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Escola de Liderança e Alinhamento Bíblico

MISSÕES EVANGELÍSTICAS VINDE AMADOS MEUS

LIDERANÇA INTEGRAL

A liderança cristã não permeia apenas o a vida espiritual, mas é nela que se desenvolve para a
vida, onde existe sacerdócio, há contemplação da vida comum, do ordinário, porque o primeiro
ciclo que deve ser liderado é o “eu interior…", ademais, de forma integral a nossa família, trabalho
e ministério como parte ou extensão da nossa vocação.

Ninguém é ingovernável, todos de alguma maneira são governados, quando não nos submetemos
ao Senhorio de Cristo, estamos sujeitos aos impulsos, instintos, e ficamos desgovernados, e não
sem governo, porque o homem que está entregue aos seus desejos e vontades, está vivendo no
sistema do mundo, com suas concupiscências, a cobiça da carne, dos olhos e da soberba da vida
(1 João 2.16-17)

Se eu não me lidero, estarei em constantes conflitos com tudo que é externo, afinal de contas, se
não houver ordem no interior, qualquer coisa no exterior ficará em desordem porque o "meu
mundo" inicia em mim, e onde eu me envolvo exige parte de mim, de forma que, se estou em um
ciclo, notavelmente, afetarei, e deixarei uma parte de mim, porque eu sou responsável, eu lidero o
que vem depois.

EU Trabalho Família Ministério

I. O crescimento da estatura

“E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens. ”


Lucas 2:52

Vemos neste versículo que Jesus também crescia em estatura apesar de ser Deus.
É necessário entender que caráter e estatura são os dois lados da moeda de um bom líder, e de
forma alguma podemos separar esses dois pontos. Falamos aqui de caráter como o agir, o pensar
e o sentir aperfeiçoados, uma conduta e moral semelhante à de Jesus.

Não é prudente indicar alguém a um ofício apenas por ele ter estatura, nem por ele ter apenas um
bom caráter. Por um lado, é provável que o liderado que só tem caráter, não saberá lidar muito
bem com as cobranças; em contrapartida, uma liderança sem caráter nunca poderá gerar um fruto
saudável ao Senhor, no máximo gerará resultados aparentes.
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II. Produtividade Humana

“Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto;
porque sem mim nada podeis fazer.” João 15:5 ARA

A maturidade espiritual se manifesta em frutos com uma qualidade específica. Estes frutos devem
responder a uma genética, a vida de Cristo. Deus não procura que façamos coisas para Ele, mas
que toda nossa administração de vida provenha de sua natureza em nós!

Em Isaias 5.1-6, A expectativa do Senhor era obter uvas, e obteve uvas, porém, uvas silvestres.
Isso nos fala de que Deus não somente espera resultados, mas que há uma qualidade específica
de frutos.
Quando Jesus disse “nada podeis fazer”, se refere a uma gestão transcendente. Há uma “fazer”
uma gestão que só pode ser realizada permanecendo em Cristo. A palavra “nada” é contundente
e totalitária. Se pensarmos em tudo o que os homens fazem separados de Cristo, poderíamos
invalidar essa expressão.
Tudo o que você possa fazer SEPARADO de Cristo, não é contado como transcendente para Deus.
Os frutos que Deus espera de nós, são expressões da sua natureza através da nossa gestão de
vida.

III. Aspectos de um bom líder

A igreja e sua liderança deve sempre trabalhar no sentido do Reino de Deus, e na missão de fazer
discípulos e sacerdotes, estabelecendo uma cultura.
Quando temos uma igreja de líderes, precisamos ser seguros em quem somos, e cooperar uns aos
outros para não deixarmos de crescer, e nem atrapalhar os nossos irmãos de fazer o mesmo.

Liderar, não é só fazer gestão, mas, multiplicar e formar novos líderes, inclusive para passarmos o
bastão. O lugar mais perigoso para estarmos é na zona de conforto, e o Senhor quer sempre nos
esticar, e nos enviar para plantarmos novas sementes. Liderar servindo, e servir liderando!

a) Coração:

Antes de mais nada, precisamos nos perguntar onde está o nosso coração. Se quisermos construir
como Jesus, vamos precisar de um coração apaixonado não apenas por Jesus, mas também por
sua obra. Quando somos promovidos por paixão, tudo fica leve. Muitos líderes se encontram
cansados porque esqueceram o coração na caminhada.

O ativismo nada mais é do que muita obra para pouco coração. A resposta ao ativismo não é
simplesmente parar tudo e rever nossos afazeres, mas sondar e rever onde está o nosso coração.
Se perdemos a revelação do que fazemos, perdemos o proposito; se perdemos o proposito, então
facilmente perderemos o amor; quando perdemos o amor, tiramos nosso coração da obra, e então
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não podemos edifica-lo. Precisamos amar o que fazemos, só assim manteremos nosso coração
leve e dentro dos planos de Deus para uma realidade local.

b) Cultura:

A liderança sempre vai gerar cultura, porque via de regra, os lideres geram parâmetros porque são
quem conduzem, direcionam e organização, e isso se reflete nos exemplos da sua equipe, grupo,
ministério, que vão reproduzir a mesma conduta, quando não gerar oposição.
Devemos sempre liderar com os princípios e valores do Reino de Deus, afim de não só sermos
eficientes, mas também auxiliar no desenvolvimento.

1 Timóteo 4.12 - Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na
palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza.

c) Caráter:

De nada adiantaria ser alguém que tem o coração e a cultura, mas não tem o caráter forjado. Não
podemos levantar pessoas sem caráter em uma casa apenas por elas terem o coração e a cultura
da casa, senão começamos a valorizar mais o estilo de uma igreja do que o caráter inerente a
todo cristão. Em outras palavras, não adianta nada vestirmos a camisa de uma igreja local se não
aparecermos com Jesus em conduta e moral. Precisamos de líderes de caráter semelhante ao de
Cristo.

d) Porção:

Por último, é necessário carregar uma porção de Deus.


Isso é crucial: ter uma porção clara em Deus. Não conseguiremos liderar se não temos para onde
levar nossos liderados, e não digo de um lugar dentro de uma estrutura, mas de um lugar em
Deus. Não podemos escolher um ou outro “pré-requisito”, temos que ter esses quatro pontos:
amor, cultura, caráter e porção.

IV. UMA LIDERANÇA SAUDÁVEL

Uma liderança saudável deve sempre estar atento, e buscando instrução e sabedoria para
permanecer gerando frutos.

a) Ande em família:

Deus fez solitário andar em família (Sl 68.6). Se ainda lideramos a partir de um lugar solitário, é
preciso que nos transacionemos urgentemente para um lugar de família e comunhão. Procure
amigos em que você possa confiar seus medos, suas inseguranças ministeriais, seus desafios e
falhar. Um líder solitário é como uma panela de pressão sem válvula de escape. Neste
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esgotamento ministerial e insegurança, todos os sonhos, projetos e visões se tornam impossíveis.


Temos a falsa impressão de que ninguém está percebendo, mas a verdade é que, na maioria das
vezes, todos sabem, no entanto, não encontram acesso para ajudá-lo.

b) Tenha uma mesa multiforme:

Um outro erro recorrente é montarmos uma equipe homogênea, em que todos se parecem com o
líder. Essa mesa dificilmente representará o povo de maneira excelente. Quando olhamos para a
mesa de Jesus na última ceia, vemos quão diferente ela era: tinha do zelote ao publicano, do
pescador ao tesoureiro. Precisamos saber gerir uma mesa multiforme para que possamos nos
desafiar a crescer em prol da igreja maior.

c) Seja o primeiro:

Em João 10, Jesus nos ensina sobre sua liderança pastoral a vida da igreja, e ele nos ensina que
“o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas...” O bom pastor não é aquele com uma boa
eloquência, ou uma boa gestão. A liderança de Jesus sempre será sacrificial. Se queremos liderar
como Jesus, precisamos nos entregar ao sacrifício. As pessoas não precisam de mais um líder
apático, elas precisam de líderes precursores, que são proativos em dar o primeiro passo.

d) Saia da Zona de Conforto:

Os olhos da liderança precisam sempre olhar para fora. Á medida que paramos de olhar para fora,
paramos de crescer. Não podemos nos fechar no nosso ciclo de liderança. Precisamos continuar
em busca de conhecimento, aprendizado e novas ideias. Um líder que só olha para dentro do seu
ciclo se render ao comodismo ministerial.

e) Seja excelente:

Quando falamos de excelência, não falamos de luxuria ou grandeza. Falamos simplesmente de


darmos o melhor ao Senhor. O Senhor não se alegra em receber os nossos “restos”.
Frequentemente ouvimos a desculpa de que “é para Deus, então ele recebe”. Todavia, esta é
apenas uma meia verdade. É claro que Jesus vê a beleza na nossa intenção, mas precisamos nos
esforçar para que Deus receba de fato algo excelente.

Novamente, é preciso olhar para o coração.


Esta é uma desculpa para que você não saia da zona de conforto?
Serve para que você tenha a necessidade de investir tanto tempo e recursos?

Veja a sua motivação. Não tenha medo de querer ter os melhores equipamentos, as melhores
estruturas e os melhores cursos. Nada disso é errado. Errado é colocarmos isso no lugar de Deus,
mas se entendermos a posição de cada coisa, não há mal nenhum nisso, muito pelo contrário.
Portanto, tudo o que fizer, faça de coração, como se fosse ao Senhor, e não a homens (Cl 3.23)

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