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1 𝑡 𝑑𝑒 (𝑡)
𝑢 𝑡 =𝐾 𝑒 𝑡 + 𝑒 𝜏 𝑑𝜏 + 𝑇𝑑 .
𝑇𝑖 0 𝑑𝑡
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Dessa forma tem-se 3 parâmetros de sintonia no controlador: o ganho K, o tempo integral T i e o
tempo derivativo Td. Porém muitas vezes não é necessário a utilização de uma ou mais ações.
Basicamente temos 4 configurações possíveis de controladores a partir de uma estrutura PID:
proporcional (P);
proporcional-integral (PI);
proporcional-derivativa (PD);
proporcional-integral-derivativa (PID).
Para que o PID se comporte linearmente o sinal w(t) deve pertencer ao intervalo [w1,w2] onde w1 =
umin/K e w2 = umax/K. A banda proporcional fica
𝑃𝑏 = 𝑤2 − 𝑤1
e portanto
𝑢𝑚𝑎𝑥 − 𝑢𝑚𝑖𝑛 = 𝐾𝑃𝑏 .
Exemplo 3.1
Considere o diagrama de blocos do PID (figura 3.1) com
𝑒 −0,5𝑠
𝑇𝑖 = ∞ , 𝑇𝑑 = 0 , 𝐻 𝑠 = 1 𝑒 𝐺 𝑠 = .
𝑠+1 (𝑠+2)
A figura abaixo mostra a resposta ao degrau unitário. Note que quanto maior o ganho K, maior é a
oscilação e o sobrepasso (Mp). Observe ainda a diminuição do erro com o aumento do ganho
proporcional.
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3.4.2 – O controlador proporcional-integral
A função principal da ação integral é fazer com que processos que não possuam integradores
na sua FT, sigam com erro nulo, uma referência do tipo degrau. Porém se aplicada isoladamente
tende a degradar a estabilidade relativa do sistema. Assim, a ação integral é utilizada em conjunto
com a ação proporcional, formando o controlador denominado PI dado por:
𝑡
1
𝑢 𝑡 =𝐾 𝑒 𝑡 + 𝑒 𝜏 𝑑𝜏
𝑇𝑖 0
Considere o sistema da Figura 3.1 com G(s) sem integradores, controlador PI e referência constante.
O comportamento do sistema em regime permanente pode ser resumido como:
A parcela da ação proporcional será nula, uma vez que e(t)=0.
A parcela da ação integral será constante no valor até então armazenado ao longo do tempo.
𝑟(∞)
Este valor dependerá do ganho estático do processo: 𝑢 ∞ = 𝐺(0) . Nota: e = r-y = 0.
Exemplo 3.2
Seja o mesmo sistema do exemplo 3.1 com 𝐾 = 2, 𝑇𝑑 = 0 com referência em degrau unitário.
Note que para altos valores de Ti tem-se a predominância da ação proporcional (para Ti = o
controlador se torna proporcional puro).
O próximo gráfico mostra o sinal de controle resultante u(t) e suas parcelas proporcional p(t) e
integral i(t). Lembrando que em regime u() = i() = r() / G(0) = 1 / 0,5 = 2. Observe a parcela
proporcional desaparecendo com o tempo.
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Figura 3.6 – sinais de controle: u(t) (resultante-azul), i(t) (laranja),
p(t) (vermelho) com K=2; Ti = 1.
𝑑𝑒(𝑡)
𝑢 𝑡 = 𝐾 𝑒 𝑡 + 𝑇𝑑
𝑑𝑡
𝑑𝑒 (𝑡)
Considerando que 𝑒 𝑡 + 𝑇𝑑 ≈ 𝑒 𝑡 + 𝑇𝑑 , tem-se que 𝑢(𝑡) ≈ 𝐾𝑒(𝑡 + 𝑇𝑑 ). Assim, o sinal
𝑑𝑡
de controle é proporcional à estimativa do erro Td unidades de tempo à frente. O gráfico abaixo
ilustra esse fato.
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Figura 3.8 – interpretação da ação PD.
A função de transferência desse controlador com a adição do polo para limitação do ganho derivativo
em altas frequências é dada por:
𝑝
𝑢(𝑠) 𝐾 1+𝑇𝑑 𝑝 (𝑠+1+𝑝 𝑇 )
𝑑
𝐺 𝑠 = = .
𝑒(𝑠) (𝑠+𝑝)
Observe que:
O zero do controlador PD está sempre à direita do polo;
Aumentando Td o zero tende à origem, significando a predominância da ação derivativa.
𝑢(𝑠) 1 𝑝𝑠
𝐺 𝑠 = = 𝐾(1 + + 𝑇𝑑 ).
𝑒(𝑠) 𝑇𝑖 𝑠 𝑠+𝑝
Exemplo 3.3
Seja o mesmo sistema considerado anteriormente com K = 4 e T i = 1. O gráfico a seguir
mostra o efeito da ação derivativa considerando-se um polo limitador de ganho em alta frequência p
= 100.
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Figura 3.9 – efeito do tempo derivativo no PID –
Td=0 (azul), Td=0.2 (vermelho), Td=0.4 (preto)
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