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UHLEIN Apostila de Sedimentologia e Petrologia Sedimentar - V2
UHLEIN Apostila de Sedimentologia e Petrologia Sedimentar - V2
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
SEDIMENTOLOGIA E
PETROLOGIA SEDIMENTAR
Código da disciplina – GEL 019
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01. ORIGEM E NATUREZA DAS ROCHAS SEDIMETARES
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Faça uma comparação entre os dois modelos para formação de rochas
sedimentares.
Compare, em especial, os seguintes aspectos:
1. Relevo da área fonte;
2. Mecanismo de transporte;
3. Mecanismos de sedimentação;
4. Produto gerado na bacia sedimentar.
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02. IMPORTÂNCIA DAS ROCHAS SEDIMENTARES
5- Areia:
construção civil, indústria do vidro.
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03. INTEMPERISMO E O CICLO SEDIMENTAR
1 - Conceito: intemperismo é um conjunto de modificações de ordem física
(desagregação) e química (decomposição) que as rochas sofrem ao aflorarem na
superfície da Terra.
Produtos do Ciclo Sedimentar:
Intemperismo: Erosão
Aplainamento
-rocha alterada Transporte
do relevo
-solo Sedimentação
3 – Tipos de Intemperismo:
• Físico – desagregação da rocha em partículas. Variações de temperatura,
congelamento de água em fissuras, cristalização de sais, formação de juntas de
alívio, raiz.
• Químico – ação de água da chuva (pH ácido) que infiltra nas rochas. Provoca
reações de hidratação, dissolução, hidrólise e oxidação dos minerais das rochas.
H2O + CO2 H2CO3 (reduz o pH das águas subterrâneas – SOLVENTE)
Sedimentos clásticos,
Mudança climática
Intemperismo físico conglomerados e
e/ou tectônica (sem
(erosão física) arenitos em bacias
cobertura vegetal)
sedimetars
LEIA MAIS:
1. Decifrando a Terra, cap. 8, pg. 139 a 165.
2. Geologia Sedimentar, cap. 2, pg. 11 a 22.
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04. O CICLO SEDIMENTAR: EROSÃO, TRANSPORTE E DEPOSIÇÃO
Rios, ventos,
geleiras, águas
superficial e
subterrânea;
Ondas, marés e
correntes
oceânicas
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3 – Erosão
Desgaste da superfície da Terra por processos físicos, químicos e biológicos. Remoção de
detritos.
Tipos de erosão: pluvial, fluvial, marinha, eólica, glacial.
4 – Transporte
Carreamento ou remoção dos produtos do intemperismo e da erosão.
Movimentos de massa (fluxos gravitacionais), ação da água (chuva e rios), ação do vento,
geleiras, ondas, marés, correntes marítimas.
Fluxo fluido
(baixa viscosidade)
Mecânico (grãos)
Químico (soluto) Fluxo denso
Tipos
Íons em solução (alta viscosidade)
5 – Deposição / sedimentação
Noção de bacia sedimentar e do nível de base (nível do mar)
Acumulação de partículas minerais em meio subaquoso ou subaéreo.
LEIA MAIS:
1. Decifrando a Terra, cap. 9, pg. 167 a 190.
2. Geologia Sedimentar, cap. 3, pg. 23 a 42.
3. Para entender a Terra, cap. 8. pg. 195-224.
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05. TIPOS DE TRANSPORTE SEDIMENTAR
1 - Fluxo de baixa viscosidade
Mecanismo de transporte em função da granulometria, densidade e morfometria.
Suspensão
(argila) Ex: Rios, ondas,
marés, vento.
Arraste Saltação
Rolamento
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06. TEXTURAS DE ROCHAS SEDIMENTARES
Textura é um elemento descritivo das rochas sedimentares, importante na
classificação da rocha, interpretação do mecanismo deposicional e ambiente. Permite
inferir relação entre porosidade e permeabilidade.
1 – Granulometria
Fundamental para rochas detríticas (Φ da
partícula sedimentar).
Utiliza-se a escala granulométrica de Wentworth
(1922) para sedimentos terrígenos. No caso de
calcários, dolomitos e evaporitos, mede-se o tamanho
dos cristais.
A granulometria reflete a energia hidráulica do
ambiente.
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2 – Seleção
Significa a redução do tamanho dos grãos ao longo do transporte e uma
conseqüente homogeneização granulométrica, formando um sedimento com puçás
classes granulométricas.
Estimativa visual
da SELEÇÃO
3 – Morfologia do grão
Forma – razões entre os eixos longos, intermediário e curto.
Esfericidade – relação entre a forma do grão e uma esfera.
Arredondamento – Curvatura das arestas do grão. Reflete o tempo/distância do
transporte.
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Esfericidade e arredondamento:
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4 – Maturidade textural
O grau de seleção, arredondamento e conteúdo de matriz indicam a maturidade
textural. Exemplos:
* Arenito imaturo – pobremente selecionado, grãos angulares, alguma matriz.
* Arenito maturo – bem selecionado, grãos arredondados, poucas classes
granulométricas, não possui matriz.
A maturidade de um sedimento detrítico é uma medida do quanto o sedimento foi
intemperizado, transportado e retrabalhado, até atingir o produto final. Para um arenito, o
produto final ideal é a areia quartzosa pura.
Mineralógica
Maturidade
Textural
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5 – Cor - Informa sobre litologia, ambiente de sedimentação e diagênese.
Depende de fatores mineralógicos/geoquímicos como estado de oxidação do ferro e
conteúdo de matéria orgânica.
Primárias (soterramento)
Cores
Secundárias (intemperismo)
Compactação mecânica
Grãos rígidos, mais ou menos esféricos, produzem
empacotamento aberto com arranjo cúbico.
Devido à compactação por soterramento forma-se
um empacotamento fechado, com arranjo
romboédrico entre os grãos detríticos.
Evolução diagenética
do sedimento
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7 – Porosidade e Permeabilidade
Porosidade é a porcentagem de espaços vazios da rocha, quando comparada com
seu volume total.
Importante na prospecção de petróleo, gás e água subterrânea.
Primária Intergranular
Tipos Secundária Fraturamento (tectônico
Cárstica (dissolução)
Fatores que influem na porosidade primária:
• Porosidade aumenta com a diminuição da granulometria;
• Porosidade aumenta com o grau de seleção;
• Porosidade diminui quando aumenta o grau de arredondamento e esfericidade;
• Porosidade diminui quanto maior a compactação e cimentação;
Areia 35-50% Arenito 10-20%
Permeabilidade é a propriedade que permite a passagem de fluidos através de uma
rocha.
Fatores que favorecem a permeabilidade:
• Permeabilidade aumenta com o aumento da granulometria e grau de seleção;
• Esfericidade e empacotamento dos grãos.
Tabela com Φ da partícula / volume de poros e permeabilidade:
MATERIAL Φ PART. mm POROSIDADE % PERMEABILIDADE
Cascalho 7 a 20 35 Muito alta
Areia grossa 1a2 37 Alta
Areia fina 0,3 42 Média
Silte/argila 0,04 a 0,006 50 a 80 Baixa/muito baixa
LEIA MAIS
1. Decifrando a Terra, cap. 9, pg. 168-179 e cap. 14, pg. 292-301.
2. Geologia Sedimentar, cap. 5, pg. 57-83.
3. Sgarbi, G.N.C, 2007. Rochas Sedimentares. In: Petrografia macroscópica das rochas
ígneas, sedimentares e metamórficas. Sgarbi, G.N.C (Organizador). Editora da UFMG,pg.
273-446.
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07. CLASSIFICAÇÃO DE ROCHAS SEDIMENTARES
Origem sedimentar
• presença de estratificação
• presença de estruturas sedimentares
• presença de fósseis
• presença de grãos/clastos (transporte)
• minerais sedimentares (glauconita, chamosita)
4 grupos principais:
Rochas terrígenas Rochas bioquímicas Precipitados Vulcanoclásticas
(siliciclásticas) Biogênicas/orgânicas químicos
Ruditos conglom., Calcários/dolomitos Jaspilitos Lahars
brechas Cherts Evaporitos Arenitos tufáceos
Arenitos Fosforitos
Lutitos (Pelitos)
1 – Rochas terrígenas (clásticas/siliciclásticas) ou detríticas.
São constituídas por grãos detríticos (quartzo, feldspatos, argilo-minerais e
fragmentos de rocha) que incluem ruditos (psefitos), arenitos (psamitos) e lutitos (pelitos).
Ruditos Clastos grandes conglomerado com ou sem matriz
(s.,b.,m.) brecha
Psamitos grãos entre 2,0–0,062mm c/ estratificação e
(arenitos) estruturas sedimentares
Lutitos grão fino < 0,062mm e constituído por
(pelitos) argilo-minerais e quartzo (tamanho
silte)
3 – Precipitados químicos
Sedimento formado por precipitação de íons dissolvidos na água, por alteração no
pH, Eh, solubilidade.
Evaporitos → gipsita, anidrita, halita, silvinita, carnalita.
São formados por precipitação química a partir da evaporação da água
salgada.
Jaspilitos → sedimentos químicos com chert + hidróxidos de ferro.
4 – Sedimentos vulcanoclásticos
São compostos por material vulcânico (fragmentos de lavas, vidro vulcânico,
cristais) e material epiclástico (quartzo, argilo-minerais).
Lahars → avalanche de material piroclástico no flanco de vulcões.
LEIA MAIS
1. Geologia Sedimentar, cap. 7, pg. 161-204.
2. Decifrando a Terra, cap. 14, pg. 286-304.
3. FOLK,1980. Petrology of Sedimentari Rocks.
4. TUCKER, 1981. Sedimentary Petrology: an introduction.
5. Sgarbi, G.N.C, 2007. Rochas Sedimentares. In: Petrografia macroscópica das rochas
ígneas, sedimentares e metamórficas. Sgarbi, G.N.C (Organizador). Editora da UFMG,pg.
273-446.
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7.1 – Rochas terrígenas / siliciclásticas
Mineralogia:
Quartzo (35 a 50%) Calcita
Feldspatos (5 a 15%) Opala, calcedônia
Fragmentos de rochas (5 a 15%) Minerais autigênicos
Argilo-minerais (25 a 35%) Sulfatos (gipsita, barita)
Mineraispesados (0,5%)
Granulometria:
Matacão >256mm
Calhaus 256 – 64mm
CASCALHOS Seixos 64 – 4mm
Grânulos 4 – 2mm
2 – 116 mm
AREIAS
(0,062)
1 - 1
256 mm
SILTE 16
(0,004)
ARGILA < 0,004mm
Componentes das rochas terrígenas
1 – Arcabouço – fração clástica principal, que dá nome à rocha.
2 – Matriz – material clástico mais fino (intersticial).
3 – Cimento – material precipitado (ortoquímico) formado em estagio
diagenético (pós-deposicional).
Classificação das rochas terrígenas
1 – Textural (granulometria) RUDITO (Psefito)
ARENITO (Psamito)
LUTITO (Pelito)
Proporção de matriz, arredondamento.
2 – Mineralógico (proporção QFL – Qzo-arenito
quartzo, feldspato, fragmentos Arenito feldspático
rochas) (arcósio)
Arenito lítico
Diversidade composicional
3 – Geométrico (estrutura sedimentar) Fissilidade → folhelho
Ritmicidade → ritmito
Existem, também, termos intermediários em relação a granulometria. Ex:
70% areia + 30% silte/argila → arenito lutáceo
70% silte/argila + 30% areia → pelito arenoso
Existem, também, termos intermediários entre rochas detríticas e químicas
(FOLK, 1968). Ex:
componentes terrígenos (T)
quartzo, feldspato, argilo-minerais
comp. aloquímicos (Alo)
oólitos, fósseis, intraclastos
comp. ortoquímicos (O)
calcita microcristalina, espática
Arredondamento dos
seixos é um bom índice
do grau de maturidade do
conglomerado.
Seixos de abrasão eólica
→ ventifactos
Faces estriadas → glacial
O mecanismo de
transporte define se os
clastos serão orientados
ou não.
Alguns padrões de petrofábrica de seixos em cascalhos e conglomerados: (A) eixo maior longitudinal à
corrente em planta e imbricado em perfil. (B) eixo maior transversal à corrente e imbricado em perfil. (C) sem
qualquer orientação preferencial.
1) Mudança no tamanho
e/ou composição dos
clastos;
2) Mudança na seleção
granulométrica.
Estrutura organizada
Estrutura desorganizada
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Classificação petrográfica dos arenitos
FOLK (1968)
Quantidades de
• Qzo (%)
• Feldspatos – F
• Fragmentos líticos – R
Razão F/R
Maturidade de arenitos
Maturidade física (textural) → remoção da matriz grãos / matriz
química (mineralógica) → razão qzo / feldspato
Maturidade → transporte
Redução e
homogeneidade
granulométrica
Arredondamento
Redução e eliminação
de minerais instáveis
Relação entre
maturidade e
ambiente
deposicional
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7.1.3– Lutitos (Pelitos)
Folhelho é o mais abundante microscópio
Granulometria muito fina SILTE (0,062-0,004) Raio-X
ARGILA (<0,004) Análise termo
diferencial
TIPOS
Argilito – rocha maciça, argila litificada
Folhelho – rocha argilosa com fissilidade
Lamito – silte, argila e areia fina
Siltito – silte litificado
Ritmito – rocha laminada, com alternância silte/argila
Mineralogia: quartzo (silte), argilo-minerais (caolinita, montmorilonita, ilita,
clorita), carbonatos, matéria orgânica, óxidos de ferro, pirita, etc.
Tipos de pelitos mais comuns:
A) Folhelho: quartzoso, micáceo, clorítico, caoliníco
B) Folhelho carbonoso (folhelho negro): 3 a 15% mat. carbonosa
Formado em condições anaeróbicas (pirita)
C) Folhelho silicoso
D) Folhelho calcítico / carbonático
Diagrama triangular para classificação
de lutitos
* Ver “DECIFRANDO A TERRA”, pg.
297 e 298
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7.2 – Rochas Carbonáticas
Ocorrência: 25 a 35% das seções estratigráficas em bacias sedimentares
Carbonatos rocha química bioconstruídos
rocha bioquímica, edifícios bioinduzidos
rocha clástica (calcirrudito, calcarenito)
Calcita cimento de rochas detríticas
Dolomita
7.2.1 – Sedimentos carbonáticos modernos
Ambiente marinho de água rasa
Ex: Bahamas – Flórida, Atóis – Oceano Pacífico, Costa oeste da Austrália
Platô submerso de
700 x 300 km com
10m de lâmina
d’água
Constituição:
areias calcárias,
esqueletos e oólitos
lama calcária,
recifes (biohermas)
Principais ambientes
para sedimentação de
carbonatos de água rasa
Carbonatos marinhos
de águas profundas
Turbiditos
Depósitos pelágicos
São VASAS
Gastrópodes (3.600m
de prof.) e globigerina
(foraminíferos ± 2000m)
Em água profunda o
CaCO3 fica dissolvido.
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Carbonatos de bacias evaporíticas (forte salinidade)
Associação com sulfatos (gipsita, anidrita) e cloretos.
Caliche – solos endurecidos por precipitação de CaCO3 nos interstícios →
clima árido / semi-árido
Carbonatos de água doce (lacustres)
Marga (calcário argiloso) → ambiente lacustre
Travertino – calcário comum em cavernas
7.2.2 – Mineralogia
Calcita / Aragonita (CaCO3) → precipitação direta
Aragonita → Calcita
Transformações diagenéticas
Mudança sist. cristalino – neomorfismo
Dolomita – CaMg(CO3)2
Gerada por substituição diagenética: entrada de fluidos Mg+2
Siderita (FeCO3) e anquerita Ca(Mg,Fe)(CO3)2 → carbonatos em
Sedimentos ferríferos.
Magnesita (MgCO3)
calcedônia (quartzo microcristalino)
Sílica quartzo, feldspatos autigênicos
argilo-minerais: ilita, glauconita
Sulfatos → gipsita e anidrita (CaSO4)
Fosfatos → colofano: fragmentos fosfáticos
Sulfetos → pirita, blenda (Zn), galena (Pb)
Óxidos → hematita
7.2.3 – Classificação químico-mineralógica
7.2.4 – Textura
Granulação dos cristais
Recristalização diagenética, com obliteração da textura primária.
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7.2.5 – Componentes principais das rochas carbonáticas
Oólitos (<2mm) e pisólitos (>2mm), c/ estrutura interna
Aloquímicos Bioclastos (fósseis) – materiais esqueletais, algas,
Foraminíferos, corais, braquiópodes, etc.
Intraclastos – fragmentos de sedimentos carbonáticos
Pellets – partículas pequenas (até 0,1mm), ovóides,
sem estrutura interna
Micrito – calcita microcristalina
Típica de calcários afaníticos (calcilutitos)
Águas tranqüilas – vasa / lama calcária
Ortoquímicos Matriz deposicional ou singenética
Componentes aloquímicos
Oólitos (< 2mm) e pisólitos (>2mm):
fragmentos esferoidais, com estrutura
concêntrica e núcleo.
Bioclastos (fósseis): restos orgânicos
fragmentados (algas, foraminíferos, esponjas,
corais, etc.).
Intraclastos: fragmentos líticos calcários.
Pellets: partículas pequenas (até 0,1mm),
ovóides, calcíticas, sem estrutura interna.
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7.3 – Evaporitos (Rochas Evaporíticas)
Conceito: são rochas formadas pela evaporação de uma massa de água ou da água
contida nos sedimentos.
Sais contidos na água do mar (média)
Cl- 19.400 ppm Ca++ 410 ppm
Na+ 10.500 ppm K+ 390 ppm
SO4-- 2.600 ppm SiO2 2 ppm
Mg+1 1.300 ppm
Princípios fundamentais
1 – As fácies obedecem uma ordem de precipitação:
os menos solúveis primeiro
CARBONATOS SULFATOS CLORETOS
Anidrita Halita, Silvita,
Gipsita Carnalita, Taquidrita
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7.4 – Rochas sedimentares ricas em ferro: jaspilitos e formação ferrífera
bandada (bif)
Minerais (Fe) – principais minerais com ferro e ocorrência
Magnetita (Fe3O4) – rochas ígneas, metamórficas
Hematita (Fe2O3) – rochas sedimentares (itabiritos)
Goethita (FeO.OH) – produto do intemperismo (lateritas)
Siderita (FeCO3) – formações ferríferas
Pirita (FeS2) – ocorrência variada
Chamosita (Mg,Fe)3 Fe3 (AlSi3) O10 (OH)6 – formação ferrífera, ironstone
Grande demanda crescente de aço no mundo. Em 1950 a produção foi de 270m ton. e em
1980, em torno de 750m ton.
Maiores produtores: URSS, Brasil, Austrália, China.
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Depósitos sedimentares de ferro são compostos de óxidos, carbonatos, silicatos e sulfetos
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7.5 – Sedimentos Silicosos
Existem três principais:
diatomitos
porcelanitos
silexitos / chert
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08. TIPOS DE BACIAS SEDIMENTARES
Bacias em Margens Divergentes
Rifte
Falhas normais.
Sedimentos continentais na base
e marinhos no topo.
Vulcanismo localizado.
COLISÃO CONTINENTAL
1 – Bacia foreland (tardi a pós-
orogênica)
Sedimentos de ambiente marinho
raso a continental derivados da
erosão da cadeia de montanhas
(área orogênica).
Bacias Intraplaca (Cratônicas)
LEIA MAIS:
1. Para entender a Terra, cap. 2. pg. 47-73.
2. Origem e Evolução das Bacias Sedimentares (1990), cap. 1, 3 e 4. pg. 49-74 e pgs. 75-97 e
pg. 15-30. G.P.R. Gabaglia & E.J. Milani (Coordenadores).
35
8.1 – Introdução: noções de Tectônica de placas
Integrou as teorias sobre “deriva continental” e “espalhamento de fundo oceânico”,
sismicidade, geomagnetismo.
Tectônica global
Diversas placas litosféricas, com espessura de 70 km nos oceanos e 150 km nos
continentes. Dimensões variáveis: 104 a 108 km2.
7 maiores placas → Americana, Africana, Antártica, Índica, Euroasiática, Pacífica.
3 tipos de margens
A) Margem construtiva DORSAL OCEÂNICA
(divergente) (acresção) RIFT CONTINENTAL → margem
continental passiva.
B) Margem destrutiva ZONA DE SUBDUCÇÃO Tipo Andino
(convergente) Tipo Arco de Ilhas
(consumo litosfera)
COLISÃO CONTINENTAL
C) Margem conservativa Falhas transformantes
(nem geração nem
consumo de litosfera)
Premissas → espalhamento do fundo oceânico nas dorsais; Terra possui
superfície constante; taxas de geração são as mesmas de
consumo litosférico
Mecanismo motor → correntes de convecção.
Limbo ascendente
Fusão parcial, < d
Limbo descendente
Temperatura baixa,
rigidez aumenta, > d
A lava sob pressão nas dorsais meso-oceânicas EMPURRA a placa, assim como o
afundamento da litosfera fria e densa PUXA a outra extremidade da placa tectônica.
Modelo empurra → puxa.
Litosfera → baixa temperatura, alta viscosidade, não participa da convecção.
Astenosfera → baixa viscosidade: comporta-se como fluido quando submetido
a longos esforços.
Camada que vai gerar magma por fusão parcial.
LEIA MAIS:
1. Sgarbi, G.N.C.,2007. A dinâmica terrestre e as rochas. In: Petrografia Macroscópica das
Rochas Igneas, Sedimentares e Metamórficas. Sgarbi, G.N.C (Organizador). Editora da
UFMG, pg. 11-54.
36
8.2 – Classificação de bacias sedimentares: bacias divergentes, convergentes e
bacias cratOnicas (intraplaca).
Bacias tipo rift: esforços extensionais intraplaca ao longo de zonas de fraqueza crustal.
Afinamento litosférico. Falhas de gravidade lístricas, com geração de grabens. Forte
subsidência mecânica e elevada espessura dos sedimentos (3 a 10 km). Leques aluviais,
sistema fluvial (sedimentos continentais na base). Transgressão no topo, com sedimentos
de ambiente marinho raso. Vulcanismo alcalino.
Depósitos minerais → paleoplacer (Au, D), fosfato, calcário, evaporitos, Fe-Mn.
Sulfetos de Cu – Pb – Zn em folhelhos com matéria orgânica (exalações de salmouras
metalíferas tipo Mar Vermelho).
Pb – Zn – F – Ba (Tipo Mississipi Valley) em calcários.
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8.2.2 – Bacias Convergentes
São relacionadas a arcos magmáticos e zonas de subducção.
Tipos:
Andino (Cordilheirano) Arcos de Ilhas e Bacia Marginal (Mar do Japão)
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09. TRANSPORTE E ESTRUTURAS SEDIMENTARES
1 – Forças que atuam sobre os grãos sedimentares:
E A
C T
P A - força ascendente
C - coesão entre partículas (fluxo turbulento)
E = empuxo T - força tangencial
(atração eletrostática)
P = peso/gravidade (movimento do fluido)
- volume, densidade
Quando as forças atuam
individualmente sobre os Fluxo fluido
grãos livres ocorre a (baixa viscosidade)
separação de grãos
durante o transporte densidade
granulometria
forma
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3 – Força de arraste de um fluido
Depende das relações entre velocidade e viscosidade do fluxo e a granulometria e
inércia do sólido.
Velocidade crítica para que uma partícula inicie o movimento.
- Quando o substrato (fundo) é constituído de material arenoso (sem coesão) a
velocidade crítica aumenta com a granulometria.
- Quando o fundo é argiloso (coesivo) necessita-se de maior velocidade crítica
efeito Hjulström.
Argila/silte possuem maior
coesão, devido a forças
intergranulares.
Assim, é necessário maior
velocidade inicial para arrancar a
partícula argilosa.
Depois de colocado em
movimento necessita-se de
menor velocidade para manter a
partícula em transporte, até
ocorrer a deposição.
4 – Regime de fluxo e formas de leito
Os princípios básicos de sedimentação por correntes de tração estão ligados a
experiências em canais artificiais confinados. A água corre sobre um leito granular,
representando uma carga de fundo transportada pelo rio. Modificando a velocidade do
fluxo surgem configurações diferentes no leito granular gerando diferentes formas de
leito.
Regime de
fluxo Aumento Leito plano com Antidunas
superior velociade lineação longitudinal (ondulações
Fr > 1 do fluxo de corrente (partição) sinusoidais)
Variáveis granulometria
profundidade – aumento na prof. exige aumento na velocidade
velocidade / viscosidade (fluido)
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Relação entre forma de leito e estrutura sedimentar
Regimes de fluxo
e formas de leito
Estruturas
sedimentares
41
5 – Tipos de transporte sedimentar mecânico
5.1 – Fluxo Fluido (baixa viscosidade)
- Água – correntes fluviais, marés, ondas unidirecional
bidirecional
- Ar (vento).
Transporte de grãos livres ocorre separação granulométrica
Suspensão
Densidade
Separação
de grãos Granulometria
Rolamento Saltação
Arraste Forma
Leito
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5.2 – Fluxo Gravitacional (alta viscosidade)
A força peso age sobre o conjunto de grãos (alta coesão), mistura argila / areia no
fluido.
Viscosidade elevada / associados a declives íngremes.
Tipos:
material denso que se desloca pelo
1 – Escorregamentos / deslizamento: declive como em bloco + ou –
homogêneo.
2 – Fluxo de detritos / lama, fluxo paraconglomerado (diamictito) e
laminar, empuxo da matriz argilosa ortoconglomerado.
depositada por congelamento coesivo:
argilito
3 – Corrente de turbidez, fluxo siltito com laminação
turbulento (cascalho, areia, silte, argila) arenito com ripples
geram turbiditos com seqüência ideal de arenito com estratificação plana
Bouma (1962): arenito com estrat. gradacional e
marcas de sola.
seixo, bloco,
areia, argila
areia, silte,
argila
LEIA MAIS:
1. Geologia Sedimentar, cap. 3, pg. 30 a 37 e cap. 8, pg. 221 a 226.
43
10. ESTRUTURAS SEDIMENTARES
Camadas / estratos
e Pode variar a espessura, continuidades
lateral e geometria.
Plano / superfície do acamamento (S0): indicado por
S0 granulometria, litologia, cor.
e = espessura
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2C – Ondulações (ripples) - Ondulações de pequeno porte devido a ação de água
(corrente, onda) e vento, sobre sedimento não coesivo.
λ = comp. de onda
a a = amplitude
MARCAS DE SOLA
Molde
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ESTRATIFICAÇÃO E LAMINAÇÃO CRUZADA
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47
48
Greta de Contração
Formação
da estrutura
Areia
Argila
erosão brecha
Folhelho
(argila)
49
10.3 – Estruturas pós-deposicionais
3A – Escorregamentos e deslizamentos (slumps, slides). Falhamentos sinsedimentares
provocam escorregamentos e deslizamentos de sedimentos recém-depositados,
com formação de brechas e camadas contorcidas.
3B – Camadas convolutas – são estruturas de deformação plástica, com dobras
atectônicas devido à compactação. Estrutura de carga e psedonódulos ocorrem na
interface areia/lama, com projeções da areia mole, devido a compactação.
Estruturas de escape de fluidos são dish (prato) e pilar.
3C – Diques de arenito (diques clásticos) – são projeções verticais de areia penetrando em
camadas superiores/inferiores. São formados por preenchimento ou injeção.
3D – Brecha intraformacional – durante a compactação, algumas camadas são afinadas e
rompidas com os fragmentos originando brechas sedimentares. Erosão e
sedimentação rápida também gera brecha intraformacional (ver desenho).
3E – Estruturas biogênicas (bioturbações) – feições produzidas pela atividade em vidas
dos animais nos sedimentos moles ou na superfície das camadas (pistas, tubos,
perfurações). Icnologia ou traços fósseis.
3F – Estruturas sedimentares químicas – são resultado da diagênese: concreções,
nódulos, estilolitos, cone em cone e septárias.
50
ESTILÓLITO
Estrutura de
dissolução
(calcários)
LEIA MAIS:
1. Geologia Sedimentar, cap. 6, pg. 126-160.
2. Collinson & Thompson (1984) Sedimentary structures, 194 p.
3. Tucker, M. (1985) The field description of sedimentary rocks. 112 p.
4. Sgarbi, G.N.C, 2007. Rochas Sedimentares. In: Petrografia macroscópica das rochas
ígneas, sedimentares e metamórficas. Sgarbi, G.N.C (Organizador). Editora da UFMG,pg.
273-446.
51
11. GEOMETRIA E MUDANÇA LATERAL DE FÁCIES
EM DEPÓSITOS SEDIMENTARES. NOÇÃO DE FÁCIES.
1 – Fácies: Conjunto de estratos/camadas com características semelhantes (litologia,
textura, estruturas sedimentares, granulometria, espessura, paleocorrentes, conteúdo
fossilífero).
Fácies sedimentar produto da atuação de processos físicos, químicos biológicos no
ambiente sedimentar.
As Fácies mudam lateralmente e verticalmente numa sucessão sedimentar, a partir
da mudança de um, de vários ou de todos os parâmetros definidores da fácies.
Exemplos:
1)
Camadas iguais em espessura
Lateralmente uniformes
2 fácies arenito
folhelho
52
4 – Mobilidade de fácies no registro sedimentar: a Lei de Walther (1894)
“Todas as fácies que ocorrem lateralmente, associam-se na vertical”.
“Fácies que ocorrem em uma seqüência vertical concordante, sem quebras na
sedimentação, foram formadas em ambientes lateralmente, geograficamente, adjacentes”.
SEDIMENTAÇÃO FLUVIAL
Seqüência “finnig-up” produzida por migração
lateral da corrente fluvial meandrante.
Na base temos fácies de canal (conglomerado), na
parte média temos fácies de barra em pontal
(arenitos) e no topo, argilitos/siltitos da planície de
inundação.
SEDIMENTAÇÃO DELTAICA
Seqüência “coarsening-up” produzida por
progradação deltaica.
Sedimento marinho (base) e arenito de frente
deltaica no topo.
SEDIMENTAÇÃO MARINHA
Seqüência “coarsening-up” resultante da
progradação da linha de praia. Sedimentação
regressiva.
Sedimento marinho (base), arenito de praia e
arenito eólico (topo).
53
12 . AMBIENTES DE SEDIMENTAÇÃO E FÁCIES SEDIMENTARES
Ambientes de sedimentação constitui uma entidade geográfica natural onde ocorre
acumulação de sedimento.
Consistem em porções da crosta / superfície da Terra com propriedades físicas,
química e biológicas bem definidas e diferentes das propriedades apresentadas em áreas
adjacentes.
• Parâmetros físicos: velocidade, direção, profundidade da água;
velocidade, direção do vento;
• Parâmetros químicos: salinidade, pH, Eh, temperatura;
• Parâmetros biológicos: Fauna, flora.
PRODUTO: FÁCIES
PROCESSOS AMBIENTES
SEDIMENTARES
Físicos (ação de ondas, Área geográfica São os diversos sedimentos que
marés, vento), químicos “locus” da se depositam silmultaneamente
(Eh, pH, solubilidade) e sedimentação. em vários ambientes.
biológicos (bactérias).
LEIA MAIS:
1. Decifrando a Terra, capítulos 10, 11, 12 e 13.
2. Para Entender a Terra, capítulos 8, 14, 15, 16 e 17.
3. Geologia Sedimetar, cap. 8, pg. 205-288.
4. Fácies Models. 454 p.
5. Reinech & Singh, 1980. Depositional Sedimentary environments.
6. Readind (1984) Sedimentary environments ans fácies.
54
55
12.1 – Leque Aluvial
Feição deposicional em vale/canyons em áreas montanhosas. Cone de sedimentos
conglomeráticos.
56
Descrição das fácies:
Canyon
Leque proximal Leque distal
Barras longitudinais com Camadas tabulares de
ortoconglomerados arenitos com cruzadas
lenticulares associados acanaladas. Lentes de
a diamictitos espessos. cascalho fino.
Fácies
Gms – diamictito originado por fluxo de detritos. Paraconglomerado com matriz
argilosa, maciço;
Gm – conglomerado suportado pelo clasto, clastos imbricados, desorganizado/
estratificação incipiente. Pode apresentar localmente estratificação
cruzada;
Sh – arenito grosso com estratificação plana.
St – arenito grosso / médio com estratificação cruzada acanalada.
Fm – pelito maciço;
Fl – pelito laminado;
C – nódulos carbonáticos (caliche).
57
Tipos de leques aluviais
Clima seco
Controle tectônico
Predomínio de fluxos
gravitacionais
Conglomerados
Clima úmido
Multilobado
Vegetação importante
Arenitos grossos predominam
Paleocanais e lagos
(pântanos)
pelitos
LEIA MAIS:
1. Geologia Sedimetar, cap. 8, pg. 228-233.
2. Fácies Models, cap. 7, pg. 119-142.
58
12.2 – Ambiente Fluvial
Rios constituem importantes agentes no transporte de sedimentos para os oceanos,
mas são também importantes agentes deposicionais nos continentes.
1 – Subdivisão do ambiente fluvial:
59
3 – Principais características e fácies dos ambientes
fluviais entrelaçados e meandrantes.
3 2
2
1
1- Barra longitudinal
2- Barra transversal
3- Dunas subaquáticas
Fácies
60
Sistema fluvial meandrante
- canais com alta sinuosidade;
- razão largura/profundidade do canal < 40;
- predomina transporte de carga em suspensão;
- migração lateral dos canais ocorre através da erosão progressiva das margens côncavas
e sedimentação nas convexas;
- formam-se barras em pontal com superfície de acresção lateral, planícies de inundação,
depósitos de canal (lag), dique marginal, depósito de rompimento do dique, meandros
abandonados.
- principais fácies:
o ortoconglomerados do canal fluvial;
o arenitos grossos/médios com estratificação cruzada acanalada e tabular, marcas
onduladas assimétricas (variação regime de fluxo) nas barras;
o pelitos laminados com raízes (turfa / carvão) com bioturbação e gretas de contração
de meandro/planície de inundação;
o brecha intraformacional, areia e silte com laminações cruzadas e argila devido a
depósitos de rompimento de diques marginais (crevasse splay);
Canal simples
A B
A B
Perfil equilibrado
4
1 Deposição
C Barra em pontal
D
Erosão
D Perfil assimétrico
2
C 1 - Canal simples
Fácies
3 2 - Barra em pontal (areia)
5 Arenitos com cruzadas
3 - Crevasse splay (rompimento
do dique marginal) Pelitos (30 a 50%) com
Planície de inundação com gretas de contração e
restos vegetais
pelitos (folhelhos / siltito).
Arenitos com cruzadas
4 – Dique marginal
5 - Depósito de canal fluvial (cascalho)
Conglomerado
61
62
Fluvial entrelaçado
Fluvial meandrante
LEIA MAIS:
1. Para Entender a Terra, cap. 14, pg. 341-363.
2. Suguio (2003) Geologia Sedimentar, cap. 8, pg. 220-238.
3. Fácies Models, cap. 7, pg. 119-142.
4. Riccomini & Coimbra, 1993. Sedimentação em rios entrelaçados e anastomosados. Bol. IG-
USP, Série Didática.
5. Assine (2004) Geologia do Continente Sul-Americano, cap. 4, pg. 61-76.
63
12.3 – Ambiente Desértico (eólico)
Atividade eólica – erosão transporte, deposição pelo vento.
Vento – diferenças de temperatura (densidade) de massas de ar, devido a maior ou menor
incidência de energia solar sobre a Terra. As massas de ar fluem de zonas de alta
pressão (tendência descendente) para as de baixa pressão.
Velocidade (Km/h) Φ partícula movimentada
Vento suave 11 – 17 0,25 mm (areia fina)
Vento forte 30 – 40 1,00 mm (areia grossa)
Furacão 60 – 150 30 mm (seixo)
Tipos de desertos Quente (clima árido) Saara, Gobi, Arábia,
EUA, Austrália
Frio (árido glacial) Antártida, Groelândia,
Atacama (Chile)
Desertos – caracterizam-se por pequena taxa de precipitação pluviométrica, grande
variação de temperatura, predomínio de evaporação, intemperismo físico, escassa
vegetação e ação do vento.
Hamada
Leque
aluvial Wadi
Rios Playa
efêmeros Sabka Dunas - sand sea
Erg Loes
(silte)
64
Tipos de duna (“Sand sea”) Estrat. cruz.
tabular
1- Transversais – perpendicular ao fluxo.
2- Barcana – forma de meia-lua, com as
Estrat. cruz.
extremidades no sentido do vento. Acanalada
Principais tipos
de dunas eólicas
Duna
Duna
Wadis (fluvial)
65
Tipos de dunas
Modelo para ambiente eólicas
desértico
LEIA MAIS:
1. Para Entender a Terra,
cap. 15, pg. 367-385.
2. Suguio (2003) Geologia
Sedimentar, cap. 8,
pg.207-211.
3. Fácies Models, cap. 8, pg.
143-156.
4. Assine et al. 2004. Geologia
do Continente Sul-Americano,
cap. 5, pg. 77-94.
66
12.4 – Ambiente Lacustre
Lagos são corpos de água doce/salgada, situados no continente, sem conexão com
o oceano, onde operam processos físicos (descarga fluvial, ondas, marés), químicos
(salinidade, Eh, pH) e biológicos (atividade algal).
Os lagos são influenciados pelos seguintes fatores:
1- Clima: regula a precipitação/evaporação e tipo de intemperismo.
Ex: lago glacial, lago em ambiente desértico (playa)
2- Natureza da área fonte: influi na composição química da água.
Nos lagos ocorre sedimentação clástica e química. A sedimentação clástica é uma
auréola de arenitos com folhelhos na parte central. Lagos rasos são dominados por
sedimentação deltaica. Lagos profundos mostram sedimentação turbidítica.
A sedimentação química é mais comum em lagos de clima árido, com carbonatos
(calcita, aragonita, dolomita), sulfatos (anidrita, gipsita), cloretos (halita, silvita) e folhelhos.
Modelos para sedimentação lacustre
1. Distribuição esquemática ideal de sedimentos em um lago de região montanhosa,
abastecido por vários rios.
Rio Lago
c/O2
Quente (-densa)
Fácies Lacustres:
Diagnóstico:
Arenitos, ritmitos
Folhelhos Associação com
fácies fluviais e
Calcários, dolomitos eólicas
e evaporitos
67
2. Tipos de influxo fluvial (superficiais – overflow, no meio – interflow e rente ao fundo –
underflow) com diferentes densidades.
Alta descarga fluvial em lagos rasos gera sedimentação deltaica expressiva, com
fluxo homopicnal (areias de frente deltaica) e hipopicnal (argilas de pró-delta, que
ficam em suspensão).
Descarga fluvial de material mais denso que o meio receptor, gera fluxo
gravitacional no fundo do lago e correntes de turbidez sedimentação turbidítica.
Fluxo homo e
hipopicnal
delta tipo Gilbert
Fluxo hiperpicnal
gera turbidito
lacustre.
68
Tipos de influxo em lagos
Rio
1
Contraste de densidades
2 Lago entre corrente fluvial
3 e meio receptor.
Climbing
ripples
Tb
Ta
69
Exemplos de sedimentação lacustre
Fm. Salvador
Bacia do Recôncavo
Cretáceo
Bacia de
Taubaté – SP
Cenozóico
LEIA MAIS:
1. Geologia Sedimentar, cap. 8, pg. 238-246.
70
12.5 – Sedimentologia Glacial – Ação geológica do gelo
Conjunto de feições erosivas, deposicionais e de ambientes (glacio-continentais e
glacio-marinhos) ligados à ação do gelo.
TIPOS DE TILLS
1. Till de alojamento (lodgement till) – depositado por baixo de uma geleira ativa, pela
fricção contra o substrato.
2. Till de ablação (melt out till) – lento derretimento de gelo estagnante.
72
Esker
Sedimentos fluvio-glaciais
em “cordão”
Kame
Sedimento flúvio-glacial em
montículos
Drumlins
Colinas elípticas
Morena
Material grosso sedimentado
pelo recuo da geleira
73
74
COMO DIFERENCIAR TILITO DE DIAMICTITO PRODUZIDO POR FLUXO
GRAVITACIONAL SUBAQUOSO?
TILITO
. Associação com pavimentos estriados;
. Contato basal discordante;
. Diamictito lenticular, com pequena espessura – metros;
. Planos de cisalhamento/fissilidade;
. Associação com fácies de outwash subaéreo (sistema fluvial, eskers);
. Feições microscópicas de cominuição de grãos sedimentares.
DIAMICTITO
. Presença de estratificação no diamictito;
. Associação com pelitos e arenitos turbidíticos;
. Presença de clastos de argilitos;
. Orientação de clastos paralelo ao fluxo;
. Gradação incipiente de clastos;
. Estrutura de carga e escape de fluidos;
. Associação com pelitos e ritmitos com seixos pingados; e
. Espessuras variáveis – dezenas de metros.
75
LEIA MAIS:
1. Decifrando a Terra, cap. 11, pg. 216-246.
2. Para Entender a Terra, cap. 16, pg. 387-418.
3. Suguio (2003) Geologia Sedimentar, pg. 211-220.
4. Eyles & Eyles (1994) Fácies Models, cap. 5, pg. 73-100.
5. Castro (2004) Glaciações Paleozóicas no Brasil. Geologia do Continente Sul-Americano,
cap. 9, pg. 151-162.
6. Uhlein et al (2004) Glaciação neoproterozóica sobre o Cráton do São Francisco e faixas
dobradas adjacentes. Geologia do Continente Sul-Americano, cap. 30, pg. 539-553.
76
12.6 – Ambiente Deltaico
Delta: 4ª Letra do alfabeto grego (∆) – foz do Rio Nilo
1 – Conceito
• depósito sedimentar subaéreo / subaquoso na transição entre um rio e um corpo
d’água (lago / mar);
• local onde uma corrente fluvial carregada de sedimentos desemboca numa bacia
receptora (oceano, baía, lago);
• fluxo canalizado de água e sedimento que, ao entrar num corpo
desconfinado, se expande e desacelera, depositando a carga sedimentar.
77
Processos construtivos / destrutivos
• Deltas dominados por rios: ocorrem em lagos ou golfos. Ex: Delta do Rio
Mississipi;
• Deltas dominados por ondas: frente deltaica com cordões praiais bem
desenvolvidos. Ex: Delta Rio São Francisco;
• Deltas dominados por marés (estuários): formam uma série de barras alongadas
(barras de marés). Ex: Delta do Rio Amazonas.
78
Imagens de satélite Landsat mostrando o delta do Rio Nilo no Egito e delta do Rio Fly, Papua Nova Guiné.
79
Fonte: Suguio, 2003. Geologia Sedimentar.
80
4 – Sedimentação deltaica (subambientes deltaico)
Pró Delta
Sedimentação argilosa com matéria orgânica (folhelho carbonoso) e fauna marinha,
depositadas por acresção vertical próximo da desembocadura (foz). Diápiros de lama
podem ocorrer – projeções de argilas pró-deltaicas dentro das barras de desembocadura.
81
5 – Exemplos de deltas modernos (recentes)
1) - Deltas dominados pela ação fluvial
Ex: Delta do Rio Mississipi (figura ao lado)
• Planície Deltaica canais distributários
Planícies interdistributárias
(baías)
• Frente Deltaica
Barra de desembocadura – espessos corpos de
arenitos depositados por correntes trativas desacele-
rantes unidirecionais. Arenitos grossos sigmoidais,
com estratificações cruzadas.
Barra distal – arenitos com intercalações pelíticas.
Imagem de satélite Landsat do
• Pró – delta – pelitos com bioturbações. Rio Mississipi – EUA
Delta construtivo lobado, com associação de Delta construtivo alongado, com espessas
areias fluviais e de barras de desembocadura de barras de desembocadura de canal e barras
canal. digitadas.
82
2) - Delta influenciado por marés (estuário)
Canais subaquosos separados por barras alongadas de marés.
83
3) - Delta dominado por ondas
Formam-se ao lado da foz extensos cordões litorâneos (depósitos de praia).
Ex: Delta do Rio São Francisco
LEIA MAIS:
1. Suguio (2003) Geologia Sedimentar, cap. 8, pg. 246-259.
2. Fácies Models, cap. 9, pg. 157-178.
3. Castro (1990) Deltas Modernos. Congresso Brás. De Geologia, Natal (RN).
84
12.7 – Ambientes Costeiros (litorâneos)
1 – Introdução: processos numa área costeira
Área Costeira ondas
(processos hidrodinâmicos) marés
correntes costeiras
• Ondas – originam-se no meio dos oceanos e propagam-se para os continentes.
No litoral a onda “sente o fundo”, ou seja, perde o equilíbrio, ocorrendo arrebentação (isto
ocorre em profundidades menores que ½ do λ). Ocorre deposição apenas de areia grossa
e média. O tipo de arrebentação varia conforme a declividade do litoral.
85
86
2 - Ambiente litorâneo
Existem dois tipos básicos de ambientes litorâneos:
(1) planície de maré
(2) praia (cordão arenoso litorâneo)
Planície de maré
zona intermaré
Processos e
Zonas deposicionais
com esporões
Tipos de costas cordões litorâneos
ilha barreira
costa com biohermas
Laguna – corpos de água rasa, salobra ou salgada, separados do mar por bancos
arenosos, mantendo canal de comunicação com o mar.
Ex: Lagoa dos Patos (RS) 100km
Região dos Lagos (RJ)
Salinidade – baixa ou muito alta (depende do clima).
Sedimentação – lama, evaporitos, areias fluviais.
Cordões litorâneos
Gênese: - ação de correntes litorâneas;
- ação de ondas, empilhando sedimentos (areias).
Tipos morfológicos:
89
Evento regressivo com progradação
da zona costeira (praia)
90
Formação de estruturas sedimentares no litoral, devido ao fundo arenoso e ondas.
Fácies de praia – sedimento maturo, bem selecionado, geralmente arenito fino, com
ripples simétricas, estratificação cruzada de baixo ângulo, estratificação plana, às vezes
associado com arenito eólico (dunas atrás da praia).
91
Exemplo de Progradação de uma praia, com evento regressivo:
LEIA MAIS:
1. Suguio (2003) Geologia Sedimentar, pg. 266-279.
2. Fácies Models, cap. 10 E 11, pg. 179-218.
92
12.8 – Ambiente Marinho Raso (plataformal)
1 – Introdução: relevo e tipo de sedimento marinho.
Oceanos → 70% da superfície da Terra.
93
2 – Ambiente marinho de plataforma
94
95
96
Desenvolvimento de Barras de Plataforma
LEIA MAIS:
1. Fácies Models, cap. 12, pg. 219-230.
2. Della Fávera (1984) Eventos de sedimentação episódica nas bacias brasileiras. Cogresso
Brás. Geologia, 33, Rio de Janeiro, 489-501.
3. Chiavegatto (1992) Análise estratográfica das seqüências tempestíticas da Fm. Três
Marias, na Bacia do São Francisco. Dissertação de mestrado, UFOP, 216 p.
97
12.9 – Ambiente Marinho Profundo – Leque Submarino
Variáveis:
• Geometria da bacia;
• Tectônica (abalos sísmicos);
• Suprimento sedimentar (volume/granulometria);
• Nível do mar.
1 – Fluxos gravitacionais
Definição: massa de sedimentos heterogêneos com fluido (água), alta densidade
(~2,0), que se desloca pela gravidade, em declives. Alta coesão e turbulência.
São os principais agentes de transporte sedimentar no ambiente marinho profundo.
Características:
• Sedimentam na base dos declives, formando leques (cones) e lobos deposicionais;
• Caráter episódico (“instantâneo”).
98
Tipos de fluxos gravitacionais:
a) Fluxo denso de reologia rúptil: deslizamento (sliding) e escorregamento
(slumping).
Formação de falhas normais subverticais, devido a tensão interna, e deslizamento
de porções da rocha ± intacta e coesa. Escorregamento gera também falha inversa
e dobra atectônica.
b) Fluxos densos plásticos: fluxo de detritos e lama (debris flow, mud flow).
Mistura de cascalho, argila e água, com alta densidade. A interação intergranular é
dada pela argila, que aumenta a coesão. Muita argila, alta viscosidade, inibe a
turbulência e o fluxo é laminar.
Fluxo laminar
99
Tipos de correntes de turbidez:
• Alta concentração / densidade → cascalho, areia, silte, argila.
Produz feições canalizadas, com alto poder erosivo;
Deposita preferencialmente intervalos Ta, Tb (Bouma);
Camadas espessas (metros).
• Baixa concentração / densidade → areia, silte, argila.
Produz camadas planas, com baixo poder erosivo;
Deposita preferencialmente intervalos Tc, Tde (Bouma);
Camadas com pequena espessura (centímetros).
2 – Morfologia e fácies de um leque submarino
A sedimentação no ambiente marinho profundo forma leque submarino no sopé de
taludes e cânions. O leque pode ser subdividido em:
Debris-flow (conglomerados).
Mud flow (diamictitos).
Pelitos com slumps.
102
CLASSIFICAÇÃO DE ROCHAS CARBONÁTICAS
1 – Granulometria
2mm 0,064mm
Aloquímicos Ortoquímicos
Intraclastos Calcita espática (cimento)
Oólitos, pisólitos Micrito (matriz)
Bioclastos
Pellets
Biolitito constuções recifais
LEIA MAIS:
1. Fácies Models, cap. 15,16,17 e 18, pg. 277-374.
2. Iglesias-Martinez (2007). Dissertação de mestrado, IGC-UFMG.
103
13. MINERALOGIA DE ROCHAS SEDIMENTARES
Feldspatos
Relevo alto angulosos, Frescos/alterados
Clima úmido grosseiros
Feldspato
Relevo baixo Alterado
raro/ausente
Relevo suave arredondado Fresco
Clima árido
Relevo alto anguloso Fresco
3 – Fragmentos líticos Argilosos (sedimentos, filitos, xistos)
Rochas vulcânicas, detritos piroclásticos.
4 – Argilo-minerais
Argila – partículas menores que 0,004mm
Argilo-minerais são silicatos de alumínio hidratados com estrutura placóide
filossilicatos – caolinita (bicamada)
Uma camada octédrica entre duas tetraédricas (montmorilonita e ilita) – três
camadas.
Investigação: Difração de raio-X (estrutura);
Análise química (comp. Química)
Análise térmica diferencial (perda d’água)
Microscopia ótica/microscópio eletrônico
Gênese – intemperismo químico, lixiviação de soluto e formação de restito (óxidos de
Fé e Al e argilo-minerais).Argilo-minerais formam-se no solo devido ao
processo de alteração das rochas (intemperismo). Depois são carregados em
suspensão pelas águas fluviais, formando camadas sedimentares marinhas.
– argila autigênica. Ex: glauconita + K+ ilita
montmorilonita + Mg+ clorita
13.5 – Minerais pesados densidade > 3,0
São importantes para proveniência/história do intemperismo e transporte
LEIA MAIS:
1. Suguio (2003) Geologia Sedimentar, cap. 5, pg. 84-110.
104
14. DIAGÊNESE
1 – Conceito: conjunto de transformações desde um sedimento inconsolidado até uma
rocha sedimentar (litificação), como adaptação a novas condições (P, T, Eh, pH).
2 – Processos diagenéticos:
Compactação mecânica – mudança no
empacotamento dos grãos, com redução do
espaço intergranular e quebra, deformação ou
esmagamento de grãos individuais.
Compactação química – ocorre como
dissolução sob pressão, devido ao soterramento
crescente. Ocorre mudança na forma de contato
entre os grãos, que passam de pontual para
planar, côncavo-convexo e depois suturado,
refletindo uma interpenetração gradual.
A dissolução pode ocorrer sem efeito da
pressão de carga, apenas pelo efeito da
percolação de soluções pós-
deposicionais. Água intersticial,
geralmente alcalina, corrói ou dissolve minerais como olivinas, piroxênios, anfibólios e
feldspatos.
Cimentação – é a precipitação química de minerais a partir de íons em solução na água
intersticial. Ocorrem cimentos silicosos (quartzo, calcedônia, opala), carbonáticos (calcita,
anquerita, siderita) e de óxido de ferro (hematita). Podem se formar nódulos e concreções
diagenéticas.
Recristalização diagenética – modificação de mineralogia e textura cristalina pela ação
de soluções diagenéticas. Transformações de:
aragonita calcita (CaCO3) e gipsita anidrita (desidratação).
Formação de minerais autigênicos (glauconita, pirita, albita, fosfatos, etc.). Reações
de substituição química átomo a átomo, sem alteração de forma e volume. Exemplos:
Dolomitização: calcita + Mg dolomita
Fosfatização, silicificação, ferrificações.
Dois tipos são mais comuns:
Aragonita calcita (polimorfos de CaCO3 ). Não há mudança de composição química,
apenas de estrutura cristalina (Neomorfismo).
Carbonato sílica (mudança química). Mudança pH: alcalino ácido (Substituição
diagenética).
105
3 – Estágios diagenéticos
Eodiagênese ou diagênese precoce (estágio redoxomórfico).
Dominam reações de oxidação/redução, durante ou imediatamente após o
soterramento.
Ex: Fé+2 ↔ Fé+3
Hematita + calcita + C siderita
Hematita +clorita chamosita
Hematita + ilita glauconita
Mesodiagênese (estágio locomórfico).
Envolve reações de substituição diagenética e de cimentação, com grande
soterramento. Formação de porosidade secundária e maturação da matéria orgânica.
Evolução da diagênese::
Telodiagênese
(Retorno à superfície)
Ex: discordâncias
Eodiagênese Mesodiagênese // Anquimetamorfismo
(diagênese precoce) T=±200ºC
T = ± 30º C P = 200atm
P = normal
106
Fases e processos da seqüência diagenética geral de arenitos quartzosos e feldspáticos
De Ros & Moraes, 1984.
ESTÁGIOS
LEIA MAIS:
1. Suguio (2003). Geologia Sedimentar, cap. 4, pg. 43-54.
2. Folk (1968) Petrology of Sedimentary Rocks, Austin, Texas.
3. De Ros (1996) Compositional controls on sandstone diagenesis. Acta Universitatis
Upsadiensis, 24 p.
107
15. PETROLOGIA SEDIMENTAR: UMA INTRODUÇÃO
Utilização do microscópio petrográfico na petrologia sedimentar.
Objetivo: Introduzir e desenvolver os procedimentos de estudos das rochas sedimentares
ao microscópio petrográfico convencional, visando o reconhecimento de seus aspectos
texturais e composicionais. Reconhecer aspectos da proveniência e da história genética do
sedimento. Caracterização de contextos paleogeográficos (paleoambiente de
sedimentação) da ocorrência dos principais tipos de rochas sedimentares.
Metodologia:
1. Reconhecer os constituintes minerais fundamentais das rochas:
•Detríticas (siliciclásticas) – que são: quartzo, feldspatos, argilo-minerais, sílex, mica,
fragmentos de rochas, minerais pesados (opacos, zircão, turmalina, rutilo, granada,
cianita, etc.), carbonatos.
•Bioquímicas/químicas – componentes aloquímicos e ortoquímicos. Reconhecimento
dos principais minerais: carbonatos (calcita, aragonita, dolomita, siderita), sílica
(calcedônia, opala), sulfatos, cloretos, etc.
LEIA MAIS:
1. Folk (1974) Pe-
trology of Sedi-
mentary Rocks,
159 p.
2. Tucker (1981)
Sedimentary Pe-
trology: an intro-
duction. 252 p.,
Blachwells.
108