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a Distância
EJA
Ensino Fundamental
Arte
Aula 1: ARTES VISUAIS
•• bidimencional.
•• Conteúdos
•• Formas.
•• Luz.
•• Composição.
Você já notou como os desenhos são importantes para a transmissão de mensagens e como promovem
uma comunicação rápida e eficaz? Ferramenta de comunicação direta entre pessoas de diferentes
lugares, épocas e culturas, o desenho é uma linguagem com entendimento universal.
O segredo de uma representação que convença o observador não está em incluir todos os detalhes
da imagem real, mas em analisar com atenção o todo e decidir quais elementos são essenciais e quais
podem ser descartados. Dessa forma, é possível perceber uma árvore em seu desenho, ainda que
você não tenha desenhado todas as folhas e galhos.
LEITURA DE MUNDO
Formas e composição
O desenho foi uma das primeiras manifestações estéticas e culturais da história da humanidade. Os
humanos pré-históricos retrataram a caça dos animais, a convivência em tribos, mostrando que sempre
tiveram necessidade de se comunicar. Por meio de seus desenhos, podemos conhecer as espécies
animais existentes na época, as ferramentas que utilizavam e acompanhar as suas descobertas.
Esses desenhos, hoje denominados “pinturas rupestres”, constituem os registros de sua vida e de sua
cultura, o arquivo de suas memórias. A magia que liga essas imagens à realidade era fruto da crença
de que aquilo que desenhavam iria acontecer, e talvez tenha sido o principal motivo da produção de
imagens e, em consequência, da pesquisa dos primeiros materiais de desenho e de pintura.
Daí por diante, apesar das outras linguagens que desenvolveu e das outras ferramentas que criou
para se comunicar, o ser humano jamais abandonou o desenho. Hoje ele pode ser produzido com o
auxílio de instrumentos e até de equipamentos sofisticados, mas o registro das ideias ainda é feito, na
maioria das vezes, apenas com lápis e papel.
O desenho, como toda imagem, é construído a partir de alguns elementos próprios das artes visuais:
pontos, linhas, formas, cores.
Tudo começa por um ponto que se desloca no papel, dando lugar a uma linha. Note, no desenho
abaixo, o “caminho” percorrido pelo ponto e a forma gerada pela linha ininterrupta.
Quase tudo o que vemos parece ter sido feito a partir formas geométricas como base. Já reparou? São
quadrados, círculos, cones, cubos, triângulos e muitas outras. Vamos revisar as formas geométricas
que você conhece? Reconheça-as na obra do pintor abstrato Kandinsky:
Muito bem, então vamos observar outras imagens e descobrir as formas geométricas que as origina-
ram. Procure ver o essencial, olhando o todo e não os detalhes.
Uma pintura em que predominam as formas geométricas lhe parece fria, desprovida de emoções e
incapaz de transmitir sentimentos? É porque você não conhece a arte de Miró. Joan Miró (1893-1983)
foi um artista catalão que procurava mostrar a realidade de uma forma simplificada, porém cheia de
simbolismos. Ele teve uma maneira própria e extremamente rica de interpretar o mundo. Veja algu-
mas de suas obras:
Outro artista que simplificou as formas até aproximá-las da abstração foi Paul Cézanne (1874-1906),
um pintor francês incompreendido em seu tempo. Ele dizia que tudo na natureza se baseia na esfera,
no cone e no cilindro, e que essas são as formas fundamentais para a realidade. Seus temas preferidos
eram as paisagens e as naturezas mortas, embora também tenha pintado muitas figuras humanas,
especialmente banhistas.
Explorando as formas, as linhas de contorno, as superfícies planas em cores e as texturas, você po-
derealizar muitas experiências artísticas para ganhar conhecimento e desenvolver suas habilidades.
Esseé um jeito de fazer arte. Bom trabalho!
Luz
Curioso sobre a origem das cores, o físico inglês Isaac Newton (1643 – 1727) decidiu investigar melho-
ra natureza da luz do sol.
Há uma diferença entre cor-luz e cor-pigmento (tinta). Misturando tintas de todas as cores, resulta
o pardo. E misturando tinta preta com branca, obtêm-se a cor cinza. Quando a luz incide sobre um
objeto, uma parte dos raios luminosos é absorvida pelo objeto, e a cor que o objeto não absorveu,
Já as cores quentes – vermelho, abóbora, laranja, amarelo, rosa e as demais cores em que elas predo-
minam – nos dão a sensação de calor e de luz por sua semelhança com a cor do sol e do fogo.
Daí a associação com as ideias de calor humano, aconchego, alegria e vida. Elas também podem su-
gerir agitação e agressividade.
As cores quentes parecem mais próximas dos nossos olhos, enquanto o emprego das cores frias aju-
da a dar a ilusão de profundidade, pois parecem estar mais distantes de nós. Uma cor pode ser fria
e quente? Sim, por exemplo: se o verde tiver mais amarelo (cor quente), resultará num verde (limão)
luminoso e vibrante, podendo ser considerado uma cor quente. Se for adicionado mais azul (cor fria),
esse verde (turquesa) ficará azulado, portanto, frio.
SAIBA MAIS
•• Uma bolha de sabão apresenta em sua superfície o espectro de cores existentes na luz?
•• As cores transmitem sensações e estão associadas a estados de espírito. O vermelho é a cor do entusiasmo,
do arrojo e da sensualidade; o laranja, da concentração, do dinamismo e da prosperidade; o amarelo, da
comunicação, alegria, energia e motivação; o rosa, do romantismo e da autoestima. O verde simboliza a es-
perança e transmite sensação de leveza, descanso e saúde; o azul é a cor da sabedoria e remete ao equilíbrio,
à integridade e à responsabilidade; o violeta é a cor da espiritualidade e o lilás estimula a imaginação.
AMPLIANDO HORIZONTES
• http://www.arteprehistorica.pop.com.br/
Para saber mais sobre as linhas e fazer outros exercícios de traçados à mão livre, consulte o livro:
• Jorge, Sonia. Desenho Geométrico – idéias e imagens. São Paulo: Saraiva, 2003.
• Venezia, Mike. Paul Kee. Col. Mestres das Artes. São Paulo: Moderna.
• http://www.pintoresfamosos.com.br/?pg=kandinsky
• Strickland, Carol. Arte comentada da Pré-História ao Pós-Moderno. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.
Podemos conhecer obras de arte por meio de livros, revistas especializadas, CD-ROMs, filmes, vídeos,
Internet, tudo sem sair do lugar. A tecnologia coloca ao nosso alcance imagens cada vez mais defini-
das, colorido real e possibilidade de ampliação, entre outros recursos.
Mas nada se compara à experiência de ver de perto a obra original de um artista, poder contemplála-
de vários ângulos, como possivelmente o fez seu criador, perceber seus detalhes, notar a força ou a
delicadeza das pinceladas, as texturas das superfícies, os efeitos da luz incidindo em suas formas, en-
fim, de sentir o que o artista quis transmitir por meio de sua obra. Você já experimentou essa emoção?
Não? Vá a um museu de arte. Você merece!
As obras de arte podem ser vistas ao vivo em vários lugares. Os museus são locais privilegiados onde
são guardadas, conservadas ou consertadas as pinturas, esculturas e outras produções artísticas, para
que não se estraguem e não desapareçam. Outra função importante dos museus é oferecer a todas as
pessoas a possibilidade de desfrutá-las. Há vários tipos de museus onde se podem ver obras de arte.
Nos museus arqueológicos, antropológicos e históricos, encontram-se obras de arte por meio das-
quais podemos conhecer a cultura e a história dos povos de todo o mundo nas mais variadas épocas.
Por exemplo: as pinturas que se encontram no Museu Paulista (do Ipiranga) e no Museu Imperial de-
Petrópolis (RJ) contam muito da história do Brasil. Há museus étnicos, que mostram vários aspectos
da cultura peculiar da etnia, inclusive suas produções artísticas, como os museus do Índio (RJ), Museu
Afro-Brasil (SP).
Os museus de arte podem ser gerais, isto é, conter obras de diferentes estilos, épocas e artistas como,
por exemplo, o Louvre (França), o do Prado (Espanha), o do Vaticano (Itália) e o MASP (Brasil), ou ser
especializados, como os seguintes:
• de Arte Sacra, como os de Ouro Preto, Salvador, Olinda, Curitiba, Paraty, São Luiz;
•• de um único artista, como o Museu Casa de Portinari em Brodowski (SP), Museu Lasar Segall (SP), Museu
Picasso (Paris),
Podem-se ver artes visuais originais também em exposições periódicas, como a importante Bienal de
São Paulo, e aquelas promovidas por instituições como SESI, SESC e pelos próprios museus, além de
galerias que vendem obras de arte, igrejas, feiras de arte popular em praças. Sem contar que existem
cidades que são verdadeiros museus a céu aberto, como Ouro Preto, Paraty, Olinda, Roma etc.
Muitas pessoas preferem começar visitando um museu geral, cujo seu acervo proporciona um pano-
rama abrangente da arte, e depois procurar um museu especializado no tipo de arte que mais apre-
ciou. Mas isso não é obrigatório, o importante é aproveitar as oportunidades que aparecem.
Uma experiência tão rica quanto essa precisa ser bem preparada. Faça uma pesquisa sobre o museu
que quer visitar, verificando se ele oferece monitores para explicar as obras, se possui oficinas que
propõem atividades artísticas. Informe-se sobre os horários de funcionamento e sobre o valor do
ingresso. Verifique se é possível visitar todas as obras de uma só vez. Alguns museus são tão grandes
que é muito cansativo ver tudo num dia só. Nesse caso, é conveniente escolher uma parte – uma épo-
ca, um tipo de arte, um estilo, um artista ou mesmo uma exposição temporária de seu interesse – para
focar a sua visita.
Para apreciar bem o museu, é importante ler as fichas que ficam próximas das obras. Elas informam
quem é o artista, qual é o título da obra, em que ano e com que material ou técnica ela foi realizada,
quais são as suas medidas. Contemplando uma obra de arte você se apropria dela. Então, observe-a
com atenção, olhe-a de longe e de perto. Pense na mensagem que o artista quis comunicar, anali-
sando o tema e os elementos visuais – formas, linhas, cores, luz e sombra, composição. Compare essa
Há museus que oferecem explicações sobre as obras por meio de gravadores de áudio e catálogos
impressos ou complementam a exposição com painéis com frases do artista ou textos para ajudar a
situar a obra no tempo e no espaço. Não deixe de ler.
Depois que visitar um museu de arte, certamente você desejará ver outros. Crie o hábito de frequen-
tálos e proporcione essa experiência emocionante para alguém.
Você já visitou o Museu Oscar Niemeyer (MON)? Veja informações sobre a programação aqui:
• http://www.museuoscarniemeyer.org.br/
Você conhece o Museu Egípcio? Lá você ira encontrar a múmia de uma dama egípcia com cerca de
• http://www.museuoscarniemeyer.org.br/
Na sua cidade há algum museu com peças históricas que contam a história de sua cidade? Visite-o.
Você verá como é interessante descobrir como nasceu a cidade em que você vive.
1. Procure em revistas e jornais figuras que tragam animais, plantas e outros elementos naturais que
apresentem texturas visuais interessantes. Por exemplo: céu com nuvens, superfície da água com pin-
gos de chuva, pele de jacaré, penas etc.
2. Faça um desenho de inspiração na realidade com traços leves de lápis. Com lápis de cor, pinte as
superfícies, fazendo desaparecer os contornos, de modo que a definição das formas resulte das mu-
danças de cor.
4. Paul Cézanne dizia que “um pintor possui um olho e um cérebro. Os dois têm que trabalhar juntos”.
O que você acha que ele queria dizer com isso?