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5 DE NOVEMBRO DE 2020

EMPREGO DE RPA NO BRASIL E NO


MUNDO
CORPAS -B/2020

WENDEL DE OLIVEIRA BRAZÃO


POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL
MATRICULA: 236.633-9
O EMPREGO DE RPA NAS ATIVIDADES MILITARES OU CIVIS NO
BRASIL E NO MUNDO.

Como se sabe, para se compreender o emprego de RPA, aeronave


remotamente pilotada, faz-se necessário compreender a dinâmica de surgimento
desses aparelhos. Dessa forma, será possível entender as aplicações desse
seguimento tanto nas atividades militares, quanto nas civis. Além disso, a forma
como vem sendo utilizada no mundo, guarda certa relação com seu emprego
desse vetor no Brasil.

Do emprego de aeronave remotamente pilotada no mundo.

O emprego desse sistema remotamente pilotado no mundo começou com


a utilização inerentes à atividade militar, ainda que as primeiras datas apontem
invenções civis com princípios similares.

Nesse sentido, na década de 1880, por exemplo, o inglês Douglas


Archibald teve a ideia de instalar um anemômetro em um fio numa “pangorda”
com a intenção de medir a velocidade dos ventos em diferentes níveis de altura
até chegar à altura de 1.200 pés.

Na mesma década, em 1888, relata-se que o francês Arthur Batut


conseguiu amarrar uma máquina fotográfica em uma pipa com o objetivo de
registrar informações aéreas. A partir de então foi registrado o primeiro voo
aerofotográfico.

Por conseguinte, em 1915, foram introduzidas aeronaves de serviço


militar em que balões já eram utilizados. Outro ponto importante é a captura de
imagens aéreas pelas Forças Armadas da Grã-Bretanha gerando mais de 1.500
mapas aéreos. Ao passo que em 1939, início da Segunda Guerra Mundial, os
Estados Unidos produzem o primeiro avião de controle remoto. Já 1973 Israel
desenvolve seu primeiro veículo aéreo não tripulado.

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A parceria de empresas privadas com governos, fez nascer, 1994, por
exemplo, importantes contratos entre o Pentágono e a Genereal Atomics, na
produção de drones militares para os EUA. A partir daí, foi produzido o Predator,
um dos veículos aéreos mais utilizados pelos militares. No ano de 2.000, essa
aeronave, Predator, faz as primeiras missão na caçada ao terrorista mais
procurado da época, Osama Bin Laden, responsável pelo atentado às torres
gêmeas, World Trade Center (WTC).

No ano de 2009 o Predator evolui e ganha câmeras de monitoramento de


vigilância e mísseis, autorização dada pelo Pentágono. Alguns relatórios
elaborados pelos produtos do Predator apontam 957 civis mortos em operações
no Paquistão desde 2004, entre eles, 200 crianças.

A partir de então, o emprego desse equipamento no mundo ganha novos rumos


e também a sociedade, representada pelas diversas áreas do conhecimento
começam a dar aplicações diversas que não somente o uso apenas militar.

O paradigma do uso desse novo vetor começa a mudar com testes em


diversas áreas. Em 2014, a empresa Amazona propõe utilização de drones para
entregas, drones médicos são utilizados na África, bem como programas de
proteção à vida selvagem passam a ocorrer.

Nessa esteira, em 2015, Estados Unidos libera pequenos drones para


atividades comerciais, com a exigência de operação na área de visão do piloto.

Do emprego de aeronaves não tripuladas no Brasil.

No ano de 2016, os drones começam a ser comercializados em larga


escala no Brasil para fins diversos, já com regulamentação preliminar da ANAC,
agência criada em 2005, para regular, resumidamente o “homem e a máquina”,
ficando o DECEA com “competência” (atribuição) circunscrita a acessos ao
espaço aéreo. Entretanto, esse acesso contou com as primeiras legislações
ainda em 2009, no que tange à atividade remotamente pilotada.

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Sabemos que nos dias atuais, podemos verificar uma infinidade de
soluções oferecidas por uma grande rede de mercados relacionadas à aeronave
remotamente tripulada, os RPAS ganharam seu espaço na mídia e sempre
estamos vislumbrando novas aplicações para essas aeronaves.

Eles são muito utilizados no mercado de filmagens aéreas e por agências


de propaganda e produtoras de vídeo. As emissoras de TV também vêm
utilizando os drones na produção cinematográfica de novelas, e também em
algumas transmissões que são feitas ao vivo em telejornais.

O que antes tinha fins bélicos, hodiernamente vem sendo empregado


muito na obtenção de fotografias aéreas de precisão, principalmente na
agricultura auxiliando o controle de pragas. Entretanto pode ser verificado seu
emprego, d igual modo, na construção civil, mineração, ramo imobiliário,
arqueologia, entre outros.

A segurança pública no Brasil vem aproveitando essa nova ferramenta e


fazendo uso dela para monitorar grandes eventos, utiliza também com serviços
de inteligência policial, auxílio ao trânsitos de veículos, apoio como plataforma
de observação em operações, ações de urgência e emergência e como
ferramenta de apoio no auxilia a desastres, como ocorreu em Brumadinho, no
rompimento de Barragem, e ainda outras ações de defesa civil.

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Referências:

DRONE na construção civil. Disponível em:


<https://www.construtecequipamentos.com.br/novidades/5-drones-construcao-
civil/>. Acesso em: 05 de nov. de 2020.

O QUE SÃO DRONES e quais regras você precisa seguir para pilotar no Brasil.
Disponível em <https://tecnoblog.net/135789/tudo-sobre-
drones/#:~:text=Os%20drones%20s%C3%A3o%20aeronaves%20n%C3%A3o,
para%20lojas%20e%20claro%2C%20divers%C3%A3o.> Acesso em: 05 de nov.
de 2020.

CRUZ, Olga. Alguns conhecimentos básicos para a fotointerpretação. In:


AerofotoGeografia 25. São Paulo: IGEOG/USP, 1981.

D’OLIVEIRA. Aeronaves não tripuladas – ANT – Histórico no CTA e


Perspectivas.

Divisão de Sistemas Aeronáuticos-ASA. São José dos Campos: CTA, 2005.

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