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Título Título Título (tema)

Prof. NomeNomeNome
Crimes contra o patrimônio e as alterações
contemporâneas
Prof. Fernando Tadeu Marques
Direito Penal
Prof. Fernando Marques

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1. Penal |
Crimes contra o patrimônio

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DO FURTO

DISPOSIÇÕES DO ROUBO E
GERAIS DA EXTORSÃO

Crimes
DA DA
RECEPTAÇÃO contra o USURPAÇÃO

Patrimônio

DO
ESTELIONATO
DO DANO
E OUTRAS
FRAUDES
DA
APROPRIAÇÃO
INDÉBITA
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Crime de Furto

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Direito Penal
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

FURTO (Art. 155, CP)

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

FURTO (Art. 155, CP)


Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem,
coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e
multa.

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

FURTO (Art. 155, CP)


A finalidade de ter a coisa alheia móvel para si
ou para outrem é que caracteriza o chamado
animus furandi no delito de furto.

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

FURTO (Art. 155, CP)


A finalidade de ter a coisa alheia móvel para si
ou para outrem é que caracteriza o chamado
animus furandi no delito de furto.

Furto de uso ocorre quando alguém retira coisa


alheia momentaneamente, repondo-a ao dono.
Não configura crime. Existe entendimento
doutrinário no sentido de que para haver o
instituto do furto de uso é necessário que a coisa
tenha sido devolvida intacta antes que a vítima
dê falta do bem.

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

FURTO (Art. 155, CP)


Furto famélico ocorre em estado de extrema
A finalidade de ter a coisa alheia móvel para si
penúria de quem o comete, pois é impelido pela
ou para outrem é que caracteriza o chamado
fome a subtrair alimentos ou animais para poder
animus furandi no delito de furto.
alimentar-se. Não há crime neste caso, pois o
agente atuou sob a excludente do estado de
necessidade. Famélico é palavra derivada de "fome".
Furto de uso ocorre quando alguém retira coisa
Deve ser reconhecido o estado de necessidade, com
alheia momentaneamente, repondo-a ao dono.
base na ocorrência de furto famélico, apenas
Não configura crime. Existe entendimento
quando a res subtraída tratar-se de gêneros
doutrinário no sentido de que para haver o
alimentícios e a intenção do agente for tão somente
instituto do furto de uso é necessário que a coisa
de saciar a fome (TJMG, AC 0238846-
tenha sido devolvida intacta antes que a vítima
93.2009.8.13.0408, Rel. Des. Agostinho Gomes de
dê falta do bem.
Azevedo, DJe 23/09/2016).

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

FURTO (Art. 155, CP)


Furto de cadáver ou de sepultura Somente será
A finalidade de ter a coisa alheia móvel para si
objeto do crime de furto, caso possua valor
ou para outrem é que caracteriza o chamado
econômico e alguém tenha sua posse legítima. Caso
animus furandi no delito de furto.
contrário, será crime de violação de sepultura (art.
210 CP), ou de subtração, ocultação de cadáver (art.
211 CP).
Furto de uso ocorre quando alguém retira coisa
alheia momentaneamente, repondo-a ao dono. Exercício arbitrário das próprias razões
Não configura crime. Existe entendimento Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa
doutrinário no sentido de que para haver o própria, que se acha em poder de terceiro por
instituto do furto de uso é necessário que a coisa determinação judicial ou convenção:
tenha sido devolvida intacta antes que a vítima Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
dê falta do bem.

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FURTO (Art. 155, CP)


Furto de coisa comum
A finalidade de ter a coisa alheia móvel para si
Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou
ou para outrem é que caracteriza o chamado
sócio, para si ou para outrem, a quem
animus furandi no delito de furto.
legitimamente a detém, a coisa comum:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou
multa.
§ 1º - Somente se procede mediante representação.
Furto de uso ocorre quando alguém retira coisa
§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum
alheia momentaneamente, repondo-a ao dono.
fungível, cujo valor não excede a quota a que tem
Não configura crime. Existe entendimento
direito o agente.
doutrinário no sentido de que para haver o
instituto do furto de uso é necessário que a coisa
tenha sido devolvida intacta antes que a vítima
dê falta do bem.

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

FURTO (Art. 155, CP)


Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou
IMPORTANTE! força da natureza
Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu
Há crime quando o objeto material for... poder por erro, caso fortuito ou força da natureza:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Parágrafo único - Na mesma pena incorre:
Res Nulius (coisa sem dono)
Apropriação de tesouro
I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no
todo ou em parte, da quota a que tem direito o proprietário
Res Derelicta (coisa abandonada) do prédio;

Apropriação de coisa achada


Res Desperdita (coisa perdida) II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total
ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou
legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade
competente, dentro no prazo de quinze dias.
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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

FURTO (Art. 155, CP)


ATENÇÃO! Nossos Tribunais Superiores têm descartado a
necessidade da posse tranquila sobre a coisa,
Sobre a consumação do furto... conforme se percebe pelas ementas abaixo
colacionadas!
Teorias da amotio o momento consumativo do
furto ocorre com a deslocação do objeto O delito de roubo, assim como o de furto, consuma-se
material. no momento em que o agente se torna possuidor da
coisa alheia móvel, ainda que por poucos instantes,
sendo prescindível a posse mansa, pacífica, tranquila
Teoria da ablatio a consumação exigia dois e desvigiada do bem. Dessa forma, prevalece, tanto
requisitos: apreensão e deslocação do objeto nesta Corte Superior quanto no Supremo Tribunal
material. Federal a teoria da amotio ou apprehensio (STJ, HC
362.436/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca,
5ª T., DJe 04/10/2016).
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FURTO (Art. 155, CP)


Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem,
coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e
multa.

ATENÇÃO!
Súmula 567 - STJ: Sistema de vigilância realizado por
monitoramento eletrônico ou por existência de
segurança no interior de estabelecimento comercial,
por si só, não torna impossível a configuração do
crime de furto.

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FURTO (Art. 155, CP)


§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o
crime é praticado durante o repouso noturno.

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

FURTO (Art. 155, § 1º, do CP)


O STJ já decidiu sobre o assunto!
IMPORTANTE!
Para a configuração da circunstância majorante do §
Repouso noturno é o período em que as pessoas 1º do art. 155 do Código Penal basta que a conduta
de certa localidade descansam, dormem. Difere delitiva tenha sido praticada durante o repouso
de região, de localidade da vítima, seja rural ou noturno, dada a maior precariedade da vigilância e a
urbana. defesa do patrimônio durante tal período e, por
consectário, a maior probabilidade de êxito na
O repouso noturno não tem relação com empreitada criminosa, sendo irrelevante o fato de
horários. Trata-se daquele momento em que a uma das vítimas não estar dormindo no momento do
maioria das pessoas, de um determinado local, crime (STJ, HC 331.100/MS, Rel. Min. Ribeiro Dantas,
costumam repousar. Aumenta-se a pena nestes 5ª T., DJe 03/05/2016).
casos, pois a vigilância sobre o patrimônio da
vítima é reduzida.

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FURTO (Art. 155, § 1º, do CP)


Destaque-se, também, o fato de que a majorante em
IMPORTANTE! estudo somente se aplica ao furto simples, Isso
porque, de acordo com a situação topográfica do
Repouso noturno é o período em que as pessoas parágrafo sub examen!
de certa localidade descansam, dormem. Difere
de região, de localidade da vítima, seja rural ou
urbana. IMPORTANTE!

O repouso noturno não tem relação com Esse era o posicionamento do Superior Tribunal de
horários. Trata-se daquele momento em que a Justiça, mas o mesmo mudou e decidiu...
maioria das pessoas, de um determinado local,
costumam repousar. Aumenta-se a pena nestes
casos, pois a vigilância sobre o patrimônio da
vítima é reduzida.

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FURTO (Art. 155, § 1º, do CP)


A causa de aumento prevista no § 1º do art. 155 do Código
IMPORTANTE! Penal, que se refere à prática do crime durante o repouso
noturno – em que há maior possibilidade de êxito na
Repouso noturno é o período em que as pessoas empreitada criminosa em razão da menor vigilância do
bem, mais vulnerável à subtração –, é aplicável tanto na
de certa localidade descansam, dormem. Difere
forma simples como na qualificada do delito de furto. Tal
de região, de localidade da vítima, seja rural ou entendimento revela, mutatis mutandis, a posição firmada
urbana. por este Sodalício no julgamento do Recurso Especial
Representativo de Controvérsia nº 1.193.194/MG, de
O repouso noturno não tem relação com minha Relatoria, no qual afigurou-se possível o
horários. Trata-se daquele momento em que a reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155
maioria das pessoas, de um determinado local, do Código Penal nos casos de furto qualificado (CP, art.
costumam repousar. Aumenta-se a pena nestes 155, § 4º), máxime se presentes os requisitos (HC
casos, pois a vigilância sobre o patrimônio da 306.450/SP, Habeas Corpus 2014/0260612- 2, 6ª T., Rel.ª
Min.ª Maria Thereza de Assis Moura, DJe 17/12/2014).
vítima é reduzida.

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FURTO (Art. 155, § 1º, do CP)


§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o
crime é praticado durante o repouso noturno.

IMPORTANTE!

* Sujeito passivo pessoa física ou jurídica

Para a incidência da causa especial de aumento


prevista no § 1º do art. 155 do Código Penal, faz-se
suficiente que a infração ocorra durante o repouso
noturno, período de maior vulnerabilidade para as
residências, lojas e veículos, entre outros (STJ, AgRg.
no REsp. 1251465/MG, Rel. Min. Sebastião Reis
Júnior, 6ª T., DJe 20/2/2014).

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FURTO (Art. 155, § 2º, do CP)


§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno
valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a
pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de
um a dois terços, ou aplicar somente a pena de
multa.

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FURTO (Art. 155, § 2º, do CP)


O Superior Tribunal de Justiça, consolidando a
OBS: Para ser considerado pequeno valor, a posição dos Tribunais Superiores, em 11 de junho de
doutrina e a jurisprudência entendem que a coisa 2014, aprovou a Súmula nº 511, com o seguinte
subtraída não pode ultrapassar a um salário enunciado:
mínimo. (independentemente do poder aquisitivo
da vítima). Quanto a primariedade art. 63 e 64, Súmula 511: É possível o reconhecimento do
ambos do Código Penal) privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos
de crime de furto qualificado, se estiverem presentes
 Não confundir pequeno valor com pequeno a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e
prejuízo da vítima. a qualificadora for de ordem objetiva.

 É direito subjetivo do réu e não mera ATENÇÃO! Qualificadora Subjetiva


faculdade do juiz, a aplicação do privilégio. (inciso II) com abuso de confiança, ou mediante
fraude, escalada ou destreza;

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FURTO (Art. 155, § 2º, do CP)


Furto privilegiado x Princípio da Insignificância
OBS: Para ser considerado pequeno valor, a
doutrina e a jurisprudência entendem que a coisa O Código Penal, no art. 155, § 2º, ao se referir ao
subtraída não pode ultrapassar a um salário pequeno valor da coisa furtada, disciplina critério de
mínimo. (independentemente do poder aquisitivo fixação da pena – e não de exclusão da tipicidade –,
da vítima). Quanto a primariedade art. 63 e 64, quando se tratar de furto simples. O princípio da
ambos do Código Penal) insignificância não há de ter como parâmetro tão
somente o valor da res furtiva, devendo ser
 Não confundir pequeno valor com pequeno analisadas as circunstâncias do fato e o reflexo da
prejuízo da vítima. conduta do agente no âmbito da sociedade, para
decidir-se sobre seu efetivo enquadramento na
 É direito subjetivo do réu e não mera hipótese de crime de bagatela (STF, HC 113490/RS,
faculdade do juiz, a aplicação do privilégio. Rel. Min. Luiz Fux, 1ª T., DJe 10/9/2012).

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FURTO (Art. 155, § 2º, do CP)


Furto privilegiado x Princípio da Insignificância
OBS: Para ser considerado pequeno valor, a
doutrina e a jurisprudência entendem que a coisa O STF adota como requisitos objetivos para a
subtraída não pode ultrapassar a um salário aplicação do princípio:
mínimo. (independentemente do poder aquisitivo • Mínima ofensividade da conduta do agente;
da vítima). Quanto a primariedade art. 63 e 64, • Nenhuma periculosidade social da ação;
ambos do Código Penal) • Reduzidíssimo grau de reprovabilidade do
comportamento; e
 Não confundir pequeno valor com pequeno • Inexpressividade da lesão jurídica provocada.
prejuízo da vítima.
Em contrapartida o STJ, elenca ainda aspectos
 É direito subjetivo do réu e não mera subjetivos: análise do objeto do crime em relação à
faculdade do juiz, a aplicação do privilégio. vítima.

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

FURTO (Art. 155, § 3º, do CP)


§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia
elétrica ou qualquer outra que tenha valor
econômico.

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

FURTO (Art. 155, § 3º, do CP)


São expressamente equiparadas à coisa móvel a Pago o débito de energia antes do oferecimento da
eletricidade e outras energias (energia elétrica, denúncia, resolvido está o ilícito civil, não se
genética, radioatividade, eletromagnética, justificando a persecução penal. Precedentes. Na
genética de reprodutores, térmica, mecânica, ar hipótese, o recorrente celebrou acordo com a
comprimido, vapor, etc). concessionária de energia elétrica, parcelando o
débito decorrente da subtração de energia elétrica
ENTENDIMENTO DOS TRIBUNAIS que lhe foi imputada, com o seu posterior
SUPERIORES! adimplemento, circunstância que enseja a extinção
de sua punibilidade (STJ, RHC 62.437/SC, Rel. Min.
Furto de sinal de TV a cabo Nefi Cordeiro, 6ª T., DJe 1º/07/2016).

Posição STJ - Aplica o § 3º do art. 155 do CP.

Posição STF - Fato atípico!


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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

FURTO (Art. 155, § 3º, do CP)


Habeas corpus. direito penal. alegação de ilegitimidade
São expressamente equiparadas à coisa móvel a recursal do assistente de acusação.
eletricidade e outras energias (energia elétrica, Improcedência. Interceptação ou receptação não
genética, radioatividade, eletromagnética, autorizada de sinal de tv a cabo. Furto de energia (art.
genética de reprodutores, térmica, mecânica, ar 155, § 3º, do código penal). Adequação típica não
comprimido, vapor, etc). evidenciada. conduta típica prevista no art. 35 da
lei 8.977/95. Inexistência de pena privativa de liberdade.
ENTENDIMENTO DOS TRIBUNAIS aplicação de analogia in malam partem para
complementar a norma. inadmissibilidade. obediência a o
SUPERIORES!
princípio constitucional da estrita legalidade penal.
precedentes. (HC 97261, Relator (a): Min. JOAQUIM
Furto de sinal de TV a cabo BARBOSA, Segunda Turma, julgado em 12/04/2011, DJe-
081 DIVULG 02-05-2011 PUBLIC 03-05-2011 EMENT VOL-
Posição STJ - Aplica o § 3º do art. 155 do CP. 02513-01 PP-00029 RTJ VOL-00219- PP-00423 RT v. 100, n.
909, 2011, p. 409-415)
Posição STF - Fato atípico!
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FURTO (Art. 155, § 4º, do CP) Furto qualificado


§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e
multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo
à subtração da coisa;

O exame pericial não constitui o único meio


probatório possível para a comprovação da
qualificadora de rompimento de obstáculo no crime
de furto, sendo lícito na busca pela verdade real a
utilização de outras formas, tais como a prova
testemunhal e a documental. (Precedentes do STJ)
(STJ, REsp. 924254/RS, REsp. 2007/0027015-1, Rel.
Hamilton Carvalhido, 6ª T., pub. 22/10/2007).

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FURTO (Art. 155, § 4º, do CP) Furto qualificado


§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e
multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo
à subtração da coisa;

A incidência da qualificadora do art. 155, § 4º, inciso


I, do Código Penal, pressupõe conduta praticada pelo
Réu objetivada à destruição ou ao rompimento do
óbice que dificulta a obtenção da coisa. Se o dano é
contra o próprio objeto do furto, sendo o obstáculo
peculiar à res furtiva, não incide a majorante (STJ,
AgRg no AREsp 230.117/DF, Rel. Min. Felix Fischer,
5ª T., DJe 03/03/2015).

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FURTO (Art. 155, § 4º, do CP) Furto qualificado


§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e
multa, se o crime é cometido:
II - com abuso de confiança, ou mediante
fraude, escalada ou destreza;

Estando comprovada a relação de confiança entre a


empregada doméstica e a vítima que a contrata –
seja pela entrega das chaves do imóvel ou pelas boas
referências de que detinha a Acusada –, cabível a
incidência da qualificadora ‘abuso de confiança’ para
o crime de furto ora sob exame. Precedente (STJ, HC
192922/SP, Rel.ª Min.ª Laurita Vaz, 5ª T., DJe
7/3/2012).

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FURTO (Art. 155, § 4º, do CP) Furto qualificado


§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e
multa, se o crime é cometido:
II - com abuso de confiança, ou mediante
fraude, escalada ou destreza;

Qualifica-se o crime de furto, pela fraude, como se


recolhe na boa doutrina, quando o agente se serve de
artifício ou embuste para fazer a subtração (STJ, HC
24645/SP, Rel. Min. Hamilton Carvalhido 6ª T., DJ
11/4/2005, p. 383).

* Furto mediante fraude x Estelionato

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FURTO (Art. 155, § 4º, do CP) Furto qualificado


§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e
multa, se o crime é cometido:
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude,
escalada ou destreza;

A escalada é a transposição de um obstáculo


encontrado pelo agente que apresenta uma
dificuldade a ser superada para que adentre um
recinto. Desse modo, um muro de alvenaria, com
altura média não inferior a 1,70 metros, constitui
uma barreira significativa a exigir do agente esforço
físico para saltá-lo (STJ, HC 354.046/SP, Rel. Min.
Nefi Cordeiro, 6ª T., DJe 20/09/2016).

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FURTO (Art. 155, § 4º, do CP) Furto qualificado


§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e
multa, se o crime é cometido:
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude,
escalada ou destreza;

Tratando-se o furto qualificado pela escalada,


infração que deixa vestígio, é indispensável a
realização de perícia para a comprovação da
qualificadora, a qual somente pode ser suprida por
prova testemunhal quando desaparecerem os
vestígios de seu cometimento ou estes não puderem
ser constatados pelos peritos. Exegese dos arts. 158 e
167 do CPP (STJ, HC 202670/MG, Rel. Min. Jorge
Mussi, 5ª T., DJe 15/8/2012).
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FURTO (Art. 155, § 4º, do CP) Furto qualificado


§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e
multa, se o crime é cometido:
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude,
escalada ou destreza;
Somente a excepcional, incomum, habilidade do agente,
que com movimento das mãos consegue subtrair a coisa
que se encontra na posse da vítima sem despertar-lhe a
atenção, é que caracteriza, revela, a “destreza“. Não
configuram essa qualificadora os atos dissimulados
comuns aos crimes contra o patrimônio – que, por óbvio,
não são praticados às escâncaras (STJ, REsp
1.478.648/PR, Rel. Min. Newton Trisotto,
Desembargador convocado do TJ-SC, 5ª T., DJe
02/02/2015).
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FURTO (Art. 155, § 4º, do CP) Furto qualificado


§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e
multa, se o crime é cometido:
III - com emprego de chave falsa;

O conceito de chave falsa abrange todo o instrumento,


com ou sem forma de chave, utilizado como dispositivo
para abrir fechadura, incluindo gazuas, mixas, arames,
etc. O uso de mixa, na tentativa de acionar o motor de
automóvel, caracteriza a qualificadora do inc. III do § 4º
do art. 155 do Código Penal (STJ, REsp. 906685/RS, Rel.
Min. Gilson Dipp, 5ª T., DJ 6/8/2007, p. 683).

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FURTO (Art. 155, § 4º, do CP) Furto qualificado


§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e
multa, se o crime é cometido:
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.

O Código Penal é o código das pessoas maiores de


idade. Por isso, entende o Relator, a qualificadora do
concurso de duas ou mais pessoas pressupõe, nos
crimes de furto e roubo, por exemplo, concurso de
pessoas imputáveis. Não é, portanto, qualificado o
furto praticado por pessoa imputável e pessoa
inimputável (menor de 18 anos) (STJ, HC 38097/SP,
Rel. Min. Nilson Naves, 6ª T., DJ 4/12/2006, p. 379).

Existe posição doutrinária em sentido


Prof. Fernando Tadeu Marques contrário!
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FURTO (Art. 155, § 4º, do CP) Furto qualificado


§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e
multa, se o crime é cometido:
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.

ATENÇÃO! Súmula 442 - STJ: É inadmissível


aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de
agentes, a majorante do roubo.

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FURTO (Art. 155, § 4º-A, do CP) Furto qualificado


§ 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10
(dez) anos e multa, se houver emprego de
explosivo ou de artefato análogo que cause
perigo comum. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)

Atenção! Furto pode ser Crime Hediondo!

Lei 8.072/90 - Art. 1o São considerados hediondos os


seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou
tentados: [...]
IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de
artefato análogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-
A). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

FURTO (Art. 155, § 5º, do CP) Furto qualificado


§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos,
se a subtração for de veículo automotor que
venha a ser transportado para outro Estado ou
para o exterior.

A qualificadora de furto de veículo automotor


transportado para outro Estado ou para o exterior
configura-se quando há a efetiva transposição da
fronteira, independentemente da intenção do agente
em fazê-lo (TJMG, AC 2.0000.00.488227-5/000, Rel.
William Silvestrini, DJ 11/7/2006).

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

FURTO (Art. 155, § 6º, do CP) Furto qualificado


§ 6o A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco)
anos se a subtração for de semovente
domesticável de produção, ainda que abatido ou
dividido em partes no local da subtração.

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

FURTO (Art. 155, § 7º, do CP) Furto qualificado


§ 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10
(dez) anos e multa, se a subtração for de
substâncias explosivas ou de acessórios que,
conjunta ou isoladamente, possibilitem sua
fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela
Lei nº 13.654, de 2018)

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Crime de Roubo

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157 CP)

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157 CP)


Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou
para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por
qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157 CP)


Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou
para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por
qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.

O emprego de empurrão contra a vítima para fins de


lhe subtrair bem móvel configura violência física apta
à caracterização do crime de roubo (STJ, HC
316.730/RS, Reynaldo Soares da Fonseca, 5ª T., DJe
26/08/2016).

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157 CP)


Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou
para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por
qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.

Súmula 582 - STJ: Consuma-se o crime de roubo com


a inversão da posse do bem mediante emprego de
violência ou grave ameaça, ainda que por breve
tempo e em seguida à perseguição imediata ao
agente e recuperação da coisa roubada, sendo
prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157 CP)


Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou
para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por
qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.

A jurisprudência desta Corte Superior é firme em


assinalar a impossibilidade de se reconhecer a
insignificância dos crimes cometidos mediante
violência e grave ameaça, como na hipótese (STJ, HC
136.059/MS, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, 6ª T.,
DJe 18/04/2016).

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157, §1º, CP)


§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois
de subtraída a coisa, emprega violência contra
pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a
impunidade do crime ou a detenção da coisa
para si ou para terceiro.

Apelado que admitiu ter subtraído o celular do lesado, mas


negou que o tenha agredido, versão esta que restou isolada
no contexto probatório. Devidamente comprovado que o
apelado subtraiu o aparelho de telefonia celular da vítima
e, logo após, a agrediu, com o fim de assegurar a
impunidade do crime e a detenção da coisa subtraída.
Roubo impróprio consumado (TJ-RJ, AC 0084667-
86.2015.8.19.0001, Rel.ª Des.ª Gizelda Leitão Teixeira, DJe
17/10/2016).

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157, §2º, CP)


§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até
metade: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº
13.654, de 2018)
(I - se a violência ou ameaça é exercida com
emprego de arma;)

* Reformatio in melius

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157, §2º, CP)


§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até
metade: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
II - se há o concurso de duas ou mais
pessoas;

IMPORTANTE! Súmula 443 - STJ: O aumento na


terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo
circunstanciado exige fundamentação concreta, não
sendo suficiente para a sua exasperação a mera
indicação do número de majorantes.

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157, §2º, CP)


§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até
metade: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
III - se a vítima está em serviço de
transporte de valores e o agente conhece tal
circunstância.

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157, §2º, CP)


§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até
metade: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
IV - se a subtração for de veículo
automotor que venha a ser transportado para
outro Estado ou para o exterior;

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157, §2º, CP)


§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até
metade: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
V - se o agente mantém a vítima em seu
poder, restringindo sua liberdade.

A majorante prevista no inc. V do § 2º do art. 157 do


CP exige, para a sua configuração, que a vítima seja
mantida por tempo juridicamente relevante em poder
do réu, sob pena de que sua aplicação seja uma
constante em todos os roubos (STJ, AgInt no REsp
1.581.894/DF, Rel. Min. Felix Fischer, 5ª T., DJe
31/08/2016).

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157, §2º, CP)


§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até
metade: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
VI – se a subtração for de substâncias
explosivas ou de acessórios que, conjunta ou
isoladamente, possibilitem sua fabricação,
montagem ou emprego. (Incluído pela Lei nº
13.654, de 2018)

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157, §2º, CP)


§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até
metade: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
VII - se a violência ou grave ameaça é
exercida com emprego de arma branca; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157, §2º-A, CP)


§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços):
(Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
I – se a violência ou ameaça é exercida
com emprego de arma de fogo; (Incluído pela Lei
nº 13.654, de 2018)

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157, §2º-A, CP)

ATENÇÃO! (sobre a arma de fogo) (III) Não incide a causa de aumento o simulacro de
arma, ou seja, quando o agente finge estar armado.
(I) Incide a causa de aumento quando usada Aqui, a simulação já serviu para configurar a grave
efetivamente (ex.: apontar a arma para a vítima), ameaça, elemento do tipo.
bem como pelo porte ostensivo (ex.: embora não
aponte, deixe visível a arma, de modo a (IV) Defeito acarreta absoluta ineficácia: Se
intimidar). apreendida e periciada, constatada sua a inaptidão,
não se aplica a causa de aumento.
(II) Não incide a causa de aumento quando o
agente não utilizou a arma para subtrair o bem (V) Defeito acarreta ineficácia relativa: Incide a
(ex.: arma na bolsa, escondida). A norma é clara causa de aumento.
quando prevê o emprego da arma.

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157, §2º-A, CP)

(VI) Arma desmuniciada (Há divergência!) (VIII) Necessidade de apreensão e perícia da arma
STJ: Em entendimentos mais recentes, a Corte da para a incidência da causa de aumento - Não há
Cidadania se posiciona pela não incidência da necessidade (STJ, EREsp 961.863/RS29; STF, HC
majorante. 96985)
STF: Em julgados pontuais o Supremo, por sua
vez, afirma que o emprego de arma de fogo
eficaz, ainda que desmuniciada, faz incidir a
majorante.

(VII) Arma de brinquedo - Após o cancelamento


da Súmula 174 do STJ, o entendimento que
prevalece é o da não incidência da causa de
aumento quando a arma empregada for de
brinquedo.
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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157, §2º-A, CP)


§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois
terços): (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
I – se a violência ou ameaça é exercida
com emprego de arma de fogo; (Incluído pela Lei
nº 13.654, de 2018)
II – se há destruição ou rompimento de
obstáculo mediante o emprego de explosivo ou
de artefato análogo que cause perigo comum.
(Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157, §2º-B, CP)


§ 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é
exercida com emprego de arma de fogo de uso
restrito ou proibido, aplica-se em dobro a pena
prevista no caput deste artigo. (Incluído pela Lei
nº 13.964, de 2019)

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157, §3º, CP)


§ 3º Se da violência resulta: (Redação dada pela
Lei nº 13.654, de 2018)
I – lesão corporal grave, a pena é de
reclusão de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, e multa;
(Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
II – morte, a pena é de reclusão de 20
(vinte) a 30 (trinta) anos, e multa. (Incluído pela
Lei nº 13.654, de 2018)

Apontamentos

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157, §3º, CP)


Juízo competente no Latrocínio
Súmula 603 - STF: A competência para o processo e
julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do
tribunal do júri.

Consumação do Latrocínio
Súmula 610 - STF: Há crime de latrocínio, quando o
homicídio se consuma, ainda que não realize o agente
a subtração de bens da vítima.

Latrocínio, diz-se do roubo, quando da violência


empregada para a sua prática resultou morte da vítima.
A qualificadora é aplicável ao roubo próprio ou
impróprio. A morte da vítima pode ser causada dolosa
ou culposamente.
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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157, §3º, CP)


Juízo competente no Latrocínio
Súmula 603 - STF: A competência para o processo e
julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do
tribunal do júri.

Consumação do Latrocínio
Súmula 610 - STF: Há crime de latrocínio, quando o
homicídio se consuma, ainda que não realize o agente
a subtração de bens da vítima.

Não evidenciado o animus furandi dos réus, impõe-se a


desclassificação do crime de latrocínio tentado para o delito
de homicídio tentado, com a remessa dos autos ao Tribunal
do Júri, que é juízo competente para o julgamento [TJMG,
Apelação Criminal 1.0035.12.0043241/001 0043241-
62.2012.8.13.0035 (1); Rel. Desª Denise Pinho da Costa Val,
Prof. Fernando Tadeu Marques 6ª C. Crim., j. 15/7/2014].
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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

ROUBO (Art. 157, §3º, CP)


Nos termos da Lei 8.072/90 (art. 1º, II) é considerado
CRIME HEDIONDO em conformidade com o art. 5º, XLIII.

II - roubo: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima


(art. 157, § 2º, inciso V); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157,


§ 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma de fogo de uso
proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte


(art. 157, § 3º); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

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Crime de Estelionato

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Estelionato (Art. 171 CP)

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Estelionato (Art. 171 CP)


Art. 171 - Obter, para si ou para outrem,
vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo
ou mantendo alguém em erro, mediante
artifício, ardil, ou qualquer outro meio
fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de
quinhentos mil réis a dez contos de réis.

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Estelionato (Art. 171 CP)


O delito de estelionato consuma-se com a Súmula 17 - STJ: Quando o falso se exaure no
obtenção da vantagem ilícita em prejuízo alheio. estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por
Desde que o sujeito ativo desfrute, durante este absorvido.
algum tempo, da vantagem indevida, em prejuízo
alheio, consuma-se o crime, que não desaparece Súmula 73 - STJ: A utilização de papel moeda
pelo ressarcimento do dano (STF, RT 605/422) grosseiramente falsificado configura, em tese, o
(STJ, RHC 17106/BA, Rel. Min. Hamilton crime de estelionato, da competência da Justiça
Carvalhido, 6ª T., DJ 22/4/2008, p. 1). Estadual.

Súmula 554 - STF: O pagamento de cheque emitido


sem provisão de fundos, após o recebimento da
denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação
penal.

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Estelionato (Art. 171 CP)


§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno
valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena
conforme o disposto no art. 155, § 2º.

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Estelionato (Art. 171 CP)


§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem:

Disposição de coisa alheia como própria


I - vende, permuta, dá em pagamento, em
locação ou em garantia coisa alheia como
própria;

Alienação ou oneração fraudulenta de coisa


própria
II - vende, permuta, dá em pagamento ou em
garantia coisa própria inalienável, gravada de
ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu
vender a terceiro, mediante pagamento em
prestações, silenciando sobre qualquer dessas
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circunstâncias;
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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Estelionato (Art. 171 CP)


§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem:

Defraudação de penhor
III - defrauda, mediante alienação não
consentida pelo credor ou por outro modo, a
garantia pignoratícia, quando tem a posse do
objeto empenhado;

Fraude na entrega de coisa


IV - defrauda substância, qualidade ou
quantidade de coisa que deve entregar a
alguém;

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Estelionato (Art. 171 CP)


§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem:

Fraude para recebimento de indenização ou


valor de seguro
V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa
própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou
agrava as conseqüências da lesão ou doença,
com o intuito de haver indenização ou valor de
seguro;

Fraude no pagamento por meio de cheque


VI - emite cheque, sem suficiente provisão de
fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o
pagamento.
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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Estelionato (Art. 171 CP)


Fraude no pagamento por meio de cheque
Súmula 246 - STF: Comprovado não ter havido fraude, não
se configura o crime de emissão de cheque sem fundos.

Súmula 521 - STF: O foro competente para o processo e


julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da
emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do
local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado.

Súmula 48 - STJ: Compete ao juízo do local da obtenção da


vantagem ilícita processar e julgar crime de estelionato
cometido mediante falsificação de cheque.

Súmula 244 - STJ: Compete ao foro do local da recusa


processar e julgar o crime de estelionato mediante cheque
sem provisão de fundos
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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Estelionato (Art. 171 CP)


§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o
crime é cometido em detrimento de entidade
de direito público ou de instituto de economia
popular, assistência social ou beneficência.

ATENÇÃO!

Súmula 24 - STJ: Aplica-se ao crime de estelionato, em


que figure como vítima entidade autárquica da
previdência social, a qualificadora do §3º, do art. 171
do Código Penal.

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Estelionato (Art. 171 CP)


Estelionato contra idoso
§ 4º Aplica-se a pena em dobro se o crime for
cometido contra idoso. (Incluído pela Lei nº 13.228,
de 2015)

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Estelionato (Art. 171 CP)


§ 5º Somente se procede mediante
representação, salvo se a vítima for: (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019)
I - a Administração Pública, direta ou
indireta; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
II - criança ou adolescente; (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019)
III - pessoa com deficiência mental;
ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
IV - maior de 70 (setenta) anos de idade
ou incapaz. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

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Crime de Receptação

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Receptação (Art. 180 CP)

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Receptação (Art. 180 CP) Receptação


Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir
ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa
que sabe ser produto de crime, ou influir para
que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou
oculte: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Receptação (Art. 180, § 1º, CP)


Receptação qualificada (Redação dada pela Lei nº
9.426, de 1996)
§ 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir,
ocultar, ter em depósito, desmontar, montar,
remontar, vender, expor à venda, ou de
qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou
alheio, no exercício de atividade comercial ou
industrial, coisa que deve saber ser produto de
crime: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa.
(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)

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Receptação (Art. 180, § 2º, CP)


§ 2º - Equipara-se à atividade comercial, para
efeito do parágrafo anterior, qualquer forma de
comércio irregular ou clandestino, inclusive o
exercício em residência. (Redação dada pela Lei nº
9.426, de 1996)

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Receptação (Art. 180, § 3º, CP)


§ 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua
natureza ou pela desproporção entre o valor e o
preço, ou pela condição de quem a oferece,
deve presumir-se obtida por meio criminoso:
(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou
multa, ou ambas as penas. (Redação dada pela Lei
nº 9.426, de 1996)

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Receptação (Art. 180, § 4º, CP)


§ 4º - A receptação é punível, ainda que
desconhecido ou isento de pena o autor do
crime de que proveio a coisa. (Redação dada pela
Lei nº 9.426, de 1996)

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Receptação (Art. 180, § 5º, CP)


§ 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é
primário, pode o juiz, tendo em consideração as
circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na
receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º
do art. 155. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Receptação (Art. 180, § 6º, CP)


§ 6o Tratando-se de bens do patrimônio da
União, de Estado, do Distrito Federal, de
Município ou de autarquia, fundação pública,
empresa pública, sociedade de economia mista
ou empresa concessionária de serviços públicos,
aplica-se em dobro a pena prevista no caput
deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.531, de
2017)

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Receptação de animal
Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir,
ocultar, ter em depósito ou vender, com a
finalidade de produção ou de comercialização,
semovente domesticável de produção, ainda que
abatido ou dividido em partes, que deve saber ser
produto de crime: (Incluído pela Lei nº 13.330,
de 2016)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
multa. (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016)

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Escusas absolutórias
e relativas

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Direito Penal
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;
dos crimes previstos neste título, em III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.
prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de 2003)
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos
II - de ascendente ou descendente, seja o anteriores:
parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em
natural. geral, quando haja emprego de grave ameaça ou
violência à pessoa;
Art. 182 - Somente se procede mediante II - ao estranho que participa do crime.
representação, se o crime previsto neste título é III – se o crime é praticado contra pessoa com idade
cometido em prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de igual ou superior a 60 (sessenta)
2003) anos. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003)
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente
separado;

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