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Biologia e Geologia - Biologia

11ºano Sebenta

► Reprodução nos seres vivos

❖ Reprodução assexuada

o Conjunto de processos de reprodução em que não ocorre fecundação.


Intervém apenas um único progenitor.

Estratégias de reprodução assexuada


Processos Algumas características Exemplos

Bipartição Divisão de um ser em dois com idênticas Amiba


Cissiparidade dimensões Paramécia
Divisão binária Planaria
Formação de uma ou mais saliências, os gomos, Leveduras
Gemulação ou gemas, que se desenvolvem e separam, Hidras de agua doce
Gemiparidade originando novos seres. Anémonas do mar
Formação de células reprodutoras, os esporos,
Esporulação cada um dos quais pode originar um novo Bolores
individuo.
Formação de novos seres a partir do
Multiplicação desenvolvimento de certas estruturas Cenoura(raiz)
vegetativa vegetativas, como raízes, caules, folhas Lírio(rizoma)

Separação de fragmentos do corpo, originando


cada fragmento de um novo individuo por Estrela-do-mar
Fragmentação
regeneração Algas

Formação de novos indivíduos exclusivamente a


partir do desenvolvimento de gametas Pulgões
Partenogénese
femininas. Rotíferos

o A reprodução de indivíduos geneticamente iguais chama-se


clonagem (ex. cultura in vitro).

Não permite a variabilidade genética dado que, a reprodução baseia-se na mitose pelo
que, o código genético é sempre o mesmo.

Carolina Jorge
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❖ Reprodução sexuada

o Processo de reprodução implicando a fusão de gametas masculinos e


femininos. Neles intervêm, dois progenitores. Isto acontece devido à
fecundação e à meiose.

o Os descendentes/gerações não apresentam uma uniformidade de


informação genética.

A célula resultante, o ovo ou zigoto, da fusão da gameta feminino e masculino possui


um par de cromossomas de ambos os pais são cromossomas homólogos, designando-
se por células diploides e a sua constituição representa-se por 2n.

A fecundação tem como consequência uma duplicação cromossómica, no entanto,


verifica-se que a quantidade de material genético em cada espécie se mantém
constante. Isto acontece devido a um processo de divisão nuclear em que o numero de
cromossomas é reduzido para metade.

A MEIOSE é o processo de divisão nuclear no qual uma célula com núcleo diploide se
transforma numa célula haploide. Ocorre duas divisões, a divisão I e a divisão II dando
origem a quatro núcleos haploides.

A divisão I precedida pela interfase pelo que no inicio da meiose cada


cromossoma é formado por dois cromatídios.

➢ Divisão I – divisão reducional

Prófase I
Os dois cromossomas de cada par emparelham, justapondo-se
gene a gene, formando bivalentes;
Ao dar-se o emparelhamento, surgem pontos de cruzamento
(pontos de quiasma) entre dois cromatídios de dois cromossomas
homólogos;
Ao nível destes pontos, pode haver rutura de cromatídios,
podendo ocorrer trocas reciprocas de segmentos de cromatídios entre
dois cromossomas homólogos. Crossing-over;
Diferencia-se o fuso acromático;
Desintegra-se o invólucro nuclear no final da fase.

Carolina Jorge
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Metáfase I
Os bivalentes ligam-se a microtúbulos do fuso acromático pelos
centrómeros;
Os pontos de quiasma localizam-se no plano equatorial do fuso
acromático;
A orientação dos pares de cromossomas homólogos em relação aos
polos da célula é independente e efetua-se ao acaso.

Anáfase I
Os dois cromossomas homólogos de cada bivalente separam-se;
Cada cromossoma, constituído por dois cromatídios, migra para um dos
polos da célula.

Telófase I
Os cromossomas atingem s polos da célula, tornando-se mais finos e mais
longos;
O fuso acromático desaparece;
Forma-se o involucro nuclear em volta de cada conjunto de cromossoma.

NOTA: na divisão 2 existem


➢ Divisão II – divisão reducional duas células porque da
divisão I resulta 2 .

Prófase II
Os cromossomas constituídos por dois cromatídios
tornam—se mais grossos e mais curtos;
Organiza-se o fuso acromático;
O involucro nuclear desaparece.

Metáfase II
Os cromossomas, no seu máximo de encurtamento,
dispõem-se na zona equatorial do fuso acromático com os
centrómeros no plano equatorial do fuso acromático.

Anáfase II
Os centrómeros dividem-se e os dois cromatídios de cada
cromossoma, que passam a constituir cromossomas independentes;
Separam-se e migram para polos opostos da célula.

Telófase II
Os cromossomas chegam aos polos da célula;
Tornam-se mais finos e longos;
Organiza-se um involucro nuclear em volta de cada
conjunto de cromossomas.

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 Resulta um cromossoma de cada


par de homólogos.

 Mutações cromossómicas

Erros que conduzem a alterações na estrutura ou no numero de cromossomas


das células resultantes.

Mutações numéricas – Anomalias em que há alteração do numero de cromossomas:

• Durante a divisão I (anáfase I), pela não separação de cromossomas


homólogos;
• Durante a divisão II (anáfase II), pela não separação de cromatídios de
cada cromossoma.

Carolina Jorge
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Mutações estruturais – Envolvem alterações no numero ou no arranjo dos genes, mas


mantem-se o numero de cromossomas(crossing-over).

As mutações podem ser espontâneas ou induzidas por agentes exteriores como os


raios X ou certos agentes químicos.

>A meiose e a fecundação contribuem para a variabilidade genética por as quatro


células haploides resultante de uma meiose, apesar de presentarem o mesmo número
de cromossomas, não possuem entre si a mesma informação genética.
- Durante a anáfase I, os diferentes pares de cromossomas
homólogos separam-se;
- No crossing-over à troca de segmentos entre cromatídios não
irmãos de cromossomas homólogos.

O número possível de combinações é 2n sendo n o número de pares de cromossomas


homólogos.

Carolina Jorge
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 Estratégias na reprodução sexuada

ANIMAIS
Gónadas – estruturas ode se produzem gametas. Os masculinos são os testículos e os
femininos são os ovários.
Hermafroditas – os gonadas encontram-se no mesmo individuo.
Unissexuados – os sexos estão separados.

Carolina Jorge
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Autofecundação – fecundação entre gametas produzidos no mesmo individuo –


Hermafroditismo suficiente.
Fecundação – fecundação entre gametas produzidos em indivíduos diferentes –
Hermafroditismo insuficiente.

No caso dos animais unissexuados existem dois tipos fundamentais de fecundação:


Fecundação externa – efetua-se em meio liquido, em que ambos os sexos lançam os
seus gametas para a coluna de agua, onde os óvulos são fecundados pelos
espermatozoides.
A existência de moléculas especificas na membrana dos óvulos permite que a
fecundação seja apenas possível com espermatozoides provenientes de indivíduos da
mesma espécie.
Fecundação interna – efetua-se no interior do organismo da fêmea. O macho deposita
os espermatozoides no interior do sistema reprodutor da fêmea, onde ocorre a
fecundação.
Os gametas não suportam a dessecação que se verifica em meio terreste.
Na maioria das espécies é o macho que através da parada nupcial, atrai a fêmea.

PLANTAS
Gametângios – estruturas onde são formados os
gametas.
Estames – órgãos masculinos
Carpelos – órgãos femininos

As flores também podem ser hermafroditas ou


unissexuadas.

Na época de reprodução desabrocham as flores. Nas anteras existem sacos polínicos,


estruturas pluricelulares onde se formam os grãos de pólen.
O grãos de pólen produzidos nas anteras e os óvulos existentes no interior do ovário
são os intervenientes na reprodução das plantas com flor.
Para que a reprodução se verifique é necessário a polinização ou seja, que haja
transporte de grãos de pólen para os carpelos.

Carolina Jorge
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Polinização direta – Polinização da mesma flor


Polinização cruzada – Polinização em carpelos de outra flor (mas da mesma espécie).

Os grãos de pólen que caem sobre os estigmas, germinam, formando tubos polínicos.
O tubo polínico, graças às substancias nutritivas do estigma, cresce ao longo do
estilete, penetrando no ovário.
Os óvulos apos a fecundação, originam as sementes, um conjunto de flor mais o
pericarpo que envolve as sementes. Este conjuntos constitui o fruto.

A disseminação dos frutos é essencial na propagação de plantas com flor.

❖ Ciclos de vida

Sequência de etapas de desenvolvimento que se verificam na vida de um ser vivo,


desde que se forma até que produz descendência. Apresenta dois fenómenos
complementares – fecundação e meiose.
Fase haploide ou haplófase – compreendida entre a meiose e o momento da
fecundação.
- Constituída por células haploides;
- n cromossomas;
- Resulta da meiose.

Fase diploide ou diplófase – compreendida entre a fecundação e o momento da


meiose.
- Constituída por células diploides;
- 2n cromossomas;
- Resulta da fecundação.

Carolina Jorge
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• Quando a meiose é pós-zigótica (ocorre após a formação do zigoto), o ciclo é


haplonte.
• Quando a meiose é pré-espórica (ocorre na formação de esporos), o ciclo é
haplodiplonte.
• Quando a meiose é pré-gamética (ocorre na formação dos gâmetas), o ciclo é
diplonte.

ESPIROGIRA
➢ Reprodução sexuada
Os conteúdos das células que constituem os filamentos que vão funcionar como
gâmetas.
Quando dois filamentos de espirogira se encontram próximos, forma-se
saliências que crescem e entram em contacto.
O conteúdo de cada célula condensa-se. O conteúdo celular de uma dos
organismos desloca-se pelo tubo de conjugação (gâmeta dador) até ao outro organismo
que permanece imóvel (gâmeta recetor) fundindo-se com o recetor, ocorrendo fusão
dos núcleos e dos citoplasmas. Formam-se assim, diversos zigotos.
Após a fecundação, os filamentos desagregam-se, ficando cada um dos zigotos
rodeados por uma parede espessa.
O núcleo de cada zigoto divide-se por meiose, formando 4 núcleos haploides.
Três desses núcleos degeneram, ficando a célula com apenas um único núcleo.
Por divisões mitóticas sucessivas formam-se um novo filamento de espirogira.
Como a meiose é pós-zigótica (ocorre após a formação do zigoto), o ciclo é
haplonte.

Carolina Jorge
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➢ Reprodução assexuada
O organismo adulto fragmenta-se e as células de cada fragmento dividem-se
por processo mitótico, levando ao crescimento de novos filamentos.
Neste processo, mantem-se a informação genética, não havendo alternância de
fases nucleares.

POLIPÓDIO
O polipódio é um feto que se reproduz assexuadamente por multiplicação vegetativa,
através dos rizomas e também por reprodução sexuada.

➢ Reprodução sexuada
Na página inferior do limbo das folhas surgem formações
amarelas(grupos de estruturas pluricelulares, esporângios.
Nas células-mães dos esporos contidas nos esporângios dividem-se
por meiose, originando esporos que são libertados quando maduros.
Os esporos que caem em solo favorável germinam e cada um origina uma
estrutura verde laminar – Protalo.
Na face inferior do protalo(onde existem rizoides que o predem ao solo)
formam-se gametângios ,masculinos e femininos.
Os gametas masculinos movimentam-se na água que embebe o protalo,
penetram nos gametas femininos, ocorrendo a fecundação.
O zigoto começa-se a desenvolver sobre o protalo originando, no final, uma
planta adulta.
Como a meiose é pré-espórica (ocorre na formação de esporos), o ciclo é
haplodiplonte

Carolina Jorge
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➢ Reprodução assexuada

Não se verifica alternância de fases nucleares dado que é formada por multiplicação
vegetativa não ocorrendo fecundação nem meiose.

MAMÍFERO

Exclusivamente reprodução sexuada.


A produção de espermatozoides e de óvulos ocorre nas gónadas(testículos e
ovários), por um processo que intervém a meiose.
Como a meiose é pré-gamética (ocorre na formação dos gâmetas), o ciclo é
diplonte.

TIPO DE VANTAGENS DESVANTAGENS


REPRODUÇÃO
• Assegura a formação de clones, visto que a • A diversidade dos indivíduos
mitose é o processo de divisão nuclear que produzidos é praticamente nula;
ocorre; • Difícil adaptação dos novos
Reprodução
• Todos os indivíduos podem originar indivíduos a mudanças de meio;
assexuada
descendentes; • Não favorece a evolução das
• Um só individuo pode originar muitos espécies
descendentes.
• Proporciona uma grande variabilidade de • Processo lento;
características na descendência; • Grande dispêndio de energia,
Reprodução • A diversidade de características permite às quer na formação dos gametas
sexuada espécies maior capacidade de sobrevivência, quer nos processos que
caso haja mudanças ambientais, e desencadeiam a fecundação.
proporciona evolução para novas formas.

Carolina Jorge

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