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O processo coletivo pode ser compreendido como um microssistema jurídico, que se destina a
tutelar interesses coletivos ou difusos, envolvendo grupos de pessoas que compartilham uma
mesma situação jurídica ou fática.
Esse microssistema é composto por normas e regras próprias, que regulamentam a atuação do
Ministério Público, da Defensoria Pública, das associações e dos próprios cidadãos na defesa dos
interesses coletivos.
O processo coletivo tem como principais objetivos a proteção dos direitos coletivos e difusos, a
garantia da efetividade do acesso à justiça, a promoção da cidadania e a defesa da democracia
participativa.
Entre os principais instrumentos do processo coletivo, destacam-se a ação coletiva, a ação civil
pública, o mandado de segurança coletivo, a ação popular, entre outros.
Esses instrumentos são importantes ferramentas para a garantia dos direitos coletivos e difusos,
pois permitem que várias pessoas, que individualmente não teriam condições de buscar a tutela de
seus direitos, sejam representadas por uma única ação, que terá efeitos para toda a coletividade.
Por isso, o processo coletivo é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e
igualitária, pois permite que os direitos coletivos sejam efetivamente protegidos e que as injustiças
e desigualdades sociais sejam combatidas de forma mais eficaz.
Existem alguns princípios fundamentais que norteiam o Direito Processual Coletivo. São eles:
Princípio da Proteção Integral: trata-se do princípio fundamental do processo coletivo, que visa
garantir a proteção dos interesses coletivos e difusos em sua plenitude, em benefício de toda a
coletividade.
Princípio da Efetividade: busca garantir que as decisões judiciais tenham eficácia prática e não
sejam apenas meras declarações formais. Ou seja, o processo coletivo deve buscar a efetiva
realização dos direitos coletivos e difusos, garantindo a efetividade do acesso à justiça.
Princípio da Informação: visa garantir o acesso à informação por parte da coletividade, para que
possam participar ativamente do processo e defender seus interesses de forma adequada.
Princípio da Celeridade: esse princípio visa garantir a rápida solução dos conflitos coletivos,
evitando que se perpetuem no tempo e causem prejuízos ainda maiores à coletividade.
Dessa forma, tanto a Ação Civil Pública como o Código de Defesa do Consumidor são importantes
ferramentas para a proteção dos direitos coletivos e difusos, garantindo a defesa da sociedade
como um todo e a promoção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Direitos Coletivos stricto sensu: são aqueles que pertencem a um grupo específico de pessoas
com um interesse comum, como o direito à organização sindical, o direito à greve, o direito à
liberdade de associação, entre outros.
Direitos Difusos: são aqueles que não têm uma titularidade determinada e pertencem a uma
coletividade indeterminada de pessoas, como o direito ao meio ambiente, o direito à proteção do
patrimônio cultural, o direito à saúde pública, entre outros.
Direitos Individuais Homogêneos: são aqueles que têm uma origem comum, mas afetam
indivíduos diferentes. São direitos individuais que possuem características comuns, como os danos
causados por um mesmo produto defeituoso que afeta um grupo de pessoas.
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 129, inciso III, atribuiu ao Ministério Público a
titularidade da ação civil pública, conferindo-lhe a legitimidade para defendê-la em juízo. Além disso,
a Lei da Ação Civil Pública (Lei nº 7.347/85) prevê outras hipóteses de legitimidade, tais como:
associações, sindicatos e entidades de classe que tenham entre suas finalidades a defesa dos
interesses coletivos ou difusos; a Defensoria Pública; o ente público responsável pela proteção do
direito em questão, entre outros.
TOPICO 02
INTRODUÇAO
A Ação Popular é uma das formas de ação coletiva previstas no Microssistema do Processo
Coletivo brasileiro. Ela foi instituída pela Constituição Federal de 1988 e regulamentada pela Lei nº
4.717/65.
A Ação Popular tem como objetivo proteger o patrimônio público, a moralidade administrativa, o
meio ambiente e outros interesses difusos ou coletivos. Por meio dessa ação, qualquer cidadão,
sem necessidade de comprovação de interesse específico, pode requerer a anulação ou a
declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio público ou aos interesses difusos ou coletivos.
Além disso, a Ação Popular é uma ação de rito especial e possui algumas peculiaridades em
relação às demais ações judiciais, como a possibilidade de requerer liminarmente a suspensão
do ato lesivo até o julgamento final da ação. É importante destacar que, assim como outras
ações coletivas, a Ação Popular possui prazo prescricional para ser proposta.
O objeto específico da Ação Popular é a proteção do patrimônio público e dos interesses difusos e
coletivos contra atos lesivos praticados por qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada.
Para que a Ação Popular seja cabível, é necessário o preenchimento de requisitos constitucionais
e infraconstitucionais, tais como:
Requisitos constitucionais: a Ação Popular está prevista no artigo 5º, inciso LXXIII da
Constituição Federal, que estabelece os seguintes requisitos:
• Lesividade ao patrimônio público ou aos interesses difusos e coletivos;
• Legitimidade ativa de qualquer cidadão;
• Não exigência de comprovação de prejuízo individual ou de interesse específico;
• Inexistência de prazo para a propositura da ação;
• Possibilidade de concessão de medida liminar para a suspensão do ato lesivo.
Assim, para que a Ação Popular seja cabível, é necessário o preenchimento de todos esses
requisitos, tanto os constitucionais quanto os infraconstitucionais. A Ação Popular é uma importante
ferramenta para a proteção do interesse público e a fiscalização da administração pública,
permitindo que qualquer cidadão possa requerer a anulação ou a declaração de nulidade de atos
lesivos ao patrimônio público ou aos interesses difusos ou coletivos.
INTRODUCAO
A Ação Civil Pública (ACP) é uma ação judicial coletiva que tem como objetivo proteger interesses
difusos, coletivos e individuais homogêneos. Essa ação foi criada pela Lei nº 7.347/85 e permite
que o Ministério Público, Defensoria Pública e as associações legalmente constituídas possam
ingressar com uma ação em defesa de direitos coletivos.
A ACP pode ser proposta para a defesa de vários direitos, como por exemplo, a defesa do meio
ambiente, do patrimônio cultural, dos consumidores, da ordem econômica, da ordem urbanística,
entre outros. A Ação Civil Pública pode ser proposta tanto contra pessoas físicas quanto jurídicas,
de direito público ou privado, desde que haja algum interesse coletivo ou difuso envolvido.
A Ação Civil Pública tem como objetivo a reparação do dano causado, a cessação da conduta
lesiva, a prestação de contas e a condenação em dinheiro. Além disso, é possível que a ACP resulte
em uma medida liminar para garantir a efetividade da ação, antes mesmo do julgamento final.
O objeto da Ação Civil Pública é amplo e diverso, podendo incluir, por exemplo, a reparação do
dano causado, a cessação da conduta lesiva, a prestação de contas e a condenação em dinheiro.
Além disso, é possível que a ACP resulte em uma medida liminar para garantir a efetividade da
ação, antes mesmo do julgamento final.
legitimidade processual na Ação Civil Pública (ACP) está prevista no artigo 5º da Lei nº 7.347/85.
Segundo esse dispositivo, podem propor a ACP o Ministério Público, a Defensoria Pública, a União,
os Estados, os Municípios, as autarquias, as empresas públicas, as fundações e as associações
que estejam legalmente constituídas há pelo menos um ano e que tenham como finalidade a
proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, ao patrimônio
cultural e aos direitos e interesses difusos e coletivos.
Além disso, é importante ressaltar que, na ACP, a legitimidade não é exclusiva, ou seja, outras
pessoas também podem ter interesse na defesa dos direitos coletivos e se manifestar no processo
como amicus curiae (amigo da corte), apresentando argumentos e informações relevantes para o
julgamento da causa.
A competência para processar e julgar a ACP é definida pelo artigo 5º da Lei nº 7.347/85, que
estabelece que a ação pode ser proposta no foro do local onde ocorreu o dano, da lesão, ou do
fato que deu origem ao processo. Além disso, a ACP também pode ser proposta no foro da Capital
do Estado ou do Distrito Federal, ou no foro do domicílio dos réus.
Quanto aos procedimentos, a ACP segue as regras previstas no Código de Processo Civil, sendo
que algumas normas específicas estão previstas na Lei nº 7.347/85. A ACP é um processo de rito
especial, que busca proteger direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos.
Fase de Investigação Preliminar: antes de propor a ação, o Ministério Público ou outro legitimado
pode instaurar procedimento investigatório para apurar a existência de elementos que configurem
a lesão aos direitos coletivos. Essa fase tem por objetivo subsidiar a decisão sobre a propositura
da ACP.
Fase de Procedimento Comum: é a fase principal da ACP, na qual são apresentadas as alegações
das partes, realizadas as provas necessárias e proferida a sentença. Nessa fase, é possível a
concessão de medidas liminares, como a suspensão de atividades, a proibição de condutas e a
determinação de obrigações de fazer e não fazer.
Fase de Execução: após a sentença, inicia-se a fase de cumprimento da decisão, na qual são
adotadas as medidas necessárias para a efetivação da tutela jurisdicional.
Importante ressaltar que a ACP é uma ferramenta importante para a defesa dos direitos coletivos,
possibilitando a reparação de danos e a prevenção de condutas lesivas ao meio ambiente, ao
consumidor, à ordem econômica, entre outros direitos difusos e coletivos.
Essa ação pode ser proposta pelo Ministério Público, pela pessoa jurídica interessada ou pelo
cidadão, nos casos em que for comprovado o prejuízo ao erário ou à coletividade. Além disso, a
ação pode ser ajuizada isoladamente ou cumulativamente com outras ações, como a Ação
Civil Pública.
O processo da Ação por Ato de Improbidade Administrativa é regido pela Lei nº 8.429/92 e pelo
Código de Processo Civil, sendo que a competência para julgamento da ação é do juízo de primeiro
grau, ressalvada a competência originária dos Tribunais nos casos previstos em lei.
O processo da Ação por Ato de Improbidade Administrativa possui algumas particularidades, como
a possibilidade de concessão de medidas liminares, como a indisponibilidade de bens e a
suspensão do exercício da função pública, além da previsão de ressarcimento ao erário
pelos danos causados.
A Ação de Improbidade Administrativa tem como objetivo responsabilizar agentes públicos que
praticam atos de improbidade, ou seja, que agem de forma desonesta, ilegal ou imoral, causando
prejuízos ao erário e à coletividade.
Assim, a Ação de Improbidade Administrativa tem como objetivo central a proteção da moralidade
administrativa, da transparência e da eficiência na gestão pública, contribuindo para o
fortalecimento do Estado Democrático de Direito e a garantia dos direitos fundamentais da
sociedade.
LEGITIMIDADE PROCESSUAL NA AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - SUJEITOS
ATIVOS E PASSIVOS
A pessoa jurídica lesada pelo ato de improbidade, por sua vez, pode ser uma entidade pública ou
privada que tenha sofrido prejuízos decorrentes da conduta ímproba do agente público.
Por fim, a pessoa física que tenha interesse na proteção do patrimônio público e da
moralidade administrativa pode propor a ação desde que demonstrada a existência de nexo
de causalidade entre sua atuação e o dano ao erário.
Em relação aos sujeitos passivos, a Ação de Improbidade Administrativa pode ser proposta contra
agentes públicos que tenham praticado atos de improbidade no exercício de suas funções, bem
como contra particulares que tenham se beneficiado ou concorrido para a prática desses atos.
A competência para julgar a Ação de Improbidade Administrativa é definida pela Lei nº 8.429/92,
que dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito
no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou
fundacional.
De acordo com a referida lei, a competência para julgar a Ação de Improbidade Administrativa
é do juízo da vara da Fazenda Pública, ou do juízo federal, quando a ação for proposta contra
agente público federal ou em decorrência de ato praticado em outro país.
Após a apresentação da petição inicial, o juiz determinará a citação dos réus para apresentarem
defesa, no prazo de 15 dias. Após a apresentação da defesa, o juiz poderá determinar a produção
de provas, como a oitiva de testemunhas, juntada de documentos e perícias.
Ao final, o juiz proferirá a sentença, que poderá impor sanções aos réus, como a perda dos bens
ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, perda da função
pública, suspensão dos direitos políticos e pagamento de multa civil. Além disso, a sentença poderá
determinar a indisponibilidade dos bens dos réus, como forma de garantir a efetividade da
reparação do dano causado.
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO
O Mandado de Segurança Coletivo pode ser impetrado por qualquer entidade associativa
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, como, por exemplo,
sindicatos, associações e organizações não-governamentais (ONGs), desde que estes tenham
como finalidade a defesa dos interesses coletivos, difusos ou individuais homogêneos.
Em resumo, para que seja possível impetrar o Mandado de Segurança Coletivo, é preciso que haja
uma entidade associativa, a existência de um direito líquido e certo a ser protegido, que esteja
relacionado a interesses coletivos, difusos ou individuais homogêneos, e que não seja possível
resolver o problema por meio de vias administrativas ou que se trate de interesse meramente
patrimonial ou econômico.
LEGITIMIDADE PROCESSUAL NO MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO – SUJEITOS
ATIVOS E PASSIVOS
Já a legitimidade passiva é conferida à autoridade coatora, ou seja, aquela que praticou o ato ou
omissão que violou o direito líquido e certo que se busca proteger por meio do Mandado de
Segurança Coletivo.
Vale ressaltar que, em alguns casos, também é possível a intervenção de terceiros interessados,
porém isso dependerá de análise caso a caso, a fim de verificar se esses terceiros possuem
interesse direto na causa e se há possibilidade de intervenção sem prejudicar a celeridade do
processo.
Quanto ao prazo para interposição, o artigo 23 da Lei 12.016/2009 dispõe que o Mandado de
Segurança Coletivo deverá ser impetrado no prazo de 120 dias contados da ciência do ato
impugnado, para os casos de impetração preventiva, e de 120 dias a contar da ciência
inequívoca do ato, para os casos de impetração repressiva.
O juiz analisará a petição inicial e, se estiver de acordo com as exigências legais, determinará a
citação da autoridade coatora para prestar informações no prazo de 10 dias. Em seguida, o
Ministério Público será intimado para atuar como fiscal da ordem jurídica e proferir parecer sobre o
caso no prazo de 30 dias.
Caso necessário, poderá haver produção de provas e, ao final, será proferida sentença, que poderá
conceder ou não a segurança pleiteada. A sentença é passível de recurso, nos termos do Código
de Processo Civil.
As ações coletivas, assim como qualquer outro tipo de ação judicial, estão sujeitas aos institutos
da litispendência e da coisa julgada, que são fundamentais para garantir a segurança jurídica e
evitar a duplicidade de processos e decisões contraditórias.
A litispendência ocorre quando há duas ou mais ações em andamento que tratem do mesmo
objeto e que tenham as mesmas partes e o mesmo pedido. Nesse caso, a segunda ação deverá
ser extinta sem resolução do mérito, por já existir uma ação em curso tratando do mesmo assunto.
Já a coisa julgada ocorre quando uma decisão judicial transitada em julgado (ou seja, não mais
sujeita a recurso) resolve definitivamente uma questão, impedindo que a mesma questão seja
rediscutida em novo processo judicial. A coisa julgada tem efeito erga omnes, ou seja, vincula a
todos, inclusive as partes que não participaram do processo original.
No caso das ações coletivas, a coisa julgada material pode ocorrer em relação a todos os indivíduos
pertencentes à coletividade, ainda que não tenham participado do processo original, desde que
atendidos os requisitos de legitimidade e representatividade adequadas. Esse instituto é importante
para garantir a efetividade das decisões judiciais coletivas e para evitar a necessidade de múltiplos
processos individuais tratando da mesma questão.
A litispendência coletiva ocorre quando duas ou mais ações coletivas, que possuam as mesmas
partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido, são propostas simultaneamente perante
diferentes juízos.
A litispendência coletiva pode ocorrer, por exemplo, quando diferentes entidades ajuízam ações
coletivas com o mesmo objeto, pleiteando a mesma coisa, contra a mesma parte. O objetivo da
litispendência é evitar a multiplicidade de ações com o mesmo objeto e, assim, garantir a segurança
jurídica e a economia processual.
A coisa julgada é uma das formas de encerramento do processo, ocorrendo quando uma decisão
judicial se torna definitiva e imutável, não podendo mais ser modificada por recurso ou por qualquer
outro meio processual.
Os efeitos da coisa julgada são a segurança jurídica, a estabilidade das relações jurídicas e a
impossibilidade de rediscutir a questão já decidida em outro processo, seja ele individual ou
coletivo. A coisa julgada é, portanto, um dos pilares do Estado Democrático de Direito, uma vez que
garante a solidez das decisões judiciais e a pacificação social.
No processo coletivo, a coisa julgada tem ainda um efeito erga omnes, ou seja, seus efeitos
atingem a todos aqueles que se enquadram na mesma situação jurídica objeto da decisão judicial.
Assim, a decisão proferida em uma ação coletiva tem o potencial de beneficiar ou prejudicar todos
aqueles que possuem o mesmo interesse.
Os efeitos da coisa julgada podem ser declaratórios, constitutivos ou condenatórios. No caso dos
efeitos declaratórios, a decisão judicial tem por objetivo apenas reconhecer a existência ou
inexistência de um direito. Já os efeitos constitutivos têm por objetivo criar, modificar ou extinguir
um direito. Por fim, os efeitos condenatórios têm por objetivo impor uma obrigação ou uma sanção
a uma das partes envolvidas na demanda.
EXERCICIOS DE FIXACAO
02) No tocante à ação popular e da ação civil pública, assinale a opção correta:
Resposta: O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de direitos
difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que decorrentes da
prestação de serviço público.
03) Funcionário público estadual, inconformado com o ato administrativo que o demitiu do
serviço público, em virtude do cometimento de grave falta funcional, impetrou mandado de
segurança em que pleiteou a invalidação do ato em questão, sob o fundamento de não terem
sido observadas, no processo administrativo disciplinar instaurado em seu desfavor, as
garantias da ampla defesa e do contraditório. Diante do indeferimento da medida liminar
requerida na inicial, para que se suspendesse a eficácia do ato punitivo, o servidor houve
por bem ajuizar uma nova demanda, já então sob o rito ordinário, em que postulou, da
mesma forma, a invalidação do ato demissório, aduzindo a mesma causa petendi.
04) No que se refere à ação popular constitucional, analise os itens a seguir e, ao final, assinale
a alternativa correta:
I – No caso de ação popular proposta pelo Ministério Público, é desnecessária a sua intervenção
na qualidade de fiscal da lei.
II – Somente pode ser proposta por pessoas maiores de 18 anos.
III – Nos casos de ação popular movida contra o Presidente da República, a competência originária
para o seu julgamento é do Supremo Tribunal Federal.
Resposta: Nenhum dos itens é verdadeiro.
08) Após o início de uma ação judicial de improbidade administrativa em face do servidor público
José, ficou evidenciado e demonstrado pela administração pública que ele estava se valendo
do cargo e da facilidade do acesso à repartição pública para ameaçar testemunhas
relacionadas ao processo. Sendo assim, o juiz responsável pelo processo:
Resposta: Poderá determinar o afastamento cautelar das funções a José, se comprovado
que no exercício do cargo o servidor prejudicará o regular andamento do processo.
09) Maria, residente no Município Alfa, teve conhecimento de que o dirigente máximo de uma
sociedade empresária da qual o Município Beta era o seu principal acionista vinha desviando
considerável parcela dos recursos arrecadados. Embora tivesse nacionalidade espanhola,
Maria residia há muitos anos em solo brasileiro, tendo desenvolvido grande afeto pela
República Federativa do Brasil. Por tal razão, procurou um advogado e solicitou informações
a respeito de que ação constitucional ela poderia ajuizar para que o referido dirigente fosse
condenado a ressarcir os cofres públicos pelos danos causados. O advogado respondeu,
corretamente, que Maria:
Resposta: não poderia ajuizar nenhuma ação constitucional.
10) Quanto ao mandado de segurança, é correto que a legislação vigente estabelece que:
Resposta: de natureza subsidiária em relação ao habeas corpus e ao habeas data, presta-se
a tutelar direito líquido e certo quando o responsável pela ilegalidade for autoridade pública
ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuição do Poder Público.