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Energia Fotovoltaica e Cidades

Sustentáveis

Prof. Rodrigo Arruda Felício Ferreira, Dr. Eng.


rodrigo.ferreira@ifsudestemg.edu.br
Parte I

Cidades Sustentáveis, Cidades Inteligentes

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Transformando Nosso Mundo

O que é desenvolvimento sustentável?

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Agenda 2030

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Agenda 2030

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Agenda 2030

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Agenda 2030

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Agenda 2030

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Cidade Sustentável

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Cidade Sustentável
• Redução na produção de resíduos sólidos e incentivo à reciclagem;

• Uso racional de água potável, uso direto de recurso pluvial e reuso de


água cinza;

• Otimização e incentivo na utilização do transporte público e meios não


poluentes de transporte;

• Incentivo à criação/conservação de áreas verdes, hortas urbanas e jardins


verticais;

• Uso de energias renováveis;

• O uso de ferramentas de TI.

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Cidade Inteligente

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Cidade Inteligente
• A aplicação de uma ampla gama de tecnologias eletrônicas e digitais para
comunidades e cidades;

• O uso de ferramentas de TI para transformar ambientes de vida e trabalho


na região;

• Conexão de sistemas utilizando IoT e utilização de computação em nuvem


(Big Data);

• Adaptação de serviços em tempo real;

• Uso de energias renováveis.

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Interseção
Energias Renováveis

Cidades Cidades
Sustentáveis Inteligentes

TI

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Aplicações

1. Casas inteligentes

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Aplicações

2. ZEB – Edifícios com autonomia energética

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Aplicações

3. Microrredes

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Parte II

Energia Solar Fotovoltaica

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Potencial solar no Brasil

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Potencial solar no Brasil

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Potencial solar no Brasil
Os sistemas de energia baseado em geração fotovoltaica (FV) são
interessantes para regiões urbanizadas, pois:

• Se integram à construção;

• São de rápida instalação;

• Cobrem uma ampla faixa de potência devido à sua modularidade.

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"O Brasil é uma enorme oportunidade em
geração solar. As tarifas (de energia) estão
muito altas, a radiação solar é muito forte e o
mercado é praticamente inexplorado“
Henrique Loyola, SolarGrid

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Panorama de geração fotovoltaica

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Panorama de geração fotovoltaica

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Panorama de geração fotovoltaica

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Energia solar fotovoltaica
Efeito fotovoltaico

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Energia solar fotovoltaica
Célula fotovoltaica

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Energia solar fotovoltaica
‘Placa’ fotovoltaica

Placa?

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Energia solar fotovoltaica
Opa, alguém disse PLACA?

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Energia solar fotovoltaica
Corrigindo: Módulo fotovoltaico

Módulo!

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Energia solar fotovoltaica
Arranjo fotovoltaico

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Energia solar fotovoltaica

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Sistemas de geração fotovoltaicos
Os sistemas FV podem ser classificados em:

• SFVI – Sistemas Fotovoltaicos Isolados

• SFVCR – Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede

• Sistemas mistos

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SFVI

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SFVI

Farol da Ilha do Arvoredo (SC)

Painel (p-Si) - 13 kWp

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SFVI

Posto de Energia Solar (UFSC)


(Motocicleta Elétrica)
➔ Painel – módulos flexíveis (a-Si) - 6 x 64Wp
➔ Controlador de carga
➔ 8 baterias estacionárias 12V/220 Ah

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SFVI

Sistemas fotovoltaicos isolados não possuem muitas aplicações


quando se trata de centros urbanos:

• Proximidade com a rede elétrica;

• Falta de energia: cada vez menos e com menor duração;

• Custo elevado em função das baterias.

Rede → “Bateria”

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SFVCR

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SFVCR

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SFVCR

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SFVCR

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Dimensionamento
A potência do arranjo fotovoltaico pode ser obtida por meio da equação:

𝐸. 𝐺𝑆𝑇𝐶
𝑃𝐹𝑉 =
𝐻𝑇𝑂𝑇 . 𝑃𝑅

onde:
PFV Potência pico do painel fotovoltaico (kWp)
E Energia consumida diariamente pelas cargas (kWh/dia)
GSTC Irradiância de referência (1 kW/m²)
HTOT Irradiação diária no plano dos módulos (kWh/m².dia)
PR Performance Ratio – Taxa de Desempenho (adimensional)

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Dimensionamento
Antes da mais nada...

Irradiância x Irradiação

Radiação instantânea Irradiância x Unidade de tempo


(W/m2) (Wh/m2)
Potência Energia

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Dimensionamento
Energia consumida (E)

Toma-se a média da energia mensal e divide-se o resultado por 30.

Exemplo

1805 150,4
𝐸= = ≅ 5 𝑘𝑊ℎ/𝑑𝑖𝑎
12 30

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Dimensionamento
Porém, de acordo com a Norma 414 de 2011 (ANEEL)

1805 150,4 − 30
𝐸= = ≅ 4 𝑘𝑊ℎ/𝑑𝑖𝑎 -25%
12 30

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Dimensionamento
Estimativa de irradiação no plano do módulo (HTOT)

Há diversas formas de se realizar a estimativa da irradiação média diária no


plano do módulo FV:

• Atlas Solarimétrico
(http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=sundata)
• Dados de Piranômetros
• Radiasol
• PVsyst

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Dimensionamento

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Dimensionamento
Taxa de Desempenho (PR) – Engloba todas as perdas do sistema FV:

• Temperatura: 0,95 – 0,85 (a-Si / c-SI)


• Desvio de Potência nominal: 1,05 – 0,95
• Sujeira: 0,99 – 0,80
• Mismatching: 0,99 – 0,95
• Perdas ôhmicas: 0,99 – 0,95
• Sombreamento: 1,0 – 0,0
• Inversor: 0,98 – 0,95

• Taxa de desempenho sem sombreamento: (~ 0,90% - 70%)


• Taxa de desempenho típica ~ 75%

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Dimensionamento
Continuando o exemplo, a potência do arranjo fotovoltaico será:

𝐸. 𝐺𝑆𝑇𝐶 4×1
𝑃𝐹𝑉 = = = 1,18 𝑘𝑊𝑝
𝐻𝑇𝑂𝑇 . 𝑃𝑅 4,55 × 0,75

Poderiam ser utilizados, 4 módulos de 295 Wp cada.

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Dimensionamento
Um método rápido para determinar o valor aproximado da potência do
arranjo em um projeto se baseia na avaliação do yield do sistema:

𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 (𝑘𝑊ℎ)


𝑌𝐼𝐸𝐿𝐷 =
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑎𝑟𝑟𝑎𝑛𝑗𝑜 (𝑘𝑊𝑝)

Para o Brasil, o valor típico é de 100.

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Dimensionamento
Deste modo, utilizando o valor típico do yield, o consumo médio mensal e o
tipo de instalação, é possível estimar PFV. Por exemplo:

Uma família em JF deseja instalar um sistema FV em casa. O consumo médio


mensal é de 400 kWh e a instalação é do tipo trifásica. A potência estimada é,
portanto, 3 kWp.

400−100
30
Verificando → 𝑃𝐹𝑉 = = 2,93 𝑘𝑊𝑝
4,55×0,75

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Dimensionamento
• O número de módulos depende da potência de cada módulo utilizado.

• A tensão de saída de cada módulo varia de 25 V a 60 V.

• Módulos são ligados, usualmente, em série (aumento de tensão)


formando uma string.

• Eventualmente, para atingir a potência dimensionada, são combinadas


strings paralelo (aumento de corrente).

• A partir da potência do arranjo, dimensiona-se o inversor, responsável por


converter a energia gerada em CC para injeção na rede CA.

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Orientação e inclinação

• Otimização para SFVI: θ = Latitude local + (10° ~ 15°)


• Otimização para SFVCR: θ = Latitude Local

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Orientação e inclinação
Regra geral para o arranjo:

1. Orientado para o norte;

2. Latitute local.

• Vale a pena instalar uma estrutura para seguir a regra geral?

• Qual a perda na geração caso sejam utilizadas diferentes orientações e


inclinações?

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Ábacos de Irradiação
Diagramas que apresentam a irradiação total recebida pelo arranjo em
diferentes inclinações e orientações em relação à irradiação ótima.

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Ábacos de Irradiação

DOS SANTOS, Ísis Portolan et al. Ábacos para análise simplificada de orientação e inclinação de sistemas solares fotovoltaicos
integrados a edificações. In: Anais IV Congresso Brasileiro de Energia Solar e V Conferencia Latino Americana da ISES–ABENS. São
Paulo. 2012.

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BAPV x BIPV
BAPV (Building-Applied Photovoltaic System)
• Módulos FV instalados sobre a edificação, com características diferentes
da edificação (orientação e inclinação)
• Retrofit
• Não substitui o material de vedação
• Instalação em coberturas

BIPV (Building-Integrated Photovoltaic System)


• Módulos FV integrados arquitetonicamente, com as mesmas
características da edificação (orientação e inclinação)
• Pode substituir o material de vedação
• Coberturas, fachadas, brises , etc.

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BAPV em coberturas

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BAPV em coberturas

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BIPV
Tipos de integração arquitetônica

a) Integrado no telhado
b) Sobreposto ao telhado
c) Aplicação em sheds
d) Parede/cobertura curva
e) Átrio
f) Fachada
g) Fachada com janelas
h) Brises
i) Fachada inclinada com janelas

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BIPV

Renovação da “Palmenhouse”
Munique – Alemanha
306 módulos com 35% de
transparência – 27 kWp

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BIPV
Cidade solar Sonnenschiff, em
Freiburg, Alemanha.
1/3 da energia é consumida
2/3 da energia é vendida

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BIPV

Municipality centre
Ludesch/Austria – 2006
120 módulos – 350 m²
19,08 kWp

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BIPV

Edifício na China
6,68 MWp

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BIPV

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BIPV

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BIPV

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Silício Cristalino

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Filmes finos

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Conclusões
• Fontes de energia renovável são elementos essenciais no desenvolvimento
sustentável.

• Cidades sustentáveis

• Cidades inteligentes

• Interseção dos conceitos

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Conclusões
• Geração distribuída se apresenta como forma mais confiável e eficiente.

• Energia Fotovoltaica é uma excelente opção para geração distribuída.

➢ Modular, custos decrescentes, integrado à edificação e de rápida


instalação.

➢ Ótimas perspectivas de mercado e aumento dos incentivos fiscais.

➢ Questões pouco exploradas: dimensionamento, segurança,


degradação, manutenção... → Áreas de atuação profissional e
acadêmica!

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Dúvidas?

E-mail: rodrigo.ferreira@ifsudestemg.edu.br

Telefones: 4009 3076

99984 9699

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OBRIGADO!

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