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A cor não é senão uma sensação e não tem

nenhuma espécie de existência fora da


organização nervosa dos seres humanos.

Rood
HISTÓRIA

A mais antiga teoria sobre cores que se tem notícia é de autoria do filósofo grego
Aristóteles.

Aristóteles
Aristóteles concluiu que as cores eram uma propriedade dos objectos. Assim como
peso, material, textura, eles tinham cores. E, pautado pela mágica dos números, disse
que eram em número de seis, o vermelho, o verde, azul, amarelo, branco e negro.
Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.). Filósofo grego, aluno de Platão, é considerado um dos maiores pensadores
de todos os tempos e criador do pensamento lógico.
Aristóteles prestou contribuições fundamentais em diversas áreas do conhecimento humano, destacando-se:
ética, política, física, metafísica, lógica, psicologia, poesia, retórica, zoologia, biologia, história natural.
É considerado por muitos o filósofo que mais influenciou o pensamento ocidental.

Idade média
O estudo de cores sempre foi influenciado por aspectos psicológicos e culturais. O
poeta medieval Plínio certa vez teorizou que as três cores básicas seriam o vermelho
vivo, o ametista e uma outra que chamou de conchífera. O amarelo foi excluído desta
lista por estar associado a mulheres, pois era usado no véu nupcial.
Leonardo da Vinci

Na renascença a natureza das cores foi estudada pelos artistas. Leon Battista
Alberti, um discípulo de Brunelleschi, diria que seriam quatro as mais importantes,
o vermelho, verde, azul e o cinza. Essa visão reflecte os seus gostos na tela.
Alberti é contemporâneo de Leonardo da Vinci, e teve influência sobre ele.
Leonardo da Vinci reuniu anotações para dois livros distintos e seus escritos foram
posteriormente reunidos em um só livro intitulado Tratado da pintura e da
paisagem. Ele se oporia a Aristóteles ao afirmar que a cor não era uma
propriedade dos objectos, mas da luz. Havia uma concordância ao afirmar que
todas as outras cores poderiam se formar a partir do vermelho, verde, azul e
amarelo. Afirma ainda que o branco e o preto não são cores mas extremos da luz.
Da Vinci foi o primeiro a observar que a sombra pode ser colorida, pesquisar a
visão estereoscópica e mesmo tentou construir um fotómetro.
Leonardo di ser Piero da Vinci (Anchiano, 15 de Abril (Calendário
Juliano) ou 25 de Abril (Calendário Gregoriano) de 1452 — Cloux,
Amboise, 2 de Maio de 1519) foi um pintor, escultor, arquiteto,
engenheiro, matemático, fisiólogo, químico, botânico, geólogo,
cartógrafo, físico, mecânico, escritor, poeta e músico do Renascimento
italiano. É ainda conhecido como o precursor da aviação e da balística.
É considerado um dos maiores génios da história da Humanidade,
embora não tivesse nenhuma formação na maioria dessas áreas,
como na engenharia e na arquitectura.
Isaac Newton
Newton acreditava na teoria corpuscular da luz tendo grandes desavenças com
Huygens que acreditava na teoria ondulatória. Posteriormente, provou-se que a
teoria de Newton não explicava satisfatoriamente o fenómeno da cor. Mas sua
teoria foi mais aceita devido ao seu grande reconhecimento pela gravitação. Apesar
disso, Newton fez importantes experimentos sobre a decomposição da luz com
prismas e acreditou que as cores eram devidas ao tamanho da partícula de luz.

Sir  Isaac  Newton  (Woolsthorpe,  4  de  Janeiro  de  1643  —  Londres,  31  de  Março  de  1727)  foi  um  cienAsta  inglês,  mais  reconhecido  como  Dsico  e  matemáAco,  
embora  tenha  sido  também  astrónomo,  alquimista,  filósofo  natural  e  teólogo.  Sua  obra,  Philosophiae  Naturalis  Principia  Mathema3ca,  é  considerada  uma  das  
mais   influentes   em   História   da   ciência.   Publicada   em   1687,   esta   obra   descreve   a   lei   da   gravitação   universal   e   as   três   leis   de   Newton,   que   fundamentaram   a  
mecânica  clássica.  
Século XVIII
Ainda no século XVIII, um impressor chamado Le Blon testou diversos pigmentos
até chegar aos três básicos para impressão: o vermelho, amarelo e azul.

Século XIX
No século XIX o poeta Goethe se apaixonou pela questão da cor e passou trinta
anos tentando terminar o que considerava sua obra máxima: um tratado sobre as
cores que poria abaixo a teoria de Newton.
Ele realmente descobriu aspectos que Newton ignorara sobre a fisiologia e
psicologia da cor. Observou a retenção das cores na retina, a tendência do olho
humano em ver nas bordas de uma cor complementar, notou que objectos brancos
sempre parecem maiores do que negros.
Também reinterpretou as cores, pigmentos de Le Blon, renomeando-os púrpura,
amarelo e azul claro, se aproximando com muita precisão das actuais tintas
magenta, amarelo e ciano utilizadas em impressão industrial.
Porém as observações de Goethe em nada feriam a teoria de Newton, suas
explicações para os fenómenos eram muitas vezes insatisfatórias e ele não
propunha nenhum método científico para provar suas teses. Sua publicação "A
teoria das cores" caiu em descrédito na comunidade científica, não despertou
interesse entre os artistas e era deveras complexo para leigos.
Suas observações foram resgatadas no início do século XX pelos estudiosos
da gestalt e sobre pintores modernos como Paul Klee e Kandinsky
Actualmente, o estudo da teoria das cores nas universidades se divide em três
matérias com as mesmas características que Goethe propunha para cores: a
cor física (óptica física), a cor fisiológica (óptica fisiológica) e a cor química
(óptica fisico-química).
A cor varia com 3 factores

1 A NATUREZA DA LUZ QUE ILUMINA O OBJECTO

2 A NATUREZA DO OBJECTO

3 AS CARACTERÍSTICAS PSICO-FISIOLÓGICAS
DO OBSERVADOR
1 A natureza da luz que
ilumina o objecto
TEORIAS SOBRE A LUZ

1. PRIMEIRAS IDEIAS DOS GREGOS


No século I a.C. Lucrécio, dando continuidade às ideias dos primeiros atomistas,
escreveu que a luz solar e o seu calor eram compostos de pequenas partículas.

2. TEORIA CORPUSCULAR DA LUZ


O físico inglês Isaac Newton, em 1672, defendeu uma teoria onde se considerava
a luz como um feixe de partículas que eram emitidas por uma fonte, e que estas
atingiam o olho, e assim estimulavam a visão. A este modelo, se deu o nome de
modelo corpuscular da luz.

3. TEORIA ONDULATÓRIA DA LUZ


O físico francês Jean Bernard Léon Foucault, no século XIX, descobriu que a luz
se deslocava mais rápido no ar do que na água. O efeito contrariava a teoria
corpuscular de Newton, esta afirmava que a luz deveria ter uma velocidade maior
na água do que no ar.

James Clerk Maxwell, ainda no século XIX, provou que a velocidade de


propagação de uma onda electromagnética no espaço, equivalia à velocidade de
propagação da luz de aproximadamente 300.000 km/s.
Foi de Maxwell a afirmação:
• A luz é uma "modalidade de energia radiante" que se "propaga" através
de ondas electromagnéticas.
4. TEORIA DA DUALIDADE ONDA PARTÍCULA
No final do século XIX, a teoria que afirmava que a natureza da luz era puramente
uma onda electromagnética, (ou seja, a luz tinha um comportamento apenas
ondulatório), começou a ser questionada.

Ao se tentar teorizar a emissão fotoeléctrica, ou a emissão de electrões quando um


condutor tem sobre si a incidência de luz, a teoria ondulatória simplesmente não
conseguia explicar o fenómeno, pois entrava em franca contradição.

Foi Albert Einstein, usando a ideia de Max Planck, que conseguiu demonstrar que
um feixe de luz são pequenos pacotes de energia e estes são os fótons, logo,
assim foi explicado o fenómeno da emissão fotoeléctrica.

A confirmação da descoberta de Einstein se deu no ano de 1911, quando Arthur


Compton demonstrou que "quando um fóton colide com um electrão, ambos
comportam-se como corpos materiais."
A luz na forma como a conhecemos é uma gama de comprimentos de onda a que o
olho humano é sensível. Trata-se de uma radiação electromagnética pulsante ou num
sentido mais geral, qualquer radiação electromagnética que se situa entre as
radiações infravermelhas e as radiações ultravioletas.

As três grandezas físicas básicas da luz (e de toda a radiação electromagnética) são:

brilho (ou amplitude),

cor (ou frequência),

e polarização (ou ângulo de vibração).

Devido à dualidade onda-partícula, a luz exibe simultaneamente propriedades quer


de ondas quer de partículas.
COMPRIMENTOS DE ONDA DA LUZ VISÍVEL
A luz visível é a parte do espectro com comprimentos de onda entre cerca de 400
nanómetros (abreviando nm) e 800 nm (no ar). A luz pode também ser caracterizada
pela sua frequência.

Ondas mais curtas abrigam o ultravioleta, os raios-X e os raios gamas.

Ondas mais longas contêm o infravermelho, o calor, os microondas e as ondas de


rádio e televisão.

Cores do espectro visível


Cor Comprimento de onda Freqüência
vermelho ~ 625-740 nm ~ 480-405 THz
laranja ~ 590-625 nm ~ 510-480 THz
amarelo ~ 565-590 nm ~ 530-510 THz
verde ~ 500-565 nm ~ 600-530 THz
ciano ~ 485-500 nm ~ 620-600 THz
azul ~ 440-485 nm ~ 680-620 THz
violeta ~ 380-440 nm ~ 790-680 THz
Espectro Contínuo
A VELOCIDADE DA LUZ
De acordo com a moderna física teórica, toda radiação electromagnética,
incluindo a luz visível, se propaga no vácuo numa velocidade constante,
comummente chamada de velocidade da luz, que é uma constante da
Física, representada por c.

ALTERAÇÕES NA VELOCIDADE DA LUZ


Toda luz propaga-se a uma velocidade finita. Até mesmo observadores
em movimento medem sempre o mesmo valor de c, para a velocidade
da luz no vácuo, com c = 299.792.458 metros por segundo (1 079 252
848,8 quilómetros por hora); contudo, quando a luz atravessa alguma
substância transparente tal com o ar, água ou vidro, sofre refracção e
sua velocidade é reduzida. Assim sendo, n=1 no vácuo e n>1 na matéria.
(A luz do Sol leva 8,27 minutos para chegar a Terra)
CONSTANCIA DA COR

A chamada constância da cor é o fenómeno que faz com que a maioria das cores
das superfícies pareça manter aproximadamente a sua aparência mesmo quando
vistas sob iluminação muito diferente.

O sistema nervoso, a partir da radiação detectada pela retina, extrai aquilo que é
invariante sob mudanças de iluminação. Embora a radiação mude, a nossa mente
reconhece certos padrões constantes nos estímulos perceptivos, agrupando e
classificando fenómenos diferentes como se fossem iguais.

O que vemos não é exactamente «o que está lá fora», mas corresponde a um


modelo simplificado da realidade que é de certeza muito mais útil para a nossa
sobrevivência.

Enquanto, com uma iluminação pobre, um determinado objecto cor de laranja pode
ser visto como sendo amarelado ou avermelhado, vemos normalmente mais
facilmente com a sua cor certa, laranja, porque é um objecto de que conhecemos
perfeitamente a cor.

E, se usarmos durante algum tempo óculos com lentes que são verdes de um lado
e vermelhas do outro, depois, quando tiramos os óculos, vemos durante algum
tempo tudo esverdeado, quando olhamos para um lado, e tudo avermelhado,
quando olhamos para o outro.
2 A natureza do objecto
A cor de um material é determinada pelas médias de frequência dos pacotes de
onda que as suas moléculas constituintes reflectem. Um objecto terá determinada
cor se não absorver justamente os raios correspondentes à frequência daquela
cor.
Assim, um objecto é vermelho se absorve preferencialmente as frequências fora
do vermelho.

Ou seja, os objectos não têm cor; a cor corresponde a uma sensação interna
provocada por estímulos físicos de natureza muito diferente que dão origem à
percepção da mesma cor por um ser humano.

Não notamos, por exemplo, nenhuma diferença fundamental na cor dos objectos
familiares quando se dá uma mudança na iluminação.

Para o nosso sistema visual, as cores da pele e das caras das pessoas e as cores
dos frutos permanecem fundamentalmente invariáveis, embora seja tão difícil
conseguir que esse tipo de objecto fique com a cor certa num monitor de televisão.
3 As características
psico-fisiológicas do
observador
PERCEPÇÃO DA COR
A cor é percebida através da visão. O olho humano é capaz de perceber a cor
através dos cones (Células cones). A percepção da cor é muito importante para a
compreensão de um ambiente.

A cor é algo que nos é tão familiar que se torna para nós difícil compreender que
ela não corresponde a propriedades físicas do mundo mas sim à sua
representação interna, a nível cerebral.

O OLHO HUMANO
O olho humano é um mecanismo complexo desenvolvido para a percepção de
luz e cor. É composto basicamente por uma lente e uma superfície fotossensível
dentro de uma câmara, grosseiramente comparando a uma máquina fotográfica.

A córnea e a lente ocular formam uma lente composta cuja função é focar os
estímulos luminosos.

A íris (parte externa colorida) é fotossensível e comanda a abertura e fechamento


da pupila da mesma maneira que um obturador.

O interior da íris e da coróide é coberto por um pigmento preto que evita que a luz
reflectida se espalhe pelo interior dos olhos.
O interior dos olhos e coberta pela retina, uma superfície não maior que uma moeda e
da espessura de uma folha de papel.

Neste ponto do processo da visão, o olho deixa de se assemelhar a uma máquina


fotográfica e passa a agir mais como um scanner.

A retina é composta por milhões de células altamente especializadas que captam e


processam informação visual a ser interpretada pelo cérebro.

A fóvea, no centro visual do olho, é rica em cones, um dos dois tipos de células
fotorreceptoras. O outro tipo, o bastonete, se espalha pelo resto da retina.

Os cones são responsáveis pela captação da informação luminosa vinda da luz do dia,
das cores e do contraste. Os bastonetes são adaptados à luz nocturna e à penumbra.
O MECANISMO DA VISÃO
Os raios luminosos atravessam a córnea, o cristalino, o humor aquoso e o humor vítreo
e atingem a retina. O mecanismo da visão pode ser melhor entendido, se compararmos
o globo ocular a uma câmara fotográfica: o cristalino seria a objectiva; a Íris, o
diafragma, e a retina seria a placa ou película. Desta maneira os raios luminosos, ao
penetrarem na córnea e no humor aquoso, passando pela pupila, chegam ao cristalino,
que leva a imagem mais para trás ou para frente, permitindo que ela se projecte sobre a
retina.

Na máquina fotográfica, o meio transparente é a lente e a superfície sensível à luz, o


filme. No olho, a luz atravessa a córnea, o humor aquoso, o cristalino e o humor vítreo
e se dirige para a retina, que funciona como o filme fotográfico; a imagem formada na
retina também é invertida, como na máquina fotográfica.
O nervo óptico conduz os impulsos nervosos para o centro da visão, no cérebro, que o
interpreta e nos permite ver os objectos nas posições em que realmente se encontram.
OS TRÊS TIPOS DE CONES
Os cones se dividem em três tipos e respondem preferencialmente a comprimentos
de ondas diferentes. Temos cones sensíveis aos azuis e violetas, aos verdes e
amarelos, e aos vermelhos e laranjas. Aos primeiros se dá o nome de B (blue), aos
segundos G (green) e aos últimos R (red).

Os cones são distribuídos de forma desequilibrada sobre a retina. 94% são do tipo R
e G, enquanto apenas 6% são do tipo B. Esta aparente distorção é de fato uma
adaptação evolutiva. A presença de um terceiro cone é uma característica dos
primatas. Os demais mamíferos contam com apenas dois cones. Os terceiros cone
que desenvolvemos, além da mais informação sobre cores, trazem
fundamentalmente uma melhoria na percepção de contrastes. Isto trouxe aos
primatas uma vantagem competitiva na competição por alimentos e na vida nas
copas das árvores.
Daltonismo
O DALTONISMO
Também chamado de discromatopsia ou discromopsia é uma perturbação da
percepção visual caracterizada pela incapacidade de diferenciar todas ou algumas
cores, manifestando-se muitas vezes pela dificuldade em distinguir o verde do vermelho.
Esta perturbação tem normalmente origem genética, mas pode também resultar de lesão
nos órgãos responsáveis pela visão, ou de lesão de origem neurológica.

O distúrbio, que era desconhecido até o século XVIII, recebeu esse nome em
homenagem ao químico John Dalton, que foi o primeiro cientista a estudar a anomalia
de que ele mesmo era portador. Uma vez que esse problema está geneticamente
ligado ao cromossomo X, ocorre mais frequentemente entre os homens (no caso das
mulheres, será necessário que os dois cromossomas X contenham o gene anômalo).

John Dalton nasceu a 6 de Setembro de 1766, em Eaglesfield, na Inglaterra, e morreu a 27 de


Julho de 1844, em Manchester, também na Inglaterra.
John Dalton já aos 12 anos revelava dotes científicos especiais.
Já nessa altura ensinava Matemática aos seus primeiros alunos. Os seus alunos eram de origem
bastante pobre, mas nem por isso se viu impedido de se tornar um químico extraordinário e
famoso.
É considerado o "Pai" da Teoria Atómica sobre a qual assenta a química moderna.
Os portadores do gene anômalo apresentam dificuldade na percepção de
determinadas cores primárias, como o verde e o vermelho, o que se repercute na
percepção das restantes cores do espectro. Esta perturbação é causada por
ausência ou menor número de alguns tipos de cones ou por uma perda de função
parcial ou total destes, normalmente associada à diminuição de pigmento nos
fotoreceptores que deixam de ser capazes de processar diferencialmente a
informação luminosa de cor.
TIPOS DE DALTONISMO
Não existem níveis de Daltonismo, apenas tipos. Podemos considerar que existem
três grupos de discromatopsias:

Monocromacias,

Dicromacias e

Tricromacias Anómalas.
Apesar de existirem vários tipos de daltonismo, a grande maioria tem dificuldade
de distinguir entre o vermelho e o verde.

Grande parte dos daltônicos apresentam dificuldade em enxergar 'sombras' de


cores. Algumas cores (principalmente cores com vermelho e verde) aparecem
mais 'claras' do que o normal.

A grande maioria dos daltônicos podem ver bem o preto e o branco.

A grande maioria dos daltônicos podem ver bem as sombras com base no azul e
no amarelo.

A percepção das cores varia muito de uma pessoa com daltonismo para outra.

8% dos homens e 0.4% de mulheres apresentam algum tipo de daltonismo.


A  Cor  
A cor é um fenómeno óptico provocado pela acção de um feixe de fotões sobre
células especializadas da retina, que transmitem através de informação pré-
processada no nervo óptico, impressões para o sistema nervoso.

A cor de um material é determinada pelas médias de frequência dos pacotes de


onda que as suas moléculas constituintes reflectem. Um objecto terá determinada
cor se não absorver justamente os raios correspondentes à frequência daquela
cor.

Assim, um objecto é vermelho se absorve preferencialmente as frequências


fora do vermelho.

A cor é relacionada com os diferentes comprimentos de onda do espectro


electromagnético. São percebidas pelas pessoas, em faixa específica (zona do
visível), e por alguns animais através dos órgãos de visão, como uma sensação
que nos permite diferenciar os objectos do espaço com maior precisão.

Considerando as cores como luz, a cor branca resulta da sobreposição de todas


as cores, enquanto o preto é a ausência de luz. Uma luz branca pode ser
decomposta em todas as cores (o espectro) por meio de um prisma. Na natureza,
esta decomposição origina um arco-íris.
CÍRCULO CROMÁTICO
A cor pode ser representada utilizando um círculo cromático. Um círculo
de cor é uma maneira de representar o espectro visível de forma
circular. As cores são arrumadas em sequência em uma circunferência
na ordem da frequência espectral.
TABELA  DE  CORES  

Nome Aparência
Preta
Cinza escura
Cinza
Branca
Amarela
Laranja
Vermelha
Magenta
Violeta
Roxa
Azul escura
Azul
Ciano
Verde escura
Verde médio
Verde
MAPA DE CORES
Observar que cada cor é sempre a intermediária entre as duas vizinhas e que
diametralmente opostas estão as cores complementares
Quando se fala de cor, há que distinguir entre a cor obtida aditivamente (cor luz) ou
a cor obtida subtractivamente (cor pigmento).

No primeiro caso, chamado de sistema RGB, temos os objectos que emitem luz
(monitores, televisão, Sol, etc.) em que a adição de diferentes comprimentos de onda
das cores primárias de luz Vermelho + Azul (cobalto) + Verde = Branco.

No segundo sistema (subtractivo ou cor pigmento) iremos manchar uma superfície


sem pigmentação (branca) misturando-lhe as cores secundárias da luz (também
chamadas de primárias em artes plásticas); Ciano + Magenta + Amarelo.

Este sistema corresponde ao "CMY" das impressoras e serve para obter cor com
pigmentos (tintas e objectos não emissores de luz). Subtraindo os três pigmentos
temos uma matiz de cor muito escura, muitas vezes confundido com o preto.
O sistema "CMYK" é utilizado pela Indústria Gráfica nos diversos processos de
impressão, como por exemplo: o Off-Set, e o processo Flexográfico, bastante usado
na impressão de etiquetas e embalagens.
O "K" da sigla "CMYK" corresponde à cor "Preto" (em inglês, "Black"), sendo que as
outras são:

• C = Cyan (ciano)


• M = Magenta
• Y = Yellow (amarelo)
• K = Black (preto)

As cores primárias de luz são as mesmas secundárias de pigmento, tal como as


secundárias de luz são as primárias de pigmento. As cores primárias de pigmento
combinadas duas a duas, na mesma proporção, geram o seguinte resultado: magenta
+ amarelo = vermelho; amarelo + ciano = verde; ciano + magenta = azul-cobalto

Focos de luz primária combinados dois a dois geram o seguinte resultado: azul-
cobalto + vermelho = magenta; vermelho + verde = amarelo; verde + azul-cobalto =
ciano.
1. Luminosidade,
brilho, clareza

2. Tonalidade, tom,
1 tinta, matriz

3. Pureza,
3 saturação

2
CULTURA E INFLUÊNCIA
Culturas distintas podem ter diferentes significados para determinadas cores.
A cor vermelha foi utilizada no império romano, pelos nazistas e comunistas.
Usualmente é também a cor predominante utilizada em redes de alimentação
fast food. O vermelho é a cor do sangue e naturalmente provoca uma reacção
de atenção nos indivíduos.

Outras cores possuem significados diferentes em culturas diferentes, como por


exemplo o luto.

A COR, elemento indissociável do nosso quotidiano, exerce especial


importância sobretudo nas Artes Visuais.

Na Pintura, Escultura, Arquitectura, Moda, Cerâmica, Artes Gráficas,


Fotografia, Cinema, Espectáculo etc, ela é geradora de emoções e sensações.
A cor tem vida em si mesma e sempre atraiu e causou no ser humano de
todas as épocas, predilecção por determinadas harmonias de acordo
especialmente com factores de civilização, evolução do gosto e especialmente
pelas influências e directrizes que a arte marca.

Através da teoria da cor, do uso de várias gamas cromáticas, da sua aplicação


e experimentação práticas, irão ser ministrados conhecimentos que lhe
permitirão descobrir e explorar por si mesmo o mundo extraordinário da
"HARMONIA DAS CORES" e passar a exprimir-se com maior segurança
através do cromatismo.
PSICOLOGIA DAS CORES
Na cultura ocidental, as cores podem ter alguns significados, alguns estudiosos
afirmam que podem provocar lembranças e sensações às pessoas.
• Cinza: elegância, humildade, respeito, reverência, subtileza;
• Vermelho: paixão, força, energia, amor, velocidade, liderança, masculinidade,
alegria (China), perigo, fogo, raiva, revolução, "pare";
• Azul: harmonia, confidência, conservadorismo, austeridade, monotonia,
dependência, tecnologia;
• Ciano: tranquilidade, paz, sossego, limpeza, frescor;
• Verde: natureza, primavera, fertilidade, juventude, desenvolvimento, riqueza,
dinheiro (Estados Unidos), boa sorte, ciúme, ganância;
• Amarelo: concentração, optimismo, alegria, felicidade, idealismo, riqueza
(ouro), fraqueza;
• Magenta: luxúria, sofisticação, sensualidade, feminilidade, desejo;
• Violeta: espiritualidade, criatividade, realeza, sabedoria, resplandecência;
• Alaranjado: energia, criatividade, equilíbrio, entusiasmo, ludismo;
• Branco: pureza, inocência, reverência, paz, simplicidade, esterilidade,
rendição;
• Preto: poder, modernidade, sofisticação, formalidade, morte, medo,
anonimato, raiva, mistério;
• Castanho: sólido, seguro, calmo, natureza, rústico, estabilidade, estagnação,
peso, aspereza.
O conteúdo é basicamente a teoria de Newton acrescida de observações modernas
sobre ondas. Os estudos de Goethe ainda podem ser encontrados em livros de
psicologia, arte e mesmo livros infanto-juvenis que apresentam ilusões de óptica.
A cor na cidade
Jaisalmer
Toledo
A cor nos edifícios
A CONSCIÊNCIA SOBRE AS CORES SEMPRE ESTEVE
PRESENTE NO HUMANO, DESDE O TEMPO QUE ELE
ANDAVA EM UM UNIVERSO VERDE ATENTO PARA UM
ALERTA VERMELHO, FOSSE FRUTA, ANIMAL FERIDO
OU FÊMEA NO CIO.

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