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A IMPORTÂNCIA DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS ADEQUADAS NA

ALFABETIZAÇÃO DAS CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO


AUTISTA.

Kezia Barreto de Queiroz Silva


Especialista em Formação do Professor em Práticas Interdisciplinares pela Universidade
Estadual do Rio Grande do Norte – UERN
Discente do Curso de Especialização em Educação Inclusiva
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN

Verônica Dantas de Araújo Albano


Especialista em Educação e Contemporaneidade UFRN
Orientadora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte –
IFRN

Resumo: Nosso trabalho tem como principal objetivo discutir a relevância de práticas
pedagógicas diferenciadas na alfabetização de crianças com laudo médico de Transtorno do
Espectro Autista. Para alcançar esse objetivo, nos detemos no planejamento com a utilização
de jogos de alfabetização e recursos variados que considerem as especificidades de cada
educando. Se faz necessário também um amplo conhecimento teórico sobre o tema, somada a
formação continuada dos docentes que atendam o público em questão e ainda a parceria e o
diálogo constantes com as famílias e profissionais de saúde que atendam essa clientela. Todo
esse planejamento, formação e ações são fundamentais para a promoção de uma
aprendizagem significativa destes discentes, para a socialização e a construção de um espaço
inclusivo.
Palavras-chave: Autismo. Práticas Pedagógicas. Inclusão. Alfabetização. Aprendizagem.

1 INTRODUÇÃO

Atualmente, é muito frequente nos ambientes escolares a presença de crianças com


Transtorno do Espectro Autista - TEA, fato que desperta grande inquietação e curiosidade a
respeito da inclusão e desenvolvimento da aprendizagem dessas crianças. O trabalho com
alunos autistas requer condições significativas de aprendizagem que favoreçam o seu
desenvolvimento.
Chiotte (2013) nos mostra que:
a educação da criança com deficiência, não pode ser uma educação
ortopédica, que visa a corrigir o defeito para adequar a criança ao
meio, nem uma Pedagogia menor que investe apenas nos processos
elementares do desenvolvimento, mas uma educação social que
favoreça a criança a desenvolver as funções psicológicas superiores a
partir de seu desenvolvimento cultural.
Essas crianças necessitam descobrir suas potencialidades para superar suas limitações,
uma das principais dificuldades que consideramos é a sua socialização. Para que isto ocorra, é
necessário a união de todos que compõem a escola, no propósito de auxiliar essas crianças a
se sentirem seguras e acolhidas, respeitando as suas especificidades.
  A inclusão deve fazer parte do projeto político pedagógico das escolas e refletir na
prática num trabalho constante de política inclusiva que inclui o respeito e a empatia.
De acordo com Toledo (2017):
a inclusão escolar de alunos com autismo nem sempre acontece como
deveria, ainda mais nos casos de crianças com grau de autismo mais
severo. Isso porque boa parte das escolas de ensino regular nem
sequer está preparada para implementar estratégias de ensino e
impulsionar o desenvolvimento destas crianças.

Esse despreparo é notório principalmente nas salas de aula comum, onde o professor
encontra inúmeras dificuldades para atender esses alunos. Precisando reinventar sua prática e
buscar novas estratégias de aprendizagem que venham de encontro as necessidades daquele
aluno que apresenta uma visão de mundo diferente dos seus pares.
Nesse sentido, é primordial a elaboração de práticas adequadas que possibilitem a
inserção destes discentes no ambiente escolar, bem como o seu pleno desenvolvimento.
Salientamos que a referida inclusão deve ser realizada com cautela, pois o caso de cada aluno
deve ser analisado com cuidado.
Conhecer o aluno, seus gostos, suas dificuldades são essenciais para se buscar práticas
adequadas que possibilitem sua alfabetização. Uma boa mediação pedagógica, sem dúvida,
fará toda diferença no desenvolvimento das crianças com autismo e irá favorecer o seu
desenvolvimento.
A escolha da temática, surgiu das dificuldades de leitura e escrita enfrentadas
diariamente no atendimento de crianças com TEA na Sala de Recursos Multifuncional como
também na sala de aula comum.
O presente trabalho tem como objetivo apresentar o projeto de intervenção
desenvolvido com os alunos que apresentam Transtorno do Espectro Autista- TEA,
regulamente matriculados na Escola Estadual de Serrinha dos Pintos, no município de
Serrinha dos Pintos-RN.
Para alcançarmos esse objetivo, realizamos a etapa da intervenção com 3 (três) alunos
que apresentam laudo médico de Autismo infantil em graus diferentes: leve, moderado e
severo. O principal desafio percebido é em relação a alfabetização dessas crianças,
respeitando as suas particularidades e atendendo as suas necessidades.
Para fazer essa análise nos utilizamos de diversos suportes sobre o tema, como
também contatos com profissionais de saúde, as crianças e famílias, pelas quais estas recebem
atendimento. Tudo isso, irá favorecer a formulação de práticas adequadas que venham de
encontro as reais necessidades destes discentes promovendo sua aprendizagem e inclusão.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O TEA reúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o


nascimento ou começo da infância. São elas: Autismo Infantil Precoce, Autismo Infantil,
Autismo de Kanner, entre outros.

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5


(referência mundial de critérios para diagnósticos), pessoas dentro do espectro podem
apresentar déficit na comunicação social ou interação social (como nas linguagens verbal ou
não verbal e na reciprocidade socioemocional) e padrões restritos e repetitivos de
comportamento, como movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a
estímulos sensoriais.

Todos os pacientes com autismo partilham estas dificuldades, mas cada um deles será
afetado em intensidades diferentes, resultando em situações bem particulares. Apesar de ainda
ser chamado de autismo infantil, pelo diagnóstico ser comum em crianças e até bebês, os
transtornos são condições permanentes que acompanham a pessoa por todas as etapas da vida.

Mello (2007, p. 16) apresenta a seguinte visão:

Autismo é uma síndrome definida por alterações presentes desde


idades muito precoces, tipicamente antes dos três anos de idade, e que
se caracteriza sempre por desvios qualitativos na comunicação, na
interação social e no uso da imaginação.

Um dos principais problemas enfrentados na escolarização de pessoas com transtorno


do espectro autista (TEA) é justamente as dificuldades de socialização, isso dificulta muito a
sua inserção no ambiente escolar. É muito difícil para os educadores lidar com estas situações
em que os estudantes apresentam grande resistência para o estabelecimento do laço e do
contato social.
Assim, a pessoa autista permanece em seu mundo interior como um
meio de fugir dos estímulos que a cerca no mundo externo. Outro
motivo para o autista permanecer em seu universo interior é o fato de
que, em geral, o autista sente dificuldade em se relacionar e em se
comunicar com outras pessoas uma vez que ele não usa a fala como
um meio de comunicação (PRAÇA, 2011, p. 25).

São alunos que geralmente não têm curiosidade pelo conhecimento e que não entram
no regime das relações e trocas sociais, por isso participam de maneira atípica das atividades.
Não que todos os estudantes com esse diagnóstico sejam necessariamente assim. Mas quando
o transtorno vem acompanhado dessas características, a angústia do professor é quase
inevitável.
O trabalho de escolarização das crianças com autismo exigirá dos professores uma
reflexão contínua sobre os processos usuais de ensino e aprendizagem, bem como um olhar
diferente. Um olhar que leve em conta um estudante que não está em posição de curiosidade,
mas que aprende de maneira específica e pouco convencional. Para os educadores, isso se
apresenta como um enigma e um desafio.
Observando os alunos que acompanho dois deles na mesma faixa etária, percebi que
crianças com TEA nem sempre desenvolvem habilidades de leitura e escrita na mesma ordem
ou ao mesmo tempo que crianças com desenvolvimento típico. Enquanto um já consegue ler,
o outro reconhece as letras do alfabeto, as sílabas, interpreta as histórias com muita facilidade,
mas apresenta grande dificuldade na formação de palavras.

Segundo Nunes (2008, p.4):

As crianças com autismo, regra geral, apresentam dificuldades em


aprender a utilizar corretamente as palavras, mas se obtiverem um
programa intenso de aulas haverá mudanças positivas nas habilidades
de linguagem, motoras, interação social e aprendizagem é um
trabalho árduo precisa muita dedicação e paciência da família e
também dos professores. É vital que pessoas afetadas pelo autismo
tenham acesso a informação confiável sobre os métodos educacionais
que possam resolver suas necessidades individuais.

A inclusão de alunos com TEA requer, portanto, transformações importantes,


sobretudo na maneira como enxergamos esses alunos, exigem de nós rever nossa prática todos
os dias, apostar nas potencialidades desse educando, abrir espaço para que novas formas de
aprender e ensinar sejam viabilizadas no contexto escolar. O conteúdo, ou melhor, o plano de
aula para uma criança autista deve estar de acordo com seu desenvolvimento e potencial, com
sua idade e o seu interesse, por isso há importância do professor utilizar estratégias de ensino
variadas no processo de alfabetização destas crianças.
O desenvolvimento da aprendizagem é o principal objetivo a ser alcançado no
processo de escolarização e sua continuidade é muito importante, para que elas se tornem
independentes. Quando a criança autista não mostrar interesse nas atividades propostas pelo
professor deve-se envolvê-los nas atividades, mesmo que ela não esteja entendendo o que lhe
é ensinado o professor deve ter paciência, sentar ao lado dela e tentar ajudá-la da melhor
maneira possível a fazer o que lhe foi pedido, mesmo que isso leve tempo.
O professor deve buscar diariamente atividades e materiais que prendam a atenção
desse aluno, material concreto, uso de softwares e pranchas de comunicação elaboradas de
acordo com a necessidade de cada criança. Sendo assim:
É preciso refletir para escolher tais recursos. De igual modo, é necessário ter
clareza sobre as finalidades do ensino, as finalidades da escola e atentar que
nessa instituição, além dos conceitos e teorias, estamos influenciando a
construção de identidades, de subjetividades. Assim, na escolha dos recursos
didáticos, tais questões precisam se consideradas. (LEAL & RODRIGUES,
2010; p.97)

Esse trabalho árduo exige uma parceria constante com a família e com profissionais
especializados, pois seu desenvolvimento acontece de maneira lenta e exige paciência por
parte dos pais e dos educadores. É preciso que os familiares dispensem atenção e estejam
presentes em todos os momentos da vida da criança para que ela se sinta amada e valorizada.
Amy (2001, p. 27) ressalta que:
A família tem um papel insubstituível de síntese das diferentes contribuições
recebidas pela criança. É em família que tudo isso é assimilado. Nós não
pensamos que os pais devam substituir os educadores, caso em que perderiam
algo de seu papel insubstituível, nem, sobretudo, realizar o trabalho técnico
dos profissionais [...].

O processo de aprendizagem de uma criança com autismo leva tempo, por isso requer
calma e empenho de todos os envolvidos (família, escola, profissionais de saúde). Sendo
assim, deve-se entender que o tempo da criança autista é diferente e deve ser respeitado. Tanto
país, como educadores devem incentivar e mostrar as crianças que elas aprendem para que se
sintam motivadas.
A educação é umas das maiores ferramentas para o desenvolvimento de uma criança
autista. Através da educação, essas crianças podem aprender tanto matérias acadêmicas,
quanto atividades do cotidiano. A aprendizagem da criança autista não é fácil, contudo, fica
evidente que com dedicação e amor estas crianças podem alcançar uma vida mais
independente e com qualidade.
3 METODOLOGIA

Este trabalho se caracteriza como uma pesquisa de natureza aplicada. De acordo com
Silva (2004), esse tipo de intervenção, tem como principal objetivo gerar conhecimentos
práticos dirigidos à solução de problemas específicos, no caso em estudo pretendemos auxiliar
as crianças com Autismo que apresentam dificuldades de leitura e escrita através de diversos
suportes pedagógicos na Sala de Recursos Multifuncional.
A abordagem deste estudo é qualitativa, nos utilizaremos do ambiente natural (o
espaço escolar) que servirá como fonte direta para coleta de dados, sendo o pesquisador
(professor do AEE) o instrumento chave (SILVA, 2004). Quantos aos objetivos, essa pesquisa
é exploratória em virtude do levantamento bibliográfico realizado em função do referencial
teórico exposto, além de ser explicativa ao identificar os fatores que determinam ou
contribuem para a ocorrência dos fenômenos (SILVA, 2004).
Os procedimentos técnicos a serem adotados incluem pesquisa bibliográfica e
documental, além de um estudo de caso baseado na experiência a ser obtida na Sala de
Recursos Multifuncional, na escola onde este estudo será aplicado, a partir da utilização de
jogos silábicos, alfabeto móvel, softwares, livros paradidáticos e pranchas de comunicação,
como recursos didático-pedagógico.
Utilizaremos planos de aula interdisciplinares que trará uma nova roupagem na
abordagem das mais diversas temáticas, tendo como principal foco a alfabetização destas
crianças. Teremos como parceiros nessa intervenção os professores da sala de aula regular, os
profissionais da área de saúde, a saber, que acompanham as crianças, e a família.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Esse trabalho se constituiu em mais uma ferramenta para minimizar as desigualdades e
promover a inclusão desse alunado que fica muitas vezes segregado no ambiente escolar. As
perguntas mais frequentes que costumávamos fazer durante esse estudo era: “como trabalhar
se não somos especializados no transtorno?”, “como alfabetizar uma criança que não se
interessa pela leitura e pela escrita? ou “como ensinar o conteúdo a um estudante que não me
dirige a palavra nem o olhar?” foram muitas as angústias e indagações que nos motivaram a
buscar novos conhecimentos e respostas à luz das teorias e de práticas para melhor atender a
esse público.
Diante das dificuldades de aprendizagem percebidas, tomando como base o
conhecimento científico e teórico de diversos estudiosos que têm se dedicado ao estudo dessa
temática, buscamos recursos pedagógicas e metodológicas para utilizarmos na nossa
intervenção.
Ao desenvolvermos esse projeto, observamos que os alunos com Autismo
apresentaram um maior interesse pelas aulas e gradativamente estão superando as dificuldades
de leitura e escrita.
Seguindo o cronograma proposto para a intervenção, apresentamos o projeto a
comunidade, estabelecemos parcerias com pais e profissionais de saúde que atendem as
crianças e traçamos um diagnóstico de cada discente, através de atividades e conversas
informais com as crianças. Elencamos suas principais dificuldades de leitura e escrita e
passamos a elaborar o material e jogos a serem utilizado para a intervenção.
Por nos encontrarmos em um período pandêmico, iniciamos a nossa intervenção de
forma remota. Os pais vinham à escola receber o material da semana e fazíamos a intervenção
através de chamada de vídeo via WhatsApp, com duração de uma hora, uma vez por semana.
Realizávamos um plano de aula interdisciplinar e inseríamos sempre um material
concreto, seja de identificar letras, montar silabas, formar pequenas palavras, tendo em vista
que dois de nossos discentes se encontram na fase silábica e um na fase pré silábica.
A foto abaixo apresenta os registros das aulas online. Na fotografia 1(um)
apresentamos o registro de uma atividade diagnóstica que realizamos com o aluno, na qual ele
tinha que desenhar suas preferências. Alimento, cor, brinquedo, dentre outros.
Fotografia 1:
Registro de uma atividade: Aula Online
Através das atividades realizadas e o trabalho com o material concreto observamos
que os alunos foram melhorando gradativamente nos seguintes aspectos: identificação das
letras, formação de sílabas e palavras, ampliação do seu vocabulário, produção de textos
(orais e escritos).
Vendo a evolução e interesse por livros paradidáticos e histórias, passamos também a
trabalhar diversas histórias através de livros ilustrados, vídeos dentre outros recursos, pelos
quais explorávamos sua criatividade, através da produção de textos, seja de forma escrita, oral
ou ilustrada. Aproveitávamos também pra trabalhar a socialização destas crianças pedindo
que contassem a história aos pais, irmãos, ou compartilhasse o seu entendimento conosco no
momento do atendimento.
Observamos que esse trabalho com histórias, resultou em uma melhor compreensão e
interpretação de textos de diferentes gêneros. Eles conseguiram também estabelecer relações
entre os conceitos contidos nos livros e a sua aplicação nas atividades envolvendo a utilização
do material concreto, e como resultado, ampliaram positivamente sua coordenação motora e
seus relacionamentos.
É tudo de forma gradativa e lenta, mas pouco a pouco fomos colhendo os resultados.
As famílias relataram que perceberam uma maior motivação para participar das aulas bem
como a melhoria significativa em seus processos de aprendizagem.
Com o retorno das aulas presenciais, passamos a realizar o atendimento na escola.
Desenvolvemos uma atividade diagnóstica escrita, onde podemos constatar os avanços
mencionados acima e também nos utilizamos de jogos variados de alfabetização no
atendimento individualizado na Sala de Recursos Multifuncional, conforme registros
fotográficos abaixo:
Fotografia 2:
Atendimento Individual: SRM
Aproveitando o momento presencial, realizamos a aplicação de jogos com toda a
turma, dividimos a turma em grupos e nos utilizamos de jogos de formação de palavras e
frases. Todos participaram ativamente da aula, o principal objetivo nessa atividade foi
contemplado que era a integração dessas crianças com seus pares.
Na oportunidade, reforçamos com o professor titular da sala de aula, a importância
dessa ação. Tendo em vista que estes alunos na maioria das vezes ficam mais reservados e não
gostam de se socializar. Sendo necessário um olhar atencioso de toda a comunidade escolar
para promover a inclusão desses discentes.
A comunicação e interação entre os professores da sala de aula regular e o professor
do AEE, é muito relevante focando no progresso da inclusão do discente com TEA, posto que
uma das atribuições do docente do AEE, conforme regulamentado na Resolução Nº 4, de 2 de
outubro de 2009, em seu artigo 13, inciso VIII, deve-se,
Estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando à
disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e
das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades
escolares (BRASIL, 2009, p. 3).

Assim, podemos afirmar que alcançamos resultados positivos com as atividades


propostas. Percebemos avanços significativos na aprendizagem das crianças, no que diz
respeito ao desenvolvimento da leitura e escrita, expressão oral e socialização.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse estudo reforça a necessidade de novas experimentações pedagógicas relacionadas


ao Atendimento nas Salas de Recursos Multifuncionais, uma vez que a busca pela excelência
no ensino deve ser uma busca constante para todo educador. A pesquisa bibliográfica
realizada reforça a importância de se trabalhar com uma metodologia que promova a
autossuficiência dos alunos.
A metodologia utilizada bem como os diferentes recursos: jogos, fichas de leitura,
softwares, livros diversificados, vídeos, pranchas de comunicação proporcionaram o
desenvolvimento das crianças como também um envolvimento de todos que compõe o espaço
escolar.
É importante mencionar que esse desenvolvimento não ocorre rapidamente, embora
devemos perseverar acreditando que estes alunos sem dúvida, irão aprender na sua forma com
suas limitações, mas irão sim ter êxito no seu processo de aprendizagem.  Por isso, a
importância em conhecer o nosso aluno autista e nos aprofundar em oferecer e favorecer um
bom ensino, que possibilite a sua inserção e a progressão da sua aprendizagem.
Mesmo diante dos resultados alcançados ressaltamos que a luta por um espaço
inclusivo deve ser constante. Ainda tem muito aspectos que precisam ser melhorados tais
como: a estrutura física dos espaços escolares, materiais pedagógicos adequados e a
capacitação dos profissionais de educação que na sua maioria não receberam nenhuma
formação para atender a essa clientela de alunos.

REFERÊNCIAS

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Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Marcos Político-Legais


da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva / Secretaria de Educação
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CHIOTE, F. de. A. B. Inclusão da criança com autismo na educação infantil: trabalhando


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LEAL, T. F.; RODRIGUES, S. G. C. Além das Obras que outros livros queremos na sala
de aula? Ed. Curitiba CRV, 2011.

MELLO, A. M. S. R. de. Autismo: guia prático. 5 ed. São Paulo: AMA. Brasília: CORDE,
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NUNES, D. C. S. O pedagogo na educação da criança autista. Publicado em 07 de
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Na-Educacao-Da-Crianca-Autista/pagina1.html.

PRAÇA, E. T. P. de. O. Uma reflexão acerca da inclusão de aluno autista no ensino


regular. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação Matemática) Universidade Federal
de Juiz de Fora .Instituto de ciências exatas. Pós-Graduação em Educação Matemática, Juiz
deFora,2011.

 SILVA, C. R. de O. e. Guia Prático de Metodologia e Organização do projeto de


pesquisa. Documento do Centro de Ensino Técnico Federal (Cefet), publicado em 2004.

TOLEDO, T. Inclusão escolar de alunos com autismo. Revista Esporte e Inclusão.


Disponível em < https://www.esporteeinclusao.com.br/autismo-infantil/inclusao-escolar-de-
alunos-com-autismo.
.

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