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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTA AMÉLIA – UNISECAL

ANGELA REIS

ACADEMICA: ANGELA REIS RA:52234578

DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE PESQUISA EM DIREITO


PERÍODO: 7º PERÍODO
TURNO: NOTURNO
PROFESSORA: DRA. FRANCIELI LUNELLI SANTOS
Trabalho apresentado como requisito
parcial de nota à disciplina de Seminário
de Pesquisa, do 7º período, do Curso de
Bacharelado em Direito da UniSecal.
Turma:
Profa. Francieli L. Santos

PONTA GROSSA
2021
MULHERES PRESIDIARIAS: COADJUVANTES DA PROPRIA HISTÓRIA OU
PROTAGONISTAS?

RESUMO

Com o passar dos anos foi se verificando através de pesquisas feitas dentro de presídios
o aumento da população carceraria feminina. O objetivo dessa pesquisa é conhecer a
fundo esse grupo de pessoas e tentar entender como elas vieram parar ali, se foi por
vontade delas de entrarem no mundo do crime ou se foi sob influência de alguma
presença masculina. Em uma pesquisa utilizando- se o método quantitativo realizada com
número x de detentas da Penitenciaria feminina de campinas, é possível concluir que
dessas detentas 70 porcento delas foram presas pelo crime de tráfico de drogas, 19
porcento por roubo e furto 11 por cento foram presas por latrocínio, ou seja através
desses números é possível verificar que o crime mais recorrente é o tráfico de drogas. No
questionamento a elas foi possível verificar que a maioria que estão lá nessa situação
foram flagradas levando drogas para seus pais ou cônjuges na cadeia. A pesquisa foi
realizada através do método quantitativo onde buscou-se classificar essas detentas pelo
crime cometido e as possíveis causas, sua faixa etária e quando como conheceram o
mundo do crime .Neste trabalho foi usado como referencial teórico o TCC de Antônio
Eduardo Ramires Santoro e Ana Carolina Antunes Pereira, publicado pela revista Meritum
no ano de 2018, onde também é feito um questionário com as detentas de uma
penitenciaria feminina em Belo Horizonte para se ter um parâmetro das causas desse
encarceramento e também o TCC de Regina Maria Fernandes Lopes, Daniela Canazaro
de melo, Irani I. de Lima Argimon, publicado em 2010 pela revista Ciência e Cognição,
onde também se busca entender qual o impacto dessa influência de drogas na vida
dessas mulheres.

Palavras-chave: Mulheres na prisão, tráfico de drogas, protagonismo.

O aumento da população carceraria feminina aconteceu em todos os países do mundo


(world female imprisonment list, 2017.) existem mais de 714 mil mulheres em prisões no
mundo , porem no Brasil esses dados são mais assustadores ainda , o número de
mulheres em situação de cárcere aumentou cerca de 675% desde os anos 2000,e esse
numero vem crescendo dia após dia, muitos são os mecanismos de opressão e estigmas
sociais que essas mulheres enfrentam, segundo dados do Infopen ( Levantamento
Nacional de informações penitenciarias )Mulheres, 47% dessas mulheres são jovens e
64% delas se declaram negras , ou seja ha ai também uma seletividade racial do sistema.

Essas mulheres afinal, quem são, como foram parar em presídios, quando e como se
envolveram no mundo do crime essas são questões que precisam sim vir a baila, é de
interesse da sociedade como um todo saber, tendo em vista a crueldade e a forma indigna
com que essas mulheres são tratadas dentro do sistema penitenciário como um todo.
Segundo dados do Infopen (Infopen,2017) 64% dessas mulheres foram presas pelo crime
do trafico de drogas, a maioria dessas mulheres tem no máximo o ensino fundamental,
tem filhos e por não ter uma oportunidade no mercado de trabalho, e quando se alocam
são em trabalhos com uma carga horaria estendida, acabam indo pro lado da vida fácil, o
que lhes proporciona mais tempo ao lado dos filhos ou seja uma falsa ilusão que terão
uma qualidade de vida dali em diante, algumas também vão por esse caminho sob a
influência, do pai , do namorado, pra ter dinheiro pra usar drogas, muitos são os motivos.

Como base para essa pesquisa foi utilizado como referencial teórico o TCC de Antônio
Eduardo Ramires Santoro e Ana Carolina Antunes Pereira ( Meritum, 2018), onde também
é feito um questionário com as detentas de uma penitenciaria feminina em Belo Horizonte
para se ter um parâmetro das causas desse encarceramento e também o TCC de Regina
Maria Fernandes Lopes, Daniela Canazaro de melo, Irani I. de Lima Argimon, (Ciência e
Cognição,2010) onde também se busca entender qual o impacto dessa influência de
drogas na vida dessas mulheres, foram utilizados dados do infopen,(infopen,2021) que é
um sistema de informações estatísticas do sistema penitenciário brasileiro , onde se é
possível fazer um mapeamento de forma geral sobre o numero de mulheres encarceradas,
faixa etária , cor e nível de escolaridade.

A pesquisa está bem no começo ainda, é um assunto que me interessa demais, uma vez
que essas mulheres não têm visibilidade na sociedade, acredito muito na ressocialização e
que a sociedade pode sim fazer algo para que essas mulheres após pagarem o que
devem serem protagonistas novamente da própria história. Os dados foram relativamente
fáceis de encontrar, ou na internet, ou em artigos já publicados.

Profa. Francieli Lunelli Santos

INFOPEN, Mulheres, Departamento penitenciário nacional. São Paulo, 2017.


Disponivel em http://antigo.depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopen. Acesso
em 09 nov.2021.

LOPES, Regina Maria Fernandes ;DE MELO, Daniella Canazaro ; ARGIMON, Irani l.
De Lima . Mulheres encarceradas e fatores associados a drogas e crimes. Ciências &
Cognição, n.2 v. 15, 6 ago. 2010. Disponível em http://www.cienciasecognicao.org
Acesso em 09 nov 2021.

SANTORO, Antônio Eduardo Ramires; PEREIRA ,Ana Carolina Antunes . Gênero e


prisão: O encarceramento de mulheres no sistema penitenciário brasileiro pelo
crime de tráfico de drogas. Meritum, Belo Horizonte,n.1,v.13, p.87-112,Jan/Jun.
2018.Disponivel em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5768805/mod_resource
Acesso em 09 nov 2021.

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