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AVALIAÇÃO DE

ACELERADORES
E GARGALOS DOS
ODS

United Nations Development Programme


AVALIAÇÃO DE
ACELERADORES
E GARGALOS DOS
ODS
Agradecimentos
A ferramenta de Avaliação de Aceleradores e Gargalos dos ODS foi desenvolvida sob a orien-
tação geral de Nik Sekhran e Babatunde Omilola, do Cluster de Desenvolvimento Sustentável,
Bureau de Políticas e Apoio a Programas do PNUD. Devika Iyer e Almudena Fernandez lideraram
o desenvolvimento dessa ferramenta. A ferramenta se baseia na metodologia COMBOS, desen-
volvida pelo Escritório Regional do PNUD para a América Latina e o Caribe e pelo Marco de
Aceleração dos ODM da ONU. A ferramenta se beneficiou muito dos valiosos comentários feitos
pelos seguintes revisores do PNUD: Pedro Conceição, Rosemary Kalapurakal, Alejandro Pacheco,
Kenroy Roach, Nathalie Bouche, Gonzalo Pizarro, Renata Rubian, Craig Hawke, Anne Marie Sloth
Carlsen e Tasneem Mirza. Khin Khin Kyaw forneceu suporte operacional crucial.

Este é um documento vivo que será aprimorado com feedback e lições aprendidas dos esforços
contínuos para apoiar a implementação dos ODS.

© Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, 2017

O PNUD faz parcerias com pessoas de todos os níveis da sociedade para ajudar a construir na-
ções que possam resistir a crises, e impulsionar e sustentar o tipo de crescimento que melhora
a qualidade de vida de todos. Atuando em quase 170 países e territórios, o programa uma pers-
pectiva global e visão local para ajudar a capacitar vidas e construir nações resilientes.

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

One United Nations Plaza

New York, NY 10017, USA

http://www.undp.org/

Editor: Lance Garmer

Design da capa: Wenceslao Almazan

Design, layout e produção: Kimberly Koserowski, First Kiss Creative LLC


Sumário

Introdução 5

Metodologia de ABA dos ODS e a Teoria da Mudança 9

Etapa 1: Identificação de aceleradores e impulsionadores


que permitam o progresso em vários ODS 11

Etapa 2: Identificação e priorização de intervenções que impulsionem


o progresso nos aceleradores 20

Etapa 3: Identificação e priorização de gargalos para a aceleração 28

Etapa 4: Identificação e priorização de soluções para os gargalos 34

Etapa 5: Preparação de um Pacto de aceleração dos ODS 39

Glossário de termos 53

Anexo 1: Classificação de metas dos ODS 56

Anexo 2: Lista de intervenções 65

Anexo 3: Perguntas para ajudar a identificar e priorizar gargalos 72

Anexo 4: Critérios para ajudar a identificar e priorizar as soluções para gargalos 83

Anexo 5: Principais fontes de dados para os ODS 85


AVALIAÇÃO DE ACELERADORES
E GARGALOS DOS ODS:
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
A adoção da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, em setembro de 2015, foi um
momento crucial na articulação de uma nova visão coletiva para o desenvolvimento. A Agenda
– um plano de ação para pessoas, planeta, prosperidade, paz e parceria – define uma visão com
a meta de reduzir a pobreza, alcançar o desenvolvimento sustentável e não deixar ninguém para
trás. Em seu cerne está o conjunto integrado e indivisível de 17 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) e 169 metas, que equilibram as três dimensões do desenvolvimento susten-
tável – econômica, social e ambiental –, e se aplicam a todos os países, ao mesmo tempo que
buscam desenvolver os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e completar o que eles
não puderam alcançar.

A amplitude da Agenda 2030 implica, mais do que nunca, a necessidade de ir além dos silos
e adotar uma abordagem integrada às intervenções de desenvolvimento. Conforme afirma o
parágrafo final do Preâmbulo da Declaração da Agenda 2030: “As interligações e a natureza in-
tegrada dos ODS são de importância crucial para garantir que o objetivo da nova Agenda seja
alcançado”.

Figura 1 – Interligações e natureza integrada dos ODS


Fonte: Documento de Trabalho nº 141 da DESA.1

1
“The SDGs as a network of targets,” de David Le Blanc, “Towards integration at last?”, Documento de Trabalho nº 141
da DESA ST/ ESA/2015/DWP/141
Quando a implementação dos ODM estava em andamento, as questões eram: quais são os ob-
jetivos que estão mais atrasados; quais são as lacunas e como podemos preenchê-las? Com os
ODS, a questão é: Quais são as ações que nos ajudarão a progredir mais rapidamente em uma
gama mais ampla de metas interligadas? A análise de lacunas pode contribuir, mas conhecimen-
tos específicos de cada setor sobre cada uma das metas ainda são necessários. Não obstante,
abordar a questão requer pensar nas conexões e sinergias entre as metas, destacar como a ação
em uma área atrai dividendos em outras, e quais são os impasses.

No entanto, nem sempre são obtidos dividendos, apesar das medidas tomadas. Alguns fatores
ou “gargalos” podem impedir o progresso pretendido pela ação. Os países precisariam identifi-
car soluções para lidar com esses gargalos, o que ajudaria a acelerar o progresso em direção às
prioridades nacionais de desenvolvimento e aos ODS.

A ferramenta de avaliação de aceleradores e gargalos dos ODS


O PNUD desenvolveu a ferramenta de avaliação e aceleradores e gargalos dos ODS (Accelera-
tor and Bottleneck Assessment, ABA) como uma forma de apoiar os países na identificação de
políticas catalíticas e/ou áreas programáticas (“aceleradores”) que podem acionar efeitos mul-
tiplicadores positivos nos ODS e nas metas, bem como soluções para gargalos que impedem
o desempenho ideal das intervenções que propiciam os aceleradores identificados.2 A ABA se
baseia na metodologia do Marco de Aceleração dos ODM (MDG Acceleration Framework, MAF)
6
e sua aplicação em 60 países. Também é informada pela metodologia COMBOS, desenvolvida
pelo Escritório Regional do PNUD para a América Latina e o Caribe, que tem sido amplamente
aplicada aos países da região.3

2
Há diversas ferramentas e orientações oferecidas pelo Sistema das Nações Unidas para apoiar os países em seus
esforços de aceleração dos ODS. As Ferramentas de Aceleração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável,
desenvolvidas pelo Grupo de Desenvolvimento das Nações Unidas, fornecem um compêndio de diagnósticos,
metodologias e orientações em nível sistêmico, para entender sinergias e impasses e identificar e desfazer gargalos
Introdução

para estratégias, priorização e aceleração do progresso.

3
Ver Capítulo 7.3 “Definição de grupos de metas como estratégia para abordar a Agenda 2030”. Relatório Regional
de Desenvolvimento Humano para a América Latina e o Caribe. Progresso multidimensional: bem-estar além da
renda. PNUD, 2016.
Metodologia
A ABA fornece um processo sistemático em cinco etapas:

Identificação de “aceleradores” e impulsionadores que permitam o progresso nos ODS


Etapa 1

Identificação e priorização de intervenções que impulsionem o progresso


nos aceleradores
Etapa 2

Identificação e priorização de gargalos para a aceleração


Etapa 3

Identificação e priorização de soluções para os gargalos


Etapa 4

Elaboração de um plano de implementação e monitoramento das soluções


para os gargalos
Etapa 5
7

Figura 2 – Cinco etapas do processo sistemático da ABA

Etapa 1: Identificação de “aceleradores” e impulsionadores que permitam o progresso nos


ODS. Esta etapa ajuda a identificar aceleradores – políticas de desenvolvimento e/ou áreas pro-
gramáticas – com potencial de acelerar o progresso nos ODS e nas metas de desenvolvimento
nacional, bem como os impulsionadores correspondentes que possibilitarão seu progresso.

Etapa 2: Identificação e priorização de intervenções que impulsionem o progresso nos


aceleradores. Esta fase permite aos usuários identificar uma lista abrangente de intervenções
críticas para a abordagem de cada impulsionador do acelerador identificado na Etapa 1, avaliar
as intervenções com base em seu potencial de impacto nos impulsionadores e no ambiente
propício e priorizar intervenções com base nos critérios aplicados.

Etapa 3: Identificação e priorização de gargalos para a aceleração. Nesta etapa, os usuários


identificam e priorizam fatores que possam impedir ou prejudicar uma intervenção e, portanto,
um acelerador, ao agilizar o progresso rumo ao desenvolvimento sustentável.

Etapa 4: Identificação e priorização de soluções para os gargalos. É a fase em que os usuá-


rios identificam e priorizam soluções para resolver os gargalos priorizados na Etapa 3. Uma solu-
ção de gargalo é uma ação que tem impacto significativo na resolução de um gargalo.
Etapa 5: Elaboração de um plano de implementação e monitoramento das soluções para
os gargalos, ou seja, um Pacto de Aceleração dos ODS. Esta etapa permite ao país criar um
plano de implementação para as soluções de gargalos identificadas na Etapa 4. Isso inclui as fun-
ções de parceiros identificados, além de uma matriz de responsabilidades, um plano de recursos
e um scorecard de implementação.

Público-alvo
A ABA é destinada a duas categorias principais de usuários: (1) grupos de trabalho especializa-
dos dentro de um país, compostos por funcionários do ministério, representantes da Organiza-
ção da Sociedade Civil (OSC) e do setor privado, representantes da ONU e parceiros de desen-
volvimento; e (2) especialistas técnicos da Equipe Nacional da ONU (UNCT) e outros parceiros
que possam, mediante demanda do governo, apoiar diretamente seu trabalho de preparação e
análise.

8
Introdução
METODOLOGIA ABA DOS ODS
B
E A TEORIA DA MUDANÇA
Metodologia ABA dos ODS e a Teoria da Mudança
Uma teoria da mudança4 é uma metodologia baseada em resultados, que aplica pensamento
crítico e análise à elaboração, à implementação e ao monitoramento de atividades que preten-
dem apoiar a mudança.5

A teoria da mudança proposta nesta ferramenta (ver Figura 2) concentra-se em como a identifi-
cação de aceleradores, das intervenções que favorecem esses aceleradores, dos obstáculos que
impedem o progresso das intervenções e das soluções para lidar com esses gargalos aumenta
a capacidade de um país de priorizar ações para alcançar os ODS; e como isso, por sua vez,
possibilita o progresso nos ODS e nos objetivos nacionais de desenvolvimento. Cada atividade
destacada na teoria da mudança é detalhada nos capítulos subsequentes.

Figura 2 – Teoria da mudança proposta na ferramenta ABA

10
Metodologia ABA dos ODS e a Teoria da Mudança

4
Teoria da mudança: Embora não exista uma metodologia prescrita para a implementação de uma teoria da
mudança, ela normalmente compreenderá os seguintes elementos: análise do contexto das ações planejadas,
incluindo condições econômicas, sociais, políticas e ambientais; definição da mudança em longo prazo que as ações
pretendem alcançar; identificação da via causal/sequência de mudança para alcançar a mudança de longo prazo
pretendida; e uma matriz/diagrama e resumo narrativo que capture a teoria da mudança.

5
Vogel, I. (2012). Review of the Use of ‘Theory of Change’ in International Development. DFID
ETAPA 1:
IDENTIFICAÇÃO DE ACELERADORES E
IMPULSIONADORES QUE PERMITAM B

O PROGRESSO EM VÁRIOS ODS


Etapa 1: Identificação de aceleradores e
impulsionadores que permitam o progresso
em vários ODS
Resumo
A Etapa 1 ajuda a identificar aceleradores – políticas de desenvolvimento e/ou áreas programá-
ticas que irão acelerar o progresso rumo a uma prioridade nacional predefinida e para todos
os ODS, em contextos nacionais específicos. A metodologia para identificar aceleradores é, em
grande parte, derivada da ferramenta COMBOS. Existem várias maneiras pelas quais os usuários
podem identificar aceleradores: examinar, analisar e discutir as metas/prioridades nacionais de
desenvolvimento existentes, conforme estabelece o documento de Plano Nacional de Desen-
volvimento ou Visão; e/ou a partir de áreas que estejam atrasadas, por meio da análise do mais
recente relatório de país dos ODM ou do relatório de país dos ODS, se disponível. É provável que
esses documentos de país capturem as questões mais prementes, ajudando, assim, a progredir
com base no que existe. A consideração das necessidades dos que ficaram para trás é primordial
na identificação de aceleradores. Esta etapa também ajuda a identificar os impulsionadores que
permitem o progresso do acelerador. É importante que os aceleradores e os impulsionadores
12 associados surjam por meio de consultas com o governo e outros atores relevantes nos níveis
nacional e local.
Etapa 1: Identificação de aceleradores e impulsionadores

Produtos

1. Um conjunto de aceleradores

2. Um conjunto de impulsionadores principais para cada acelerador, que permita o progresso


no acelerador identificado

3. Perfil da contribuição dos aceleradores entre as metas dos ODS e equilíbrio entre as três di-
mensões do desenvolvimento sustentável
que permitam o progresso nos ODS

Metodologia
Identificação de aceleradores e impulsionadores

Os usuários podem revisar o plano de desenvolvimento nacional ou o documento de visão de


um país para determinar suas prioridades nacionais e a maneira como se vinculam aos ODS.
Isso feito, os usuários devem definir quais aceleradores possibilitariam o progresso nessas prio-
ridades, bem como nos ODS. Por exemplo, se um país listou uma de suas prioridades de desen-
volvimento nacional como preservação e gestão sustentável do meio ambiente, um acelerador
que possibilitaria o progresso nessa prioridade de desenvolvimento e em outras, bem como nos
ODS, poderia ser “promover uma transição para a energia renovável”.
Outro possível ponto de partida na definição de aceleradores poderia ser a identificação de áreas
com atraso. Essas informações podem ser coletadas por meio da revisão do plano de desenvol-
vimento nacional de um país, de planos setoriais relevantes ou do relatório dos ODS (se dispo-
nível). O relatório mais recente dos ODM também pode ser revisado. Por exemplo, o relatório
dos ODM de 2013 da Namíbia mostra que a permanência até a 8ª série não pode ser alcançada
se as tendências atuais continuarem, com a taxa de permanência até a 7ª série chegando a 86%
em 2012.6 Assim, neste caso, melhorar o ensino primário pode ser considerado um acelerador.
A razão para isso não é apenas que a educação primária é uma área com atraso, mas também
que as conquistas nessa área podem desencadear o progresso em vários ODS. Uma área-chave
que está atrasada em muitos países é a igualdade de gênero.7 Evidências de países mostram
que os investimentos que promovem a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres
resultam em crescimento mais rápido, sustentável e inclusivo. Ao capacitar economicamente
as mulheres, por meio da educação e do emprego, os obstáculos desaparecem não só para as
mulheres, mas também para comunidades inteiras.

Esse efeito multiplicador que resulta do empoderamento das mulheres pode gerar um grande
crescimento econômico para os países, se for adequadamente aproveitado. Assim, a igualdade
de gênero e o empoderamento das mulheres poderiam ser uma área clara para investimento, a
fim de acelerar o progresso nos ODS.

Os usuários também podem identificar aceleradores que se baseiem na consideração das neces-
sidades daqueles que foram tradicionalmente marginalizados, inclusive jovens, povos indígenas
e pessoas com deficiências. Por exemplo, em países onde o emprego juvenil está abaixo das 13
taxas gerais de emprego, o acelerador pode ser aumentar as taxas de emprego dos jovens.

Ao identificar aceleradores, os usuários devem certificar-se de que esses sejam específicos o


suficiente para que a identificação dos principais impulsionadores, que permitem o progresso
no acelerador selecionado, seja viável. Um acelerador muito amplo geraria uma lista interminá-
vel de impulsionadores, o que dificultaria a priorização. Por exemplo, os impulsionadores que
impedem o progresso em um acelerador amplo e abrangente, como melhorar os resultados
de saúde, são numerosos. Um acelerador mais adequado poderia ser “melhorar a prestação de
serviços de saúde nas áreas rurais”.

Depois de escolhidos os aceleradores, o próximo estágio é identificar os principais desafios que


impedem o progresso em cada acelerador. Esses desafios podem ser regionais/territoriais, eco-
nômicos, socioculturais, políticos e/ou ambientais e podem resultar de questões legais, políticas,
institucionais e/ou de capacidade. A identificação dos principais desafios requer que os enfren-
tamentos tenham impacto sobre o acelerador e, em particular, beneficiem os mais marginaliza-
dos.

A Figura 3 destaca um exemplo dos principais desafios que um país enfrenta para o progresso
em direção ao acelerador identificado – permitindo empreendedorismo e inovação.

6
Governo da República da Namíbia. (2013). Relatório Intermediário de Progresso dos Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio da Namíbia.

Organização das Nações Unidas. (2015). Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
7
Figura 3 – Exemplo de acelerador e dos desafios correspondentes para alcançar a prioridade
nacional de desenvolvimento da Prosperidade Sustentável
14 Depois que os usuários identificarem os principais desafios que impedem o progresso em um
acelerador, a próxima etapa é identificar os impulsionadores que permitirão o progresso no
acelerador. Os impulsionadores estão ligados aos principais desafios identificados por um país.
Por exemplo, se sistemas de ensino não equipados para promover o empreendedorismo fo-
Etapa 1: Identificação de aceleradores e impulsionadores

rem identificados como um desafio-chave que impede o progresso no empreendedorismo e


na inovação (o acelerador), então o impulsionador que permite o progresso no acelerador seria
o empreendedorismo integrado à educação. A Figura 4 mostra um exemplo em que um país
identificou impulsionadores que possibilitariam o progresso no acelerador identificado, aprimo-
rando o empreendedorismo e a inovação.
que permitam o progresso nos ODS

Figura 4 – Exemplo de acelerador e impulsionadores


Garantir que aceleradores e impulsionadores tenham efeitos
multiplicadores nos ODS
Os aceleradores, por natureza, devem não apenas possibilitar o progresso das metas dos ODS
diretamente associados a eles, mas também desencadear efeitos multiplicadores positivos nos
ODS. Os usuários precisariam avaliar o acelerador em relação às metas dos ODS para ponderar
se ele contribui para várias metas– o que necessitaria considerar os impulsionadores associados.
O modelo na Figura 4 permite a avaliação dos aceleradores. Uma lista completa das metas dos
ODS, classificadas de acordo com as dimensões econômica, social e ambiental do desenvolvi-
mento sustentável, está disponível no Anexo 1.

15

Figura 5 – Modelo para avaliar a contribuição do acelerador pra as metas dos ODS e equilibrar as
três dimensões do desenvolvimento sustentável
Além de ajudar a avaliar a contribuição de um acelerador para várias metas dos ODS, o modelo
também pode auxiliar na avaliação do equilíbrio geral entre as três dimensões do desenvolvi-
mento sustentável.

O acelerador que possibilita o empreendedorismo e a inovação, por exemplo, foi identificado


pelos usuários como uma contribuição direta positiva para as metas dos ODS4.4 e 8.2 (ver Figura
4). O acelerador abrange as dimensões social e econômica do desenvolvimento sustentável. A
Meta 4.4 dos ODS tem alcance social; e a Meta 8.2 dos ODS tem como fim o aspecto econômico.

Os usuários então preencheriam um modelo de perfil do acelerador, mapeando a contribuição


de um acelerador em vários ODS e avaliando o equilíbrio geral entre as três dimensões do de-
senvolvimento sustentável (ver Figura 6) para detectar quais aceleradores contribuem direta-
mente com as metas dos ODS e equilibram as três dimensões do desenvolvimento sustentável.
Figura 6 – Modelo de perfil do acelerador para avaliar a contribuição em várias metas dos ODS
para promover equilíbrio entre as três dimensões do desenvolvimento sustentável
* Os aceleradores e os números são ilustrativos e variam de acordo com o contexto de país.

Processos para auxiliar na identificação de aceleradores, desafios


associados e impulsionadores de progresso
Dois processos principais devem ser seguidos para ajudar na identificação de aceleradores, dos
16 desafios associados e dos impulsionadores que permitem o progresso nos aceleradores: 1) aná-
lise quantitativa; e 2) diálogo social.8

Análise quantitativa – A análise quantitativa pode auxiliar no diagnóstico de um desafio de


desenvolvimento e ajudar a identificar as áreas políticas/programáticas e as populações que de-
Etapa 1: Identificação de aceleradores e impulsionadores

vem ser priorizadas. A disponibilidade de dados é fundamental para determinar o nível de deta-
lhe e a complexidade da análise. A disponibilidade de dados desagregados por área geográfica
e por outros indicadores socioeconômicos é fundamental para conduzir a análise. Levantamen-
tos, bancos de dados e relatórios de diagnóstico disponíveis podem ajudar a identificar proble-
mas de desenvolvimento e, portanto, sinalizar possíveis prioridades. Os levantamentos podem
incluir: Análises de Clusters com Vários Indicadores que foram importante fonte de dados sobre
os indicadores dos ODM; Levantamentos Demográficos e de Saúde que forneçam dados acerca
de áreas de população, saúde e nutrição; Levantamentos de Medição de Padrão de Vida que for-
que permitam o progresso nos ODS

neçam dados sobre pobreza de renda, educação e saúde; e Levantamentos de Força de Trabalho
que forneçam informações concernentes a emprego e desemprego e a respeito de educação
e treinamento. As informações sobre meio ambiente podem ser acessadas por sensoriamento
remoto e sistemas de informação geográfica (SIG).

Um mapeamento das fontes de dados principais por ODS (ver Anexo 5) pode fornecer algumas
orientações sobre as fontes de dados que podem ser usadas para informar o diagnóstico.

8
A metodologia para identificar aceleradores e os principais impulsionadores por meio de análises quantitativas e
do diálogo social é, em grande parte, derivada da ferramenta COMBOS do PNUD.
Os dados oficiais derivados de pesquisas e outros dados administrativos oficiais podem ser com-
plementados por dados não oficiais e por outras métricas de desempenho, inclusive as de ne-
gócios e informações georreferenciadas sobre instalações do governo, entre outras.9 Os dados
georreferenciados podem fornecer informações específicas sobre locais em instalações gover-
namentais e desafios ambientais.

A aplicação de ferramentas analíticas, como a Análise de Risco de Pobreza do PNUD (PovRisk),10,


a Análise de Cenários Específicos,11e o Modelo de Futuros Internacionais da Universidade de
Denver12 também podem ajudar a informar a análise.

Diálogo social: a participação de uma variedade de atores – incluindo cidadãos e instituições


políticas, jurídicas, econômicas e sociais, setor privado e especialistas em campo – pode auxiliar
na identificação e validação de aceleradores, de seus desafios associados e dos impulsionado-
res que permitem o progresso nos aceleradores. A participação de instituições políticas implica
envolver diferentes níveis de governo, sindicatos, entre outros. Ao fomentar o diálogo social,
podem ser considerar os seguintes elementos:

Análise das partes interessadas – Para evitar a captura pela elite e a influência de determinados
atores na definição de aceleradores e dos desafios associados, é importante identificar clara-
mente os interesses e as posições de todos os atores envolvidos. Isso envolverá a compreensão
de seu interesse em relação aos desafios de desenvolvimento, a natureza de seu interesse, o
grau de importância atribuído aos desafios e o grau de influência que eles têm ao lidar com os
desafios. Com base nesse mapeamento, a estratégia seria, então, trabalhar com os atores consi-
17
derando seu interesse, influência e importância atribuída aos desafios.

Envolvimento de atores – É importante envolver-se com uma ampla gama de partes interessadas
na identificação dos aceleradores, dos desafios associados e dos impulsionadores que permitem
o progresso nos aceleradores, pois isso afetaria o progresso na consecução das prioridades de

9
Indicadores e uma Estrutura de Monitoramento para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Rede de Solu-
ções de Desenvolvimento Sustentável. 2015.

10
POVRISK usa dados de nível familiar ao longo do tempo para estimar o risco de pessoas voltarem à pobreza – e
os principais fatores associados a esse risco. A análise permite aos usuários ampliar a dinâmica de como erradicar a
pobreza – um objetivo que está no cerne da Agenda 2030.

11
A Análise de Cenários Segmentada (Targeted Scenario Analysis, TSA) é uma abordagem analítica que captura e
apresenta o valor dos serviços ecossistêmicos no processo de tomada de decisão, ajudando a justificar a adoção
de políticas sustentáveis e opções de investimento. O produto de uma TSA é uma apresentação equilibrada de
evidências, para um tomador de decisões, que pondera os prós e os contras de continuar com os modos de sempre
ou seguir um caminho de desenvolvimento sustentável no qual os ecossistemas são gerenciados de maneira mais
eficaz. Disponível em http://www.undp.org/content/undp/en/home/librarypage/environment-energy/environmen-
tal_ finance/ targeted-scenario-analysis.html

12
Futuros Internacionais (International Futures, IF) é uma ferramenta de previsão desenvolvida pelo Centro Fredrick
S. Pardee da Universidade de Denver, para analisar políticas e planejar o futuro. A ferramenta integra previsões em
diferentes submodelos, entre eles: população, economia, agricultura, educação, energia, política sociopolítica, políti-
ca internacional, meio ambiente, tecnologia, infraestrutura e saúde. Uma vez que os submodelos são dinamicamen-
te conectados, o modelo simula como as mudanças em um sistema levam a mudanças em todos os outros sistemas.
Os IF usam dados históricos, tendências e relações dinâmicas para prever indicadores para 186 países relativos a
todos os anos de 2010 a 2100. Disponível em http://pardee.du.edu/
desenvolvimento de um país e dos ODS. As seguintes necessidades devem ser consideradas ao
buscar o envolvimento das partes interessadas:

● É importante considerar não apenas os atores tradicionais, mas também envolver todas as
partes interessadas. De fato, é essencial envolver efetivamente aqueles que são comumente
sub-representados ou marginalizados nos processos decisórios.

● Os diferentes níveis de governo (nacional, regional, municipal) e os ministérios relacionados


com o problema do desenvolvimento devem fazer parte do processo de diálogo social.

● As partes interessadas na consulta devem compreender não apenas as que desempenham


um papel de implementação, mas também aquelas com influência e/ou interesse em uma
determinada ação.

● A participação dos parlamentares é fundamental. Os meios de comunicação devem estar


engajados no diálogo social, pois são um dos atores com poder e influência sobre a agenda
pública.

● O engajamento do setor privado é importante, pois este desempenha um papel fundamen-


tal em contribuir para o desenvolvimento econômico de um país.

Processos e mecanismos de participação: mecanismos existentes, como comissões e conselhos


nacionais e locais, mecanismos setoriais e conselhos de bairro, entre outros, podem ser usados
para conduzir diálogos sociais para a identificação de aceleradores, dos desafios associados e
18 de impulsionadores. É necessário envidar maiores esforços a fim de garantir que os mecanismos
incluam todas as partes interessadas relevantes – estes podem ser complementados por outras
ferramentas de consulta, como fóruns presenciais e plataformas on-line para o engajamento.
Etapa 1: Identificação de aceleradores e impulsionadores

Depois de identificados os principais aceleradores, desafios associados e impulsionadores, os


usuários podem preparar uma breve nota para cada acelerador, com os seguintes dados:

● Quais são os principais aceleradores?

● Quais são os desafios associados a cada acelerador?

- Eles são regionais/territoriais, políticos, econômicos, socioculturais e/ou ambientais?

- Esses desafios são resultados de questões legais, políticas, institucionais e/ou de capacidade?
que permitam o progresso nos ODS

● Quem esses desafios afetam mais intensamente?

● Por que é importante abordar esses desafios?

● Quais são os impulsionadores que permitem o progresso em cada acelerador?

● Para quais metas de ODS e prioridades de desenvolvimento nacional cada acelerador contribui?

● Quem eram as partes interessadas envolvidas na definição e/ou validação dos aceleradores,
desafios associados e impulsionadores?
Pré-requisitos para o sucesso
A conclusão da Etapa 1 requer:

● Análise quantitativa para auxiliar na definição dos aceleradores.

● Engajamento do governo e das partes interessadas relevantes na identificação e validação


dos aceleradores e dos impulsionadores que permitem o progresso nos aceleradores. As par-
tes interessadas incluem a sociedade civil e o setor privado. O envolvimento do governo pode
ocorrer na forma de grupos de trabalho especializados, com a participação de funcionários
pertinentes do ministério governamental. Outras partes interessadas nacionais, incluindo re-
presentantes de organizações da sociedade civil e do setor privado, devem fazer parte dos
grupos de trabalho.

● Os aceleradores identificados devem ser tão específicos quanto possível.

● Consenso sobre os aceleradores e impulsionadores selecionados.

Possíveis fontes de informação


Existem várias fontes de informação disponíveis para ajudar a identificar os aceleradores de um
país e os impulsionadores associados:
19

● ● Plano Nacional de Desenvolvimento

● ● Documento de Visão

● ● Planos setoriais

● ● Relatório dos ODS

● ● Relatório mais recente dos ODM

● ● COMBOS

● ● Levantamentos, bancos de dados e relatórios de diagnóstico

● ● Sensoriamento remoto e sistemas de informações geográficas (SIG) para coletar dados


sobre o meio ambiente

● ● Dados não oficiais e outras métricas de desempenho, inclusive métricas de negócios e


informações georreferenciadas sobre instalações governamentais

● ● Diálogo com o governo e com partes interessadas relevantes


ETAPA 2:
IDENTIFICAÇÃO E PRIORIZAÇÃO
20
DE INTERVENÇÕES QUE IMPULSIONEM
O PROGRESSO NOS ACELERADORES
Etapa 1: Identificação de aceleradores e impulsionadores
que permitam o progresso nos ODS
Etapa 2: Identificação e priorização de intervenções
que impulsionem o progresso nos aceleradores
Resumo
A Etapa 2 permite aos usuários identificar e priorizar as intervenções que abordem os principais
impulsionadores dos aceleradores identificados na Etapa 1. Especificamente, esta etapa ajuda
a: 1) identificar uma lista abrangente de intervenções cruciais para abordar cada impulsionador
do acelerador; 2) avaliar as intervenções com base em seu impacto nos impulsionadores e no
ambiente propício; e 3) priorizar as intervenções com base nos critérios aplicados.

Produtos

1. Lista de intervenções para abordar os principais impulsionadores dos aceleradores 2

2. Perfil de impacto e ambiente propício para cada intervenção

3. Lista de intervenções priorizadas


21

Metodologia
No contexto da ferramenta de ABA dos ODS, intervenção refere-se a uma ação que pode apoiar
o progresso em um impulsionador-chave de um acelerador. Uma intervenção pode consistir
na entrega de políticas favoráveis (inclusive por meio de planejamento, legislação, aplicação e
capacitação) e/ou um pacote de bens, serviços e infraestrutura.

As intervenções identificadas devem ser preferencialmente baseadas em evidências, com im-


pacto comprovado no país ou em outros países com contextos semelhantes. Em alguns casos,
as intervenções necessárias para abordar um impulsionador-chave já estarão em vigor ou se-
rão incluídas nos documentos de planejamento nacionais e setoriais, mas pode ser necessário
ampliá-las ou fortalecê-las. Em outros casos, talvez seja preciso considerar novas intervenções
para impulsionar o progresso em um acelerador.

A Figura 7 destaca um exemplo de um pacote de intervenções identificado por um país para


permitir o progresso em seu acelerador selecionado – Promover o empreendedorismo e a ino-
vação – para lidar com o alto desemprego. As intervenções, estabelecer escolas vocacionais para
os empregos do futuro e introduzir programas de empreendedorismo nos níveis secundário e
terciário, deverão permitir o progresso no acelerador ao abordar um dos seus principais impul-
sionadores – empreendedorismo integrado à educação.
Figura 7 – Intervenções identificadas por um país para permitir o progresso em seu acelerador
selecionado
22

A metodologia tem três etapas de processo: 1) identificação de intervenções para abordar os


impulsionadores que permitem o progresso nos aceleradores identificados a partir da Etapa 1;
2) avaliação das intervenções com base em um conjunto de critérios de impacto e viabilidade; e
3) priorização das intervenções com base nos critérios aplicados.
Etapa 2: Identificação e priorização de intervenções
que impulsionem o progresso nos aceleradores

1: Identificação de intervenções que impulsionem o progresso nos


aceleradores
Os usuários criam uma lista de intervenções para abordar cada acelerador e o impulsionador
associado com base em planos nacionais de desenvolvimento, planos setoriais, relatórios de
ODS (se disponíveis), relatórios de ODM anteriores e consultas aos ministérios do setor, agências
especializadas da ONU, academia, organizações da sociedade civil e setor privado. A lista deve
conter as intervenções que os especialistas acreditam ser apropriadas para o contexto específi-
co do país. O Anexo 2 apresenta aquelas que têm particular relevância para os ODS e se refletem
na natureza integrada da agenda. Algumas dessas intervenções foram aplicadas por vários paí-
ses durante a era dos ODM, para tratar dos principais desafios de desenvolvimento e são deriva-
das das boas práticas dos governos nacionais e do trabalho de agências especializadas da ONU
e de outros parceiros de desenvolvimento. Os usuários podem consultar a lista para identificar
intervenções básicas, comprovadas/bem-sucedidas.
As intervenções apropriadas devem:

● Ser adaptadas ao contexto específico do país. As intervenções devem ser ainda ajustadas
para as regiões dentro de um país, e os governos subnacionais devem estar fortemente en-
volvidos na sua implementação, bem como no planejamento e no financiamento.

● Concentrar-se nas necessidades fundamentais de desenvolvimento dos mais marginaliza-


dos.

● Fundamentar-se em uma base de fatos sólida. Os países devem identificar intervenções com-
provadas de boas práticas de países/regiões com contextos semelhantes e demonstrar sua
viabilidade e impacto.

2. Avaliação das intervenções com base em critérios de impacto e


ambiente favorável
A escolha de uma intervenção deve ser informada por critérios-chave que vão além da sua im-
portância estratégica, ou seja, o potencial de impacto no contexto específico do país e o am-
biente propício para a implementação da intervenção.

Modelos de avaliação de intervenção (ver Figura 8) fornecem os critérios para avaliar cada uma,
bem como uma descrição dos critérios.
23
Critério Descrição
Impacto positivo Ajuda o progresso Impacto positivo Impacto positivo Impacto limitado
sobre os nos impulsionadores expressivo razoável ou sem impacto
impulsionadores do acelerador positivo
Inclusividade do População-alvo Impacto expressivo Impacto razoável Pouco ou nenhum
impacto inclui grupos sobre grupos sobre grupos impacto sobre
vulneráveis/ vulneráveis/ vulneráveis/ grupos vulneráveis/
marginalizados marginalizados marginalizados marginalizados
Evidência do Histórico de Intervenção Intervenção Intervenção
impacto implementação no implementada com implementada implementada sem
país e/ou em outros sucesso em muitos com sucesso sucesso em outros
contextos países e/ou aplicada misto ou não foi países
como piloto com implementada
sucesso no país anteriormente

Figura 8: Critérios de avaliação de intervenções em relação ao impacto (ilustrativo)*


* Critérios a serem discutidos pelo grupo de trabalho especializado e ajustados no nível do país.
Critério Descrição
Economia política Vontade política Alto potencial Apoio político Vontade política
e interesses de apoio político relutante ou ausente e fortes
envolvidos e interesses duvidoso quanto interesses
envolvidos no status a ser possível envolvidos no status
quo podem ser que os nteresses quo
superados relacionados ao
status quo sejam
superados
Governança Coordenação de Mecanismo de Coordenação Potencial de
governo e partes coordenação relutante do coordenação não
interessadas do governo governo e/ou disponível
estabelecido e coordenação das
alto potencial de partes interessadas
coordenação das
partes interessadas
Capacidade Capacidade O governo e os Algumas Governo e parceiros
do governo e parceiros têm preocupações provavelmente não
dos parceiros capacidade de capacidade têm a capacidade
para planejar, de planejar, em relação a de entrega bem-
implementar implementar planejamento, sucedida
e monitorar a e monitorar a implementação ou
intervenção intervenção monitoramento, mas
a entrega é provável
Disponibilidade de Disponibilidade Financiamento (por Financiamento Financiamento
24 financiamento de fundos para meio do governo provável, mas fonte improvável
cobrir os custos ou de doadores) específica ainda a
da intervenção prontamente ser determinada
(incluindo a disponível
mobilização de
recursos externos,
contribuições
de parceiros,
Etapa 2: Identificação e priorização de intervenções

realocação dentro
do orçamento)
que impulsionem o progresso nos aceleradores

Fatores adicionais Fatores/riscos Nenhum fator Algumas Problemas insolúveis


adicionais que identificado preocupações substanciais
podem impedir a identificadas, mas identificados
intervenção elas podem ser
resolvidas

Figura 8: Critérios de avaliação de intervenções em relação ao impacto (ilustrativo)*


* Critérios a serem discutidos pelo grupo de trabalho especializado e ajustados no nível do país

Os perfis de intervenção devem ser preenchidos para cada intervenção, levando em considera-
ção o impacto e os critérios de ambiente definidos na Figura 8. Os usuários precisariam coletar
informações e dados de fontes existentes (por exemplo, agências de estatísticas, relatórios de
ministérios, revisões de OGI/ONG e think tanks internacionais), além de entrevistas e grupos de
discussão com especialistas adequados. Para esta fase, o mapeamento especializado realizado
na Etapa 1 pode ser útil. É fundamental que especialistas de todas as áreas relevantes sejam
consultados, inclusive membros da sociedade civil e da academia, e que os perfis sejam preen-
chidos por meio de um processo consultivo. Os perfis serão codificados por cores, para facilitar
a classificação. O modelo na Figura 9 pode ser usado para preparar perfis para cada intervenção.
Descrição da intervenção: revisão de impostos e incentivos corporativos
Acelerador que a intervenção aborda: empreendedorismo e inovação
Impulsionador(es) que a intervenção aborda: reformas de negócios fáceis de promover;
apoio a ecossistemas para pequenas e médias empresas (PME)
Prazo da intervenção (curto, médio e longo prazo): curto

Impacto Ambiente propício


Geral Geral
(X) Sim ( ) Não
Impacto sobre os impulsionadores do
acelerador ●
Economia política

Inclusividade do Impacto
● Governança

Evidência do impacto
● Capacidade

Disponibilidade de financiamento

Fatores adicionais

Figura 9: Perfil de intervenção sobre impacto e ambiente favorável
25

3. Priorização das intervenções com base em critérios de impacto e


viabilidade
Depois que um perfil tiver sido completado para cada intervenção, por meio de um processo
consultivo, um scorecard com o conjunto de intervenções pode ser preparado (consulte a Figura
10 para um modelo de scorecard de intervenção). As intervenções são classificadas com base em
potencial de impacto, viabilidade e qualquer informação adicional sobre elas. As pontuações
servirão de base para classificar as intervenções e aquelas com maior potencial de impacto que
também forem consideradas viáveis serão priorizadas, considerando o contexto do país, priori-
dades de desenvolvimento e questões sistêmicas. Uma consideração importante é que as inter-
venções priorizadas abordem vários impulsionadores que permitam o progresso no acelerador.

Recomenda-se que o processo de classificação e priorização seja conduzido durante um work-


shop com todos os membros do grupo de trabalho especializado, para garantir o consenso so-
bre as intervenções priorizadas. Os membros desse grupo precisariam avaliar os impasses con-
siderando os méritos e os deméritos da intervenção e, nesse contexto, ponderar sobre medidas
de mitigação. Técnicas como Análise de Pobreza e Impacto Social, Análise de Custo-Benefício
e Análise de Custo-Efetividade podem ajudar a identificar as medidas de mitigação ideais. O
resultado do workshop será um scorecard que determinará a lista priorizada de intervenções.

Depois de identificadas, as intervenções priorizadas devem passar pela Etapa 3, para a determi-
nação dos gargalos e soluções.
Uma nota sobre a priorização:

O scorecard fornece uma maneira sistemática de classificar as intervenções e pode ser usado
como ponto de partida para a priorização. É importante notar que as intervenções específicas
escolhidas e seu número dependerão do contexto e das prioridades do país. Não há um ponto
de corte predeterminado para a classificação – idealmente, uma intervenção priorizada teria
impacto substancial no acelerador e um forte ambiente propício (isto é, pontuação verde em
ambas as categorias). No entanto, uma intervenção com impacto razoável (isto é, laranja), mas
com um forte ambiente propício (isto é, verde), que tenha potencial de produzir impacto positi-
vo em quatro fatores também pode ser priorizada. Da mesma forma, uma intervenção com alto
impacto, mas com baixa classificação de ambiente propício, pode ser priorizada para realização
em médio ou longo prazo. O cronograma do impacto das intervenções também precisa ser con-
siderado, de forma a estabelecer um equilíbrio entre as intervenções que têm impacto de curto,
médio e longo prazo. Em última análise, o conjunto de intervenções priorizadas deve impulsio-
nar significativamente o progresso em direção ao acelerador.

Expressivo Razoável Limitado ou Nenhum

Intervenções Impacto Ambiente Classificação Impulsiona- Prazo Inter- Ações possíveis


propício dores (curto, venção (prosseguir/
abordados médio escolhida? piloto/nenhuma
ou longo (sim/não) ação adicional)
prazo)

26 Revisão de 1 1 Curto Sim Prosseguir para


impostos e a Etapa 3
incentivos
corporativos
Revisar o 2 1 Curto Sim Prosseguir para
licenciamento a Etapa 3
comercial
Reformas 3 4 Médio Não Nenhuma outra
Etapa 2: Identificação e priorização de intervenções

para negócios consideração é


eletrônicos necessária
que impulsionem o progresso nos aceleradores

Eliminação 4 3 Médio Não Nenhuma outra


de riscos para consideração é
facilitar o acesso necessária
ao capital

Figura 10 – Scorecard de intervenções


* As intervenções e os números são ilustrativos e variam de acordo com o contexto de país

Possíveis desafios para completar a Etapa 2


Ao executar a Etapa 2, existem cinco possíveis barreiras para o sucesso:

● Não há consenso sobre as intervenções de boas práticas necessárias para abordar impulsio-
nadores específicos.

● Os funcionários do governo podem não ter a capacidade de fornecer insumos técnicos ao


processo e dependem exclusivamente de consultores técnicos externos, que não possuem
conhecimento nacional e subnacional requerido.

● Os grupos de trabalho especializados podem não ter os dados mínimos (ou os dados podem
não ter qualidade suficiente) para determinar quais intervenções são bem-sucedidas e quais
falharam. Também podem faltar dados para determinar como as intervenções funcionam em
grupos populacionais. Se os dados não estiverem disponíveis, os grupos de trabalho especia-
lizados podem precisar realizar pesquisas, entrevistas ou grupos de foco, a fim de determinar
quais intervenções serão bem-sucedidas.

● Os ministros e especialistas do governo discordam fortemente sobre quais intervenções são


fundamentais para acelerar o progresso, o que pode atrasar as decisões.

Pré-requisitos para o sucesso


A conclusão da Etapa 2 requer:

● Envolvimento de grupos de trabalho especializados em todo o processo, para garantir que as


melhores decisões sejam tomadas e o consenso seja alcançado. Esses grupos de trabalho de-
vem incluir funcionários pertinentes do ministério do governo, representantes da sociedade
civil e do setor privado e representantes da UNCT.

27
Possíveis fontes de informação
Ao concluir esta etapa, existem várias fontes de informações disponíveis para ajudar a identificar
e priorizar as intervenções:

● Plano Nacional de Desenvolvimento

● Estratégias Nacionais de Desenvolvimento

● Planos Setoriais

● Revisões intermediárias

● Pacote sugerido de intervenções (ver Anexo 2)

● Avaliações e análises setoriais de ONGs e OSCs

● Relatórios do setor privado


28
Etapa 1: Identificação de aceleradores e impulsionadores
que permitam o progresso nos ODS

ETAPA 3:

GARGALOS PARA A ACELERAÇÃO


IDENTIFICAÇÃO E PRIORIZAÇÃO DE
Etapa 3: Identificação e priorização de gargalos
para a aceleração
Resumo
O objetivo da Etapa 3 é fornecer uma metodologia para que os formuladores de políticas identi-
fiquem fatores que possam impedir ou dificultar que uma intervenção e, portanto, um acelera-
dor, agilize o progresso rumo ao desenvolvimento sustentável. Tais impedimentos são referidos
como gargalos, definidos como restrições imediatas e removíveis que prejudicam o desempe-
nho ideal das intervenções. A Etapa 3 também visa priorizar os gargalos com base no possível
impacto e na viabilidade de sua remoção.

Produtos

1. Uma lista de gargalos priorizados relacionados às intervenções, com base no impacto que sua
remoção pode ter na intervenção e na disponibilidade de soluções

29
Metodologia
Uma vez que as intervenções tenham sido identificadas e priorizadas, um país pode querer
analisar os gargalos de implementação existentes ou potenciais que atualmente impedem ou
poderiam vir a impedir uma intervenção para o progresso.

Conforme foi discutido na Etapa 2, cada acelerador é composto por um conjunto de impulsio-
nadores e intervenções. Uma análise de gargalos é feita no nível da intervenção, e não há neces-
sidade de que, no conjunto de intervenções que façam avançar o acelerador, para cada uma seja
realizada uma análise. Para algumas intervenções, essa análise pode não ser necessária, caso os
caminhos para a implementação sejam claros e os possíveis gargalos e soluções sejam óbvios.
No entanto, para outras, uma análise de gargalos e a identificação de soluções para estes (que
serão discutidas na Etapa 4) serão um fator fundamental para o sucesso.

Para intervenções que já estejam sendo implementadas, os gargalos podem ser identificados
com base na experiência em campo para as novas propostas, a ideia é projetar intervenções que
considerem possíveis gargalos a priori e busquem superá-los.

A análise de gargalos será conduzida pelo grupo de trabalho especializado. O benefício dessa
abordagem é que ela aproveita as experiências dos participantes para identificar gargalos e so-
luções no contexto da cultura local de tomada de decisão. Entender esses gargalos permitirá
que o plano de implementação seja baseado em condições, oportunidades e restrições locais.
Identificação de gargalos

A metodologia para identificar gargalos é baseada no Marco de Aceleração dos ODM (MDG Ac-
celeration Framework, MAF).

Gargalos ocorrem em diferentes instâncias do processo de formulação e implementação de po-


líticas. A Figura 11 fornece uma visão geral das cinco categorias amplas de gargalos no processo
de formulação de políticas e os possíveis gargalos em cada uma delas. Essa visão geral não é, de
forma alguma, exaustiva, mas ilustra os tipos de gargalos que normalmente estão presentes nos
processos de formulação de políticas.

Categorias Política Orçamento Entrega de Utilização Transversal


de gargalos e planejamento e financia- serviços de serviços
mento (fornecimento) (demanda)
Subcategorias Vontade política Mobilização Geografia e Capacitação Engajamento
e interesses de recursos demografia e autoeficácia e advocacy
envolvidos
Estratégias, Alocação Recursos Aceitabilidade Coordenação
políticas e planos de recursos humanos, e alinhamento
habilidades
Legislação Despesas Equipamento Acessibilidade Responsabilidade
e aplicação com recursos e fornecimento e preço e transparência
razoável

30 Capacidades Qualidade Inclusão Comunicação


institucionais e equidade (existem
barreiras
Coordenação Inclusão
e alinhamento (serviços
adequados
são oferecidos
para grupos
marginalizados?)
Etapa 3: Identificação e priorização de gargalos

Responsabilidade
e transparência

Figura 11 – Visão geral das categorias de gargalos

A primeira etapa na identificação de gargalos para cada intervenção requer a construção de


um mapeamento de ponta a ponta das etapas de implementação de cada intervenção, com
base nas atividades delineadas no plano setorial ou em boas práticas. O número de etapas de
identificação nesse tipo de mapeamento varia muito de acordo com a intervenção e o país. Esse
para a aceleração

caminho é mapeado quanto às cinco grandes categorias de gargalos listadas na Figura 11 para
identificar dificuldades possíveis ou existentes em todas as etapas do processo. Um modelo para
a identificação de gargalos é fornecido na Figura 12.
Acelerador: construção de novas escolas em áreas rurais usando infraestrutura verde
Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4... ... Etapa X
Categorias
de gargalos
Política e Ausência
planejamento de parcerias
eficazes entre
setores
Orçamento e Maior custo O orçamento
financiamento da infraestrutura do setor de
verde educação
nacional é
insuficiente
Serviço/ Escassez de Escassez
boa entrega capacidade local de equipe
(fornecimento) para construir qualificada
infraestrutura
verde
Serviço/boa
utilização
(oferta)
Transversal

Figura 12 – Ilustração do caminho de intervenção para identificar gargalos 31

Depois de identificados os gargalos para uma intervenção, estes devem ser avaliados e prio-
rizados com base no possível impacto que a superação do gargalo terá na intervenção. Esses
gargalos para os quais o impacto de remoção é maior, ou aqueles que podem desbloquear o
progresso em várias intervenções, devem ser priorizados.

Outro critério importante a considerar é se o impacto da remoção do gargalo é transver-


sal. Os gargalos transversais são cruciais porque podem afetar vários ODS, aumentando a im-
portância de resolvê-los rapidamente. Por exemplo, o acesso a cuidados obstétricos para reduzir
as taxas de mortalidade materna em áreas rurais pode ser prejudicado pela falta de infraestru-
tura (por exemplo, estradas precárias impedem que os médicos visitem as aldeias). Essa falta de
infraestrutura também pode impedir o progresso em outros ODS, como o ODS2 (os agricultores
não conseguem obter acesso fácil a mercados ou insumos para a produção, como fertilizantes),
e o ODS4 (as crianças não podem deslocar-se até a escola). Além disso, a pavimentação de estra-
das está além das atribuições do Ministério da Saúde. Isso exige que os usuários avaliem a viabi-
lidade de uma solução que envolva ações integradas das agências pertinentes – incluindo sua
capacidade de alavancar informações sobre o possível impacto potencial em vários ODS –, para
gerar a vontade política necessária para implementá-la. As perguntas do Anexo 3 visam ajudar
os usuários na análise dos gargalos, de uma perspectiva setorial e transversal.

A identificação e a priorização de gargalos podem ser conduzidas pelo grupo de trabalho espe-
cializado, com base no impacto que a remoção de um gargalo terá na intervenção. O modelo na
Figura 13 pode ser usado para resumir as informações sobre cada gargalo.
Acelerador: Aumentar a matrícula na escola primária nos níveis nacional e subnacional
Impulsionador: Permitir o acesso ao ensino primário
Intervenção Gargalo Impacto positivo de
remover o gargalo
com a intervenção
● Expressivo
● Limitado
● Nenhum
A legislação nacional Financiamento de longo
elimina as taxas escolares
para aumentar a matrícula
na escola primária
prazo para cobrir os custos
a determinar ● N

Distritos escolares
subnacionais continuam
a cobrar taxas porque o
financiamento nacional
não é suficiente para
● N

cobrir os custos
O Ministério da Educação
não tem pessoal suficiente
para monitorar a
implementação
● S

32
Figura 13 – Modelo de priorização de gargalos (ilustrativo)

Possíveis desafios para completar a Etapa 3


● Os usuários podem ter dificuldades para encontrar dados sobre o possível impacto que a
remoção de um gargalo terá em uma intervenção. Neste caso, o usuário pode ter que realizar
Etapa 3: Identificação e priorização de gargalos

entrevistas e grupos de foco com populações-alvo para estimar o possível impacto.

● Acesso limitado a esses grupos populacionais e aos que apresentam risco de serem deixados
para trás, para entender os gargalos do lado da demanda. Os usuários deverão identificar
rapidamente as populações-alvo que podem entrevistar, incluindo especialistas, provedores
de serviços e beneficiários de serviços.

● Ministros e especialistas do governo discordam fortemente sobre quais gargalos devem ser
priorizados. Para tentar alcançar o consenso de grupo, a discussão deve concentrar-se no
modelo de priorização de gargalos desenvolvido para esta etapa.

● A lista de gargalos pode ser muito longa, e a priorização dos gargalos pode ser difícil. O mo-
delo de priorização de gargalos tem por objetivo facilitar a comparação do impacto e da
para a aceleração

viabilidade de gargalos.

● Para intervenções que ainda não estejam implementadas, pode ser difícil pensar em gargalos
de modo abstrato. Exemplos de outros países que aplicaram intervenções semelhantes po-
dem ser úteis.
Pré-requisitos para o sucesso
● Consenso entre o grupo de trabalho especializado, especialistas e oficiais do governo, UNCT
e outros especialistas do país sobre as intervenções prioritárias identificadas na Etapa 2. A
Etapa 3 destina-se a analisar os gargalos para as intervenções priorizadas.

● Dados primários ou secundários suficientes sobre os gargalos para avaliar o impacto de re-
movê-los.

Possíveis fontes de informação


● Pesquisas Domiciliares Demográficas (Demographic Household Surveys, DHS)

● Pesquisas por Agrupamento de Indicadores Múltiplos (Multiple Indicator Cluster Surveys,


MICS)

● Orçamento anual

● Relatórios de comissões especiais de desenvolvimento dentro do governo

● Relatórios do Ministério do Planejamento e Financiamento/Implementação

● Relatório dos ODS


33
● Pesquisas de uso de tempo (Time Use Surveys, TUS)

● Avaliações de programas e intervenções existentes

● Melhores práticas globais em áreas específicas de foco

● Entrevistas com funcionários de programa e formuladores de políticas

● Grupos focais com os públicos-alvo das intervenções


ETAPA 4:
IDENTIFICAÇÃO E PRIORIZAÇÃO DE
SOLUÇÕES PARA OS GARGALOS
Etapa 4: Identificação e priorização de soluções
para os gargalos
Resumo
O objetivo da Etapa 4 é identificar e priorizar soluções para os gargalos priorizados na Etapa 3.
Uma solução de gargalo é uma ação que tem impacto significativo na sua resolução.

Produtos

1. Uma lista de soluções de gargalos

2. Perfil de impacto e viabilidade de cada solução de gargalo

3. Scorecard com as soluções de gargalo priorizadas a serem implementadas

Metodologia
35
Depois da priorização dos gargalos, as soluções para estes deverão ser identificadas. Uma solu-
ção de gargalo é definida como uma ação que resolve um gargalo de intervenção para produzir
um impacto rápido e significativo. As soluções tentam garantir a implementação bem-sucedida
das intervenções.

Durante esta etapa, um conjunto abrangente de soluções para cada gargalo será determinado
com base em entrevistas com especialistas, grupos focais, estudos de caso e documentos e ava-
liações do governo (ver Figura 14).

Intervenção Gargalo Possíveis soluções


O Plano Nacional de Não existe um sistema de – Assistência técnica imediata
Desenvolvimento e a estratégia do distribuição de vacinas para desenvolver um sistema de
setor de saúde demandam vacina distribuição de vacinas baseado em
contra o sarampo boas práticas
A legislação nacional elimina Os distritos escolares subnacionais – Realocar ou mobilizar recursos
taxas escolares para aumentar as continuam a cobrar taxas porque para eliminar a necessidade de taxas
matrículas na escola primária o financiamento nacional não é escolares em áreas rurais
suficiente para cobrir os custos
– Garantir que o novo
financiamento nacional elimine as
taxas
Fornecimento de serviços de O Ministério da Agricultura não – Incentivos do governo e
extensão agrícola para todos os tem pessoal suficiente para trazer treinamento para mobilizar
agricultores (mulheres e homens), serviços de extensão a muitos trabalhadores do setor privado
para aumentar a produção e agricultores ou de serviços comunitários para
transferir boas práticas e novas fornecer serviços de extensão
tecnologias agrícola para os agricultores
Decisão de integrar avaliação e A Comissão Anticorrupção não tem – Buscar exemplos de abordagem
medidas anticorrupção em todas as experiência em modos de integrar a em outros países e realizar pilotos
instituições e os setores públicos anticorrupção de abordagens selecionadas antes
de decidir a abordagem do país
O Plano Nacional de Baixo preço da eletricidade por – Projetar uma reforma dos
Desenvolvimento e o plano do setor causa de pesados subsídios é subsídios para eletricidade que
de energia demandam um aumento um incentivo ao uso industrial realoque a renda de subsídios para
da eficiência energética como parte ineficiente e ao alto consumo em eletricidade eliminados, visando
da extensão do acesso a áreas com domicílios com acesso à rede de estender a rede elétrica para áreas
carência de serviço eletricidade, mas há forte apoio com carência de serviço e para
popular para os subsídios, mesmo fortalecer visivelmente as medidas
entre os domicílios que atualmente de proteção social voltadas aos mais
não recebem o benefício pobres

– Campanha de comunicação
defendendo a reforma dos subsídios
para garantir o apoio público

Figura 14 – modelo para identificação de solução


Uma vez que as soluções tenham sido identificadas para cada gargalo, perfis podem ser criados
para avaliar seu impacto e viabilidade. Critérios de avaliação ilustrativos para impacto e viabi-
lidade são fornecidos no Anexo 4. Um modelo de perfil de solução de gargalos é apresentado
para ajudar a capturar essas informações (ver Figura 15). Quando mais de uma solução for iden-
tificada para cada gargalo, um perfil deverá ser criado para cada uma.
36
Intervenção: transferência monetária condicional
Gargalo: cartão de débito não aceito em bancos rurais
Categoria de gargalo: entrega de serviços (fornecimento)
Gargalo setorial ou transversal:
Solução identificada – A introdução do mobile banking como modalidade de pagamento alternativa
garantirá maior cobertura nas áreas rurais. O mobile banking permite que famílias rurais retirem fundos
creditados de comerciantes participantes e de outras agências de pagamento (por exemplo, agências
Etapa 4: Identificação e priorização de soluções

de correio), por meio de mensagens de texto SMS, evitando a necessidade de se deslocar até bancos
específicos para retirar dinheiro.
IImpacto da remoção do gargalo Geral Viabilidade da solução Geral
com a solução identificada
Magnitude do impacto:
● Economia política:

Velocidade do impacto:
● Governança:

Sustentabilidade:
● Capacidade:

Impacto adverso:
● Disponibilidade de financiamento:


para os gargalos

Fatores adicionais:

Amplo uso de telefones celulares por


famílias rurais ●
Figura 15 – Modelo de perfil de solução de gargalos – transferências monetárias condicionais –
cartão de débito não aceito em bancos rurais (ilustrativo)
O grupo de trabalho especializado pode revisar os perfis de solução de gargalos e priorizar so-
luções com base em seu potencial para acelerar a implementação das intervenções priorizadas
e a viabilidade. Isso envolve a criação de um scorecard que classifique toda a lista de soluções
para gargalos do mais alto ao mais baixo nível de prioridade para cada intervenção prioritária.

Para completar com sucesso essas etapas, o grupo de trabalho especializado pode precisar
consultar (1) as populações-alvo de cada intervenção, (2) especialistas adicionais de dentro ou
de fora do país e (3) documentos de boas práticas. Isso fornecerá uma perspectiva holística de
como melhorar a implementação da intervenção.

Scorecard e priorização de soluções para gargalos


Intervenção Gargalo Solução para Impacto Viabili- Classifi- Solução
prioritária o gargalo sobre a dade cação de para o
interven- priori- gargalo
ção dade selecio-
nada
S/N
Transferências Cartão de débito Expandir a rede
monetárias
condicionais
não aceito nos
bancos rurais
de bancos e
instituições de
crédito
● ● 2 S

Mobile banking
37
– modalidade
alternativa de
pagamento
● ● 1 S

Contrato com
a agência de
pagamento para
desembolsar
fundos em áreas
● ● 3 N

rurais

Figura 16 – Ilustração do scorecard de soluções – transferências monetárias condicionais – Car-


tão de débito não aceito em bancos rurais (usando a técnica de priorização conforme especifi-
cam os critérios no Anexo 4)

Confirmação de intervenções prioritárias e gargalos


Esta etapa fornece uma verificação importante para garantir que as soluções prioritárias ace-
lerem a implementação das intervenções mais urgentes para apoiar o acelerador. O grupo de
trabalho especializado analisa a lista de soluções de gargalos e confirma que estas abordam o
gargalo correto; e que as intervenções e os gargalos corretos foram escolhidos para cada acele-
rador. O grupo de trabalho especializado também garante que gargalos críticos transversais ou
sistêmicos não sejam deixados sem soluções identificadas e priorizadas.
Possíveis desafios para completar a Etapa 4
● Acesso limitado aos grupos populacionais definidos como alvos e aos que correm risco de
serem deixados para trás, a fim de avaliar possíveis soluções de gargalos do ponto de vista
das populações-alvo. Os usuários deverão identificar rapidamente as populações-alvo que
podem entrevistar, incluindo especialistas, provedores de serviços e seus beneficiários.

● Ministros e especialistas do governo discordam fortemente sobre quais soluções para os


gargalos devem ser adotadas. Para tentar alcançar o consenso do grupo, a discussão deve
concentrar-se nos perfis de solução de gargalos desenvolvidos para essa etapa.

● Algumas soluções de gargalos exigirão pensamento criativo e inovação. Dados e lições


aprendidas de outros países seriam úteis para justificar essas soluções.

Pré-requisitos para o sucesso


● Consenso entre o grupo de trabalho especializado, especialistas e oficiais do governo, da
UNCT e outros especialistas do país sobre os gargalos prioritários identificados na Etapa 3.
A Etapa 4 destina-se a analisar soluções de gargalos para abordar aqueles cuja remoção terá
maior impacto na intervenção.

● Dados primários ou secundários suficientes sobre as soluções de gargalos para avaliar o im-
38
pacto de sua implementação. Esta análise de impacto ajuda a priorizar as soluções de garga-
los, o que permitirá ao país uma melhor alocação de recursos.

Possíveis fontes de informação


● Pesquisas Domiciliares Demográficas (Demographic Household Surveys, DHS)
Etapa 4: Identificação e priorização de soluções

● Pesquisas por Agrupamento de Indicadores Múltiplos (Multiple Indicator Cluster Surveys,


MICS)

● Orçamento anual

● Relatórios de comissões especiais de desenvolvimento dentro do governo

● Relatórios do Ministério do Planejamento e Financiamento/Implementação

● Relatório dos ODS

● Pesquisas de uso de tempo (Time Use Surveys, TUS)

● Avaliações de impacto do programa e do projeto


para os gargalos
Etapa 5:
Preparação de um Pacto
de Aceleração dos ODS
Etapa 5: Preparação de um Pacto de Aceleração
dos ODS
Objetivo: O objetivo principal da Etapa 5 é ajudar os usuários a implementar e monitorar as so-
luções para os gargalos identificados e priorizados na Etapa 4, a fim de acelerar o progresso em
direção aos objetivos nacionais de desenvolvimento.

Depois de identificar e sequenciar as soluções para os gargalos de intervenção, as partes in-


teressadas do país devem trabalhar com parceiros de desenvolvimento para estabelecer um
Pacto de Aceleração dos ODS como base para um plano de implementação e monitoramento.
A Etapa 5 assegura a coordenação das ações de aceleração dos ODS, a responsabilidade na im-
plementação e a entrega bem-sucedida de soluções que acelerem o progresso em direção ao
objetivo de desenvolvimento nacional identificado. Especificamente, essa etapa ajuda os usuá-
rios com as seguintes tarefas:

1. Identificar as atividades necessárias para implementar as soluções. Documentar as ati-


vidades e os recursos necessários para implementar soluções, estabelecer um cronograma
para a implementação e atribuir responsabilidades de financiamento e implementação a
partes específicas, para coordenar a entrega e garantir a responsabilidade.
40
2. Avaliar e desenvolver a capacidade do governo de fornecer soluções. Verificar se existe
capacidade nos principais componentes de fornecimento, incluindo a capacidade de envol-
ver as partes interessadas, avaliar uma situação e definir uma visão, formular políticas e estra-
tégias, orçar, gerenciar, implementar e avaliar.
Etapa 5: Preparação de um Pacto de Aceleração dos ODS

3. Identificar o orçamento apropriado e planejar os pontos de entrada. Para o país específi-


co, determinar quando é mais apropriado usar essa estrutura e como esta fará interface com
as estruturas existentes.

4. Desenvolver um plano para monitorar e avaliar a entrega da solução. Estimar a trajetória


de implementação, estabelecer reuniões regulares para monitorar a entrega, combinar os
produtos com relação às metas para avaliar o progresso e resolver quaisquer desafios de im-
plementação que possam surgir, inclusive de uma lista de gargalos transversais ou sistêmicos
“em espera”.

Ao todo, sete ferramentas que apoiam a Etapa 5 são apresentadas e agrupadas sob cada tarefa;
os usuários não são obrigados a sequenciá-las ou empregar o conjunto completo de ferramentas.

As ferramentas empregam a abordagem da Gestão Baseada em Resultados (Results-Based Ma-


nagement, RBM) para concentrar os esforços de monitoramento e avaliação de soluções na me-
dição de resultados em comparação com o objetivo de desenvolvimento identificado e com as
metas dos ODS envolvidas.

Produto: O produto desse módulo consiste no Pacto de Aceleração dos ODS e nas ferramentas
necessárias para implementar e monitorar as soluções acordadas de cada país. O plano de im-
plementação e monitoramento fornecerá aos governos a capacidade de coordenar ações para
alcançar o progresso nos ODS, além de oferecer visibilidade aos desafios e sucessos de entrega.
Ferramentas para implementação e monitoramento
O conjunto de ferramentas a seguir apoia as tarefas descritas para implementar e monitorar
soluções de gargalos. As ferramentas são agrupadas em cada tarefa, mas os usuários não são
obrigados a sequenciar o seu uso ou usar o conjunto completo.

Visão geral das ferramentas


Identificar as atividades necessárias para implementar as soluções

● Ferramenta 1A: Matriz de ODS – fornece uma visão geral da aceleração objetivada por cada
solução em relação aos ODS.

● Ferramenta 1B: Plano de recursos e implementação – projeta requisitos de recursos ao longo


do tempo para atender às métricas de produtos e resultados e alcançar os resultados deseja-
dos.

● Ferramenta 1C: matriz de responsabilidades – coordena a entrega de soluções entre o gover-


no e seus parceiros de desenvolvimento, combinando produtos e metas de recursos a atores
específicos.

Identificar orçamento apropriado e pontos de entrada de planejamento 41

● Ferramenta 2A: Mapa de pontos de entrada e linha do tempo – permite aos usuários criar
produtos do Pacto de Aceleração dos ODS diretamente nos processos existentes de planeja-
mento e orçamento da Organização das Nações Unidas e do governo.

Desenvolver um plano para monitorar e avaliar a entrega de soluções

● Ferramenta 3A: Calendário de “rotinas” – representa um conjunto de “pontos de verificação”


agendados regularmente para avaliar se a entrega está no caminho certo.

● Ferramenta 3B: Scorecard de monitoramento e avaliação – aplica métricas padronizadas para


determinar se a implementação e o impacto estão no caminho certo.

● Ferramenta 3C: Mapeamento de desafios de implementação – identifica impedimentos es-


pecíficos para o sucesso na entrega da solução

Ferramenta 1A: Modelo de matriz de ODS


A matriz de metas de ODS (Figura P) fornece uma visão geral da aceleração objetivada por cada
solução em relação aos ODS. Os usuários poderão usar a matriz de metas para alavancar pos-
síveis sinergias entre as soluções e estabelecer o cenário geral para monitorar o progresso em
direção às metas.
Como usar:

A matriz de metas vincula-se diretamente aos produtos da Etapa 4 e lista as soluções e suas me-
tas. Para preencher a matriz:

● insira a lista completa das soluções de gargalos identificadas na Etapa 4 para todos os garga-
los de intervenção na coluna à esquerda;

● liste os ODS relevantes na coluna do meio, e mapeie o impacto (direto e indireto) de cada
solução em relação aos respectivos ODS.

Acelerador Intervenções Meta de Impacto da solução


e suas soluções ODS
para gargalos abordada
(quando for
relevante)
Empoderamento Formação vocacional: 1.2 Redução percentual do número de jovens
dos jovens Realocar ou mobilizar que vivem em em situação de pobreza
recursos para _____________
introduzir programas
de treinamento
vocacional
3.5 Redução percentual na incidência de abuso de
substâncias entre os jovens, inclusive o abuso de
drogas narcóticas _____________
42 4.3 Aumento percentual na participação de jovens no
treinamento, por sexo
Masculino ___________
Feminino _____________
4.4 Aumento percentual na proporção de jovens
Etapa 5: Preparação de um Pacto de Aceleração dos ODS

com habilidades em tecnologia da informação e


comunicação (TIC) ___________
4.5 Aumento percentual na matrícula de jovens
vulneráveis
Mulheres ________
Pessoas com deficiência __________
8.5 Redução percentual na taxa de desemprego entre
os jovens, por sexo
Masculino ___________
Feminino _____________
10.2 Redução percentual na proporção de jovens que
vivem com menos de 50% da renda média, por
sexo
Masculino __________
Feminino ______________
16.1 Redução percentual no número de crimes
cometidos por jovens _____________

Figura 17 – Ferramenta 1A – matriz de metas dos ODS fornece um panorama do impacto da


solução nos ODS (ilustrativo)*
* As informações são ilustrativas e podem variar de acordo com a solução e o contexto do país.
Ferramenta 1B: plano de recursos e implementação
O plano de recursos e implementação (Figura 18) projeta os recursos necessários para aten-
der às métricas de produtos e resultados e alcançar os fins desejados. O plano estrutura metas
de insumos em oito categorias (política e planejamento, orçamento e financiamento, pessoas,
infraestrutura, equipamentos, suprimentos, processo de entrega/governança e geração de de-
manda), para revelar as necessidades de recursos ao longo do processo e garantir um plane-
jamento adequado para as atividades de execução. Essas metas de recursos e implementação
fornecem a base para o Pacto de Aceleração dos ODS e permitem aos usuários mobilizar recur-
sos para apoiar a concretização da solução e desenvolver a capacidade necessária para realizar
a entrega.

Como usar

● Mapeie recursos para as oito categorias de insumos de implementação e projete-as no cro-


nograma necessário para executar a solução. A ferramenta alerta os usuários quando os re-
cursos ficam abaixo das necessidades projetadas.

● Estime o custo dos insumos e a fonte de financiamento, quando for possível (ou seja, os re-
cursos já foram alocados, os recursos serão realocados a partir da base de ativos existente, os
recursos não existem e devem ser mobilizados).

● Vincule métricas de produção da solução e metas de resultado ao cronograma de recursos e


implementação para monitorar os resultados. 43
44
Etapa 5: Preparação de um Pacto de Aceleração dos ODS

Figura 18 – Ferramenta 1B – o plano de recursos projeta necessidades de recursos e produtos


objetivados ao longo do tempo (ilustrativo)
* Os números são ilustrativos e variam de acordo com a solução e o contexto de país.
Ferramenta 1C: matriz de responsabilidades
A matriz de responsabilidades (Figura 19) coordena a entrega de soluções entre o governo e
seus parceiros de desenvolvimento, combinando produtos e metas de recursos com atores es-
pecíficos. A matriz de responsabilidades é elaborada durante a reunião do Pacto de Aceleração
dos ODS, na qual o governo e os parceiros de desenvolvimento negociam e chegam a um acor-
do quanto as suas funções e responsabilidades (financiamento e/ou implementação).

Como usar

A matriz de metas está diretamente vinculada ao plano de recursos e implementação. Antes de


convocar a reunião do Pacto de Aceleração dos ODS, os usuários deverão:

● Preencher as três primeiras colunas no lado esquerdo da ferramenta para cada uma das so-
luções, usando as informações no plano de recursos e implementação. Essas colunas exigem
que os usuários identifiquem o tipo de insumo ou atividade de implementação, seu crono-
grama e a meta de financiamento para apoiar tal insumo ou atividade.

● Chegar a um acordo, na reunião do Pacto de Aceleração dos ODS, sobre a responsabilidade


de financiamento e/ou implementação de cada insumo da matriz. A parte responsável assina
no espaço apropriado para aceitar formalmente a responsabilidade.

45

Figura 19 – Ferramenta 1C – A matriz de responsabilidades combina metas de insumos e recur-


sos com atores específicos (ilustrativo*)
* Os números são ilustrativos e variam de acordo com a solução e o contexto de país.
Identificar orçamento apropriado e pontos de entrada de planejamento

Ferramenta 2A: Mapa de pontos de entrada e linha do tempo (Figura 20)


O mapa de pontos de entrada e a linha do tempo fornecem visibilidade de um ciclo típico de
planejamento governamental de cinco anos e do processo de planejamento do Marco Geral de
Assistência das Nações Unidas para o Desenvolvimento (United Nations Development Assistance
Framework, UNDAF). A aplicação da Ferramenta 2A a contextos de países específicos permite
que os usuários permaneçam flexíveis em sua abordagem ao uso da ferramenta de Análise de
Aceleradores e Gargalos, personalizando o processo para aproveitar os recursos de planejamen-
to existentes e os pontos de entrada de orçamento e planejamento mais eficazes (com maior
alavancagem). Ao incorporar os produtos do Pacto de Aceleração dos ODS aos processos exis-
tentes, os usuários podem evitar as armadilhas de criar processos paralelos inteiramente no-
vos e também integrar as prioridades de aceleração dos ODS diretamente aos documentos e
orçamentos de planejamento do governo e dos parceiros de desenvolvimento. Isso ajudará na
adoção da ferramenta, bem como em sua eficácia na entrega de soluções de aceleração.

46
Etapa 5: Preparação de um Pacto de Aceleração dos ODS

Figura 20 – Ferramenta 2A – o mapa de pontos de entrada e linha do tempo do governo e do


UNDAF permitem aos usuários integrar os produtos do Pacto de Aceleração dos ODS diretamente
nos processos existentes do governo e do UNDAF
●● Plano Nacional de Desenvolvimento – Durante o processo de planejamento do desenvol-
vimento nacional, use grupos de trabalho setoriais para aplicar a ferramenta de avaliação de
aceleradores e gargalos. Incorpore metas de resultados de alto nível e responsabilidades de
financiamento e implementação aos documentos do PND. Para países que não estão no ciclo
de planejamento, os usuários podem integrar produtos do Pacto de Aceleração à revisão de
gastos do orçamento do PND, no relatório de progresso anual ou na revisão de políticas e
estratégias, dependendo do contexto do país.

●● Marco de Gastos de Médio Prazo do Governo (MGMP) – Crie metas de resultados do Pacto
de Aceleração dos ODS, requisitos de recursos associados e responsabilidades de financia-
mento diretamente no enquadramento nacional de despesas do governo, para o período de
três a cinco anos. A revisão de gabinetes dos cenários macroeconômicos e a formulação da
proposta de orçamento do setor oferecem oportunidades para integrar as metas de resulta-
dos da solução da ferramenta de Avaliação de Aceleradores e Gargalos e requisitos de recur-
sos. Os usuários também podem vincular essas metas e necessidades de recursos às atualiza-
ções anuais do MGMP, se os países estiverem no meio do ciclo do MGMP. Para os países que
usam uma abordagem de orçamento centralizado, isso representa uma oportunidade ideal
para aplicar o processo completo da ferramenta, aproveitando a colaboração existente entre
governo e parceiros de desenvolvimento para criar o Pacto de Aceleração dos ODS. Por fim,
para muitos países, o conjunto de recursos do MGMP determina o plano de financiamento
para Abordagens Setoriais (Sector-Wide Approaches, SWAps). Nesse caso, o MGMP fornece
um excelente ponto de entrada para mudar os planos orçamentários no nível setorial. A pre-
paração do MGMP varia de acordo com o país, e os usuários devem revisar a infraestrutura e o 47
protocolo do MGMP existentes, para melhor posicionar as metas de resultados e os requisitos
de recursos da solução para a Aceleração dos ODS.

●● Orçamento do Ministério – Incorpore atividades de implementação, produtos e resultados


da solução aos itens das linhas orçamentárias do ministério, a fim de realocar o financiamen-
to para refletir novas prioridades do governo e requisitos de entrega da solução.

●● UNDAF – Incorpore produtos, métricas de produtos e metas de produção diretamente ao


processo de planejamento do UNDAF, visando concentrar o apoio da ONU nas prioridades
do governo que acelerem o progresso dos ODS. Os usuários devem acessar os pontos de
entrada do UNDAF o mais cedo possível no processo, os quais incluem o plano de envolvi-
mento do UNDAF e a revisão da análise do país. No entanto, os usuários poderão também ter
acesso ao processo do UNDAF por meio da Reunião de Estratégia Conjunta e da formulação
de Planos de Ação para o País. O processo do UNDAF relaciona-se diretamente com a Avalia-
ção Comum para o País (Common Country Assessment, CCA) e com a revisão intermediária do
UNDAF. Ambos os processos apresentam pontos de entrada adicionais para os países, consi-
derando o seu ciclo de planejamento específico. Para obter mais detalhes sobre o processo
de planejamento do UNDAF, consulte as Diretrizes do UNDAF-CCA.

●● Revisão intermediária do parceiro de desenvolvimento – Incorpore atividades, produtos


e objetivos de implementação da solução às revisões setoriais de médio prazo para parceiros
de desenvolvimento, como correções de curso nos planos de ação e orçamentos de países
parceiros de desenvolvimento.
Desenvolver um plano para monitorar e avaliar a entrega de soluções

Ferramenta 3A: Calendário de rotinas (Figura 21)


As rotinas estabelecem “pontos de verificação” agendados regularmente para avaliar se a entre-
ga está no caminho certo. Fornecem estrutura e disciplina para o processo de monitoramento e
permitem aos usuários diagnosticar e resolver problemas rapidamente. As rotinas também dão
um senso de urgência à implementação.

Como usar

● Estabeleça rotinas e lance a entrega: selecione as rotinas (por exemplo, semanal, mensal, tri-
mestral) que sejam apropriadas para o contexto da solução e do país e crie um calendário
principal das rotinas planejadas.

● Esclareça o que será avaliado em cada rotina: determine quais indicadores SMART (impacto/
resultado em vez de atividade/insumo focalizado) serão avaliados em cada rotina e como o
progresso será medido.

● Comunique expectativas: publique e distribua o cronograma de rotinas para todas as partes


relevantes e certifique-se de que estejam cientes dos indicadores de avaliação.

48
Etapa 5: Preparação de um Pacto de Aceleração dos ODS

Figura 21 – Ferramenta 3A – as rotinas ajudam os usuários a estabelecer um cronograma re-


gular de reuniões e a publicar o calendário principal para todas as partes relevantes, a fim de
garantir o monitoramento adequado (ilustrativo*)
* Este diagrama é ilustrativo e varia de acordo com o contexto do país e com o método de entrega escolhido.
Ferramenta 3B: Scorecard de monitoramento e avaliação (Figura 22)
O scorecard de monitoramento e implementação usa métricas padronizadas para indicar se a
implementação e o impacto estão no caminho certo. O scorecard recebe suas contribuições do
plano de recursos e implementação. Essas informações permitem aos usuários tomar medidas
adequadas para entender e corrigir os desafios de implementação. Para métricas que estão fora
do rumo, os usuários podem consultar a matriz de responsabilidades para determinar as partes
responsáveis.

Como usar

● Revise o plano de recursos e implementação para comparar o progresso da implementação


com o progresso planejado, nas categorias de implementação, produto e resultado. Registre
o progresso em relação às expectativas com comentários e o código de cores apropriado
para indicar o status atual das métricas.

● Use o scorecard como mecanismo de relatório durante as reuniões de rotina.

49
50
Etapa 5: Preparação de um Pacto de Aceleração dos ODS

Implementação está no caminho certo A estrutura de monitoramento analisa os resultados em


relação aos produtos da matriz de responsabilidades
Implementação com alguns atrasos que podem ser resolvidos facilmente
Implementação com atrasos significativos que exigem atenção
Implementação fora de curso; requer atenção imediata

Estrutura de M&A: acompanhar a implementação e o progresso de metas


Implementação Produtos e Resultados
Soluções de Política e Orçamento e Pessoas Processo de Aquisições Promoção Meta geral Satisfação Custo Abrangência
gargalos planeja- financiamento entrega do cliente dentro do geográfica
mento orçamento necessária
Acelerador: Planos Orçamento Contratação Desenvolvi- Desembolso Campanha Real: N/A N/A Apenas N/A
Educação e leis e despesas de pessoal de mento de TIC tardio de publicitária 1% acima
primária apoiam a no caminho longo prazo no caminho fundos do em curso Meta hoje:
solução certo para TIC, certo; leve doador dificulta N/A
Solução do conformidade atraso na a aquisição de
gargalo: Recursos Meta final:
e relações com documentação hardware
mobile mobilizados 260 mil
comerciantes do ministério e
banking Recomendação: novas
fora de curso no processo de
carta do crianças
(um mês de treinamento
governo para estão
atraso)
solicitar o matriculadas
Recomendação: desembolso na escola

* Os números são ilustrativos e variam de acordo com a solução e o contexto do país.


reunião de total dos
Indireta: 130
alto nível com fundos do
mil
o ministro doador
para remover estudantes
obstáculos do sexo
burocráticos feminino
adicionais
melhoram a
paridade de
gênero

A estrutura de monitoramento inclui recomendações

Figura 22 – O scorecard de monitoramento e avaliação usa métricas padronizadas para medir o pro-
gresso real da implementação em relação a insumos, produtos e resultados esperados (ilustrativo*)
para tratar de produtos em atraso ou fora de curso
A estrutura de monitoramento inclui recomendações para tratar de pro-
dutos em atraso ou fora de curso
Ferramenta 3C: Mapeamento dos desafios de implementação (Figura V)
A ferramenta de mapeamento de desafios identifica impedimentos específicos para a entrega
de soluções bem-sucedidas e deve concentrar-se nas situações em “laranja” e “vermelho”, iden-
tificadas no scorecard de monitoramento e avaliação (Figura 22). O exercício de mapeamento
oferece a oportunidade de diagnosticar problemas e formular respostas.

Como usar

● Crie caminhos de implementação de soluções nas seis categorias do plano de recursos e


implementação.

● Mapeie essas etapas de implementação em relação a categorias de impedimentos (política


e planejamento, orçamento e financiamento, entrega de serviços/fornecimento, entrega de
serviços/demanda), para diagnosticar e identificar impedimentos.

Desafios no caminho da solução para a intervenção de solução de gargalo [mobile ban-


king]: Transferência monetária condicional

Acelerador: Educação primária

Etapas de implementação 51
Categorias Pessoas Infraes- Fornece- Equipa- Processo Promoção
de desafios trutura dores mentos de entrega
de imple- e serviços
mentação
Política e O Ministério da
planejamento Educação não tem
protocolo para
contratar pessoal
de TIC
Orçamento Desembolso
e finanças de fundos
atrasado
devido à
falta de
comunicação
Entrega Contratação de
(fornecimento) pessoal de longo
prazo prejudicada
por atrasos no
Departamento de Desafios de implementação da solução mapeados em
RH do Ministério
relação às categorias de produtos da implementação
Utilização
(demanda)

Figura 23 – Ferramenta 3C – o mapeamento de desafios de implementação permite aos usuá-


rios identificar e resolver os obstáculos à entrega bem-sucedida de soluções (ilustrativo*)
* Este diagrama é ilustrativo e irá variar de acordo com a solução e o contexto do país.
Conselhos de implementação e lições aprendidas de projetos anteriores
As experiências em vários projetos, incluindo a aplicação em mais de 60 países do Marco de
Aceleração dos ODM (MDG Acceleration Framework, MAF), entre 2009 e 2015, produziram os se-
guintes conselhos e lições aprendidas para a implementação de soluções de aceleração:

● Coloque as pessoas à frente do processo para garantir que os indivíduos que implemen-
tam as soluções estejam motivados e tenham um sentimento de propriedade com relação à
implementação. Isso é mais importante do que criar o plano perfeito, pois, em última instân-
cia, são as pessoas que implementam o plano – elas são a chave para o sucesso. Para facilitar
isso, os governos devem garantir que os incentivos corretos estejam em vigor.

● Comunique claramente o valor da entrega antecipada das soluções para gargalos, a fim
de impulsionar a consecução dos objetivos de entrega dentro da organização e da agência
implementadora.

● Ofereça resultados rápidos, para estabelecer a credibilidade do processo de entrega na


agência de implementação e entre os parceiros de implementação, buscando, ao mesmo
tempo, soluções de gargalos transversais de longo prazo.

● Forneça incentivos para a transparência de gerentes, visando garantir que relatem entregas
lentas e fora de curso, permitindo o diagnóstico precoce e a resolução de desafios de entrega.

52
Etapa 5: Preparação de um Pacto de Aceleração dos ODS
GLOSSÁRIO DE TERMOS
Glossário de Termos
Acelerador – Política de desenvolvimento e/ou área programática catalítica que pode desenca-
dear efeitos multiplicadores positivos nos ODS.
Gargalo – Restrição imediata e removível que prejudica o desempenho ideal de uma interven-
ção e, por sua vez, um acelerador.
Solução de gargalo – É uma ação com impacto significativo na resolução de um gargalo.
Impulsionador – Fator que afeta decisivamente o progresso em direção ao acelerador.
Grupo de trabalho especializado – Consiste em especialistas de um país; inclui funcionários
de vários ministérios do governo, sociedade civil, setor acadêmico, setor privado e parceiros da
Organização das Nações Unidas e de desenvolvimento.
Intervenção – Ação que pode apoiar o progresso em um impulsionador-chave de um acelera-
dor. Uma intervenção pode consistir na entrega de políticas propícias e/ou em um pacote de
bens, serviços e infraestrutura.
Prioridade nacional – Áreas de desenvolvimento definidas no plano de desenvolvimento nacio-
nal e/ou documento de visão de um país em resposta a necessidades nacionais bem identificadas.
Desenvolvimento sustentável – Desenvolvimento que atenda às necessidades atuais sem com-
prometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades.13O
54 desenvolvimento sustentável inclui sustentabilidade econômica, social e ambiental, que pode
ser alcançada pela gestão racional do capital físico, natural e humano.14
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – Os ODS são um chamado universal à
ação para acabar com a pobreza, proteger o planeta e garantir que todas as pessoas desfrutem
de paz e prosperidade. Esses 17 Objetivos se baseiam nos sucessos dos Objetivos de Desenvol-
vimento do Milênio, incluindo novas áreas, tais como mudança climática, desigualdade eco-
nômica, inovação, consumo sustentável, paz e justiça, entre outras prioridades. As metas estão
interligadas – muitas vezes, a chave para o sucesso de uma delas envolve o enfrentamento de
problemas mais comumente associados a outra.
Quadro das Nações Unidas para Assistência ao Desenvolvimento (UNDAF) – O UNDAF é
um quadro estratégico de resultados em médio prazo que descreve a visão coletiva e a resposta
do sistema da ONU às prioridades e aos resultados do desenvolvimento nacional, com base em
princípios de programação normativa.15 Descreve como as Equipes de País da ONU contribuirão
para a obtenção de resultados de desenvolvimento com base em uma análise comum de país
e vantagem comparativa da ONU. Emprega a abordagem MAPS (Mainstreaming, Aceleração e
Apoio a Políticas), adotada pelo Grupo de Desenvolvimento das Nações Unidas para apoiar os
países na adoção da Agenda 2030 e buscar a realização dos ODS de forma sistemática, informa-
da por evidências e com enfoque em resultados.
Glossário de Termos

Usuários – Indivíduos que irão implementar a ABA. Normalmente, incluem-se oficiais do gover-
no, funcionários da ONU e agências parceiras.

13
Brundtland, G., ed. (1987). Our Common Future: Relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.

14
ONU. (Organização das Nações Unidas). (2010). From Brundtland to Rio 2012.

15
UNDG. (2017). Orientação do Quadro das Nações Unidas para Assistência ao Desenvolvimento.
anexos
Anexo 1: Classificação de metas dos ODS
A tabela abaixo foi desenvolvida usando o Gráfico de Integração do World Wildlife Fund,16 que
analisa como cada meta dos ODS aborda as dimensões social, ambiental e econômica do de-
senvolvimento sustentável. É importante notar que não se espera que todas as três dimensões
tenham o mesmo peso em cada uma das metas individuais e em seu conjunto de metas. Alguns,
inevitavelmente, terão maior ênfase em determinada dimensão em razão do seu foco temáti-
co.17 A tabela não fornece essa análise.
Objetivo 12: Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis
Meta de ODS Econômica/
Social/
Ambiental
Objetivo 1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares
1.1 Até 2030, erradicar a pobreza extrema para todas as pessoas em todos Econômica,
os lugares, atualmente medida como pessoas vivendo com menos de Social
US$ 1,25 por dia
1.2 Até 2030, reduzir pelo menos à metade a proporção de homens, Econômica,
mulheres e crianças, de todas as idades, que vivem na pobreza, em Social
todas as suas dimensões, de acordo com as definições nacionais
1.3 Implementar, em nível nacional, medidas e sistemas de proteção Social
56 social adequados para todos, incluindo pisos, e até 2030 alcançar a
cobertura substancial dos pobres e vulneráveis
1.4 Até 2030, garantir que todos os homens e mulheres, particularmente Econômica,
os pobres e vulneráveis, tenham direitos iguais aos recursos Social,
econômicos, bem como o acesso a serviços básicos, propriedade Ambiental
e controle sobre a terra e outras formas de propriedade, herança,
recursos naturais, novas tecnologias apropriadas e serviços
financeiros, incluindo microfinanças
1.5 Até 2030, construir a resiliência dos pobres e daqueles em situação Econômica,
de vulnerabilidade, e reduzir a exposição e vulnerabilidade destes Social,
a eventos extremos relacionados com o clima e outros choques e Ambiental
desastres econômicos, sociais e ambientais
Objetivo 2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e a melhoria da nutrição
e promover a agricultura sustentável
2.1 Até 2030, acabar com a fome e garantir o acesso de todas as pessoas, Social
em particular os pobres e pessoas em situações vulneráveis, incluindo
crianças, a alimentos seguros, nutritivos e suficientes durante todo o
ano

16
Gráfico de Integração, Reação Internacional do WWF ao Documento Final do OWG sobre os ODS. Disponível em
http://mobil.wwf.de/ fileadmin/user_upload/PDF/OWG_Outcome_WWF_Reaction_FINAL.PDF
Anexos

17
German Council for Sustainable Development and Stakeholder Forum. (2015). Sustainable Development Goals
and Integration: Achieving a better balance between the economic, social and environmental dimensions. Disponí-
vel em http://www.stakeholderforum.org/ fileadmin/files/Balancing the dimensions in the SDGs FINAL.pdf
Meta de ODS Econômica/
Social/
Ambiental
2.2 Até 2030, acabar com todas as formas de desnutrição, incluindo Social,
alcançar, até 2025, as metas acordadas internacionalmente sobre Ambiental
nanismo e caquexia em crianças menores de cinco anos de idade,
e atender às necessidades nutricionais dos adolescentes, mulheres
grávidas e lactentes e pessoas idosas
2.3 Até 2030, dobrar a produtividade agrícola e a renda dos pequenos Social,
produtores de alimentos, particularmente das mulheres, povos Ambiental
indígenas, agricultores familiares, pastores e pescadores, inclusive
por meio de acesso seguro e igual a terra, outros recursos produtivos
e insumos, conhecimento, serviços financeiros, mercados e
oportunidades de agregação de valor e de emprego não agrícola
2.4 Até 2030, garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos Econômica,
e implementar práticas agrícolas resilientes, que aumentem a Social,
produtividade e a produção, que ajudem a manter os ecossistemas, Ambiental
que fortaleçam a capacidade de adaptação às mudanças climáticas,
às condições meteorológicas extremas, secas, inundações e outros
desastres, e que melhorem progressivamente a qualidade da terra e
do solo
2.5 Até 2020, manter a diversidade genética de sementes, plantas Econômica,
cultivadas, animais de criação e domesticados e suas respectivas Social,
espécies selvagens, inclusive por meio de bancos de sementes e Ambiental
plantas diversificados e bem geridos em nível nacional, regional e
internacional, e garantir o acesso e a repartição justa e equitativa 57
dos benefícios decorrentes da utilização dos recursos genéticos
e conhecimentos tradicionais associados, como acordado
internacionalmente
Objetivo 3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todas e todos, em todas
as idades
3.1 Até 2030, reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos Social
de 70 mortes por 100 mil nascidos vivos
3.2 Até 2030, acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos e Social
crianças menores de 5 anos, com todos os países objetivando reduzir
a mortalidade neonatal para pelo menos 12 por mil nascidos vivos e
a mortalidade de crianças menores de 5 anos para pelo menos 25 por
mil nascidos vivos
3.3 Até 2030, acabar com as epidemias de Aids, tuberculose, malária e Social
doenças tropicais negligenciadas, e combater a hepatite, doenças
transmitidas pela água, e outras doenças transmissíveis
3.4 Até 2030, reduzir em um terço a mortalidade prematura por doenças Social
não transmissíveis via prevenção e tratamento, e promover a saúde
mental e o bem-estar
3.5 Reforçar a prevenção e o tratamento do abuso de substâncias, Social
incluindo o abuso de drogas entorpecentes e uso nocivo do álcool
3.6 Até 2020, reduzir pela metade as mortes e os ferimentos globais por Social
acidentes em estradas
3.7 Até 2030, assegurar o acesso universal aos serviços de saúde sexual Social
e reprodutiva, incluindo o planejamento familiar, informação
e educação, bem como a integração da saúde reprodutiva em
estratégias e programas nacionais
Meta de ODS Econômica/
Social/
Ambiental
3.8 Alcançar a cobertura universal de saúde, incluindo a proteção do Social
risco financeiro, o acesso a serviços de saúde essenciais de qualidade
e o acesso a medicamentos e vacinas essenciais seguros, eficazes, de
qualidade e a preços acessíveis para todos
3.9 Até 2030, reduzir substancialmente o número de mortes e doenças Social,
por produtos químicos perigosos, contaminação e poluição do ar e Ambiental
água do solo
Objetivo 4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover
oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos
4.1 Até 2030, garantir que todas as meninas e meninos completem o Social
ensino primário e secundário livre, equitativo e de qualidade, que
conduza a resultados de aprendizagem relevantes e eficazes
4.2 Até 2030, garantir que todas as meninas e os meninos tenham acesso Social
a um desenvolvimento de qualidade na primeira infância, cuidados
e educação pré-escolar, de modo que eles estejam prontos para o
ensino primário
4.3 Até 2030, assegurar a igualdade de acesso para todos os homens e Social
mulheres à educação técnica, profissional e superior de qualidade, a
preços acessíveis, incluindo universidade
4.4 Até 2030, aumentar substancialmente o número de jovens e adultos Econômica,
que tenham habilidades relevantes, inclusive competências técnicas e Social
58 profissionais, para emprego, trabalho decente e empreendedorismo
4.5 Até 2030, eliminar as disparidades de gênero na educação e Social
garantir a igualdade de acesso a todos os níveis de educação e
formação profissional para os mais vulneráveis, incluindo as pessoas
com deficiência, povos indígenas e as crianças em situação de
vulnerabilidade
4.6 Até 2030, garantir que todos os jovens e uma substancial proporção Social
dos adultos, homens e mulheres estejam alfabetizados e tenham
adquirido o conhecimento básico de matemática
4.7 Até 2030, garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos Econômica,
e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento Social,
sustentável, inclusive, entre outros, por meio da educação para o Ambiental
desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos
humanos, igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz e
não violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e
da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável
Objetivo 5: Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas
5.1 Acabar com todas as formas de discriminação contra todas as Social
mulheres e meninas em toda parte
5.2 Eliminar todas as formas de violência contra todas as mulheres Social
e meninas nas esferas públicas e privadas, incluindo o tráfico e
exploração sexual e de outros tipos
5.3 Eliminar todas as práticas nocivas, como os casamentos prematuros, Social
forçados e de crianças e mutilações genitais femininas
5.4 Reconhecer e valorizar o trabalho de assistência e doméstico não Social
remunerado, por meio da disponibilização de serviços públicos,
Anexos

infraestrutura e políticas de proteção social, bem como a promoção


da responsabilidade compartilhada dentro do lar e da família,
conforme os contextos nacionais
Meta de ODS Econômica/
Social/
Ambiental
5.5 Garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade Social
de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de
decisão na vida política, econômica e pública
5.6 Assegurar o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva e os Social
direitos reprodutivos, como acordado em conformidade com o
Programa de Ação da Conferência Internacional sobre População
e Desenvolvimento e com a Plataforma de Ação de Pequim e os
documentos resultantes de suas conferências de revisão
Objetivo 6: Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todas
e todos
6.1 Até 2030, alcançar o acesso universal e equitativo a água potável e Social
segura para todos
6.2 Até 2030, alcançar o acesso a saneamento e higiene adequados e Social
equitativos para todos, e acabar com a defecação a céu aberto, com
especial atenção para as necessidades das mulheres e meninas e
daqueles em situação de vulnerabilidade
6.3 Até 2030, melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição, Social,
eliminando o despejo e minimizando a liberação de produtos Ambiental
químicos e materiais perigosos, reduzindo à metade a proporção
de águas residuais não tratadas e aumentando substancialmente a
reciclagem e reutilização segura globalmente
6.4 Até 2030, aumentar substancialmente a eficiência do uso da água em Econômica, 59
todos os setores e assegurar retiradas sustentáveis e o abastecimento Social,
de água doce para enfrentar a escassez de água, e reduzir Ambiental
substancialmente o número de pessoas que sofrem com a escassez
de água
6.5 Até 2030, implementar a gestão integrada dos recursos hídricos em Econômica,
todos os níveis, inclusive via cooperação transfronteiriça, conforme Ambiental
apropriado
6.6 Até 2020, proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a água, Ambiental
incluindo montanhas, florestas, zonas úmidas, rios, aquíferos e lagos
Objetivo 7: Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia
para todas e todos
7.1 Até 2030, assegurar o acesso universal, confiável, moderno e a preços Econômica,
acessíveis a serviços de energia Social
7.2 Até 2030, aumentar substancialmente a participação de energias Econômica,
renováveis na matriz energética global Ambiental
7.3 Até 2030, dobrar a taxa global de melhoria da eficiência energética Econômica,
Ambiental
Objetivo 8: Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego
pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos
8.1 Sustentar o crescimento econômico per capita de acordo com as Econômica
circunstâncias nacionais e, em particular, um crescimento anual de
pelo menos 7% do produto interno bruto [PIB] nos países menos
desenvolvidos
8.2 Alcançar níveis mais elevados de produtividade das economias Econômica
por meio da diversificação, modernização tecnológica e inovação,
inclusive por meio de um foco em setores de alto valor agregado e
dos setores intensivos em mão de obra
Meta de ODS Econômica/
Social/
Ambiental
8.3 Promover políticas orientadas para o desenvolvimento que Econômica,
apoiem as atividades produtivas, geração de emprego decente, Social
empreendedorismo, criatividade e inovação, e incentivar a
formalização e o crescimento das micro, pequenas e médias
empresas, inclusive por meio do acesso a serviços financeiros
8.4 Melhorar progressivamente, até 2030, a eficiência dos recursos Econômica,
globais no consumo e na produção, e empenhar-se para dissociar o Ambiental
crescimento econômico da degradação ambiental, de acordo com o
Plano Decenal de Programas sobre Produção e Consumo Sustentáveis,
com os países desenvolvidos assumindo a liderança
8.5 Até 2030, alcançar o emprego pleno e produtivo e trabalho decente Econômica,
para todas as mulheres e homens, inclusive para os jovens e as Social
pessoas com deficiência, e remuneração igual para trabalho de igual
valor
8.6 Até 2020, reduzir substancialmente a proporção de jovens sem Econômica,
emprego, educação ou formação Social
8.7 Tomar medidas imediatas e eficazes para erradicar o trabalho forçado, Social
acabar com a escravidão moderna e o tráfico de pessoas, e assegurar
a proibição e eliminação das piores formas de trabalho infantil,
incluindo recrutamento e utilização de crianças-soldado, e até 2025
acabar com o trabalho infantil em todas as suas formas
8.8 Proteger os direitos trabalhistas e promover ambientes de trabalho Social
60 seguros e protegidos para todos os trabalhadores, incluindo os
trabalhadores migrantes, em particular as mulheres migrantes, e
pessoas em empregos precários
8.9 Até 2030, elaborar e implementar políticas para promover o turismo Econômica,
sustentável, que gera empregos e promove a cultura e os produtos Social,
locais Ambiental
8.10 Fortalecer a capacidade das instituições financeiras nacionais para Econômica
incentivar a expansão do acesso aos serviços bancários, de seguros e
financeiros para todos
Objetivo 9: Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva
e sustentável e fomentar a inovação
9.1 Desenvolver infraestrutura de qualidade, confiável, sustentável e Econômica,
resiliente, incluindo infraestrutura regional e transfronteiriça, para Social,
apoiar o desenvolvimento econômico e o bem-estar humano, com Ambiental
foco no acesso equitativo e a preços acessíveis para todos
9.2 Promover a industrialização inclusiva e sustentável e, até 2030, Econômica,
aumentar significativamente a participação da indústria no setor Social
de emprego e no PIB, de acordo com as circunstâncias nacionais, e
dobrar sua participação nos países menos desenvolvidos
9.3 Aumentar o acesso das pequenas indústrias e outras empresas, Econômica,
particularmente em países em desenvolvimento, aos serviços
financeiros, incluindo crédito acessível e sua integração em cadeias de
valor e mercados
9.4 Até 2030, modernizar a infraestrutura e reabilitar as indústrias para Econômica,
torná-las sustentáveis, com eficiência aumentada no uso de recursos Ambiental
e maior adoção de tecnologias e processos industriais limpos e
Anexos

ambientalmente corretos; com todos os países atuando de acordo


com suas respectivas capacidades
Meta de ODS Econômica/
Social/
Ambiental
9.5 Fortalecer a pesquisa científica, melhorar as capacidades tecnológicas Econômica,
de setores industriais em todos os países, particularmente os países
em desenvolvimento, inclusive, até 2030, incentivando a inovação
e aumentando substancialmente o número de trabalhadores de
pesquisa e desenvolvimento por milhão de pessoas e os gastos
público e privado em pesquisa e desenvolvimento
Objetivo 10: Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles
10.1 Até 2030, progressivamente alcançar e sustentar o crescimento da Econômica,
renda dos 40% da população mais pobre a uma taxa maior que a Social
média nacional
10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e Social
política de todos, independentemente da idade, gênero, deficiência,
raça, etnia, origem, religião, condição econômica ou outra
10.3 Garantir a igualdade de oportunidades e reduzir as desigualdades Social
de resultados, inclusive por meio da eliminação de leis, políticas e
práticas discriminatórias e da promoção de legislação, políticas e
ações adequadas a este respeito
10.4 Adotar políticas, especialmente fiscal, salarial e de proteção social, e Econômica,
alcançar progressivamente uma maior igualdade Social
10.5 Melhorar a regulamentação e monitoramento dos mercados e Social
instituições financeiras globais e fortalecer a implementação de tais
regulamentações 61
10.6 Assegurar uma representação e voz mais forte dos países em Econômica,
desenvolvimento em tomadas de decisão nas instituições econômicas Social
e financeiras internacionais globais, a fim de produzir instituições mais
eficazes, críveis, responsáveis e legítimas
10.7 Facilitar a migração e a mobilidade ordenada, segura, regular e Econômica,
responsável das pessoas, inclusive por meio da implementação de Social
políticas de migração planejadas e bem geridas
Objetivo 11: Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e
sustentáveis
11.1 Até 2030, garantir o acesso de todos à habitação segura, adequada Social
e a preço acessível, e aos serviços
11.2 Até 2030, proporcionar o acesso a sistemas de transporte seguros, Social,
acessíveis, sustentáveis e a preço acessível para todos, melhorando a Ambiental
segurança rodoviária por meio da expansão dos transportes públicos,
com especial atenção para as necessidades das pessoas em situação
de vulnerabilidade, mulheres, crianças, pessoas com deficiência e
idosos
11.3 Até 2030, aumentar a urbanização inclusiva e sustentável, e as Social,
capacidades para o planejamento e gestão de assentamentos Ambiental
humanos participativos, integrados e sustentáveis, em todos os países
11.4 Fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural Social,
e natural do mundo Ambiental
11.5 Até 2030, reduzir significativamente o número de mortes e o número Econômica,
de pessoas afetadas por catástrofes e substancialmente diminuir as Social,
perdas econômicas diretas causadas por elas em relação ao produto Ambiental
interno bruto global, incluindo os desastres relacionados à água,
com o foco em proteger os pobres e as pessoas em situação de
vulnerabilidade
Meta de ODS Econômica/
Social/
Ambiental
11.6 Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das Social,
cidades, inclusive prestando especial atenção à qualidade do ar, Ambiental
gestão de resíduos municipais e outros
11.7 Até 2030, proporcionar o acesso universal a espaços públicos seguros, Social,
inclusivos, acessíveis e verdes, particularmente para as mulheres e Ambiental
crianças, pessoas idosas e pessoas com deficiência
Objetivo 12: Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis
12.1 Implementar o Plano Decenal de Programas sobre Produção e Econômica,
Consumo Sustentáveis, com todos os países tomando medidas, e Social,
os países desenvolvidos assumindo a liderança, tendo em conta o Ambiental
desenvolvimento e as capacidades dos países em desenvolvimento
12.2 Até 2030, alcançar a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos Econômica,
naturais Ambiental
12.3 Até 2030, reduzir pela metade o desperdício de alimentos per capita Econômica,
mundial, nos níveis de varejo e do consumidor, e reduzir as perdas Social,
de alimentos ao longo das cadeias de produção e abastecimento, Ambiental
incluindo as perdas pós-colheita
12.4 Até 2020, alcançar o manejo ambientalmente saudável dos produtos Social,
químicos e todos os resíduos, ao longo de todo o ciclo de vida Ambiental
destes, de acordo com os marcos internacionais acordados, e reduzir
significativamente a liberação destes para o ar, água e solo, para
62 minimizar seus impactos negativos sobre a saúde humana e o meio
ambiente
12.5 Até 2030, reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da Ambiental
prevenção, redução, reciclagem e reúso
12.6 Incentivar as empresas, especialmente as empresas grandes e Econômica,
transnacionais, a adotar práticas sustentáveis e a integrar informações Ambiental
de sustentabilidade em seu ciclo de relatórios
12.7 Promover práticas de compras públicas sustentáveis, de acordo com Econômica,
as políticas e prioridades nacionais Ambiental
12.8 Até 2030, garantir que as pessoas, em todos os lugares, tenham Social,
informação relevante e conscientização para o desenvolvimento Ambiental
sustentável e estilos de vida em harmonia com a natureza
Objetivo 13: Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos
13.1 Reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos Social,
relacionados ao clima e às catástrofes naturais em todos os países Ambiental
13.2 Integrar medidas da mudança do clima nas políticas, estratégias e Social,
planejamentos nacionais Ambiental
13.3 Melhorar a educação, aumentar a conscientização e a capacidade Social,
humana e institucional sobre mitigação, adaptação, redução de Ambiental
impacto e alerta precoce da mudança do clima
Objetivo 14: Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos
para o desenvolvimento sustentável
14.1 Até 2025, prevenir e reduzir significativamente a poluição marinha Ambiental
de todos os tipos, especialmente a advinda de atividades terrestres,
incluindo detritos marinhos e a poluição por nutrientes
Anexos
Meta de ODS Econômica/
Social/
Ambiental
14.2 Até 2020, gerir de forma sustentável e proteger os ecossistemas Econômica,
marinhos e costeiros para evitar impactos adversos significativos, Ambiental
inclusive por meio do reforço da sua capacidade de resiliência, e
tomar medidas para a sua restauração, a fim de assegurar oceanos
saudáveis e produtivos
14.3 Minimizar e enfrentar os impactos da acidificação dos oceanos, Econômica,
inclusive por meio do reforço da cooperação científica em todos os Social,
níveis Ambiental
14.4 Até 2020, efetivamente regular a coleta, e acabar com a sobrepesca, Econômica,
ilegal, não reportada e não regulamentada e as práticas de pesca Ambiental
destrutivas, e implementar planos de gestão com base científica, para
restaurar populações de peixes no menor tempo possível, pelo menos
a níveis que possam produzir rendimento máximo sustentável, como
determinado por suas características biológicas
14.5 Até 2020, conservar pelo menos 10% das zonas costeiras e marinhas, Ambiental
de acordo com a legislação nacional e internacional, e com base na
melhor informação científica disponível
14.6 Até 2020, proibir certas formas de subsídios à pesca, que contribuem Econômica,
para a sobrecapacidade e a sobrepesca, e eliminar os subsídios que Ambiental
contribuam para a pesca ilegal, não reportada e não regulamentada,
e abster-se de introduzir novos subsídios como estes, reconhecendo
que o tratamento especial e diferenciado adequado e eficaz para
os países em desenvolvimento e os países menos desenvolvidos 63
deve ser parte integrante da negociação sobre subsídios à pesca da
Organização Mundial do Comércio
14.7 Até 2030, aumentar os benefícios econômicos para os pequenos Econômica,
Estados insulares em desenvolvimento e os países menos Ambiental
desenvolvidos, a partir do uso sustentável dos recursos marinhos,
inclusive por meio de uma gestão sustentável da pesca, aquicultura e
turismo
Objetivo 15: Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres,
gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação
da terra e deter a perda de biodiversidade
15.1 Até 2020, assegurar a conservação, recuperação e uso sustentável Social,
de ecossistemas terrestres e de água doce interiores e seus serviços, Ambiental
em especial florestas, zonas úmidas, montanhas e terras áridas,
em conformidade com as obrigações decorrentes dos acordos
internacionais
15.2 Até 2020, promover a implementação da gestão sustentável de Social,
todos os tipos de florestas, deter o desmatamento, restaurar florestas Ambiental
degradadas e aumentar substancialmente o florestamento e o
reflorestamento globalmente
15.3 Até 2030, combater a desertificação, restaurar a terra e o solo Ambiental
degradado, incluindo terrenos afetados pela desertificação, secas e
inundações, e lutar para alcançar um mundo neutro em termos de
degradação do solo
15.4 Até 2030, assegurar a conservação dos ecossistemas de montanha, Social,
incluindo a sua biodiversidade, para melhorar a sua capacidade de Ambiental
proporcionar benefícios que são essenciais para o desenvolvimento
sustentável
Meta de ODS Econômica/
Social/
Ambiental
15.5 Tomar medidas urgentes e significativas para reduzir a degradação de Ambiental
habitat naturais, deter a perda de biodiversidade e, até 2020, proteger
e evitar a extinção de espécies ameaçadas
15.6 Garantir uma repartição justa e equitativa dos benefícios derivados da Econômica,
utilização dos recursos genéticos e promover o acesso adequado aos Social
recursos genéticos
15.7 Tomar medidas urgentes para acabar com a caça ilegal e o tráfico Social,
de espécies da flora e fauna protegidas e abordar tanto a demanda Ambiental
quanto a oferta de produtos ilegais da vida selvagem
15.8 Até 2020, implementar medidas para evitar a introdução e reduzir Ambiental
significativamente o impacto de espécies exóticas invasoras em
ecossistemas terrestres e aquáticos, e controlar ou erradicar as
espécies prioritárias
15.9 Até 2020, integrar os valores dos ecossistemas e da biodiversidade ao Econômica,
planejamento nacional e local, nos processos de desenvolvimento, Social,
nas estratégias de redução da pobreza e nos sistemas de contas Ambiental
Objetivo 16: Promover sociedades pacíficas e inclusivas
16.1 Reduzir significativamente todas as formas de violência e as taxas de Social
mortalidade relacionada em todos os lugares
16.2 Acabar com abuso, exploração, tráfico e todas as formas de violência e Social
tortura contra crianças
64
16.3 Promover o Estado de direito, em nível nacional e internacional, e Social
garantir a igualdade de acesso à justiça para todos
16.4 Até 2030, reduzir significativamente os fluxos financeiros e de armas Econômica,
ilegais, reforçar a recuperação e devolução de recursos roubados e Social
combater todas as formas de crime organizado
16.5 Reduzir substancialmente a corrupção e o suborno em todas as suas Econômica,
formas Social
16.6 Desenvolver instituições eficazes, responsáveis e transparentes em Social
todos os níveis
16.7 Garantir a tomada de decisão responsiva, inclusiva, participativa e Social
representativa em todos os níveis
16.8 Ampliar e fortalecer a participação dos países em desenvolvimento Social
nas instituições de governança global
16.9 Até 2030, fornecer identidade legal para todos, incluindo o registro de Social
nascimento
16.10 Assegurar o acesso público à informação e proteger as liberdades Social
fundamentais, em conformidade com a legislação nacional e os
acordos internacionais
Anexos
Prioridade Acelerador impulsionador Intervenção Metas dos ODS
nacional sugerida abordadas
Erradicar a pobreza Melhorar o Consolidação e O Registro Social Unificado poderia permitir a coordenação, 6.1, 6.2, 6.3, 6.4,
extrema e a fome desempenho coordenação de reduzir a duplicação de esforços (por exemplo, coleta de 5.4, 4.5, 3.9, 2.3
do sistema de programa dados), combater fraudes (acompanhando que beneficiários
proteção social recebem quais benefícios), melhorar a eficiência (por exemplo,
sistemas de pagamento comuns, monitoramento e avaliação)
e facilitar a transição dos beneficiários entre os esquemas
conforme mudem as circunstâncias, garantindo, assim, a
continuação dos serviços, conforme necessário.
Melhorar a Operacionalizar a força do trabalhador social e a busca 6.1, 6.2, 6.3, 6.4,
inclusividade do ativa. Esforços para inscrever famílias pobres que, por várias 5.4, 4.5, 3.9, 2.3
sistema para não razões, não estão se beneficiando de programas podem ter
deixar ninguém impactos importantes sobre os níveis de pobreza e sobre a
para trás formação de capital humano. Uma maneira de alcançar esse
grupo poderia ser o uso de um modelo de “busca ativa”, como
o aplicado no Brasil ou no Chile, no qual assistentes sociais
buscam ativamente beneficiários qualificados.
Ligar a proteção Integrar os serviços de treinamento e desenvolvimento 6.1, 6.2, 6.3, 6.4,
social aos de habilidades como parte do sistema de proteção social. 5.4, 4.5, 3.9, 2.3,
Anexo 2: Lista de intervenções

mercados de Manter uma estreita ligação entre educação e formação, 8.2, 9.1, 9,4
trabalho empregadores e políticas de emprego cria uma ponte eficaz
entre o mundo da aprendizagem e o do trabalho e a garantia
de emprego decente. A proteção social pode ajudar a
transição de homens e mulheres para empregos produtivos e
meios de subsistência sustentáveis. Construir capital humano
e melhorar a produtividade devem ser um tema subjacente a
todos os programas de proteção social.
volvimento. Todas as intervenções devem ser adaptadas ao contexto do país.
conhecimento técnico das agências especializadas da ONU para enfrentar os desafios do desen-
A lista de exemplos de intervenções foi desenvolvida com base nas experiências dos países e no

65
66
Anexos

Prioridade Acelerador impulsionador Intervenção Metas dos ODS


nacional sugerida abordadas
Melhorar os Vincular os Projetar Projetar incentivos para comportamentos mais saudáveis. 1.2, 7.2, 8.1, 8.4,
resultados de saúde resultados de incentivos para Os programas de proteção social, em especial a assistência 9.1, 9.2, 9.3, 9.4,
saúde a sistemas comportamentos social, quando concebidos adequadamente, podem ser um 10.1, 11.3, 11.6,
de proteção saudáveis importante catalisador para a mudança de comportamento 12.2, 12.4, 12.5,
social em direção a estilos de vida mais saudáveis. Programas como 12.7
transferências monetárias poderiam ser usados como ponto
de entrada para intervenções complementares para alcançar 1.2, 7.2, 8.1, 8.2,
resultados de saúde relacionados. 8.3, 8.4, 9.1, 9.2,
9.3, 9.4, 10.1, 11.3,
11.6, 12.2, 12.4,
12.5, 12.7
Boa governança Maior acesso à Reduzir o Comunicação para o desenvolvimento. Um processo 1.2, 7.2, 8.1, 8.2,
justiça social comportamento abrangente, transversal, baseado em evidências e
violento participativo, para promover comportamentos mensuráveis 8.38.4, 9.1, 9.2, 9.3,
e mudanças sociais, é essencial para a mudança de
9.4, 10.1, 11.3,
mentalidades e atitudes que tolerem algumas formas de
11.6,
violência contra mulheres e crianças. Isto deve incluir a
facilitação do diálogo e da análise comunitária, enquadrando 12.2, 12.4, 12.5,
narrativas públicas positivas e estimulando a não aceitação 12.7
social de fatores sociais negativos, inclusive desigualdade de
gênero.
Melhorar a Aumentar a capacidade de acusação e defesa legal.
capacidade do Reforçar a eficácia da capacidade do sistema de justiça,
sistema de justiça particularmente do sistema de justiça criminal, incluindo
o aumento da eficiência de: sistema de justiça, sistema de
tribunais, acusação, aplicação da lei e acesso equitativo à
justiça.

Fortalecer o policiamento e as capacidades de investigação


policial. Isso inclui a capacidade de monitorar e responder à
violência relacionada a gangues, aprimorando o policiamento
comunitário para gerar confiança e melhorar as tecnologias
para a investigação criminal
Prioridade Acelerador impulsionador Intervenção Metas dos ODS
nacional sugerida abordadas
Infraestrutura Infraestrutura Melhorar a Simplificar os mandatos institucionais para reduzir 6.1, 6.2, 6.3, 6.4,
e transporte de mais verde entrega de sobreposições ou lacunas. Em países onde várias instituições 5.4, 4.5, 3.9, 2.3
qualidade serviços têm missões na gestão de recursos hídricos e resíduos sólidos,
os subsetores poderiam se beneficiar de uma avaliação
abrangente dos papéis e responsabilidades institucionais e
do estabelecimento de mandatos claros, nos diferentes níveis
de governo, para a prestação de serviços e o gerenciamento
do recurso. Isso não apenas simplificaria a prestação de
serviços, mas também esclareceria as responsabilidades pelo
fornecimento de serviços à população em geral.
Parcerias público-privadas para prestação de serviços. 6.1, 6.2, 6.3, 6.4,
O investimento do setor privado poderia facilitar o impulso 5.4, 4.5, 3.9, 2.3
para um processo com maior sustentabilidade ambiental
e criar empregos. Fazer com que o setor privado invista
em infraestrutura é uma necessidade, e as parcerias
público-privadas precisarão ser exploradas para atender às
necessidades de prestação de serviços nos setores de água,
resíduos e transporte.
Modernizar a Implementar instrumentos financeiros inovadores. O 6.1, 6.2, 6.3, 6.4,
infraestrutura ganho de escala para a infraestrutura exige investimentos 5.4, 4.5, 3.9, 2.3,
e promover consideráveis nesse quesito. Por essa razão, pode ser 8.2, 9.1, 9,4
investimento necessário aos governos reformular a forma como a
infraestrutura é planejada e financiada, fortalecer parcerias
entre os setores público e privado de investimento e
considerar a adoção de instrumentos financeiros inovadores,
como títulos verdes.
67
68
Anexos

Prioridade Acelerador impulsionador Intervenção Metas dos ODS


nacional sugerida abordadas
Crescimento Fortalecer a Diversificação Explorar as oportunidades da economia verde. Desenvolver 1.2, 7.2, 8.1, 8.4,
inclusivo competitividade econômica uma estratégia de diversificação com foco em atrair maior 9.1, 9.2, 9.3, 9.4,
ea investimento, promover a pesquisa e o desenvolvimento 10.1, 11.3, 11.6,
produtividade e incentivar inovação e tecnologia em oportunidades de 12.2, 12.4,
para o “economia verde”, incluindo o uso mais eficaz do Fundo Verde
crescimento (com orientação para melhores resultados e investimento de 12.5, 12.7
inclusivo capital).
1.2, 7.2, 8.1, 8.2,
Melhorar as aquisições públicas. Políticas de aquisições 8.3, 8.4, 9.1, 9.2,
públicas bem concebidas podem apoiar a diversificação 9.3, 9.4, 10.1, 11.3,
econômica e o crescimento inclusivo e proporcionar 11.6, 12.2, 12.4,
oportunidades para micro, pequenas e médias empresas. Elas 12.5, 12.7
também devem ter menos distorções e maximizar a alocação
de recursos nas aquisições públicas de bens e serviços. Nesse
sentido, muitas ações – como reservas para MPMEs, assegurar
baixos custos de entrada/saída para as MPMEs participarem de
licitações, aplicação de margens domésticas de preferência e
requisitos de conteúdo nacional – podem apoiar as MPMEs e
a diversificação econômica. Garantir que os regulamentos e os
processos mantenham a responsabilidade, mas sejam simples
e acessíveis às MPMEs, é fundamental para uma política bem-
sucedida.
Capacidade Alinhar habilidades com oportunidades produtivas. 1.2, 7.2, 8.1, 8.2,
produtiva Implementar um plano de ação de desenvolvimento de capital 8.38.4, 9.1, 9.2,
humano que incorpore perfis detalhados das habilidades dos 9.3, 9.4, 10.1, 11.3,
setores público e privado (especialmente a saúde), incluindo 11.6, 12.2, 12.4,
mecanismos implementáveis e orientados por dados, para a 12.5, 12.7
previsão de habilidades.
Prioridade Acelerador impulsionador Intervenção Metas dos ODS
nacional sugerida abordadas
Crescimento Fortalecer a Ecossistema para Sistema de Suporte Virtual para PMEs (VPME) – Este tipo 1.2, 1.3, 3.3, 5.1,
inclusivo competitividade PMEs de plataforma eletrônica pode auxiliar as PMEs no processo 5.2, 7.2, 8.1, 8.4,
ea de registro, obtenção de licenças e pagamento de impostos. 9.1, 9.2, 9.3, 9.4,
produtividade Também pode ser um ponto de acesso a um registro de 10.1, 11.3, 11.6,
para o provedores de serviços governamentais e privados. 12.2, 12.4, 12.5,
crescimento 12,7
inclusivo Reformas administrativas e legislativas para permitir
pagamentos eletrônicos ao governo podem ser cruciais para 1.2, 1.3, 3.3, 7.2,
melhorar a facilidade de fazer negócios com uma PME e 8.1, 8.2, 8.3, 8.4,
mesmo com o setor privado mais amplo. 9.1, 9.2, 9.3, 9.4,
10.1, 11.3, 11.6,
Criar uma plataforma de inovações de negócios que 12.2, 12.4, 12.5,
identifique as MPMEs orientadas para o crescimento e as 12,7
conecte aos serviços de financiamento e suporte necessários.
Programa de inclusão financeira 1.2, 1.3, 3.3, 7.2,
8.1, 8.2, 8.3, 8.4,
Melhorar o acesso ao financiamento para as PME é importante. 9.1, 9.2, 9.3, 9.4,
Entre as oportunidades nesta área estão: melhorar a ligação 10.1, 11.3, 11.6,
entre o Fundo Verde e as PME; melhorar a capacidade 12.2, 12.4, 12.5,
das MPME de acessar oportunidades de aquisições 12,7
governamentais; e melhorar o valor de crédito das MPME, o
que exigirá apoio mais personalizado no preparo de propostas 1.2, 1.3, 3.1. 3.3,5.1,
bancárias e na identificação de mecanismos de garantia 5.5, 8.1, 8.2, 8.3,
de grupo inovadores para reduzir o risco para instituições 8.4,
financeiras.
69
70
Anexos

Prioridade Acelerador impulsionador Intervenção Metas dos ODS


nacional sugerida abordadas
Crescimento Empoderamento Investimento Incubadora de empresas nacionais 9.1, 9.2, 9.3, 9.4,
inclusivo dos jovens em pesquisa, 10.1
inovação e Aumentar as opções de educação para os jovens,
desenvolvimento especialmente para aqueles que abandonaram a escola. As 1.1, 1.2, 1.4, 1.5,
intervenções podem incluir programas de educação aberta e 4.3, 4.4, 4.5, 4.6,
Fortalecer as treinamento técnico e vocacional. 8.3, 8.5, 8.6, 10.1,
políticas de 10.2, 10.3, 16,7
educação Melhor alinhar a formação às necessidades do mercado,
para que os jovens possam estar preparados para os 1.1, 1.2, 1.4, 1.5,
Fornecer empregos oferecidos no mercado de trabalho. Para esse fim, 4.3, 4.4, 4.5, 4.6,
formação as intervenções podem incluir uma melhor adaptação dos 8.3, 8.5, 8.6, 10.1,
adequada currículos nos níveis do ensino médio e universitário. 10.2, 10.3, 16,7

Fortalecer Políticas de parentalidade planejada poderiam ser 1.1, 1.2, 1.4, 1.5,
as políticas promovidas, particularmente para abordar a gravidez na 3.1, 3.2, 3.3, 3.7,
de saúde adolescência. As políticas de cuidados são complementos 4.3, 4.4, 4.5, 5.5,
reprodutiva e importantes das políticas de saúde reprodutiva. As mães 5.6, 8.5, 8.6, 10.1,
cuidados jovens precisam ter acesso a creches viáveis, para continuar 10.2, 10.3, 16.7
sua educação, participar de formações ou ingressar na força de
Criar trabalho. 1.1, 1.2, 1.4, 1.5,
oportunidades 8.3, 8.5, 8.6, 10.1,
de emprego Promover o empreendedorismo dos jovens, incluindo 10.2
empresas sociais, reduzir a burocracia para novas
empresas e fornecer apoio para financiar ideias
inovadoras. Introduzir incentivos para a contratação de jovens
funcionários em empresas já estabelecidas. Estágios de verão
e programas de aprendizes são bons exemplos de estratégias
que beneficiam jovens e empresas.
Prioridade Acelerador impulsionador Intervenção Metas dos ODS
nacional sugerida abordadas
Garantir a Gestão de Melhorar a Simplificar as regulamentações ambientais, fortalecer 1.5, 3.9, 6.3, 6.4,
sustentabilidade recursos naturais eficácia e a e aplicar consistentemente a legislação de Avaliação 8.4, 9.4, 11.6, 12.1,
ambiental e uma aplicação de de Impacto Ambiental e melhorar a capacidade de 12.2, 12.4, 14.1,
transição equitativa regulamentos fiscalização, incluindo o sistema judicial e o processo judicial. 14.2, 15.5, 15.8,
para uma economia 16.3
de baixo carbono Promover Projetar e implementar campanhas voltadas ao
comportamentos consumidor, para aumentar a consciência ambiental. 1.5, 3.9, 6.3, 6.4,
ambientalmente Desenvolver programas de turismo sustentável voltados 8.4, 12.1, 12.2,
conscientes aos fornecedores (empresas) e consumidores (turistas). 12.4, 12.8, 14.1,
Introduzir contabilidade do capital natural e avaliação 14.2, 15.5, 15.8,
Incentivar o Uso econômica dos serviços ecossistêmicos. 15,9
Sustentável de
Oceanos e Áreas Ampliar a gama de produtos turísticos alternativos 1.5, 8.4, 8.9, 12.1,
Costeiras baseados na natureza. Remodelar a imagem do país 12.2, 12.4, 14.1,
para um turismo mais ecológico, baseado na natureza, 14.2, 14.3, 15.5
voltado a visitantes de alto nível. Isso pode ser feito
por meio da implementação de esquemas inovadores de
proteção ambiental, como aqueles baseados em concessões e
esquemas de compensação e/ou incentivo.

71
72
Anexos

Subcategoria Perguntas Fontes de Gargalos Classifi-


informação identificados cação
Leis e políticas: ●● Quais são as leis e as políticas – dentro e fora do
Leis e políticas são setor de intervenção – que têm implicações diretas
favoráveis à entrega para a implementação desta intervenção?
gargalos

e ao uso de serviços
●● A implicação é positiva ou negativa?

●● As responsabilidades e os poderes institucionais


estão claramente definidos para esta intervenção
entre as autoridades nacionais, distritais e
municipais?
I. Política e Planejamento

Políticas/ ●● As leis e as políticas existentes fornecem ●● Estratégia Nacional


estratégias do incentivos para que parcerias público-privadas e de Desenvolvimento
setor: As políticas ministérios do governo forneçam a intervenção?
e as estratégias ●● Políticas setoriais
do setor (por ●● Estratégias e programas setoriais estão
exemplo, PND, diretamente ligados aos ODS? ●● Revisões
planos setoriais) intermediárias
apoiam a entrega ●● A intervenção prioritária dos ODS está integrada
e o uso de serviços. à Estratégia Nacional de Desenvolvimento? Se não,
Estratégias e o que causa a falta de integração? Falta de advocacy,
planos setoriais são conscientização e compreensão da relevância da
baseados em ODS e intervenção? Falta de conhecimentos técnicos e
descrevem desafios capacidades nos ministérios do governo?
e estratégias para
alcançar as metas de
desenvolvimento
O modelo pode ser usado como um guia adicional para identificar gargalos.
Anexo 3: Perguntas para ajudar a identificar e priorizar
Subcategoria Perguntas Fontes de Gargalos Classifi-
informação identificados cação
Plano setorial ●● O setor planeja usar dados desagregados além ●● Estratégia Nacional
O plano do setor de sexo e demografia urbana/rural para definir de Desenvolvimento
descreve claramente geografias e grupos prioritários para a prestação de
estratégias, serviços? ●● Planos setoriais
abordagem e
insumos necessários ●● O plano do setor especifica e reflete as ●● Revisões
para entregar as necessidades do grupo mais vulnerável? intermediárias
prioridades do setor
●● O setor planeja restringir (direta ou
indiretamente) o acesso de serviços a alguns grupos
populacionais (homens e mulheres, meninas e
meninos, população rural e urbana, idosos, jovens,
grupos étnicos etc.)?

●● O plano setorial contém um sistema de M&A?

73
74
Anexos

Subcategoria Perguntas Fontes de informação Gargalos Classificação


identificados
Alocação de verba ●● O orçamento do governo está alinhado com as ●● Marco de Gastos de
necessidades prioritárias descritas no Plano Nacional Médio Prazo (MGMP)
A alocação do de Desenvolvimento? Existem recursos alocados para
orçamento do a intervenção no orçamento? ●● Orçamento anual
governo para o
setor corresponde ●● Qual é a fórmula de alocação de orçamento? A ●● Relatórios
às necessidades fórmula permite o alinhamento com o Plano Nacional do Ministério do
prioritárias descritas de Desenvolvimento?
Planejamento e Finanças
no Plano Nacional
de Desenvolvimento
●● Quais partes interessadas são as principais ●● Relatórios
responsáveis pela alocação orçamentária? Ministérios do Ministério do
de linha, Ministério da Fazenda/Planejamento, Planejamento e Finanças
Legislativo, doadores ou o setor privado?
II. Orçamento e Financiamento

●● Exercícios de
●● Existe um Marco de Gastos de Médio Prazo orçamento sensível ao
(MGMP) associado ao PND? A alocação do MGMP está gênero
alinhada com o Plano Nacional de Desenvolvimento?

●● O governo realizou um orçamento sensível ao


gênero?
Subcategoria Perguntas Fontes de informação Gargalos Classificação
identificados
Despesas ●● As despesas planejadas correspondem ●● Marco de Gastos de
às despesas reais? Se não, qual é a fonte da Médio Prazo (MGMP)
As despesas do incompatibilidade?
governo estão ●● Orçamento anual
alinhadas com ●● Quais são as principais razões para gastos
o orçamento do menores do que o esperado nas áreas prioritárias (por ●● Relatórios do
governo exemplo, falta de financiamento de doadores, atrasos Ministério d do
na autorização de gastos, atrasos nas compras)? Planejamento e Finanças

●● As organizações subnacionais (inclusive o ●● Relatórios


governo) compartilham a responsabilidade pelas do Ministério do
despesas? Planejamento e
Implementação

●● Relatórios de
despesas

●● Revisões de Despesas
Públicas para o Setor

●● Despesas Públicas
e Responsabilidade
Financeira (Pefa)

●● Desempenho

●● Estrutura de Medição
75
76
Anexos

Subcategoria Perguntas Fontes de informação Gargalos Classificação


identificados
Mobilização de ●● Qual é o percentual do gasto público nesse setor ●● Marco de Gastos de
recursos financiado por fundos de doadores (isto é, níveis de Médio Prazo (MGMP)
APD)?
APD é suficiente ●● Orçamento anual
para atender aos ●● As condições para os gastos dos doadores
gastos orçados em reduzem a eficácia dos programas setoriais? Como? ●● Relatório de
programas setoriais
gerenciamento de auxílio
prioritários
●● Os doadores coordenam seus recursos e
atividades entre si e com o governo, permitindo que
os recursos sejam alocados da maneira mais eficiente
possível? Existe uma Abordagem Setorial (SWAp)
estabelecida para ajudar a coordenar o financiamento
dos doadores? E esse financiamento é coordenado
por meio de um mecanismo governamental
específico, nos níveis nacional e subnacional?

●● Há uma estratégia clara de doadores que ajude a


especificar os recursos solicitados dos doadores (por
exemplo, nível e alocação de financiamento)?
Subcategoria Perguntas Fontes de Gargalos Classi-
informação identificados ficação
Recursos Humanos ●● Pessoal de campo: há prestadores de serviços qualificados e
treinados para fornecer a intervenção?
As pessoas certas
com as habilidades ●● Há um número suficiente de prestadores de serviços treinados/
certas estão qualificados em campo? Se não, o motivo é uma falha em
disponíveis no recrutamento ou retenção?
momento certo
●● Os prestadores de serviços são sensíveis ao gênero? São
sensibilizados para fornecer serviços a diferentes grupos étnicos?

●● Há algum sistema de incentivo adequado?

●● Os prestadores de serviços atendem aos requisitos mínimos de


qualificação? Se não, isso se deve à falta de treinamento ou à falta de
pessoas com os pré-requisitos básicos?

●● Os currículos de treinamento fornecem orientação de alta


III. Entrega de serviços (fornecimento)

qualidade? Os prestadores de serviços têm acesso a treinamento de


“reciclagem”?

77
78
Anexos

Subcategoria Perguntas Fontes de Gargalos Classi-


informação identificados ficação
Infraestrutura, ●● Aquisições: a infraestrutura, os equipamentos e os suprimentos
equipamentos e corretos (volume e qualidade) são comprados pelo preço exigido e
suprimentos chegam ao local desejado no prazo?

Equipamentos ●● Há um número suficiente de fornecedores qualificados?


suprimentos/
infraestrutura
●● Há recursos suficientes para adquirir os suprimentos necessários?
entregues ao local
de prestação de
●● Os suprimentos certos (volume e qualidade) são entregues pelo
serviços dentro do
fornecedor no prazo e com o custo original?
prazo e com o custo
esperado
●● Há mecanismos de controle de qualidade implementados para
garantir que os suprimentos adquiridos atendam aos padrões da
END?

●● As parcerias público-privadas são alavancadas para a compra dos


suprimentos necessários a um preço atraente?

●● Distribuição: os equipamentos e os suprimentos são


transportados para o local de entrega do serviço dentro do prazo e
com o custo ajustado?

●● Há rotas logísticas suficientes para fornecer os equipamentos e


os suprimentos necessários?

●● Há equipamentos, pessoal e financiamento disponíveis para


transportar os suprimentos? Para todos os distritos?

●● Há sistemas de controle de qualidade para monitorar o processo


de transporte? Esses sistemas monitoram o tempo de transporte,
desperdício e vazamento?
Subcategoria Perguntas Fontes de Gargalos Classi-
informação identificados ficação
Entrega e ●● Entrega geral: a intervenção fornece cobertura equitativa de alta
governança qualidade?
setorial
●● Qual é o percentual de distritos para os quais a intervenção é
fornecida? Qual é o percentual da população total afetada?

●● A distribuição dos serviços é equitativa entre os distritos? Se não,


isso se deve a diferenças de pessoal em campo ou ao fornecimento
de bens entre distritos?

●● Dados desagregados (por exemplo, sexo, etnia, idade,


renda, rural, urbano) são usados para determinar os locais de
maior necessidade e demanda para a intervenção (prioridades
geográficas)? As necessidades dos mais pobres e mais vulneráveis
são consideradas na entrega da intervenção?

●● O governo subnacional compartilha responsabilidade


significativa pela entrega?
Entrega e ●● Responsabilidade: Existem linhas claras de responsabilidade
governança entre os governos nacional e subnacional?
setorial
●● Há mecanismos de prestação de contas em vigor para que os
governos subnacionais relatem a eficácia de apoio e programas
relacionados aos ODS (por exemplo, alocação de recursos)?

●● Há uma unidade do governo nacional que possa responder às


necessidades do governo subnacional?

●● Planejamento: há planos claramente articulados com


responsabilidades definidas para os governos nacionais e
subnacionais e para parceiros de desenvolvimento?

●● Há um plano de intervenção que descreva os principais recursos


e atividades necessários para a implementação?

●● O plano especifica a propriedade de cada atividade e recurso


requerido?
79
80
Anexos

Subcategoria Perguntas Fontes de Gargalos Classi-


informação identificados ficação
●● O governo subnacional e/ou outras organizações subnacionais
são responsáveis pelas operações subnacionais?

●● Todas as partes relevantes estão equipadas para realizar sua


parte da intervenção, incluindo governos nacionais, parceiros de
desenvolvimento/doadores e governo subnacional?

●● Há ligações claras entre os papéis e responsabilidades dos


governos nacionais e subnacionais (por exemplo, transferências
claras)?

●● Gestão de programas e sistemas de M&A: há mecanismos para


monitorar os resultados da intervenção?

●● Existe uma unidade de gerenciamento de programas que


monitore de forma vigilante o sucesso da intervenção?

●● Essa unidade tem procedimentos específicos para monitorar


a quantidade, a qualidade e a pontualidade da entrega de bens e
serviços?

●● O sistema de M&A avalia com precisão o status de entrega das


intervenções?

●● Os representantes da sociedade civil apoiam e participam do


processo de monitoramento?

●● Os M&As estão disponíveis publicamente?


●● Controle de qualidade: há mecanismos para garantir um serviço
de alta qualidade para os clientes?

●● Quais são as causas dos problemas de controle de qualidade?


Não há mecanismo de monitoramento e feedback? Treinamento
inadequado do pessoal de serviço?

●● Há mecanismos de avaliação para entender e melhorar o


desempenho do controle de qualidade?
Subcategoria Perguntas Fontes de Gargalos Classi-
informação identificados ficação
Empoderamento ●● Os possíveis usuários estão cientes da intervenção? Estão
e autoeficácia capacitados para usar os serviços disponíveis?
dos usuários dos
serviços18 (educação, ●● Os usuários sabem como usar corretamente os serviços/
conscientização e intervenções?
comunicação)
●● Há uma campanha de educação pública com o objetivo de
Campanhas
motivar o uso? Essa campanha usa vários tipos de mídia para garantir
de educação e
a máxima exposição (por exemplo, rádio, jornais, música, teatro,
conscientização têm
comunicação por intermédio dos anciãos das aldeias)?
sido usadas para
incentivar o uso da
●● As campanhas de educação são facilmente compreendidas por
intervenção
grupos populacionais subnacionais, especialmente pelas populações
marginalizadas ou minoritárias (são, por exemplo, pictóricas)?
Utilização de serviços (demanda)

Aceitabilidade e ●● A intervenção é culturalmente aceitável, especialmente para


adequação populações marginalizadas e/ou minoritárias? O serviço atende aos
critérios culturais/religiosos e os serviços são oferecidos em idiomas
A cultura (costumes minoritários (se aplicável)?
e tradições) e as
preferências da ●● Existem aspectos da intervenção que não atendem às
população estão preferências da população (homens e mulheres, jovens, idosos,
alinhadas com as população rural e urbana, diferentes grupos étnicos)?
intervenções
●● As intervenções (ou os serviços fornecidos) se enquadram e
atendem aos padrões básicos de qualidade?

18
O conceito de “usuários de serviços” deve ser ampliado para o de “decisores da família”. Isso ocorre porque muitas das decisões das quais
depende a realização dos ODS – incluindo meios de subsistência, uso de recursos locais, cuidados de saúde, alimentação infantil, sanea-
mento, investimento em aprendizagem – ocorrem dentro do lar e não dependem necessariamente (embora muitas vezes sejam forte-
mente complementadas) da disponibilidade e do acesso a serviços básicos. A questão de investir ou não recursos domésticos escassos no
acesso a serviços (nomeadamente o “custo de tempo e transporte” para as unidades de saúde e, em alguns casos, o impasse entre escola
primária/trabalho infantil) é também influenciada pelo nível de “empoderamento” (conhecimento) e pela mobilização para os objetivos de
desenvolvimento dos decisores da família.
81
82
Anexos

Subcategoria Perguntas Fontes de Gargalos Classi-


informação identificados ficação
Acessibilidade e ●● Quais são as barreiras para acessar serviços (por exemplo, físicas
preço razoável e financeiras)?

Abordar as barreiras ●● Os custos associados aos serviços prestados são proibitivos?


aos usuários dos
serviços (isso
●● O usuário do serviço pode pagar pelos serviços? E quanto aos
também deve
mais pobres e vulneráveis (por exemplo, mulheres, jovens, idosos,
ser abordado
grupos étnicos)?
na prestação de
serviços)19

19
Barreiras que impeçam a utilização dos serviços por muitos dos usuários pretendidos – entre elas, falta de informação, discriminação (gê-
nero, idioma/etnia, deficiência), pobreza extrema e várias formas de violência – precisam ser consideradas ao avaliar a utilização do serviço
como parte de uma abordagem de solução de gargalos. Portanto, em alguns casos, mesmo que os serviços sejam “aceitáveis, acessíveis e
com preço razoável”, pode haver outros fatores, como os mencionados, que suprimam a demanda e/ou impeçam os mais pobres e margi-
nalizados de usá-los.
Anexo 4: Critérios para ajudar a identificar e priorizar
as soluções para gargalos
Critérios para avaliação do impacto da solução de gargalos (*)
Critério Descrição
Magnitude do Magnitude do Impacto direto na Impacto indireto na Nenhum impacto na
impacto impacto das solução do gargalo solução do gargalo solução do gargalo
soluções na solução
do gargalo
Velocidade do Tempo necessário Impacto imediato Impacto de médio Impacto de longo
impacto para perceber prazo prazo
o impacto das
soluções
Sustentabilidade Governo e parceiros A solução pode ser A solução pode A solução não
podem manter a mantida em médio e ser mantida por X poderá ser mantida
solução em médio e longo prazo número de anos em médio ou longo
longo prazo prazo
Impacto adverso Magnitude do Nenhum impacto Baixo nível de Questões insolúveis
impacto negativo adverso conhecido impacto adverso expressivas
(inclusive sobre provável identificadas,
equidade e meio incluindo grandes
83
ambiente)
* Critérios a serem discutidos pelo grupo de trabalho especializado e ajustados no nível do país.

Critérios para avaliação da viabilidade da solução de gargalos


Critério Descrição
Economia política Vontade política Alto potencial Apoio político Vontade política
e interesses de apoio político hesitante e certamente
envolvidos e interesses interesses do status indisponível e
envolvidos do status quo estão presentes interesses do status
quo podem ser quo são muito fortes
superados
Governança Estado de direito, Estado de direito O Estado de direito A ausência de
transparência e adequado, é fraco e pode afetar estado de direito e
mecanismos de transparência e a implementação da de mecanismos de
prestação de contas prestação de contas, solução prestação de contas
para implementar a para que a solução afetará a entrega
solução seja viável bem-sucedida da
solução
Capacidade Capacidade Governo e parceiros Preocupação com O governo e
do governo e têm a capacidade planejamento, os parceiros
dos parceiros de planejar, implementação ou provavelmente não
de planejar, implementar e monitoramento, que têm capacidade para
implementar e monitorar a solução podem impedir a uma entrega bem-
monitorar a solução entrega sucedida
Disponibilidade de Disponibilidade Financiamento A capacidade Financiamento
financiamento de fundos para prontamente de financiar a improvável
cobrir o custo da disponível solução é incerta;
solução (incluindo provavelmente
a mobilização de requer uma
recursos internos nova fonte de
e externos, financiamento
contribuições
de parceiros,
realocação dentro
do orçamento)
Fatores adicionais Fatores adicionais Somente fatores Questões Problemas insolúveis
que podem positivos ou expressivas substanciais
favorecer ou impedir nenhum fator identificadas, mas identificados
a solução, incluindo identificado; não há soluções prováveis
impasses impasses

84
Anexos
Anexo 5: Principais fontes de dados para os ODS
ODS Fontes de dados primárias
Objetivo 1: Acabar com a pobreza em todas as Pesquisas domiciliares, dados administrativos
suas formas, em todos os lugares

Objetivo 2. Acabar com a fome, alcançar a Pesquisas domiciliares, dados administrativos, censo
segurança alimentar e melhoria da nutrição e
promover a agricultura sustentável
Objetivo 3. Assegurar uma vida saudável e Pesquisas domiciliares, dados administrativos das unidades
promover o bem-estar para todas e todos, em de saúde, registro civil e estatísticas de natalidade/
todas as idades mortalidade
Objetivo 4. Assegurar a educação inclusiva Levantamentos domiciliares, incluindo a Pesquisa
e equitativa e de qualidade, e promover por Agrupamento de Indicadores Múltiplos (MICS) e
oportunidades de aprendizagem ao longo da vida Levantamentos Demográficos e de Saúde (DHS); dados
para todas e todos administrativos
Objetivo 5. Alcançar a igualdade de gênero e Levantamentos domiciliares; dados administrativos
empoderar todas as mulheres e meninas
Objetivo 6. Assegurar a disponibilidade e gestão Levantamentos domiciliares; dados administrativos
sustentável da água e saneamento para todas e
todos
85
Objetivo 7. Assegurar o acesso confiável, Levantamentos domiciliares; dados administrativos
sustentável, moderno e a preço acessível à
energia para todas e todos
Objetivo 8. Promover o crescimento econômico Dados administrativos; levantamentos de força de trabalho
sustentado, inclusivo e sustentável, emprego
pleno e produtivo e trabalho decente para todas
e todos
Objetivo 9. Construir infraestruturas resilientes, Dados administrativos; pesquisa e Pesquisas de
promover a industrialização inclusiva e desenvolvimento
sustentável e fomentar a inovação
Objetivo 10: Reduzir a desigualdade dentro dos Levantamentos domiciliares; dados administrativos
países e entre eles
Objetivo 11. Tornar as cidades e os assentamentos Levantamentos domiciliares e levantamentos realizados
humanos inclusivos, seguros e resilientes e pela comunidade; registro civil de mortalidade, dados
sustentáveis administrativos (contas e estatísticas nacionais) para avaliar
perdas e danos econômicos; sensoriamento remoto; imagens
de satélite; mapas de espaços públicos abertos e/ou dados
SIG; dados dos órgãos municipais e/ ou empresas privadas
contratadas
Objetivo 12. Assegurar padrões de produção e de Dados administrativos; sensoriamento remoto/satélite
consumo sustentáveis
Objetivo 13. Tomar medidas urgentes para Monitoramento internacional; dados administrativos
combater a mudança climática e seus impactos
Objetivo 14. Conservação e uso sustentável dos Dados administrativos de estatísticas de produção nacional e
oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para comércio internacional; monitoramento do país
o desenvolvimento sustentável
Objetivo 15: Proteger, recuperar e promover o Sensoriamento remoto/satélite; dados administrativos
uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir
de forma sustentável as florestas, combater a
desertificação, deter e reverter a degradação da
terra e deter a perda de biodiversidade
Objetivo 16. Promover sociedades pacíficas e Dados administrativos; registro civil e estatísticas de
inclusivas para o desenvolvimento sustentável, natalidade/mortalidade
proporcionar o acesso à justiça para todos e
construir instituições eficazes, responsáveis e
inclusivas em todos os níveis

Fonte: Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável da ONU 2015-20.

86
Anexos

Indicators and a Monitoring Framework for the Sustainable Development Goals. (2015). Rede de Soluções de
20

Desenvolvimento Sustentável.
87
88
United Nations Development Programme
One United Nations Plaza,
New York, NY 10017
www.undp.org

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