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APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA:ÊNFASE EM ENGENHARIA CIVIL

Marizete Lopes Cartagenes¹

RESUMO

O presente artigo visa demonstrar a compreensão na formação docente, os profissionais de


engenharia civil deslumbram uma prática na área da docência do ensino superior devido à sua
formação com características técnicas, visando a atuação no mercado profissional, e por
possuir um perfil de liderança que e fundamental na área pedagógica da docência do ensino
superior. Tal observação motivou essa produção científica que tem por objetivo analisar a
aprendizagem do professor do curso de Engenharia Civil, apresentando características deste
docente e seu perfil no que tangue a pratica de aprendizagem da sala de aula. Este artigo e do
tipo revisão bibliográfica onde tem como objetivo a ser alcançado a análise do perfil do
docente de Engenharia Civil de como o mesmo está colocando em pratica a aprendizagem da
docência.

Palavras–chave:Docente, Aprendizagem, Engenharia Civil.

ABSTRACT

The aim of this article is to demonstrate the understanding in teacher education, the civil
engineering professionals dazzle a practice in the area of teaching of higher education due to
their training with technical characteristics, aiming to work in the professional market, and by
having a leadership profile that is fundamental in the pedagogical area of higher education
teaching. This observation motivated this scientific production that aims to analyze the
learning of the teacher of the Civil Engineering course, presenting characteristics of this
teacher and his profile in what tangue the learning practice of the classroom. This article is of
the bibliographical revision type where it aims to be reached the analysis of the profile of the
Civil Engineering teacher of how the same is putting into practice the learning of teaching.

Keywords: Teaching, Learning, Civil Engineering.


¹Aluna do Curso de Especialização em Docência do Ensino Superior. Centro Universitário Unama, turma de 2017. Email:
marizetecartagenes87@gmail.com

1 INTRODUÇÃO

Um engenheiro civil, de acordo com o CONFEA, é o profissional que se responsabiliza em


montar e executar um projeto de construção. Não importa em qual segmento, um engenheiro
civil tem um contato próximo ao solicitante do projeto a fim de conhecer todos os detalhes e
necessidades que precisam constar na construção. Conforme o que preconiza a legislação uma
das atribuições do engenheiro civil são: treinamento, ensino, pesquisa, desenvolvimento,
análise, experimentação, ensaio, divulgação técnica, extensão, o ensino é uma das atribuições
que o engenheiro pode desempenhar ao longo de sua vida profissional.

DOCENCIA NA ENGENHARIA

O termo docência tem sua origem da palavra latina docere, que significa ensinar, e sua ação se
complementa, necessariamente, com discere, que significa aprender.
O professor de engenharia deve ser um agente motivador para o desenvolvimento do aluno
em relação à autonomia para o aprendizado, sendo mais que um mero transmissor do
conhecimento e, sim, um facilitador da aprendizagem, o processo de aprendizagem na
docência e um desafio para o engenheiro-professor mas o mesmo demonstra com habilidade a
realização dessa atividade, pois e fundamental que o mesmo estabeleça junto ao aluno a
relação ensino aprendizagem.
O Engenheiro Civil que inicia na docência, traz consigo suas experiências profissionais, no
qual julga serem adequadas para passar aos seus alunos, uma vez que o contato com o
mercado profissional lhe permite trazer esta linha de trabalho. Contudo, há também o perfil
como docente, pois este profissional realiza sua transição dos canteiros de obras e escritórios
de engenharia para o meio acadêmico e suas referências, serão seus professores do período da
graduação e pós-graduação, uma vez que estes marcaram sua formação e os bons exemplos
serão absorvidos por este novo professor.
RELAÇÃO ENSINO-APRENDIZAGEM NA ENGENHARIA

A docência universitária exige que, além de conhecimentos sobre a área específica de


formação, o professor também atue sobre fundamentos pedagógicos do processo de ensino-
aprendizagem, aliados aos saberes de sua experiência e de sua produção científica.
Nesse sentido, acredita-se que uma formação, voltada especialmente à prática pedagógica dos
professores, torna-se, então, desafio essencial a ser transposto no ensino superior.
É natural que os professores iniciantes na docência do ensino
superior, assim como outros profissionais em princípio de
carreira, apresentem uma série de dúvidas, expectativas e
ansiedades, tanto as relacionadas ao domínio do conteúdo
específico de sua disciplina, quanto, principalmente, as
vinculadas aos novos conceitos e propostas didáticas exigidas
pelo sistema educacional vigente. (GAETA e MASETTO, 2013,
p. 10).
Reforçando o pensamento que a docência não se resume em apenas dar aulas e aplicar provas
no entanto Gaeta e Masetto (2013) trazem, este professor que inicia ou até mesmo os já
experientes com a docência, ao deparar-se com as novas perspectivas de um ensino e uma
ação do docente inovadora, vêm-se num momento crucial de aprender a atuar como um
docente, responsável por um processo de ensino e de aprendizagem.
A formação do Engenheiro não pode ser feita somente de fórmulas e conceitos. Ele precisa
estar preparado para tomar decisões, saber buscar informações e saber aplicá-las, possuir uma
visão sistêmica para melhor analisar situações novas, ou seja, o aluno precisa aprender a
aprender.

ENGENHEIRO X DOCENTE

Em Engenharia, é extremamente importante que o aluno possa vivenciar situações reais, onde
ele possa tomar decisões sobre assuntos importantes, em ambiente controlado.
O docente é o agente transformador que utiliza recursos de entrada correspondentes aos seus
conhecimentos ao mesmo tempo em que é um recurso de saída quando interage e aprende
com seus alunos, em um processo não centrado no professor.
A formação ética e moral, a ética profissional, a responsabilidade pela transformação da
sociedade, participação cidadã do engenheiro, engenharia e sociedade, empreendedorismo,
metodologia científica, cidadania e respeito ao meio ambiente, entre outros, são temas que
estão no cotidiano do engenheiro.
O ensino é uma atividade, uma das atribuições que o engenheiro pode desempenhar ao longo
de sua vida profissional, dependendo de inúmeras questões de ordem pessoal, seus interesses,
perspectivas que o ingresso na docência pode sinalizar como contingências econômicas as
quais favorecem ou não o mercado da engenharia.
As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia do Ministério da
Educação [BRASIL, MEC 2002] colocam como objetivo dos cursos preparar profissionais
capacitados que reúnam conhecimentos que os habilitem a exercer as competências e
habilidades requeridas, tanto técnicas como comportamentais, para a boa prática da profissão.
Embora a formação do profissional de Engenharia Civil tenha como objetivo o mercado de
trabalho, o modelo de aulas hoje apresentados pelos docentes deve ser repensado.
A ampla formação profissional do Engenheiro Civil, permite a ele atuar num vasto campo de
trabalho como a Construção Civil – projetos para edificações e execução de obras – ,
Transportes e Urbanismo – com o gerenciamento do trânsito, transporte urbano, participação
no planejamento de cidades, dimensionamento de redes de transporte, planejamento, projeto e
execução de obras de infraestrutura para transportes -, Hidráulica – projeto de barragens,
canais, redes de distribuição de água, sistemas de tratamento de água, sistemas de tratamento
de esgoto sanitário, projetos residenciais -, além de outras áreas. Estas por sua vez, se
apresentarão a este docente como suas futuras disciplinas a serem ministradas, ou seja, para
este profissional o conhecimento técnico necessário à sua atenção é contemplado durante a
sua formação.

DESAFIOS DA ATUAÇÃO DO ENGENHEIRO DOCENTE

No atual cenário de crescimento da indústria da construção civil e de obras de infraestrutura,


quando o mercado profissional dos engenheiros civis experimenta significativo
Crescimento>>>>>
O ensino com pesquisa se apresenta como um caminho de produção do conhecimento, o
professor se colocando como mediador do processo, ou seja, mostrando os caminhos para se
chegar aos objetivos, atuando em conjunto com os alunos e instigando os mesmos, com
problematizações, sem soluções únicas e acabadas, com a reflexão sobre as novas
informações, apresenta-se como uma estratégia adequada, no entanto não podendo ser a única.
A busca por novos saberes docentes e novas estratégias de ensino, evidencia a necessidade da
formação continuada. O professor deve buscar uma ótima aula, dentro desta reflexão como
Antunes (2013, p. 49) nos diz que “Uma aula é excelente, no Brasil ou em qualquer país do
mundo, quando alcança com facilidade seu objetivo essencial, no caso “ajudar o aluno a
construir a sua própria aprendizagem”.”
Na Engenharia Civil ou em outras, uma estratégia que o docente pode buscar e que se
apresenta com eficiência no caminho de produção do conhecimento e que sempre deve ser
trabalhada e a de forma vai ser trabalhada a relação ensino-aprendizagem . Segundo Libâneo
(1998), a docência, entendida como o ensinar e o aprender, está presente na prática social em
geral e não apenas na escola, em qualquer âmbito em que o pesquisador/profissional atue,
exercerá uma ação docente.
Fica ainda, subentendida a necessidade de atualizar-se constantemente para dar conta dos
conteúdos a serem trabalhados, devido à velocidade crescente da informação; as novas
metodologias/estratégias de ensino-aprendizagem, de modo a conseguir desenvolver todas as
habilidades e competências.
O Engenheiro Civil que busque a carreira docente necessita ter uma formação pedagógica
para uma ação docente eficiente e comprometida com o aprendizado do aluno e não com a
reprodução do conhecimento, com a memorização e mecanização do ensino. O conceito de
competência contempla cinco facetas ou recursos: conteúdos (os conhecimentos técnicos e
específicos necessários), habilidades (“saber fazer”), linguagem (necessária para a
comunicação num domínio específico de trabalho), valores culturais (o conjunto de crenças
que balizam o trabalho na empresa) e, por último, emoções (a capacidade de administrar as
emoções e comportamento).
Dentre as competências fundamentais no cenário profissional atual, o engenheiro civil deve
ser preparado para desenvolver um raciocínio amplo e uma compreensão que deve ir além das
fronteiras culturais tradicionais. Isto passa pela compreensão de outras culturas e idiomas.
Os novos engenheiros devem ter como característica principal a competência da iniciativa e
do trabalho em equipe, a fim de participar na gestão de empreendimentos complexos.
Liderança, criatividade, capacidade de aprender e desaprender são necessárias para que o
futuro engenheiro esteja preparado para se desempenhar com sucesso num contexto de
trabalho criativo, subjacente ao trabalho intelectual do engenheiro
3 CONCLUSÃO

Com base nos referenciais teóricos obtidos, esse trabalho nos proporcionou algumas reflexões
acerca da formação do engenheiro, o qual deve ter um perfil formativo para atuar na
sociedade tecnológica e atender as demandas do mercado de trabalho.
As metodologias de ensino para o curso de engenharia, historicamente, devem ter teorias e
práticas atreladas à formação do sujeito engenheiro.
REFERÊNCIAS

Resolução nº 1.010, de 22 de Agosto de 2005.


Resolução nº 218, de 29 de Junho de 1973.
http:www.confea.org.br, acesso em 22 de agosto de 2018.
BAZZO, Walter Antônio; PEREIRA, Luiz Teixeira do Vale. Ensino de Engenharia.
Florianópolis: EdUFSC. 1997.
GAETA, Cecília; MASETTO, Marcos Tarciso. O professor iniciante no ensino superior:
aprender, atuar e inovar. São Paulo: SENAC, 2013.
ANTUNES, Celso. Professores e Professauros. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 2013.

LIBÂNEO, J. C. Adeus professor, adeus professora? São Paulo: Cortez, 1998.

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