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Universidade Estadual de Montes Claros

Centro de Ciências Humanas


Departamento de Métodos e Técnicas Educacionais
Curso de Pedagogia

Kelly Cristina Oliveira Figueiredo.

Bullying: Revisão de Literatura

Montes Claros, MG
2021
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Kelly Cristina Oliveira Figueiredo.

Bullying: Revisão de Literatura

Trabalho apresentado à
disciplina Psicologia Geral
como requisito parcial de
avaliação do Curso de
Licenciatura em Pedagogia,
orientado pelo professor Mrs.
Leonardo Tadeu Vieira.

Montes Claros, MG
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................ 04

Relação Professor-Aluno e o Bullying....................................................... 04

Enfrentamento do Bullying......................................................................... 05

Bullying Entre Meninas .............................................................................. 06

Conclusão ..................................................................................................... 07

Referências.................................................................................................... 07

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INTRODUÇÃO
Foi realizada uma revisão de literatura acerca da relação entre o ambiente escolar-aluno
e o bullying. Para tal revisão consultou-se a base SciELO. Foram analisados um total de
três artigos apontando esta relação.

RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO E O BULLYING


Uma vez fornecida ao aluno a oportunidade de conhecimento e aprimoramento de suas
habilidades, este aluno tendo a ter sucesso em sua visa profissional visto que, o sucesso
escolar está relacionado com o bem estar e desenvolvimento pleno dos alunos.

De acordo com Fredricks et al. (2004) e Jimerson et al. (2003), o engajamento


escolar é um constructo, composto por componentes comportamentais, emocionais
e cognitivos que se inter-relacionam dinamicamente, w se refere ás experiências
escolares dos alunos. O engajamento comportamental se refere à participação ativa,
tempo e esforço despendidos nas atividades escolares, assim como seguimento de
normas da escola, conduta positiva e ausência de comportamentos desviantes. O
engajamento emocional se refere a reações afetivas e estados emocionais
direcionados ao ambiente escolar, atividades, pares e professores, além de senso de
pertencimento e identificação escolar. O engajamento cognitivo se refere á
disposição em investir na aprendizagem, estratégias de aprendizagem utilizadas,
motivação, nível e qualidade de processamento e esforço intelectual durante as
atividades escolares (Fredricks et al.,2004; Jimerson et al.,2003; Ladd & Dinella,
2009).

A relação professor-aluno tem que ser a mais positiva possível, tendo altos níveis de
apoio e motivação e menos conflito, para que assim o aluno tenha um bom engajamento
escolar. Ter uma boa relação com o aluno é essencial, pois além de transmitir
conhecimento, um bom professor é aquele que transmite confiança, carinho, empatia e
respeito por seus alunos e isso faz com que o aluno melhore seu desenvolvimento
escolar.

A relação dos alunos com os colegas de escola também é importante, pois


relacionamentos interpessoais positivos e aceitação por pares são fundamentais para o
desenvolvimento de habilidades e competências sociais, influenciando o
desenvolvimento social, emocional e acadêmico dos jovens (Lisboa et al., 2009; Lopes
Neto, 2005). O bullying é um dos fatores que interfere na possibilidade de
relacionamento positivo entre pares, podendo tornar o ambiente escolar conflituoso e
desconfortável para os alunos, sendo visto como uma ameaça ao engajamento escolar e
ao processo educacional (Albuquerque et al., 2013; Rech et al., 2013).

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O bullying no ambiente escolar muitas vezes é difícil de ser identificado, visto que
muitos alunos não compreendem a gravidade das agressões que cometem, considerando
tais atos como simples brincadeiras, também há o fato de que a vítima não denuncia tais
agressões sofridas por medo de represália e exclusão dos demais colegas.

A escola por ser um ambiente de desenvolvimento e interação social, torna-se de grande


importância na vida de seus alunos, principalmente no enfrentamento contra o bullying,
pois além de aprendizagem acadêmica, a escola deve fornecer um ambiente saudável e
harmonioso para que seus alunos possam desenvolver suas habilidades e potenciais.

ENFRENTAMENTO DO BULLYING
O presente artigo “Os Desafios e as Estratégias da Psicologia Escolar no
Enfrentamento do Bullying” é um relato das atividades práticas de um projeto
extensionista realizada em uma Escola de Ensino Fundamental em Manaus (AM) que
busca problematizar junto com os professores a temática do Bullying na escola.
Sabe-se que hoje o bullying é um dos assuntos mais abordados na mídia e no cotidiano
escolar. Mesmo não tendo uma tradução direta, o termo bullying é utilizado para
descrever maus-tratos entre pares e intimidação. No entanto para Francisco e Libório
(2013)

Essa compreensão simplista ― de caráter individualista, pautado na culpabilização e na


vitimização dos envolvidos no processo ― tem ocasionado equívocos nas formas de
enfrentamento do bullying no contexto escolar. Segundo esses autores, toda e qualquer
manifestação de violência em contexto escolar tem sido, frequentemente, entendida
como bullying e isso é algo preocupante porque outras formas de violência têm sido
reduzidas a esse conceito, como é o caso da homofobia, da misoginia, do racismo, entre
outros.

A proposta de atuação para o psicólogo escolar contou com uma equipe composta por
acadêmicos de pedagogia e psicologia e profissionais da psicologia. As atividades
foram desenvolvidas através de 4 oficinas (oficina 01: Identificando a concepção de
bullying no cotidiano escolar; oficina 02: O que as pesquisas acadêmicas tem falado
sobre o bullying?; oficina 03: Como combater a dinâmica do bullying em contexto
escolar?; oficina 04: Construindo ações de enfrentamento ao bullying).
OFICINA 01: IDENTIFICANDO A CONCEPÇÃO DE BULLYING NO COTIDIANO
ESCOLAR
A primeira oficina se tratou de apresentar o projeto e ouvir as queixas e opiniões dos
professores sobre o bullying, tal ação foi realizada através de uma roda de conversa.

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OFICINA 02: O QUE AS PESQUISAS ACADÊMICAS TEM FALADO SOBRE O
BULLYING?
A segunda oficina trouxe aos docentes estudos sobre o bullying com uma atividade
onde tinham que separar imagens entre bullying e/ou preconceito e através dessa
atividade notou-se uma certa dificuldade em distinguir um de outro.
OFICINA 03: COMO COMBATER A DINÂMICA DO BULLYING EM CONTEXTO
ESCOLAR?
A terceira oficina teve como foco o diálogo sobre o enfrentamento do bullying no
cotidiano escolar e os docentes perceberam como era importante romper com a pratica
de recorrer ao judiciário para resolução de conflitos, podendo assim resgatar a
autonomia perdida por eles ao longo dos anos.
OFICINA 04: CONSTRTUINDO AÇÕES DE ENFRENTAMENTO AO BULLYING
Por fim, na quarta e última oficina foi proposto aos docentes realizar uma dinâmica em
sala de aula juntamente com os alunos, onde foi repassado a eles o conceito do bullyng;
houve um diálogo sobre cenas de bullying na escola e foi lhes proposto pensar
coletivamente sobre formas de enfrentar o bullying.
Ao final das oficinas foi reunida novamente a equipe extensionista com os docentes da
escola para uma roda de conversa onde os docentes pudessem se expressar,
compartilhar suas experiências e aprendizados com os demais colegas.
Com base nas experiências relatadas, percebe-se que a visão dos educadores diante dos
episódios de violência, foi se moldando de forma positiva, pois o que antes para eles
seria tratado somente de forma jurídica, foi dando espaço ao diálogo e soluções mais
educacionais.

BULLYING ENTRE MENINAS


O artigo nos traz uma experiência vivida em duas escolas da rede pública, uma em São
Paulo e outra em Salvador. O que pode-se perceber é que em ambas as escolas o
bullying entre meninas não está associado diretamente com agressões físicas, mas sim
com difamações e exclusão (agressões psicológicas), por muitas vezes isso ocorre
porque a agressora quer se sentir no poder e acha que difamando e humilhando outras
meninas ira conseguir isso, nota-se ainda que o uso da sexualidade é constantemente
utilizado nessas agressões.

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CONCLUSÃO
Após leitura e resumo dos três artigos, nota-se que o bullying ainda é tratado por muitos
como “mimimi” ou até mesmo como “coisa de adolescente”, não dando ao bullying sua
real importância.
O bullying no ambiente escolar é um problema sério que deve ser tratado de forma
preventiva e corretiva por parte dos docentes com ajuda de profissionais da psicologia,
pois tanto a vítima quando o agressor precisam de acompanhamento psicológico.

REFERÊNCIAS
https://www.scielo.br/j/ptp/a/4nzZsxzLbwkt3WMjhymxcKJ/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/pee/a/dfxS3mLkxYJ9tnSVmNQ6C5y/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/cp/a/GDSBsvmqpdcwm8fgWX7kyYQ/?lang=pt

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