1) O documento discute como a percepção da cor é influenciada pelo contexto e como isso levou a debates sobre como as impressões de cor são geradas.
2) Edwin Land realizou experimentos demonstrando que objetos com espectros de luz diferentes podem parecer ter a mesma cor (constância de cor) ou objetos com o mesmo espectro podem parecer ter cores diferentes dependendo do fundo (contraste de cor).
3) Teorias como a de Land (retinex) tentaram explicar esses efeitos contextuais, mas reconhecidamente não funcionavam em
1) O documento discute como a percepção da cor é influenciada pelo contexto e como isso levou a debates sobre como as impressões de cor são geradas.
2) Edwin Land realizou experimentos demonstrando que objetos com espectros de luz diferentes podem parecer ter a mesma cor (constância de cor) ou objetos com o mesmo espectro podem parecer ter cores diferentes dependendo do fundo (contraste de cor).
3) Teorias como a de Land (retinex) tentaram explicar esses efeitos contextuais, mas reconhecidamente não funcionavam em
1) O documento discute como a percepção da cor é influenciada pelo contexto e como isso levou a debates sobre como as impressões de cor são geradas.
2) Edwin Land realizou experimentos demonstrando que objetos com espectros de luz diferentes podem parecer ter a mesma cor (constância de cor) ou objetos com o mesmo espectro podem parecer ter cores diferentes dependendo do fundo (contraste de cor).
3) Teorias como a de Land (retinex) tentaram explicar esses efeitos contextuais, mas reconhecidamente não funcionavam em
QUADRO 11E A importância do contexto na percepção das cores
A visão de cores requer, obviamente, teoria da visão da cor até o trabalho debate, que tem durado diversas que as respostas da retina a diferen- de Edwin Land, na década de 1950. décadas, acerca da forma como as tes comprimentos de onda sejam, de Em sua famosa demonstração, Land impressões de cor são geradas. Para algum modo, comparadas entre si. A (que entre outras realizações fundou Land, a resposta estava em uma série descoberta de três tipos de cones e a companhia Polaroid e tornou-se bi- de equações com medidas de razões seus diferentes espectros de absorção lionário) utilizou uma colagem de pa- que poderiam integrar os espectros é corretamente considerada, portanto, péis coloridos que têm sido chamados oriundos de diferentes regiões da como a base para a visão de cores em de “mondrianos de Land”, em virtu- cena observada. Entretanto, como foi humanos. Mesmo assim, ainda está de da sua semelhança com o trabalho reconhecido ainda antes da sua mor- por ser determinada a forma como do artista holandês Piet Mondrian. te, em 1991, sua teoria, denominada os três tipos de cones e os neurônios Utilizando um fotômetro telemétri- retinex, não funcionava em todas as de ordem superior com os quais eles co e três fontes de luz ajustáveis que circunstâncias e era, para cada evento, estabelecem contato (veja Capítulo geravam luz com comprimentos de mais uma descrição do que uma ex- 12) produzem as sensações de cor. De onda curtos, intermediários e longos, plicação. Uma explicação alternativa fato, essa questão tem sido debatida Land demonstrou que dois desses desses aspectos contextuais da visão por algumas das mentes mais brilhan- recortes que, sob luz branca, pareciam da cor é que a cor, como o brilho, é tes da ciência (Hering, Helmholtz, ter cores bem diferentes (p. ex., verde gerada empiricamente, de acordo com Maxwell, Schroedinger e Mach, para e marrom) continuavam a ter suas aquilo que os estímulos espectrais nomear apenas alguns), desde que respectivas cores mesmo quando as signifiquem a partir da experiência Thomas Young propôs pela primeira três fontes eram ajustadas de forma prévia (veja Quadro 11F). vez que os humanos deveriam ter três que a luz que retornava da superfície diferentes “partículas” receptoras, isto “verde” produzisse, nos três tele- Referências é, os três tipos de cones. fotômetros, exatamente as mesmas LAND, E. (1986) Recent advances in Retinex theory. Vision Research 26: 7–21. Um problema fundamental tem leituras previamente observadas a sido o de que a percepção da cor é partir da superfície “marrom” – uma PURVES, D. and R. B. LOTTO (2003) Why surpreendente demonstração da cons- we see what we do: An empirical theory of fortemente influenciada pelo contex- vision. Capítulos 5 e 6. Sunderland MA: to, embora as atividades relativas dos tância de cor! Sinauer Associates, pp. 89-138. três tipos de cones possam até certo Os fenômenos de contraste e cons- ponto explicar essa percepção em tância de cor levaram a um acalorado experimentos de combinação de cores feitos em laboratório. Por exemplo, um objeto colorido que retorna exa- (A) (B) tamente o mesmo espectro de com- primento de onda para o olho pode parecer bem diferente dependendo do fundo em que é colocado, em um fenômeno denominado contraste de cor (Figura A). Além disso, objetos utilizados em testes que retornam diferentes espectros ao olho podem parecer ser da mesma cor, um efeito denominado constância de cor (Figura B). Embora esses fenômenos fossem bem conhecidos no século XIX, não tiveram uma posição destacada na
A gênese dos efeitos de contraste e constância exatamente pelo
mesmo contexto. Os dois painéis demonstram os efeitos sobre a cor aparente quando duas superfícies com propriedades de refle- xão similares (A) ou duas superfícies com propriedades de reflexão distintas (B) são apresentadas no mesmo contexto, em que toda a informação fornecida é compatível com a iluminação que difere apenas em intensidade. A aparência das superfícies relevantes em um contexto neutro é mostrada nas figuras abaixo. (Obtido de Purves e Lotto, 2003.)