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UNIVERSIDADE FUMEC
FEA – Faculdade de Engenharia e Arquitetura
Belo Horizonte
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14 de outubro, 2023
UNIVERSIDADE FUMEC
FEA – Faculdade de Engenharia e Arquitetura
Belo Horizonte
14 de outubro, 2023
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Ludwig Richter faz uma distinção importante no texto entre a natureza dos estilos
artísticos e sua relação com os artistas, escolas, regiões e épocas. É essencial
entender que um estilo artístico não é apenas uma preferência estética, mas uma
manifestação complexa e multifacetada do pensamento humano. O texto sugere que a
individualidade desempenha um papel significativo na criação de um estilo artístico.
Cada artista é único, com uma perspectiva pessoal que é moldada por sua experiência,
emoções e visão de mundo. Essas influências pessoais se refletem na maneira como
eles interpretam e representam a realidade. Para exemplificar esse ponto, podemos
examinar a vida e o trabalho de artistas famosos. Por exemplo, Vincent van Gogh é
conhecido por seu estilo distintivo e expressivo, que reflete sua luta emocional e sua
conexão profunda com a natureza. Seu uso ousado de cores e pinceladas largas é uma
expressão de seu temperamento único. Da mesma forma, o estilo de Frida Kahlo é
fortemente influenciado por sua própria história pessoal, suas lutas e sua identidade
cultural mexicana. Suas obras são repletas de simbolismo e elementos autobiográficos,
tornando seu estilo inconfundível.
O Renascimento, por exemplo, marcou uma virada na história da arte, com sua
ênfase na perspectiva, na observação precisa da natureza e no retorno às influências
clássicas. Isso representou uma quebra com a estética medieval e abriu caminho para
um novo paradigma artístico. Da mesma forma, o Barroco italiano trouxe uma
abordagem mais dramática e emocional à arte, em contraste com o equilíbrio e a
harmonia do Renascimento. Artistas como Caravaggio e Bernini exploraram a
intensidade das emoções humanas e a representação teatral, criando um estilo
marcado pela exuberância.
A ideia de que o estilo artístico é uma expressão de ideais de beleza implica que
a beleza não é um conceito universal, mas sim culturalmente determinado. O que uma
sociedade considera belo pode ser muito diferente do que outra sociedade considera.
Por exemplo, a noção de beleza na arte japonesa tradicional é frequentemente
associada à simplicidade, à elegância e à harmonia. Pinturas e gravuras ukiyo-e, como
as de Hokusai, muitas vezes representam paisagens serenas, geishas e natureza. Essa
estética é uma expressão dos ideais de beleza japoneses. Em contraste, a arte barroca
europeia, como a representada por Bernini, é caracterizada pela opulência, pelo drama
e pela expressão emocional. As esculturas de Bernini, como "O Êxtase de Santa
Teresa", são um testemunho da estética barroca, que valoriza a grandiosidade e a
intensidade emocional.