Você está na página 1de 15

Kelven Zucula

Sénia Sapane

Yara Nhantumbo

Zefanias Maxlhanfo

Instrumentos de Gestão Ambiental

Licenciatura em Ensino de Geografia com Habilitação em Turismo

4o Ano/Laboral

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2022
Kelven Zucula

Sénia Sapane

Yara Nhantumbo

Zefanias Zefa André Maxlhanfo

Instrumentos de gestão Ambiental

Trabalho a ser entregue aos


docentes da disciplina de
Gestão Ambiental, para
efeitos de avaliação.

Docentes: Prof. Doutor Domingos Ferrão

Prof. Doutor Octávio de Jesus

Dr. David Chichango

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2022
Índice
1. Introdução......................................................................................................................................4
2. Objectivos......................................................................................................................................5
2.1. Objectivo geral......................................................................................................................5
2.2. Objectivos específicos...........................................................................................................5
3. Metodologia...................................................................................................................................5
4. Instrumentos de gestão ambiental..................................................................................................6
4.1. Conceito.................................................................................................................................6
4.2. Tipos de instrumentos de gestão ambiental............................................................................6
4.2.1. Legislação ambiental.....................................................................................................6
4.2.2. Auditoria ambiental.......................................................................................................7
4.2.3. Avaliação de impacto ambiental....................................................................................8
4.2.4. Licenciamento ambiental...............................................................................................8
4.2.5. Educação ambiental.......................................................................................................9
4.2.6. Sistema de gestão ambiental (SGA).............................................................................10
4.2.7. Padrões ambientais.......................................................................................................10
4.2.8. Ordenamento territorial................................................................................................11
4.2.9. Certificações................................................................................................................11
4.3. Outros instrumentos de gestão ambiental.............................................................................11
5. Conclusão....................................................................................................................................13
6. Bibliografia..................................................................................................................................14
4

1. Introdução
Sabe-se que certas actividades humanas, tais como a actividades industrial, a agricultura e o
turismo, causam alterações no meio ambiente, causando a poluição ambiental e o
esgotamento dos recursos naturais. Sendo que essas actividades possuem um potencial
considerável de causar impactos ambientais negativos, urge a necessidade de adoptar
mecanismos que regulem tais actividades, de modo que essas não causem danos ao meio
ambiente e às comunidades nas quais encontram-se inseridas. Assim, a Gestão Ambiental
tomou para si a responsabilidade de criar instrumentos que visam a regular as actividades
humanas com impacto significativo sobre o meio ambiente, de modo a garantir uma gestão
sustentável dos recursos naturais.

O presente trabalho debruça-se sobre os instrumentos de gestão ambiental, que são


essencialmente todos os instrumentos usados para definir regras e impor limites sobre o uso
dos recursos da natureza. Assim, procura-se no trabalho definir instrumentos de gestão
ambiental, identificar os tipos de instrumentos de gestão ambiental e conhecer os principais
instrumentos usados no contexto moçambicano.
5

2. Objectivos
2.1. Objectivo geral
 Compreender a utilidade prática dos instrumentos de gestão ambiental

2.2. Objectivos específicos


 Definir instrumento de gestão ambiental
 Identificar os principais tipos de instrumentos de gestão ambiental
 Conhecer os principais instrumentos de gestão ambiental usados em Moçambique

3. Metodologia
Para a realização do trabalho, recorreu-se, em termos de metodologia, à técnica da pesquisa
documental, que conforme destacado por LAKATOS & MARCONI (2003:183), consiste na
pesquisa da bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo. Assim, fez-se uma
pesquisa bibliográfica em livros que versam sobre instrumentos de gestão ambiental, bem
como em artigos científicos disponíveis em motores de pesquisa como o Google Académico
e sites como a Scielo.
6

4. Instrumentos de gestão ambiental


4.1. Conceito
De acordo com BOSCHETTI & BACARJI (2008:4), os instrumentos de gestão ambiental são
todas as “ferramentas que visam auxiliar no processo de planeamento, bem como na
operacionalização da gestão ambiental, de modo que esta gestão possa ser integrada de
maneira estratégica por todas as suas actividades”.
Por sua vez, BALKAU (2005) define instrumentos de gestão ambiental como sendo aqueles
instrumentos desenhados para exercer influência e controlar a estrutura organizacional,
procedimentos e práticas que possam reusltar em algum impacto ambiental.

4.2. Tipos de instrumentos de gestão ambiental


Para identificar os diferentes instrumentos de gestão ambiental existentes, foram analisadas as
obras de autores como ALEXIS (2021), RIBEIRO (2015), PHILIPPI, ROMÉRO & BRUNA
(2004) e BOSCHETTI & BACARJI (2008), tendo sido possível alistar os seguintes
instrumentos: a Legislação ambiental, a Educação ambiental, o Planeamento e Ordenamento
Territorial, a Avaliação de Ampacto Ambiental (AIA), a Auditoria Ambiental, as
Certificações e os Sistemas de Gestão Ambiental (SGA).

4.2.1. Legislação ambiental


De acordo com a Lei do Ambiente, Lei n° 20/97 de 01 de Outubro, a legislação ambiental
abrange “todo e qualquer diploma legal que rege a gestão do ambiente.”

A legislação ambiental é “um conjunto de tratados, convenções, estatutos, leis e


regulamentos, que de um modo amplo, servem para regular a interacção da humanidade e o
restante dos componentes biofísicos ou ambiente natural, com a finalidade de reduzir os
impactos sobre o a natureza.”

As definições sobre legislação ambiental demonstram uma certa supremacia deste


instrumento de gestão ambiental, pois deixam claro que esta (a legislação) é a base de todos
os diplomas que regem questões ambientais, e isso significa que todas as acções com impacto
ambiental vão depender sempre da legislação ambiental em vigor num determinado país.

Olhando para o quadro da legislação ambiental em Moçambique, apontamos a Lei do


Ambiente, Lei n° 20/97 de 01 de Outubro e a Resolução 5/95 de 3 de Agosto, que estabelece
a Política Nacional do Ambiente como principais instrumentos de gestão ambiental, uma vez
7

que é a esses instrumentos que se recorre para obter as directrizes gerais de como gerir as
actividades humanas com impacto sobre o meio ambiente.

Após efectuar uma leitura analítica sobre a Lei do Ambiente constatou-se que esta é
direcionada a regular todas as actividades públicas ou privadas que directa ou indirectamente
possam influir nos componentes ambientais e define as bases legais para a utilização e gestão
correctas do ambiente e seus componentes, com vista à materialização de um sistema de
desenvolvimento sustentável do país, e tem como objectivo principal assegurar um
desenvolvimento sustentável do pais considerando as suas condições especificas, através de
um compromisso aceitável e realístico entre o progresso socioeconómico e a protecção do
ambiente.
Por sua vez, a Política Nacional do Ambiente é um instrumento por meio do qual o governo
reconhece a interligação existente entre o desenvolvimento e o meio ambiente, sendo que
essa política constitui um meio para a execução, no país, de políticas sócio e macro-
económicas ambientalmente aceitáveis, visando promover e impulsionar um crescimento
económico que se fundamente nos preceitos universais do desenvolvimento sustentável.
Para a além da Lei do Ambiente, existem em Moçambique outras leis que estão relacionadas
com questões ambientais, tais como as apresentadas por ACIS (2009:52), que são (1) a Lei
4/96, de 4 de Janeiro, Lei do Mar, (2) a Lei 16/91, de 3 de Agosto, Lei de Águas e (3) Lei
10/99, de 7 de Julho, Lei de Florestas e Fauna Bravia.

4.2.2. Auditoria ambiental


A Lei do Ambiente, Lei n° 20/97 de 01 de Outubro, define auditoria ambiental como “um
instrumento de gestão e de avaliação sistemática documentada e objectiva do funcionamento
e organização de sistema de gestão e dos processos de controlo e protecção do ambiente.”

De acordo com NARVAIS (2011:76), podemos definir auditoria ambiental como

“um instrumento previsto na legislação ambiental que visa ao


controle da qualidade ambiental através da fiscalização, avaliação e
documentação de determinada actividade económica ou
empreendimento... [e acrescenta que os objectivos principais de uma
auditoria ambiental são] ...“verificar a obediência aos padrões de
controle e qualidade ambiental, analisar os riscos e medidas
preventivas e fiscalizar o desempenho dos funcionários no
8

cumprimento das ações de controle ambiental”, (NARVAIS,


2011:76).

Por sua vez, PHILIPPI, ROMÉRO & BRUNA (2004:809) definem auditoria como qualquer
instrumento de gestão que que tem por objectivo identificar se uma determinada instituição
cumpre certos requisitos estabelecidos. Assim, os autores definem auditoria ambiental como
os procedimentos que têm o seu objecto ligado às questões ambientais.

As definições apresentadas sobre o conceito de auditoria ambiental sugerem que esta é um


instrumento de gestão ambiental que permite a supervisão das actividades económicas com
impacto sobre o meio ambiente, com o objectivo de aferir o cumprimento de normas
ambientais. Assim, a auditoria ambiental pode ser usada para inspeccionar uma actividade
económica e verificar se esta cumpre ou não com os requisitos ambientais.

4.2.3. Avaliação de impacto ambiental


A Lei do Ambiente, Lei n° 20/97 de 01 de Outubro, define avaliação de impacto ambiental
como sendo “um instrumento de gestão ambiental preventiva e consiste na identificação e
análise prévia qualitativa e quantitativa dos efeitos ambientais benéficos e perniciosos de uma
actividade proposta.”

PARTIDÁRIO & JESUS (2003) definem avaliação de impacto ambiental (AIA) como o
“processo de identificação, previsão, avaliação e mitigação dos efeitos biofísicos (físicos e
ecológicos conjugados), sociais e outros efeitos relevantes de propostas de desenvolvimento
antes de decisões fundamentais serem tomadas e de compromissos serem assumidos.”

Sobre os conceitos de avaliação de impacto ambiental (AIA), é notável que estes transmitem
a ideia de um processo que consiste em prever quais serão os impactos ambientais da
implantação de um determinado projecto. Na sua definição, a Lei do Ambiente menciona que
a avaliação de impacto ambiental é um instrumento de gestão ambiental preventiva, o que
quer dizer que a AIA cumpre um papel de prevenir possíveis danos ambientais de
determinada actividade. Um aspecto relevante sobre a AIA, trazido na definição de
PARTIDÁRIO & JESUS (2003) é o facto de que esta é feita antes de decisões fundamentais
serem tomadas e de compromissos serem assumidos, o que significa que antes de avançar
com o projecto de uma actividade com impacto ambiental, é preciso primeiro efectuar uma
AIA.
9

4.2.4. Licenciamento ambiental


Sobre o licenciamento ambiental, NARVAIS (2011:382) menciona que este constitui uma...

“obrigação legal prévia...que regulamenta o


empreendimento ou actividade potencialmente poluidora ou
degradadora do ambiente e possui como uma das suas
principais características a participação social na tomada
de decisão, por meio da realização de Audiências Públicas
como parte do processo”.

Ainda de acordo com a autora, a certificação que dá permissão para a instalação estabelece as
condições, restrições e medidas de controle de possíveis impactos ambientais.

Sobre o licenciamento ambiental, RIBEIRO (2015:37) menciona que este instrumento


corresponde a “um procedimento administrativo dos órgãos ambientas, por meio do qual se
emitem as licenças, nas quais são impostos os requisitos regulatórios na forma de
condicionantes, e sobre os quais são determinadas as ações de monitoramento, fiscalização e
enforcement”. Ainda de acordo com o autor, o licenciamento ambiental é um dos
instrumentos de gestão ambiental mais utilizados em todo o mundo.
Assim, nas diferentes definições trazidas, os autores transmitem a ideia de um instrumento
que concede a permissão para a realização de actividades que tenham algum impacto sobre o
meio ambiente. É nesse contexto que surgem as licenças para a realização de certas
actividades, sendo que as empresas sem licença são sujeitas a algum tipo de restrição ou
punição.
4.2.5. Educação ambiental
Conforme NARVAIS (2011:213), a educação ambiental constitui o “processo educativo no
qual crianças e adultos aprendem sobre os problemas relacionados à interacção do ser
humano com o ambiente e participam de acções educativas, por meio das quais adquirem
consciência da importância da preservação, do respeito ao ambiente e do uso sustentável dos
recursos naturais”. A educação ambiental pode ser formal, quando realizada na rede regular
de ensino e informal, quando voltada ao grande público, fora do ambiente escolar (Idem,
2011:214).

A educação ambiental é “um processo educativo direccionado à toda a população, com a


finalidade de motivá-la e sensibilizá-la a optar por um comportamento favorável ao meio
10

ambiente, promovendo a participação de todos na busca de soluções para os problemas


ambientais...” (ALEXIS, 2021:124).

Analisando as definições trazidas em torno do conceito de educação ambiental, percebe-se


que enquanto instrumento de gestão ambiental, a educação ambiental consiste em transmitir
valores educativos aos indivíduos, de modo a ensiná-los a agir de uma maneira
ambientalmente responsável.

4.2.6. Sistema de gestão ambiental (SGA)


Os sistemas de gestão ambiental também são considerados instrumentos de gestão ambiental,
podendo ser definidos como...

“...uma parte do sistema global de gestão de uma


organização que visa o controlo dos seus aspectos
ambientais, através de uma abordagem estruturada e
planeada à gestão ambiental, em todas as usas vertentes: ar,
água, etc., envolvendo toda a estrutura da organização e
todos os que sejam influenciados pelas actividades,
equipamentos, produtos e processos da organização que
provocam ou podem vir a provocar danos ambientais
implementando um processo pró-activo de melhoria
contínua”. (PINTO, 2012:30).

Navares (2011, p.576) define Sistema de Gestão Ambiental como “um sistema que visa ao
controle do uso dos recursos naturais, dos riscos ambientais e das emissões dos poluentes.”

Assim, conforme as definições apresentadas, um SGA é um instrumento que permite que


uma empresa controle e gerencie as suas actividades de modo a minimizar os seus impactos
negativos sobre o meio ambiente. O SGA é estabelecido com base nas normas ISO 14000.

4.2.7. Padrões ambientais


De acordo com RIBEIRO (2015:31), padrões ambientais correspondem ao nível ou grau de
qualidade de um elemento (substância ou produto) que é próprio ou adequado a determinado
propósito, e consistem em valores ou especificações de referência definidos como normas
oficialmente estabelecidas (seja por legislação ou entidade reconhecida), que determinam
situações ou comportamentos esperados. Na prática, “trata-se da forma mais direta de se
estabelecerem limites ao comportamento dos agentes económicos, buscando atingir um dado
objetivo de qualidade ambiental.” (IDEM, 2015:31). Dentre os tipos de padrões ambientais,
11

tem-se o padrão de qualidade, o padrão de emissão, os padrões tecnológicos e o padrão de


desempenho.
A Lei do Ambiente define padrões de qualidade ambiental como sendo “os níveis admissíveis
de concentração de poluentes prescritos por lei para os componentes ambientais com vistaa
adequá-los a determinado fim”. Por sua vez, NARVAIS (2011:522) define qualidade
ambiental como “o equilíbrio e a sanidade do ambiente, incluindo a adequação dos seus
componentes às necessidades do homem e dos outros seres vivos”.

4.2.8. Ordenamento territorial


Um outro instrumento de gestão ambiental, apresentado por ALEXIS (2021:124) é o
ordenamento territorial, que define-o como a...

“regulação e promoção da localiazação dos assentamentos


humanos, actividades económicas e sociais da população,
assim como o desenvolvimento físico e espacial com a
finalidade de alcançar a harmonia entre o bem-estar da
população, a optimização da exploração e o uso dos
recursos naturais, e a protecção e valorização do meio
ambiente, como objectivos fundamentais do desenvolvimento
integrado.”

Assim, a definição apresentada indica que como instrumento de gestão ambiental, o


ordenamento territorial permite a correcta organização e distribuição territorial das
actividades humanas, com o objectivo de permitir o uso do território e dos recursos naturais
sem causar danos ao meio ambiente. Em Moçambique, o principal instrumento de
planeamento e ordenamento territorial é a Lei do Ordenamento Territorial, Lei n° 19/2007 de
18 de Julho.

4.2.9. Certificações
De acordo com NARVAIS (2011:131), uma certificação ambiental é um “certificado que
comprova a conformidade de um empreendimento, produto, processo ou serviço aos
requisitos ambientais estabelecidos por lei”.

Por sua vez, ALEXIS (2011:126) define as certificações como “instrumentos que garantem
que o sistema de gestão ambiental implementado por qualquer empresa é correcto e
adequado, por ir de encontro com um conjunto de padrões e instruções”.
12

Assim, as definições de certificação ambiental demonstram que esta constitui um instrumento


de gestão ambiental que emite alguma documentação a garantir que uma determinada
actividade ou produto cumpre com os requisitos ambientais para o seu funcionamento.

4.3. Outros instrumentos de gestão ambiental


Para além dos instrumentos de gestão ambiental já apresentados, autores como ALEXIS
(2021), RIBEIRO (2015), PHILIPPI, ROMÉRO & BRUNA (2004) e RIBEIRO (2015)
apresentam outros instrumentos, tais como os Banimentos e Restrições, o Comércio de
Emissões, a Informação ao Público, o Gerenciamento de Riscos Ambientais, o
Geoprocessamento, a Análise de Ciclo de Vida, o Rótulo Ecológico e o Desenho Ecológico.

Por fim, vale mencionar que alguns autores, como RIBEIRO (2015) e PEREIRA (1999)
apresentam uma classificação para os instrumentos de gestão ambiental, classificando-os em:

4.3.1. Instrumentos de comando e controle (C&C)

Também conhecidos por instrumentos de regulação directa, onde o poder público estabelece
os padrões e monitora a qualidade ambiental, regulando as actividades e aplicando sanções e
penalidades, via legislação e normas. (PEREIRA, 1999:5). Assim, como exemplos de
instrumentos que se enquadram nesta categoria, tem-se a legislação ambiental, o
licenciamento ambiental e as certificações.

4.3.2. Instrumentos económicos


Também conhecidos como instrumentos de regulação indirecta, são aqueles que actuam de
maneira indirecta sobre as actividades das empresas, seja favorecendo ou penalizando
determinada actividade ou comportamento das organizações. Geralmente, são implementados
por meio da transferência de recursos entre o Poder Público e as empresas (como em casos de
tributos e subsídios), ou por meio da transferência de recursos entre empresa, usando o
mercado (como é o caso do comércio de emissões). RIBEIRO (2015:29). Para esta categoria,
os exemplos são instrumentos como os tributos ambientais, os subsídios, o comércio de
emissões e a responsabilidade do produtor e sistemas de depósito-retorno.
13

5. Conclusão
Com a realização do trabalho, foi possível concluir que os instrumentos de gestão ambiental
são uma ferramenta útil para a boa gestão do meio ambiente, pois eles ajudam a controlar as
actividades humanas que têm um potencial elevado de criar danos ambientais. A importância
dos instrumentos de gestão ambiental fica evidente ao analisar o que seria do meio ambiente
caso estes não existissem: provavelmente, as empresas, ávidas por lucro, não estariam
preocupadas em observar normas ambientais, esgotando assim os recursos naturais e
poluindo o meio ambiente.
Os instrumentos de gestão ambiental classificam-se em instrumentos de comando e controle,
como é o caso das leis ambientais e em instrumentos de mercado, tais como as taxas (ex.: a
taxa de lixo em Moçambique) e os impostos. Em Moçambique, os principais instrumentos de
gestão ambiental são a Lei do Ambiente, lei n° 20/97 de 7 de Outubro e a Política Nacional
do Ambiente.
14

6. Bibliografia
ACIS. Associação de Comércio e indústria. O Quadro Legal para Licenciamento Ambiental
em Moçambique. Beira, ACIS, 2009.

ALEXIS, A. The Environmental Management Tools and Instruments of Application. Vol. I,


No. 6. Caracas, American Journal of Environmental Protection, pp.120-126.

BALKAU, Fritz. International Framework for Environmental Solutions. Disponível em


www.sciencedirect.com
BOSCHETTI, F. & BACARJI, Al. Instrumentos de Gestão Ambiental: Uma ferramenta para
competitividade. Bela Vista, s/e, 2008.
LAKATOS, E. M. & MARCONI, M. A. Fundamentos de Metodologia Científica. 5a ed. São
Paulo, Atlas, 2003.

PHILIPPI, A., ROMÉRO, M., & BRUNA, G. Curso de Gestão Ambiental. São Paulo,
Manole, 2004.

PINTO, Abel. Sistemas de Gestão Ambiental: Guias para a sua implementação. 2ª ed. Lisboa,
Sílabo, 2012.

NARVAIS, P. Dicionário Ilustrado de Meio Ambiente. São Paulo, Yendis, 2011.

PARTIDÁRIO, M. & JESUS, J. de. Fundamentos de Avaliação de Impacto Ambiental.


Lisboa, Universidade Aberta, 2003.

República de Moçambique. Lei do Meio Ambiente. 20/97 de 01 de Outubro de 2001. Maputo,


Imprensa Nacional de Moçambique.

RIBEIRO, F. Instrumentos de Gestão Ambiental Pública. São Paulo, CETESB, 2015.


15

Você também pode gostar