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1.Nomes e RA dos integrantes do grupo. Texto de linha única.

Ariadne Tamiris Netzel - 2122391


Pedro Cordeiro Neves – 2124115

2.Discorram sobre as características principais do documentário Human

O documentário trabalha em estrutura de blocos, onde cada um retrata


depoimentos de pessoas de diversas nacionalidades sobre um tema em
comum.
O diretor busca mostrar a perspectiva sobre o tema específico, do ponto de
vista positivo e negativo, de pessoas em diferentes partes do mundo e quando
é um tema que permite dois lados, por exemplo: israelenses x palestinos, ele
também apresenta as duas óticas.
O volume 1 do documentário inicia com o depoimento de Leonard, um
americano que relata ter crescido em um ambiente abusivo no qual sofria
agressões de seu pai. Leonard se revela um detento, indiciado pelo
assassinato de uma mulher e uma criança, e associa ter se tornado uma
pessoa violenta, que machucava quem passasse pelo seu caminho, ao fato de
ter criado uma ideia distorcida de que o amor era algo necessariamente
violento, por conta do ambiente em que cresceu. Leonard relata também que a
pessoa que o ensinou o que era amor de verdade, surpreendentemente, foi
Agnes – mãe e avó de suas vítimas, que apesar de ter todos os motivos para
odiar Leonard, não o fez, e lhe deu assim uma grande lição sobre o que
realmente é o amor.
O depoimento inicial é de grande importância pois nos leva a refletir sobre
alguns pontos importantes que serão tratados no decorrer de todo o
documentário, como por exemplo como o ambiente em que vivemos pode
impactar em nossas atitudes, valores, crenças, etc. – seja de forma positiva ou
negativa – e também sobre como temos tanto o poder de transformar o lixo em
ouro, tirando aquilo que há de melhor na situação, como o contrário,
enxergando somente o pior da situação e deixando que o negativo tome conta
de quem somos e como nos portamos perante ao mundo.
Na versão do diretor, ainda dá para separar em 10 grandes temas gerais que
são: zonas de guerra / guerras civis; o que é amor ou não ter amor;
homossexualidade; a crise no campo / crise na agricultura; condições de
trabalho precárias; refugiados / xenofobia; pobreza e miséria; o que é
felicidade; o que é morte e o que vem depois dela; o que é vida e o sentido
dela.

3.Descrevam um dos depoimentos entre os mais impactantes


Logo no início o documentário já começa com depoimentos impactantes sobre
pessoas que moram em zonas de conflitos armados, em guerra civil. Todos
eles são muito fortes e mostram tanto o lado de soldados quanto de civis. Mas
achei bem impactante o relato do soldado que estava atirando na casa para
pressionar a saída de supostos terroristas e de lá saiu uma mãe e a sua filha
pequena. Essa criança que veio correndo em sua direção e ele atirou por cima
da cabeça dela para que ela recuasse. Um relato parecido, foi de um soldado
que contou estar perseguindo um inimigo e que ao chegar em uma clareira
percebeu que aquilo não fazia sentido, ao olhar pro céu e observar a natureza
e calmaria ao seu redor.
Outro depoimento impacte foi o de Lalmati, uma indiana que vive em situações
deploráveis, que relata que quando não tem mais o que comer, vão catar grãos
de arroz em buracos de rato e só voltam para casa quando enchem um saco
foi bem impactante na minha opinião. Lalmati menciona que “Deus tem o
coração bom”. Essa fala é forte e gera grande impacto, pois em contraste com
depoimentos anteriores, nos quais vimos pessoas que tinham muito, e em
alguns casos não se viam tão contentes assim, a posição de Lalmati perante a
uma situação de pobreza extrema e fome é de que Deus está a protegendo e
vendo tudo, pois a vê procurando por comida e provém aquilo para ela. Sua
posição é de que independente da origem dessa comida, ela é grata apenas
por a conseguir.

4.Descrevam as reflexões que o grupo discutiu a partir da experiência de


assistirem o documentário
O documentário tem uma visão muito plural dos fatos que busca abordar, pois
ele traz a ótica diferentes culturas, níveis socioeconômicos, gênero e nos dois
lados da moeda, tanto para o “positivo”, quanto para o “negativo”. Então a
gente pode entender que as mazelas do mundo atingem a todos e de maneiras
bem semelhantes. Por mais que fossem de países diferentes, é possível
perceber nos relatos das pessoas que eram situações muito parecidas. Nas
situações antagônicas, é interessante observar as reflexões de que os conflitos
não fazem sentidos.
Além das reflexões mencionadas anteriormente sobre o fator ambiente x
desenvolvimento, alguns dos depoimentos, como o depoimento final de Roslin,
trazem uma reflexão não só sobre desigualdade, mas também sobre empatia.
O questionamento sobre o porquê de não ser possível trocar de lugares, trocar
de vida com o outro por um momento é forte e reforça a ideia de que a
desigualdade está sim muito presente em nível social, mas também nos leva a
refletir sobre como não nos colocamos o suficiente no lugar do outro, sobre
como não costumamos refletir muito sobre aquilo que está fora de nossa bolha,
portanto acabamos não desenvolvendo tanta empatia pelo próximo como
deveríamos e muitas vezes isso nos leva a ser ingratos com relação ao que
temos e não reconhecendo nossos privilégios.

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