Você está na página 1de 63

Curso de Cálculo Diferencial e Integral II

DPAA-2.086 - Cálculo Diferencial e Integral II

Prof. Thiago VedoVatto


thiago.vedovatto@ifg.edu.br
thiagovedovatto.site

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás


Campus de Goiânia

18 de janeiro de 2021
Sequência rn
A sequência {rn } é convergente se −1 < r ≤ 1 e divergente para os demais valores
de r. (
n 0 se −1 < r ≤ 1
lim r =
n→∞ 1 se r = 1.
Séries, Sequências e Somas Parciais
Uma série (infinita) é a soma dos termos de uma sequência (infinita) {an }∞
n=1

X
ai = a1 + a2 + a3 + . . . + an + . . . .
i=1

A n-ésima soma parcial sn é a soma dos n primeiros termos de uma sequência.


s1 = a1
s2 = a1 + a2
s3 = a1 + a2 + a3
s4 = a1 + a2 + a3 + a4
..
.
Xn
sn = ai
i=1
..
.
Convergência de uma Série
Naturalmente, as somas parciais formam uma sequência {sn }∞
n=1

s1 , s2 , s3 , . . . , sn , . . . (1)

Dizemos que uma série é convergente quando essa sequência (1) convergir

lim sn = s
n→∞

com s finito.
Por fim, a série será chamada divergente quando a sequência (1) divergir

lim sn = ∞.
n→∞

Note que:
n
X ∞
X
lim sn = lim ai = ai
n→∞ n→∞
i=1 i=1
Exercı́cio
Verifique se as séries cujo termo geral da soma parcial é dado à seguir são convergen-
tes. Encontre os três primeiros termos da sequência que deu origem à essa sequencia

n
a sn =
2n + 1
n2
b sn =
n−1
Série Geométrica
A série geométrica é definida pela seguinte somatória:

X
arn−1 = a + ar + ar2 + ar3 + · · · + arn−1 + · · · a 6= 0
n=1

A série geométrica é convergente se |r| < 1 e sua soma é



X a
arn−1 = |r| < 1,
n=1
1−r

e divergente se |r| ≥ 1,

Nessa série cada termo é igual ao anterior multiplicado pela razão comum r.
r=1 As somas parciais podem ser expressas como:

sn = na

É fácil mostrar que nesse caso a série é divergente.


r 6= 1 As somas parciais podem ser expressas como:

a(1 − rn )
sn = .
1−r
Exercı́cio
Encontre a soma da série geométrica se for convergente.
a 10 − 2 + 0.4 − 0.08 + · · ·

X (−3)n−1
b
n=1
4n
Exercı́cio
Um paciente toma 150 mg de fármaco, ao mesmo tempo, todos os dias. Imediata-
mente antes de cada comprimido que é tomado, 5% da droga permanece no corpo do
paciente
a Qual a quantidade do fármaco depois do terceiro comprimido? E após o
n-ésimo comprimido?
b Qual a quantidade de droga que permanece no corpo à longo prazo?
Exercı́cio

Escreva o número 1, 5342 = 1, 53424242 . . . como uma razão de inteiros (fração).


Exercı́cio
Mostre que a série

X 1
n=1
(2n − 1)(2n + 1)
é convergente e determine para onde converge.
Exercı́cio
A série harmônica é definida por:

X 1 1 1 1
= 1 + + + + ··· .
n=1
n 2 3 4

Mostre que é divergente.


Condição de Convergência

X
Se a série an for convergente, então lim an = 0.
n→∞
i=1

A contra-positiva desse resultado nos dá base para definir o teste da divergência.
Teste da Divergência

X
Se lim an não existir ou se lim an 6= 0, então a série an é divergente.
n→∞ n→∞
i=1
Propriedades operacionais das séries convergentes

X ∞
X
Sejam an e bn séries convergentes e c é uma constante, então as seguintes séries são con-
n=1 n=1
vergentes


X ∞
X ∞
X
can (an + bn ) (an − bn )
n=1 n=1 n=1

e, além disso,


X ∞
X ∞
X ∞
X ∞
X
can = c an (an + bn ) = an + bn
n=1 n=1 n=1 n=1 n=1


X ∞
X ∞
X
(an − bn ) = an − bn
n=1 n=1 n=1
Exercı́cio

X 2
Determine se a série é convergente ou divergente expressando sn como
n=1
n2
−1
uma soma telescópica. Se for convergente, calcule sua soma
Aula 5 - Teste da Integral
O Teste da Integral
Suponha que f seja uma função contı́nua, positiva e decrescente em [1, ∞) e seja
X∞
an = f (n). Então a série an é convergente se, e somente se, a integral imprópria
Z ∞ n=1

f (x)dx for convergente. Em outras palavras:


1

Z ∞ ∞
X
Se f (x)dx for convergente, então an é convergente.
1 n=1

Z ∞ ∞
X
Se f (x)dx for divergente, então an é divergente.
1 n=1
Exercı́cio

X 1
Determine se a série é convergente ou divergente.
n=1
n2 +4

1
A função associada à essa série é f (x) = . Note que essa função é contı́nua (toda
x2 +4
função racional é contı́nua no seu domı́nio) e positiva nos reais. Além disso
2x
f 0 (x) = − 2 . Veja que f 0 (x) < 0 para todo x > 0, ou seja, a função f é decrescente
(x + 4)2
em (0, ∞). Portanto essa função é contı́nua, positiva e decrescente em [1, ∞). Desta forma
Z ∞ Z n
1 1
2+4
dx = lim 2+4
dx
1 x n→∞ 1 x
Z arctg(n/2) 
sec2 θ

1
= lim dθ Substituindo x = 2 tg θ
n→∞ arctg(1/2) 2 tg2 θ + 1
Z arctg(n/2)
1
= lim dθ Lembre-se que tg2 θ + 1 = sec2 θ
2 n→∞ arctg(1/2)
1 arctg(n/2)
= lim [θ]
2 n→∞  arctg(1/2)  
1 n 1
= lim arctg − arctg
2 n→∞ 2 2
  
1 π 1
= − arctg
2 2 2

Note que a integral indefinida é convergente, logo pelo teste da integral a série dada no
enunciado converge.
Série-p

X 1
A série-p (série potência) é convergente se p > 1 e divergente se p ≤ 1.
n=1
np

Há três casos à considerar:


p<0 Nesse caso
1
lim =∞
n→∞ np
Logo pelo teste da divergência a série é divergente.
p=0 Assim
1
lim =1
np
n→∞

Novamente a série é divergente pelo teste da divergência.


p>0 Considere a função associada à essa série:

1
f (x) =
xp
Se trata de uma função racional, portanto é contı́nua em todo o seu domı́nio
(Df = R∗ ). A função é sempre positiva e decrescente no intervalo [1, ∞].
Portanto podemos aplicar o Teste da Integral. Para tanto é necessário
determinar a integral imprópria do tipo 1:
Z ∞ Z n
1 1
p
dx = lim p
dx
1 x n→∞ 1 x

Aqui temos três sub-casos à considerar:


Z n
1
p=1 lim dx = lim (ln n − ln 1) = ∞
n→∞ 1 x n→∞
Z n Z n  −p+1 n
1 −p x
0<p<1 lim dx = lim x dx = lim =
n→∞ 1 xp n→∞ 1 n→∞ −p + 1
 −p+1  1
n 1
lim − =∞
n→∞ 1−p 1−p
Z n  −p+1 
1 n 1 1
p>1 lim dx = · · · = lim − = >0
n→∞ 1 xp n→∞ 1−p 1−p p−1
Desse modo o Teste da Integral garante que a série é convergente se p > 1 e
divergente se 0 < p ≤ 1.
Considerando-se os dois casos iniciais podemos concluir que a série-p é convergente se
p > 1 e divergente se p < 1.
Exercı́cio

X 1
Determine se a série é convergente ou divergente.
n=2
n ln n
Exercı́cio
1 1 1 1 1
Determine se a série + + + + + · · · é convergente ou divergente.
3 7 11 15 19
Exercı́cio
∞ √
X n+4
Determine se a série é convergente ou divergente.
n=1
n2
Exercı́cio

X 2
Determine se a série é convergente ou divergente.
n=1
n0.85
Aula 6 - Testes da Comparação: Termo à Termo
e com limites
Teste da comparação termo à termo

X ∞
X
Suponha que an e bn sejam séries com termos positivos.
n=1 n=1


X ∞
X
Se bn for convergente e an ≤ bn para todo n, então an também será
n=1 n=1
convergente.


X ∞
X
Se bn for divergente e an ≥ bn para todo n, então an também será
n=1 n=1
divergente.
Exercı́cio
∞ √
X 3
n
Determine se a série √ é convergente ou divergente.
n=1
n3 + 4n + 3

A série dada é uma série com termos positivos. Observe que para todo n ≥ 1.
√ √
3
n 3
n n1/3 1
√ ≤ √ = 3/2 = 7/6
n3 + 4n + 3 n 3 n n

X 1
Dessa forma podemos aplicar o teste da comparação usando a série 7/6
.
n=1
n
Note que se trata de uma série-p com p = 7/6 > 1, portanto é uma série convergente.
√ ∞ √
3
n 1 X 3
n
Como √ ≤ 7/6 para todo n ≥ 1, então a série √ é
3
n + 4n + 3 n n=1
3
n + 4n + 3
convergente pelo Teste da Comparação termo à termo.
Exercı́cio

X n2
Determine se a série √ é convergente ou divergente.
n=1
n−1

A série dada é uma série com termos positivos. O termo geral da sequência que define a
série não é definido quando n = 1, portanto:
∞ ∞
X n2 X n2
√ = √
n=1
n − 1 n=2 n − 1

Observe que para todo n ≥ 2.

n2 1 1 1
√ >√ > >
n−1 n−1 n−1 n

X 1
Dessa forma podemos aplicar o teste da comparação usando a série .
n=1
n
Note que se trata da série harmônica, portanto é uma série divergente.

n2 1 X n2
Como √ ≥ para todo n ≥ 2, então a série √ é divergente pelo Teste da
n−1 n n=1
n−1
Comparação termo à termo.
Exercı́cio

X 4
Determine se a série é convergente ou divergente.
n=1
3n +1

A série dada é uma série com termos positivos. Observe que para todo n ≥ 1.
 n−1
4 4 4 1
< =
3n + 1 3n 3 3
Dessa forma podemos aplicar o teste da comparação usando a série geométrica
∞  n−1
X 4 1
.
n=1
3 3

com termo inicial a = 4/3 e razão comum r = 1/3.


Note que r < 1, então essa série geométrica será convergente.
 n−1 ∞
4 4 1 X 4
Como n ≤ para todo n ≥ 1, então a série n+1
é convergente pelo
3 +1 3 3 n=1
3
Teste da Comparação termo à termo.
Teste da comparação com limite

X ∞
X
Suponha que an e bn sejam séries com termos positivos. Se
n=1 n=1

an
lim =c
n→∞ bn
onde c é um número finito e c > 0, então ambas as séries convergem ou ambas as
séries divergem.
Exercı́cio

X ln n
Determine se a série é convergente ou divergente.
n=1
n

ln n
A série dada é uma série com termos positivos cujo termo geral é an = . Vamos aplicar
n

X1
o Teste da Comparação com limite usando a série harmônica . Seu termo geral é
n=1
n
1
bn = . Note que:
n
ln n
an
lim = lim n = lim ln n = ∞
n→∞ bn n→∞ 1 n→∞
n

X ln n
Como o limite é infinito, então pelo Teste da Comparação com limite a série é
n=1
n
divergente.
Exercı́cio

X 1
Determine se a série é convergente ou divergente.
n=1
n2 + 2n

1
A série dada é uma série com termos positivos cujo termo geral é an = . Vamos
n2 + 2n

X 1
aplicar o Teste da Comparação com limite usando a série-p 2
com p = 2. Seu termo
n=1
n
1
geral é bn = . Note que:
n2
1
an n 2 + 2n
lim = lim
n→∞ bn n→∞ 1
n2
n2
= lim 2
n→∞ n + 2n
n2/n2
= lim 2
n→∞ (n +2n)/n2

1
= lim =1
n→∞ 1 + 2/n

Como o limite e uma constante positiva, então pelo Teste da Comparação com limite a

X 1
série 2
é convergente.
n=1
n + 2n
Exercı́cio

X 1
Determine se a série √ é convergente ou divergente.
n=1
n

1
A série dada é uma série com termos positivos cujo termo geral é an = √ . Vamos aplicar
n

X 1
o Teste da Comparação com limite usando a série harmônica . Seu termo geral é
n=1
n
1
bn = . Note que:
n

an 1/ n
lim = lim 1
n→∞ bn n→∞ /n
n
= lim √
n→∞ n

= lim n = ∞
n→∞

X 1
Como o limite é infinito, então pelo Teste da Comparação com limite a série √ é
n=1
n
divergente.
Aula 7 - Séries Alternadas
Série Alternada
É aquela cujos termos são alternadamente positivos e negativos. O n-ésimo termo de
uma série alternada tem uma das formas:

an = (−1)n−1 bn an = (−1)n bn

onde bn é um número positivo. Note que bn = |an |.


Teste da Série Alternada
Se a série alternada

X
(−1)n−1 bn = b1 − b2 + b3 − b4 + · · · bn > 0
n=1

satisfaz

bn+1 ≤ bn para todo n lim bn = 0


n→∞

então a série é convergente.


Série Harmônica Alternada

X (−1)n−1
A série harmônica alternada é convergente.
n=1
n

1
Note que bn = . Desse modo
n
1
lim bn = lim =0
n→∞ n→∞ n
e além disso
1 1
bn+1 = < = bn
n+1 n
para todo n. Portanto as duas condições do Teste da Série Alternada foram satisfeitas,
logo a série harmônica alternada é convergente.
Exercı́cio

X n+2
Determine se a série alternada (−1)n é convergente ou divergente.
n=1
n(n + 1)

Note que
n+2
bn = .
n(n + 1)
Desse modo
n+2
lim bn = lim =0
n→∞ n→∞ n(n + 1)
e além disso
n+3
bn+1 (n + 1)(n + 2)
=
bn n+2
n(n + 1)
(n + 3)n(n + 1)
=
(n + 1)(n + 2)2
n(n + 3)
=
(n + 2)2
n2 + 3n
= 2 <1
n + 4n + 4
para todo n, ou seja bn+1 < bn para todo n. Portanto as duas condições do Teste da Série
Alternada foram satisfeitas, logo a série alternada do enunciado é convergente.
Exercı́cio

X n2
Determine se a série alternada (−1)n+1 é convergente ou divergente.
n=1
n3 + 4

Note que
n2
bn = .
n3 + 4
Desse modo
n2
lim bn = lim =0
n→∞ n→∞ n3 +4
Portanto, a primeira condição do Teste da Série Alternada está satisfeita.
Agora veja que

b1 = 1/5 = 0.2
b2 = 1/3 = 0.333
b3 = 9/31 ≈ 0.29032258 . . .
b4 = 4/17 ≈ 0.235294117 . . .

Dessa forma fica claro se a série não é totalmente decrescente, mas é possı́vel que ela passe
a ter comportamento decrescente a partir de um certo n0 . Para verificarmos se existe um
n0 que satisfaça essa condição vamos considerar a função associada à bn .

x2
f (x) =
x3 + 4

É fácil mostrar que


x(8 − x3 )
f 0 (x) =
(x3 + 4)2
A função f (x) é decrescente sempre que f 0 (x) < 0. Note que f 0 (x) será negativa sempre
que

8 − x3 < 0
x3 > 8
x>2
Logo a série dada é decrescente para todo n > 2, portanto a série

X n2
(−1)n+1
n=3
n3 + 4

satisfaz as duas condições do Teste da Série Alternada e sua convergência é garantida.


Somando-se b1 = 1/5 e b2 = 1/3 à essa série continuaremos a ter uma série convergente, logo
a série

X n2
(−1)n+1 3
n=1
n +4
também é convergente.
Aula 8 - Testes da Convergência Absoluta, da
Razão e da Raiz
Série Absolutamente Convergente
P
Uma
P série an é dita absolutamente convergente se a série de valores absolutos
|an | for convergente.

Série Condicionalmente Convergente


Uma série é dita condicionalmente convergente se for convergente mas não for abso-
lutamente convergente.
Teste da Convergência Absoluta
P
Se uma série an for absolutamente convergente, então ela é convergente.
Exercı́cio

X cos(πn/3)
Determine se a série é convergente ou divergente.
n=1
n2

Note que

X cos(πn/3) 1/2 1/2 1 1/2 1/2 1 1/2 cos(πn/3)
2
= 2 − 2 − 2 − 2 + 2 + 2 + 2 − ··· + + ···
n=1
n 1 2 3 4 5 6 7 n2
1 1 1 1 1 1 1
= − − − + + + − ···
2 8 9 32 50 36 98
Veja que os termos da séries podem ter sinais positivos e negativos, mas cuidado! Não se
trata de uma série alternada como definimos na aula anterior.
Vamos mostrar que essa série é absolutamente convergente. Para isso considere a série de
termos positivos associada à série dada.
∞ ∞
X cos(πn/3) X
= | cos(πn/3)|
n=1
n2
n=1
n2
Para tanto veja que:

| cos(πn/3)| ≤ 1 para todo n


| cos(πn/3)| 1
≤ para todo n ∈ Z+
n2 n2

X 1
Note que a série é uma série-p com p = 2, portanto se trata de uma série
n=1
n2
convergente, consequentemente o Teste da Comparação nos garante que a série

X | cos(πn/3)|
é convergente.
n=1
n2

X cos(πn/3)
Dessa forma a série é absolutamente convergente e pelo Teste da
n=1
n2
Convergência Absoluta ela é convergente.
Teste da Razão
n
an+1 X
Se lim = L < 1, então a série an é absolutamente convergente
n→∞ an i=1
(e, portanto, convergente).

n
an+1 an+1 X
Se lim
= L > 1 ou lim = ∞, então a série an é
n→∞ an n→∞ an i=1
divergente.


an+1
Se lim = 1 o Teste da Razão é inconclusivo.
n→∞ an
Exercı́cio

X n
Determine se a série (−1)n+1 é convergente ou divergente.
n=1
2n

Note que:
n
an = (−1)n+1
2n
e
n+1
an+1 = (−1)n+2
2n+1
Dessa forma:
an+1 n + 1 2n

an = 2n+1 · n

n+1
=
2n
Agora note que:
1

an+1 1+ 1
lim
= lim n = <1
n→∞ an n→∞ 2 2
Portanto, pelo Teste da Razão a série dada é absolutamente convergente e pelo Teste da
Convergência Absoluta ela é convergente.
Exercı́cio

X n+2
Na aula anterior mostramos que a série alternada (−1)n é convergente.
n=1
n(n + 1)
Essa série é absoluta ou condicionalmente convergente?

Na última aula mostramos que:


2

bn+1 = n + 3n
an+1
=

bn an n2 + 4n + 4

Note agora que:


3

an+1 2 1+
lim
= lim n + 3n = lim n =1
n→∞ an n→∞ n2 + 4n + 4 n→∞ 4 4
1+ +
n n2
Nessas condições o Teste da Razão é inconclusivo! Dessa forma precisamos recorrer à
outros teste para poder responder à essa questão. Observe que:
n+2 n+2 1 1
|an | = = · >
n(n + 1) n+1 n n

Dessa forma é possı́vel aplicar o Teste da Comparação com a série harmônica. Como a
série harmônica é divergente então a série
∞ ∞
X X n+2
|an | =
n=1 n=1
n(n + 1)


X n+2
Também será e, consequentemente, a série (−1)n é condicionalmente
n=1
n(n + 1)
convergente.
Teste da Raiz

n
X
p
Se lim n
|an | = L < 1, então a série an é absolutamente convergente (e,
n→∞
i=1
portanto, convergente).

n
X
p p
Se lim n
|an | = L > 1 ou lim n
|an | = ∞, então a série an é
n→∞ n→∞
i=1
divergente.

p
Se lim n
|an | = 1 o Teste da Raiz é inconclusivo.
n→∞
Exercı́cio

X 32n+1
Determine se a série alternada (−1)n é convergente ou divergente.
n=1
n2n

Note que: r
p 32n+1
n 32+1/n
lim n |an | = lim = lim =0<1
n→∞ n→∞ n2n n→∞ n2
Portando a série dada é absolutamente convergente pelo Teste da Raiz. E o Teste da
Convergência Absoluta nos garante que ela será convergente.
Aula 9 - Série de Potências
Lista de Exercı́cios - Aula 9
Determine o intervalo de convergência da série de potências dada:

X xn
1
n=0
n2 + 1

X xn
2
n=0
(n + 1)5n

X xn
3
n=1
ln(n + 1)

X n2
4
n
(x − 1)n
n=1
5

X 1 · 3 · 5 · . . . · (2n − 1)
5 (−1)n+1 xn
n=1
2 · 4 · 6 · . . . · 2n
Aula 10 - Representação de Séries de Potências
Lista de Exercı́cios - Aula 10
Para as seguintes funções f (x) encontre a série de potência que representa f 0 (x) e
determine o seu raio de convergência.

X x2
1 f (x) =
n=1
n2

X (x − 3)n
2 f (x) = (−1)n
n=2
n(n − 1)
Z x
dt
3 Ache a representação em séries de potências para a integral e determine o
0 t2 +4
seu raio de convergência.
Z 1
dt
4 Calcule com precisão de até três casas decimais o valor da integral .
0 t2 + 4
Z 1/2
3
5 Determine o intervalo de convergência da série de potências dada: e−x dx
0

Você também pode gostar