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0055609-04.2018.4.02.

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e em função disto requereu em 14/08/2003 a aposentadoria por


invalidez benefício espécie 32 nº 513.091.599-9, que foi concedido a partir
da Data de Entrada no Requerimento conforme comprova carta de
concessão em anexo.
Em 04/06/2018 o Réu submeteu o autor a uma perícia médica
oportunidade em que cessou indevidamente o seu benefício, conforme
comprova Comunicação de decisão anexa, sob o fundamento de não
constatação de invalidez, deixando-o entregue a própria sorte

e em função disto requereu em 14/08/2003 a aposentadoria por


invalidez benefício espécie 32 nº 513.091.599-9, que foi concedido a partir
da Data de Entrada no Requerimento conforme comprova carta de
concessão em anexo.
Em 04/06/2018 o Réu submeteu o autor a uma perícia médica
oportunidade em que cessou indevidamente o seu benefício, conforme
comprova Comunicação de decisão anexa, sob o fundamento de não
constatação de invalidez, deixando-o entregue a própria sorte

A AIDS é uma infecção viral que reprime, e, no estágio mais avançado,


destrói o sistema imunológico do organismo. Esse vírus comumente
conhecido por HIV (Human Immunodeficiency Virus), que na língua
portuguesa se denomina VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana), age
invadindo e matando os glóbulos brancos, chamados T lymphocytes (T-
cells) ou linfócitos do tipo T, presentes na corrente sangüínea.
Conseqüentemente, doenças que raramente afetariam pessoas com o
sistema imunológico perfeito, podem debilitar e serem fatais às pessoas
infectadas com o HIV. Tratam-se das infecções oportunísticas, que podem
ser de vários tipos.
Existem três estágios de progressão após a contaminação pelo vírus HIV:
1) 'seropositiv' ou soropositivo.

2) AIDS 'related complex' (ARC) ou complexo relacionado ao AIDS ou pré-


AIDS.

3) 'full-blown' AIDS.

No estágio soropositivo a pessoa foi contaminada com o vírus HIV, o qual


permanece em estado dormente em algumas células T. Enquanto a mera
infecção com o HIV pode não trazer algum ou pequenos impactos
adversos na saúde da pessoa, a longo tempo o vírus pode causar
demência ou outra perturbação mental. Ainda assim, essa pessoa pode
não apresentar os sintomas dos dois últimos estágios. A pessoa
soropositiva pode transmitir o vírus.

No estágio ARC evidencia-se a ativação do vírus na célula T infectada,


causando pequenos e médios danos no sistema imunológico do
organismo. Os pacientes de ARC apresentam alguns sintomas sugestivos
da síndrome, mas não manifestam complicações secundárias, inclusive
infecções de doenças oportunistas. Os sintomas incluem excessiva perda
de peso, transpiração noturna etc. Para alguns, esses sintomas são apenas
incômodos e irritantes, enquanto que para outros podem ser seriamente
debilitantes.

A AIDS é o último estágio de progressão, o mais sério e fatal, na maioria e


talvez em todos os casos. O sistema imunológico sofre um grande colapso
e o organismo é invadido por um exército de infecções e malignicências.
Constituem manifestações indicativas da AIDS: "adenomegalia
generalizada, emagrecimento rápido e extremo, sudorese à noite,
infecções respiratórias repetidas, diarréias intensas e candidíase oral.
Demarcaram-se também os quadros clínicos sobrevindos em conexão com
a queda das defesas imunológicas, o sarcoma de Kaposi, a pneumonia
pneumocística de Carini e outras doenças oportunísticas, desenvolvidas
pela queda da resistência orgânica..."
AIDS é sinônimo de morte. E tal realidade não foi desconhecida pelo
legislador. Diz a Lei 7.670/88 em seu art. 1º:

"Art. 1º - A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - SIDA/AIDS fica


considerada, para os efeitos legais, causa que justifica:

I - a concessão de:

a) licença para tratamento de saúde prevista nos artigos 104 e 105 da Lei
n.º 1.711, de 28 de outubro de 1952;

b) aposentadoria, nos termos do art. 178, inciso I, alínea "b" da Lei n.º
1.711, de 28 de outubro de 1952;

c) reforma militar, na forma do disposto no art. 108, inciso V, da Lei n.º


6.880, de 9 de dezembro de 1980;

d) pensão especial nos termos do art. 1º da Lei n.º 3.738, de 4 de abril de


1960;

e) auxílio-doença ou aposentadoria, independentemente do período de


carência, para o segurado que, após filiação à Previdência Social, vier a
manifestá-la, bem como
a pensão por morte aos seus dependentes. (grifo nosso)."

Mais. Em seu art. 151 da Lei 8.213/91 reza o seguinte:

"Art. 151 - Até que seja elaborada a lista de doenças mencionadas no


inciso II do artigo 26, independe de carência a concessão de auxílio doença
e aposentadoria por invalidez, ao segurado que, após filiar-se ao Regime
Geral de Previdência Social, for acometido das seguintes doenças:
tuberculose ativa; hanseníase; alienação mental; neoplasia maligna;
cegueira; paralisia irreversível e incapacitante; cardiopatia grave; doença
de Parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado
avançado da doença de Paget (osteíte deformante); síndrome da
deficiência imunológica adquirida (AIDS); e contaminação por radiação,
com base em conclusão da medicina especializada." (grifo nosso)

Até que se tenha a cura definitiva da moléstia, os portadores do HIV, não


possuem as mínimas condições tanto físicas, como psicológicas, para
trabalhar, pois, é cientificamente comprovado, que fatores externos,
como estresse, impactos emocionais, variações de temperatura, e outras
circunstâncias climáticas, fáticas e emocionais, podem desencadear o
processo devastador do HIV.

Fato, que se comprova com os exames médicos que atestam que a autora,
é também portadora de TOXOPLASMOSE, uma doença que no jargão
médico é tipicamente oportunista, e um breve relato da ficha médica da
autora fica evidente que não dispõe das mínimas condições para
desempenhar no mercado qualquer atividade.

Encontra-se a autora em total desamparo, sem assistência da Previdência


Social e sem dela receber o numerário referente ao benefício suspenso de
modo UNILATERAL e SUMÁRIO, restando-lhe somente a busca da tutela
através do Poder Judiciário para se fazer valer o seu direito.

Assim, além de ser mantido tal benefício, necessário se faz sua conversão
para aposentadoria por invalidez, pois, diz o art. 43 da Lei n. 8.213, de
24.07.91 que: "A aposentadoria por invalidez será devida a partir do dia
imediato ao da cessação do auxílio-doença...".

Ademais, farta é a jurisprudência sobre a viabilidade da conversão do


auxílio-doença para aposentadoria por invalidez, a teor do que nos
orientam os julgados transcritos in verbis:

39.529) PREVIDENCIÁRIO. SUSPENSÃO DO AUXÍLIO-DOENÇA. DIREITO À


CONVERSÃO EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.

1. A luz da legislação Previdenciária o demandante, beneficiário de auxílio-


doença, achava-se desobrigado a se submeter aos exame médicos, porque
contava com mais 56 anos de idade quando ocorreu a supressão unilateral
do benefício.

2. O Autor teria direito à conversão do benefício de auxílio-doença em


aposentadoria por invalidez, na forma do disposto no artigo 75, do
Decreto nº 611, de 1992, e no artigo 101, da Lei nº 8.213, de 1991.

3. Remessa Oficial improvida.

(Remessa Ex Officio nº 134.999/SE, 3ª Turma do TRF da 5ª Região, Rel. Juiz


Convocado Magnus Augusto Costa Delgado. Parte A: Adenir Francelino
Teodoro. Parte R: INSS - Instituto Nacional do Seguro Social. Remetente:
Juízo Federal da 3ª Vara/SE. j. 25.06.98, un., DJU 04.09.98, p. 394).
42.77) PREVIDENCIÁRIO. PEDIDO DE CONCESSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA E
POSTERIOR CONVERSÃO EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.

Se o laudo diagnostica moléstia que acarreta incapacidade laborativa


permanente, é de ser restabelecido o auxílio-doença convertido, na data
do laudo, em aposentadoria por invalidez.

(Apelação Cível nº 19980401023217-8/RS, 6ª Turma do TRF da 4ª Região,


Rel. Juiz Carlos Sobrinho. Apelante: Instituto Nacional do Seguro Social -
INSS. Apelado: Jotil dos Santos. Remetente. Juízo de Direito da Comarca
de General Câmara. Advs. Drs.: Luiz Mário Seganfredo Padão e outro. j.
04.08.98, un.).
47.743) PREVIDENCIÁRIO. HIPÓTESE EM QUE DESNECESSÁRIO O
EXAURIMENTO DA VIA ADMINISTRATIVA. CONVERSÃO DE AUXÍLIO-
DOENÇA EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ CONSOANTE O PEDIDO.
SÚMULA 213 DO EXTINTO TFR.

I - O exaurimento da via administrativa não é condição para propositura


da ação de natureza previdenciária (Súmula 213 do extinto TFR).

II - Comprovado que o autor, muito embora portador de doença quando


de sua filiação ao regime da previdência, teve sua situação de saúde
agravada a posteriori, faz jus à aposentadoria por invalidez.

III - Se o trabalhador braçal e analfabeto não tem aptidão para qualquer


outro trabalho que não demanda esforço físico, a moléstia que, segundo o
laudo pericial, o incapacite para o trabalho da natureza apontada, torna-o
inválido para os fins de aposentadoria.

IV - Nada obsta o reconhecimento do pedido de conversão do auxílio-


doença em aposentadoria por invalidez, contada da data do laudo oficial.

V - A verba honorária em hipóteses que tais, consoante a jurisprudência


da Corte, é fixada em 10% (dez por cento) do valor da condenação.

VI - Apelo parcialmente provido.

(Apelação Cível nº 920130208-8/MG, 2ª Turma do TRF da 1ª Região, Rel.


Juiz Carlos Fernando Mathias. Apelante: Instituto Nacional do Seguro
Social - INSS. Apelada: Maria de Lourdes Macedo. j. 06.10.98, un., DJU
19.04.99, p. 118).

A exposição de fatos, bem como a farta prova documental acostada, não


deixa qualquer dúvida do direito da autora em perceber o benefício
pleiteado, e cuidando-se de prestação de cunho alimentar, fundado o
receio de dano irreparável ou de difícil reparação repousa no risco do
quadro de saúde da autora agravar-se, ademais, o Egrégio TRIBUNAL
REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO, prevê a possibilidade da antecipação
de tutela em ações previdenciárias:

"PROCESSO CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA PARA


RESTABELECIMENTO DE BENEFÍCIO. REQUISITOS.

Enseja a concessão de antecipação da tutela a configuração do periculum


in mora e a existência de prova inequívoca a convencer o julgador da
verossimilhança da alegação. Se o benefício foi suspenso mediante
processo administrativo regular, no qual foi assegurada ampla defesa à
segurada, cabe a esta a apresentação de prova inequívoca tendente a
afastar a presunção de legitimidade que envolve os atos administrativos.
Agravo desprovido. (Agravo de Instrumento nº 19990401048510-3/RS, 6ª
Turma do TRF da 4ª Região, Rel. Juiz João Surreaux Chagas. Agravante:
Waclaw Markiewicz. Agravado: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.
j. 14.09.99, un., DJU 03.11.99, p. 90)."

"36.161) PROCESSO CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. RESTABELECIMENTO DE


BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. TUTELA ANTECIPATÓRIA. PRESSUPOSTOS.
PREENCHIMENTO. 1. É cabível o deferimento de tutela antecipatória para
conceder benefício de pensão uma vez presentes os pressupostos que lhe
dão suporte. 2. Agravo de instrumento improvido. (Agravo de Instrumento
nº 970444869-4/RS, 6ª Turma do TRF da 4ª Região, Rel. Juiz Nylson Paim
de Abreu. Agravante: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Agravada:
Eloína Machado Bentin. Advs. Drs.: Suzana Fialho Campos e outro. j.
02.12.97, un.)"

DOS PEDIDOS

ANTE O EXPOSTO, REQUER, a autora, PRELIMINARMENTE lhe seja deferido


o benefício da ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA, tendo em vista que se
encontra desempregada, e não dispõe de recursos para arcar com custas e
despesas processuais, bem como requer:

I - a concessão de M E D I D A L I M I N A R 'inaudita altera parts' em


conformidade com o artigo 273 e/ou artigos 798 e 799, bem como demais
legislações pertinentes, para que o Instituto Nacional do Seguro Social -
INSS providencie o imediato restabelecimento do benefício (AUXÍLIO-
DOENÇA) cassado, desde 11 de julho de 2000, pois é mais que evidente
que sem o recebimento do mesmo, acarretará em prejuízos irreparáveis à
autora, bem como para sua filha - tendo em vista que o benefício tem
unicamente caráter alimentar - até o trânsito em julgado do presente
feito.
II - a citação da AUTARQUIA-RÉ, na pessoa de seu representante legal,
para que conteste, querendo, no prazo legal, sob pena de revelia e
confissão;

III - seja facultado a autora, a produção de provas por todos os meios em


direito admitidos;

IV - vistas ao MINISTÉRIO PÚBLICO da presente ação, se for o caso e seja a


presente ação JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE, condenando a
autarquia-ré:

1 - ao restabelecimento do AUXÍLIO-DOENÇA À PORTADORA DE HIV,


cessado desde a data de ..... de ........ de ........, bem como, sua imediata
transformação em Aposentadoria por Invalidez, devendo ser determinado
o pagamento as parcelas vencidas a partir da data que cessou o benefício
requerido, ou a manutenção do benefício de auxílio-doença até que a ré
promova a reabilitação profissional da segurada com sua recolocação no
mercado de trabalho;

2 - a PAGAR as parcelas pleiteadas devidamente corrigidas


monetariamente, na forma da Lei, com incidência de juros legais;

3 - a PAGAR honorários advocatícios calculados à razão de 20% sobre o tal


a ser apurado em liquidação de sentença, acrescido em idêntico
percentual sobre 12 (doze) parcelas vincendas;

Dá a causa o valor de R$ .....


0055609-04.2018.4.02.5154

e em função disto requereu em 14/08/2003 a aposentadoria por


invalidez benefício espécie 32 nº 513.091.599-9, que foi concedido a partir
da Data de Entrada no Requerimento conforme comprova carta de
concessão em anexo.
Em 04/06/2018 o Réu submeteu o autor a uma perícia médica
oportunidade em que cessou indevidamente o seu benefício, conforme
comprova Comunicação de decisão anexa, sob o fundamento de não
constatação de invalidez, deixando-o entregue a própria sorte
e em função disto requereu em 14/08/2003 a aposentadoria por
invalidez benefício espécie 32 nº 513.091.599-9, que foi concedido a partir
da Data de Entrada no Requerimento conforme comprova carta de
concessão em anexo.
Em 04/06/2018 o Réu submeteu o autor a uma perícia médica
oportunidade em que cessou indevidamente o seu benefício, conforme
comprova Comunicação de decisão anexa, sob o fundamento de não
constatação de invalidez, deixando-o entregue a própria sorte

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