Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
18 de janeiro de 2021
Sequência rn
A sequência {rn } é convergente se −1 < r ≤ 1 e divergente para os demais valores
de r. (
n 0 se −1 < r ≤ 1
lim r =
n→∞ 1 se r = 1.
Séries, Sequências e Somas Parciais
Uma série (infinita) é a soma dos termos de uma sequência (infinita) {an }∞
n=1
∞
X
ai = a1 + a2 + a3 + . . . + an + . . . .
i=1
s1 , s2 , s3 , . . . , sn , . . . (1)
Dizemos que uma série é convergente quando essa sequência (1) convergir
lim sn = s
n→∞
com s finito.
Por fim, a série será chamada divergente quando a sequência (1) divergir
lim sn = ∞.
n→∞
Note que:
n
X ∞
X
lim sn = lim ai = ai
n→∞ n→∞
i=1 i=1
Exercı́cio
Verifique se as séries cujo termo geral da soma parcial é dado à seguir são convergen-
tes. Encontre os três primeiros termos da sequência que deu origem à essa sequencia
n
a sn =
2n + 1
n2
b sn =
n−1
Série Geométrica
A série geométrica é definida pela seguinte somatória:
∞
X
arn−1 = a + ar + ar2 + ar3 + · · · + arn−1 + · · · a 6= 0
n=1
e divergente se |r| ≥ 1,
Nessa série cada termo é igual ao anterior multiplicado pela razão comum r.
r=1 As somas parciais podem ser expressas como:
sn = na
a(1 − rn )
sn = .
1−r
Exercı́cio
Encontre a soma da série geométrica se for convergente.
a 10 − 2 + 0.4 − 0.08 + · · ·
∞
X (−3)n−1
b
n=1
4n
Exercı́cio
Um paciente toma 150 mg de fármaco, ao mesmo tempo, todos os dias. Imediata-
mente antes de cada comprimido que é tomado, 5% da droga permanece no corpo do
paciente
a Qual a quantidade do fármaco depois do terceiro comprimido? E após o
n-ésimo comprimido?
b Qual a quantidade de droga que permanece no corpo à longo prazo?
Exercı́cio
A contra-positiva desse resultado nos dá base para definir o teste da divergência.
Teste da Divergência
∞
X
Se lim an não existir ou se lim an 6= 0, então a série an é divergente.
n→∞ n→∞
i=1
Propriedades operacionais das séries convergentes
∞
X ∞
X
Sejam an e bn séries convergentes e c é uma constante, então as seguintes séries são con-
n=1 n=1
vergentes
∞
X ∞
X ∞
X
can (an + bn ) (an − bn )
n=1 n=1 n=1
e, além disso,
∞
X ∞
X ∞
X ∞
X ∞
X
can = c an (an + bn ) = an + bn
n=1 n=1 n=1 n=1 n=1
∞
X ∞
X ∞
X
(an − bn ) = an − bn
n=1 n=1 n=1
Exercı́cio
∞
X 2
Determine se a série é convergente ou divergente expressando sn como
n=1
n2
−1
uma soma telescópica. Se for convergente, calcule sua soma
Aula 5 - Teste da Integral
O Teste da Integral
Suponha que f seja uma função contı́nua, positiva e decrescente em [1, ∞) e seja
X∞
an = f (n). Então a série an é convergente se, e somente se, a integral imprópria
Z ∞ n=1
Z ∞ ∞
X
Se f (x)dx for convergente, então an é convergente.
1 n=1
Z ∞ ∞
X
Se f (x)dx for divergente, então an é divergente.
1 n=1
Exercı́cio
∞
X 1
Determine se a série é convergente ou divergente.
n=1
n2 +4
1
A função associada à essa série é f (x) = . Note que essa função é contı́nua (toda
x2 +4
função racional é contı́nua no seu domı́nio) e positiva nos reais. Além disso
2x
f 0 (x) = − 2 . Veja que f 0 (x) < 0 para todo x > 0, ou seja, a função f é decrescente
(x + 4)2
em (0, ∞). Portanto essa função é contı́nua, positiva e decrescente em [1, ∞). Desta forma
Z ∞ Z n
1 1
2+4
dx = lim 2+4
dx
1 x n→∞ 1 x
Z arctg(n/2)
sec2 θ
1
= lim dθ Substituindo x = 2 tg θ
n→∞ arctg(1/2) 2 tg2 θ + 1
Z arctg(n/2)
1
= lim dθ Lembre-se que tg2 θ + 1 = sec2 θ
2 n→∞ arctg(1/2)
1 arctg(n/2)
= lim [θ]
2 n→∞ arctg(1/2)
1 n 1
= lim arctg − arctg
2 n→∞ 2 2
1 π 1
= − arctg
2 2 2
Note que a integral indefinida é convergente, logo pelo teste da integral a série dada no
enunciado converge.
Série-p
∞
X 1
A série-p (série potência) é convergente se p > 1 e divergente se p ≤ 1.
n=1
np
1
f (x) =
xp
Se trata de uma função racional, portanto é contı́nua em todo o seu domı́nio
(Df = R∗ ). A função é sempre positiva e decrescente no intervalo [1, ∞].
Portanto podemos aplicar o Teste da Integral. Para tanto é necessário
determinar a integral imprópria do tipo 1:
Z ∞ Z n
1 1
p
dx = lim p
dx
1 x n→∞ 1 x
∞
X ∞
X
Se bn for convergente e an ≤ bn para todo n, então an também será
n=1 n=1
convergente.
∞
X ∞
X
Se bn for divergente e an ≥ bn para todo n, então an também será
n=1 n=1
divergente.
Exercı́cio
∞ √
X 3
n
Determine se a série √ é convergente ou divergente.
n=1
n3 + 4n + 3
A série dada é uma série com termos positivos. Observe que para todo n ≥ 1.
√ √
3
n 3
n n1/3 1
√ ≤ √ = 3/2 = 7/6
n3 + 4n + 3 n 3 n n
∞
X 1
Dessa forma podemos aplicar o teste da comparação usando a série 7/6
.
n=1
n
Note que se trata de uma série-p com p = 7/6 > 1, portanto é uma série convergente.
√ ∞ √
3
n 1 X 3
n
Como √ ≤ 7/6 para todo n ≥ 1, então a série √ é
3
n + 4n + 3 n n=1
3
n + 4n + 3
convergente pelo Teste da Comparação termo à termo.
Exercı́cio
∞
X n2
Determine se a série √ é convergente ou divergente.
n=1
n−1
A série dada é uma série com termos positivos. O termo geral da sequência que define a
série não é definido quando n = 1, portanto:
∞ ∞
X n2 X n2
√ = √
n=1
n − 1 n=2 n − 1
n2 1 1 1
√ >√ > >
n−1 n−1 n−1 n
∞
X 1
Dessa forma podemos aplicar o teste da comparação usando a série .
n=1
n
Note que se trata da série harmônica, portanto é uma série divergente.
∞
n2 1 X n2
Como √ ≥ para todo n ≥ 2, então a série √ é divergente pelo Teste da
n−1 n n=1
n−1
Comparação termo à termo.
Exercı́cio
∞
X 4
Determine se a série é convergente ou divergente.
n=1
3n +1
A série dada é uma série com termos positivos. Observe que para todo n ≥ 1.
n−1
4 4 4 1
< =
3n + 1 3n 3 3
Dessa forma podemos aplicar o teste da comparação usando a série geométrica
∞ n−1
X 4 1
.
n=1
3 3
an
lim =c
n→∞ bn
onde c é um número finito e c > 0, então ambas as séries convergem ou ambas as
séries divergem.
Exercı́cio
∞
X ln n
Determine se a série é convergente ou divergente.
n=1
n
ln n
A série dada é uma série com termos positivos cujo termo geral é an = . Vamos aplicar
n
∞
X1
o Teste da Comparação com limite usando a série harmônica . Seu termo geral é
n=1
n
1
bn = . Note que:
n
ln n
an
lim = lim n = lim ln n = ∞
n→∞ bn n→∞ 1 n→∞
n
∞
X ln n
Como o limite é infinito, então pelo Teste da Comparação com limite a série é
n=1
n
divergente.
Exercı́cio
∞
X 1
Determine se a série é convergente ou divergente.
n=1
n2 + 2n
1
A série dada é uma série com termos positivos cujo termo geral é an = . Vamos
n2 + 2n
∞
X 1
aplicar o Teste da Comparação com limite usando a série-p 2
com p = 2. Seu termo
n=1
n
1
geral é bn = . Note que:
n2
1
an n 2 + 2n
lim = lim
n→∞ bn n→∞ 1
n2
n2
= lim 2
n→∞ n + 2n
n2/n2
= lim 2
n→∞ (n +2n)/n2
1
= lim =1
n→∞ 1 + 2/n
Como o limite e uma constante positiva, então pelo Teste da Comparação com limite a
∞
X 1
série 2
é convergente.
n=1
n + 2n
Exercı́cio
∞
X 1
Determine se a série √ é convergente ou divergente.
n=1
n
1
A série dada é uma série com termos positivos cujo termo geral é an = √ . Vamos aplicar
n
∞
X 1
o Teste da Comparação com limite usando a série harmônica . Seu termo geral é
n=1
n
1
bn = . Note que:
n
√
an 1/ n
lim = lim 1
n→∞ bn n→∞ /n
n
= lim √
n→∞ n
√
= lim n = ∞
n→∞
∞
X 1
Como o limite é infinito, então pelo Teste da Comparação com limite a série √ é
n=1
n
divergente.
Aula 7 - Séries Alternadas
Série Alternada
É aquela cujos termos são alternadamente positivos e negativos. O n-ésimo termo de
uma série alternada tem uma das formas:
an = (−1)n−1 bn an = (−1)n bn
satisfaz
1
Note que bn = . Desse modo
n
1
lim bn = lim =0
n→∞ n→∞ n
e além disso
1 1
bn+1 = < = bn
n+1 n
para todo n. Portanto as duas condições do Teste da Série Alternada foram satisfeitas,
logo a série harmônica alternada é convergente.
Exercı́cio
∞
X n+2
Determine se a série alternada (−1)n é convergente ou divergente.
n=1
n(n + 1)
Note que
n+2
bn = .
n(n + 1)
Desse modo
n+2
lim bn = lim =0
n→∞ n→∞ n(n + 1)
e além disso
n+3
bn+1 (n + 1)(n + 2)
=
bn n+2
n(n + 1)
(n + 3)n(n + 1)
=
(n + 1)(n + 2)2
n(n + 3)
=
(n + 2)2
n2 + 3n
= 2 <1
n + 4n + 4
para todo n, ou seja bn+1 < bn para todo n. Portanto as duas condições do Teste da Série
Alternada foram satisfeitas, logo a série alternada do enunciado é convergente.
Exercı́cio
∞
X n2
Determine se a série alternada (−1)n+1 é convergente ou divergente.
n=1
n3 + 4
Note que
n2
bn = .
n3 + 4
Desse modo
n2
lim bn = lim =0
n→∞ n→∞ n3 +4
Portanto, a primeira condição do Teste da Série Alternada está satisfeita.
Agora veja que
b1 = 1/5 = 0.2
b2 = 1/3 = 0.333
b3 = 9/31 ≈ 0.29032258 . . .
b4 = 4/17 ≈ 0.235294117 . . .
Dessa forma fica claro se a série não é totalmente decrescente, mas é possı́vel que ela passe
a ter comportamento decrescente a partir de um certo n0 . Para verificarmos se existe um
n0 que satisfaça essa condição vamos considerar a função associada à bn .
x2
f (x) =
x3 + 4
8 − x3 < 0
x3 > 8
x>2
Logo a série dada é decrescente para todo n > 2, portanto a série
∞
X n2
(−1)n+1
n=3
n3 + 4
Note que
∞
X cos(πn/3) 1/2 1/2 1 1/2 1/2 1 1/2 cos(πn/3)
2
= 2 − 2 − 2 − 2 + 2 + 2 + 2 − ··· + + ···
n=1
n 1 2 3 4 5 6 7 n2
1 1 1 1 1 1 1
= − − − + + + − ···
2 8 9 32 50 36 98
Veja que os termos da séries podem ter sinais positivos e negativos, mas cuidado! Não se
trata de uma série alternada como definimos na aula anterior.
Vamos mostrar que essa série é absolutamente convergente. Para isso considere a série de
termos positivos associada à série dada.
∞ ∞
X cos(πn/3) X
= | cos(πn/3)|
n=1
n2
n=1
n2
Para tanto veja que:
n
an+1 an+1 X
Se lim
= L > 1 ou lim = ∞, então a série an é
n→∞ an n→∞ an i=1
divergente.
an+1
Se lim = 1 o Teste da Razão é inconclusivo.
n→∞ an
Exercı́cio
∞
X n
Determine se a série (−1)n+1 é convergente ou divergente.
n=1
2n
Note que:
n
an = (−1)n+1
2n
e
n+1
an+1 = (−1)n+2
2n+1
Dessa forma:
an+1 n + 1 2n
an = 2n+1 · n
n+1
=
2n
Agora note que:
1
an+1 1+ 1
lim
= lim n = <1
n→∞ an n→∞ 2 2
Portanto, pelo Teste da Razão a série dada é absolutamente convergente e pelo Teste da
Convergência Absoluta ela é convergente.
Exercı́cio
∞
X n+2
Na aula anterior mostramos que a série alternada (−1)n é convergente.
n=1
n(n + 1)
Essa série é absoluta ou condicionalmente convergente?
Dessa forma é possı́vel aplicar o Teste da Comparação com a série harmônica. Como a
série harmônica é divergente então a série
∞ ∞
X X n+2
|an | =
n=1 n=1
n(n + 1)
∞
X n+2
Também será e, consequentemente, a série (−1)n é condicionalmente
n=1
n(n + 1)
convergente.
Teste da Raiz
n
X
p
Se lim n
|an | = L < 1, então a série an é absolutamente convergente (e,
n→∞
i=1
portanto, convergente).
n
X
p p
Se lim n
|an | = L > 1 ou lim n
|an | = ∞, então a série an é
n→∞ n→∞
i=1
divergente.
p
Se lim n
|an | = 1 o Teste da Raiz é inconclusivo.
n→∞
Exercı́cio
∞
X 32n+1
Determine se a série alternada (−1)n é convergente ou divergente.
n=1
n2n
Note que: r
p 32n+1
n 32+1/n
lim n |an | = lim = lim =0<1
n→∞ n→∞ n2n n→∞ n2
Portando a série dada é absolutamente convergente pelo Teste da Raiz. E o Teste da
Convergência Absoluta nos garante que ela será convergente.
Aula 9 - Série de Potências
Lista de Exercı́cios - Aula 9
Determine o intervalo de convergência da série de potências dada:
∞
X xn
1
n=0
n2 + 1
∞
X xn
2
n=0
(n + 1)5n
∞
X xn
3
n=1
ln(n + 1)
∞
X n2
4
n
(x − 1)n
n=1
5
∞
X 1 · 3 · 5 · . . . · (2n − 1)
5 (−1)n+1 xn
n=1
2 · 4 · 6 · . . . · 2n
Aula 10 - Representação de Séries de Potências
Lista de Exercı́cios - Aula 10
Para as seguintes funções f (x) encontre a série de potência que representa f 0 (x) e
determine o seu raio de convergência.
∞
X x2
1 f (x) =
n=1
n2
∞
X (x − 3)n
2 f (x) = (−1)n
n=2
n(n − 1)
Z x
dt
3 Ache a representação em séries de potências para a integral e determine o
0 t2 +4
seu raio de convergência.
Z 1
dt
4 Calcule com precisão de até três casas decimais o valor da integral .
0 t2 + 4
Z 1/2
3
5 Determine o intervalo de convergência da série de potências dada: e−x dx
0