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OPERAÇÕES EM UNIDADES

ARMAZENADORAS

PROFESSOR: CARLOS GUTEMBERG DE SOUZA TELES JUNIOR

Belém – PA
BENEFICIAMENTO DOS GRÃOS

São as etapas envolvidas na pós-colheita até se


obter um produto adequado para armazenamento e
consumo/comercialização.

As operações executados durante o processo de beneficiamento


devem ser norteadas por normas e procedimentos, de maneira
que, o produtor possa comercializar seus grãos no momento mais
oportuno.

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BENEFICIAMENTO DOS GRÃOS

Por que beneficiar os grãos?

• Após a colheita os grãos apresentam Podem desencadear ou


elevado teor de umidade (~50%);
acelerar processos
• Carregam quantidades apreciáveis de metabólicos e deteriorativos
impurezas e outros materiais

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UNIDADES BENEFICIADORAS
DE GRÃOS (UBG)

• São as instalações onde se realizam as operações de pré-


processamento do grão;
• Também são chamadas de Unidades Armazenadoras (UA)

• Recepção;
• Movimentação;
• Limpeza;
Nessas unidades são
executadas as seguintes • Secagem;
operações
• Armazenagem;
• Monitoramento e controle da qualidade;
• Expedição

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OPERAÇÕES NAS UNIDADES
BENEFICIADORAS DE GRÃOS (UBG)
• Recepção: operação de recebimento dos grãos. Essa
operação é geralmente realizada em moegas graneleiras;
• Movimentação: Processo de movimentação ou transporte dos
grãos entre as estruturas onde vão realizar as demais
operações dentro da UBG. Essa movimentação é feita através
de elevadores de caçamba, fitas transportadoras, roscas
transportadoras, etc.
• Limpeza: Operação responsável pela retirada mecânica das
impurezas dos grãos, facilitando as operações de secagem e
armazenagem;
• Secagem: operação de retirada forçada da umidade, pela
passagem de ar aquecido, pela massa de grãos;

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OPERAÇÕES NAS UNIDADES
BENEFICIADORAS DE GRÃOS (UBG)
• Armazenagem: operação de estocagem dos grãos em
condições inalteradas de quantidade e qualidade, que
permitem o abastecimento durante todo o ano, regulando o
mercado. Essa operação e geralmente realizada em silos
armazenadores ou armazéns convencionais.
• Monitoramento e controle da qualidade: operações que
visam monitorar as condições da massa de grãos
armazenadas, e a tomada de medidas para o controle da
qualidade dessa massa de grãos, feita principalmente através
dos sistemas de termometria e aeração;
• Expedição: Operação de retirada dos grãos da UBG.

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OPERAÇÕES NAS UNIDADES
BENEFICIADORAS DE GRÃOS (UBG)

Vídeo1

Vídeo2

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FLUXO DOS GRÃOS DENTRO
DE UMA UBG
De acordo com sua condição de recebimento, os grãos
podem seguir os seguintes fluxos dentro de uma UBG:

➢ Grãos recebidos sujos e úmidos para serem armazenados

Recepção Limpeza Secagem Limpeza Armazenagem

➢ Grãos recebidos sujos e úmidos para serem expedidos sem armazenar

Recepção Limpeza Secagem Limpeza Expedição

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FLUXO DOS GRÃOS DENTRO
DE UMA UBG
De acordo com sua condição de recebimento, os grãos
podem seguir os seguintes fluxos dentro de uma UBG:

➢ Grãos recebidos sujos e secos para serem armazenados

Recepção Limpeza Armazenagem

➢ Grãos recebidos sujos e secos para serem expedidos sem armazenagem

Recepção Limpeza Expedição

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FLUXO DOS GRÃOS DENTRO
DE UMA UBG
De acordo com sua condição de recebimento, os grãos
podem seguir os seguintes fluxos dentro de uma UBG:

➢ Grãos armazenados cuja umidade foge ao controle durante o


armazenamento mesmo com aeração

Secador Armazenagem

➢ Grãos que sofrem uma pequena redução de umidade para desafogar o


secador numa emergência

Secador Armazenagem

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Com base nas operações executadas, a Unidade de
Beneficiamento de Grãos pode ser dividida nos seguintes
elementos:
• Moegas;
• Silo-Pulmão;
Estruturas • Silo Seca-aeração;
• Armazenagem (silos, armazéns);
• Silos ou caixa de expedição

• Máquinas de limpeza;
Maquinários • Máquinas de pré-limpeza;
• Secadores;

• Verticais;
Transportadores • Horizontais;

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• Inclinados;
ELEMENTOS DE UMA UBG
Estruturas (Moegas)

São estruturas empregadas para recepção dos grãos dentro de uma


UBG.

Compreende a etapa inicial do processo de


beneficiamento dos grãos

A dimensão da moega deve ser suficiente


para comportar o fluxo(colheita e pós-
colheita) a fim de não tornar-se um
ponto de estrangulamento do processo

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Estruturas (Moegas)

A capacidade estática e o número de moegas na unidade, são definidas


em função:

1. Do tipo de produto que será recebido e se será ao mesmo tempo;


2. Da expectativa horária de recebimento;
3. Do horário de funcionamento do setor de recepção;
4. Da expectativa de extensão máxima de caminhões na fila;
5. Do tempo de retenção que será definido de acordo com o fluxo
horário do setor de secagem.

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Estruturas (Moegas)

• Tombador
Mecânica
• Convencional
Descarga
Manual

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Estruturas (Moegas)

Descarga Mecânica (Tombador)


O caminhão é colocado em cima de uma estrutura com pistões
hidráulicos que levantam o caminhão e a carga desce automaticamente.

Descarga Mecânica (Convencional)


Com o caminhão posicionado sobre a moega, é aberto as escotilhas de
descarga posicionadas na parte inferior da carroceria em números
variados e dimensões, o recomendado é que as dimensões dessas
escotilhas sejam inferiores a 0,45x0,45(cm), a fim de evitar acidentes,
pois é necessário o auxílio de operários nesse processo.

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Estruturas (Moegas)

Descarga Mecânica (Tombador)

o Vídeo

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Estruturas (Moegas)

Descarga Mecânica (Convencional)

o Vídeo

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Estruturas (Silo pulmão)

São estruturas que tem por objetivo a armazenagem temporária da


produção.

É usado quando o fluxo horário do setor de secagem não


está sendo suficiente para esvaziar as moegas em tempo
hábil.

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Estruturas (Silo pulmão)

• Número de tipos de produtos que serão


recebidos ao mesmo tempo;
Capacidade • Da capacidade horária de recepção e
estática secagem;
• Do tempo de retenção que não deve
ultrapassar 12 horas.

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Estruturas (Silo seca-aeração)

Estrutura utilizada para o processo de seca-aeração

É o procedimento onde os grãos são secos nos


secadores até o teor de água entre 14 e 16%, e
em seguida esse produto ainda quente é
transferido a um silo, onde permanece em
descanso por um período de 4 a 8 horas e é
aplicado um fluxo de ar à temperatura ambiente
para complementação da secagem.

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Estruturas (Armazenagem)

Estruturas utilizadas para o armazenamento dos


grãos

• Graneleiros;
Granel
• Silos (metálicos, alvenaria, concreto)

Sacarias Armazéns convencionais

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Estruturas (Armazenagem)

Graneleiros

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Estruturas (Armazenagem)

Silos

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Estruturas (Armazenagem)

Armazéns convencionais

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Estruturas (Silos ou caixa de expedição)

Dispositivo elevado abaixo do qual é estacionado caminhões


ou vagões ferroviários para o carregamento

Essas estruturas podem ser construídas em


concreto ou em metal, ou ainda podem-se utilizar
silos metálicos.

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Maquinários (Máquinas de limpeza)

Responsável por realizar a limpeza dos grãos

É a operação terminal que sofrem os grãos em uma UBG, e que


reduz para 1% o teor de impurezas final da massa.

Os grãos/sementes saem dos secadores com cerca de 13%


de umidade e em alguns casos já frios. Porém não estarão,
prontos para armazenagem, pois ainda conterão ~3% de
impurezas e o teor que se admite para a armazenagem a
granel é de1%.

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Maquinários (Máquinas de limpeza)

Principio de funcionamento: ar
e peneira

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Maquinários (Máquinas de pré-limpeza)

Responsável por realizar a pré-limpeza dos grãos

A operação de pré-limpeza consiste numa operação preliminar


de limpeza dos grãos numa UBG, visando facilitar as operações
seguintes, reduzindo para em torno de 4% o teor final de
impurezas.

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Maquinários (Secadores)

São equipamentos mecânicos destinados à secagem de


grãos por ação do ar aquecido ou natural

Podem ter varias configurações que vão depender do sistema de


secagem utilizado.

O sistema de secagem vai variar em função da


temperatura utilizada, do tipo de carregamento, entre
outros fatores.

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Transportadores

A capacidade de processamento de uma UBG poderá ser muito


prejudicada quando os equipamentos de movimentação
estiverem mal dimensionados ou mal selecionados, visto que
estes são responsáveis pelo carregamento e descarregamento
dos outros equipamentos da unidade.

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Transportadores • Elevadores de caçamba;
• Transportador de corrente em calha
Verticais cilíndrica ;
• Transportador Pneumático;
• Transportador Helicoidal.

• Correias transportadoras;
• Transportador de corrente;
Tipos de Horizontais • Redler;
transportadores • Transportador Pneumático;
• Transportador Helicoidal

• Correias transportadoras (até 17°);


• Transportador de corrente (Redler até
Inclinados 40°)
• Transportador Helicoidal montado

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sobre rodas
ELEMENTOS DE UMA UBG
Transportadores (verticais)

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Transportadores (Horizontais)

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ELEMENTOS DE UMA UBG
Transportadores (Inclinados)

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OPERAÇÕES EM UNIDADES
ARMAZENADORAS (RECEPÇÃO)

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RECEPÇÃO
O recebimento dos grãos em uma unidade armazenadora é
feito em estruturas chamadas moegas.

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RECEPÇÃO
A capacidade estática e o número de moegas é definida em
função de uma série de fatore, tais como:

i. Tipos de produtos que serão recebidos e se será ao mesmo tempo;


ii. Expectativa horaria do recebimento;
iii. Horário de funcionamento do setor de recepção;
iv. Tempo de retenção, definido em função do fluxo horário do setor de
secagem.

Um cuidado que deve ser observado no dimensionamento das


moegas é que todas as faces internas devem possuir ângulo de
inclinação superior a 40°, o que proporciona que mesmo que a
massa de grãos apresente altos teores de umidade e impureza,

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a mesma não fiara retida.
RECEPÇÃO

• No método convencional para a


descarga de um caminhão de 25
toneladas, gasta-se em média de 8 a
15 minutos.
• Visando reduzir esse tempo para
valores próximos a 5 minutos,
algumas unidades utilizam um
equipamento chamado tombador,
onde o veiculo carregado estaciona
sobre uma superfície que é inclinada
entre 40 e 45° para fazer a descarga
dos grãos na moega.

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RECEPÇÃO

Vídeo

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RECEPÇÃO
Além das moegas, existem outras estruturas utilizadas para
garantir o correto funcionamento do setor de recepção em uma
unidade armazenadora.

i. Balança rodoviária;
ii. Coletores de amostra;
iii. Laboratório para análise e classificação dos grãos;
iv. Pátio de espera e manobra.

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RECEPÇÃO
Além das moegas, existem outras estruturas utilizadas para
garantir o correto funcionamento do setor de recepção em uma
unidade armazenadora.

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OPERAÇÕES EM UNIDADES
ARMAZENADORAS (LIMPEZA)

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LIMPEZA
Objetivos:

Reduzir o teor de impurezas na massa de grãos (fragmentos


do próprio produto) e de materiais estranhos (detritos
vegetais, sementes de vegetação nativa, torrões de terra,
entre outros), a um nível aceitável para fins de armazenagem
e comercialização.

A presença de impurezas e matéria estranha na massa de grãos é


portadora de grande quantidade de microrganismos, o que proporciona
condições que favorecem a deterioração do produto. Além disso, as
impurezas absorvem mais umidade que os grãos, o que acaba
gerando condições favoráveis para o desenvolvimento de fungos.

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LIMPEZA
O processo de limpeza é feito através de máquinas de pré-
limpeza e de limpeza até os níveis adequados para a
armazenagem e comercialização.

Consiste na retirada de uma parte das impurezas do


Pré-limpeza produto, o que facilita as demais operações de
beneficiamento, aumentando o rendimento das maquinas
que vão realizar essas operações.

Realizada após a secagem, onde é feita a retirada das


Limpeza impurezas restantes no produto. O teor máximo de
impurezas admitido para a armazenagem segura varia
entre 1 e 2%.

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LIMPEZA
No fluxograma básico de uma unidade de beneficiamento de
grãos, as máquinas de pré-limpeza ficam no inicio do fluxograma
logo após as moegas, enquanto que as maquinas de limpeza
ficam no final do fluxograma, sendo a ultima etapa antes da
armazenagem.

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LIMPEZA
Propriedades físicas dos grãos x separação de impurezas

A remoção de impurezas e matérias estranhas de uma massa de grãos


baseia-se principalmente, na diferença de algumas características físicas
entre os grãos e essas impurezas e matéria estranha que os acompanha.

✓ Tamanho e forma dos grãos


✓ Peso ou densidade
✓ Cor

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LIMPEZA
Propriedades físicas dos grãos x separação de impurezas

Tamanho e forma dos grãos

Influencia na escolha do tipo de peneiras utilizadas nas maquinas de


limpeza e pré-limpeza

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LIMPEZA
Propriedades físicas dos grãos x separação de impurezas

Peso ou densidade dos grãos

Em relação ao peso, considera-se no processo de limpeza dos grãos,


além das impurezas, os grãos chochos e imaturos, que muitas vezes,
são semelhantes aos grãos normais, em relação ao tamanho e forma,
porém diferem quanto ao peso.

Tamanho e forma dos grãos Seleção das peneiras

Peso ou densidade dos grãos Seleção dos ventiladores

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LIMPEZA
Propriedades físicas dos grãos x separação de impurezas

Peso ou densidade dos grãos (sistemas de ventilação nas MAP)

Remove as impurezas leves, antes dos grãos


chegarem à primeira peneira. A regulagem é
Sistema de sucção
feita por uma lâmina colocada na passagem
do ar

Remove os grãos chochos e impurezas que


não tenham sido removidas pelo sistema de
Sistema de insuflação
sucção e pelas peneiras. Quando a maquina
tem apenas um sistema de ventilação, este é
destinado, a insuflação.

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LIMPEZA
Propriedades físicas dos grãos x separação de impurezas

Cor dos grãos

Muitos grãos diferem das impurezas pela cor ou pela capacidade de


refletir luz.
No processo de separação por cor, são empregados seletores
eletrônicos que expõem cada grão a um sensor eletrônico com
um determinado “padrão de cor”.
Se a intensidade da cor dos grãos ou a reflexão da luz
obtida for aceitável (dentro do padrão), esses
continuam o seu fluxo até a descarga final.
Os grãos fora de “escala padrão” são
desviados do fluxo por meio de dispositivos

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apropriados.
LIMPEZA
Propriedades físicas dos grãos x separação de impurezas

Cor dos grãos

No Brasil é muito usado para o


beneficiamento de café e arroz.

Vídeo_1

Vídeo_2

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MÁQUINA DE LIMPEZA E PRÉ-LIMPEZA

Também chamadas de máquinas de ar e peneira (MAP)


devido ao seu princípio de funcionamento.

• Executam a limpeza com base na movimentação de particulados


pela ação do ar e de peneiras

Ação do ar :
Promove a remoção de particulados leves e de pó

Ação das peneiras:


Promove a separação de particulados, cujas formas geométricas
são diferentes das formas apresentadas pelos grãos em trabalho.

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MÁQUINA DE LIMPEZA E PRÉ-LIMPEZA

Componentes de uma máquina de pré-limpeza/limpeza

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Queiroz, 2002
MÁQUINA DE LIMPEZA E PRÉ-LIMPEZA

Componentes de uma máquina de pré-limpeza/limpeza

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Queiroz, 2002
MÁQUINA DE LIMPEZA E PRÉ-LIMPEZA

Componentes de uma máquina de pré-limpeza/limpeza

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Queiroz, 2002
MÁQUINA DE LIMPEZA E PRÉ-LIMPEZA

Funcionamento de uma máquina de pré-limpeza/limpeza

Vídeo

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MÁQUINA DE LIMPEZA E PRÉ-LIMPEZA

Fatores que influenciam no rendimento

Tipo de grão
Peso específico, dimensões influenciam no desempenho
e forma do grão das máquinas, vazão de ar e
peneiras

Umidade da massa de grãos


O teor de água influencia o desempenho da máquina de pré-limpeza e de
limpeza por influenciar o tamanho e o ângulo de repouso dos grãos.

Desempenho da máquina de limpeza/pré-


Umidade da massa de grãos
limpeza

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MÁQUINA DE LIMPEZA E PRÉ-LIMPEZA

Fatores que influenciam no rendimento

Dimensões das peneiras

Está relacionado com a qualidade do serviço de


Comprimento limpeza realizado pela máquina, observado na
saída de produto.

Largura Está relacionada com a produção da máquina


em volume de grãos limpos

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MÁQUINA DE LIMPEZA E PRÉ-LIMPEZA

Fatores que influenciam no rendimento

Teor inicial de impurezas


Existe uma relação direta entre os teores iniciais e finais de impureza
de uma máquina de mesma característica, para um mesmo produto,
com o mesmo teor inicial de água.

Exemplo
• 20T/h de um produto com 8% de impurezas sairá com 2% de
impureza
• Mesma máquina receberá 40t/h terá que ter 4% de impurezas para
sair com os mesmos 2% de impureza

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MÁQUINA DE LIMPEZA E PRÉ-LIMPEZA

Fatores que influenciam no rendimento

Limpeza das peneiras


A obstrução dos furos:

A área de peneiramento

Remoção de impurezas

Eficácia da máquina

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MÁQUINA DE LIMPEZA E PRÉ-LIMPEZA

Fatores que influenciam no rendimento

Nivelamento e fixação da máquina

Nivelamento: implica na distribuição uniforme do produto sobre as


peneiras

Fixação: é importante por não permitir trepidações que poderiam


interferir no funcionamento da máquina

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MÁQUINA DE LIMPEZA E PRÉ-LIMPEZA

Observações práticas sobre as máquinas de ar e peneira

• O fluxo de entrada de grãos deve ser regulado de maneira que,


sobre a primeira tela, tenha grãos apenas até a metade do seu
comprimento;
• As peneiras devem ter uma margem sem furos de pelo menos
200 mm, por onde cai o grão. Nessa área recomenda-se usar um
feltro que funciona como amortecedor;
• A área útil ocupada pela máquina corresponde ao espaço
ocupado por sua projeção sobre o piso + espaço necessário para
a troca de peneiras;
• A tubulação de exaustão de finos (pó) deverá distar de no mínimo
1,5 m da boca do exaustor;

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MÁQUINA DE LIMPEZA E PRÉ-LIMPEZA

Dimensionamento das peneiras


Parâmetros dimensionais Parâmetros Experimentais
• Largura das peneiras: 1,0 a 2,0 m; • Composição granulométrica;
• Comprimento das peneiras: 2,0 a 6,0 m; • Teor de água dos grãos;
• Potência – 1 cv / m² de peneira. • eficiência operacional:
• Inclinação: a) pré-limpeza – 50 a 60 %
a) peneira superior - 4°; b) limpeza – 90 a 95 %
b) peneira inferior - 6°; • dimensões características:
• Eixo do excêntrico – rotação: 300 a 400 rpm; a) pré-limpeza: comprimento – C = 2 L
• Curso do excêntrico – 2 a 5 mm b) limpeza: comprimento – C = 1,5 L

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MÁQUINA DE LIMPEZA E PRÉ-LIMPEZA

Dimensionamento das peneiras


Volume efetivo de grãos limpos

𝑉 = 𝑉𝑏 . 𝑎. 𝑏. 𝑐. 𝑑
V – volume efetivo de grãos limpos, m³ de grãos h-1 m-2 de peneira;
Vb – volume referencial de grãos limpos, m3 h-1 m-2, (valor tabelado);
a – fator de correção de produção, relativo à % de produto que passa na
peneira superior (Tabelado);
b – fator de rendimento de peneiramento (Tabelado);
c – fator de correção relativa ao produto passado na peneira inferior (Tabelado);
d – fator de correção do teor de água, % b.u. (Tabelado).

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MÁQUINA DE LIMPEZA E PRÉ-LIMPEZA

Dimensionamento das peneiras


Volume efetivo de grãos limpos

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MÁQUINA DE LIMPEZA E PRÉ-LIMPEZA

Dimensionamento das peneiras


Volume efetivo de grãos limpos

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MÁQUINA DE LIMPEZA E PRÉ-LIMPEZA

Dimensionamento das peneiras


Exemplo

Calcular a área de peneiras de uma máquina de pré-limpeza de ar e peneiras,


com capacidade para 60 t / h. A peneira superior tem furos oblongo de 12 mm
de diâmetro e retém 10 % de produto. A peneira inferior tem furos oblongo de
1,5 mm e retém 90 % produto. Produto de referencia: milho com 20 % b.u. e
massa específica aparente = 721 kg / m³. Rendimento de peneiração – 50 %

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MÁQUINA DE LIMPEZA E PRÉ-LIMPEZA

Dimensionamento das peneiras


Exemplo

1 – Calcular o volume de produto a ser limpo em m³/h

2 – Calcular o volume base para as peneiras (m³/h.m²)

3 – Calcular os fatores de correção (a, b, c, d)

4 – Calcular o volume efetivo de grãos limpos (m³/h. m²)

5 – Calcular a área de peneira

6 – Calcular o comprimento e a largura das peneiras

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MÁQUINA DE LIMPEZA E PRÉ-LIMPEZA
Passo 1 – Calcular o volume de produto a ser limpo em m³/h

𝐶𝑝 60000
𝑉𝑝 = 𝑉𝑝 = Vp = 83,2 m³/h
𝜌𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 721

Passo 2 – Calcular o volume base para as peneiras (m³/h.m²)

Vb (tabelado) – Peneira oblonga de furos de 12 mm

Vb = 55 m³/h.m²

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MÁQUINA DE LIMPEZA E PRÉ-LIMPEZA

Passo 3 – Calcular os fatores de correção (a, b, c, d)

a – fator de correção de produção, relativo à % de produto que passa na peneira superior = 0,6

b – fator de rendimento de peneiramento = 2,0

c – fator de correção relativa ao produto passado na peneira inferior = 0,4

d – fator de correção do teor de água, % b.u. = 0,2

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MÁQUINA DE LIMPEZA E PRÉ-LIMPEZA
Passo 4 – Calcular o volume efetivo de grãos limpos (m³/h. m²)

𝑉 = 𝑉𝑏 . 𝑎. 𝑏. 𝑐. 𝑑 𝑉 = 55 × 0,6 × 2 × 0,4 × 0,2

V = 5,28 m³/h.m²

Passo 5 – Calcular a área de peneira

𝑉𝑝 83,2
𝐴= 𝐴= A = 15,75 m²
𝑉 5,28

71
MÁQUINA DE LIMPEZA E PRÉ-LIMPEZA
Passo 6 – Calcular o comprimento e a largura das peneiras

• Pré-limpeza – C = 1,5.L

𝐴 =𝐶×𝐿 𝐴 = 1,5𝐿 × 𝐿 15,75 = 1,5𝐿²

L = 3,2m

C = 1,5 × L C = 1,5 × 3,2 C = 4,8m

72
DÚVIDAS??

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TÓPICOS PARA A
PRÓXIMA AULA
• Operações em unidades armazenadoras de grãos:
✓Secagem

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ATÉ A PRÓXIMA AULA!

Prof. Carlos Gutemberg de Souza Teles Junior


Universidade Federal Rural da Amazônia
Instituto de Ciências Agrárias

carlosgutembergjr@hotmail.com / carlos.gutemberg@ufra.edu.br
Prédio dos docentes – Sala 05
WhatsApp: 31 971321094

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