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IIO ANO
DISCIPLINA: MACROECONOMIA I
TRABALHO NO 1
Estudante: Docente:
Arcenio Custódio Zunguza Dr. Edson Machonisse
Quais são os principais aspetos defendidos pelo pensamento clássico?
A escola clássica esteve subdividida e duas correntes de pensamento a
Clássica e Neoclássica
Escola Clássica
O pensamento dos economistas clássicos fundamenta-se, na liberdade
individual e no comportamento racional dos agentes econômicos e é
geralmente chamada de liberalismo econômico. Suas bases eram:
Liberdade pessoal;
Propriedade privada;
Iniciativa individual;
Interferência mínima do estado.
Neste contexto para os clássicos ao estado caberia:
Assegurar a liberdade individual e coletiva;
Proteger os empreendimentos e os direitos de propriedade;
Manter a ordem e a segurança dos cidadãos;
Investir na educação, saúde e em certas obras públicas.
Para a escola clássica as forças do mercado livre e competitivo guiariam a
produção, a troca e a distribuição. Os clássicos enfatizavam a harmonia
natural de interesses em uma economia de mercado também assinalavam que
todos os recursos econômicos como as atividades econômicas contribuíam
para a riqueza de uma nação.
No longo prazo, a economia clássica atendeu a toda a sociedade porque a
aplicação de suas teorias promovia o acumulo de capital e o crescimento
econômico. Ela dava respeitabilidade aos empresários, em um mundo que
anteriormente tinha direcionado as honras e a renda para a nobreza e os
abastados. Os mercadores e os industriais obtiveram um novo status e
dignidade, como promotores da riqueza da nação, e os empresários estavam
seguros de que, ao procurar o lucro, estavam atendendo a sociedade.
A economia clássica também racionalizava as praticas em que estava
envolvida ao transformar as pessoas em empreendedores. A concorrência era
um fenômeno crescente, e a confiança nela como a grande reguladora da
economia era um ponto de vista sustentável.
Escola Neoclássica
A escola neoclássica foi construída sobre os fundamentos da economia
clássica, baseada no livre mercado. Incluiu novas ideias, como maximização
de utilidade, teoria da escolha racional e análise marginal. Neste caso pode se
dizer que a essência do pensamento neoclássico também conhecido como
marginalista pode ser sintetizada nos seguintes pontos:
Raciocínio na margem:
A decisão de produzir ou consumir vai depender do custo ou benefício
proporcionado pela última unidade.
Abordagem microeconômica:
O indivíduo e a firma estão no centro da análise, cada bem levado ao mercado
é único ou homogêneo, possuindo um preço que equilibra sua oferta com a
demanda.
Concorrência pura nos mercados, sendo o monopólio uma exceção:
Muitos vendedores e compradores concorrem no mercado por bens e serviços,
as firmas são pequenas e individualmente não conseguem influenciar o preço
de equilíbrio de mercado.
Ênfase na demanda:
Ênfase na demanda como elemento crucial para determinar os preços, ao
contrário dos clássicos que enfocavam a oferta, ou custo de produção.
Teoria da utilidade:
A utilidade que as pessoas têm no consumo dos bens, determinada por seus
gostos, influencia as quantidades demandadas de cada bem e, então, seus
preços.
Teoria do equilíbrio:
As variáveis econômicas interagem e o sistema manifesta uma tendência ao
equilíbrio pelo jogo das livres forças de mercado;
Direitos de propriedade:
Cada proprietário recebe pela posse de um fator de produção.
Racionalidade:
As firmas e consumidores maximizam lucro ou satisfação e não agem por
impulso.
Laissez-faire, ou liberdade de mercado:
Toda e qualquer interferência nos automatismos do mercado gera custos e
reduz o bem-estar social.
O que determinou o colapso do pensamento clássico na década de
1930?
Breve Historial
A Crise de 1929, ou Grande Depressão, foi o colapso do capitalismo e também
do liberalismo econômico. Ficou conhecida como uma crise de superprodução.
A Crise de 1929, também conhecida como Grande Depressão, foi uma forte
recessão econômica que atingiu o capitalismo internacional no final da década
de 1920. Marcou a decadência do liberalismo econômico, naquele momento, e
teve como causas a superprodução e especulação financeira.
Antes da crise de 1929 estourar, os Estados Unidos já ocupavam o posto de
maior economia do mundo. Antes mesmo da Primeira Guerra Mundial, a
economia americana já possuía índices que comprovavam essa supremacia, e
os eventos da guerra só acentuaram a posição de potência econômica
internacional dos Estados Unidos.
O avanço da economia americana tornou o país responsável pela produção de
42% de todas as mercadorias feitas no mundo. A nação também era a maior
credora do mundo e emprestava vultuosas somas de dinheiro para as nações
europeias em processo de reconstrução (após a Primeira Guerra). No quesito
importação, os Estados Unidos eram responsáveis por comprar 40% das
matérias-primas vendidas pelas quinze nações mais comerciais do mundo.
Essa euforia econômica refletia-se na população a partir de um consumismo
acelerado e desenfreada. Esse consumismo ancorava-se, em parte, na
expansão do crédito que acontecia no país sem nenhum tipo de regulação ou
intervenção estatal.
Por causa do boom econômico e da onda de euforia, as pessoas passaram a
investir de maneira intensa no mercado financeiro, disparando a especulação
monetária.
O sentido de especulação financeira aqui está relacionado com pessoas que
compravam ações na bolsa, esperando que estas se valorizassem para logo em
seguidas revendê-las.
Na década de 1920, a indústria dos Estados Unidos expandiu-se e a
produtividade do trabalhador aumentou. Esse aumento na produção, no
entanto, não foi acompanhado de aumentos salariais, pois os salários
permaneceram estagnados. Assim, o mercado não teve condições de absorver
a quantidade de mercadorias que eram produzidas. Isso abalou a esperança
de rápida prosperidade de muitos que tinham ações de empresas americanas.
Na sequencia, milhares de pessoas resolveram vender as suas ações no dia 24
de outubro de 1929, no que ficou conhecido como Quinta-feira Negra, foram
colocadas à venda, mais de 12 milhões de ações, o que deixou o mercado em
pânico. Essa situação se estendeu por dias e na segunda, dia 28, mais 33
milhões de ações foram colocadas à venda. Imediatamente o valor das ações
teve uma queda vertiginosa, e bilhões de dólares desapareceram tendo
impactos drásticos para economia americana.
Consequências da Crise de 1929
Os efeitos da crise para a economia dos Estados Unidos foram imediatos e
espalharam-se pelo país como um efeito dominó. O período mais crítico foi de
1929 a 1933; logo após, os efeitos da crise foram enfraquecendo-se,
principalmente por causa da intervenção do Estado na economia com o New
Deal (Novo Acordo).
Abaixo apresento alguns dados que evidenciam o impacto da crise na
economia dos Estados Unidos:
PIB nominal dos Estados Unidos caiu aproximadamente 50%
O desemprego disparou e alcançou 27% (era 4% antes da crise)
Importações caíram 70%
Exportações caíram 50%
Diminuíram em 90% os empréstimos internacionais
Produção industrial caiu, no mínimo, 1/3
Produção de automóveis foi reduzida em 50%
Salário médio na indústria caiu 50%
Falência de milhares de empresas e bancos
Milhares de pessoas perderam instantaneamente todo seu patrimônio, uma
vez que ele estava investido em valores da especulação que haviam
desaparecido com a queda da bolsa. Os efeitos da crise espalharam-se pelo
mundo, por isso, a economia de diversos países entrou em recessão, e o
desemprego disparou mundo afora.
A situação era tão crítica que o desemprego alcançou níveis altíssimos nos
seguintes países:
Grã-Bretanha: 23%
Bélgica: 23%
Suécia: 24%
Áustria: 29%
Noruega: 31%
Dinamarca: 32%
Alemanha: 44%