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FUNDAMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO 18.11.

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Ambiente Organizacional

O ambiente de trabalho está mudando muito e depressa, porque o mundo também


está mudando da mesma forma.
As organizações, em lugar de administradores e gerentes, vão necessitar mais de
facilitadores, orientadores/ instrutores e mentores. Entretanto, utilizando-se de
administradores, gerentes, coordenadores ou técnicos, elas terão de realizar atividades
de planejamento, organização (estruturação), direção e controle. E, nos dias que estão
por vir, as organizações dependerão, e muito, de pessoas eficazes em todos os níveis de
funções ou de tarefas.
Muitas forças diferentes fora e dentro da organização influenciam o desempenho
administrativo. Essas forças são originadas no ambiente geral, no ambiente das tarefas e
no ambiente interno das organizações:

 O ambiente geral (externo) das organizações: O ambiente geral consiste em


todos os fatores externos a uma organização. Esses fatores representam restrições
dentro das quais todas as organizações - negócios, sindicatos, universidades etc. - devem
operar.
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O ambiente geral, também chamado macroambiente, pode ser visto como constituído de
forças indiretas do ambiente externo, as quais podem afetar os administradores porque
podem influenciar o clima no qual a organização deve atuar. Essas forças são o ambiente
tecnológico, o ambiente econômico, o ambiente político-legal, o ambiente sociocultural e o
ambiente internacional.

 O ambiente das tarefas: O ambiente das tarefas (ou ambiente específico) é


constituído pelos seguintes elementos: clientes, competidores, fornecedores, reguladores
e parceiros estratégicos, que envolvem diretamente cada organização.
Assim, a diferença entre o ambiente geral e o ambiente das tarefas é que o primeiro é o
limite onde todas as organizações atuam, e o segundo é aquele mais imediato, no qual
uma organização específica deve operar. Entretanto, os limites entre o ambiente geral e o
das tarefas de uma organização não podem ser vistos de modo estático.

 O ambiente interno: a organização: As organizações têm seu ambiente


interno, que consiste nos proprietários, empregados, administradores e ambiente físico de
trabalho, além da cultura organizacional.

 O ambiente global das organizações: As organizações modernas são


moldadas por componentes de seu ambiente. Nenhuma organização pode ignorar o
ambiente em que se situa, que contém oportunidades e ameaças. As oportunidades
existem na forma de mercados, recursos e outras condições externas. O ambiente global
está diretamente relacionado e exige uma administração global, que é o desempenho das
atividades administrativas em uma verdadeira base global, isto é, que a organização seja
global.

Cultura Organizacional
Cada organização é diferente das demais por causa de suas particularidades,
como atividades, recursos e também pelo seu ambiente interno: a cultura organizacional.
A cultura organizacional é o sistema de valores, crenças, normas e hábitos
compartilhados que rege a interação dos elementos de uma organização.
A cultura reflete as visões comuns sobre 'o modo como as coisas são feitas' na
organização. A cultura organizacional, algumas vezes denominada cultura corporativa,
por refletir o ambiente interno e particular de cada organização, é um componente crítico
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que deve ser gerenciado, e, para isso, os administradores devem primeiro entendê-la e,
então, determinar como ela pode sustentar a estratégia da organização.
Uma maneira de compreender a cultura da organização é por meio da análise dos
símbolos, rituais e ideologias. Os símbolos são nomes, logomarcas e características
físicas usados para 'conduzir' a imagem de uma organização. Os rituais são ações
costumeiras e repetidas dentro de uma organização. As ideologias são crenças, princípios
morais e valores que proveem a base para a tomada de decisão organizacional.

 A natureza da cultura organizacional

As culturas organizacionais se desenvolvem a partir de uma variedade de fontes,


como as ideias dos indivíduos envolvidos (fundadores, líderes etc.), políticas de
premiação/punição, políticas de qualidade, mudanças ambientais (concorrência,
economia etc.). Três aspectos da cultura organizacional são particularmente importantes
na análise do impacto da cultura sobre determinada organização: direção, difusão e força.
A direção refere-se ao grau em que a cultura apoia, mais do que interfere, o
alcance das metas organizacionais. A difusão é a extensão na qual a cultura está
disseminada entre os membros da organização, em oposição a estar irregularmente
distribuída. Já a força refere-se ao grau em que os participantes aceitam os valores e
outros aspectos uma cultura organizacional. Uma cultura pode ter um 'impacto positivo' na
eficácia organizacional quando ela apoia as metas organizacionais, é amplamente
compartilhada e profundamente internalizada pelos membros da organização. Por outro
lado, uma cultura pode ter um 'impacto negativo' em uma organização quando
amplamente compartilhada e fortemente internalizada, mas influenciando os
comportamentos em direções que não aquelas das metas organizacionais e, em muitos
casos, até interferindo nas metas.

 Elementos básicos da cultura


Edgar Schein, um dos maiores especialistas em cultura organizacional, propõe que
a cultura existe em três níveis: artefatos, valores adotados e hipóteses básicas.
Artefatos são coisas que uma pessoa vê, ouve e sente quando encontra um novo
grupo com uma cultura não familiar. Eles estão em qualquer lugar, e as pessoas podem
aprender sobre a cultura prestando atenção a eles. São os aspectos observáveis da
cultura.
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Valores adotados são as razões que alguém dá para fazer o que faz. Schein acha
que a maioria das culturas organizacionais pode ser atrelada aos valores adotados
estabelecidos pelos fundadores da cultura. Este é o segundo nível da cultura
organizacional.
Hipóteses básicas são crenças que os membros da organização tomam como
seguras. A cultura prescreve o modo certo de fazer as coisas' em uma organização;
frequentemente considerações não ditas ou escritas.

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