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1ª ch x
2ª ch
Curso: Psicologia Disciplina: Pesquisa quali Código/Turma: H044-53
Professor/a: Grace Vitorino Data: 09/11/2021
Aluno/a: Andrezza Alencar; Ana Beatriz de Oliveira; Ana Vitoria Araújo; Matrícula: 1612457/5; 1912399;
Luana Paula Martins 1812104; 1821665
NOTA DE AULA

● BREVE HISTÓRIA DA PESQUISA AÇÃO

Não há certeza sobre quem inventou a pesquisa-ação. Muitas vezes, atribui-se a


criação do processo a Lewin (1946). É difícil de definir a pesquisa-ação por duas razões
interligadas: primeiro, é um processo tão natural que se apresenta, sob muitos aspectos,
diferentes; e segundo, ela se desenvolveu de maneira diferente para diferentes aplicações.
Quase imediatamente depois de Lewin ter cunhado o termo na literatura, a pesquisa-ação foi
considerada um termo geral para quatro processos diferentes:pesquisa-diagnóstico, pesquisa
participante, pesquisa empírica e pesquisa experimental (Chein; Cook; Harding, 1948). Pelo
final do século XX, Deshler e Ewart (1995) conseguiram identificar seis principais tipos de
pesquisa-ação desenvolvidos em diferentes campos de aplicação.
No final da década de 1940 e início da década de 1950, utilizava-se em administração
(Collier), desenvolvimento comunitário (Lewin, 1946), mudança organizacional (Lippitt,
Watson; Westley, 1958) e ensino (Corey, 1949, 1953). Na década de 1970, incorpora-se (com
finalidades de) mudança política, conscientização e outorga de poder [empowerment] (Freire,
1972, 1982), pouco depois, em desenvolvimento nacional na agricultura (Fals-Borda, 1985,
1991) e, mais recentemente, em negócios bancários, saúde e geração de tecnologia, via Banco
Mundial e outros (Hart; Bond, 1997).
A pesquisa-ação educacional é principalmente uma estratégia para o desenvolvimento
de professores e pesquisadores de modo que eles possam utilizar suas pesquisas para
aprimorar seu ensino e, em decorrência, o aprendizado de seus alunos, mas mesmo no interior
da pesquisa-ação educacional surgiram variedades distintas. Foi esse tipo de diversidade que
levou a pesquisa-ação educacional a ser descrita como “uma família de atividades” (Grundy;
Kemmis,1982), pois, como concluíram Heikkinen, Kakkori e Huttunen (2001, p. 22), “parece
existir uma situação multiparadigmática entre os que fazem pesquisa-ação”.
● CARACTERÍSTICAS

É importante para a aplicação de um determinado tipo de pesquisa conhecer suas


características para podermos desenvolver o projeto de forma mais habilidosa. A pesquisa-
ação é contínua, ela deve ser habitual a fim de melhorar a qualidade da prática que está sendo
aplicada. É uma pesquisa inovadora, busca sempre soluções fora do habitual. Trata-se de uma
pesquisa pró-ativa estratégica, quando se trata de realizar mudanças na realidade pesquisada,
ela sempre busca estratégias que melhor se encaixe dentro daquele contexto.
A pesquisa-ação é participativa de cunho colaborativos, todos participam ativamente,
com o enfoque na maneira como cada um exerce seus papéis. É uma pesquisa naturalista, ou
seja, ocorre em cenários sociais, que não podem ser manipulados, as variáveis são mutáveis.
Ela é problematizadora, analisa o problema de forma mais reflexiva e procura estudar o
problema a fim de entender de que forma afeta os sujeitos do estudo.
É um tipo de pesquisa deliberada que interfere na rotina do contexto pesquisado, ela
discute que possíveis ações podem ser aplicadas de maneira a aperfeiçoar aquela realidade.
Necessita de uma série de documentações, pois é um processo de conhecimento científico. A
pesquisa-ação compreende o problema como um todo, e busca meios para que esse problema
não volte mais a ocorrer. E por fim se trata de uma pesquisa dissipada, que explora vários
contextos.

● APLICAÇÃO

A aplicação da pesquisa-ação ao contrário de pesquisas positivistas que prezam pelo


afastamento entre pesquisador e sujeito/objeto pesquisado; caracteriza-se pela inserção do
pesquisador na pesquisa já que este pesquisador possui uma relação determinante com o seu
sujeito/objeto de estudo. Desta forma, segundo os autores, Nunes, Farinha, Valentin et al
(2020);

Na pesquisa-ação é preciso viver o contexto grupal em que os sujeitos


estão inseridos para que seja possível compreendê-lo e nele intervir.
Por isso essa modalidade de investigação é marcada por dois
movimentos simultâneos: o agir no campo da prática e o investigar a
respeito dela. Assim, o conhecimento que é produzido tem relação
direta tanto com a prática real quanto com o processo da própria
investigação (Tripp, 2005).

Nesse contexto, assim como afirmam os autores Melo, Filho, Chaves (2016), a
pesquisa-ação é amplamente utilizada para pesquisas nas áreas das ciências humanas e sociais
e vem ganhando cada vez mais destaque e espaço na área da saúde. Essa popularização
permite mudanças de práticas e geração de novos conhecimentos.
Sobre sua utilização, esse modelo de pesquisa permite uma maior autonomia e
empoderamento de seus participantes. Entretanto, devido à imersão de seus pesquisadores no
estudo, deve-se atentar a fatores como; as consequências políticas do estudo; os aspectos
éticos que envolvem os participantes uma vez que nesse método não garante a confiabilidade
de anonimato, por exemplo; e a concepção de que os participantes são os próprios
sujeitos/objetos do estudo. (Melo, Filho, Chaves (2016).
Assim, este modelo de pesquisa exige um bom manejo dos pesquisadores para que
estes não se percam nos objetivos da pesquisa e para que saibam lidar com os participantes e
as demandas que possam surgir, devido a flexibilidade e maleabilidade característica desse
tipo de pesquisa.

REFERÊNCIAS

Engel, Guido IrineuPesquisa-ação. Educar em Revista [online]. 2000, n. 16 [Acessado 9


Novembro 2021] , pp. 181-191. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0104-4060.214>.
Epub 06 Mar 2015. ISSN 1984-0411. https://doi.org/10.1590/0104-4060.214.

Koerich MS, Backes DS, Sousa FGM de, Erdmann AL, Alburquerque GL. Pesquisa-ação:
ferramenta metodológica para a pesquisa qualitativa. Rev. Eletr. Enferm. [Internet]. 1º de
junho de 2017 [citado 9º de novembro de 2021];11(3). Disponível em:
https://www.revistas.ufg.br/fen/article/view/47234

Melo, Armando Sérgio Emerenciano de, Maia, Osterne Nonato e Chaves, Hamilton
VianaLewin e a pesquisa-ação: gênese, aplicação e finalidade. Fractal : Revista de Psicologia
[online]. 2016, v. 28, n. 1 [Acessado 9 Novembro 2021] , pp. 153-159. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/1984-0292/1162>. ISSN 1984-0292. https://doi.org/10.1590/1984-
0292/1162.
Pesquisa-ação: uma introdução metodológica, Tripp David. Educação e Pesquisa, São Paulo,
v. 31, n. 3, p. 443-466, set./dez. 2005

ANEXOS

INTEGRANTE ATIV. REALIZADA

Andrezza Alencar Edição podcast

Ana Beatriz de O. Nota de aula - Aplicações

Ana Vitória Araújo Podcast e nota de aula - características

Luana Paula Podcast e nota de aula - breve história da pes. ação

Link do podcast:
https://anchor.fm/andrezza-alencar9/episodes/O-que--Pesquisa-ao-
e1a30us/Caractersticas-7-a6sdfea

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