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Duração: ≥ 14 dias
Assadura perineal
A) Cite o diagnóstico dessa criança e justifique a resposta.
Diarreia persistente: síndrome pós-enterite por intolerância
secundária à lactose.
Justificativa: início de diarreia aguda infecciosa (febre, vômitos e
diarreia), agora com duração ≥ 14 dias (no caso, 16 dias), em
lactente com fator de risco para manutenção da lesão da mucosa
intestinal (uso de leite de vaca) e com eliminação de flatos e
assadura perineal (indicadores clínicos da inadequada digestão
da lactose, o que leva à formação de gases e ácidos orgânicos).
B) Indique a provável doença que deu início ao quadro atual e a
sua provável etiologia.
Diarreia aguda infecciosa de provável etiologia viral, como
rotavírus, coronavírus, adenovírus, calicivírus (em especial o
norovírus) e astrovírus.
Doença Diarreica - Etiologia
Diarréia Aguda Aquosa
Rotavírus
Fisiopatologia – Diarréia Osmótica
Substâncias osmoticamente
ativas na luz (açúcar)
Aumento da
ingestão Diminuição da
digestão
(Rotavírus;Desnutrição)
Água e Digestão
eletrólitos bacteriana
Ácidos orgânicos
Substâncias
redutoras +
pH < 5,0
C) Cite três exames que podem confirmar o diagnóstico.
1. Coprograma: pH fecal ≤ 5; substâncias redutoras
positivas (≥ 5g% nas fezes);
2. Teste da absorção da lactose pela sobrecarga oral;
3. Teste do H2 expirado;
4. Teste rápido de lactase em fragmento de biópsia;
5. Dosagem de dissacaridases em fragmento de mucosa
intestinal.
D) Descreva as orientações que devem ser feitas ao cuidador.
1. Restrição dietética temporária da lactose
2. Suspender o leite de vaca como complemento, pois o
mesmo é lesivo à mucosa do lactente.
3. Manutenção do leite materno.
4. Proteção de barreira (pomada) na assadura perineal.
TEP – 2017
Pré-escolar, quatro anos, é trazido à emergência com história de diarreia
que iniciou há dois dias. Apresenta febre alta desde o início dos sintomas,
comprometimento do estado geral e sangue nas fezes. Após realizar o
exame físico o pediatra assistente o classifica no Plano B.
A) Descreva como deve ser a reidratação desta criança.
B) Indique as etapas a serem seguidas se:
1- a criança apresentar vômitos:
2- piorar da desidratação:
C) Considerando o estado clínico da criança e as orientações do Ministério
da Saúde, cite os medicamentos que devem ser usados no tratamento
desta criança.
A) Descreva como deve ser a reidratação desta criança.
Solução de reidratação oral (SRO), 50 a 100 ml /kg em 4 a
6 horas (ou em 3 a 4 horas). A SRO deve ser administrada
continuamente, em pequenas alíquotas, até que
desapareçam os sinais de desidratação.
B) Indique as etapas a serem seguidas se:
1- a criança apresentar vômitos: se forem episódios isolados de
vômitos, manter a reidratação oral administrando SRO mais
lentamente (diminuir o volume de cada alíquota e aumentar a
frequência da oferta); porém se forem vômitos incoercíveis (4 ou
+ episódios/hora), passar SNG na criança e administrar a SRO
por gastróclise na velocidade de 20 a 30 mL/Kg/h em 4 horas.
2- piorar da desidratação: passar para plano C, ou seja,
hidratação venosa.
C) Considerando o estado clínico da criança e as orientações do
Ministério da Saúde, cite os medicamentos que devem ser usados
no tratamento desta criança.
C) Considerando o estado clínico da criança e as orientações do
Ministério da Saúde, cite os medicamentos que devem ser usados
no tratamento desta criança.
1. Antibiótico: Ciprofloxacino: 15 mg/kg a cada 12 horas VO por 3
dias; Azitromicina: 10 mg/Kg no 1° dia e 5 mg/Kg do 2° ao 5°
dias VO ou Ceftriaxona: 50 a 100mg/kg, IM, uma vez ao dia, por
2 a 5 dias, como alternativas.
2. Zinco: deve ser administrado, uma vez ao dia, durante 10 a 14
dias: até 6 meses de idade: 10mg/dia; maiores de 6 meses de
idade: 20mg/dia
TEP – 2016
Lactente, um ano, previamente saudável é internado com quadro de infecção
urinária e bacteremia. Boa evolução clínica, em uso de antibióticos de largo
espectro. No décimo dia do tratamento passou a apresentar cólica e distensão
abdominal, vários episódios de evacuações líquidas com muco e sangue e
desidratação grave. A opção que descreve o provável diagnóstico, os exames
laboratoriais necessários para sua confirmação e o tratamento são:
A) alergia ao esquema de antibióticos, hemograma para avaliação de eosinofilia,
modificação do esquema de antibióticos.
B) intolerância adquirida à lactose, pesquisa de substâncias redutoras nas fezes,
suspensão dos derivados do leite de vaca.
C) colite pseudomembranosa, pesquisa de toxinas nas fezes, suspensão dos
antibióticos em uso.
D) parasitose intestinal, parasitológico de fezes, albendazol em dose única.
Colite Pseudomembranosa
Tratamento:
• Manter LM exclusivo e restringir dieta da mãe → retirar LV e
derivados; 20% dos casos → restringir outros alimentos (soja,
ovo)
• Se em uso de fórmula: FeH; FAA em casos refratários
APLV – Enteropatia induzida por proteínas alimentares
Atenção:
• Não se trata de “alergia à lactose”, pois a lactose é um carboidrato e
não tem capacidade de desencadear reações imunes;
• Trata-se de APLV, e a intolerância aos dissacarídios (lactose e/ou
sacarose) é decorrente da lesão vilositária induzida pela reação
imunológica;
• As lesões das microvilosidades e das vilosidades são reversíveis
com a dieta de eliminação dos alérgenos, restaurando a capacidade
absortiva, inclusive para dissacarídios e monossacarídios
APLV – Enteropatia induzida por proteínas alimentares
Tratamento:
• Retirar LV e derivados da dieta
• Nas fases iniciais, além da exclusão do(s) alérgeno(s), pode
ser necessária a suspensão dos dissacarídios (lactose e/ou
sacarose)
• FeH; FAA nos casos mais graves
• Não utilizar leite de soja antes de haver recuperação total da
mucosa
APLV – Diagnóstico
1. Hemograma completo
2. Dosagem de imunoglobulinas (IgG, IgA, IgM e IgE) ou eletroforese de
proteínas (observar ausência ou diminuição da fração gama)
3. Radiografia de tórax (avalia presença ou ausência de sombra tímica) e
radiografia de cavum (avalia presença ou ausência de tonsilas faríngeas)
4. Testes cutâneos de hipersensibilidade tardia – avalia resposta celular
5. Teste de redução do nitro blue tetrazolium (NBT) – avalia a função
oxidativa dos fagócitos
6. Complemento hemolítico total (CH50) – avalia a função da via clássica
do complemento
7. Sorologia anti-HIV
TEP 2018
Lactente, 12 meses, apresenta há seis dias lesões tipo placa eritematosa
e descamativa na região malar e frontal como apresentada na figura a
seguir. Teve lesões semelhantes anteriormente em quatro episódios com
início aos seis meses de idade, localizadas na região malar e extensora
de membros. O prurido é intenso e ocorre piora com mudança de
temperatura. O diagnóstico e a conduta são:
A) urticaria de contato / anti-histamínico oral.
B) dermatite seborreica / cetoconazol creme.
C) dermatite atópica leve / hidrocortisona creme.
D) dermatite de contato alérgica / anti-histamínico tópico.
Dermatite atópica – Definição
Resposta Alterações
imunológica genéticas Influência psicossomática:
alteração do sistema nervoso
IgE e eosinofilia
Hipersensibilidade cutânea a Ags
encontrados no meio ambiente
Dermatite atópica – Quadro clínico
Liquenificação
Dermatite atópica – Diagnóstico
Clínico: história e exame físico
Deve haver prurido ou referência a ele nos últimos 12 meses,
associado a pelo menos 3 dos seguintes critérios:
1. Pele seca ou história de xerose no último ano
2. História pessoal de rinite ou asma ou familiar de rinite, asma ou
dermatite nos menores de 4 anos
3. Idade de início precoce, antes do segundo ano de vida
4. Presença de eczema com envolvimento das pregas cubital e
poplítea e região anterior dos tornozelos, e nos menores de 4
anos, região malar e frontal e face extensora de membros
Dermatite atópica – Dados auxiliares
Escabiose
Dermatite de contato
Dermatite seborreica
Ictiose (mutação gene codifica filagrina)
Psoríase
Imunodeficiências
Dermatite atópica – Tratamento
“A base do tratamento é promover a hidratação da pele,
diminuir o prurido e manejar a inflamação.”
Alimentos
Venenos de insetos
Drogas
Subdiagnosticada
Subtratada
Anafilaxia – Fisiopatologia
Histamina
Triptase
Quinase
Heparina
Citocinas pré-formadas (IL4, TNF)
Prostaglandina D2, Leucotrieno B4
PAF
Anafilaxia – Quadro Clínico
• Urticária e angioedema
• Muito comuns
• Sequestro volume IV
Anafilaxia – Urticária e angioedema
Anafilaxia – Angioedema
Anafilaxia – Manifestações respiratórias
• Hipotensão
• Depressão miocárdica
• Arritmias ventriculares e SV
• IAM
Anafilaxia – Manifestações Gastrointestinais
• Náuseas
• Vômitos
• Diarréia
• Dor abdominal
Anafilaxia
diagnóstico clínico:
Critérios de diretrizes
internacionais
• ABC
• Ofertar O2 inalatório (máscara ou cateter)
• Adrenalina IM – 0,3 a 0,5 mL para adultos; 0,01
mg/Kg para crianças (0,01 mL/Kg da adrenalina pura)
• Observação por 24 h
Posso repetir?
Pode ser repetida em até 5 min (até 3 doses)
Choque:
O2 e expansão com SF
Refratário:
Epinefrina IV
Solução 1:10.000 dose: 0,01
mg/kg, máximo de 1 mg. Pode
ser necessária infusão
contínua, na dose de 0,1 a 1
mcg/kg/min
Tratamento domiciliar
Anti-H1 VO (cetirizina, loratadina, desloratadina,
dextroclorfeniramina) – 3 a 5 dias
Prednisona ou prednisolona VO
Orientações gerais: afastar desencadeantes e
agravantes inespecíficos (superaquecimento, estresse,
AINH, alimentos ricos em histamina – morango,
crustáceos, tomate, espinafre, queijo)
TEP 2018
Adolescente, 13 anos, sexo feminino foi atendida na emergência com
quadro de anafilaxia aguda pós ingesta de crustáceos. Foi medicada
com duas doses de adrenalina (1:1.000) 0,4 mg IM, mantida em
decúbito dorsal com membros elevados, volemia adequada e com sinais
vitais preservados. Após 12 horas de observação atingiu a estabilidade
clínica. A orientação medicamentosa para continuidade do tratamento
via oral em casa por sete dias é:
A) prednisona + ranitidina.
B) prednisolona + cetirizina.
C) dexametasona + prometazina.
D) dexametasona + dexclorfeniramina.
TEP 2018
Pré-escolar, cinco anos, sexo masculino, eutrófico, cuja mãe é fumante de
longa data, apresenta prurido nasal, rinorreia hialina intensa que piora à
noite, associados à hiperemia conjuntival. Não há comorbidades.
Apresenta também dificuldade para dormir e na escola não consegue
acompanhar as atividades devido ao quadro. Com base nos sintomas
apresentados, o tratamento deve incluir além da impermeabilização do
colchão do paciente e soro fisiológico nasal:
A) fenilefrina nasal + anti-histamínico tópico.
B) anti-histamínico oral + corticoide intranasal.
C) montelucaste + colírio com anti-histamínico.
D) colírio de tobramicina + nafazolina tópica nasal.
Rinossinusite alérgica – Definição e sintomas
Inflamação crônica da mucosa nasal e seios paranasais
causada por reações mediadas pela IgE.
Vinco horizontal
Linhas de Dennie-Morgan
Rinossinusite alérgica – Classificação
Rinossinusite alérgica – Etiopatogenia
IL 4
IL 13
Citocinas TNF
Reexposição
Prostaglandina
Leucotrienos
Rinossinusite infecciosa
Desvio de septo nasal
Hipertrofia de adenoide
Corpo estranho
Tumores, granuloma, defeitos ciliares
Fibrose cística
Pólipos nasais
Doenças sistêmicas autoimunes (LES, ARS, Sjögren)
Rinossinusite alérgica – Tratamento
Rinite moderada/grave
Droga mais efetiva no controle de sintomas da rinite alérgica
(coriza, espirros, prurido e obstrução) e devem ser a primeira
escolha para a congestão nasal
Agem inclusive no reflexo naso-ocular, melhorando os sintomas
oculares (rinoconjuntivite alérgica)
Potência: furoato de fluticasona (FF) > furoato de mometasona
(MF) > propionato de fluticasona (FP) > dipropionato de
beclometasona (BDP) > ciclesonida (CIC) > budesonida (BUD) >
triancinolona acetonida (TA)
Rinossinusite alérgica – Tratamento – Corticoide tópico
Subcutânea Sublingual