Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AULA 2
CONTEXTUALIZANDO
2
Tecnicamente, são o ciano (ou azul cian), o magenta e o amarelo, mas
na prática do uso comum, dos materiais de pintura e desenho, as cores que se
popularizaram como as primárias são o azul, o vermelho e o amarelo (Figura
2): o ciano misturado ao magenta produz o azul, e o magenta com o amarelo
produz o vermelho (Silveira, 2015). No caso, estamos falando de cores-
pigmento.
3
verde. No caso do roxo, ele é composto pelo vermelho e o azul, ficando de fora
o amarelo, que é complementar do roxo (Figura 4).
1.4 Tríades
4
Inicialmente temos uma tríade de cores primárias (Figura 6),
obviamente composta pelas três cores primárias (vermelho, azul e amarelo).
Essas cores formam uma harmonia muito utilizada em produtos infantis e
brinquedos. Veremos mais sobre contrastes e harmonias de cores adiante.
5
1.6 Dinâmicas das cores entre si
Figura 8 – Chevreul
Crédito: Linda Hall Library, Exposé D’un Moyen De Définir Et De Nommer Les Couleurs, Planche
3, 1861.
7
Foi a partir do seu “Método de Observação”, para verificar esses
contrastes, que Chevreul que criou seus discos de cores (Figura 10).
8
Figura 12 – Ampliação de pontos Benday
Crédito: Alamy/Fotoarena.
9
2.4 Os contrastes de cores
10
Se compararmos as cores em termos de temperatura entre si, no que
diz respeito ao contraste entre elas, o verde pode parecer mais frio quando
próximo ao vermelho, que é uma cor quente (Figura 16).
11
modo a fazê-lo assumir um pouco da cor complementar da primeira cor. Cores
de luminosidades diferentes, quando juntas, favorecem o contraste claro-escuro
e a redução do efeito simultâneo (De Grandis, 1985).
Chevreul registrou, como sendo uma lei geral, que toda cor, quando
aplicada sobre um fundo branco, destaca-se do resto, ao passo que um fundo
cinza aumenta o brilho, e a proximidade com o preto diminui o brilho. No entanto,
segundo Chevreul, o cinza e o preto, por serem neutros (veremos mais sobre
isso adiante), são muito propícios para harmonizar as outras cores (Silveira,
2015).
12
2.7 Harmonia de cores
13
A obtenção de harmonia de cores, assim como na música ou na
combinação de comidas e bebidas, vai além do gosto pessoal, porque implica
no arranjo estético das partes no todo (lei geral da Gestalt), de modo que o
cérebro perceba uma unidade integrada e equilibrada. Obter uma boa fotografia
colorida implica tanto a composição equilibrada dos elementos quanto a
combinação das cores no tema (Figura 21).
Crédito: Alexroz/Shutterstock.
14
sutil numa superfície pequena poderá ficar atordoante numa parede (Chijiiwa,
1987). Como o amarelo fosforescente, por exemplo.
A aplicação da cor em projetos quanto à sua finalidade, uso e efeito
psicológico esperado para o observador, tem de ser ponderada quando do
processo de harmonização. Porém veremos isso em detalhes em breve.
3.1 Matiz
Diz respeito ao nome da cor: preto, branco, amarelo, vermelho etc. (Vaz;
Silva, 2016).
Crédito: Noxnorthys/Shutterstock.
Na caixa de lápis de cor, cada lápis é um matiz diferente (Figura 22); como
vimos em antes, os nomes desses matizes podem variar um pouco de acordo
com o contexto histórico, cultural e linguístico.
3.2 Saturação
15
ir de uma escala de grande intensidade de cor até um tom de cinza,
representando a ausência de cor, numa escala de 100 a 0% (Vaz; Silva, 2016).
Figura 23 – Saturação
Diz-se que uma cor é saturada, para mais ou para menos, de acordo
com a sua concentração. Quando uma cor é pouco concentrada ou pouco
saturada, diz-se que é uma cor com tom pastel. Mas, cuidado: saturação é
diferente de dizer que a cor é clara ou escura; isso diz respeito ao seu brilho.
3.3 Brilho
Figura 24 – Brilho
17
Figura 25 – Canais de cores do Photoshop
Tanto nos modos CMYK quanto RGB você pode interferir em cada canal
de cores (Figura 25). Para desenhistas em geral, que utilizam grafite azul antes
da finalização com nanquim, trabalhar com os canais do CMYK é uma forma de
poupar o tempo e o trabalho de apagar o desenho a lápis, uma vez que é
necessário apenas descartar o canal ciano correspondente ao azul.
Em linhas gerais, as cores RGB são usadas em projetos que deverão ser
publicados na internet ou vistos em outro ambiente digital. Elas são mais
brilhantes. Já projetos que serão impressos em papel ou outro substrato físico
devem ser salvos em CMYK, e suas cores tendem a ser mais opacas (Collaro,
2007).
Você vai perceber que há uma ligeira diferença de tons entre os dois
sistemas quando vistos na tela do seu computador (Figura 26). E vai notar que
às vezes a cor CMYK que está na tela não é a mesma que saiu da sua
impressora (Mazzarotto, 2018). A mesma lógica vale para outros programas
gráficos, como o Illustrator, o InDesign e o CorelDraw.
18
TROCANDO IDEIAS
NA PRÁTICA
Olhe fixamente para a bandeira do Brasil a seguir e depois olhe para o espaço
branco ao lado. Você conseguiu ver a pós-imagem? Agora pinte a outra
bandeira com as cores que você enxergou.
19
Crédito: Mars-Design/Shutterstock.
2. Pinte o losango branco do Tangram da direita com uma cor que não seja
o verde. Compare as duas composições. Qual o impacto da nova cor no
restante da composição?
20
3. Pinte o Tangram a seguir apenas com cores complementares.
FINALIZANDO
21
suas características e de suas relações entre si. Entendemos como se dão os
contrastes entre cores e a sua harmonização, e estudamos o que é cor-luz e cor-
pigmento (os respectivos sistemas RGB e CMYK), e como eles se inserem nos
projetos de Design. Por fim, também conhecemos um pouco sobre como
funciona a cor no Photoshop.
22
REFERÊNCIAS
23