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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA


ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DO CAZENGA

CONTRATO
DE EMPREITADA DE OBRAS PÚBLICAS
PARA
ESTUDOS E ELABORAÇÃO DE PROJECTO PARA A EXECUÇÃO DE 2 VIAS NO
MUNICÍPIO DO CAZENGA.

ENTRE

ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DO CAZENGA


________________________________________

ASCON – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, CONSULTORIA E ENGENHARIA, LDA


(Conduta de cima e Porto Santo)
_________________________________________

Julho/2021
Índice
Cláusula 1.ª – Definições e Interpretações..............................................................................................5
Cláusula 2.ª – Integralidade do Contrato.................................................................................................8
Cláusula 3.ª – Objecto do Contrato..........................................................................................................8
Cláusula 4.ª – Âmbito dos Trabalhos.......................................................................................................9
Cláusula 5.ª – Prevalência.......................................................................................................................9
Cláusula 6.ª – Prazo e Cronograma de Implementação dos Trabalhos.................................................9
Cláusula 7.ª – Valor do Contrato............................................................................................................10
Cláusula 8.ª – Cobertura Orçamental....................................................................................................10
Cláusula 9.ª – Cronograma Trimestral de Desembolso.........................................................................11
Cláusula 10.ª – Condições de Pagamento............................................................................................11
Cláusula 11.ª – Regime da Empreitada.................................................................................................12
Cláusula 12.ª – Obrigações Gerais do Dono da Obra...........................................................................13
Cláusula 13.ª – Obrigações Gerais do Empreiteiro...............................................................................13
Cláusula 14.ª – Acondicionamento, Embarque e Entrega.....................................................................16
Cláusula 15.ª – Impostos, Taxas e Encargos Aduaneiros.....................................................................17
Cláusula 16.ª – Ensaios e Inspecções...................................................................................................17
Cláusula 17.ª – Desenhos e Manuais....................................................................................................18
Cláusula 18.ª – Documentos de Construção.........................................................................................20
Cláusula 19.ª – Terrenos Para Construções Temporárias....................................................................20
Cláusula 20.ª – Pessoal e Mão-de-Obra................................................................................................20
Cláusula 21.ª – Propriedade Industrial...................................................................................................21
Cláusula 22.ª – Modificações.................................................................................................................21
Cláusula 23.ª – Prorrogação do Prazo...................................................................................................21
Cláusula 24.ª – Representação das Partes...........................................................................................22
Cláusula 25.ª – Recepção Provisória.....................................................................................................23
Cláusula 26.ª – Indemnizações..............................................................................................................24
Cláusula 27.ª – Garantia........................................................................................................................26
Cláusula 28.ª – Formação......................................................................................................................26
Cláusula 29ª – Seguros Obrigatórios.....................................................................................................27
Cláusula 30.ª – Alteração de Circunstâncias.........................................................................................28
Cláusula 31.ª – Força Maior e Factos Imputáveis a Terceiros..............................................................28
Cláusula 32.ª – Resolução do Contrato.................................................................................................29
Cláusula 33.ª – Resolução de Litígios e Arbitragem..............................................................................31

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Cláusula 34.ª – Propriedade...................................................................................................................32
Cláusula 35.ª – Preferência na Aquisição..............................................................................................32
Cláusula 36.ª – Lei Aplicável e Idioma...................................................................................................32
Cláusula 37.ª – Cessão da Posição Contratual / Subcontratação.........................................................32
Cláusula 38.ª – Anexos..........................................................................................................................34
Cláusula 39.ª – Modificação do Contrato...............................................................................................34
Cláusula 40.ª – Confidencialidade.........................................................................................................34
Cláusula 41.ª – Invalidade Parcial..........................................................................................................34
Cláusula 42.ª – Comunicações e Notificações......................................................................................35
Cláusula 43.ª – Data de Entrada em Vigor............................................................................................35
Cláusula 44.ª – Originais e Cópias Autenticadas...................................................................................35

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REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA
ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DO CAZENGA

CONFIRMADO

AOS, ______/________/_______

O ADMINISTRADOR

_________________________

CONTRATO Nº___________

ENTRE

ADMINISTRAÇÂO MUNICIPAL DO CAZENGA

ASCON – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, CONSULTORIA E ENGENHARIA, LDA


(Conduta de cima e Porto Santo)

4
CONTRATO DE EMPREITADA DE OBRAS PÚBLICAS

ENTRE:

A ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DO CAZENGA, com sede em Luanda na avenida dos Comandos,


Distrito Urbano do Tala Hady Município do Cazenga, n.º S/N, representado por António Amaral Afonso
Capingana, na qualidade de Director do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística, devidamente
mandatado por sua Excelência, Dr. Tomás Bica Mumbundo, na qualidade de Administrador Municipal
do Cazenga com poderes bastantes para o acto, diante designado como Dono da Obra ou Primeiro
Contratante,

ASCON – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, CONSULTORIA E ENGENHARIA, Lda,empresa angolana


com sede social no Bairro Comandante Valódia, R. Fernão Lopes, nº 63, Município do Sambizanga,
Luanda – Angola, tendo examinado no Distrito Urbano da Maianga, Província de Luanda, Número de
Identificação Fiscal (NIF) 5402158746, titular do Alvará de Construção Civil e Obras Públicas, com
classe 8, emitido pelo IRCCOP, inscrito sob o número 0061/EOP/2013, representado(a) por Bruno
Daniel Sabina dos Santos Valente, na qualidade de Presidente do Conselho de Administração, com
poderes bastantes para a prática deste acto, doravante designado como Empreiteiro ou Segundo
Contraente.

O Primeiro e o Segundo Contraentes quando designados conjuntamente são referidos como Partes.

É celebrado e reciprocamente aceite o presente Contrato de Empreitada de Obras Públicas, regendo-


se pelas Cláusulas seguintes, pela Lei dos Contratos Públicos, pelo Código Civil e no que for omisso,
pela legislação aplicável na República de Angola.

Cláusula 1.ª – Definições e Interpretações

1. No Contrato, as palavras e expressões utilizadas têm o significado que se lhes segue, excepto onde
o contexto exigir o contrário:

5
a) "Aprovado" significa aprovado por escrito pelo Dono da Obra e/ou pelo seu representante,
incluindo a aprovação por escrito de prévias autorizações orais feitas pelo Dono da Obra
e/ou pelo seu representante;

b) "Contrato" significa o presente Contrato, que inclui as condições gerais e específicas do


Contrato, o cronograma dos trabalhos, o mapa de preços e quantidades, as especificações
técnicas e os desenhos, o caderno de encargos e as rectificações e esclarecimentos sobre
ele prestados, a proposta adjudicada e os esclarecimentos sobre ela prestados, assim como
quaisquer alterações/modificações feitas pelas Partes, nos termos do Contrato;

c) "Empreiteiro" ou “Segundo Contraente” significa Empresa IMOVIAS - URBANISMO E


CONSTRUÇÃO, S.A e inclui os seus representantes legais, sucessores e cessionários;

d) "Equipamento do Empreiteiro" significa todas as máquinas, equipamentos, veículos e outras


coisas, seja qual for a sua natureza, necessários para a execução e conclusão da obra e a
rectificação de qualquer defeito, importados temporariamente para posterior reexportação no
fim dos trabalhos (caso aplicável aos Empreiteiros estrangeiros – não residentes ), mas não
inclui o equipamento, materiais ou outras coisas que venham a fazer Parte dos trabalhos
permanentes;

e) "Valor do Contrato" significa a soma total estipulado no Contrato, nos termos da cláusula 7.ª,
a pagar ao Empreiteiro pelo cumprimento integral das suas obrigações contratuais;

f) "Representante do Empreiteiro" significa a pessoa nomeada pelo Empreiteiro, no presente


Contrato ou posteriormente, para o representar;

g) "Data de Recepção Provisória" significa a data em que a totalidade ou Parte da obra, em


situações de recepção parcial da obra, nos termos deste Contrato, é entregue pelo
Empreiteiro ao Dono da Obra;

h) "Certificado de Recepção da Obra (CRO)" significa o certificado emitido pelo Dono da Obra a
confirmar a recepção provisória da obra e o início do período de responsabilidade do
Empreiteiro relativamente a quaisquer defeitos;

i) "Data de Recepção" significa a data da conclusão com êxito de todos os testes à obra e
consequente recepção definitiva da obra;

j) "Certificado de Garantia de Boa Execução Técnica" significa o certificado emitido de acordo


com a alínea b) do n.º 4 da cláusula 26.ª;

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k) "Teste de Recepção da Obra" significa os testes, especificados no Contrato ou acordados
entre o Dono da Obra e o Empreiteiro, a realizar pelo Empreiteiro antes de as obras serem
entregues ao Dono da Obra;

l) "Período de Garantia de Boa Execução Técnica" significa o período de 3 anos, estabelecido


no n.º 1 da cláusula 27.ª, durante o qual o Dono da Obra deve notificar todos os defeitos que
detecte na obra e o Empreiteiro obrigado a corrigi-los. Caso esse período não estiver
expressamente estipulado no Contrato, é de três anos a contar da data de recepção
provisória da obra;

m) "Entrada em Vigor" significa a data referida na cláusula 43.ª;

n) "Dono da Obra" ou “Primeiro Contraente” significa a Administração Municipal do Cazenga e


inclui os seus representantes legais, sucessores e cessionários;

o) "Representante do Dono da Obra" significa o representante nomeado pelo Dono da Obra


para o representar no âmbito do presente Contrato;

p) “Fiscal” significa a pessoa singular ou colectiva contratada pelo Dono da Obra para
supervisionar e inspeccionar o equipamento, fabrico e montagem;

q) “Equipamento” significa os materiais, aparelhos, máquinas, equipamentos e veículos que


integram os trabalhos permanentes;

r) "Força Maior/Caso Fortuito" significa qualquer evento imprevisível e inevitável, fora do


controlo das Partes e que torna impossível para qualquer delas cumprir as suas obrigações
estipuladas no presente Contrato;

s) "Impostos/Taxas/Encargos Locais" significa todos os impostos, nomeadamente de selo,


industrial, sobre os rendimentos do trabalho, bem como as contribuições para a segurança
social e qualquer outro imposto, taxas e encargos aduaneiros e portuários devido no território
da República de Angola, de acordo com as leis e regulamentos aplicáveis;

t) "Trabalhos Permanentes" significa os trabalhos permanentes a serem executados pelo


Empreiteiro para o Dono da Obra, nos termos do presente Contrato, incluindo o
equipamento;

u) “Projecto” significa elaboração de estudos conducentes à realização e execução da


empreitada;

v) “Serviços” significa os trabalhos de engenharia, instalação, ensaio, formação, preparação


para entrega, apoio de manutenção e outros serviços estipulados no Contrato;

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w) "Utilidades Públicas" significa todas as infra estruturas públicas existentes, incluindo
canalização de água, esgotos, estradas, vias-férreas; instalações subterrâneas e aéreas de
electricidade e telecomunicações, etc.;

x) "Local da obra" significa os lugares fornecidos pelo Dono da Obra onde as obras devem ser
executadas, incluindo terrenos provisórios e outros lugares designados no Contrato, como
fazendo Parte de locais para obra;

y) "Especificações Técnicas" significa os documentos contendo os requisitos técnicos


detalhados para que o Empreiteiro possa executar corretamente a obra, incluindo o âmbito
dos trabalhos, os desenhos, as especificações para os materiais, equipamento, equipamento
de construção, mão-de-obra, testes, medições, etc.;

z) "Obras Provisórias" significa todas as obras temporárias, de qualquer espécie, necessárias


no local para a execução e conclusão das obras permanentes e as rectificações de qualquer
defeito que nelas surgir, com excepção do equipamento do Empreiteiro;

aa) "Prazo de conclusão" significa o prazo fixado para a conclusão dos trabalhos e realização
dos testes finais ou de Parte deles, tal como estipulado no n.º1 da cláusula 13.ª do presente
Contrato, a contar da data de entrada em vigor;

bb) “Formação” significa a formação a ser providenciada pelo Empreiteiro às pessoas


designadas pelo Dono da Obra, conforme estipulado no Contrato;

cc) "Variação" significa qualquer aumento ou diminuição nas quantidades dos trabalhos,
incluindo a introdução de novos itens de trabalho, não incluídos no contrato original, ou a
reclassificação de itens, devido a mudança dos planos, projecções ou alinhamento, para a
sua adequação às condições reais do terreno;

dd) “Obras” significa as obras permanentes e as obras provisórias ou qualquer delas, conforme
as circunstâncias.

2. O singular inclui o plural e vice-versa, o masculino inclui o feminino e vice-versa, de acordo com as
exigências do contexto.

3. Dia, mês e ano significa dia, mês e ano do calendário Romano.

Cláusula 2.ª – Integralidade do Contrato


1. O presente Contrato representa o único acordo válido entre as Partes relativamente ao seu objecto.

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2. Fazem parte do presente acordo de vontade todos os documentos do procedimento conforme
constante do nº 2 do artigo 118.º da Lei dos Contratos Públicos.

Cláusula 3.ª – Objecto do Contrato


Pelo presente Contrato, o Dono da Obra contrata o Empreiteiro, que aceita, para a realização dos
trabalhos de ESTUDOS E ELABORAÇÃO DE PROJECTO PARA A EXECUÇÃO DE 2 VIAS NO
MUNICÍPIO DO CAZENGA.

Cláusula 4.ª – Âmbito dos Trabalhos


O âmbito do trabalho pode ser modificado, de comum acordo entre as Partes, tendo em conta os
resultados do levantamento detalhado no local da obra, sem prejuízo do estipulado no documento
sobre as especificações técnicas, que serviram de base para a elaboração do presente contrato e
anexas a ele, o Empreiteiro pode propor, a inclusão de trabalhos não previstos, desde que constituam
melhoramento e mais-valia para os trabalhos a realizar, depois de aprovados pelo do Dono da Obra.

Cláusula 5.ª – Prevalência


1. Fazem Parte do Contrato os seguintes elementos:

a) Os esclarecimentos e as retificações relativos às especificações técnicas;

b) As especificações técnicas (incluindo lista de preços e quantidades e cronograma de


trabalhos);

c) Os esclarecimentos e as retificações relativos ao caderno de encargos;

d) O caderno de encargos;

e) A proposta adjudicada;

f) Os esclarecimentos sobre a proposta adjudicada prestados pelo adjudicatário.

2. Em caso de divergência entre os documentos referidos no número anterior a prevalência é


determinada pela ordem pela qual são aí apresentadas;

3. Em caso de divergência das disposições integrantes do Contrato e os documentos referidos no


número anterior, prevalece o primeiro.

4. Demais documentos prevalecem as que forem mais favoráveis para o Dono da Obra.

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5. Os casos não previstos nos documentos contratuais são resolvidos mediante recurso à Lei n.º
41/20, de 23 de Dezembro – Lei dos Contratos Públicos, e outras legislações conexas em vigor no
regime jurídico da República de Angola.

Cláusula 6.ª – Prazo e Cronograma de Implementação dos Trabalhos


1. Independentemente de quaisquer entregas parciais feitas durante os trabalhos, todos os trabalhos
especificados no Contrato devem ser concluídos até 30 dias após a data de entrada em vigor do
Contrato, prazo ao qual poderá acrescentar-se um mês para remoção do equipamento e dos
restantes materiais.

2. Nos trinta (30) dias após a data de entrada em vigor, o Empreiteiro deve submeter ao Dono da Obra,
para revisão, o cronograma de implementação dos trabalhos, no qual deve descriminar todos os
trabalhos a realizar.

3. Quinze (15) dias após a recepção do cronograma de implementação dos trabalhos, o Dono da Obra
deve notificar ao Empreiteiro todos os comentários sobre o cronograma, devendo o Empreiteiro
fazer as alterações com base nesses comentários feitos pelo Dono da Obra.

4. Se, a qualquer momento, o Dono da Obra tomar conhecimento de que o progresso real dos
trabalhos não está em conformidade com o cronograma, o Dono da Obra pode exigir ao Empreiteiro
que faça as modificações necessárias ao cronograma para assegurar que os trabalhos são
concluídos dentro do tempo de conclusão definido no Contrato.

Cláusula 7.ª – Valor do Contrato


1. O valor total do Contrato é de Kwanzas (KZ) 122.500.000.00kz (Cento e vinte e dois milhões e
quinhentos mil kwanzas), conforme nota de cabimentação global.

2. O preço referido no número anterior abrange a globalidade da empreitada objecto do presente


contrato e tem uma relação directa com o programa de trabalhos definido, com as obras a realizar,
com a quantidade e qualidade dos materiais a aplicar.

3. Caso se verifiquem modificações significativas no Contrato, necessárias para a sua execução, nos
termos da Cláusula 22.ª, as Partes devem (i) acordar por escrito os devidos ajustamentos, no âmbito
e quantidades de trabalho, para que o valor do Contrato se mantenha ou (ii) modificar o valor do
contrato, em conformidade com a legislação em vigor em matéria da aplicação da Unidade de

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Correção Fiscal (UCF) e (iii) celebrar adendas até ao valor máximo definido pela legislação aplicável
(15%).

4. No caso do disposto no número anterior se mostrar insuficiente ou não exequível ou o valor dos
trabalhos a mais exceder 15% do valor inicial do Contrato, o Empreiteiro é pago na base dos
trabalhos que lhe são adjudicados e os contraentes assinam um Contrato separado e específico,
nos termos da lei, tendo por objecto essas alterações.

Cláusula 8.ª – Cobertura Orçamental


1. Nos termos da legislação sobre a execução do Orçamento Geral do Estado (OGE), o valor global do
presente contrato é garantido pela verba inscrita no OGE, conforme o seguinte detalhe:

a) UO: Administração Municipal do Cazenga;

b) OD: Administração Municipal do Cazenga;

c) Função: Serviços de Obras públicas;

d) Programa:

e) Projecto ou Actividade: Execução de 2 vias no município do Cazenga (Conduta de cima e


Porto Santo

f) Fonte de recursos: Recursos Ordinários do Tesouro (ROT)

g) Natureza: Estudos e elaboração de projecto para a execução de 2 vias no município do


Cazenga;

2. O Empreiteiro antes de iniciar a execução física do contrato deve exigir a sua via da nota de
cabimentação global.

Cláusula 9.ª – Cronograma Trimestral de Desembolso


O valor total referido na cláusula 7.ª,deve ser executado tendo como referência o cronograma trimestral
de desembolsos e, em função dos autos de medições dos trabalhos já realizados, devidamente visados
pelo Fiscal da obra.

Cláusula 10.ª – Condições de Pagamento


1. O pagamento do Contrato deve ser feito com base no preço total do Contrato e todos os
pagamentos devem ser realizados em moeda nacional, mediante a apresentação de factura (s), nos
temos das alíneas seguintes:

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a) Downpayment / Pagamento Inicial

i. O pagamento inicial não deve exceder o valor máximo de quinze por cento (15%) do
preço total do Contrato, nos termos da legislação em vigor;

ii. O prazo de pagamento após recepção das facturas não deve exceder o estipulado na
legislação em vigor (90 dias).

b) Facturação do Progresso Mensal / Pagamento e Desembolso do Crédito.

i. Todas as facturas de progresso mensal, correspondentes aos relatórios de progresso


dos trabalhos, devem ser submetidas, em seis (6) exemplares, pelo Empreiteiro ao
Dono da Obra, devidamente visadas pelo Fiscal, até ao dia sete (7) do mês seguinte
ao que a factura respeita;

ii. O Dono da Obra deve avaliar e verificar a correspondência da factura com os trabalhos
realizados e desenvolver todas as acções necessárias ao pagamento ( ou desembolso
crédito), até quinze (15) dias após a entrega do referido documento, de acordo com as
regras definidas.

c) Pagamentos / Desembolso do Crédito para o Equipamento

i. Se o pagamento ou desembolso do crédito a efectuar incluir o fornecimento e


transporte de equipamento, os documentos de embarque especificados no n.º 2 da
cláusula 14.ª devem ser entregues ao Dono da Obra, de uma só vez, imediatamente
após o embarque;

ii. O valor dessas facturas deve ser automaticamente reduzido em quinze por cento
(15%), correspondentes ao downpayment, com início no primeiro pagamento
estipulado no Contrato e até que o downpayment seja completamente liquidado.

2. Pagamento de Serviços

a) Se o pagamento a efectuar estiver relacionado com a prestação de serviços, devem ser


submetidas ao Dono da Obra as facturas do progresso mensal e as facturas comerciais
demonstrativas dos trabalhos e serviços realizados, para efeitos de pagamento;

b) Se o pagamento a efectuar estiver relacionado com obras realizadas, de acordo com o


Contrato, o Empreiteiro deve submeter ao Dono da Obra, para pagamento, os respectivos
relatórios de progresso mensal e facturas comerciais demonstrando as obras realizadas e o
valor a pagar;

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c) O valor de cada factura deve ser automaticamente deduzido em 15%, correspondentes ao
“downpayment”, até que este seja completamente compensado.

3. Atrasos nos Pagamentos

Caso o Empreiteiro não receba o devido pagamento / desembolso do crédito conforme estipulado no
Contrato, o Empreiteiro e o Dono da Obra devem imediatamente negociar a situação para encontrar
uma solução mutuamente aceitável. Caso o incumprimento persista nos noventa (90) dias posteriores à
data estipulada no Contrato, o Empreiteiro terá direito a:

a) Suspender as obras;

b) Ser remunerado com juros de mora mensais, sobre o montante em atraso e durante o
período de atraso, que devem ser calculados à taxa anual de 2% (dois por cento);

c) Beneficiar de uma extensão do período para a conclusão da obra, correspondente ao


período do atraso do pagamento (calculado desde a data em que o pagamento deveria ter
sido efectuado até à data em que o pagamento for efectuado).

Cláusula 11.ª – Regime da Empreitada


O presente Contrato é celebrado com base no método “preço global” com o preço total declarado e
incluindo o estudo, projecto, fabrico, transporte, armazenamento, construção, instalação, preparação
para entrega, ensaio, formação e retificação de defeitos, de acordo com o Contrato.

Cláusula 12.ª – Obrigações Gerais do Dono da Obra


1. O Dono da Obra deve criar as condições necessárias para que o local da obra esteja livre de
qualquer obstáculo, incluindo árvores, que possamafetar a execução das obras e deve indicar a
localização de instalações, redes técnicas e outras utilidades públicas existentes no local da obra,
no prazo de15 dias, após a entrada em vigor do Contrato.

2. O Dono da Obra deve garantir que todas as minas que possam existir em qualquer local da obra,
incluindo terrenos provisórios e todas as vias de acesso aos locais de obras estão completamente
removidas antes da data de entrada em vigor do Contrato ou sejam removidas antes de o
Empreiteiro entrar, usar ou ocupar qualquer desses locais, conforme o cronograma de trabalhos.

3. O Dono da Obra deve dar ao Empreiteiro o direito de acesso e ocupação de todos os locais de
obras no após a data de entrada em vigor do Contrato.

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4. O Dono da Obra não deve, salvo em casos de força maior devidamente justificados, impedir ao
Empreiteiro o acesso completo a qualquer local da obra, durante o prazo de execução do Contrato.

5. O Dono da Obra deve fornecer ao Empreiteiro, em devido tempo, todos os documentos, dados e
informações necessários para o estudo, elaboração de projecto e execução das obras,
nomeadamente:

a) O esquema de redes subterrâneas relativas às instalações de eletricidade,


telecomunicações, petróleo, água e esgotos que existam no local da obra, desde que os
possua;

b) Cópia das leis e regulamentos que sejam relevantes para a execução do Contrato;

c) Qualquer outro elemento, dado, apoio ou informação, indicado nas especificações técnicas
ou requerido pontualmente pelo Empreiteiro para a execução das obras.

6. O Dono da Obra deve designar um Director de Projecto (DP) (designar um Director de Fiscalização
da Obra) qualificado, que o representará para lidar com todos os assuntos relativos à execução do
Contrato e que colaborará com o Empreiteiro, sempre que necessário, para o cumprimento com
êxito do Contrato.

Cláusula 13.ª - Obrigações Gerais do Empreiteiro


1. O Empreiteiro deve, de acordo com as cláusulas do Contrato, executar e concluir as obras,
fornecendo a gestão, o equipamento e a construção e prestando os serviços, seja de natureza
temporária ou permanente, necessários para a execução do Contrato, nos termos especificados no
Contrato.

2. O Empreiteiro deve assumir toda a responsabilidade pela adequação, estabilidade e segurança de


todas as operações no local das obras e pelos métodos de construção utilizados, conforme
estipulado no Contrato.

3. O Empreiteiro deve designar um Director Técnico (DT) qualificado, residente, que o representará e
tratará de todos os assuntos necessários à execução com êxito do Contrato.

4. O Empreiteiro deve submeter o currículo do Director Técnico e do pessoal principal da gestão do


projecto ao local da obra para aprovação.

5. O Empreiteiro deve assegurar que todo o pessoal contratado para a execução das obras, seja
devidamente qualificado, especializado e esteja de perfeita saúde para que se adapte às condições
e ao ambiente em que o trabalho, nos termos do Contrato, terá lugar.

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6. O Empreiteiro deve fornecer e empregar no local da(s) obra(s) para a execução e conclusão
oportuna:

a) Apenas técnicos qualificados e especializados nas respectivas áreas e trabalhadores


capazes de supervisionar adequadamente o trabalho que devem fazer.

b) Mão-de-obra especializada, semi-especializada e não qualificada, necessária para


execução da obra dentro do prazo prevista.

7. O Empreiteiro obriga-se a, nos termos da legislação angolana aplicável, empregar pelo menos 70%
de mão-de-obra angolana.

8. O Empreiteiro é responsável pela execução das obras, de acordo com os termos do Contrato. Se,
em qualquer momento no decorrer dos trabalhos, surgir qualquer erro na posição, nivelamento,
dimensões, alinhamento ou em qualquer outra parte das obras, o Empreiteiro, por sua iniciativa ou
por recomendação do Dono da Obra, deve, à sua custa, retificar esse erro de forma satisfatória para
o Dono da Obra. A verificação de qualquer Parte da obra pelo Dono da Obra não exonera o
Empreiteiro das suas responsabilidades pela correção dos erros.

9. O Empreiteiro deve, de acordo com as necessidades da obra, fornecer e manter, à sua custa,
iluminação, água, protecção, vedação e vigilância quando e onde for necessário, para a protecção
da obra ou para a segurança e conveniência dos trabalhadores, do público ou de outros.

10.Desde a data de entrada em vigor do Contrato até à data de recepção da obra, o Empreiteiro deve
assumir plena responsabilidade pelas obras. No caso de ocorrer qualquer dano ou perda nas obras,
em resultado de culpa, negligência ou omissão por Parte do Empreiteiro, este é responsável pela
sua reparação, à sua custa, por formas a que, na data de recepção da obra, os trabalhos estejam
em perfeito estado, em conformidade com as exigências do Contrato. O Empreiteiro é também
responsável por qualquer dano que provoque nos trabalhos durante qualquer operação levada a
cabo com o objectivo de cumprir quaisquer obras ou as suas obrigações nos termos do Contrato.

11.O Empreiteiro não terá quaisquer direitos sobre qualquer fóssil, moeda, escultura, minerais,
antiguidades ou outros artigos de valor ou de interesse histórico descobertos no local de obras.

12.O Empreiteiro deve tomar medidas preventivas para impedir que os seus trabalhadores ou qualquer
outra pessoa removam ou danifiquem esses artigos e notificar imediatamente, antes da remoção,
essa descoberta ao Dono da Obra, através do Fiscal da obra (artigo 255.º da LCP) para que este
tome as medidas necessárias, de acordo com a lei aplicável. Se por causa dessas medidas o

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Empreiteiro sofrer algum atraso, o Dono da Obra deve conceder a prorrogação do prazo do contrato,
nos termos da cláusula 23.ª.

13.O Empreiteiro deve manter o local de obras permanentemente livre de todos os obstáculos e deve
limpar e remover sempre do local da obra qualquer destroço, lixo ou materiais desnecessários.

14.O Empreiteiro deve, no dia 7 de cada mês e até à data da recepção da obra, apresentar ao Dono da
Obra três cópias do relatório detalhado do progresso dos trabalhos levados a cabo durante o mês
precedente, na forma mutuamente acordada entre ambas as Partes. O relatório deve indicar, entre
outros dados solicitados pelo Dono da Obra, a percentagem de cada tipo de trabalho concluído
durante o mês e a percentagem total da conclusão da obra na data da elaboração do relatório.

15.Os fabricantes sugeridos pelo Empreiteiro devem ser competentes e qualificados para fornecer o
equipamento e os materiais, de acordo com as especificações técnicas. O Dono da Obra, em tempo
oportuno, poderá visitar os fabricantes para verificar a sua qualificação.

Cláusula 14.ª – Acondicionamento, Embarque e Entrega


1. Todo o equipamento e material a ser importado para Angola para a execução do Contrato, incluindo
equipamentos do Empreiteiro, deve ser devidamente acondicionado de forma a evitar danos,
colisões, ferrugem, humidade, sujidade etc. durante o transporte para o seu destino final.
Dependendo do tamanho, peso e outras características, algumas cargas poderão não ser
acondicionadas e somente transportadas.

2. Em cada pacote, excluindo os contentores e incluindo a carga desprotegida, devem ser marcados,
com tinta à prova de água, as seguintes indicações:

a) Nota de embarque;

b) Porto de origem;

c) Porto de destino;

d) Remetente;

e) Destinatário;

f) Nome da embarcação;

g) Número do Contrato;

h) Peso bruto/líquido;

i) Dimensões;

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j) Número de embalagem.

3. Em cada pacote deve ser colocada, num envelope de plástico, uma cópia da nota de embalagem,
que descreva o conteúdo da carga no pacote.

4. Quando for embarcado qualquer equipamento a importar para Angola para a execução do Contrato,
o Empreiteiro deve, em tempo útil, remeter ao Dono da Obra os seguintes documentos necessários
para o seu desalfandegamento:

a) Dois (2) originais do conhecimento de embarque assinalado com "frete pré-pago";

b) Seis (6) originais da factura comercial assinados pelo Empreiteiro;

c) Seis (6) originais da nota de embalagem assinados pelo Empreiteiro;

d) Certificado de qualidade emitido pelo fabricante;

e) Um original da apólice de seguro de transporte;

f) Certificado do Conselho Nacional de Carregadores de Angola (CNCA).

5. O Equipamento a exportar para Angola deve ser enviado com frete, transporte e seguro pagos até
ao local das obras, de acordo com o CIP da Câmara de Comércio Internacional (2000), e sujeito às
seguintes modificações de CIP e condições adicionais:

a) Os riscos de perda e/ou danos do equipamento devem ser assumidos exclusivamente pelo
Empreiteiro, a partir do local de fabrico do equipamento até ao local de obra;

b) O Empreiteiro é obrigado a segurar todo o equipamento contra todos os riscos, desde a


fábrica até à chegada ao local da obra;

c) O Empreiteiro assumirá todos os custos com descarregamento, carregamento e transporte


do equipamento até ao local de obras, sempre e onde seja necessário.

Cláusula 15.ª – Impostos, Taxas e Encargos Aduaneiros


1. O Empreiteiro é responsável pelo pagamento de todos os impostos, taxas e outros encargos
devidos fora do território de Angola resultantes da execução do Contrato.

2. O Empreiteiro é, ainda, responsável pelo pagamento de todos os impostos, taxas e outros encargos
que, nos termos da legislação angolana, lhe sejam aplicáveis no âmbito da execução deste Contrato
e designadamente:

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a) Imposto Industrial para Empreitada, por retenção na fonte, à taxa legalmente estabelecida e
em vigor;

b) Imposto de selo, devido pela celebração do contrato, à taxa legalmente estabelecida e em


vigor e, eventualmente, pela emissão de facturas e respectivos pagamentos;

c) Emolumentos devidos pelo visto do Tribunal de Contas, à percentagem legalmente


estabelecida e em vigor;

d) Encargos aduaneiros, incluindo os direitos de importação e as taxas alfandegárias e


portuárias, relativamente à importação de equipamentos para a execução do Contrato.

3. O Dono da Obra é responsável pelo pagamento de todos os impostos, taxas e/ou emolumentos que,
nos termos da lei, lhe sejam aplicáveis.

Cláusula 16.ª – Ensaios e Inspecções


1. Todos os ensaios e inspecções devem ser realizados de acordo com as especificações técnicas do
equipamento, nos termos estipulados no presente Contrato. Os procedimentos dos ensaios,
incluindo os resultados esperados, devem ser submetidos ao Dono da Obra até trinta (30) dias antes
do seu início.

2. Ensaios / Inspecções antes do Embarque

a) Os ensaios ou inspecções do principal equipamento e materiais poderão ser realizados na


fábrica ou no estabelecimento do Empreiteiro. O Dono da Obra pode participar dos ensaios
ou inspecções, para verificar o equipamento antes do seu embarque ( caso aplicável);

b) O Empreiteiro deve notificar ao Dono da Obra, por escrito, até quatro (4) semanas antes da
data de inspecção, indicando o artigo, natureza, local, número de amostra, equipamento e
procedimento do ensaio ou inspecção e, pedindo também a presença do representante do
Dono da Obra. Caso o representante do Dono da Obra não esteja presente, o Empreiteiro
deve fazer o teste ou inspecção no período determinado e os resultados obtidos serão tidos
como verdadeiros.

3. Ensaios/Inspecções no Local da Obra

a) O Empreiteiro deve providenciar um número suficiente de supervisores qualificados e


engenheiros para executar os testes e inspecções, a fim de garantir a qualidade do
equipamento e da mão-de-obra, de acordo com as especificações técnicas. O Dono da
Obra pode delegar no seu representante os poderes para participar nesses ensaios, sempre

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que a supervisão dos testes e inspecção for efectuada em qualquer Parte do local de obras.
Nesse caso, o relatório do teste deve ser certificado pelo representante do Dono da Obra;

b) O Empreiteiro deve notificar ao Dono da Obra, por escrito, até sete (7) dias antes da data
dos testes, indicando o artigo, natureza, local, número de amostra, equipamento e
procedimento dos testes e solicitando a presença do representante do Dono da Obra.Caso
o representante do Dono da Obra não esteja presente, o Empreiteiro deve fazer os testes
no tempo determinado e os resultados obtidos serão tidos como verdadeiros;

c) A participação dos representantes do Dono da Obra em qualquer ensaio ou inspecção não


exonera o Empreiteiro das suas responsabilidades mencionadas no Contrato. Essa
participação também não afectará a necessidade da inspecção a ser conduzida por uma
entidade independente, a ser contratada pelo Governo de Angola.

Cláusula 17.ª – Desenhos e Manuais


1. Projectos e Desenhos de Construção

a) Logo após o levantamento do local de obras e de acordo com as recomendações do Dono da


Obra, o Empreiteiro deve preparar e fornecer ao Dono da Obra, para aprovação, seis (6) cópias
de Projectos e desenhos do traçado e construção, dentro do prazo determinado no cronograma
de trabalhos;

b) Dentro de dez (10) dias após a sua recepção, o Dono da Obra deve analisar os Projectos de
implantação e devolver duas (2) cópias ao Empreiteiro assinaladas com "Aprovado" ou com
outras observações;

c) Caso o Dono da Obra não devolva a planta no prazo de quinze (15) dias após a sua recepção,
os Projectos serão tidos como aprovados pelo Dono da Obra;

d) Se for necessário elaborar Projectos adicionais para completar qualquer Parte da obra, esses
Projectos ou plantas devem ser preparados pelo Empreiteiro e submetidas ao Dono da Obra
para aprovação. Se o Dono da obra não os rejeitar ou não fizer qualquer observação no prazo de
quinze (15) dias após a sua recepção, os Projectos serão considerados aprovados;

e) Todos os Projectos submetidos e aprovados passarão a fazer Parte do presente Contrato;

f) Qualquer trabalho feito antes da aprovação dos Projectos é da responsabilidade do Empreiteiro.


A aprovação dos Projectos pelo Dono da Obra indica somente que a pormenorização e o método
geral de construção são satisfatórios, e não exoneram o Empreiteiro de qualquer obrigação de

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cumprir o Contrato ou qualquer correcção dos Projectos, nem da responsabilidade de instalar
adequadamente o equipamento, ou ainda da responsabilidade de garantir um método adequado
de construção.

2. Desenhos de Construção: O Empreiteiro deve entregar ao Dono da Obra seis (6) cópias dos
desenhos de construção de obras, indicando todos os trabalhos a serem executados, até sessenta
(60) dias após a data da recepção provisória.

3. Manuais de Operação e Manutenção: O Empreiteiro deve preparar e entregar ao Dono da Obra,


seis (6) cópias dos manuais de operação e manutenção, conforme estipulado no presente Contrato.
Toda esta informação deve ser feita, sempre que possível em português, e suficientemente clara
para que o Dono da Obra possa operar, fazer a manutenção, desmontar, reinstalar, emendar e
consertar todas as obras.

4. Erros de Projecção: Sem prejuízo de qualquer consentimento ou aprovação previstos nesta


Cláusula, se forem encontrados nos documentos do Empreiteiro quaisquer falhas, omissões,
ambiguidades, inconsistências, insuficiências ou outros defeitos, esses Projectos e a Parte
relacionada com as obras devem ser corrigidos por conta do Empreiteiro.

Cláusula 18.ª – Documentos de Construção


1. Documentos no Local da Obra

O Empreiteiro deve manter, no local da obra, um conjunto de documentos, tais como, Projectos de
engenharia, especificações técnicas, Projectos e desenhos de construção, modificações e
comunicações dadas ou emitidas ao abrigo do presente Contrato. O Dono da Obra, o representante do
Dono da Obra e todas as pessoas autorizadas por qualquer deles têm o direito de utilizar essa
documentação sempre que necessário.

2. Uso da documentação do Dono da Obra

O Empreiteiro pode, à sua custa, copiar e utilizar os documentos do Dono da Obra, desde que a
finalidade esteja relacionada com a execução do Contrato. Esses documentos não poderão, contudo,
ser usados, copiados ou transferidos para terceiros pelo Empreiteiro sem o consentimento do Dono da
Obra. O uso dos documentos do Dono da Obra por terceiros requer o consentimento tanto do Dono da
Obra como do Empreiteiro.

Cláusula 19.ª – Terrenos Para Construções Temporárias


1. Os terrenos para uso temporário para a execução da obra, devem incluir as áreas consideradas
indispensáveis tais como recreação, acampamento, armazenamento, processamento, etc.

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2. A localização desses terrenos temporários para construção é discutida e decidida pelas Partes e
deve ser adequada à implementação do projecto.

3. O terreno provisório é utilizado gratuitamente pelo Empreiteiro durante o período da execução do


Contrato. Após a conclusão do Contrato, o Empreiteirodeve remover todos os equipamentos
instalados no terreno e que possam ser removidos sem prejuízo para o Dono da Obra ou para os
terrenos, e devolvê-lo-á aos seus donos.

Cláusula 20.ª – Pessoal e Mão-de-Obra


1. Contratação de Pessoal

O Empreiteiro deve empregar trabalhadores nacionais, nos termos da legislação aplicável ( pelo menos
70% da mão-de-obra total) para a realização dos trabalhos para os quais existam trabalhadores de
nacionalidade angolana competentes e especializados. Os trabalhos a efectuar pelos trabalhadores de
nacionalidade angolana devem incluir, entre outros, as obras civis, montagem, instalação e construção.

2. Pessoal do Empreiteiro

O Empreiteiro só deve contratar trabalhadores devidamente qualificados, com experiência nas suas
áreas de trabalho. O representante do Dono da Obra poderá exigir ao Empreiteiro que demita ou
substitua, nos termos da lei angolana aplicável, qualquer pessoa que esteja empregada na obra ou
estabelecimento, nomeadamente em caso de:

a) Reincidência ou persistência em qualquer má conduta;

b) Incompetência ou negligência no desempenho das suas tarefas;

c) Desrespeito pela legislação angolana.

3. Conduta insatisfatória.

O Empreiteiro deve, em todas as circunstâncias, tomar as medidas necessárias para evitar actos de
indisciplina entre os trabalhadores e preservar a ordem e segurança das pessoas e do Dono da Obra
no local da obra e nos seus arredores.

4. Cumprimento da legislação angolana aplicável.

O Empreiteiro deve cumprir escrupulosamente a legislação laboral angolana, nomeadamente em


matéria de pagamento do imposto sobre os rendimentos do trabalho e das contribuições para a
segurança social, de protecção e segurança no trabalho e de realização dos seguros obrigatórios.

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Cláusula 21.ª – Propriedade Industrial
O Empreiteiro é responsável e deve proteger o Dono da Obra contra qualquer violação de direitos de
propriedade industrial, nomeadamente procedendo ao registo e aquisição dos direitos relacionados com
patentes, direitos de autor, marcas registadas, nomes comerciais ou outros, relacionados com o
projecto.

Cláusula 22.ª – Modificações


As modificações ao presente Contrato podem ser iniciadas, tanto pelo Dono da Obra como pelo
Empreiteiro, em qualquer momento anterior à data de recepção da obra. Caso o Dono da Obra ou o
Empreiteiro queiram fazer alguma modificação, ambas as Partes terão de chegar a um acordo escrito
sobre as mesmas.

Cláusula 23.ª – Prorrogação do Prazo


1. Qualquer atraso devido a:

a) Trabalho extra;

b) Suspensão de trabalho por razões não imputáveis ao Empreiteiro;

c) Qualquer incumprimento por Parte do Dono da Obra;

d) Qualquer incumprimento por Parte de qualquer subcontratado;

e) Qualquer caso de força maior;

f) Quaisquer circunstâncias excecionais de mau tempo, tais como tempestades, tufões, etc. ou
outras circunstâncias especiais, de qualquer espécie, que possam ocorrer e que não
resultem de incumprimento do Empreiteiro;

g) Qualquer outra causa de atraso prevista no presente Contrato, deve permitir ao Empreiteiro
prorrogar o prazo para a conclusão das obras.

2. O Empreiteiro deve ser autorizado a prorrogar o prazo para a conclusão do projecto desde que tenha
submetido ao Dono da Obra, até trinta (30) dias após a ocorrência desses factos ou circunstâncias ou
logo que possível, um pedido de prorrogação de prazo, a fim de que possa ser investigado. O Dono da
Obra não poderá, injustificadamente, recusar a solicitação feita pelo Empreiteiro.

Cláusula 24.ª – Representação das Partes


1. Representação do Empreiteiro.

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a) Durante a execução do Contrato, o Empreiteiro é representado por um Director Técnico da
obra, salvo nas matérias em que, em virtude da lei ou de estipulação diversa neste Contrato
ou no caderno de encargos, se estabeleça diferente mecanismo de representação;

b) O Empreiteiro obriga-se, sob reserva de aceitação do Dono da Obra, a confiar a sua


representação a um técnico qualificado;

c) Após a assinatura do Contrato e antes da consignação, o Empreiteiro confirmará, por


escrito, o nome do Director Técnico da obra, indicando a sua qualificação técnica, devendo
esta informação ser acompanhada por uma declaração subscrita pelo técnico designado,
assumindo a responsabilidade pela direcção técnica da obra e comprometendo-se a
desempenhar essa função com competência e assiduidade;

d) As ordens, os avisos e as notificações que se relacionem com os aspectos técnicos da


execução da empreitada são dirigidos directamente ao Director Técnico da obra;

e) O Director Técnico da obra acompanha assiduamente os trabalhos e está presente no local


da obra sempre que para tal seja convocado;

f) O Dono da Obra poderá impor a substituição do Director Técnico da obra, devendo a ordem
respectiva ser fundamentada por escrito;

g) Na ausência ou impedimento do Director Técnico da obra, o Empreiteiro é representado por


quem aquele indicar para esse efeito, devendo estar habilitado com os poderes necessários
para responder perante o Fiscal da obra pelo andamento dos trabalhos;

h) O Empreiteiro deve designar um responsável pelo cumprimento da legislação aplicável em


matéria de segurança, higiene e saúde no trabalho;

2. Representação do Dono da Obra e Fiscalização.

a) Durante a execução, o Dono da Obra é representado por um Fiscal da obra, salvo em


matérias em que, em virtude da lei ou de estipulação distinta no presente Contrato ou no
caderno de encargos, se estabeleça diferente mecanismo de representação;

b) O Dono da Obra notificará o Empreiteiro da identidade do Fiscal da obra que designe para a
Fiscalização local dos trabalhos até à data da consignação ou da primeira consignação
parcial;

c) O Fiscal da obra tem poderes de representação do Dono da Obra em todas as matérias


relevantes para a execução dos trabalhos, nomeadamente para resolver todas as questões

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que lhe sejam postas pelo Empreiteiro nesse âmbito, exceptuando as matérias de
modificação, resolução ou revogação do Contrato.

d) Na ausência ou impedimento do Fiscal da obra, este é representado por quem indicar para
o efeito, desde que aceite pelo Dono da Obra e comunicado ao Empreiteiro, devendo estar
habilitado com os poderes necessários para responder, perante o Director de obra, em
todas as matérias relevantes para a execução dos trabalhos.

Cláusula 25.ª – Recepção Provisória


1. Após a conclusão total ou parcial das obras, o Empreiteiro deve notificar o Dono da Obra, por
escrito, com a devida antecedência, convidando-o para assistir à vistoria (artigos 308.º da LCP) ou
testes relacionados com as obras para se certificar de que estão em conformidade com as
especificações técnicas. Os procedimentos relativos à vistoria de recepção da obra devem ser
submetidos ao Dono da Obra até trinta (30) dias antes do seu início.

2. A vistoria de recepção provisória deve ser realizada pelo Empreiteiro na presença do Dono da Obra
ou o seu representante, de acordo com os procedimentos de recepção da obra. Esses testes devem
ter início sete (7) dias após a data da notificação por escrito ao Dono da Obra para o seu início e ser
concluídos no prazo determinado nos regulamentos aplicáveis.

3. O relatório da vistoria deve ser assinado por ambas as Partes, imediatamente após a conclusão,
com sucesso, dos testes de recepção, a menos que o(s) trabalho(s) seja(m) rejeitado(s). Em caso
de rejeição, o Dono da Obra deve emitir, no prazo de quinze (15) dias, um relatório ao Empreiteiro,
mencionando a lista dos defeitos que determinaram a rejeição. O Empreiteiro tem a obrigação de
reparar todas as falhas apontadas e de apresentar o respectivo trabalho de acordo com os
procedimentos adequados. Pequenos defeitos ou deficiências que não afectem o funcionamento
adequado do trabalho não devem implicar rejeição do trabalho, desde que o Empreiteiro tome as
providências necessárias para corrigir esses defeitos no mais curto espaço de tempo possível antes
da conclusão do período estipulado no certificado de garantia de boa execução técnica.

4. Até quinze (15) dias após a conclusão, com sucesso, da vistoria de recepção da obra, o Dono da
Obra deve emitir o certificado de recepção provisória da obra. Se o Dono da Obra não o fizer dentro
desse prazo, a(s) obra(s) é(são) considerada(s) como aceite(s) pelo Dono da Obra e o relatório da
vistoria é equivalente ao certificado de recepção de obra.

5. Caso o Dono da Obra ou o seu representante não assistam à vistoria, na data e lugar indicados pelo
Empreiteiro, o Empreiteiro deve prorrogar o período por mais sete (7) dias. Se, nessa nova data, o

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Dono da Obra não estiver novamente presente, então o Empreiteiro pode realizar a vistoria
independentemente da ausência do representante do Dono da Obra. Neste caso, o relatório do
resultado da vistoria é feito e certificado somente pelo Empreiteiro ou pelo seu representante, sendo,
para todos os efeitos, equivalente ao certificado de recepção da obra.

6. Qualquer utilização, total ou parcial, ou a entrada em serviço da(s) obra(s) pelo Dono da Obra, antes
da vistoria de recepção da obra, é considerado como aceitação pelo Dono da Obra. Neste caso, o
certificado de recepção provisória da obra deve ser emitido somente pelo Empreiteiro ou seu
representante e é considerado como devidamente emitido pelo Dono da Obra.

Cláusula 26.ª – Indemnizações


1. Penalizações.

Em caso de atraso na data de entrega da obra por Parte do Empreiteiro, sem qualquer motivo
justificável nos termos do Contrato, o Empreiteiro deve pagar ao Dono da Obra uma multa no valor
que for determinado nos termos das alíneas seguintes:

a) O Empreiteiro deve pagar ao Dono da Obra uma multa correspondente a 0,05% (zero vírgula
zero cinco por cento) por dia sobre o valor remanescente do trabalho por acabar, devendo o
valor máximo da multa ser limitado a 10% (dez por cento) do valor total do Contrato;

b) O Dono da Obra pode, sem prejuízo de qualquer outro método de indemnização, deduzir o
montante da multa do valor a pagar ao Empreiteiro;

c) Se o atraso exceder os 10% (dez por cento) do prazo de conclusão acordado, o Dono da Obra
terá o direito de rescindir o Contrato.

2. Conclusão dos Trabalhos e Retificação de Defeitos

Com vista a garantir que as obras e os documentos do Empreiteiro estejam nas condições exigidas
no Contrato, na data em que termine o período de garantia por defeitos ou tão rapidamente quanto
possível depois dessa data, o Empreiteiro deve:

a) Concluir todas as obras remanescentes na data da recepção, no período razoavelmente fixado


pelo Dono da Obra; e

b) Realizar todos os trabalhos necessários para retificar os defeitos ou danos causados pelo
Empreiteiro, como notificados pelo Dono da Obra na ou antes da data em que termina a
garantia de boa execução técnica.

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3. Custos da Solução de Defeitos

a) Todos os trabalhos referidos na alínea b) n.º 2 da presente cláusula serão executados sob a
responsabilidade e à custa do Empreiteiro, se/ou na medida em que esses trabalhos
possam ser atribuíveis a:

i. Projectos e plantas das obras;

ii. Equipamento, materiais ou mão-de-obra deficientes e/ou que não estejam de acordo
com o Contrato;

iii. Operação ou manutenção inadequadas por Parte do Empreiteiro;

iv. Falha do Empreiteiro em relação a quaisquer obrigações decorrentes do contrato;

v. Qualquer outra razão imputável ao Empreiteiro.

b) Se for encontrado qualquer defeito, o Dono da Obra deve, em conformidade, notificar


imediatamente o Empreiteiro;

c) Caso as falhas ou defeitos sejam atribuídos a qualquer outra causa, o Dono da Obra deve
avisar previamente o Empreiteiro para negociarem a cláusula de modificação.

4. Extensão de Período de Responsabilidade por Defeitos.

a) O período de garantia de boa execução técnica terá início um (1) ano após a rectificação
desses defeitos;

b) Até trinta (30) dias após a expiração do prazo de garantia de boa execução técnica, e caso
o Empreiteiro tenha concluído e testado todos os trabalhos, incluindo a rectificação dos
defeitos, o Dono da Obra deve emitir um certificado de boa execução técnica, indicando a
data na qual o Empreiteiro completou todas as suas obrigações mencionadas no Contrato.
O certificado de boa execução técnica é considerado como aceitação dos trabalhos. Se o
Dono da Obra não emitir o certificado de boa execução técnica, como acordado, o mesmo é
considerado tacitamente emitido no trigésimo dia a contar da data em que deveria ter sido
emitido.

Cláusula 27.ª – Garantia


1. O Empreiteiro garantirá o desempenho satisfatório do projecto por um período de 2 (dois) anos, a
partir da data da recepção provisória da obra e da emissão dos respectivos autos.

2. No caso de existir mais do que um auto de recepção, as datas respectivas ficarão relacionadas com
as respectivas garantias.

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3. Na data da celebração deste contrato, o Empreiteiro deve entregar ao Dono da Obra como caução,
uma garantia bancária executável em banco domiciliado em Angola aceitável pelo Dono da Obra
que corresponde a 5% do valor do Contrato.

Cláusula 28.ª – Formação (Caso não Aplicávei)


1. O Empreiteiro deve prestar formação aos engenheiros do Dono da Obra (doravante designados por
“estagiários”) nomeados por este. O calendário da formação é discutido e decidido entre o Dono da
Obra e o Empreiteiro.

2. A formação é ministrada em portuguêsou em outra língua, caso seja do domínio dos engenheiros do
Estado, no horário definido no cronograma de trabalhos, em dias úteis e durante as horas de
expedientes aplicáveis no local.

3. Durante a selecção dos estagiários, o Dono da Obra deve assegurar, com a colaboração do
Empreiteiro, que os nomeados satisfaçam os requisitos de idioma e os padrões técnicos para a
formação.

4. O Dono da Obra poderá, por sua conta, determinar a substituição de qualquer candidato ou
estagiário, por motivos de saúde, acidente ou pessoais. Neste caso, o calendário do curso não é
afectado.

5. No final de cada acção de formação o Empreiteiro deve emitir um certificado de formação a cada
candidato que tenha concluído a acção de formação com sucesso, mas não é responsável pelos
resultados do desempenho dos candidatos após a formação.

6. O Empreiteiro deve supervisionar e orientar tecnicamente, durante três meses a contar da data de
recepção da obra. Todas as despesas com a supervisão do Empreiteiro serão assumidas pelo
próprio, devendo os procedimentos para essa supervisão constar das especificações técnicas.

Cláusula 29ª – Seguros Obrigatórios


O Empreiteiro obriga-se a efectuar todos os seguros exigíveis nos termos da legislação angolana e
todos os outros que se mostrem necessários e adequados à realização dos trabalhos com
segurança e protecção dos interesses patrimoniais do Dono da Obra, nomeadamente:

1. Seguro de Transporte de Mercadorias.

a) O Empreiteiro deve fazer uma apólice de seguro de transporte contra todos os riscos, junto
de uma companhia de seguros aceitável para o Dono da Obra, que segure todo o

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equipamento durante o transporte da fábrica até ao ponto de destino para a instalação/
construção;

b) A apólice de seguro de transporte de mercadorias deve cobrir 110% (cento e dez por cento)
do valor C&F do equipamento. A apólice deve ser feita para que, em caso de dano ou de
qualquer tipo de perda do equipamento, a reivindicação seja recuperável em moeda
corrente do país de origem ou em qualquer outra moeda estrangeira;

c) No caso de qualquer perda, dano ou recepção incompleta do equipamento, o Fiscal da


companhia de seguros deve consultar os representantes do Empreiteiro e do Dono da Obra
para fazer o relatório de inspecção.

2. Seguro de Construção & Montagem;

3. Seguro das Obras e do Equipamento

a) O Empreiteiro deve assegurar as obras e o equipamento no local de obras, em nome do


Dono da Obra e do Empreiteiro, com base no seu valor global ou parcial dos trabalhos e do
equipamento, para a sua reposição global, em caso de perda, dano ou destruição, em
resultado de incêndio, explosão, raios, terramoto, roubo, inundação, tempestade, perigos do
mar, acidentes aéreos e outros perigos, desde a data de recepção do equipamento no local
de obras até a data de recepção da obra;

b) Deve ser entregue ao Dono da Obra uma cópia da apólice de seguro;

c) Todo o dinheiro recebido da apólice de seguro deve ser aplicado na reposição ou conserto
dos equipamentos perdidos, danificados ou destruídos.

4. Seguro de responsabilidade civil/obrigações para com Terceiros

O Empreiteiro deve, antes do início de qualquer actividade no local de obra, estar na posse de uma
apólice que segure o Empreiteiro e o Dono da Obra contra a responsabilidade por qualquer perda,
dano, morte ou acidente que possam ocorrer em qualquer propriedade ou pessoa relacionada com a
execução do Contrato. A seguradora indemnizará o Empreiteiro e o Dono da Obra pelos respectivos
custos e despesas.

5. Seguro contra acidentes de trabalho e doenças profissionais, de todos os trabalhadores ao serviço


do Empreiteiro ou que prestem serviço na obra antes do início da obra, de acordo com o Contrato, o
Empreiteiro deve assegurar todo o pessoal do Dono da Obra afecto aos trabalhos, previsto no
Contrato, contra todos os riscos inerentes à execução da obra.

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Cláusula 30.ª – Alteração de Circunstâncias
1. A publicação de novas leis ou regulamentos, bem como a aprovação de quaisquer medidas
administrativas que violem os direitos, intensifiquem as obrigações ou diminuam as garantias legais
ou contratuais das Partes e que possam causar prejuízos ou afectar o equilíbrio económico e
financeiro do presente contrato e/ou os pressupostos que conduziram à sua celebração, devem ser
considerados, para efeitos do disposto no Código Civil, como alteração das circunstâncias que
levaram as Partes a celebrar o presente Contrato.

2. Na eventualidade da ocorrência de alguma circunstância prevista no número anterior, as Partes


devem, por via de acordo, rever o presente Contrato, a fim de restabelecer o seu equilíbrio com
base na salvaguarda dos interesses de ambas as Partes.

Cláusula 31.ª – Força Maior e Factos Imputáveis a Terceiros


1. Os danos causados por caso fortuito ou de força maior, não imputáveis a nenhuma das Partes,
devem ser resolvidos por mútuo acordo.

2. Nenhuma das Partes poderá fazer qualquer reivindicação à outra por danos ou atrasos causados
por força maior.

3. Para efeitos do número anterior, são considerados casos fortuitos ou de força maior, qualquer
evento fora do controlo das partes, que ambas não poderiam prever e/ou evitar, e que torna
impossível para qualquer uma cumprir as suas obrigações estipuladas no presente Contrato.
Consideram-se força maior, entre outras similares, distúrbios civis ou militares, terrorismos,
incêndios, explosões, tempestades, inundações, terramotos, ciclones e outras calamidades naturais.

4. A Parte afectada pelo evento de força maior deve notificar a outra, dentro do mais curto prazo
possível e, até 8 (oito) dias após a ocorrência, enviando um certificado emitido pelas autoridades
competentes, para confirmação desta.

5. Sempre que uma das Partes sofrer atraso no cumprimento das suas obrigações, objecto do
presente Contrato, em virtude de qualquer facto imputável a terceiros, deve no prazo de 48
(quarenta e oito) horas, a contar da data em que tome conhecimento da ocorrência, informar a outra
Parte, devendo tomar as providências necessárias que solucionem o problema.

6. Nesse caso, a Parte afectada, deve dar continuidade às suas obrigações desde que seja
razoavelmente possível. Deve também, apresentar à outra Parte qualquer proposta, incluindo

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qualquer meio alternativo para o desempenho satisfatório das suas funções, mas não poderá
executar qualquer desses meios alternativos sem o consentimento, por escrito, da outra Parte.

7. A Parte afectada deve informar a outra, o mais cedo possível, do termo ou eliminação da ocorrência
de força maior.

8. Caso o evento de força maior continue por mais de noventa (90) dias as Partes devem discutir e
acordar sobre a possibilidade de continuação do Contrato. Em caso de insucesso nessa negociação
e acordo, o assunto deve ser resolvido de acordo com o disposto na cláusula 30.ª do presente
Contrato;

9. Tanto o Dono da Obra como o Empreiteiro podem notificar o outro do termo do Contrato, que terá
efeito trinta (30) dias após a notificação. Se, terminado o período de trinta (30) dias, o evento de
força maior persistir, o Contrato deve terminar.

Cláusula 32.ª – Resolução do Contrato


1. Se qualquer das Partes violar qualquer das cláusulas do Contrato, a outra poderá exigir, por escrito,
o seu cumprimento nos termos do Contrato. Se, dentro de trinta (30) dias após a recepção do
pedido, a outra Parte persistir no incumprimento, ou se dentro de sessenta (60) dias após o período
acordado para o cumprimento, a Parte insistir na violação, a Parte lesada poderá, sem prejuízo do
exercício de qualquer outro direito, rescindir o presente Contrato, através de notificação escrita
dirigida à Parte em incumprimento, para tal efeito.

2. Na eventualidade de qualquer das Partes entrar em falência ou qualquer situação similar que a torne
incapaz de solver os seus compromissos, a outra Parte pode, sem prejuízo do exercício de qualquer
outro direito, rescindir o presente Contrato notificando a outra Parte, por escrito, para tal efeito. Esse
termo torna-se efectivo na data em que a primeira Parte receber a notificação escrita da rescisão do
Contrato.

3. Se o Contrato for terminado nos termos desta cláusula, o Dono da Obra deve pagar ao Empreiteiro
o valor dos trabalhos já efectuados ao abrigo do Contrato, nomeadamente:

i. A quantia devida pelos trabalhos já efectuados e cujo valor esteja fixado no


Contrato;

ii. O custo dos equipamentos e materiais encomendados para as obras e já


entregues ao Empreiteiro ou que o Empreiteiro seja obrigado a aceitar, sendo que

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esses equipamentos e materiais passarão a ser propriedade do Dono da Obra, logo
que este os pague, devendo o Empreiteiro colocá-los à disposição do Dono da Obra;

iii. O custo de remoção de trabalhos temporários e do equipamento do


Empreiteiro do local de obra e o seu retorno para o país do Empreiteiro (ou para
qualquer outro destino que não seja mais dispendioso);

iv. Qualquer outro custo ou responsabilidade em que, nessas circunstâncias, o


Empreiteiro tenha incorrido, na expectativa de completar as obras;

4. Caso haja rescisão do Contrato pelo Dono da Obra, o Empreiteiro deve deixar o local da obra no
prazo de quarenta e cinco (45) dias, após a recepção da notificação. O termo e afastamento devem
ser realizados sem prejuízo de qualquer outro direito ou poder das Partes, nos termos do Contrato.

5. No caso de termo do Contrato antes da conclusão do projecto, devem ser discutidos a liquidação
das dívidas e quaisquer outros assuntos relacionados com esse termo. Caso não cheguem a acordo
sobre essas questões, os litígios devem ser resolvidos por via da arbitragem. Nesse caso, todas as
autoridades e entidades, incluindo Banco(s), devem ser informadas sobre a remissão do processo a
arbitragem.

6. A responsabilidade do Empreiteiro pela compensação por danos causados por quaisquer atrasos
terminará na data do termo do Contrato, sem prejuízo de qualquer obrigação que devesse ser
liquidada antes do termo do Contrato.

7. Se o Contrato cessar por razões imputáveis ao Empreiteiro, este deve ser avisado para remover
imediatamente todos os seus equipamentos e materiais de construção.

Cláusula 33.ª – Resolução de Litígios e Arbitragem


1. Acordo amigável

As Partes devem tentar resolver amigavelmente todas os litígios que ocorram relativos à
interpretação e/ou execução do presente Contrato.

2. Arbitragem

a) Todos os litígios que ocorram durante a execução do Contrato e que não possam ser
resolvidos amigavelmente entre as Partes, no prazo de trinta (30) dias, devem ser
submetidos à arbitragem e nos termos das alíneas seguintes.

31
b) Sem prejuízo do disposto na Lei da Arbitragem Voluntária, a constituição e o funcionamento
do tribunal arbitral é feito de acordo com as seguintes regras:

i. O Tribunal Arbitral integra três membros, sendo um nomeado por cada uma
das Partes e o terceiro escolhido, de comum acordo, por esses dois;

ii. A Parte que decida submeter determinada questão ao Tribunal Arbitral


apresentará os seus fundamentos, designando, de imediato, o árbitro de sua
nomeação, comunicando-o à outra Parte por escrito e ficando esta obrigada a designar
o árbitro de sua nomeação e a deduzir a sua defesa no prazo de trinta (30) dias, a
contar da recepção daquele requerimento;

iii. No caso de a Parte demandada não designar o árbitro que lhe competia
nomear no prazo especificado no ponto anterioré, de imediato, solicitada à Ordem dos
Advogados de Angola que designe um árbitro para integrar o Tribunal Arbitral, em
representação da Parte faltosa;

iv. Os árbitros designados pelas Partes ou considerados como designados nos


termos desta cláusula escolherão entre si o terceiro árbitro que presidirá ao Tribunal, no
prazo máximo de vinte (20) dias, a contar da designação do segundo árbitro;

v. Na falta de consenso quanto à nomeação do terceiro árbitro, as Partes


acordam em que aquele venha a ser designado pelo mesmo procedimento
estabelecido no ponto “iii”;

vi. O Tribunal Arbitral considera-se constituído na data em que o terceiro árbitro


aceitar a respectiva nomeação, podendo vir a ser assistido por peritos técnicos que
considerar convenientes;

vii. O Tribunal Arbitral começará por definir o objecto do litígio e julgará segundo
o disposto neste contrato e na lei angolana aplicável, não cabendo recurso para as
instâncias judiciais das decisões proferidas;

viii. As decisões do Tribunal Arbitral devem ser proferidas no prazo máximo de


três (3) meses, a contar da data da constituição do Tribunal, podendo este prazo ser
prorrogado por igual período de tempo, sempre que a complexidade da matéria ou
outras razões atendíveis o justifiquem;

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ix. A deliberação do Tribunal Arbitral configura a decisão final relativamente ao
objecto do litígio e fixa as custas do processo, bem como a forma da sua repartição
pelas Partes;

x. O Tribunal Arbitral é instalado em Luanda e funcionará de acordo com o


procedimento emergente deste acordo arbitral, da lei de arbitragem voluntária referida e
subsidiariamente pelas disposições aplicáveis às normas do Contencioso
Administrativo e do Código de Processo Civil angolano.

Cláusula 34.ª – Propriedade


Os trabalhos permanentes fornecidos de acordo com o Contrato, bem como os respectivos documentos
especificados na cláusula 18.ª, tornam-se propriedade do Dono da Obra logo após a data de recepção
da obra.

Cláusula 35.ª – Preferência na Aquisição


1. O Dono da Obra tem o direito de preferência sobre a aquisição dos equipamentos colocados pelo
Empreiteiro ao serviço da obra, no termo desta, e na base da lista a ser entregue pelo Empreiteiro
ao Dono da Obra, logo após a conclusão da obra.

2. O cálculo do valor residual da aquisição é acordado entre os contraentes, na base de critérios de


equidade, cabendo, então, ao Dono da Obra, liquidar os direitos, taxas, impostos e encargos que
forem devidos.

Cláusula 36.ª – Lei Aplicável e Idioma


O presente Contrato é regulado pela legislação em vigor na República de Angola, designadamente pela
Lei dos Contratos Públicos e é redigido em português.

Cláusula 37.ª – Cessão da Posição Contratual/Subcontratação


1. Cessão

Não pode o Segundo Contraente ceder a totalidade ou parte das suas obrigações e direitos previstos
no contrato, sem o prévio consentimento escrito do Primeiro Contraente.

2. Subcontratação

a) O Empreiteiro não pode subcontratar a totalidade ou Parte da obra sem prévia autorização,
por escrito, do Dono da Obra;

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b) O Empreiteiro não pode subcontratar mais de 75% do valor da obra que lhe foi adjudicada,
nos termos da legislação vigente;

c) No caso de Empreiteiros estrangeiros, as Partes obrigam-se a, no prazo máximo de


quarenta e cinco (45) dias, após assinatura deste contrato, identificar os lotes a subcontratar
as empresas nacionais qualificadas para fornecer o equipamento, os materiais ou os
serviços, conforme exigido no Contrato, com o objectivo de promover o desenvolvimento do
empresariadoangolano;

d) Para definir a lista dos itens a subcontratar localmente, deve ser feita uma adenda ao
presente Contrato, que deve ser assinada pelas Partes no prazo de sessenta (60) dias
contados a partir da data de assinatura do contrato;

e) O projecto de adenda relativo à contratação de serviços e bens locais deve ser preparado
pelo Empreiteiro e apresentado ao Dono da Obra no prazo máximo de Trinta dias (30),
contados a partir da data de assinatura do contrato;

f) O não cumprimento desta disposição, quer no que se refere à elaboração da adenda, quer à
contratação de bens e serviços locais, pode, por decisão do Dono da Obra, condicionar a
efectivação dos pagamentos intermédios;

g) Se for caso disso, o Empreiteiro deve fornecer às empresas angolanas subcontratadas


todos os materiais de construção necessários à execução do objecto do subcontrato, nas
mesmas condições que obtiver para si próprio, com base nas facilidades que eventualmente
lhe venham a ser concedidas e permitir que essas empresas ocupem uma Parte
proporcional do espaço destinado a estaleiro;

h) O Empreiteiro é o único responsável por todos os actos, incumprimentos e/ou negligência


por Parte de todos os seus subempreiteiros, agentes ou pessoal, arcando, por isso, com
todas as responsabilidades daí decorrentes, em todos os casos de subcontratação,
incluindo de empreiteiros nacionais.

i) No caso de Empreiteiros nacionais:

i. As Partes obrigam-se a, no prazo máximo de quarenta e cinco (45) dias


após assinatura deste contrato, identificar os lotes a subcontratar a Micro, Pequenas e
Médias Empresas (MPME) qualificadas para fornecer o equipamento, os materiais ou
os serviços, conforme exigido no Contrato, com o objectivo de promover o
desenvolvimento das MPME;

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ii. O não cumprimento desta disposição, no que se refere à contratação de
bens e serviços àsMPMEpode, por decisão do Dono da Obra, condicionar a efectivação
dos pagamentos intermédios;

iii. Se for caso disso, o Empreiteiro deve fornecer às empresas subcontratadas


as mesmas condições tal como definido na alínea g) do número 2 da presente cláusula;

Cláusula 38.ª – Anexos


Sem prejuízo do estipulado na cláusula 5.ª, fazem Parte integrante do presente Contrato os seguintes
documentos:

a) Memória descritiva ou peças escritas;

b) Mapa de medições (Exigível no acto da execução do contrato);

c) Mapa de preços e quantidades;

d) Programa de trabalho;

e) Peças desenhadas ou plantas;

f) Projecto executivo ou especificações técnicas;

g) Cronograma Trimestral de Desembolso;

h) Qualquer outra adenda ou memorando assinado por ambas as Partes.

Cláusula 39.ª – Modificação do Contrato


1. Qualquer emenda ou modificação do presente Contrato deve ser feita por escrito e assinada por
ambas as Partes e terá a mesma validade que o Contrato.

2. Os assuntos não mencionados no Contrato são regulados através de negociação entre o Dono da
Obra e o Empreiteiro, obedecendo ao estipulado na Lei dos Contratos Públicos.

Cláusula 40.ª – Confidencialidade


As Partes tratam os pormenores deste Contrato como pessoais e confidenciais. Nenhuma das Partes
pode publicar ou permitir que seja publicado ou revelado qualquer assunto relacionado com o Contrato,
sem o prévio consentimento escrito da outra Parte.

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Cláusula 41.ª – Invalidade Parcial
No caso de quaisquer disposições do presente Contrato ser declaradas nulas ou ineficazes, por Parte
de qualquer autoridade com competência para o efeito, a invalidade dessas disposições não afecta a
validade do Contrato, podendo ser substituídas por outras ou emendadas por forma a manter o
equilíbrio contratual.

Cláusula 42.ª – Comunicações e Notificações


1. As comunicações escritas efectuadas pelas Partes, nos termos do presente Contrato, devem ser
feitas por meio de documento oficial ou de carta registada ou por qualquer outro meio seguro, para
os endereços designados neste Contrato, a menos que outros endereços já tenham sido notificados.

2. A rejeição ou não aceitação de qualquer possível comunicação feita nos termos do número
precedente, por razões não atribuíveis à Parte que a enviou é considerada como recebida.

Cláusula 43.ª – Data de Entrada em Vigor


1. O presente Contrato entra em vigor quando forem cumpridos os seguintes pressupostos:

a) Assinatura do Contrato pelas Partes;

b) Aprovação do Contrato pelo órgão competente;

c) Recepção do DownPaymentpelo Segundo Contraente.

2. A data do cumprimento da última das formalidades, que segundo a natureza e especificidades do


contrato se impuser, é a data de entrada em vigor do Contrato. Ambas as Partes devem confirmar
a data de entrada em vigor por escrito.

Cláusula 44.ª – Originais e Cópias Autenticadas


1. O presente contrato é celebrado em três (3) conjuntos de originais, composto por exemplos em
língua Portuguesa.

2. Os conjuntos de originais destinam-se:

a) Um ao Dono da Obra;
b) Uma ao Empreiteiro;
c) Uma ao Ministério das Finanças;

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O presente Contrato é assinado em Luanda aos _______de ______________de 2021 pelos
representantes das Partes autorizados para o efeito:

O Primeiro Contraente O Segundo Contraente

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