação interna, em que o segmento é aproximado da linha média do corpo.

i) Flexão plantar: movimento específico da articulação do tornozelo, no qual


elevamos a perna, tirando os calcâneos do chão, e ficamos apoiados nas pontas dos
pés.

j) Dorsiflexão: movimento também específico da articulação do tornozelo, em


que aproximamos a face anterior da perna, apoiando os calcâneos, e
permanecemos com as pontas dos pés elevadas.

k) Inversão: movimento articular específico dos pés, no qual ocorre elevação


da borda medial do pé. Esse tipo de movimento permite associar outros
movimentos, ou seja, um conjunto de movimentos é utilizado para que a inversão
ocorra, podendo se juntar a eles a supinação, a adução e a flexão plantar.

l) Eversão: movimento articular específico dos pés, no qual ocorre elevação


da borda lateral do pé. Também permite associar outros movimentos opostos, entre
eles, a pronação, a abdução e a dorsiflexão.

m) Elevação e depressão: movimentos específicos da cintura escapular e


pélvica, que ocorrem no plano frontal.
34

n) Circundação: é um movimento circular de um determinado segmento do


corpo, permitindo associar outros movimentos, como a flexão, a extensão, a
abdução e a adução. Pode ser definido como um movimento circular de um
segmento em torno de um eixo fixo.

Os movimentos articulares também dependem do grau de liberdade que a


articulação pode exercer, de acordo com os planos e eixos que movem seus
segmentos.

Podem aparecer de quatro formas: monoaxial ou uniaxial, biaxial, triaxial ou


multiaxial, e não axiais ou anaxiais.

a) Monoaxial ou uniaxial: o movimento articular só é permitido em um único


plano, em torno de um eixo, apresentando um grau de liberdade no espaço
envolvido.

b) Biaxial: o movimento articular é permitido envolvendo dois planos e dois


eixos, apresentando dois graus de liberdade.

c) Triaxial ou multiaxial: permite todos os movimentos no espaço envolvido,


apresentando três planos e três eixos, portanto possui três graus de liberdade.

d) Não axiais ou anaxiais: permitem apenas o movimento de deslizamento


ou torção do espaço envolvido. Não possuem grau de liberdade.

A Coluna Vertebral tem dentre várias funções, sustentar o peso do corpo e


promover os movimentos de curvatura do corpo, que por sua vez promove o
equilíbrio do ser humano.

Ela possui articulações importantes, em número de quatro, cada qual com


sua subdivisão, formando assim uma complexa divisão para fins de estudo.

Antes, porém, vejamos um esquema simplificado da coluna vertebral e a


relação entre as regiões com os nervos espinhais e com os ossos da coluna.
35

O grupo I – Intervertebrais promove as seguintes articulações:

 dos corpos vertebrais;

 atlantoaxiais;

 lombossacrais;

 sacrococcígeas.

O grupo II – Costovertebrais promove:

 articulações das cabeças das costelas;

 articulações costotransversárias.

O grupo III – Craniovertebral ou articulação atlantoccipital.

O grupo IV – Articulação sacrilíaca.

As articulações dos membros superiores constituem grande parte da


movimentação do corpo humano. Classificam-se em onze grupos diferentes, sendo
cada grupo responsável por um movimento específico, interligados ao grau de
liberdade de cada articulação.

1) Articulação esternoclavicular.

2) Articulação acromioclavicular.

3) Articulação escapulotorácica.
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4) Articulação do ombro.

5) Articulação do cotovelo.

6) Articulações radioulnares.

7) Articulação radiocárpica ou articulação do pulso.

8) Articulações intercárpicas.

9) Articulações carpometacárpicas.

10)Articulações metacarpofalangianas.

11)Articulações interfalangianas.

As articulações dos membros inferiores também contribuem para uma


grande parte da movimentação do corpo humano. Classificam-se em seis grupos
diferentes, alguns possuem subdivisões, sendo cada grupo responsável por um
movimento específico, interligados ao grau de liberdade de cada articulação.

1) Articulação sacrilíaca.

2) Articulação interpúbica.

3) Articulação do quadril.

4) Articulação do joelho.

5) Articulações tibiofibulares.

6) Articulações dos pés (SANTOS, 2012).


37

UNIDADE 5 – SISTEMA MUSCULAR

Os músculos são órgãos ativos do movimento do corpo humano, agem de


forma elástica devido a fibras em sua composição e de forma contrátil, ou seja,
através da contração exercida por eles sobre as articulações e ossos, os quais estão
presos aos tendões, resultando em movimentação do esqueleto.

Podemos definir o Sistema muscular como a estrutura muscular do ser


humano, que resulta numa série de movimentos para que o esqueleto humano tome
vida e realize suas funções.

A Miologia é a parte da anatomia humana que estuda os músculos (mio:


músculo; logia: estudo). O sistema muscular é formado pelo conjunto de músculos
do nosso corpo.

Existem cerca de 600 músculos no corpo humano; juntos eles representam


de 40 a 50% do peso total de uma pessoa. Os músculos são capazes de se contrair
e de se relaxar, gerando movimentos que nos permitem andar, correr, saltar, nadar,
escrever, impulsionar o alimento ao longo do tubo digestório, promover a circulação
do sangue no organismo, urinar, defecar, piscar os olhos, rir, respirar.

Os músculos estão divididos em três grupos, ou três tipos de músculos,


diferenciando em estruturas, funções e situações, que são:

1) Músculo liso: é o primeiro tipo de músculo do organismo, também


conhecido como músculo involuntário. É formado por um alongamento de células
fusiformes, ou seja, não possuem estrias transversais. São encontrados na parede
das vísceras de diversos órgãos. São considerados importantes elementos
funcionais dos vasos sanguíneos, dos intestinos, do estômago e de outros órgãos,
pois realizam o processo de contração lento e involuntário. Exemplo de músculo liso:
músculos da bexiga, do intestino delgado, do útero e a pele.

2) Músculo estriado cardíaco: é o segundo tipo de


músculo do organismo. É específico do coração, recebe o
nome de miocárdio. Constitui um tipo especial de tecido
muscular, com fibras estriadas. Realiza processo de
contrações rápidas e involuntárias. Ou seja, suas contrações
38

não dependem da vontade do ser humano.

3) Músculo estriado esquelético: é o terceiro tipo de músculo. É formado por


feixes de células cilíndricas, longas, com vários núcleos, e apresentam estrias
transversais. Dotado de contrações rápidas, voluntárias e vigorosas. Possui em sua
constituição um tecido conjuntivo que envolve as fibras, chamado de endomísio,
outro grupo de fibras que envolvem os feixes, chamado de permísio, e um terceiro
grupo que envolve todo o músculo, denominado epmísio.

Todas as atividades do músculo estão diretamente ligadas a três


propriedades que eles possuem:

a) Contratilidade: é a propriedade responsável pela contração muscular,


quando ele exerce uma determinada função. Na contração muscular, o músculo
envolvido torna-se mais curto e aumenta seu volume. Isso ocorre devido ao impulso
nervoso que ele sofre durante a excitação.

b) Elasticidade: é a propriedade que garante ao músculo envolvido retomar à


sua forma e dimensão anteriores à excitação. O repouso do músculo só ocorre
devido ao seu potencial de elasticidade.

c) Tonicidade: é a propriedade que garante ao músculo sustentação de um


determinado peso. O tônus muscular faz com que o músculo suporte a carga de
excitação sofrida.

Envolvendo as três propriedades, o músculo sofre contração muscular,


produzindo aproximação de ossos e articulações entre si e, automaticamente, sofre
o relaxamento muscular, permitindo o afastamento dos ossos e articulações.

Essas contrações dividem-se em dois tipos:

i) Contração isotônica: quando a aproximação ocorre causando


encurtamento das fibras musculares.

ii) Contração isométrica: quando ocorre o aumento da tensão ou a força é


realizada pela contração isométrica, isto é, o comprimento do músculo não varia de
tamanho.

Observe que contratilidade é uma propriedade do músculo e contração é a


ação que o músculo exerce.
39

Os músculos são classificados de acordo com diversos critérios, conforme o


quadro apresentado em seguida.

Quadro 1: Classificação dos Músculos

CLASSIFICAÇÃO TIPO
1) Quanto à forma - é a forma como o Trapézio.
músculo se apresenta. Deltóide.
Piramidal.

2) Quanto ao número de fibras Triceps – 3 porções.


musculares. Bíceps – 2 porções.
Quadriceps – 4 porções.

3) Quanto à ação ou função – determina Músculo extensor do indicador.


a ação ou função do músculo conforme o Músculo abdutor curto do polegar.
movimento realizado. Elevador da escápula.

4) Quanto à localização ou situação – Músculo grande dorsal – região dorsal.


relaciona-se com a localização do órgão Músculo peitoral maior – músculo do “peito”.
no qual o músculo se encontra. Músculo frontal – no osso frontal, na cabeça.

5) Quanto à fixação – determinada de Braquiorradial – tem origem no braço e inserção


acordo com sua inserção. no rádio.
Esternocleidomastóideo – tem origem no
esterno, envolvendo a clavícula e o processo
mastóideo.

6) Quanto à direção – determinada pela Músculo reto abdominal.


direção que a musculatura segue. Músculo oblíquo externo Transverso do abdome.

7) Quanto à dimensão – propriamente é o Curto – masseter.


tamanho que o músculo apresenta. Longo – sartório.
Largo – peitoral maior.

8) Outras classificações: Fusiformes – fibras longitudinais e paralelas,


8.1) De acordo com a direção das fibras permitindo grau máximo de movimentação do
com relação aos tendões. músculo - movimentos rápidos e amplos.

8.2) De acordo com a disposição das Peniformes – fibras semelhantes a uma “pena” -
fibras piriformes. pequena amplitude de movimento, porém
energéticos.
Unipenado – o músculo se encontra ao lado do
tendão, por exemplo: músculo semimembranoso.
40

Bipenado – o músculo se converge nos dois


lados do tendão, por exemplo: músculo reto
femoral.
Multipenado – o músculo se dispõe de vários
tendões, por exemplo: músculo deltóide.

Diferentes tipos e disposição de fibras musculares

Os músculos exercem funções que são assim denominadas:

a) Agonista: é quando o músculo ou grupo de músculos é responsável pelo


movimento desejado. Exemplo: flexão do cotovelo que envolve o grupo de músculos
bíceps braquial, braquial e braquiorradial, e só ocorre por vontade própria.

b) Antagonista: é quando o músculo executa a ação contrária à do agonista.


Sua função é coordenar e moderar o movimento. Exemplo: flexão do tronco contra
resistência externa – agonista: músculos do abdome e o antagonista: músculos
eretores da coluna.

c) Sinergista: músculo que tem a função de auxiliar o movimento dos demais


músculos envolvidos no movimento. Exemplo: a flexão dos dedos é dificultada se a
articulação do punho também estiver em posição de flexão.

d) Estabilizador: também pode ser denominado fixador, o qual estabiliza um


segmento do corpo, para que uma outra musculatura ativa tenha firmeza na sua
função. Exemplo: exercícios de apoio no solo – os músculos do abdome se
contraem, impedindo que a coluna sofra uma hiperextensão.
41

Os tendões e ligamentos fazem parte da musculatura, auxiliando no


desenvolvimento estrutural dos músculos. Os tendões são constituídos de fibras de
colágeno onduladas, dispostas paralelamente, juntamente com fibras de elastina e
reticulina, que tendem a aumentar o volume da musculatura. Os ligamentos
acompanham a formação dos tendões e estão interligados a eles.

Relação do músculo com o tendão e parte interna da musculatura.

São características dos tendões e ligamentos:

 a estrutura reduz a fricção entre as fibras;

 os tendões submetidos à tensão fazem com que as fibras se alonguem na


direção da força de tensão;

 quando o movimento é interrompido, as fibras elásticas reorientam as fibras


onduladas de colágeno, voltando à situação de repouso, sem sofrer lesões.

Relação entre tendões e ligamentos:

 são estruturas adaptadas para exercer transmissão da carga em movimento,


do músculo para os ossos – tendão, e de osso para osso – ligamento;

 são responsáveis pelo controle da carga, evitando sobrecarga de um ou de


outro músculo em ação;

 nos tendões o suprimento de sangue é escasso, porém aumenta quando se


observa infecção ou lesão, já o suprimento nervoso é sensitivo.
42

As bolsas sinoviais encontram-se presentes nos tendões que estão em


contato com os ossos, e nos ligamentos. São denominados “sacos de tecido
conjuntivo”, estão revestidos por membranas lisas e possuem em seu interior líquido
sinovial. Entre suas funções encontram-se:

 diminuir o atrito entre as partes envolvidas;

 agilizar o deslizamento dos tendões;

 amortecer forças bruscas sobre os tendões e ligamentos;

 lubrificar os tendões e ligamentos.

As Fáscias são tecidos conjuntivos que envolvem todo o sistema muscular.


Apresentam-se como lâminas achatadas, revestindo e separando os músculos entre
si.

Recebem denominações de acordo com o músculo que está sendo


envolvido, ou de acordo com a região em que o músculo está localizado, como, por
exemplo, fáscia toracolombar.

Os termos superficial e profundo indicam as distâncias relativas entre as


estruturas e a superfície do corpo. São também termos de situação que indicam
estar contido nos planos superficiais ou nos planos profundos. Nesse caso, o limite
entre superficial e profundo é a fáscia muscular.

Estruturas superficiais são aquelas contidas no tegumento. Estruturas


profundas estão abaixo do tegumento.

Lesões limitadas ao tegumento são superficiais, e lesões que atingem a


fáscia muscular já são consideradas profundas (COSTA, 2008; SANTOS, 2012).

Exercem algumas funções básicas, entre elas:

 servem de origem e inserção aos músculos;

 constituem bainhas fibrosas para os tendões;

 servem de vias de orientação para os vasos sanguíneos e nervos;

 permitem o deslizamento de uma estrutura sobre a outra, evitando ou


diminuindo o atrito;
43

 durante a contração muscular, proporcionam um meio elástico, evitando a


êxtase sanguínea.

Os músculos que envolvem a coluna vertebral são de grande complexidade,


tornando-se difícil uma divisão exata e eficaz de cada grupo (ilustração a seguir).

A divisão dos músculos se dá em três grandes grupos, levando em


consideração o estudo funcional de cada um.

A divisão dos músculos da coluna vertebral destaca-se da seguinte forma:

Grupo I - anterior: região cervical anterior e toracolombar anterior.

Grupo II - posterior: região cervical posterior e toracolombar posterior.

Grupo III - lateral: região Cervical lateral (D e E) e toracolombar (D e E).

Músculo eretor da espinha – exemplo de Músculo reto do abdome – exemplo de


um músculo da coluna cervical posterior. músculo da região toracolombar anterior.

Alguns músculos são responsáveis por manter a dinâmica respiratória em


perfeitas condições para que o ser humano desempenhe suas funções e atividades,
sem que haja desequilíbrio nas condições impostas por eles.
44

São eles:

 diafragma;

 intercostais externos e internos;

 levantadores das costelas;

 serrátil póstero-superior e póstero-inferior;

 subcostais;

 transverso do tórax.

Os músculos que participam do grupo do membro superior são em números


elevados, uma vez que se dividem em vários subgrupos de movimento.

No quadro abaixo temos a divisão desses subgrupos e alguns de seus


respectivos músculos:

Músculos do movimento da Anteriores: subclávio, peitoral menor, serrátil anterior.


cintura escapular Posteriores: elevador da escápula, romboide, trapézio.

Músculos do movimento da Deltoide, supraespinhoso, infraespinhoso, redondo


articulação do ombro menor, redondo maior, subescapular, peitoral maior,
grande dorsal e coracobraquial.

Músculos do movimento do Bíceps braquial, braquial, braquiorradial, tríceps braquial,


cotovelo e radioulnar ancôneo, pronador redondo, pronador quadrado,
supinador.

Músculos do movimento do
punho Radial do carpo, palmar, extensor radial longo e curto do
carpa.

Músculos do movimento dos Flexor e extensor dos dedos, antebraquiais motores do


dedos polegar, flexor e extensor do polegar.

Músculos do movimento da
mão Palmar, abdutor e flexor do polegar, flexor do dedo
mínimo.

Assim como os músculos superiores, os músculos inferiores também são em


números elevados, e se dividem em vários subgrupos de movimento. Igualmente o
45

quadro abaixo apresenta a divisão desses subgrupos e alguns de seus respectivos


músculos.

Glúteo, pelvitrocanterianos, piriforme, gêmeo,


obturador interno e externo, quadrado femoral, psoas
Músculos do movimento da articulação
ilíaco, ilíaco, pectíneo, adutor, grácil, bíceps femoral,
do quadril
reto femoral, sartório, fáscia látea, semitendinoso,
semimembranoso.

Quadríceps femoral, retofemoral, vasto lateral,


Músculos do movimento do joelho
poplíteo, plantar, crural.

Tibial anterior, extensor do hálux, fibular,


Músculos do movimento do tornozelo e
gastrocnêmico, tríceps sural, sóleo, poplíteo, tibial

posterior.

Fonte: Santos (2012).


46

UNIDADE 6 – FISIOLOGIA HUMANA

Assistir ao cliente que requer cuidados intensivos e em emergência exige do


profissional de enfermagem uma compreensão profunda dos conceitos essenciais
da fisiologia, ventilação, troca gasosa, perfusão tecidual, equilíbrio hidreletrolítico e
equilíbrio ácido-básico. Estes profissionais em cuidados intensivos e em emergência
baseiam suas atividades e intervenções nos conceitos essenciais e nos mecanismos
corporais reguladores responsáveis pela manutenção da homeostase
(HUDDLESTON; FERGUSON, 2006).

Antes de vermos os detalhes dos conceitos/princípios acima, falaremos dos


sistemas digestório, excretor, respiratório e cardiocirculatório que são igualmente
vitais para a sobrevivência dos seres humanos.

6.1 Digestão

O sistema digestório humano é


formado por um longo tubo musculoso,
ao qual estão associados órgãos e
glândulas que participam da digestão.
Apresenta as seguintes regiões: boca,
faringe, esôfago, estômago, intestino
delgado, intestino grosso e ânus.

Nesse sistema acontecem os


processos químicos e mecânicos de
quebra das moléculas dos nutrientes (os
lipídeos e proteínas, carboidratos e
ácidos nucléicos) até que os dejetos
sejam eliminados nas fezes.

A bile, produzida pelo fígado, emulsifica gorduras, facilitando a ação das


lipases. Os hormônios envolvidos na digestão são: Gastrina, secretina,
colecistocinina e enterogastrona. Todos secretados por células epiteliais do trato
digestivo. As pregas intestinais ou vilosidades são formadas por vasos sanguíneos e
47

linfáticos, tecido conjuntivo e tecido epitelial com microvilosidades, que aumentam a


superfície de absorção.

Todo alimento é utilizado como fonte de energia ou construção da matéria


viva. O que estiver em excesso será armazenado na forma de lipídios, nos
adipócitos (células do tecido gorduroso ou adiposo). Quando há carência de
nutrientes, as gorduras começam a ser mobilizadas como fonte de energia e a
pessoa emagrece.

São problemas do Trato Digestivo:

 úlcera péptica – causada por medicamentos ou pela bactéria Helicobacter


pylori, há falha na defesa do revestimento do estômago ou duodeno e a
acidez gástrica ataca este revestimento e surgem lesões e feridas, que
ocasionam dores e azia;

 a constipação ocorre quando os movimentos peristálticos do intestino estão


muito lentos, e os resíduos ficam muito tempo no intestino, onde endurecem
devido à grande reabsorção de água;

 a diarreia ocorre quando o intestino delgado fica irritado e os movimentos


peristálticos ficam muito rápidos.

6.2 Excreção

Excreção é a eliminação dos resíduos metabólicos resultantes das reações


químicas das células do organismo. Tais excretas nitrogenados não podem
permanecer na circulação sanguínea por serem tóxicos. Eles podem ser a amônia, a
ureia e o ácido úrico.

Animais amoniotélicos: excretam a amônia por ser uma substância muito


solúvel em água.

Animais uricotélicos: excretam ácido úrico, que é muito pouco solúvel e não
precisa de quantidade relevante de água.

Animais uriotélicos: excretam ureia, que requer pouca quantidade de água e


é bem adaptada à excreção humana, pois precisamos economizar o máximo de
água possível.
48

O sistema excretor é formado por um conjunto de órgãos que filtram o


sangue, produzem e excretam a urina – o principal líquido de excreção do
organismo. É constituído por um par de rins, um par de ureteres, pela bexiga urinária
e pela uretra.

Os rins situam-se na parte dorsal do abdome, logo abaixo do diafragma, um


de cada lado da coluna vertebral, nessa posição estão protegidos pelas últimas
costelas e também por uma camada de gordura. Têm a forma de um grão de feijão
enorme e possuem uma cápsula fibrosa, que protege o córtex – mais externo, e a
medula – mais interna.

Cada rim é formado de tecido conjuntivo, que sustenta e dá forma ao órgão,


e por milhares ou milhões de unidades filtradoras, os néfrons, localizados na região
renal.

O néfron é uma longa estrutura tubular microscópica que possui, em uma


das extremidades, uma expansão em forma de taça, denominada cápsula de
Bowman, que se conecta com o túbulo contorcido proximal, que continua pela alça
de Henle e pelo túbulo contorcido distal; este desemboca em um tubo coletor. São
responsáveis pela filtração do sangue e remoção das excreções.

Nosso rim é do tipo metanefro, pois retira todos os metabólitos direto do


sangue. Estima-se que em 24 horas são filtrados cerca de 180 litros de fluido do
plasma; porém são formados apenas 1 a 2 litros de urina por dia, o que significa que
aproximadamente 99% do filtrado glomerular é reabsorvido (VILELA, 2008).

A função básica dos rins consiste em remover do sangue as substâncias


desnecessárias e excretá-las na urina, bem como levar de volta para o
sangue as substâncias necessárias. O primeiro passo para o desempenho
dessa função é a filtração do líquido dos capilares glomerulares para o
interior dos túbulos renais, um processo denominado filtração glomerular. À
medida que o filtrado glomerular passa pelos túbulos, seu volume é
reduzido e sua composição é alterada pela reabsorção tubular (o retorno
para o sangue de água e solutos presentes nos túbulos) e pela secreção
tubular (o movimento efetivo de água e solutos para o interior dos túbulos),
dois processos que variam bastante de acordo com as necessidades do
corpo. Portanto, a excreção de cada substância na urina envolve uma
combinação específica de filtração, reabsorção e secreção, conforme
expresso pela seguinte relação:
Taxa de Excreção Urinária = Taxa de Filtração − Taxa de Reabsorção +
Taxa de Secreção
Cada um desses processos é fisiologicamente controlado, e mudanças na
taxa de excreção urinária podem obviamente ocorrer por meio de mudanças
na filtração glomerular, na reabsorção tubular ou na secreção tubular
(GUYTON; HALL, 2011, p. 191-2).
49

A regulação da função renal relaciona-se basicamente com a regulação da


quantidade de líquidos do corpo. Havendo necessidade de reter água no interior do
corpo, a urina fica mais concentrada, em função da maior reabsorção de água;
havendo excesso de água no corpo, a urina fica menos concentrada, em função da
menor reabsorção de água.

O principal agente regulador do equilíbrio hídrico no corpo humano é o


hormônio ADH (antidiurético), produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise. A
concentração do plasma sanguíneo é detectada por receptores osmóticos
localizados no hipotálamo. Havendo aumento na concentração do plasma (pouca
água), esses osmorreguladores estimulam a produção de ADH. Esse hormônio
passa para o sangue, indo atuar sobre os túbulos distais e sobre os túbulos
coletores do néfron, tornando as células desses tubos mais permeáveis à água.
Dessa forma, ocorre maior reabsorção de água e a urina fica mais concentrada.
Quando a concentração do plasma é baixa (muita água), há inibição da produção do
ADH e, consequentemente, menor absorção de água nos túbulos distais e coletores,
possibilitando a excreção do excesso de água, o que torna a urina mais diluída.

O álcool inibe o ADH, produzindo urina mais diluída e abundante. A


aldosterona, das suprarrenais, aumenta a reabsorção de íons nos túbulos do néfron
e atua, portanto, no controle osmótico do sangue.

Além do ADH, há outro hormônio participante do equilíbrio hidroiônico do


organismo: a aldosterona, produzida nas glândulas suprarrenais. Ela aumenta a
reabsorção ativa de sódio nos túbulos renais, possibilitando maior retenção de água
no organismo. A produção de aldosterona é regulada da seguinte maneira: quando a
concentração de sódio dentro do túbulo renal diminui, o rim produz uma proteína
chamada renina, que age sobre uma proteína produzida no fígado e encontrada no
sangue, denominada angiotensinogênio (inativo), convertendo-a em angiotensina
(ativa). Essa substância estimula as glândulas suprarrenais a produzirem a
aldosterona (VILELA, 2008).

As diversas funções exercidas pelos rins para a manutenção da homeostase


incluem:

 excreção de produtos residuais do metabolismo e substâncias químicas


estranhas;
50

 regulação do equilíbrio de água e eletrólitos;

 regulação da osmolaridade e das concentrações de eletrólitos dos líquidos


corporais;

 regulação da pressão arterial por meio da excreção de quantidades variáveis


de sódio e água e da secreção de substâncias como a renina, que levam à
formação de produtos vasoativos, como a angiotensina II;

 regulação do equilíbrio ácido-base por meio da excreção de ácidos e da


regulação das reservas de tampões dos líquidos corporais;

 regulação da produção de eritrócitos por meio da secreção de eritropoetina,


que estimula a produção de hemácias;

 regulação da produção de 1,25-diidroxivitamina D3;

 síntese de glicose a partir de aminoácidos (gliconeogênese) durante o jejum


prolongado;

 secreção, metabolismo e excreção de hormônios (GUYTON; HALL, 2011).

Dentre os problemas do trato urinário podemos citar:

 uremia – elevação da taxa de ureia no sangue;

 glomerulonefrite – inflamação dos glomérulos;

 cálculos renais – acúmulo de cristais de sais minerais nos rins, e a chance


aumenta pela baixa ingestão de água.

6.3 Respiração

O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por


vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades
pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a
traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos
pulmões, ou seja, o sistema é formado pelas vias respiratórias e pelos pulmões.

O ar inspirado, rico em oxigênio, enche os pulmões ao nível dos alvéolos


(sacos onde ocorrem as trocas gasosas com o sangue – hematose). Os pulmões
são protegidos pela caixa torácica, formada pelo Esterno e pelas costelas. Os
51

movimentos são feitos pelo Diafragma e pelos músculos intercostais. Quando


inspiramos, a caixa se expande e o diafragma desce, entrando o ar. Quando
expiramos, a caixa volta ao normal e o diafragma sobe novamente, expelindo o ar,
cheio de gás carbônico. O sangue deve nutrir os tecidos e por isso leva os nutrientes
e os gases respiratórios. Quando chega às células dos tecidos diversos, ocorre uma
troca entre eles e o sangue arterial, que libera o oxigênio e recebe o gás carbônico,
que é carregado principalmente sob a forma de íons Bicarbonato, mas também é
levado dissolvido no plasma e ligados à hemoglobina.

A anidrase carbônica é a enzima que vai catalisar a reação da água com o


dióxido de carbono no sangue. A hemoglobina é o pigmento das hemácias que lhes
dá a coloração característica e através dos seus íons Ferro, carregam o oxigênio
inspirado para todas as células do corpo.

Dica: O CO (monóxido de carbono), um gás inodoro, faz uma ligação


altamente estável com a hemoglobina, incapacitando-a de transportar o oxigênio. Se
o indivíduo for exposto ao CO por um período prolongado pode chegar à morte por
asfixia.

Em altitudes mais elevadas, o ar é mais rarefeito e a disponibilidade de


oxigênio, mais baixa. As pessoas que vivem ao nível do mar, ao subirem a tais
altitudes sentem o impacto da carência de oxigênio. O organismo, para suprir tal
carência, começa a produzir mais hemácias na medula óssea, pela ação do
hormônio Eritropoetina e, portanto, vai haver maior número de moléculas de
hemoglobina para captarem mais oxigênio.

Dentre os problemas do trato respiratório temos:

 gripe e resfriado – causados por vírus, que atacam as vias respiratórias, os


seios nasais e o ouvido;

 tuberculose e pneumonia – causadas por bactérias.

A traqueia e os brônquios podem ficar inflamados, ocasionando a bronquite


aguda, podendo chegar aos pulmões – broncopneumonia. Já a bronquite crônica
ocorre devido à irritação constante das vias aéreas por ação do fumo, alergias e
poluição do ar.
52

O enfisema é uma destruição progressiva dos alvéolos, causada


principalmente pelo fumo. E a asma é uma reação inflamatória nos brônquios,
com edema, hipersecreção de muco e contração da musculatura lisa,
provocando falta de ar.

6.4 Circulação

O sistema cardiovascular ou circulatório é uma vasta rede de tubos de vários


tipos e calibres, que põe em comunicação todas as partes do corpo. Dentro desses
tubos circula o sangue, impulsionado pelas contrações rítmicas do coração (VILELA,
2008).

A circulação é feita através do tecido sanguíneo. O sangue circula por vasos,


as artérias, as veias e os capilares. A circulação humana é dupla, fechada e
completa. O sangue passa duas vezes pelo coração em um circuito completo que
dura cerca de 1 minuto. O coração é composto de quatro cavidades: dois átrios e
dois ventrículos. O átrio direito recebe sangue venoso do corpo através das veias
cava. O ventrículo direito bombeia este sangue para os pulmões, onde ocorre a
hematose, através da artéria pulmonar. O sangue arterial entra no átrio esquerdo e é
bombeado para o corpo através da sístole do ventrículo esquerdo e sai do coração
para o corpo através das aterias Aorta e Carótidas.
53

Veja as ilustrações abaixo:

As cavidades são separadas por válvulas e há também válvulas entre os


ventrículos e os vasos por onde o sangue sai. O miocárdio é o músculo cardíaco
(musculatura estriada cardíaca – movimentos involuntários). Ele tem certa
independência em relação ao sistema nervoso, pois permite os batimentos
cardíacos através de feixes de células que transmitem um impulso elétrico
permitindo os movimentos de sístole e diástole de ambos os átrios e ambos os
ventrículos, são o nódulo sino-atrial; o nódulo átrio-ventricular; o feixe de Hiss e as
fibras de Purkinje.

O sangue arterial leva nutrientes, gases respiratórios e hormônios para os


tecidos e recolhe excretas e gás carbônico. A troca ocorre ao nível dos capilares,
vasos bem finos e o que extravasa e não retorna devido à diferença de pressão na
parte arterial e na parte venosa do capilar, é recolhido pela circulação linfática, que
também transporta linfócitos, células de defesa do organismo. O que é recolhido é
mais tarde levado de volta ao sangue através das veias subclávias.
54

Fonte: SÉRIE ATLAS VISUAIS. O corpo Humano. Ed. Ática (1997).


55

Dica: Veia é todo vaso que entra no coração e artéria, todo aquele que sai
do coração, independente do tipo de sangue que transporta (arterial ou venoso).

São problemas do Trato Circulatório:

 aterosclerose – endurecimento dos vasos sanguíneos pela deposição de


placas de gordura (ateroma);

 isquemia – dificuldade de transporte de oxigênio e oxigenação das células em


geral;

 trombose – entupimento de um vaso, impedindo a passagem do sangue;

 derrame (AVC) – rompimento de uma artéria do cérebro devido à uma


elevação brusca da pressão arterial;

 infarto – morte do miocárdio devido ao entupimento das artérias que irrigam o


coração, as coronárias. Sintomas são angina pectoris (dor no peito esquerdo
que irradia para o braço), dor na nuca, sudorese e dificuldade respiratória.
Causas dos problemas cardíacos e circulatórios: sedentarismo (falta de
exercício físico), obesidade, alimentação rica em gordura animal e gordura
trans, fumo, estresse, depressão e uso de anabolizantes.

6.5 Conceitos essenciais da Fisiologia para cuidados intensivos em Urgência e


Emergência

Os conceitos que trataremos agora são essenciais e funcionam como


instrumentos que fornecem uma abordagem sensata para o domínio dos princípios e
habilidades necessários ao profissional da enfermagem em cuidados intensivos e
em emergência.

Huddleston e Ferguson (2006) nos lembram que o domínio desses conceitos


é essencial para a avaliação rápida do cliente e fornece subsídio para as atividades
e intervenções do profissional nos prontos-socorros e nas unidades de cuidados
intensivos, estão implicados, às vezes coexistindo em um mesmo momento no qual
o desequilíbrio em um acarreta desequilíbrio nos demais.
56

1. Ventilação:

A ventilação é o processo de entrada (inspiração) e de saída (expiração) de


oxigênio dos pulmões, sendo a inspiração, um processo ativo resultante da
contração do diafragma e dos músculos intercostais externos e a expiração, um
processo passivo que resulta do relaxamento dos pulmões e da parede torácica.

Existe uma pressão negativa no espaço intrapleural de modo que os


pulmões não se separam do tórax durante os movimentos de inspiração e expiração.
Em um indivíduo sadio, a ventilação eficaz mantém uma Pa CO 2 entre 35 e
45mmHg, consistindo em uma etapa essencial para a troca gasosa adequada e
perfusão tecidual.

Como resultado de doença ou traumatismo ou durante o período


perioperatório, alguns clientes requerem ventilação mecânica para se assegurar
adequada ventilação.

Sobre a regulação, vale lembrar:

 a respiração é regulada por neurônios na medula espinhal e ponte, pelo


equilíbrio ácido-básico e pelo estado de vigília;

 os quimiorreceptores centrais são sensíveis a alterações no nível do dióxido


de carbono (CO2), que é o estímulo primário para a respiração;

 os quimiorreceptores periféricos são sensíveis a alterações no nível de


oxigênio (O2) e no pH e fornecem um estímulo secundário para a respiração;

 a regulação da função respiratória, incluindo a contração ou relaxamento do


músculo liso bronquiolar, está principalmente sob o controle do sistema
nervoso autônomo.

Em se tratando de clientes em unidades de cuidados intensivos e em


emergência, a aplicação da ventilação pode se dar nos seguintes contextos:

 os clientes admitidos nas unidades de cuidados intensivos e de emergência


podem apresentar condições que interferem na ventilação, como obstrução
das vias respiratórias, embolia pulmonar ou edema pulmonar;

 a ventilação ineficaz leva à alteração da troca gasosa e da perfusão tecidual;


57

 a assistência ao cliente tem como objetivo manter pérvia a via respiratória ou


otimizar a ventilação;

 vias respiratórias pérvias, ventilação e circulação são prioridades no


atendimento aos clientes em unidades de cuidados intensivos e em situações
de emergência.
2) Troca gasosa:

A troca gasosa descreve dois processos: o movimento do O 2 dos alvéolos


para a corrente sanguínea, onde é ligado à hemoglobina e transportado para as
células; e o movimento do CO2 da corrente sanguínea para os alvéolos, onde é
removido por meio da expiração.

A troca gasosa adequada requer ventilação satisfatória e boa relação


perfusão/difusão, também depende do volume corrente, da quantidade de ar
normalmente inspirado ou expirado; entretanto, nem todo o volume corrente alcança
os alvéolos, para que haja troca gasosa.

O espaço morto refere-se à porção de volume corrente que permanece


naquelas áreas que conduzem ar, mas não estão envolvidas na troca gasosa;
normalmente, essa quantidade constitui um terço do volume corrente, mas pode
aumentar quando estão incluídos o espaço morto fisiológico (áreas que
normalmente contribuem para a ventilação) e a intubação excessiva ou ventiladores
mecânicos.

A equação é a seguinte:

O volume corrente (VT) x frequência (f) = ventilação minuto (VE)

A troca gasosa acontece na superfície dos alvéolos, assim, as células


alveolares tipo II secretam SURFACTANTE, uma lipoproteína que diminui a tensão
existente na superfície da membrana celular e evita o colapso alveolar.

A distribuição de oxigênio para todas as áreas do pulmão não é uniforme e a


relação entre oxigênio e fluxo sanguíneo é expressa como a razão
ventilação/perfusão (V/Q) e normalmente é de 0,8 (4 l/ventilação/minuto a 5
l/perfusão minuto).

Quando existe perfusão sem ventilação, ocorre um fenômeno denominado


shunting. O sangue ultrapassa os alvéolos e não participa da troca gasosa.
58

Normalmente, isto chega a 2% do ar inspirado, mas pode chegar a 50% em


determinadas doenças, como a síndrome da angústia respiratória no adulto.

A troca insuficiente de O2 resulta em hipoxemia e a troca insuficiente de CO2


resulta em hipercapnia.

A avaliação da troca gasosa é determinada pela análise da gasometria


arterial e análise de sangue venoso misto. A troca gasosa é dependente da
regulação adequada da ventilação. Ela resulta de difusão baseada nos gradientes
de pressão através da membrana celular e a perfusão é regulada pelo débito
cardíaco e pela obstrução do fluxo sanguíneo.

Como aplicar os conceitos à assistência de enfermagem aos clientes em


unidades de cuidados intensivos e em situações de emergência?

 Os clientes admitidos nas unidades de cuidados intensivos ou de emergência


costumam apresentar condições que interferem na troca gasosa.

 A troca gasosa ineficaz leva a hipoxia, como evidenciam acidose láctica,


perfusão tecidual alterada e disfunção orgânica.

 O conhecimento de achados laboratoriais e de avaliação normais e anormais


é essencial para o cuidado ao cliente com troca gasosa ineficaz.

 A assistência ao cliente tem por objetivo manter ou otimizar a troca gasosa.

3) Perfusão tecidual:

A perfusão tecidual é o processo pelo qual o fluxo sanguíneo fornece às


células os nutrientes necessários para o desempenho apropriado. Ela é essencial
para o desempenho celular adequado e a homeostase, fornecendo às células o O 2
necessário para os processos metabólicos e a remoção das excretas.

Quando diminuída, a perfusão tecidual reduz o O2 para as células (hipoxia


tecidual), causando metabolismo anaeróbico e acúmulo de excretas nas células,
processos esses que resultam posteriormente em acidose láctica e choque.

Como regular?

 Os mecanismos compensatórios são ativados por perfusão tecidual ineficaz.

 Os barorreceptores presentes na carótida e no arco aórtico estimulam o


centro vasomotor na medula.
59

 O sistema nervoso simpático libera epinefrina e norepinefrina.

 O sangue é desviado para os órgãos vitais (o coração e o cérebro) e é


bastante reduzido para os órgãos que toleram isquemia (pele, músculos
esqueléticos e gordura).

 A frequência respiratória aumenta para compensar o déficit de oxigênio.

 O sistema renina-angiotensina-aldosterona é ativado para aumentar a


vasoconstrição e a retenção de água no organismo.

 A glândula pituitária posterior secreta hormônio antidiurético (ADH), ou


vasopressina, um vasoconstritor potente, para aumentar a retenção de água
no organismo. Ocorre um desvio de aproximadamente 200 a 400 ml do
espaço intersticial para o espaço vascular.

Os mecanismos compensatórios podem agravar a condição clínica do


cliente com o aumento da sobrecarga cardíaca resultante do aumento do volume de
líquidos no organismo e vasoconstrição.

Uma vez que os clientes admitidos nas unidades de cuidados intensivos ou


de emergência comumente apresentam condições clínicas que resultam em uma
perfusão tecidual alterada, à medida que ocorre perfusão tecidual alterada,
desenvolve-se choque, causando alterações no metabolismo tecidual e necrose
tissular.

Nesse sentido, a avaliação correta da perfusão tecidual e a intervenção


imediata com o objetivo de corrigir as alterações podem melhorar a sobrevida do
cliente.

4) Equilíbrio hidroeletrolítico:

O equilíbrio hidreletrolítico descreve a razão corporal normal água/eletrólitos


dentro dos líquidos corporais.

A água do corpo transporta nutrientes e resíduos metabólicos e é expressa


como uma porcentagem do peso corporal.

A quantidade de água no corpo está relacionada com a idade, o sexo e a


gordura corporal; nos adultos, o conteúdo de água é de 60% do peso corporal no
homem mediano e 50% na mulher mediana; os idosos apresentam uma
60

porcentagem menor de água no corpo e as crianças apresentam uma porcentagem


maior.

A água do corpo é distribuída entre dois compartimentos de líquidos


principais: o extracelular e o intracelular:

a) O líquido extracelular (LEC) constitui um terço da água corporal total e é


encontrado nos vasos sanguíneos como plasma e entre as células como fluido
intersticial.

b) O líquido intracelular (LIC) constitui dois terços da água corporal total e é


encontrado dentro da célula.

Os eletrólitos são substâncias que apresentam carga positiva ou negativa e


que se unem em várias combinações nos líquidos corporais e diferem em
concentração no LEC e no LIC. Os principais eletrólitos do LEC incluem sódio (Na +,
o cátion principal), cloro (Cl-) e bicarbonato (HCO3-). Os principais eletrólitos do LIC
incluem potássio (K+), magnésio (Mg++), fosfatos e proteínas.

O fluido (água e eletrólitos) move-se entre os compartimentos; esse


movimento é determinado pela permeabilidade da membrana que separa os
compartimentos de líquidos, pela osmolalidade do fluido, pela concentração de Na +
no fluido intracelular, pelos eristalóides e, finalmente, pela pressão osmótica coloidal
e pela pressão hidrostática capilar.

Os mecanismos pelos quais a água e os eletrólitos movem-se entre os


compartimentos de líquidos incluem a DIFUSÃO, a OSMOSE e transporte ativo
(bomba sódio-potássio).

Para buscar a regulação: os mecanismos compensatórios mantêm os níveis


de líquidos e eletrólitos dentro da faixa normal, assim para ocorrer homeostase, a
ingestão de líquidos deve ser igual à eliminação; a ingestão de líquidos média diária
é de aproximadamente 3.000 ml; o débito de líquidos médio diário é de 2.600 ml, o
que inclui a perda de água na urina, nas fezes e por meio da respiração (pulmões) e
da perspiração (pele).

Órgãos e glândulas específicos também auxiliam a regulação do equilíbrio


hidroeletrolítico:
61

 os rins realizam as principais funções reguladoras, incluindo a retenção e a


excreção de líquidos e eletrólitos específicos, regulação do pH e excreção de
resíduos metabólicos e substâncias tóxicas, além de secretarem a renina
como uma resposta à diminuição da pressão sanguínea ou do volume de
LEC;

 por meio de sua ação bombeadora, o coração mantém a pressão necessária


à perfusão dos rins para regular o equilíbrio hidroeletrolítico;

 os pulmões mantêm o equilíbrio ácido-básico e contribuem para a perda


insensível de água; a renina interage com a angiotensina no fígado para
formar a angiotensina I, que se converte em angiotensina II, um vasopressor
potente, nos pulmões;

 as glândulas suprarrenais secretam aldosterona, que altera o equilíbrio


hídrico. O aumento da secreção de aldosterona retém Na+, aumentando a
retenção de água no organismo e a perda de K+. A diminuição da secreção de
aldosterona causa perda de Na+ e água e a retenção de K+. A angiotensina II
estimula a produção e a secreção de aldosterona;

 o hipotálamo responde ao aumento da osmolalidade sérica, que estimula o


centro da sede e a necessidade de ingestão de água; também produz o
hormônio antidiurético (ADH);

 a glândula pituitária posterior secreta ADH, causando retenção de líquido no


organismo, sendo que o estímulo primário para secreção é o aumento da
osmolalidade sérica e o estímulo secundário é um déficit grave de LEC;

 as glândulas paratireoides regulam o cálcio e o fosfato por meio da secreção


do hormônio paratireoideo, que afeta a reabsorção óssea e a absorção e
reabsorção de cálcio.

Aplicação dos conceitos na assistência de enfermagem a clientes em


unidades de cuidados intensivos e em situações de emergência:

As pessoas sadias podem enfrentar as alterações na composição


hidreletrolítica; igualmente os clientes admitidos em unidades de cuidados intensivos
e de emergência comumente sofrem de condições que alteram seu equilíbrio
62

hidreletrolítico ou restringem sua capacidade de ingerir alimentos ou líquidos com o


objetivo de manter um equilíbrio hidroeletrolítico, assim como os clientes sofrem
várias alterações que resultam em perda da integridade fisiológica e até psicológica
devido aos desequilíbrios hidreletrolíticos, portanto, a assistência de enfermagem ao
cliente tem por objetivo restaurar e manter o equilíbrio hidroeletrolítico.

5) Equilíbrio ácido-básico:

A razão normal ácido/base é 1:20, representando uma parte de ácido, tal


como o dióxido de carbono (CO2), para 20 partes de base, tal como o bicarbonato de
sódio (HCO3-), portanto, os processos metabólicos devem garantir um equilíbrio
ácido-básico para manter um funcionamento celular dentro da normalidade.

Um ácido é uma substância que pode doar ou liberar íons de hidrogênio (H +)


e uma base é uma substância que pode aceitar H+.

O equilíbrio ácido-básico é medido por análise dos gases sanguíneos (o


quadro abaixo apresenta os valores normais de gasometria) e o pH do sangue
arterial é uma medição indireta da concentração de H+.

Valores normais de gasometria

pH 7,35 a 7,45

PaCO2 35 a 45 mmHg

-
HCO3 22 a 26 mEq/l

PaO2 80 a 100 mmHg

SaO2 95 a 100%

Excesso de base -2,5 a +2,5

 O dióxido de carbono do sangue arterial (PaCO3) mede a pressão parcial


de CO2 no sangue arterial, refletindo a ventilação alveolar, sendo o componente
respiratório do equilíbrio ácido-básico.

 O bicarbonato do sangue arterial reflete o componente metabólico do


equilíbrio ácido-básico.

 O oxigênio do sangue arterial mede a pressão parcial de O 2 no sangue e


reflete a adequação de oxigenação.
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 A saturação de oxigênio do sangue arterial mede a porcentagem de


hemoglobina saturada com O2.

 O excesso de base no sangue arterial reflete a quantidade anormal de


tampão presente.

Para uma análise precisa da gasometria, é preciso determinar a temperatura


corporal e o conteúdo de O2 do ar inspirado.

A Regulação:

 os ácidos são continuamente liberados como subprodutos metabólicos;

 os sistemas de tampão corporal evitam alterações importantes no pH por


meio da combinação química de ácidos com outros íons;

 o sistema respiratório é responsável pela regulação do nível de CO2 no corpo;

 o sistema renal é responsável pela regulação do nível de HCO3.

A compensação ocorre como resposta do sistema não atingido para reduzir


alterações no pH ou para retomar o pH a uma faixa próxima à normal. Os
desequilíbrios respiratórios resultam em compensação metabólica pelos rins, que
pode levar vários dias. Desequilíbrios metabólicos resultam em compensação
respiratória pelos pulmões, que pode ter seu início em minutos.

Os clientes portadores de distúrbios que atingem os pulmões ou os rins


podem ser incapazes de compensar os desequilíbrios, assim, a correção dos
desequilíbrios ácido-básico para retomar o pH a uma faixa próxima à normal,
depende de uma resposta do sistema acometido que pode ser fisiológica ou
terapêutica.

Os clientes admitidos nas unidades de cuidados intensivos ou de


emergência comumente apresentam condições que alteram o equilíbrio ácido-básico
e sofrem várias alterações que afetam o funcionamento geral do corpo.

O conhecimento pelo profissional da enfermagem do equilíbrio ácido-básico,


dos mecanismos de compensação e das formas para correção é essencial para
auxiliar no restabelecimento do funcionamento corporal, igualmente o conhecimento
dos valores dos gases sanguíneos normais e anormais que indicam equilíbrio ou
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desequilíbrio de acidobásico é essencial para a assistência resolutiva ao cliente,


portanto, a assistência ao cliente tem como objetivo restaurar e manter o equilíbrio
ácido-básico do organismo (HUDDLESTON; FERGUSON, 2006).
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REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS BÁSICAS
GUYTON, Arthur C. Fisiologia Humana. 5 ed. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan,
2008.

HUDDLESTON, Sandra Smith; FERGUSON, Sondra G. Trad. Sônia Regina de


Souza. Emergências clínicas: abordagens, intervenções e auto avaliação. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

TORTORA, Gerald J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo humano: fundamentos de


anatomia e fisiologia. 8 ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.

REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
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BERNE, R.M. et al. Fisiologia. 5 ed. São Paulo: Editora Elsevier, 2004.

COSTA, Valéria Catelli Infantozzi. Anatomia geral humana. Ribeirão Preto, 2008.

COSTANZO, Linda S. Fisiologia. 4 ed. Porto Alegre: Elsevier, 2011.

CURI, R.; Procópio, J. Fisiologia Básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

DANGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar: para o


estudante de Medicina. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 1998.

DUARTE, Hamilton Emídio. Anatomia Humana. Florianópolis:


BIOLOGIA/EAD/UFSC, 2009. Disponível em:
http://www.cos.ufrj.br/~alfredo/classnotes/LUIS%20ALFREDO%20Livro_Anatomia_H
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GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. Trad. de Barbara
Alencar Martins. 12 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

MCMINN, R. M. H.; HUTCHINGS, R. T.; LOGAN, B. M. Compêndio de Anatomia


Humana. São Paulo: Manole, 2000.

MOORE, K. L.; DALLEY, A. R. Anatomia: orientada para a clínica. 4 ed. Rio de


Janeiro: Guanabara-Koogan, 2001.

SANTOS, Nívea Cristina Moreira. Urgência e emergência para enfermagem: do


atendimento pré-hospitalar (APH) à sala de emergência. 6 ed. São Paulo: Iátria,
2012.

SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 5 ed.


Porto Alegre: Artmed, 2010.
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VAVRUK, José William. Importância do estudo da anatomia humana para o


estudante da área de saúde. In: O Anatomista, Ano 3, Volume 2, Abril-Junho, 2012.
Disponível em: http://www.sbanatomia.org.br/arquivos/a3v2.pdf

VILELA, Ana Luiza Miranda. Sistema Excretor (2008). Disponível em:


http://www.afh.bio.br/excret/excret1.asp

Artigos diversos. Disponíveis em:

http://www.coladaweb.com/biologia/fisiologia/funcoes-vitais-humanas

http://www.unifesp.br/dmorfo/roteirodeanatomiadescritivaetopografica.pdf

http://www2.ucg.br/cbb/professores/19/Psicologia/1_periodo/Biologia%20Humana/An
atomia%20Humana.pdf

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/Circulacao.php

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