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SISTEMA MUSCULAR
1. SISTEMA MUSCULAR ............................................................................................. 4
Definição e função do tecido muscular ......................................................... 4
Tipos de tecidos musculares e suas propriedades ...................................... 5
2. TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO ....................................................................... 8
Componentes do tecido muscular esquelético ............................................ 8
Anatomia microscópica da fibra muscular esquelética............................... 9
Conceitos de mecânica muscular................................................................ 10
Origem e inserção muscular ........................................................................ 11
Classificação funcional dos músculos ........................................................ 12
Inervação e suprimento sanguíneo dos músculos ..................................... 14
3. REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 17
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AULA 3

SISTEMA MUSCULAR

Compreender as principais funções do sistema muscular e sua


organização.

Identificar os tipos musculares existentes e seus principais


componentes.

Compreender a mecânica muscular, identificando origem e


inserção muscular.

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1. SISTEMA MUSCULAR

O tecido muscular são estruturas da anatômica humana que podem ser comparadas
a motores, que conseguem transformar “energia química em energia mecânica”. São
responsáveis por 40-45% do peso corporal de um adulto e exercem importante papel na
realização de movimentos, no transporte de substâncias pelo corpo e manutenção da
temperatura corpórea.

Definição e função do tecido muscular

Tecido muscular ou músculos são tipos especializados de células que possuem a


capacidade funcional de contração e relaxamento. Juntamente com os ossos, que exercem
neste momento uma ação mecânica de alavanca e as articulações, que permitem graus de
liberdade de movimento; os músculos contribuem para a execução deste movimento de
forma ativa, efetiva e funcional.

Os músculos exercem, portanto, algumas funções no corpo humano:

· Movimento: são responsáveis pela parte ativa de promoção de movimentos. Ex.:


correr, saltar, pegar um copo, pentear o cabelo.
· Estabilização da postura corporal: são responsáveis pela mecânica passiva do
corpo, a sustentação estática. Ex.: ficar em pé, sentar, segurar uma caixa.
· Transporte e armazenamento de substâncias: são responsáveis por manter a
homeostasia dos sistemas, através da contração prologada para evitar refluxo de
substâncias, por exemplo: não permitindo que a urina que está na bexiga volte
pelos ureteres. Pode contribuir ainda como um estímulo ao sistema linfático,
impulsando espermatozoides, mantendo o sistema gastrointestinal em atividade.
Quanto ao armazenamento, pode auxiliar na retenção temporária de alimento no
estômago até que possa ser digerido pelas enzimas no estômago ou a até que a
urina possa ser eliminada adequadamente e em local apropriado, por exemplo.
· Produção de calor: a contração deste tecido é responsável pela produção de calor
e manutenção da temperatura corporal. Ex.: calafrios são a tentativa de aumentar
a produção de calor e manter a temperatura corporal adequada.

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Tipos de tecidos musculares e suas propriedades

Existem tipos diferenciados de tecidos musculares no corpo humano. Podemos


reconhecer três distinções entre estes tecidos:

· Tecido muscular esquelético: são músculos responsáveis pelo movimento


humano, pois estão geralmente unidos aos ossos. É considerado um músculo
estriado, ou seja, contém estrias, sulcos, vistos microscopicamente e que são
características das células musculares, mais alongadas (filamentar) e com
múltiplos núcleos, encontrados principalmente na periferia do músculo. Esta
musculatura esquelética tem ação voluntária, ou seja, contrai de forma consciente
e é controlado pelo sistema nervoso.
· Tecido muscular cardíaco: é um tipo específico de músculo, encontrado somente
no coração. Também é considerado um músculo estriado, com células alongadas
(filamentar), porém possui apenas um núcleo central. Possui uma ação
involuntária, onde os processos de contração e relaxamento não são controlados
conscientemente. Esta ação muscular possui uma autorritmicidade, ou seja, há
um mecanismo próprio que controla o ritmo cardíaco dos batimentos.
· Tecido muscular liso: são músculos localizados nos órgãos internos ocos e vasos
sanguíneos. Como não apresentam estrias e possuem células fusiformes, com
núcleos centrais e alongados, este tipo de tecido muscular recebe o nome de liso.
A ação desta musculatura também é involuntária, possuindo também, um
mecanismo de autorritmicidade. O músculo liso é controlado por uma parte
específica do sistema nervoso autônomo (involuntário), por meio da ação de
neurônios e hormônios.

Os tecidos musculares cardíacos e lisos, serão estudados mais detalhadamente


quando formos estudar estes sistemas isoladamente. Abaixo, podemos observar um
esquema didático dos tipos de tecidos musculares vistos micro e macroscopicamente.

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Figura 1. Músculo esquelético. 1

Figura 2. Tecido muscular cardíaco. 2

1
Fonte: https://www.flickr.com/photos/eye_smile/8017685238. Acesso em: 28 jun. 2018.
2
Fonte: Adaptado de: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/73/Cardiac_Muscle.png. Acesso em: 28 jun. 2018.

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Figura 3. Tecido muscular liso. 3

O tecido muscular possui algumas propriedades relacionadas a função contrátil e de


homeostasia. Podemos nomear 4 funções:

· Excitabilidade elétrica: é a propriedade que um músculo possui de excitar-se a


partir de um estímulo elétrico, também chamado de potencial de ação. Isso pode
acontecer tanto por um controle próprio, como ocorre no coração, quanto pela
ação de neurotransmissores (substâncias químicas), como ocorre nos músculos
esqueléticos.
· Contratilidade: é a capacidade do músculo de contrai-se quando estimulado. Esta
propriedade garante ao corpo humano a habilidade de gerar movimento.
· Extensibilidade: é a capacidade que o músculo possui de estender-se, de ampliar
a sua área. Isso acontece em maior extensão nos músculos lisos, como por
exemplo, no estômago a cada refeição, mas também no músculo cardíaco a cada
batimento e nos músculos esqueléticos, quando há esta necessidade para gerar
um movimento.
· Elasticidade: relaciona-se a especificidade do músculo em retornar ao seu estado
inicial após sofrer uma distensão, como no caso do relaxamento muscular, após
uma contração.

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Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:1021_Smooth_Muscle_new.jpg. Acesso em: 28 jun. 2018.

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2. TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO

Componentes do tecido muscular esquelético

Para o bom funcionamento muscular é necessário que haja integridade da anatomia


das fibras musculares. Estas estruturas que o compõe são a nível macro e microscópico. O
esquema abaixo exemplifica estes níveis estruturais de organização muscular.

Figura 4. Tecido muscular esquelético. 4

Uma vez que estas estruturas estejam saudáveis, todos os potenciais da musculatura
esquelética podem ser desenvolvidos. Quando há comprometimento do tecido muscular pode
haver comprometimento do movimento, da estabilidade ou da funcionalidade no transporte
de substâncias.

4
Fonte: Adaptado de: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/dd/1007_Muscle_Fibes_%28large%29.jpg. Acesso
em: 28 jun. 2018.

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Os músculos esqueléticos podem sofrer algumas alterações estruturais no seu
desenvolvimento chamadas de atrofia ou hipertrofia. Na atrofia há um enfraquecimento
destes músculos, ocasionados pela diminuição do tamanho de suas fibras, que pode
acontecer por desuso no caso de imobilidade, ou colocação de gesso pós fratura ou por
denervação, quando os nervos daquele determinado músculo são permanentemente lesados,
seja parcial ou totalmente. Já na hipertrofia, há um aumento no tamanho das fibras. Este
processo acontece principalmente em indivíduos que realizam treinamentos musculares
intensos, como atletas ou praticantes de atividade física regular em academias, por exemplo.

EXEMPLIFICANDO

Alguns processos podem comprometer a função muscular, como por


exemplo: uma lesão muscular por acidente no trânsito, uma lesão em
esportes de alto impacto, uma queda de própria altura, uso de alguns tipos de
medicamentos, o próprio processo de envelhecimento muscular, o
sedentarismo, hábitos de vida (alcoolismo, tabagismo), atividades de vida
diária ou mesmo atividades laborais (auxiliar de produção, por exemplo),
longo tempo de imobilismo (internação, imobilidade pós-operatório).

Anatomia microscópica da fibra muscular esquelética

A contração muscular é dependente de uma série de estruturas microscópicas


fisiologicamente ajustadas. Elas trabalham de forma sincronizada para gerar o movimento
humano ou a estabilização estrutural. Estes componentes estão assim organizados:

· Sarcolema, Túbulos T e sarcoplasma: Sarcolemas são o revestimento de cada


fibra muscular; Túbulos T são invaginações do Sarcolema e, Sarcoplasma é o
citoplasma das fibras musculares.
· Miofibrilas e retículos sarcoplasmáticos: Miofibrilas são pequenos filamentos
contráteis localizados dentro da fibra muscular. Os retículos sarcoplasmáticos
são redes de tubos localizados no citoplasma dos músculos.
· Filamentos e Sarcômero: Filamentos são estruturas ainda menores encontradas
dentro das Miofibrilas. Os Sarcômeros são as unidades funcionais da Miofibrila
responsáveis pela contração muscular.
· Proteínas musculares: são os componentes responsáveis pela função contrátil,
de regulação e estruturais.

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Figura 5. Estrutura anatômica da fibra muscular. 5

Conceitos de mecânica muscular

A mecânica muscular, ou seja, todas as forças e ações que acontecem na unidade das
fibras musculares só são possíveis pela interação entre os diversos componentes
macroscópicos (ossos, tendões, fáscias, aponeuroses, bainhas tendíneas, inervação e
suporte sanguíneo) e microscópicas (fibras musculares, sarcoplasma, miofibrila, filamentos).

Na mecânica muscular é possível compreender a anatomia da contração muscular,


como o músculo fisiologicamente se comporta, para gerar um movimento. A contração
gerada no ventre muscular produz um encurtamento no músculo gerando um trabalho de
deslocamento dos ossos. Podemos observar isso pela figura abaixo.

5
Fonte: Adaptado de: http://studioy.us/muscle-fiber-diagram/anatomy-of-skeletal-muscle-fiber-skeletal-muscle-diagram-hd-m-
throughout-muscle-fiber-diagram. Acesso em: 28 jun. 2018.

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Figura 1

Figura 2

Figura 3

Figura 6. Mecânica do músculo esquelético. Figura A - Contração muscular concêntrica; Figura B - Contração muscular
excêntrica (relaxamento); Figura C - Contração muscular constante (isometria). 6

Origem e inserção muscular

Compreendendo a mecânica muscular é possível introduzir os conceitos de origem e


inserção que são utilizados para denominar os locais onde os músculos se fixam junto aos
ossos. Na figura anterior podemos observar o músculo bíceps braquial, que se origina no

6
Fonte: Adaptado de: https://es.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculo#/media/File:1015_Types_of_Contraction_new_esp.jpg.
Acesso em: 28 jun. 2018.

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tubérculo supra glenoidal da escápula (cabeça longa do bíceps) e processo coracóide da
escápula (cabeça curta do bíceps) e se insere na tuberosidade do rádio. Para origem muscular
acordou-se mundialmente considerar que o ponto de um osso fixo onde o músculo se acopla
e, para inserção muscular, o ponto do osso móvel onde o músculo se fixa.

Figura 7. Origem e inserção do músculo braquial. Origem na terço médio do úmero e inserção na tuberosidade da ulna. 7

Classificação funcional dos músculos

Os tecidos musculares podem ser classificados funcionalmente de acordo com


algumas especificações morfológicas do músculo e disposição dos seus fascículos:

· Forma do músculo (m.): disposição das fibras


• Paralela – m. estilo-hióideo;
• Fusiforme – m. digástrico;
• Circular – m. orbicular da boca ou do olho;
• Bipenado – m. reto femoral;

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Fonte: Adaptado de: https://slideplayer.com/slide/8914916/. Acesso em: 28 jun. 2018.

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• Unipenado – m. extensor do punho;
• Multipenado – m. deltoide;
• Convergente ou triangular – m. peitoral maior e glúteo)
· Número de cabeças, número de caudas e número de ventres musculares

Figura 8. Tipos musculares. 8

8
Fonte: Adaptado de: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/18/Fascicle_Muscle_Shapes.jpg. Acesso em: 28
jun. 2018.

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SAIBA MAIS

Deltoide e glúteo máximo são os dois principais músculos alvo para


aplicação de injeção intramuscular. Este local é preferido em casos onde a
absorção do conteúdo deve ser rápida, ou há necessidade de doses maiores
do medicamento ou quando a substância pode ser irritante para aplicação
intravenosa. Estas regiões são preferidas pela abundante vascularização que
favorece a rápida absorção e ação no organismo.

Inervação e suprimento sanguíneo dos músculos

O bom funcionamento do músculo depende principalmente da integridade do controle


do sistema nervoso central através de sua inervação periférica. Por meio deste sistema, há a
condução de estímulos elétricos que desencadeiam a contração muscular gerando o
movimento humano. Os nervos que adentram os músculos e geram contração por meio de
impulsos elétricos são chamados de neurônios motores somáticos.

O suprimento sanguíneo dos músculos esqueléticos é abundante, visto que são


necessários para uma adequada contração, uma vez que este processo sintetiza e utiliza o
trifosfato de adenosina (ATP), uma importante fonte de energia ao músculo.

Figura 9. Inervação muscular. 9

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Fonte: Adaptado de: https://www.flickr.com/photos/102642344@N02/10167589793. Acesso em: 28 jun. 2018.

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Figura 10. Vascularização muscular. 10

· REVISÃO DA AULA
· Os músculos ou tecido muscular são órgãos importantes no nosso corpo,
responsáveis principalmente pela estabilização do nosso corpo, os movimentos
que realizamos, o armazenamento e transporte de substâncias e a produção de
calor.
· Há três tipos de tecidos musculares: esquelético, cardíaco e liso.
· As principais propriedades do tecido muscular são: excitabilidade elétrica,
contratilidade, extensibilidade e elasticidade.
· O tecido muscular é organizado a partir de micro e macroestruturas que
funcionam em harmonia e sincronia.
· As fibras musculares esqueléticas são compostas microscopicamente por:
sarcolema, túbulos T e sarcoplasma; miofibrilas e retículos sarcoplasmáticos,
filamentos e sarcômero; proteínas musculares.
· Na mecânica muscular todas as estruturas são essenciais para a realização
efetiva do movimento humano.

10
Fonte: Adaptado de:
https://www2.aofoundation.org/wps/portal/!ut/p/a0/04_Sj9CPykssy0xPLMnMz0vMAfGjzOKN_A0M3D2DDbz9_UMMDRyDXQ3
dw9wMDAzMjfULsh0VAbWjLW0!/?bone=Radius&segment=Proximal&showPage=F&contentUrl=srg/popup/further_reading/PFx
M2/312_Surg_appr.jsp. Acesso em: 28 jun. 2018.

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· Para que os músculos realizem estes movimentos é necessário compreender que
cada músculo obedece uma organização que favorece a direção do movimento.
A estes locais de fixação nomeamos origem e inserção.
· Estes músculos possuem algumas classificações estruturais quanto à morfologia
do músculo: forma do músculo, origem, inserção, ventre muscular e ação
muscular.
· Os nervos e vasos sanguíneos são estruturas essenciais no funcionamento do
músculo, na mecânica de contração e relaxamento. Os nervos enviam estímulos
elétricos para que a ação contrátil aconteça e os vasos suprem o sistema
muscular, que necessita de ATP.

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3. REFERÊNCIAS

AO FOUNDATION. Principles of fracture management. Disponível em:


https://www2.aofoundation.org/wps/portal/!ut/p/a0/04_Sj9CPykssy0xPLMnMz0vMAfGjzOK
N_A0M3D2DDbz9_UMMDRyDXQ3dw9wMDAzMjfULsh0VAbWjLW0!/?bone=Radius&segment
=Proximal&showPage=F&contentUrl=srg/popup/further_reading/PFxM2/312_Surg_appr.jsp.
Acesso em: 28 jun. 2018.

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