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ESCOLA SECUNDÁRIA DE SÃO PEDRO DA COVA, GONDOMAR

AL 1.1. Queda livre


Questões Pré-Laboratoriais – página 61(respostas)
1. a) A expressão «queda livre» significa que a única força que atua sobre um corpo é a força gravítica.
b) À aceleração do corpo em «queda livre», chama-se aceleração da gravidade (ou aceleração gravítica).
c) Rigorosamente, sobre a Terra atuam as forças resultantes da interação com todos os outros astros, por exemplo,
a Lua ou os outros planetas do sistema solar. No entanto, a força que o Sol exerce sobre a Terra é muito superior
às restantes forças. Assim, ao analisar-se o movimento da Terra em relação ao Sol, pode considerar-se apenas
a força gravítica que o Sol lhe exerce. À semelhança do que ocorre com um corpo que cai para a Terra, pode
afirmar-se que a Terra está em queda livre para o Sol.
d) Um paraquedista não está em queda livre se tiver o paraquedas aberto, mas imediatamente após sair do avião
e antes de abrir o paraquedas pode considerar-se, aproximadamente, em queda livre.

2. a)

b) A maçã em queda livre tem um movimento retilíneo uniformemente acelerado. A aceleração tem sempre a
mesma direção e o mesmo sentido da resultante das forças. Logo, como a resultante das forças, o peso da maçã,
tem a direção da velocidade, a aceleração também terá, o que significa que o movimento é retilíneo (a
velocidade apenas varia em módulo). O sentido da resultante das forças, e da aceleração, é também o da
velocidade, o que implica que o movimento seja acelerado. Como a altura de queda é pequena, comparada com
o raio da Terra, a força gravítica sobre a maçã é constante e, em consequência, também a aceleração, daí tratar-
se de um movimento uniformemente acelerado.
c) A aceleração de queda livre é a aceleração gravítica, e esta é igual para todos os corpos, independentemente
da sua massa.

3. Uma célula fotoelétrica pode acionar o cronómetro digital quando o feixe de luz entre as suas hastes é interrompido
ou resposto. Se um corpo atravessar o feixe de luz da célula fotoelétrica, o cronómetro mede o intervalo de tempo
que a espessura do corpo demora a passar sobre esse feixe. Por isso, pode calcular-se a velocidade média do corpo
pelo quociente entre a espessura do corpo e esse intervalo de tempo. Esta velocidade média aproxima-se tanto
mais da velocidade num instante, quanto menor for intervalo de tempo que o corpo demora a atravessar o feixe
de luz.

4. Mede-se o intervalo de tempo que a esfera demora a percorrer a distância entre as duas fotocélulas e determinam-
se as velocidades com que a esfera atravessa as fotocélulas 1 e 2, medindo os tempos de passagem e o diâmetro
da esfera. Pode calcular-se a aceleração da esfera, que é a aceleração da gravidade, pelo quociente entre a variação
de velocidade e o intervalo de tempo que a esfera demora a ter essa variação de velocidade (intervalo de tempo
que levou a percorrer a distância entre as duas fotocélulas).
Questões Pós-Laboratoriais (respostas)
1. Tabela:
a)
Esfera A Esfera A
Intervalo de tempo de interrupção Intervalo de tempo
Velocidade Velocidade
do feixe de interrupção do feixe

t1(±0,001) / ms ̅̅̅̅
∆𝑡1 (±0,001) / ms 𝑣 / m s-1 t1(±0,001) / ms ̅̅̅̅
∆𝑡1 (±0,001) / ms 𝑣 / m s-1

*7,171 *5,807
7,109 7,222 2,839 5,868 5,792 2,641
7,385 5,782

b)
Esfera A Esfera A
Tempo de queda Tempo de queda
Aceleração Aceleração
até à fotocélula até à fotocélula

t(±0,01) / ms ̅̅̅
∆𝑡 (±0, 01) / ms 𝑎 / m s-2 t(±0,01) / ms ̅̅̅
∆𝑡 (±0,01) / ms 𝑎 / m s-2

*261,48 *263,13
261,69 261,41 10,86 262,87 263,00 10,04
261,06 263,01
*Dados experimentais
2. As medidas diretas são as obtidas com a craveira (diâmetro da esfera) e com o cronómetro digital (tempo de
passagem da esfera em frente à fotocélula 2, e tempo que a esfera demorou a percorrer a distância da fotocélula
1 à 2). As medidas indiretas são a velocidade e a aceleração.

3. Erros experimentais que poderão ter sido cometidos:


– as esferas poderão não ter velocidade nula na posição da primeira fotocélula, pois há alguma dificuldade em
colocá-la tão perto sem que o cronómetro inicie a contagem do tempo;
– as esferas poderão também não interromper o feixe exatamente com o seu diâmetro.

4. Os valores obtidos para a aceleração gravítica com as duas esferas são muito próximos. Com ambas as esferas
obteve-se um valor maior do que o da aceleração da gravidade. As diferenças poderão resultar de erros
experimentais.
5. Erro percentual na medida da aceleração da gravidade:
10,86 − 9,8
Esfera de maior raio: 9,8
× 100 = 11%
10,04 − 9,8
Esfera de menor raio: 9,8
× 100 = 2,4%

O resultado mais exato é o que apresentar menor erro percentual. Logo, o valor medido para a esfera de menor
raio foi mais exato.
223,7 + 225,2 + 220,5
6. a) ̅̅̅
∆𝑡queda = 3
= 223,1 ms

Os desvios de cada medida em relação ao valor mais provável são:


𝑑1 = 223,7 − 223,1 = 0,6 ms;
𝑑2 = 225,2 − 223,1 = 2,1 ms ;
𝑑3 = 220,5 − 223,1 = −2,6 ms.
2,6
Tomando o módulo do máximo desvio com incerteza de medida, calculemos o desvio percentual: 223,1 × 100 =
1,2 %
̅̅̅
∆𝑡queda = 223,1 ms ± 1,2%

7. A esfera de maior raio tinha uma massa maior do que a mais pequena. Porém, os valores encontrados para as
acelerações das duas esferas são muito próximos, sendo que as diferenças verificadas resultarão de erros e de
incertezas nas medidas efetuadas. Então, pode concluir-se que a aceleração de queda livre não depende da massa.
Logo, os amigos teriam a mesma aceleração de queda.

Respostas – ficha de trabalho laboratorial nº1


1. a) (A)
O intervalo de tempo que a esfera demora a passar pela célula Y, ∆𝑡Y , é muito pequeno, pelo que se pode afirmar
que nesse intervalo de tempo a velocidade da esfera é praticamente constante.
Assim, pode calcular-se um valor aproximado da velocidade em Y através da velocidade média correspondente
a um deslocamento da esfera igual ao seu diâmetro (no intervalo de tempo, ∆𝑡Y , de interrupção do feixe de luz
𝑑
na célula fotoelétrica, o módulo do deslocamento da esfera é igual ao seu diâmetro d): 𝑣Y = .
∆𝑡Y

b) (A)
Se a distância, 𝐷, aumentar, a esfera deverá demorar mais tempo para a percorrer, o que implica que adquira
maior velocidade, visto que se move com aceleração constante. Se passar em frente à célula Y com maior
velocidade, irá percorrer uma distância igual ao seu diâmetro em menos tempo. Ora, este é o intervalo de
tempo, ∆𝑡Y .
c) i) Após terem percorrido a mesma distância, partindo do repouso, as velocidades com que as
três esferas, de massas diferentes, passam na célula Y são aproximadamente iguais.
Como, partindo do repouso, as variações de velocidade das três esferas são aproximadamente iguais para a
mesma distância percorrida, prevê-se que o tempo necessário para percorrer essa distância seja também o
mesmo. Logo, as suas acelerações são aproximadamente iguais.
Portanto, prevê-se que a aceleração de um corpo em queda livre, aceleração gravítica, não dependa da
massa do corpo.
ii) O valor mais provável do tempo que a esfera demora a percorrer a distância entre as células X e Y é:
222,6 + 219,1 + 218,8
∆𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎 = 3
ms = 220,2 ms = 0,2202 s .

O valor experimental da aceleração da gravidade obtido pelos alunos é:


𝑣Y − 𝑣X (2,231 − 0)m s −1
𝑔̅ = = 0,2202 s
= 10,1 m s−2 .
∆𝑡𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎

iii) O erro absoluto, 𝑒a , desvio do valor experimental em relação ao valor exato


(𝑔exato = 9,8 m s −2 ), pode ser determinado a partir do erro relativo:
𝑒a 7,2 𝑒a −2
𝑒r (%) = valor exato × 100% ⇒ 100 = 9,8 m s−2 ⇒ 𝑒a = 0,7 m s . Como, neste caso, o valor experimental
desvia-se do valor exato por excesso, concluiu-se que o erro é positivo.
O valor experimental é 𝑔exp = 𝑔exato + 𝑒a = (9,8 + 0,7) m s−2 = 10,5 m s−2.
d) (B)
A aceleração não depende da massa das esferas, sendo, portanto, a mesma para ambas. Na mesma posição,
ambas as esferas percorreram o mesmo deslocamento a partir do repouso, logo, demoraram o mesmo tempo
e, sendo a aceleração constante, apresentam velocidades iguais.
e) Como o movimento da esfera é uniformemente acelerado, o aumento de velocidade é diretamente
proporcional ao intervalo de tempo decorrido. Assim, a velocidade média é alcançada a metade do tempo de
percurso.
A primeira metade do percurso é feita a velocidades menores, logo, é percorrida em mais tempo do que a segunda
metade. Portanto, o ponto médio entre as células é alcançado depois de ter decorrido mais de metade do tempo
total de percurso. Então, conclui-se que num instante posterior a metade do tempo de percurso – quando alcança
o ponto médio –, a esfera tenha uma velocidade maior do que a sua velocidade média em todo o deslocamento.
f) (C)
Estando a esfera em queda livre significa que sobre ela apenas atua a força gravítica. Verifica-se que a
aceleração, devido a esta força, aceleração gravítica, é uma constante, ou seja, não depende da massa da esfera
nem, num certo local, da força gravítica.
Sendo a aceleração gravítica uma constante característica da queda livre num determinado local, esta não
depende nem da distância, 𝐷, entre as células X e Y nem do diâmetro, 𝑑, da esfera

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