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HISTÓRIA
A mais antiga teoria sobre cores que se tem notícia é de autoria do filósofo grego
Aristóteles.
Aristóteles
Aristóteles concluiu que as cores eram uma propriedade dos objectos. Assim como
peso, material, textura, eles tinham cores. E, pautado pela mágica dos números, disse
que eram em número de seis, o vermelho, o verde, azul, amarelo, branco e negro.
Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.). Filósofo grego, aluno de Platão, é considerado um dos maiores pensadores
de todos os tempos e criador do pensamento lógico.
Aristóteles prestou contribuições fundamentais em diversas áreas do conhecimento humano, destacando-se:
ética, política, física, metafísica, lógica, psicologia, poesia, retórica, zoologia, biologia, história natural.
É considerado por muitos o filósofo que mais influenciou o pensamento ocidental.
Idade média
O estudo de cores sempre foi influenciado por aspectos psicológicos e culturais. O
poeta medieval Plínio certa vez teorizou que as três cores básicas seriam o vermelho
vivo, o ametista e uma outra que chamou de conchífera. O amarelo foi excluído desta
lista por estar associado a mulheres, pois era usado no véu nupcial.
Leonardo da Vinci
Na renascença a natureza das cores foi estudada pelos artistas. Leon Battista
Alberti, um discípulo de Brunelleschi, diria que seriam quatro as mais importantes,
o vermelho, verde, azul e o cinza. Essa visão reflecte os seus gostos na tela.
Alberti é contemporâneo de Leonardo da Vinci, e teve influência sobre ele.
Leonardo da Vinci reuniu anotações para dois livros distintos e seus escritos foram
posteriormente reunidos em um só livro intitulado Tratado da pintura e da
paisagem. Ele se oporia a Aristóteles ao afirmar que a cor não era uma
propriedade dos objectos, mas da luz. Havia uma concordância ao afirmar que
todas as outras cores poderiam se formar a partir do vermelho, verde, azul e
amarelo. Afirma ainda que o branco e o preto não são cores mas extremos da luz.
Da Vinci foi o primeiro a observar que a sombra pode ser colorida, pesquisar a
visão estereoscópica e mesmo tentou construir um fotómetro.
Leonardo di ser Piero da Vinci (Anchiano, 15 de Abril (Calendário
Juliano) ou 25 de Abril (Calendário Gregoriano) de 1452 — Cloux,
Amboise, 2 de Maio de 1519) foi um pintor, escultor, arquiteto,
engenheiro, matemático, fisiólogo, químico, botânico, geólogo,
cartógrafo, físico, mecânico, escritor, poeta e músico do Renascimento
italiano. É ainda conhecido como o precursor da aviação e da balística.
É considerado um dos maiores génios da história da Humanidade,
embora não tivesse nenhuma formação na maioria dessas áreas,
como na engenharia e na arquitectura.
Isaac Newton
Newton acreditava na teoria corpuscular da luz tendo grandes desavenças com
Huygens que acreditava na teoria ondulatória. Posteriormente, provou-se que a
teoria de Newton não explicava satisfatoriamente o fenómeno da cor. Mas sua
teoria foi mais aceita devido ao seu grande reconhecimento pela gravitação. Apesar
disso, Newton fez importantes experimentos sobre a decomposição da luz com
prismas e acreditou que as cores eram devidas ao tamanho da partícula de luz.
Sir
Isaac
Newton
(Woolsthorpe,
4
de
Janeiro
de
1643
—
Londres,
31
de
Março
de
1727)
foi
um
cienAsta
inglês,
mais
reconhecido
como
Dsico
e
matemáAco,
embora
tenha
sido
também
astrónomo,
alquimista,
filósofo
natural
e
teólogo.
Sua
obra,
Philosophiae
Naturalis
Principia
Mathema3ca,
é
considerada
uma
das
mais
influentes
em
História
da
ciência.
Publicada
em
1687,
esta
obra
descreve
a
lei
da
gravitação
universal
e
as
três
leis
de
Newton,
que
fundamentaram
a
mecânica
clássica.
Século XVIII
Ainda no século XVIII, um impressor chamado Le Blon testou diversos pigmentos
até chegar aos três básicos para impressão: o vermelho, amarelo e azul.
Século XIX
No século XIX o poeta Goethe se apaixonou pela questão da cor e passou trinta
anos tentando terminar o que considerava sua obra máxima: um tratado sobre as
cores que poria abaixo a teoria de Newton.
Ele realmente descobriu aspectos que Newton ignorara sobre a fisiologia e
psicologia da cor. Observou a retenção das cores na retina, a tendência do olho
humano em ver nas bordas de uma cor complementar, notou que objectos brancos
sempre parecem maiores do que negros.
Também reinterpretou as cores, pigmentos de Le Blon, renomeando-os púrpura,
amarelo e azul claro, se aproximando com muita precisão das actuais tintas
magenta, amarelo e ciano utilizadas em impressão industrial.
Porém as observações de Goethe em nada feriam a teoria de Newton, suas
explicações para os fenómenos eram muitas vezes insatisfatórias e ele não
propunha nenhum método científico para provar suas teses. Sua publicação "A
teoria das cores" caiu em descrédito na comunidade científica, não despertou
interesse entre os artistas e era deveras complexo para leigos.
Suas observações foram resgatadas no início do século XX pelos estudiosos
da gestalt e sobre pintores modernos como Paul Klee e Kandinsky
Actualmente, o estudo da teoria das cores nas universidades se divide em três
matérias com as mesmas características que Goethe propunha para cores: a
cor física (óptica física), a cor fisiológica (óptica fisiológica) e a cor química
(óptica fisico-química).
A cor varia com 3 factores
2 A NATUREZA DO OBJECTO
3 AS CARACTERÍSTICAS PSICO-FISIOLÓGICAS
DO OBSERVADOR
1 A natureza da luz que
ilumina o objecto
TEORIAS SOBRE A LUZ
Foi Albert Einstein, usando a ideia de Max Planck, que conseguiu demonstrar que
um feixe de luz são pequenos pacotes de energia e estes são os fótons, logo,
assim foi explicado o fenómeno da emissão fotoeléctrica.
A chamada constância da cor é o fenómeno que faz com que a maioria das cores
das superfícies pareça manter aproximadamente a sua aparência mesmo quando
vistas sob iluminação muito diferente.
O sistema nervoso, a partir da radiação detectada pela retina, extrai aquilo que é
invariante sob mudanças de iluminação. Embora a radiação mude, a nossa mente
reconhece certos padrões constantes nos estímulos perceptivos, agrupando e
classificando fenómenos diferentes como se fossem iguais.
Enquanto, com uma iluminação pobre, um determinado objecto cor de laranja pode
ser visto como sendo amarelado ou avermelhado, vemos normalmente mais
facilmente com a sua cor certa, laranja, porque é um objecto de que conhecemos
perfeitamente a cor.
E, se usarmos durante algum tempo óculos com lentes que são verdes de um lado
e vermelhas do outro, depois, quando tiramos os óculos, vemos durante algum
tempo tudo esverdeado, quando olhamos para um lado, e tudo avermelhado,
quando olhamos para o outro.
2 A natureza do objecto
A cor de um material é determinada pelas médias de frequência dos pacotes de
onda que as suas moléculas constituintes reflectem. Um objecto terá determinada
cor se não absorver justamente os raios correspondentes à frequência daquela
cor.
Assim, um objecto é vermelho se absorve preferencialmente as frequências fora
do vermelho.
Ou seja, os objectos não têm cor; a cor corresponde a uma sensação interna
provocada por estímulos físicos de natureza muito diferente que dão origem à
percepção da mesma cor por um ser humano.
Não notamos, por exemplo, nenhuma diferença fundamental na cor dos objectos
familiares quando se dá uma mudança na iluminação.
Para o nosso sistema visual, as cores da pele e das caras das pessoas e as cores
dos frutos permanecem fundamentalmente invariáveis, embora seja tão difícil
conseguir que esse tipo de objecto fique com a cor certa num monitor de televisão.
3 As características
psico-fisiológicas do
observador
PERCEPÇÃO DA COR
A cor é percebida através da visão. O olho humano é capaz de perceber a cor
através dos cones (Células cones). A percepção da cor é muito importante para a
compreensão de um ambiente.
A cor é algo que nos é tão familiar que se torna para nós difícil compreender que
ela não corresponde a propriedades físicas do mundo mas sim à sua
representação interna, a nível cerebral.
O OLHO HUMANO
O olho humano é um mecanismo complexo desenvolvido para a percepção de
luz e cor. É composto basicamente por uma lente e uma superfície fotossensível
dentro de uma câmara, grosseiramente comparando a uma máquina fotográfica.
A córnea e a lente ocular formam uma lente composta cuja função é focar os
estímulos luminosos.
O interior da íris e da coróide é coberto por um pigmento preto que evita que a luz
reflectida se espalhe pelo interior dos olhos.
O interior dos olhos e coberta pela retina, uma superfície não maior que uma moeda e
da espessura de uma folha de papel.
A fóvea, no centro visual do olho, é rica em cones, um dos dois tipos de células
fotorreceptoras. O outro tipo, o bastonete, se espalha pelo resto da retina.
Os cones são responsáveis pela captação da informação luminosa vinda da luz do dia,
das cores e do contraste. Os bastonetes são adaptados à luz nocturna e à penumbra.
O MECANISMO DA VISÃO
Os raios luminosos atravessam a córnea, o cristalino, o humor aquoso e o humor vítreo
e atingem a retina. O mecanismo da visão pode ser melhor entendido, se compararmos
o globo ocular a uma câmara fotográfica: o cristalino seria a objectiva; a Íris, o
diafragma, e a retina seria a placa ou película. Desta maneira os raios luminosos, ao
penetrarem na córnea e no humor aquoso, passando pela pupila, chegam ao cristalino,
que leva a imagem mais para trás ou para frente, permitindo que ela se projecte sobre a
retina.
Os cones são distribuídos de forma desequilibrada sobre a retina. 94% são do tipo R
e G, enquanto apenas 6% são do tipo B. Esta aparente distorção é de fato uma
adaptação evolutiva. A presença de um terceiro cone é uma característica dos
primatas. Os demais mamíferos contam com apenas dois cones. Os terceiros cone
que desenvolvemos, além da mais informação sobre cores, trazem
fundamentalmente uma melhoria na percepção de contrastes. Isto trouxe aos
primatas uma vantagem competitiva na competição por alimentos e na vida nas
copas das árvores.
Daltonismo
O DALTONISMO
Também chamado de discromatopsia ou discromopsia é uma perturbação da
percepção visual caracterizada pela incapacidade de diferenciar todas ou algumas
cores, manifestando-se muitas vezes pela dificuldade em distinguir o verde do vermelho.
Esta perturbação tem normalmente origem genética, mas pode também resultar de lesão
nos órgãos responsáveis pela visão, ou de lesão de origem neurológica.
O distúrbio, que era desconhecido até o século XVIII, recebeu esse nome em
homenagem ao químico John Dalton, que foi o primeiro cientista a estudar a anomalia
de que ele mesmo era portador. Uma vez que esse problema está geneticamente
ligado ao cromossomo X, ocorre mais frequentemente entre os homens (no caso das
mulheres, será necessário que os dois cromossomas X contenham o gene anômalo).
Monocromacias,
Dicromacias e
Tricromacias Anómalas.
Apesar de existirem vários tipos de daltonismo, a grande maioria tem dificuldade
de distinguir entre o vermelho e o verde.
A grande maioria dos daltônicos podem ver bem as sombras com base no azul e
no amarelo.
A percepção das cores varia muito de uma pessoa com daltonismo para outra.
Nome Aparência
Preta
Cinza escura
Cinza
Branca
Amarela
Laranja
Vermelha
Magenta
Violeta
Roxa
Azul escura
Azul
Ciano
Verde escura
Verde médio
Verde
MAPA DE CORES
Observar que cada cor é sempre a intermediária entre as duas vizinhas e que
diametralmente opostas estão as cores complementares
Quando se fala de cor, há que distinguir entre a cor obtida aditivamente (cor luz) ou
a cor obtida subtractivamente (cor pigmento).
No primeiro caso, chamado de sistema RGB, temos os objectos que emitem luz
(monitores, televisão, Sol, etc.) em que a adição de diferentes comprimentos de onda
das cores primárias de luz Vermelho + Azul (cobalto) + Verde = Branco.
Este sistema corresponde ao "CMY" das impressoras e serve para obter cor com
pigmentos (tintas e objectos não emissores de luz). Subtraindo os três pigmentos
temos uma matiz de cor muito escura, muitas vezes confundido com o preto.
O sistema "CMYK" é utilizado pela Indústria Gráfica nos diversos processos de
impressão, como por exemplo: o Off-Set, e o processo Flexográfico, bastante usado
na impressão de etiquetas e embalagens.
O "K" da sigla "CMYK" corresponde à cor "Preto" (em inglês, "Black"), sendo que as
outras são:
Focos de luz primária combinados dois a dois geram o seguinte resultado: azul-
cobalto + vermelho = magenta; vermelho + verde = amarelo; verde + azul-cobalto =
ciano.
1. Luminosidade,
brilho, clareza
2. Tonalidade, tom,
1 tinta, matriz
3. Pureza,
3 saturação
2
CULTURA E INFLUÊNCIA
Culturas distintas podem ter diferentes significados para determinadas cores.
A cor vermelha foi utilizada no império romano, pelos nazistas e comunistas.
Usualmente é também a cor predominante utilizada em redes de alimentação
fast food. O vermelho é a cor do sangue e naturalmente provoca uma reacção
de atenção nos indivíduos.