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Luminotécnica Aplicada2
Luminotécnica Aplicada2
APLICADA
Introdução
Para compor os sistemas de iluminação, faz-se uso de diversos compo-
nentes, como luminárias, lâmpadas, equipamentos auxiliares, filtros, lentes,
entre outros. A definição sobre a utilização de cada um deles deve ser
pautada pelas características que proporcionam com relação às demandas
de aplicação no ambiente. O atendimento a questões funcionais, estéticas,
de manutenção e eficiência deve ser considerado nesse processo.
As lâmpadas são equipamentos que transformam a corrente elétrica
em energia radiante. De acordo com o processo físico envolvido nessa
transformação, é gerada uma qualidade de luz com propriedades espe-
cíficas e adequação a diferentes usos.
Neste capítulo, você vai conhecer os diferentes tipos de lâmpadas
mais utilizados em interiores e suas características e vai aprender sobre
os tipos de lâmpadas indicados para diferentes aplicações práticas.
Tipos de lâmpadas
Existem diversos tipos de lâmpadas, que podem ser classificadas em três
grandes grupos de acordo com o processo de produção da luz (incandescente,
de descarga e diodo emissor de luz) (Figura 1). Dentro desses grupos, exis-
tem vários subgrupos, nos quais as lâmpadas se diferenciam por formatos,
2 Tipos de lâmpadas
Lâmpadas incandescentes
As lâmpadas incandescentes de filamento de tungstênio (Figura 2) geram
luz por meio da passagem de corrente elétrica pelo fio de tungstênio, que, ao se
aquecer, emite luminosidade. O filamento helicoidal de tungstênio fica dentro
de um bulbo de vidro que contém um gás inerte no seu interior que retarda a
queima do tungstênio e prolonga sua durabilidade.
Tipos de lâmpadas 3
Esse tipo de lâmpada foi amplamente utilizado por décadas, até a po-
pularização das lâmpadas fluorescentes compactas, que, por sua eficiência
energética, foram ganhando espaço nas aplicações domésticas e substituindo
as lâmpadas incandescentes, até o completo banimento das incandescentes
para fins de iluminação geral. Eram encontradas nas versões: bulbo claro,
leitoso (difuso) ou fosco. O uso decorativo de lâmpadas de filamento segue
sendo permitido (TREGENZA; LOE, 2015).
Ainda dentro do grupo das lâmpadas incandescentes, existem as lâmpadas
halógenas, que geram luz pela incandescência do gás halogênio presente no
4 Tipos de lâmpadas
Lâmpadas de descarga
O grupo de lâmpadas de descarga produz luz a partir da excitação de um
gás ou um composto de gases. Esse processo de geração de luz é adotado
em diferentes tipos de lâmpadas, como as lâmpadas de vapor de mercúrio
de baixa e alta pressão, lâmpadas de vapor de sódio de baixa e alta pressão,
lâmpadas de vapor metálico, lâmpadas de indução e lâmpadas de luz mista.
Têm por característica trabalhar associadas a equipamento auxiliar (reator e
ignitor), que tem a função de dar alta voltagem para a partida do acendimento
e posterior estabilização. O comprimento de onda da luz varia de acordo com
a pressão e o tipo de gás utilizado no interior da lâmpada, definindo, também,
o índice de reprodução de cor (TREGENZA; LOE, 2015)..
As lâmpadas fluorescentes são compostas por vapor de mercúrio à baixa
pressão em tubo com uma camada de fósforo no seu interior. A temperatura de
cor pode variar de 2700 K a 6500 K e o índice de reprodução de cor vai de 65
a 95. Sua eficácia luminosa e durabilidade são superiores às incandescentes,
variando conforme sua geração e modelo. Produzem na faixa de 20-96 lm/W
e têm vida mediana de 16000 horas (SILVA, 2004). Dispõem basicamente de
três tipos de modelos:
Para saber as características exatas de cada lâmpada específica, consulte o site dos
fabricantes das lâmpadas.
Equipamentos auxiliares
Para o correto funcionamento das lâmpadas, algumas necessitam de equipa-
mentos auxiliares, que permitem o funcionamento da fonte de luz. O tipo de
equipamento utilizado varia conforme a função que ele tem no sistema e o
tipo de lâmpada. Os tipos de equipamentos auxiliares são (BIGONI, 2008):
Temperatura
IRC
Qualidade de cor
mínimo Exemplos de aplicação
desejada recomendada
(%)
(K)