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PORTO ALEGRE
2015
CAUÊ OLIVEIRA MORO
PORTO ALEGRE
2015
CAUÊ OLIVEIRA MORO
Área de concentração:
Data da apresentação:
Resultado:______________________
BANCA EXAMINADORA:
Prof.
Universidade Cidade de São Paulo
______________________________________
Prof.
Universidade Cidade de São Paulo
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Todo trabalho exige esforço, dedicação e
responsabilidade. Obrigado por me passar
esses e tantos outros valores, pai. Dedico
este trabalho a você Arquiteto Mestre em
Engenharia Civil Paulo Ricardo Pinto Moro.
Tu és e sempre será minha referência.
AGRADECIMENTOS
Renzo Piano
RESUMO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 10
1.1 Objetivos............................................................................................................. 12
1.2 Justificativa......................................................................................................... 12
1.3 Metodologia........................................................................................................ 13
1.4 Estrutura do trabalho......................................................................................... 14
3 PLATAFORMA BIM................................................................................................ 19
3.1 Caracterização do sistema BIM........................................................................ 20
3.1.1 Modelo parametrizado.................................................................................... 21
3.1.2 Visualização 3D............................................................................................... 21
3.1.3 Modelo único................................................................................................... 22
3.1.4 Interoperabilidade........................................................................................... 22
3.1.5 Gerenciamento da informação...................................................................... 24
4 APLICAÇÃO........................................................................................................... 25
4.1 Representação gráfica – 2D.............................................................................. 25
4.2 Modelo virtual – 3D............................................................................................ 26
4.3 Tempo – 4D......................................................................................................... 26
4.4 Custo – 5D........................................................................................................... 27
4.5 Sustentabilidade – 6D........................................................................................ 27
4.6 Ciclo de vida da edificação – 7D....................................................................... 28
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................... 37
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 40
10
1 INTRODUÇÃO
A cadeia da construção civil está passando por uma transição, tendo em vista
as inovações tecnológicas presentes no mercado. O desenvolvimento de projetos
com representação bidimensional envolvendo inúmeras frentes diferentes de trabalho
abre espaço para a ocorrência de muitos erros em seu processo de concepção. Nos
últimos anos, vários estudos vêm avaliando essas inovações apresentadas visando à
redução de erros pela complexidade da troca de informações (ADDOR et al., 2010)
Um mercado extremamente competitivo exige que nos mantenhamos sempre
atualizados com essas novas tecnologias em todas as áreas. No ramo da Arquitetura,
Engenharia e Construção (AEC) não é diferente. A necessidade de criar projetos que
atendam as demandas dos clientes, em um curto espaço de tempo, com orçamentos
reduzidos exige um gerenciamento apurado por parte dos escritórios de arquitetura
(GILKINSON et al., 2015). Esses escritórios estão tendo que buscar inovações para
atender essa procura. A mudança se faz necessária, mas não se sabe, ao certo, que
caminho tomar.
Qualquer mudança sempre trará consequências tanto positivas quanto
negativas. A promessa de uma ferramenta poderosa, como a plataforma BIM, para
atender a alta demanda é muito atraente, tendo em vista a situação do mercado
nacional atual, mas um estudo realizado pelo programa de pesquisa de computação
integrada à construção - The Computer Integrated Construction Research Program
(CICRP, 2011), constatou que deve-se avaliar o quanto precisa ser investido em
termos de tempo e dinheiro para obter retorno positivo. Em determinadas situações, a
utilização de um sistema novo, de forma parcial, pode trazer mais dificuldades do que
melhorias (GILKINSON et al., 2015).
Analisando a história da arquitetura em termos de evolução de tecnologia,
mais precisamente na área da graficação, podemos considerar que o avanço mais
significativo deste ramo, em quase meio século, foi a utilização da tecnologia CAD -
Computer Aided Design (SCHEER et al., 2007 apud SOUZA; AMORIM; LYRIO,
2009). Esta tecnologia de graficação basicamente é a utilização de softwares de
computador para fazer o mesmo trabalho que era feito anteriormente à mão, com
papel e caneta. Scheer et al. (2007) destacam que tal avanço trouxe inúmeros
benefícios, tais como: uma maior agilidade nos desenhos através da facilidade de
11
1.1 Objetivo
1.2 Justificativa
1.3 Metodologia
Estes autores afirmam, também, que alguns países asiáticos estabeleceram seus
padrões de legislação baseando-se fundamentalmente em processos do sistema
BIM.
Souza, Amorim e Lyrio (2009) afirmam que no inicio dos anos 2000, alguns
escritórios brasileiros começam a adotar a plataforma BIM, atraídos principalmente
pelas facilidades que a ela proporciona. Desde então, vem aumentando a aquisição
de softwares BIM no Brasil, devido a facilidades de mercado, no entanto, sua
implementação nestes escritórios não é constatada na mesma proporção (SOUZA;
AMORIM; LYRIO, 2009). Os autores explicam que alguns dos softwares BIM eram
vendidos em conjunto com softwares CAD, no entanto, como os escritórios não
tinham interesse em utilizar ou implantar essa nova plataforma, ela era deixada de
lado.
Addor et al. (2010) apresentam registros de iniciativas tomadas por parte de
entidades de classe, associações ligadas a profissionais da área da arquitetura e
engenharia em parceria com universidades em alguns pontos do país, com o intuito
de analisar e discutir as possibilidades que a plataforma BIM possibilita através de
suas ferramentas e aplicações. Estas pesquisas têm por objetivo obter uma melhor
compreensão da nova tecnologia, tendo como base estudos de casos de empresas
do setor, para facilitar a instrução dos profissionais da área que visam adotar o
sistema BIM. Seguindo esta linha de pesquisa, a Associação Brasileira dos
Escritórios de Arquitetura-RS criou, em 2010, um grupo de trabalho BIM, formado
por profissionais da área, que resultou no caderno técnico “Volume Dois – Migração
BIM” contendo algumas características de uso e aplicação da plataforma BIM, além
de informações específicas a respeito de trabalhos desenvolvidos utilizando essa
ferramenta como exemplificação de seu potencial (AsBEA, 2015). Este caderno
técnico contém dados a respeito da plataforma BIM, informações sobre diversos
softwares do sistema BIM, bem como critérios de implantação para os escritórios e
sua adequação de infraestrutura para a utilização da tecnologia BIM, além da
influência do novo sistema na equipe e no processo de trabalho dos escritórios
(AsBEA, 2015).
Segundo Gilkinson et al. (2015), atualmente o governo da Inglaterra vem
apoiando o uso do BIM na maioria dos setores públicos de projeto de médio porte.
Estes autores afirmam, também, que o governo inglês está colocando em prática
uma proposta de implementação de diretrizes para desenvolvimento de projetos
18
3 PLATAFORMA BIM
O sistema BIM tem, em seu nome, o que muitos consideram como sendo a
característica central da plataforma. Building Information Modelling significa
Modelamento da Construção com Informação. Em outras palavras, todo o modelo é
composto por elementos com informação agregada, chamados elementos
parametrizados. Essas informações definem os elementos, não apenas suas
características geométricas, mas também atributos não geométricos como
informações de composição. As definições através de parâmetros permitem que o
software ajuste e atualize os objetos de forma automática, segundo os comandos do
usuário (EASTMAN et al., 2008 apud ADDOR et al., 2010). A automação pela
parametrização facilita os ajustes do modelo caso surja alguma modificação de
projeto, se comparado ao método tradicional de graficação na qual o desenhista
precisaria, por exemplo, identificar e corrigir manualmente todas as diferentes
plantas de um mesmo objeto.
3.1.2 Visualização 3D
3.1.4 Interoperabilidade
Modelo
Tradicional
Modelo
BIM - IFC
4 APLICAÇÃO
2D 3D 4D 5D 6D 7D
Fonte: adaptado de material de aula - Professoras Luciana Miron e Patricia Moura
4.3 Tempo – 4D
4.4 Custo – 5D
4.5 Sustentabilidade – 6D
5.1.1 Planejamento
5.1.2 Projeto
5.1.3 Construção
uma programação mais afinada das aquisições de materiais utilizando esse recurso.
Gilkinson et al. (2015) acrescentam uma estimativa de redução de custo de
execução entre 8 e 10% com o gerenciamento da execução através deste recurso.
Pesquisas apontaram que cerca de 70% dos engenheiros que utilizaram BIM
constataram um retorno positivo no investimento, e aproximadamente metade dos
usuários iniciantes afirmaram conseguir atingir um rendimento semelhante ao que se
tinha antes da migração para a plataforma BIM, ainda em fase de adaptação à nova
34
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
mencionadas acima, apontam para essa direção, no entanto, somente uma nova
pesquisa atestará a veracidade desta hipótese.
40
REFERÊNCIAS
AZHAR, S. et al. Building information modeling for sustainable design and LEED®
rating analysis. Automation in construction, v. 20, n. 2, p. 217-224, 2011.
Disponivel em: <
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0926580510001482>. Acesso em:
4 ago. 2015.
CZMOCH, I.; PĘKALA, A. Traditional Design versus BIM Based Design. Procedia
Engineering, v. 91, p. 210-215, 2014. Disponível em:
<http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1877705814030665>. Acesso em:
2 ago. 2015
KREIDER, R.; MESSNER, J.; DUBLER, C. Determining the frequency and impact of
applying BIM for different purposes on projects. In: Proceedings of the 6th
International Conference on Innovation in Architecture, Engineering &
Construction (AEC), 2010. Pensilvânia, Estados Unidos. 2010.
<http://ascelibrary.org/doi/10.1061/%28ASCE%29CO.1943-7862.0000203>. Acesso
em: 5 ago. 2015.