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Cercospora Betícola

Thiago Cesar Kuhn


Professora Dra. Rosangela Dallemole Giaretta
Agronomia UTFPR Pato Branco 2021
BETERRABA, Beta vulgaris L.

 Cultura de alta produtividade sendo que a média no Brasil varia de 15.000


a 20.000 kg ha-1 para as variedades e de 28.000 a 33.000 kg/ha para os
híbridos.

 Somente em SP foram produzidos 171.386,39 toneladas no ano de 2018.


Cercospora beticola

 De acordo com Filgueira (2003, apud Paula et al 2015) a cercosporiose é


tida como a doença com maior poder destrutivo que acomete a cultura
da beterraba, ocorrendo tanto em beterrabas açucareiras como as de
mesa.

 Cosmopolita – distribuída por todo o mundo nos locais onde tem


produção de beterraba ou em hospedeiros alternativos mesmo com a
ausência da cultura, no Brasil já foi relatada em quase todos os estados.
Condições ideais

 O calor favorece o desenvolvimento do patógeno assim como o excesso


de chuvas, nessas condições ocorre a destruição prematura das folhas e
os tubérculos apresentam má formação pelo distúrbio fisiológico afetando
também o sabor com menor teor de açúcar.

 O patógeno encontra condições favoráveis quando há umidade relativa


do ar acima de 90% e sob temperatura entre 22ºC e 26oC.

 Temperaturas ideais para cultivo ficam entre 10 e 20°C


Sintomas:
Figura 01

 Ao visitar a propriedade é importante


observar se as temperaturas estão
altas e com alta umidade relativa do
ar, nas plantas inicialmente veremos
pontuações esbranquiçadas
principalmente nas folhas mais velhas.
(figuras 1 e 2).

Foto: Scarsi et.al. 2010


Figura 2

Foto: Agrolink
Figura 3
 Nos dias seguintes
estas manchas
evoluem e chegam
a 5 mm sendo
redondas, com
centro claro(sinal) e
bordas de cor
vermelha (Figura 3 )

Scarsi et.al. 2010


Figura 4

 À medida que as
lesões aumentam
ficam de cor cinza, o
tecido lesionado cai e
a folha fica perfurada
(Figura 4 ).

Foto: Wikimedia - Jerzy Opioła


Figura 5
 Caso não seja
realizadas ações de
controle haverá
redução significativa
da área foliar (Figura
5)

Foto: Agrolink
Figura 6 – Folha com ataque severo

Foto: Leandro Luiz Marcuzzo et al.


Figura 4 – Emissão de novas folhas
 A planta repõe as
folhas a partir de
reservas do
tubérculo, o que
causa a perda de
rendimento e esse
processo é repetido
várias vezes durante
o ciclo da planta
(Figura 4).

Foto: Leandro Luiz Marcuzzo et al.


Morfologia do fungo:

 Para confirmação laboratorial deve se verificar se os conidióforos são não


ramificados de coloração amarronzada principalmente mais na base,
tornando-se mais hialino na ponta, leves curvaturas em forma de joelho
com cicatrizes escurecidas onde se formam os conídios.

 Os conídios são de coloração hialina, multiseptados com formato filiforme


levemente a marcadamente curvados.
Referências

 Manejo da cercosporiose, principal doença na cultura da beterraba


https://www.grupocultivar.com.br/artigos/ataque-foliar
 Cercosporiose - Mancha foliar (Cercospora beticola)
https://www.agrolink.com.br/problemas/cercosporiose_1623.html
 Infectário Departamento de Fitopatologia UFV - DOENÇAS DA BETERRABA
CERCOSPORIOSE https://www.infectario.ufv.br/doencas-da-beterraba/
 AVALIAÇÃO DA POTENCIALIDADE DE DIFERENTES CALDAS NO CONTROLE
ALTERNATIVO E CONVENCIONAL DE MANCHA FOLIAR DE CERCOSPORA NA
CULTURA DA BETERRABA - Marina Scarsi, Mauricio André Sartor, Micheli
Pegoraro, Ruan Felipe Waldera, Samuel Angelo Pegoraro Carneiro,
Vandersson Wurtzius, Prof. Dr. Idalmir dos Santos - Agronomia UTFPR Pato
Branco 2010.

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