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Prof. Assistente Ms.DG / UESB – Campus Vitória da Conquista. Mestre em Geografia Humana - UFPE.
Doutorando em Geografia Humana – USP. phelipe@uesb.br .
Geografia, Consciência Espacial e Cultura
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Ver Löwy (1994), especificamente a parte sobre O marxismo ou o desafio do “princípio da carruagem”,
em que se debatem os limites entre ciência, ideologia, e ponto de vista de classe (p. 126-7).
município em promover o desenvolvimento do bem estar social concreto de sua
população.
A mobilização da sociedade para uma festa efêmera, que se mostra empolgada
em ritmo de mutirão e parcerias proclama o que é capaz de fazer em uma semana.
Preparando suas ruas para o movimento transitório do frenesi alimentado pelos etílicos,
cigarros e outras substâncias entorpecentes, breves “delírios” movidos quimicamente
pelo álcool e associados, além do barulho de endoidecer dos trios que não respeitam os
órgãos auditivos. Para que tanto esparro se as pessoas só estão a uns poucos metros do
trio, haja vista que as próprias ruas e muros funcionam como fixos potencializando ainda
mais o efeito sonoro. Por que a saúde pública não intervém com um decibelímetro? Por
tudo isso, duvidamos que esse tipo de “força musical” consiga por si mesma tanta
euforia? Sobretudo, observamos sempre o poder público e empresarial se mobilizar
como em nenhum outro momento. Mas é porque gera consumo, e simplórios
subempregos para quem, por exemplo, segura as cordas do doido bloco de um trio
elétrico, de um carnaval mercantil, desculpem os chegados, medievalesco. É isso, por
exemplo, o que realmente a sociedade necessita, mesmo ao nível de válvula de escape?
É esse o suposto clímax de alegria, que os organizadores e parceiros consegue produzir!?
Vou repetir, é isso que chamam de alegria contagiante!? Novamente; é essa a
melhor mercadoria que mesmo se legitimando socialmente, produz a mais formidável
liberalização? ... E tudo isso tem um altíssimo custo social e implicações sobre o meio
ambiente. Pois só se vive uma vez. Então vamos arrasar! Será que é por aí! Uma coisa é
promover o entretenimento. Para isso parece sempre haver mais criatividade posta em
prática pelos agentes comerciais neta cidade. Outra coisa é promover o bem estar
legitimamente de forma não inflacionária e saudável.
Quando o poder público vai conseguir mobilizar a sociedade para discutir o
sentido de seu bem estar com o mesmo impacto que mobiliza a festa da micareta?
Certamente o governo estaria cumprindo fielmente o que diz nas suas promessas e na
Constituição Nacional. Tornando o acesso aos direitos sociais um fato consumado.
Consolidando o Estado-nação brasileiro como uma grande potência social mundial.
Porque ele hoje é somente uma potência produtora econômica que não reconhece os
direitos sociais dos seus cidadãos, virtualmente concebidos, mas não materialmente
usufruindo desta cidadania.
Uma perspectiva de análise para ser crítica, necessariamente tem que dar conta
do processo que engendra a problemática social. Por isso, a questão da cidadania vem à
tona, numa época de agravamento da crise mundial, nacional e regional em todos os
setores: economia, política, cultura, cidadania, para citar alguns exemplos.
A cidadania em Questão
Referências:
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