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Danos morais - Retenção do pagamento da parcela da

casa própria
Requerente pleiteia o pagamento de indenização à título de danos morais
por ter sofrido a negativização de seu nome no SPC decorrente de erro do
Município, que reteve indevidamente valores fundados em pagamento já
efetuado.

08/jan/2009

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara Cível da Comarca de especificar

(espaço de 10 linhas)

Nome completo do Requerente, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de


identidade RG nº e inscrito no CPF nº, residente e domiciliado nesta Cidade e comarca
à endereço completo, por seu advogado infra assinado, vem, mui respeitosamente, perante
Vossa Excelência propor AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, nos termos
dos artigos 186, 927 e ss. da Lei 10.406/02, em face da Prefeitura Municipal de nome da cidade,
pessoa jurídica de direito público, sediada em especificar, pelos seguintes fatos e fundamentos:

Dos Fatos

O Requerente é funcionário público da Prefeitura de especificar há nº anos, tendo sido aprovado


por concurso público e recebendo sua remuneração mensal por meio de holerites expedidos pela
mesma. Em ano o Requerente comprou, por meio de financiamento, sua casa própria no
endereço supracitado, tendo cumprido com suas obrigações de forma exata em todo o período
previsto.

Por ser uma cidade pequena, todos os habitantes conhecem a boa fama do Requerente que, por
muitos, era chamado de Sr. Correto. Sempre buscou adimplir suas obrigações, pagar suas contas
e cumprir seu dever de arrimo de família. Ocorre que, em dia de mês de ano o Autor recebeu
uma notificação do SPC informando que seu nome havia sido negativado pelo inadimplemento
no pagamento de suas dívidas, referente inclusive a uma parcela do financiamento de sua casa
própria.

Assustado e descrente, o Requerente buscou em seus documentos os comprovantes de


pagamento e encontrou a parcela descrita na notificação devidamente quitada (doc. nº). Os
demais valores que constavam como não pagos estavam introduzidos no procedimento de
pagamento por débito automático. Como sempre acontece, principalmente em cidades
pequenas, a notícia foi bastante difundida em pouco tempo e, em questão de dias, o Autor
começou a ser chamado de caloteiro.

Tentou por diversas vezes entrar em contato com a administração da Prefeitura para tentar
entender o ocorrido, sendo informado que esta tinha retido o valor de uma parcela em folha de
pagamento, impedindo a retirada do dinheiro ali depositado a fim de pagar a parcela vencida e,
por isso, ao serem descontados outros débitos, o Autor teve seu nome negativado, por ter saldo
insuficiente, não podendo quitar todas as dívidas.
Do Direito

Dispõe o artigo 37, § 6º, da Constituição Federal que "as pessoas jurídicas de direito público e as
de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa".

Por sua vez o artigo 186, do Código Civil, institui que "aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito". O artigo 927, deste mesmo diploma legal, estabelece
que "aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo".

A Prefeitura, como pessoa jurídica de Direito Público, tem a responsabilidade objetiva por seus
atos e, neste caso, causou sérios prejuízos ao Requerente, ferindo sua imagem, honra e boa
fama. Desta forma, pede-se sua condenação pelos danos morais sofridos.

Nesse sentido, citar doutrina e jurisprudência.

Do Pedido

Ante o exposto requer digne-se Vossa Excelência que seja:

a) concedida liminar, em antecipação de tutela, a fim de determinar que o SPC cancele o registro
de inadimplência em nome do Requerente, vez que os documentos juntados demonstram de
forma inequívoca que o pagamento foi efetuado, sendo esta cobrança injusta;

b) a Ré citada para oferecer resposta, se quiser, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia;

c) a Ré condenada ao pagamento da indenização que o Requerente acredita ser justa pelos


danos morais sofridos.

Provará o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente pela prova
testemunhal e documental.

Dá à presente o valor de R$ valor (valor expresso).

Nesses Termos,
Pede Deferimento.

Local, dia de mês de ano.

Assinatura do Advogado
Nome do Advogado
Número da inscrição na OAB

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