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Primeiramente, é certo que a humanidade fez experimentos com bichos para

que, se houver erros, aqueles que sofrem com esses, considerando o fato de que
ela é racional,isto é, não quer,prejudicar a si mesma nesse quesito. A afirmação do
egoísmo da maioria das pessoas é provocada nos acontecimentos envolvendo
corrupção, a qual está presente na política desde a Primeira República (1889-1930),
pois esses ladrões não davam importância parte da população atingida pela
desigualdade de renda, como o povo de Canudos. Logo, se o Homo Sapiens quer
ter ganho passando por cima de seus semelhantes, pior será com os outros seres
vivos.

Consequentemente, os malefícios são para os animais, que passam por más


situações e sofrem para que haja evolução, sobretudo na medicina. Isso se
aparenta com o caso do personagem Sem Pernas, de Capitães de Areia, livro de
Jorge Amado, pois o menino, coxo, apanhou para que os guardas tivessem diversão
com a cena. Diante disso, vê-se que os Sapiens, que estão no topo da cadeia
alimentar por conta da capacidade de pensar, submetem os seres inferiores
mentalmente, até mesmo à morte, ansiando evoluir e ter ganhos maiores.

Nessa conjuntura, é lícito pontuar que o cenário histórico do Brasil é


impulsionador desse revés. Porquanto, é indubitável que para o sociólogo Durkheim
as condutas são determinadas por fatos sociais. Isso significa, que os indivíduos
agem de acordo com convenções vigentes na sociedade. Nessa conformidade, no
Brasil, há raízes históricas de violência contra animais, posto que, foram mortos e
explorados, desde o período colonial. Dessa forma, contemporaneamente, foi
realizado um curta-metragem denominado de "Salve o Ralph" para banir os testes
de cosméticos com animais. A vista disso, validando o apresentado no livro de
Leandro Cristo, "O Poder das Conexões", as concepções históricas influenciam nas
ideias de uma sociedade. Nesse âmbito, expõem-se como os animais são vistos
como aquém do desenvolvimento social. Diante disso, evidenciando uma
perspectiva retrógrada do corpo social.

Outrossim, destaca-se que a questão constitucional e sua aplicação esteja


entre as causas do problema. Desse modo, de acordo com a Constituição Federal
de 1988 — norma de maior hierarquia do sistema jurídico brasileiro — os animais
têm sua integridade física assegurada. Conquanto, quando se analisa a utilização
de animais em experimentos, percebe-se o descumprimento de tratados nacionais.
Dessa maneira, por exemplo, o caso da cadela Laika que foi enviada para o espaço
e morta no processo. Em consequência disso, acontecendo o que Durkheim chama
de "Patologia social", isto é, quando uma legislação existe, todavia, não age com
vigor, assim, o Poder Público deve cumprir o "Contrato social" de John Locke.

Antes de tudo, é necessário refletir sobre os motivos que levam a esta prática.
Nota-se que quase todos os produtos que usamos no cotidiano, desde cosméticos a
remédios, precisam ser testados em laboratório antes de entrarem em circulação.
Evidentemente, não há maneira de efetuá-lo em seres humanos, pois colocaria-se
em risco sua integridade física. Os animais parecem uma alternativa fácil e
acessível, visto que se reproduzem rápido e sua semelhança com nossa espécie
permite eficácia nos resultados.

Entretanto, muitos especialistas na área científica condenam esses experimentos,


apontando que os mesmos contradizem a ética profissional e são ultrapassados. De
fato, já existem tecnologias que substituem a existência de cobaias em muitos
casos. Nos últimos anos, cresceram os avanços na criação laboratorial de células e
tecidos para este fim, bem como o uso de simulações em computador. Diversas
empresas e instituições já abandonaram completamente a prática. Logo, observa-se
que soluções para a situação não são impossíveis.

Primeiramente, é preciso entender o porquê das empresas de cosméticos testarem


em animais. Todos os produtos, que circulam o mundo e entram em contato direto
com a pele humana precisam de eficácia nos estudos para que não haja efeitos
colaterais. Porém, as empresas - que já têm tecnologia e capacidade de testarem
em células e tecidos ou até mesmo em simulações em computador - acabam
usando de forma desnecessária animais para os estudos, visto que não é permitido
efetuar em humanos, pois assim, colocariam em ameaça sua integridade física.

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