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Logo então, sua obra foi escrita na mesma época da segunda república francesa.
Sabe-se que acima de tudo o economista era um visionário, já naquela época ele nos
alertou sobre o risco de grupos de interesses se organizarem para roubar por meio da
lei quem realmente gera riquezas. Consoante isso, propôs a discussão sobre como
ocorre a perversão da lei em favor do Estado e quão nocivo este pode se tornar
quando a individualidade é sobreposta, e as vontades do indivíduo são priorizadas.
Segundo o autor, a existência humana está sustentada por três principais pilares: a
vida, a liberdade e a propriedade. A Lei, na definição de Bastiat, é a organização do
direito individual de legítima defesa. Em outras palavras, o direito de defender os
direitos naturais. Sabemos que seria um grande sonho e avanço se a sociedade fosse
limitada a isso, segundo Bastiat, as pessoas não teriam o porquê reclamar do governo
já que teriam a sua individualidade respeitada, seu trabalho livre e os frutos de seu
labor.
Ao meu ver, o ponto que mais chamou atenção da obra de Bastiat é sua definição do
que seria uma Lei, que representaria em seu nível mais básico e elementar um
instrumento de organização coletiva do direito individual de legítima defesa. Ao trazer
para a nossa realidade do Brasil de 2021 eu me questiono: se a lei é o direito individual
da legitima defesa, por que isso parece tão utópico para nós? Devemos ir atrás deste
sonho.
Por fim, Bastiat nos deixa um grande legado: os direitos naturais antecedem qualquer
lei e que o Estado não deve reger as nossas vontades, sentimentos e nem muito
menos interferir nas trocas entre pessoas pacíficas. Ou seja, as leis devem ter um
alcance limitado, sendo utilizados apenas para proteger a vida, a liberdade e a
propriedade do indivíduo.
Mateus Oliveira