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17/02/2024, 11:31 UNINTER

FUNDAMENTOS DA LINGUAGEM
VISUAL
AULA 3

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17/02/2024, 11:31 UNINTER

Prof. André Luiz Pinto dos Santos

CONVERSA INICIAL

CORES PARA TODOS OS LADOS: A COR E SEUS USOS NAS ARTES VISUAIS

A cor participa da construção simbólica perceptiva, porém cada indivíduo pode sentir essa

construção de formas diferentes. Partindo da perspectiva da Teoria da Cor, é possível entender, a

partir de três aspectos básicos, que, segundo Silveira (2015), derivam em outros e outros,
infinitamente.

O primeiro aspecto seria o da construção física da cor, que acontece independente da vontade

do ser humano, fora dele, sendo um o aspecto crucial para que a percepção visual cromática ocorra,

uma vez que, se não há luz, não é possível a cor aparecer e ser compreendida.

O segundo e o terceiro aspecto seriam, respectivamente, o fisiológico e os culturais simbólicos da

percepção cromática. De acordo com o que afirma Silveira (2015), esses dois aspectos sofrem a

influência da interferência humana como fator primordial na elaboração simbólica da cor. Os três

aspectos devem ser compreendidos juntos, considerando que um está ligado ao outro.

Antes de se apresentar cada um dos três aspectos, é fundamental que se tenha uma visão geral e
conheça um pouco da história da Teoria da Cor e quais pesquisadores e teorias lhe influenciaram no

decorrer do tempo.

TEMA 1 – VISÃO GERAL E HISTÓRICA DA TEORIA DA COR

A Teoria da Cor vem sendo construída há muito tempo, com a contribuição de diversos

estudiosos, de diferentes áreas, tendo como objeto de estudo a percepção da cor. Silveira (2015)
ainda afirma que o conhecimento completo de todos os registros da história da formação da Teoria

da Cor seria algo complexo, uma vez que os primeiros escritos sobre a cor datam do século I d.C. e

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ainda são desenvolvidos nos dias de hoje. Todavia, para compreender a Teoria da Cor, não é

necessário conhecer todos os trabalhos que lhe constituem, sendo que alguns deles já seriam
suficientes para embasar o conhecimento a respeito da cor.

Dessa forma, veremos a seguir uma possível linha de evolução da Teoria da Cor, primeiro
apresentando as contribuições de Leonardo da Vinci e as diferenças que se determinaram a partir das

divergências entre as concepções de Newton e Goethe. Na sequência, será abordada a Lei do


Contraste Simultâneo das cores, do grande pesquisador Michel-Eugène Chevreul, e, para finalizar,

uma breve apresentação de recentes pesquisas que apontam a continuidade do caminho da Teoria da

cor.

1.1 A TEORIA VINCIANA DAS CORES

Um dos principais representantes do Renascimento italiano, Leonardo da Vinci (1452 – 1519),

produziu obras muito conhecidas e é considerado um grande ícone da história da pintura mundial,

tendo inúmeras técnicas imitadas até hoje. Foi também um dos pioneiros a levantar dados para a

concepção de uma Teoria da Cor.

Segundo Lotufo (2008), um desses escritos sistemáticos é o Tratatto della Pittura, na qual se

encontram várias anotações e contribuições de Da Vinci sobre a cor e a pintura. O conteúdo do

Tratatto é formado por elementos básicos da física, química, óptica e da fisiologia.

Uma das contribuições de Leonardo surgiu de sua pesquisa sobre a fisiologia da percepção

visual, no século III a.C. Nela, ele propôs uma nova teoria para a época, a respeito de como os olhos

apreendem os objetos, defendendo não ser possível que os olhos emitissem raios visuais,
contrariando o que o grego Euclides defendia em sua teoria.

Leonardo também contribuiu com a demonstração da interferência da cor do ar no processo de


percepção visual. De acordo com Fraser e Banks (2007), Leonardo reafirma em vários trechos de seus

manuscritos que, para ele, a cor do ar é azul, sendo mais ou menos escurecido quanto mais ou menos
esteja carregado de umidade e, também, a influência da distância nessa percepção.

Com base nessa perspectiva, Da Vinci elaborou a ‘‘perspectiva aérea’’, tendo em vista de que não
considerava que a perspectiva linear fosse suficiente para ilustrar a distância e, conforme Silveira

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(2015), “propunha que se utilizassem as cores, principalmente o azul, para garantir a sensação de

distância e realismo às imagens produzidas pelos pintores do Renascimento”.

Mais uma contribuição para a Teoria da Cor que se pode observar é a respeito da definição das

cores primárias essenciais. Leonardo chama essas cores de cores simples, sendo essas as cores que
não se podem ser obtidas pela mistura de outras cores e, com isso, ainda de acordo com Silveira

(2015), aponta que um “dos aspectos importantes nas pesquisas cromáticas de Leonardo é a sua
insistência na inclusão do preto e do branco como cores primárias na escala cromática”.

Leonardo da Vinci, por meio de suas pesquisas sobre cores complementares, abordou a análise

dos contrastes simultâneos. A esse respeito, escreveu que todo objeto colorido participa da cor do

objeto que lhe rodeia. Silveira (2015) complementa que “a afirmação de que o branco é o resultado

da somatória de outras cores foi feita por Leonardo muito antes de Newton”. Dessa forma, Leonardo

da Vinci já havia descoberto o que a Física hoje conhece como síntese aditiva, ao provar que o branco

é o resultado da soma de duas cores complementares.

1.2 CONTRIBUIÇÕES E CONCEPÇÕES DE NEWTON E GOETHE

Os fenômenos cromáticos começaram a ser melhor entendidos a partir do século XVII com as

contribuições de Isaac Newton, que foi o responsável pelo progresso do estudo da luz. Por meio das

experiências com o prisma triangular de vidro, Newton realizou diversas experiências a respeito das

cores, analisando os fenômenos que hoje se entende como o da dispersão e da composição da luz

branca.

Os apontamentos de Newton são considerados um marco na Teoria da Cor. Conforme Silveira


(2015), os estudiosos da colorimetria da atualidade consideram que a história moderna da Teoria da

Cor começou a partir das pesquisas de Newton sobre o assunto, por volta de 1666. A ciência da cor é
considerada como o estudo dos aspectos físicos da cor, um dos aspectos compreendidos pela Teoria

da Cor.

Goethe (2018) ainda explica que, apesar disso, não se pode dizer que no século XVIII o único

nome associado aos estudos dos fenômenos das cores seria o de Newton, por conta da disputa entre
o idealismo de Goethe e a óptica mecanicista de Newton. Kops (2019) afirma que as teorias de

Goethe e de Newton eram complementares, já que, apesar de os dois terem visões diferentes do
mesmo fenômeno, a teoria de Goethe inicia no ponto em que a de Newton acabava.

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Newton e Goethe iniciaram suas experimentações sobre a cor a partir de perspectivas totalmente

divergentes. Goethe considerava a luz como o ser mais simples, indivisível e homogêneo conhecido e,

portanto, diferente do que Newton afirmava, não poderia se dividir em luzes coloridas, já que uma luz

colorida seria mais escura que a luz incolor. De acordo com Goethe (2018), não tinha interesse nos
aspectos da cor como um fenômeno físico apenas, defendendo que a cor ia além da física,

considerando também os aspectos fisiológicos na visão cromática. Considerava três formas de cores:

as cores físicas (cores-luz), as cores fisiológicas (pertenciam aos olhos pela capacidade de ação e
reação) e as cores químicas (cores-pigmento).

Com a elaboração de sua pesquisa, conhecida como a Doutrina das Cores, Goethe faz parte dos

pesquisadores da cor, sendo o pesquisador da sua época, que exerce uma grande influência a
respeito da utilização de princípios cromáticos por intelectuais e artistas contemporâneos.

1.3 CHEVREUL E OS CONTRATES SIMULTÂNEOS

Michel-Eugène Chevreul, segundo Silveira (2015), teve influência nas artes visuais no período

entre os séculos XIX e XX. Em 1839, publicou o livro Da lei do contraste simultâneo das cores, em que

demonstra as conclusões que chegou a partir da observação de como duas cores se influenciam

mutuamente, a partir das suas cores complementares e parecem ser muito mais diferentes do que

realmente são.

Segundo Lotufo (2008), “Chevreul descreveu em seus estudos sete formas de contrastes que

foram adotados por Adolf Hoelzel e depois por seu aluno Itten em 1987”. Além dessa contribuição,
também aponta que a classificação das cores com uma finalidade científica e prática foi um

importante trabalho para os estudos da cor.

Além disso, o mais detalhado catálogo de cores conhecido até hoje se deve a Chevreul, com mais

de 20.000 tons classificados teoricamente, partindo das cores saturadas e suas misturas até o branco
por degradação e o preto por rebaixamento. Este catálogo permitiu-lhe a construção de seu sólido

de cores na forma de um hemisfério. Ele idealizou este sólido de cor porque necessitava encontrar

um sistema que o ajudasse a organizar suas amostras têxteis. (Silveira, 2015)

Com suas experiências com as cores, Chevreul desenvolveu a partir de um método de observação
a ideia principal de três tipos de contraste: o simultâneo, o sucessivo e o misto. Silveira (2015) ainda

aponta que esses três fenômenos são contemplados pela ciência contemporânea e conhecidos pela
denominação genérica de cores de contraste.

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1.4 AVANÇOS NA TEORIA

Outros autores também contribuíram efetivamente com os estudos cromáticos. Em 1801,

ocorreram as pesquisas de Thomas Young, que, de acordo com Silveira (2015), foi o pioneiro a
formular a hipótese de que a visão cromática é baseada na presença de três órgãos diferentes

sensíveis à luz, o que ficou conhecida como Teoria Tricromática e foi o pontapé inicial para a óptica
fisiológica. Essa teoria foi retomada por Hemann Lugwig Ferdinand von Helmholtz, que, juntamente

com seus colaboradores, levantou os dados sobre a influência das cores nas fibrilas nervosas da

retina, tendo uma colaboração muito significativa para a Teoria da Cor.

Helmholtz e seus colaboradores, dentre eles Arthur König, recolheram dados sobre a influência das
diferentes cores nas três categorias de fibrilas nervosas (os chamados cones) da retina. Estes dados

resultaram em curvas representativas que são divididas de acordo com as espécies de fibrilas: as

pertencentes ao primeiro tipo apresentam-se energicamente estimuladas pela luz vermelha, as do


segundo tipo são muito sensíveis à ação da luz verde e as fibrilas do terceiro tipo são facilmente

sensibilizadas pela luz azul. A produção e a reprodução de todas as cores naturais em televisão,
fotografia ou impressão gráfica podem ser obtidas através destes princípios, fundamentados na

existência de três tipos de receptores visuais destinados à captação das seguintes luzes coloridas

primárias: vermelho (R: red), verde (G: green) e azul (B: blue). (Silveira, 2015)

Contrapondo a ideia defendida por Helmholtz, Edwald Hering trazia opiniões contrárias e

consistentes, estabelecendo uma diferença entre as cores primárias percebidas e as cores primárias

que funcionam como estímulo. De acordo com Silveira (2015), “nas cores-luz seriam estímulos: o

vermelho, o verde e o azul e; nas cores-pigmento opacas seriam: o vermelho, o amarelo e o azul,

mesmo sabendo da inexistência de receptores retinais específicos para o amarelo”. Com o passar do
tempo, optou-se por uma mescla das partes principais das duas teorias.

os processos na retina atuariam de acordo com a teoria tricromática, através da qual se produziria a

sensação cromática, enquanto que a teoria de Hering estaria inserida na série de processos pelos
quais se produziria a percepção cromática. (Silveira, 2015)

Conhecer as principais contribuições e compreender como se desenvolveu a Teoria da Cor é


fundamental tanto na produção artística, como para a utilização das cores como ferramenta da
linguagem simbólica tão presente na comunicação visual. Outro ponto fundamental da Teoria da Cor

são os aspectos físicos que serão apresentados na sequência.

TEMA 2 – OS ASPECTOS FÍSICOS DA COR


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Para compreender melhor a Teoria da Cor, é fundamental considerar os seus aspectos físicos. De

acordo com Dondis (1997), fazem parte desses aspectos os conhecimentos a respeito da trajetória da
luz dos objetos até os nossos órgãos visuais. Partindo dessa perspectiva, neste tema, estudaremos a

respeito da Radiação Luminosa, Cor-Luz, Cor-Pigmento e o Círculo Cromático.

2.1 RADIAÇÃO LUMINOSA

Uma definição para a cor, a partir da Física, é que esta é uma sensação produzida por órgãos do

sistema nervoso quando estão sob a ação da luz. Para estudar a luz, a Física se divide em óptica
geométrica, a óptica física e a óptica quântica.

Na óptica geométrica, considera-se a trajetória dos raios luminosos sem se considerar a natureza

da luz. Já na óptica física, seus estudos estão fundamentados na radiação eletromagnética (ondas),

enquanto na óptica quântica, considera-se que a luz é formada por partículas. Levando esses aspectos

em consideração, conforme Silveira (2015) a luz pode ser considerada como ondas ou partículas e

hoje se tem o conceito de luz como uma dualidade de propriedades ondulatórias.

A partir dos conhecimentos físicos, sabe-se que é por meio da interação entre luz e objeto que se

gera o fenômeno da cor percebida nos objetos. Já Lotufo (2008) considera que as cores geram

estímulos nos órgãos visuais a partir de ondas eletromagnéticas da luz branca. Dessa forma, entende-

se que os objetos possuem propriedades físicas que absorvem, refratam e refletem os raios luminosos
que incidem sobre eles.

A luz incide sobre os átomos componentes das substâncias, interagindo e gerando a coloração dos

objetos. A capacidade de absorver, refratar ou refletir determinados raios luminosos incidentes nos
objetos os faz coloridos. Assim, não podemos dizer que as substâncias possuem cor, mas, sim,

somente esta capacidade. Além disso, existem muitos tipos de fontes de luz, tais como a luz de

sódio ou as luzes incandescentes, mas a luz do sol ou a luz branca do dia parece ser a ideal para se
estudar a cor, por possuir um espectro mais amplo. (Silveira, 2015)

Outro ponto importante de se considerar é que as sensações cromáticas que os estímulos da luz
produzem são divididos em dois grupos: as cores-luz e as cores-pigmento, que será explicado a

seguir.

2.2 COR-LUZ, COR-PIGMENTO E CÍRCULOS CROMÁTICOS

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Como visto anteriormente, a cor pode ser dividida em dois grupos, de acordo com as suas

características, cores-luz e cores-pigmento, cada uma dessas com suas próprias cores primárias.

De acordo com Lotufo (2008), as cores-luz podem ser reduzidas nas primárias azul, vermelho e

verde, que, quando sobrepostas de duas em duas, produzem as cores-luz secundárias: ciano (azul e
verde), magenta (vermelho e azul) e amarelo (vermelho e verde); já a soma das três primárias produz

a luz branca. A síntese aditiva significa a adição máxima de luminosidade.

Já a cor-pigmento são todas as cores que enxergamos a partir da reflexão da luz sobre os objetos

e ambientes. Segundo Calandrini (2018), as cores-pigmento primárias são: magenta, ciano e amarelo.

O que define essas cores são as substâncias dos materiais contidas na superfície dos objetos e sua

capacidade de absorver, refratar e refletir os raios luminosos da luz que incide sobre eles.

As cores-pigmento primárias, quando misturadas entre si, produzem o preto. A síntese subtrativa

pode ser entendida como um acréscimo de pigmento que faz com que a tinta ou a cor dos objetos

perca a capacidade de refletir a luz. Já sobre as cores secundárias, com a mistura de ciano com

amarelo temos o verde, o magenta com o ciano produz o azul violeta e o amarelo e o magenta

resultam em vermelho alaranjado.

Com um exemplo prático para diferenciar as cores-luz e cores-pigmento: um objeto vermelho

recebe todas as três cores de luz, absorvendo o verde e o azul e refletindo o vermelho. Já um objeto
amarelo absorve o azul e reflete o vermelho e o verde, somando as duas cores, o que permite ver a

cor amarela.

Com esse fenômeno de absorção e reflexão, observa-se que a luz gera as cores dos corpos ao

adicionar ondas eletromagnéticas. Essa obtenção da cor pela soma das cores-luz é denominada de
síntese aditiva.

Mas as pinturas são feitas com pigmentos e não com luz. Não é possível obter cores claras

misturando cores escuras. Misturar cores-pigmento sempre resultará em subtração de luz. Ao pintar
com tinta vermelha em um papel branco, se subtrai as cores claras verde e azul do branco. Para pintar
uma cor verde, misturamos amarelo e azul ciano (o amarelo absorve ou subtrai o azul e o ciano

absorve ou subtrai o vermelho, a única cor refletida é o verde). Esta é a síntese substrativa.

A respeito das cores primárias, Lotufo (2008) conclui que são cores que não podem ser formadas
pela soma de outras, o que se observa tanto na cor-luz quanto na cor-pigmento. Outro ponto

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importante de se observar é que as cores-luz primárias são cores-pigmento secundárias, da mesma

forma que as cores-luz secundárias são as primárias das cores-pigmento.

Tanto as cores-pigmento quanto as cores-luz são primeiramente organizadas em três de cores

primárias, como foi explicado. O círculo cromático é uma representação visual dessas cores primárias
com as suas outras combinações de cores visíveis, somando as cores secundárias e as terciárias.

Já Farina (2011) explica que o círculo cromático baseado nas cores-pigmento inicia com as cores

primárias: magenta, ciano e amarelo; complementando com as secundárias, que são o vermelho

alaranjado, o azul violeta e o verde; e com as cores terciárias, que são a combinação de uma cor

primária com uma secundária. A combinação das três cores-pigmento resulta no preto. Esse

fenômeno ocorre por conta da síntese subtrativa, já que ao misturar cores-pigmento menos luz é

refletida. Um exemplo prático é a utilização das tintas impressas, pigmentos e a pintura (Pedrosa,

2004).

Figura 1 – Círculo cromático cor-pigmento

Crédito: PHYSICX/SHUTTERSTOCK

O círculo cromático baseado nas cores-luz, “em suas primárias R (red), G (green) e B (blue), é

utilizado principalmente para se pensar cores em websites ou em cenários de televisão, onde a cor-luz
é instrumento principal” (Silveira, 2015). A combinação das três cores-luz resulta no branco. No caso

das cores-luz, ocorre o fenômeno de síntese aditiva, pois ao mesclar cores-luz está somando luz. É
dessa forma que funciona o olho humano e a televisão, por exemplo (Pedrosa, 2004).

Figura 2 – Círculo cromático cor-luz

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Crédito: PHYSICX/SHUTTERSTOCK

Os círculos cromáticos são uma maneira de auxiliar a percepção sobre as relações e interações

entre as cores. A disposição das cores no círculo cromático reflete isto. Conforme o que Calandrini

(2018) explica, “cada cor é disposta ao lado de uma cor análoga, isto é, matizes com diferenças

cromáticas mínimas, produzindo uma sequência harmônica e de pouco contraste”.

As cores complementares estão em lados opostos no círculo e são as cores mais contrastantes

entre si e, por isso, quando utilizadas juntas, uma reforça a outra. As cores complementares também
têm temperaturas diferentes, por exemplo, o azul e o laranja são cores complementares, o azul seria a

cor fria, enquanto o laranja a cor quente.

No próximo capítulo, será visto o que são e como se relacionam os aspectos fisiológicos da cor.

TEMA 3 – OS ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA COR

De acordo com a Teoria da Cor, apresentada por Silveira (2015), os aspectos fisiológicos das cores
são entendidos e explicados pela forma como os estímulos luminosos chegam aos olhos e são

transmitidos ao cérebro. Dessa forma, para compreender esses aspectos, é fundamental conhecer os
órgãos visuais, a relação com o cérebro e as teorias que explicam a visão da cor.

O estudo da teoria tricromática surge para lançar um melhor entendimento a respeito de como a
luz cria a impressão de cor, conforme Banks e Fraser (2007). Sabe-se que a visão humana pode

enxergar todas as cores baseadas nas três cores-luz primárias: vermelho, azul e verde.

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Pedrosa (2004) complementa que James Clerk Maxwell (1831 – 1879) seria um dos fundadores da

teoria tricromática. Ele definia o fluxo luminoso como radiação eletromagnética e juntava a hipótese
fotoquímica com a fotoelétrica como componentes da óptica fisiológica. Reproduziu, então, em 1859,

uma imagem colorida por meio de síntese aditiva. Esse foi o passo inicial para todos os processos
tricromáticos (Pedrosa, 2004).

Figura 3 – Reprodução da teoria tricromática: síntese aditiva

Crédito: PETER HERMES FURIAN/SHUTTERSTOCK

Perceber como fisiologicamente ocorre a visão das cores é fundamental para se compreender as

teorias que definem a visão humana das cores. A partir dessa perspectiva, neste tema, será explicado
o funcionamento do sistema visual humano, por meio da relação dos órgãos visuais e a visão humana

das cores.

3.1 ÓRGÃOS DA VISÃO E A VISÃO HUMANA DAS CORES

Fisiologicamente, o sistema visual humano é composto pelos órgãos visuais e a sua comunicação
com o sistema nervoso por meio do cérebro. De acordo com Silveira (2015), entender esse

funcionamento fisiológico facilita a compreensão dos dados interpretativos da visão das cores. Os
olhos são os responsáveis pela a recepção e a tradução da radiação luminosa.

O fato de a visão ser um sentido que conjuga olhos e cérebro aumenta em muito sua eficiência nos

trabalhos de avaliação, análise e correção das imagens visuais, informando a distância, a direção, a
forma e a cor dos objetos ao nosso redor. (Silveira, 2015)

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Para entender melhor como acontece a recepção das cores no olho humano, é necessário

conhecer os dois sensores que estão na retina, cones e bastonetes, que são os responsáveis pelo

reconhecimento básico da cor. Como é comumente conhecido, a luz entra no olho pela pupila e é

focalizada pela lente da retina, em que ocorre a estimulação dos cones e bastonetes. Essa informação

captada sobre o que é visto é transmitida pelo nervo óptico até o cérebro (Fraser; Banks, 2007). A

respeito da percepção visual pelo olho humano, Silveira (2015) explica que:

Na retina se realiza a ligação entre o físico, o biológico e o psicológico da visão. É a parte do olho

encarregada de transformar a energia radiante em impulsos nervosos, que são transmitidos ao


cérebro através do nervo óptico. Na sua superfície, nota-se a divisão de duas áreas compostas pelos

elementos fundamentais da percepção visual, os receptores denominados cones e bastonetes.


(Silveira, 2015)

A respeito das especificidades de cada um desses receptores, temos que os bastonetes são os

responsáveis pela percepção de forma e do movimento, já os cones permitem a percepção de

detalhes e cores, mas sendo menos responsivos quando há pouca luz. Nessa condição de pouca luz,

os bastonetes assumem sua função de reconhecimento e trabalham juntos (Fraser; Banks, 2007).

Pedrosa (2004) explica que os cones podem ser divididos em três grupos. O primeiro seria os que

são sensíveis ao vermelho, enquanto o segundo, ao verde, já terceiro, ao azul. Quanto ao amarelo e o

que também se aplica as demais cores, o mesmo autor explica: “não existem cones específicos para a

sensação [...] Essa cor só é percebida pela sensibilização simultânea dos cones vermelhos e verdes”.

Dessa forma, fica evidente que, de acordo com Silveira (2015), a teoria tricromática mostra que
fisiologicamente o olho humano percebe a cor em “luz”, por conta de que os cones ópticos são

sensíveis à cor-luz, tanto advinda de fontes primárias como quando são resultados de reflexão a partir
de objetos coloridos. A cor-luz é tida como o veículo de informação cromática e que gera mais

rapidamente os seus efeitos, sejam eles fisiológicos ou simbólicos. (Silveira, 2015).

Tendo o entendimento a respeito da percepção fisiológica das cores e compreendendo melhor a

relação de recepção e interpretação das cores pelo olho humano, é necessário agora entender
também a percepção simbólica e os aspectos culturais das cores.

TEMA 4 – A COR E OS ASPECTOS CULTURAIS E SIMBÓLICOS

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Nos temas anteriores, foi visto que as cores podem ser analisadas a partir de seus aspectos físicos

e fisiológicos, sendo assim, a sensação cromática é o resultado da ação da luz nos órgãos visuais

humanos. Silveira (2015), a esse respeito, ainda diferencia a sensação cromática da percepção

cromática.

Pode-se chamar sensação da cor apenas quando se considera parte do processo, isto é, quando a

luz existente atinge os olhos e este fluxo luminoso é codificado fisiologicamente. A percepção da
cor acontece quando este código fisiológico, feito a partir do fluxo luminoso, é interpretado

culturalmente. (Silveira, 2015)

Dessa forma, a percepção cromática é tida como um fenômeno mais complexo que a sensação

cromática, visto que quando se refere a sensação das cores é levada em consideração apenas os

fenômenos da reflexão e da codificação fisiológica da luz na retina, como visto anteriormente.

Já quando se refere a percepção da cor é necessário que se considere os aspectos culturais,

simbólicos e psicológicos das cores. Esses aspectos, conforme Farina (2011), também têm a influência
de alterar o que se vê e “nas artes visuais, a cor não é apenas um elemento decorativo ou estético. É o

fundamento da expressão sígnica. Está ligada à expressão de valores sensuais, culturais e espirituais”.

Silveira (2015) considera que a atribuição dos significados das cores, podem influenciar e

desencadear efeitos fisiológicos e psicológicos nas pessoas. “O significado de cada cor, assim como o

efeito que cada uma delas tem, depende de onde ela está aplicada.”

Na Tabela 1, a seguir, são encontrados os significados de cada uma das principais cores de
acordo com o dicionário Pastoreau (1997) e alguns exemplos de efeitos psicológicos.

Tabela 1 – Cores, significados e efeitos psicológicos

SIGNIFICADO
CORES EFEITOS PSICOLÓGICOS
(PASTOREAU, 1997)

VERMELHO Cor por excelência, a mais bela das Causa a sensação de alegria, invasão de felicidade intensa, beleza,
cores; cor do signo, do sinal, da raridade; sensação de apreensão, de aviso, chama a atenção;

marca; cor do perigo e da proibição; sensação de prazer proibido; sensação de paixão sem limites, de

cor do amor e do erotismo; cor do amor sem consequências, sem atrelamento; sensação de energia,
dinamismo e da criatividade; cor da movimento, pulsação; sensação da energia criadora; de geração de

alegria e da infância; cor do luxo e da insights; sensação de alegria ingênua, simplesmente feliz; sensação
festa; cor do sangue; cor do fogo; cor de poder da beleza e da sabedoria; sensação barulhenta de alegria

da matéria e do materialismo. de comemoração e comunicação; sensação de vida pulsante nas

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veias; sensação de calor forte e de claustrofobia; sensação de dor

real, material.

Causa a sensação de calor dos dias quentes de verão, porém

devagar, atinge a sensação de calor dos desertos, de um sol ardente,


incomodando; sensação de estímulo à busca do poder, da riqueza
Cor da luz e do calor; cor da
material; sensação de alegria dos dias de sol; sensação da energia do
prosperidade e da riqueza; cor da
calor do sol; sensação de tensão, sensação de excitação do intelecto
alegria, da energia; cor da doença e
AMARELO e ajuda na retenção de informações na memória, de início
da loucura; cor da mentira e da
importante, mas que com o tempo gera um estresse que aumenta a
traição; cor do declínio, da melancolia,
cada minuto, sensação de exposição de seu interior a todas as
do outono.
pessoas, gerando insegurança; sensação de auge da vida, porém é
também a sensação de início da decadência, da poesia triste dos dias

de outono.

Cor preferida de mais da metade da Causa a sensação de paz e tranquilidade do céu; sensação de infinito

população ocidental; cor do infinito, espacial, expandindo planos e superfícies; sensação de estar num
do longínquo, do sonho; cor da mundo de sonho, criado de acordo 124 | Introdução à Teoria da Cor
AZUL
fidelidade, do amor, da fé; cor do frio, com os nossos desejos, perfeito; sensação de segurança e conforto

da frescura, da água; cor real e da família; sensação de frio, inverno; sensação de pureza,
aristocrática. transparência, sensação de luxo, requinte, sofisticação, realeza.

Cor do destino, da dita e da desdita,


da fortuna, do dinheiro, do acaso, da Causa a sensação de esperança, de controle do próprio destino,

esperança; cor da natureza, da sensação de completude, da não necessidade material, de modéstia;


ecologia, da higiene, da saúde, da sensação de prosperidade; sensação de sorte; sensação de estar num

VERDE frescura; cor da juventude, da seiva ambiente natural, num jardim; sensação de estar num ambiente

que sobe, da libertinagem; cor da naturalmente agradável, esteticamente harmonioso; sensação de


permissão, da liberdade; cor do diabo jovialidade, de energia, em que tudo é permitido; sensação de estar

e do que é estranho; cor ácida, que saciado, sem fome, sem vontade de comer
pica e envenena.

Cor da pureza, da castidade, da


Sensação de harmonia, de paz; sensação de sinceridade; sensação de
virgindade, da inocência: cor da
ingenuidade protegida; sensação de limpeza estéril; sensação de
higiene, da limpeza, do frio, do que é
inverno; sensação de proteção da intimidade; sensação de realeza;
estéril; cor da simplicidade, da
BRANCO sensação de suporte à espiritualidade; sensação de harmonia no todo
discrição, da paz; cor da sabedoria e
estético em que me encontro; sensação de ordem, equilíbrio,
da velhice; cor da aristocracia, da
disciplina; sensação de calma e tranquilidade para se executar todas
monarquia; ausência de cor; cor do
as tarefas necessárias.
divino

PRETO Cor da morte; cor da falta, do pecado, Causa a sensação de perda; sensação de introspecção; sensação de

da desonestidade; cor da tristeza, da escuridão, de ser tragado pela falta de clareza na visão; sensação de

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solidão, da melancolia; cor da precisão científica e tecnológica; sensação de poder de julgamento.

austeridade, da renúncia, da religião;


cor da elegância e da modernidade;

cor da autoridade.

Fonte: Silveira, 2015.

Além da influência da cor sobre os aspectos emocionais, ela também é responsável por produzir

outras sensações adversas, como a de movimento, calma, expansão ou retração e embora essas

reações corporais nos indivíduos não sejam bem definidas de forma científica, elas são muito

utilizadas no campo da terapia e da educação (Farina, 2011).

Dessa forma, por conta das informações complexas e do envolvimento de diversas áreas de

conhecimento, estudar a respeito da construção cultural simbólica das cores demanda muita

dedicação.

A respeito da construção cultural simbólica das cores, Silveira (2015) expõe que os efeitos das

cores são mais dinâmicos do que a construção cultural coletiva das cores. Heller (2013) complementa

esse raciocínio ao afirmar que, por conta de os seres humanos conhecerem mais sentimentos do que

cores, uma mesma cor pode produzir efeitos diversos, ou seja, “cada cor atua de modo diferente,

dependendo da ocasião”.

Nunes (2012) diz que “a variedade de significados de cada cor, ao longo dos tempos, está

intimamente ligada em nível de desenvolvimento social e cultural das sociedades que os criam”.
Partindo dessa perspectiva, é nítido que o estudo dos aspectos simbólicos e culturais das cores

reforça a importância de, por exemplo, num projeto de artes visuais, conhecer quem será o público-
alvo para, assim, escolher as cores desse projeto e prever possíveis reações. A cor pode ser

interpretada de diversas maneiras em diversos contextos diferentes. Como visto, a percepção


cromática acontece pela reação em conjunto com um significado simbólico e o contexto que o
indivíduo está inserido (Farina, 2011).

Desta maneira, é possível concluir que os aspectos culturais e simbólicos das cores estão

diretamente ligados a cada indivíduo e o contexto a qual ele pertence. Além disso, para uma melhor
compreensão da construção simbólica da cor e da sua percepção, é necessário levar em consideração

a construção cultural simbólica social e coletiva, a materialização dos significados e seus efeitos
psicológicos.

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TEMA 5 – DIRETRIZES PARA A APLICAÇÃO DA COR

Como foi visto, é fundamental conhecer os principais aspectos da cor, principalmente para os

estudantes ou profissionais que tenham a intenção de entender qual o papel da cor como um meio

de mediação da percepção. Além disso, também se torna primordial saber aplicar toda essa

informação e como utilizar também da intuição. De acordo com Silveira (2015):

A informação sobre os vários aspectos da percepção cromática, por si, não resolve a aplicação da
cor em projetos. Mesmo se fosse possível saber absolutamente todos os aspectos que envolvem a

construção simbólica da cor, ainda assim não se estaria apto a aplicar a cor em qualquer lugar ou
situação. [...] O uso da intuição, isoladamente, também não resolve a aplicação da cor em projetos,

isto é, a escolha, a colocação e a avaliação dos efeitos da cor em projetos não podem estar

vinculadas a uma situação puramente intuitiva. Um profissional que é responsável pelos efeitos da
colocação da cor em objetos ou ambientes, que vão interferir na construção perceptiva das pessoas,

não pode esperar identificar a colocação da cor unicamente pelos sentimentos abstratos. (Silveira,
2015)

Dessa maneira, pode-se observar que a intuição também tem um papel importante para se
estabelecer e aplicar as cores de forma harmônica, mas ela não atua sozinha, por conta de que nessa

situação “a única informação que se traz, ainda que inconsciente, é a construção cultural de

determinadas cores, tudo isso misturado com o gosto próprio do profissional” (Silveira, 2015). Por

consequência, o que é mais vantajoso é a utilização da intuição do profissional com o conhecimento

da informação teórica. Um exemplo de uma tarefa complexa, que exige tanto do conhecimento como

da intuição é a da Harmonia Cromática.

Outro ponto importante para a utilização prática das cores é que é necessário saber materializar

esse conhecimento ao aplicar a cor nos projetos. “Aplicar a cor em projetos depende do equilíbrio
entre estes três processos: estudar as informações e agregá-las à intuição, materializar e pensar nas

soluções, lapidando a materialização” (Silveira, 2015).

Com isso, fica nítida a importância de alinhar a teoria com a prática. A seguir, serão expostas

situações práticas que se relacionam com todo o conteúdo que foi abordado até o momento sobre a
Teoria da Cor, em que será possível identificar todos os aspectos mencionados anteriormente.

NA PRÁTICA

Vamos elaborar uma pintura de paisagem?


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Após a exposição do conteúdo sobre os diversos aspectos da cor, nada melhor que perceber

como aplicar a teoria na prática. Escolha uma rua, uma praça ou outro ambiente externo que você

queira e elabore uma composição visual que tenha como objetivo principal a utilização das cores.

Perceba como os diversos espaços constituem a composição e tente, pela utilização das cores,
elaborar uma pintura.

FINALIZANDO

Após tudo o que foi exposto nesta aula, é possível concluir que a Teoria da Cor tem sido

desenvolvida há muito tempo e contou com a contribuição de diversos estudiosos, de diferentes

áreas, tendo como objeto de estudo a percepção cromática. Entre eles, foram citadas as contribuições

de Leonardo da Vinci, contribuições e concepções de Newton e Goethe, Chevreul e os Contrates

Simultâneos e outros autores mais atuais como: Thomas Young, Helmholtz e Edwald Hering.

Além da visão histórica da Teoria da Cor, foram apresentados os três aspectos para uma melhor

compreensão. O primeiro aspecto foi o aspecto físico da cor, que acontece independente da vontade

do ser humano, fora dele, sendo um o aspecto crucial para que a percepção visual cromática ocorra,

uma vez que, se não há luz, não é possível a cor aparecer e ser compreendida. Neste momento,

também foram apresentados os conceitos da Radiação Luminosa e a diferença entre cor-luz e cor-

pigmento, além dos seus respectivos círculos cromáticos.

O segundo aspecto apresentado foi o aspecto fisiológico, em que foram explicados os conceitos
de como os estímulos luminosos chegam aos olhos e são transmitidos ao cérebro, assim como o

funcionamento básicos dos órgãos visuais e a visão humana.

O terceiro aspecto foram os aspectos culturais simbólicos da percepção cromática, em que foi

vista a diferença entre a sensação cromática e percepção cromática, além de que as influências das
cores podem estar relacionadas aos aspectos culturais de cada indivíduo e com outros aspectos

como, simbólicos, psicológicos, mentais e racionais ao mesmo tempo. Conforme visto, é fundamental
compreender esses três aspectos em conjunto, considerando que um está ligado ao outro.

REFERÊNCIAS

CALANDRINI, L. C. L. As cores na arte: uma experiência cromática. 2018.

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DONDIS, D. A. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

FARINA, M.; PEREZ, C.; BASTOS, D. Psicodinâmica das cores em comunicação. Editora Blucher,

2011.

FRASER, T.; BANKS, A. O guia completo da cor. Senac, 2007.

GOETHE, J. W. V. Doutrina das cores. Editora Nova Alexandria, 2018.

HELLER, E. A psicologia das cores: como as cores afetam a emoção e a razão. Tradução de Maria

Lúcia Lopes da Silva. 1. ed. São Paulo: Gustavo Gili, 2013.

LOTUFO, E. Cor e comunicação. Universidade Católica de Goiás, Departamento de Artes e

Arquitetura, curso de design, Goiânia, v. 10, 2008.

NUNES, A. C. N. X. Informação através da cor: a construção simbólica psicodinâmica das cores na

concepção do produto. Moda Palavra e-periódico, n. 9, p. 63-72, 2012.

PEDROSA, I. O universo da cor. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2004.

SILVEIRA, L. M. Introdução à teoria da cor. UTFPR Editora, 2015.

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