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Elytanya Vasconcelos de Lima

Psicóloga e Educadora Parental


CRP15/4146
A TERAPIA COGNITIVA-COMPORTAMENTAL tem sido considerada um modelo
psicoterápico eficaz no tratamento de transtornos psiquiátricos.

Utilizamos a TCC no tratamento dos transtornos de ansiedade tais como pânico e


agorafobia; fobia ou ansiedade social; estresse pós traumático; depressão;
dependência química; transtornos alimentares; transtorno obsessivo compulsivo; entre
outros.
De acordo com o DSM , ansiedade é: A antecipação apreensiva de um futuro perigo ou
infortúnio acompanhada de uma sensação de disforia ou de sintomas somáticos de
tensão. O foco de perigo antevisto pode ser interno ou externo.
Os TRANSTORNOS DE ANSIEDADE incluem transtornos que compartilham
características de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais
relacionadas.

MEDO é a resposta emocional a ameaça iminente real ou percebida.

ANSIEDADE é a antecipação de ameaça futura.


(DSM-V,2014:189).
Os estados de MEDO E ANSIEDADE se sobrepõem, mas também se diferenciam, com o
MEDO sendo com mais frequência associado a períodos de excitabilidade autonômica
aumentada, necessária para luta ou fuga, pensamentos de perigo imediato e
comportamentos de fuga, e a ANSIEDADE sendo mais frequentemente associada a
tensão muscular e vigilância em preparação para perigo futuro e comportamentos de
CAUTELA ou ESQUIVA.

(DSM-V,2014:189).
Se a ansiedade é normal, como podemos dizer se ela está saindo do nosso controle?
Em que ponto a ansiedade comum, cotidiana, passa a ser um problema clínico que
precisa de atenção?
Todo caso deve ser avaliado em seu próprio contexto, mas nós, profissionais de saúde
mental levaremos em consideração:
• Se o indivíduo está ficando ansioso de maneira desproporcional (sua ansiedade é
como um alarme de carro hipersensível);
• Se a ansiedade está baseada em uma percepção irrealista ou excessiva de perigo;
• Há quanto tempo a ansiedade vem afetando a pessoa;
• Quanto sofrimento causa ao indivíduo;
• Em que nível a ansiedade está interferindo na vida cotidiana da pessoa.
Os transtornos elencados abaixo fazem parte dos TRANSTORNOS DE ANSIEDADE.
Oportuno ressaltar que cada um deles apresenta seu grupo particular de sintomas.
1) Fobia específica
2) Transtorno de pânico
3) Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)
4) Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)
5) Transtorno de ansiedade social (TAS)ou fobia social
6) Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)
A literatura aponta que, na terapia cognitiva, a manutenção do pensamento negativo e
da ansiedade apresenta pelo menos três componentes principais

(1) atenção seletiva,


(2) alteração fisiológica e
(3) mudança de comportamentos.

Acredita-se que estes três círculos viciosos estejam envolvidos na manutenção da


ansiedade.
(1) Atenção seletiva:
aqueles que acreditam estar em perigo tendem a se tornar sensíveis à percepção dos
estímulos consistentes com o perigo percebido. A pessoa ANSIOSA que percebe mais
sinais de perigo pode, então, interpretá-los como sinal de que o perigo tornou-se
realmente maior, aumentando assim sua preocupação e reforçando ainda mais aquela
interpretação.
(2) Alteração fisiológica:

a ansiedade tem efeitos fisiológicos diretos e indiretos. Se a fonte de perigo for


percebida como relacionada a sensações corporais, então a percepção de perigo é
aumentada, crescendo em espiral até um ataque de pânico. O círculo vicioso resulta
em uma percepção aumentada de ameaça.
(3) Mudanças no comportamento:

o comportamento de evitação aumenta a preocupação com a ameaça. Nesta etapa é


necessária uma reavaliação do papel do comportamento na manutenção da ansiedade.
(Salkovski.2005)
A terapia cognitiva comportamental é uma das melhores formas para
trabalhar esses casos, tendo em vista a sua abordagem estruturada e
diretiva, com metas definidas a partir da aliança terapêutica e da
participação ativa do paciente no seu processo de mudança.
Em qualquer caso, o profissional precisa ter um papel educativo e
colaborativo, preparando o cliente para desenvolver a sua autonomia e se
tornar capaz de lidar com seus problemas de forma saudável. É por isso que,
muitas vezes, o psicólogo precisa indicar algumas tarefas para que ele
realize em casa ou em outras situações sociais, buscando a melhoria do
quadro.
Como o próprio nome aponta, a reprogramação
mental consiste em transformar os pensamentos disfuncionais
em crenças saudáveis e positivas que auxiliam os pacientes a
lidar com a ansiedade. Isso faz com que seja muito mais fácil
suportar as situações ansiogênicas.

Para isso, você precisa identificar as situações-gatilho junto do


paciente e auxiliá-lo na percepção dos seus pensamentos e
comportamentos disfuncionais.
Crenças
• Ideias fixas e enraizadas
derivada do processo do
intermediárias • Nível mais superficial de uma
cognição;
desenvolvimento, experiências • Regras, Atitudes e
e formação do indivíduo, desde Pressupostos; • O primeiro nível de
a infância, e são aceitas por ele processamento de informação
como verdade absoluta. que ocorre diante da exposição
• Funcionam como bases fortes
para o indivíduo se situar no do indivíduo a um contexto;
mundo;
Crenças Pensamentos
centrais Automáticos
Pensamentos disfuncionais, sem base integral na realidade, influenciam de forma significativa o humor e o comportamento do
indivíduo. É interessante notar que a intensidade dos sentimentos depende em grande parte da forma como a situação é avaliada.
Uma análise parcial da realidade gera sentimentos desproporcionais ou inapropriados para lidar com a situação.
✓Temos acessos as crenças centrais do indivíduo, a partir do aprofundamento dos
pensamentos automáticas.

✓As crenças são as ideias mais fixas e enraizadas derivada do processo do


desenvolvimento, experiências e formação do indivíduo, desde a infância, e são aceitas
por ele como verdade absoluta.
Crença

Crença

Crença
Desamor Desvalor Desamparo
Sobre ser indesejável Sobre ser incapaz Sobre ser sozinho
Incapaz de ser gostado Incompetente Sem apoio
Inadequado
As crenças nucleares influenciam o
desenvolvimento de uma classe intermediária de
Pensamentos
crenças, que são as atitudes, as regras e os Automáticos
Crenças Intermediárias
pressupostos; (regras, atitudes, pressupostos)

Crenças
Nucleares
Essas crenças influenciam a sua visão da situação,
que, por sua vez, influencia como ele pensa, sente e
se comporta.

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