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PARTO
EXPEDIENTE
Projeto gráfico:
EDEPE - Escola da Defensoria Pública do Estado de São Paulo
Ilustrações adaptadas de vexels.com e freepik.com
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2.
3.
Assinatura:
É um documento altamente recomendado pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) por me-
lhorar o nível do atendimento a mulheres e
recém-nascidas/os em todo o mundo. É consi-
derado como uma das práticas mais relevan-
?
O
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LEGISLAÇÃO E REFERÊNCIAS:
Lei Federal nº 8.080/1990 - Dispõe sobre condições para a promoção, proteção e re-
cuperação da saúde, a organização e funcionamento dos serviços correspondentes e dá
outras providências.
Lei Federal nº 11.108/2005 – Garante às parturientes direito a acompanhante durante
todo o trabalho de parto, parto e pós-parto, no Sistema Único de Saúde, da rede própria
ou conveniada.
Lei Federal nº 11.634/2007 - Garante à gestante o direito de ser informada anterior-
mente, pela equipe do pré-natal, sobre qual é a Maternidade de referência para seu
parto e de visitar o serviço antes do parto.
Lei Municipal nº 15.894/2013 - Institui o Plano Municipal de São Paulo para a Huma-
nização do Parto, dispõe sobre a administração de analgesia em partos naturais , e dá
outras providências.
Lei Estadual nº 15.759/2015 – Assegura o direito ao parto humanizado nos estabele-
cimentos públicos de saúde do Estado e dá outras providências.
Lei Municipal nº 16.602/2016 - Dispõe sobre a permissão da presença de doula, sem
prejuízo da presença de acompanhante, durante todo o período de trabalho de parto,
parto e pós-parto imediato, bem como nas consultas e exames de pré-natal, sempre que
solicitado pela parturiente, nas maternidades, hospitais e demais equipamentos da rede
de saúde da cidade de São Paulo.
Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal - Ministério da Saúde - 2017
Caderneta da Gestante – Ministério da Saúde – 4ª edição – 2018
Atenção no parto normal: um guia prático – Organização Mundial de Saúde/2013 (em
tradução livre de Care in Normal Birth: a practical guide), que recomenda boas práticas
para o parto normal.
Ministério da Saúde no Caderno Humaniza SUS/2014 - Vol. 4 – Humanização do Par-
to e do Nascimento sobre a autonomia da gestante durante esse processo, devendo ser
respeitada e orientada quanto aos seus desejos pelas/os profissionais que a atenderem.
Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_humanizasus_v4_
humanizacao_parto.pdf
Recomendações da Organização Mundial de Saúde para os cuidados durante o parto,
para uma experiência de parto positiva. Transformar a atenção a mulheres e recém-nasci-
dos para melhorar sua saúde e bem estar – Organização Mundial de Saúde/2018.
5
s e bebês
Neste documento,
construído junto
com a Defensoria
ãe
m
Pública do Estado
ado a
de São Paulo, há um
destaque maior
id
u
C
sobre a Rede de
e
Apoio, Proteção
d e Apoio
e Cuidado das
mulheres e de suas/
seus bebês.
de
Re
Assim, essa versão do Plano de Parto traz mais espaço para você re-
gistrar os contatos de amigas/os, familiares e de profissionais da rede
de assistência social e de saúde que a acompanham e conhecem sua
trajetória. Essas/es profissionais podem assinar e carimbar ao lado de seus
nomes, mostrando que você e sua/seu bebê já recebem acompanha-
mento e seguirão recebendo após o parto.
Recomendamos que você também assine este documento e o proto-
cole, ou seja, o entregue no local onde você pretende ter a/o bebê.
É muito importante guardar com você uma cópia com a data, nome
completo e assinatura de quem o recebeu. A entrega tem que ser regis-
trada em prontuário e a cópia deste Plano de Parto permanecer anexado
a ele. Sempre que possível, entregue esse documento antes do trabalho
de parto, dando assim conhecimento formal sobre sua situação e desejos
relacionados ao parto, pós-parto e cuidados com a/o bebê. Você pode ir
acompanhada de alguém de sua confiança (pode ser alguém da equipe
que acompanha seu pré-natal).
No local onde será o seu parto este documento deve ser lido junto com
a/o profissional que fará seu atendimento, que irá tirar suas dúvidas
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Saúde (SUS), você tem direito a
“Para criar um acessar qualquer serviço de saú-
bebê é necessário de pública*. Mas caso tenha, é im-
uma vila inteira!” portante separar antes e levar um
Provérbio africano documento seu com foto, caderne-
ta da gestante e cartão SUS.
e buscar garantir que suas escolhas Caso você não tenha para onde
sejam respeitadas, sempre que for ir após a alta é importante que a
possível. equipe da Rede que a acompanha
Esse documento também pode ser combine com você, de preferência
protocolado no Serviço Social do antes do parto, onde você ficará
local onde você planeja o parto, para com a/o bebê depois do nasci-
que a equipe já a conheça e se apro- mento. Importante que consigam
xime da sua Rede de Apoio, Prote- a vaga em acolhimento conjunto
ção e Cuidado, conhecendo antes para mãe e bebê, se esse for seu
do parto quem já a acompanha. desejo, e que os dados desse local
Nessa ocasião, você também pode estejam registrados ao final deste
perguntar sobre a visita ao local documento.
onde pretende que seja o parto, Caso seja necessário, você e/ou a/o
para que apresentem o serviço a profissional que a acompanha, po-
você, o que pode te deixar mais con- dem procurar a Defensoria do seu
fiante e tranquila. território (endereços ao final) para
No momento do parto, caso você atuarem na garantia dos seus direi-
não consiga ir ao local que plane- tos e da/o sua/seu bebê, tais como
jou, o primeiro serviço de saúde orientação jurídica, auxílio para
que você procurar nesse momen- conseguir documentos, para ga-
to deve lhe atender. Em caso de rantir vaga em Centros de Acolhida
transferência para outro serviço o conjunto etc. Sempre que possível
transporte deverá ser garantido é importante buscar esse atendi-
de maneira segura. mento bem antes do momento
do parto, para dar tempo de arti-
E mesmo que você não tenha com-
cular a rede de apoio e tomar to-
provante de endereço ou inscrição
das as providências necessárias.
no cadastro do Sistema Único de
*Lei n° 13.714/18 determina que famílias e indivíduos em situações de vulnerabi-
lidade ou risco social e pessoal não precisam comprovar domicílio ou inscrição
no cadastro no SUS para receberem atenção integral à saúde.
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A partir de Leis e das melhores evidências científicas,
são oferecidas a seguir opções de escolha para você e
sua/seu bebê. Você pode marcar as opções que deseja
que sejam respeitadas.
Bom parto!
trabalho
Durante o
de parto eu desejo:
* A pessoa que será sua acompanhante pode ser quem você quiser, homem ou mulher.
* Doula é uma mulher que presta apoio e auxílio a outras mulheres no momento do
parto, e geralmente tem experiência nesse cuidado.
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trabalho
Durante o
de parto eu desejo:
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Nomomento do
parto, eu gostaria:
* Bebês podem nascer sem esse corte e na maioria das vezes não ocorre abertura
espontânea (laceração). Mas quando acontece, a cicatrização costuma ser mais
rápida e menos dolorosa do que quando se provoca o corte.
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Após o parto
eu desejo:
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Caso uma cesária
seja necessária,
eu desejo:
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Quanto aos
cuidados com
a/o bebê, eu gostaria:
* Espécie de creme natural que forma uma camada protetora na pele da/o recém-
-nascida/o e mantém sua hidratação, impedindo que perca calor e protegendo
contra infecções após o nascimento. Segundo as Diretrizes do Ministério da
Saúde para os cuidados com a/o recém-nascida/o, o vérnix deve ser retirado
apenas depois do controle da temperatura da/o bebê, geralmente algumas ho-
ras depois do nascimento.
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Existem outras informações que você
gostaria que as pessoas envolvidas na sua
gestação, parto e pós-parto soubessem?
(medos, preocupações, vontades etc.)
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Caso tenha dúvidas, converse com
a/o profissional de saúde que está fa-
zendo seu pré-natal, que podem ser:
• Obstetriz* - profissionais de
saúde especializadas/os em parto
e nascimento, com foco na partici-
pação e autonomia das mulheres
sobre seus corpos.
• Enfermeira/o Generalista;
• Médica/o de Família;
• Médica/o Generalista;
• Médica/o Obstetra;
, nos telefones:
e pelo e-mail: , atestamos para os
devidos fins que
Assinatura
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Rede de apoio,
proteção e cuidado
Essa rede é formada por um grupo de pessoas
que você e sua/seu bebê podem contar e
confiar quando precisarem!
Essas pessoas vão apoiar você e te dar suporte durante a gestação,
parto e pós-parto. E quando a/o sua/seu bebê nascer vão compartilhar
os cuidados, acompanhando vocês de maneira pontual ou fixa.
Essa rede pode ser composta por familiares, amigas/os e/ou profissio-
nais de diferentes áreas e serviços, em especial da Saúde e da Assistên-
cia Social.
De acordo com o artigo 227* da nossa Constituição Federal atual, o de-
ver de cuidar de um/a bebê não é só das mães: o estado, a sociedade
e a família têm o dever de garantir todos os direitos fundamentais
às crianças.
Assim, é importante que você coloque nomes e contatos de todas as
pessoas que já te acompanham nessa gestação e que seguirão acom-
panhando você e sua/seu bebê depois do nascimento.
Assinatura
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Consultório na Rua
Nós da equipe do Consultório na Rua
localizada no endereço:
,
nos telefones:
e pelo e-mail: , atestamos para os devi-
dos fins que
encontra-se em acompanhamento e atendimento por esta equipe.
Assinatura
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Unidade da Defensoria Pública
Nós da equipe da Defensoria Pública da Unidade de ,
localizada no endereço: ,
nos telefones: e pelo e-mail: ,
atestamos para os devidos fins que
encontra-se em acompanhamento
e atendimento por esta equipe.
Assinatura
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Centro de Acolhida
Nós da equipe do Centro de Acolhida
, localizado
no endereço:
, nos telefones:
e pelo e-mail: , atestamos para
os devidos fins que
encontra-se em acompanhamento e atendimento por esta equipe.
Assinatura
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(nome de mais algum serviço/equipamento que a esteja acompanhando)
Assinatura
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(nome de mais algum serviço/equipamento que a esteja acompanhando)
Assinatura
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VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA*
Violência que pode acontecer no momento da gestação, parto, nas-
cimento e/ou pós-parto, e no atendimento ao abortamento. Pode ser
física, psicológica, verbal, simbólica e/ou sexual, além de negligência,
discriminação e/ou condutas excessivas, desnecessárias ou desaconse-
lhadas, muitas vezes prejudiciais e sem evidências científicas.
Exemplos:
• Obrigar a fazer lavagem intestinal e impedir de comer;
• Ameaçar, gritar, fazer piadas;
• Não dar informações, desconsiderar desejos, padrões
e valores culturais das gestantes e parturientes e
divulgar informações que possam insultar a mulher;
• Não permitir acompanhante que a gestante escolher;
• Não fornecer alívio da dor;
• Fazer vários exames de toque sem necessidade, por
diversas pessoas e sem o consentimento da mulher;
• Separar a/o bebê da mãe logo após o
nascimento sem necessidade urgente;
• Impedir de amamentar sem necessidade etc.
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Telefones e sites úteis
SAMU: 192
Ouvidoria Geral do SUS: 136
Central de Atendimento à Mulher: 180
Corpo de Bombeiros: 193
Centros de Parto Humanizado na cidade de São Paulo:
Casa Ângela: (11) 5852.5332 e (11) 5851.2003
Casa de Parto Sapopemba: (11) 2702-5899 e (11) 2702-6043
Atendimento inicial da Defensoria Pública na capital:
0800 773 4340 (ligação gratuita), de segunda a sexta-feira, entre 7h e 19h.
Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres - Defensoria
Pública de São Paulo: (11) 3101-0155 (email: nucleo. mulher@defensoria.
sp.def.br)
www.saude.gov.br/mulher
www.saude.gov.br/redecegonha
www.saude.gov.br/bvsb
www.presidencia.gov.br/spmulheres
www.saude.gov.br/ouvidoria
www.redehumanizasus.net/
www.defensoria.sp.def.br
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Atendimento da Defensoria Pública
à população em situação de rua
(incluindo pessoas que se encontram em Centros de Acolhida)*
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Núcleo Especializado da
Infância e Juventude
Escola
da Defensoria Pública
do Estado de São Paulo
Associação de Alunas e
Egressas do Curso de Obstetrícia
da Universidade de São Paulo