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PUC-Goiás - Escola “Edgar A.

Graeff” - Curso Arquitetura e Urbanismo


Conforto Térmico na Arquitetura e no Urbanismo
prof. António Manuel C P Fernandes
BLOCO 2
EXERCÍCIO 1: a Carga Térmica e a grande importância das proteções solares
Uma sala comercial (5 x 8 = 40 m²; pé-direito de 2,70) em Florianópolis, a fachada (5 m) voltada
para Oeste; uma janela 5 x 1,10 (5,5 m²); parede de 12 cm de espessura em tijolo maciço
rebocada dos 2 lados; o vidro transparente de 3 mm; 3 pessoas, um computador, 12 lâmpadas
fluorescentes. Data: 22 dez (solstício de verão), às 16:00 horas. (LAMBERTS, 1997, p 95)
Estimativa de cálculos (Tint = 23° e URint = 65%; Text = 33° e URext = 87,5%):
1) Condução fechamento opaco: Q.fo = 66,33 w/m² (q.fo) x 8 m² = 530,64 w
2) Condução janela: Q.a = 57,90 W/m² (q.a) x 5,50 m² = 318,45 w
3) Ganho solar: Q.s (Cs1 x Fs² x Avidro) = 715 w/m² x 0.87 x 5,5 m² = 3.421 w
4) Ganho ocupantes: Q.o = 3 x 150 w = 450 w
5) Ganho iluminação: Q.i (Qr +Ql) = (23 w x 6) + (40 w x 12) = 618 w
6) Ganho equipamentos: Q.e = 400 w
7) Ganho infiltração ar: Q.ia (sensível + latente) = 223,20 w
Carga Térmica: CT = Q.fo + Q.a + Q.s + Q.o + Q.i + Q. e + Q.ia = 5.960 w
Desses 5.960 w, 3.421 são da entrada do sol, Ganho Solar - Qs, isto é, quase 60% da carga é
proveniente da radiação solar que passa pelo vidro (claro que é a pior estação do ano, a pior hora
do dia e a pior orientação solar, mas é necessário calcular a potência do equipamento na situação
mais crítica; para este caso será necessário um aparelho de 24.000 BTUs).
Obviamente que ‘atacar’ este item (Ganho Solar - Qs) é estratégico! Agora é com você: a seguir
apresenta-se o Fs2 de diversas opções que você poderá usar para reduzir o valor de Q.s e,
assim, reduzir a carga térmica, reduzindo a potência e o gasto energético do ar
condicionado! Use a tabela e compare a variação dos percentuais de redução!
Lembre-se que:
(1) uma proteção interior é opção do usuário, (2) um vidro mais apropriado é uma
especificação de projeto enquanto que... (3) a proteção exterior, seja qual tipo for, será parte
integrante da forma tridimensional arquitetônica, enfim, da estética da fachada, além de ser
bem mais eficiente! Atenção: desconfie do aparente bom resultado da linha 4 - vidro reflexivo!

Proteção da abertura Fs ganho solar (w) carga térmica (w) redução


1 vidro 3 mm, transparente 0.87 3.421 5.960 (%)
2 vidro 6 mm, transparente 0.83
3 vidro 3 mm, ‘fumê’ 0.72
vidro 3 mm, reflexivo 0.32
4 (discutível)
5 persiana clara (fechada) 0.54
6 cortina opaca e clara 0.40
7 brise horizontal (sombra total) 0,25
8 toldo 45° opaco (sombra total) 0,20

Refaça o cálculo ganho solar, recalcule a carga térmica e determine a redução (divida cada novo valor
da Carga Térmica por 5.960 (valor original), arredonde o valor; diminua de 1,0 e transforme em %).

1
Constante solar: radiação solar que atinge a janela (depende de: latitude, época, horário e orientação).
2
Fator solar: razão entre a radiação que passa e a que chega. Mais baixo o valor, melhor a proteção.
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BLOCO 2
EXERCÍCIO 1: a Carga Térmica e a importância das ... RESULTADOS
Uma sala comercial (5 x 8 = 40 m²; pé-direito de 2,70) em Florianópolis, a fachada (5 m) voltada para
Oeste; uma janela 5 x 1,10 (5,5 m²); parede de 12 cm de espessura em tijolo maciço rebocada dos 2
lados; o vidro simples de 3 mm; 3 pessoas, um computador, 12 lâmpadas fluorescentes. Data 22 dez
(solstício de verão), às 16:00 horas. (apresentado por LAMBERTS, 1997, p.95)
Estimativa de cálculos (Ti = 23° e URi = 65%; Te = 33° e URe = 87,5%):

1) Condução fechamento opaco – Q.fo = 66,33 w/m² (q.fo) x 8 m² = 530,64 w


2) Condução abertura – Q.a = 57,90 W/m² (q.a) x 5,50 m² = 318,45 w
3) Ganho solar – Q.s (Cs3 x Fs x A.vidro)= 715 w/m² x 0.87 x 5,5 m² = 3.421 w
4) Ganho ocupantes – Q.o = 3 x 150 w = 450 w
5) Ganho iluminação – Q.i (Qr +Ql) = (23 w x 6) + (40 w x 12) = 618 w
6) Ganho equipamentos – Q.e = 400 w
7) Ganho infiltração ar – Q.ia (sensível + latente) = 223,20 w
Carga Térmica: CT = Q.fo + Q.a + Q.s + Q.o + Q.i + Q. e + Q.ia = 5.960 w
Desses 5.960 w, 3.421 são da entrada do sol, isto é, quase 60% da carga é proveniente da radiação solar
que passa pelo vidro (claro que é a pior estação do ano, a pior hora do dia e a pior orientação solar. Mas é
o limite para calcular a potência do equipamento necessário, neste caso 24000 BTUs).
Obviamente que ‘atacar’ este item é estratégico! Agora é com você: a seguir apresenta-se o fator solar4 de
diversas opções que você poderá usar para reduzir o valor de Q.s e, assim, reduzir a carga térmica,
reduzindo a potência e o gasto energético do ar condicionado! Use a tabela e compare os resultados!
Lembre-se que: 1) uma proteção interior é opção do usuário, 2) um vidro mais apropriado é uma
especificação de projeto enquanto que... 3) a proteção exterior, seja qual tipo for, será parte integrante da
forma tridimensional arquitetônica, enfim, da estética da fachada, além de ser muito mais eficiente!
Atenção: desconfie do aparente bom resultado da linha 4 – vidro reflexivo, porquê!

Proteção da abertura Fs ganho solar w carga térmica w redução


1 vidro 3 mm, transparente 0.87 3.421 5.960 %
2 vidro 6 mm, transparente 0.83 3.264 5.803 3
3 vidro 3 mm, ‘fumê’ 0.72 2.831 5.370 10
4 vidro 3 mm, reflexivo 0.32 1.258 3.797 36
5 persiana clara (fechada) 0.54 2.124 4.663 22
6 cortina opaca e clara 0.40 1.573 4.112 31
7 brise horizontal (sombra total) 0,25 983 3.522 41
8 toldo 45° opaco (sombra total) 0,20 787 3.326 44

O vidro reflexivo com 0,32 de Fs vai gerar uma boa redução (36%) mas implicará em problemas
de reflexões e ofuscamentos incontroláveis nas vias públicas e nos vizinhos!

A redução, com proteções externas eficientes, é extraordinariamente significativa!


Lembre-se na hora de projetar!

3
Constante solar: radiação solar que atinge a janela (depende de: latitude, época, horário e orientação).
4
Fator solar: razão entre a radiação que passa e a que chega. Mais baixo o valor, melhor a proteção!
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EXERCÍCIO 2: sobre o ábaco psicrométrico, programa ‘Psicrom’ de M. Roriz

Legenda:
TBS (temperatura bulbo seco); TBU (temperatura bulbo úmido);
UR (umidade relativa); UA (umidade absoluta)
1) Dados os pontos X e Y no TBS (°C) TBU (°C) UR (%) UA (g/m³)
ábaco psicrométrico (fornecido X
fotocópia), determine os valores Y
das 4 variáveis e preencha a
tabela ao lado:

2) Identifique, no ábaco, os
pontos Z e W a partir dos TBS (°C) TBU (°C) UR (%) UA (g/m³)
valores de TBS e UR dados, Z 38 40
determine e preencha os W 22 70
valores de TBU e UA: use a
tabela ao lado.

3) Marque o ponto A sabendo que Tmédia =


30°C e a URmédia = 30%; mantendo a UA
constante ao longo do dia, marque os pontos UA (g/m³) UR (%)
B (Tmínima = 25°C) e C (Tmáxima = 35°C) B
desenhando o segmento BC: agora C
determine a URmáxima (no ponto B) e a
URmínima (no ponto C). Este segmento
representa a variação das 24 horas.
Preencha a tabela ao lado. A UA dos pontos
B e C é a mesma, ok?

4) Na verdade a UA não é constante ao


longo das 24 horas. De manhã cedo até à
tarde a UA sob decorrente da evaporação.
Assim sendo vamos repetir, para fixação de
aprendizagem, os procedimentos do
exercício 3, mas agora com outros valores:
Tmédia = 32°C; URmédia = 35%; Tmínima = 26°C; UA (g/m³) UR (%)
Tmáxima = 38°C. Após definir os pontos D, E e E’
F da mesma forma como foram definidos A, F’
B e C no exercício 3, faça o seguinte: de E
“desça” 1,5 g/m³ da UA e marque o ponto E’,
e de F “suba” o mesmo valor da UA e
marque F’ (correspondendo a uma variação
total de 3 g/m³ da UA). A seguir ligue esses
pontos desenhando o segmento E’F’. Por
fim, determine a UA e a UR de cada um dos
pontos e preencha a tabela ao lado.
PUC.Goiás - Escola “Edgar A. Graeff” – Depto. Artes e Arquitetura
CONFORTO TÉRMICO
Prof. António Manuel C P Fernandes
BLOCO 2
EXERCÍCIO 2: sobre o ábaco psicrométrico RESULTADOS
Legenda:
TBS (temperatura bulbo seco); TBU (temperatura bulbo úmido);
UR (umidade relativa); UA (umidade absoluta)

1) Dados os pontos X e Y no TBS (°C) TBU (°C) UR (%) UA (g/m³)


ábaco psicrométrico (em X 16 10 50 7
anexo), determine os valores Y 44 24 20 12,5
das 4 variáveis e preencha a
tabela ao lado:

2) Identifique, no ábaco, os
pontos Z e W a partir dos TBS (°C) TBU (°C) UR (%) UA (g/m³)
valores de TBS e UR (dados na Z 38 26 40 18,5
tabela ao lado), determine e W 22 18 70 13,5
preencha os valores de TBU e
UA na tabela ao lado:

3) Marque o ponto A sabendo que T média =


30°C e a URmédia = 30%; mantendo a UA
constante ao longo do dia, marque os pontos UA (g/m³) UR (%)
B (Tmínima = 25°C) e C (Tmáxima = 35°C) B 9 40
desenhando o segmento BC: agora C 9 25
determine a URmáxima (no ponto B) e a
URmínima (no ponto C). Este segmento
representa a variação das 24 horas.
Preencha a tabela ao lado. A UA dos pontos
B e C é a mesma, ok?

4) Na verdade a UA não é constante ao


longo das 24 horas. De manhã cedo até à
tarde a UA sob decorrente da evaporação.
Assim sendo vamos repetir, para fixação de
aprendizagem, os procedimentos do
exercício 3, mas agora com outros valores:
Tmédia = 32°C; URmédia = 35%; Tmínima = 26°C; UA (g/m³) UR (%)
Tmáxima = 38°C. Após definir os pontos D, E e E’ 10,5 43
F da mesma forma como foram definidos A, F’ 13,5 28
B e C no exercício 3, faça o seguinte: de E
“desça” 1,5 g/m³ da UA e marque o ponto E’,
e de F “suba” o mesmo valor da UA e Atenção: suas respostas podem
marque F’ (correspondendo a uma variação diferir do gabarito por
total de 3 g/m³ da UA). A seguir ligue esses arredondamento, isto é, com
pontos desenhando o segmento E’F’. Por pequenas diferenças, ok?
fim, determine a UA e a UR de cada um dos
pontos e preencha a tabela ao lado.
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BLOCO 2
EXERCÍCIO 3: entendendo a Carta Bioclimática Simplificada (com 4 meses do ano)
A, B, C e D são climas hipotéticos. Estão
representados por 4 meses-segmentos que mostram a
variação das temperaturas/umidades do dia-típico
daquele mês. Cada um desses segmentos tem seu
desenho construído como na questão 4 da lista 2
(exercícios de psicrometria) que você fez
anteriormente. Se você tiver paciência e cuidado
poderá interpretar as 4 cartas ao lado, e identificar o
tipo de cada um dos 4 climas. Siga os passos a seguir
para identificar os Recursos Bioclimáticos e, com isso,
ajudar a decidir qual é Quente-Seco, Quente-Úmido,
Composto ou Temperado, caso você ainda não o tenha
feito:
1) Meça os 4 segmentos (em mm), some os 4 valores
e defina o total (100%) de cada um dos 4 climas
2) Meça os “pedaços” dos segmentos que estão em
cada zona, some-os (em mm) e coloque os valores na
tabela; calcule o percentual relativo ao total (100%)
3) Com esses percentuais fica definida a importância
relativa de cada Recurso Bioclimático. Atenção: a zona
1 não é um recurso, é uma constatação!
4) Na última linha da tabela identifique o tipo de clima
em cada coluna
A B C D
mm % mm % mm % mm %
total 100 100 100 100
1
2
3
3/4
2/3/4
5
7
8
9

Zonas (recursos bioclimáticos) da Carta Bioclimática:


1 Conforto
2 Ventilação
3 Resfriamento Evaporativo
3/4 Resf. Evapo. e Massa Térmica (resfria.)
2/3/ Ventilação, Resf. Evapo e M. Térmica (resf.)
4 Ar Condicionado
5 Massa Térmica (aquecimento)
7 Aquecimento Solar
8 Aquecimento Artificial
9
Este exercício será importante para entender melhor a execução da Carta Bioclimática!
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BLOCO 2 Conforto Térmico - prof. António Manuel C P Fernandes
EXERCÍCIO 3: entendendo a Carta Bioclimática Simplificada RESULTADOS
A, B, C e D são climas hipotéticos. Estão
representados por 4 meses-segmentos que mostram
a variação das temperaturas/umidades do dia-tipo
daquele mês. Cada um desses segmentos tem seu
desenho construido como na questão 4 da lista de
exercícios de psicrometria que você fez
anteriormente. Se você tiver paciência e cuidado
poderá interpretar as 4 Cartas ao lado, e identificar o
tipo de cada um dos 4 climas. Siga os passos a
seguir para identificar os Recursos Bioclimáticos e,
com isso, ajudar a decidir qual é Quente-Seco,
Quente-Úmido, Composto ou Temperado, caso você
ainda não o tenha feito:
1) Meça os 4 segmentos (em mm), some os 4
valores e defina o total (100%) de cada um dos 4
climas
2) Meça os “pedaços” dos segmentos que estão
em cada zona, some-os (em mm) e coloque os
valores na tabela; calcule o percentual relativo ao
total (100%)
3) Com esses percentuais fica definida a
importância relativa de cada Recurso Bioclimático.
Atenção: a zona 1 não é um recurso, é apenas uma
constatação!
4) Na última linha da tabela identifique o tipo de
clima em cada coluna
A B C D
m % m % m % m %
m m m m
total 10 10 10 100
0 0 0
1 52 11 43 51
2 73 29
3 10
3/4 11 20
2/3/ 11 15
4
5 16 3 2
7 25 3 2
8 16
9 7
Ver. / Inv. Q.Úmido Composto Q. Seco

O gabarito apresenta apenas os percentuais pois


os croquis originais não estão na mesma escala!
Este exercício será importante para entender melhor a execução da Carta Bioclimática!
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BLOCO 2
EXERCÍCIO 4: sobre os Recursos bioclimáticos

Observação:
Para cada circunstância adversa do clima podemos utilizar um recurso
bioclimático e, com isso, resolver ou amenizar as condições térmicas
interiores do edifício ou mesmo o microclima exterior. Na carta bioclimática,
cada zona de desconforto adota como nome a palavra que indica a solução
do problema. As questões abaixo estão formuladas para que você relacione
o problema com a solução explicando os processos em cada uma das
situações, ok? Só entendendo o raciocínio é que nos tornamos,
efetivamente, postulantes e defensores de uma arquitetura a favor da
sustentabilidade!

1) A ventilação pode resolver situações de calor úmido pois, mesmo sem abaixar a
_______________, vai retirar calor do corpo pela ______________ e pela _________________.

2) Em climas desérticos a ventilação (não sensível) só poderá ser desejável à ___________


quando a temperatura exterior está bem mais ___________.

3) Um espelho d’água junto a uma construção (p. ex: o Palácio do Itamarati, no DF), em especial
em clima quente-seco, poderá ser um recurso bioclimático excepcional, além de ser uma solução
paisagística e visual. Explique seu funcionamento higro-térmico.

4) Resfriamento _________________ pode ser direto (p. ex: um jardim, um espelho d’água, etc.)
ou indireto. Dê exemplos desse último.

5) Você se lembra (foi comentado e explicado em sala) da solução (resfriamento evaporativo


direto) que o pesquisador Givoni elaborou para criar espaços externos com micro-clima agradável
na EXPO 92, em Sevilla, onde o clima no verão é quase desértico, muito quente e muito seco?

6) As chamadas coberturas ou telhados verdes são exemplos de resfriamento evaporativo


_____________ pois.... (continue a frase explicativa)

7) A sombra é uma condição inerente à zona de conforto portanto, e obviamente, uma


necessidade nos climas __________. Argumente a respeito.

8) E, ao contrário, o sol – passando pelo vidro – efeito estufa – ou aquecendo as paredes, será
bem vindo em clima ________. Explique.

9) A construção mais pesada, maior massa térmica, pode ser boa solução para corrigir o frio
noturno e o calor diurno (amplitudes térmicas grandes). Explique.

10) Em clima permanentemente úmido a ventilação cruzada é essencial e cabe ao projetista


desenhar a arquitetura otimizando tal cruzamento. Pode e deve criar artifícios para o melhor
percurso dessa ventilação no plano horizontal – em planta, e no plano vertical – em corte.
Citamos e mostramos diversas coisas a respeito em sala de aula. Raciocine sobre isso, e faça
croquis de algumas idéias!
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Conforto Térmico na Arquitetura e no Urbanismo
prof. António Manuel C P Fernandes
BLOCO 2
EXERCÍCIO 5: Clima da região de Goiânia e recomendações para projeto
Observação:

o que nos interessa é a ordem de grandeza de cada fenômeno (e não apenas


dados e tabelas), é entender as relações entre os diversos fenômenos e
perceber o ritmo anual de suas variações para decidir sobre as principais
decisões de projeto, de detalhes e especificações. Assim estão pensadas estas
perguntas e questões e se baseiam no texto “Clima da região de Goiânia” e nas
aulas dadas.
1) Porque o título de clima composto? Composto de quê?

2) Quais as duas razões principais que justificam a dicotomia entre as duas estações?

3) Que tipo de clima teríamos na região se todos os meses do ano fossem semelhantes ao mês
de agosto?

4) Nos meses chuvosos (cite 2 ou 3) a altura de chuva (mm) fica entorno de: a) 100; b) 200; d)
300; E os meses secos? Cite 2 ou 3.

5) O que acontece no nosso “inverno” quanto à temperatura? A temperatura da tarde dificilmente


fica abaixo de 28°, certo ou não? Que “inverno” é esse? Explique.

6) Temos, então, calor o ano inteiro à tarde. Haverá sempre necessidade de proteção solar (você
concorda?), caso contrário as temperaturas interiores subirão muito além provocando situações
críticas – se a gente se descuidar, até durante o “inverno”, teremos problemas sérios de calor à
tarde. Discuta e comente a questão.

7) No “inverno” (junho) o dia tem 2 horas menos que no verão (dezembro), entretanto a insolação
(você sabe o que significa insolação?) no ‘inverno’ é muito superior à do verão! Como se explica
isso?

8) Bem, por último, quanto ao clima de Goiânia, será que você consegue fazer um croqui
parecido com o que fiz no livro (e vimos em sala) onde apresento um muro com faces norte e sul
e diversas informações inter-relacionadas inclusive a que se citou na questão anterior?

9) E agora, você saberia dizer quais são as 3 principais características do clima que foram
selecionadas no texto e salientadas nas aulas? Enuncie-as.

10) Cada uma dessas 3 características irá “impor” uma recomendação, ok? Explicite cada uma
das 3 recomendações delas derivadas e essenciais para uma boa adequação da construção ao
clima explicando o motivo da cada uma.

...e agora para polemizar...

11) Na estação seca poderíamos prescindir da ventilação sensível se tivéssemos uma construção
com boa massa térmica, capaz de equilibrar internamente o calor da tarde com o frio da
madrugada? Se você disse sim, por qual processo o corpo iria perder mais calor?

12) E na estação das chuvas, mesmo se tivéssemos a construção muito bem protegida do sol
poderíamos prescindir da ventilação sensível? Porque não?

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